A Hora - 25/01/2023

fluvial

Decisão da Justiça impede que cidades como Venâncio Aires tenham arrecadação alterada em decorrência dos dados prévios do Censo.

Alvo recorrente de críticas de líderes da parte alta do Vale, a ERS332 recebeu investimentos de R$ 21,5 milhões em obras de reparos.

Orçada em R$ 60 milhões, estrutura será construída entre os limites de Pouso Novo e Coqueiro Baixo com capacidade para fornecer energia para 20 mil associados. Serviços devem iniciar ainda neste semestre com expec-

tativa de conclusão em 18 meses. Esta será a terceira usina no rio Forqueta e a quinta da cooperativa. Para viabilizar instalação da unidade, Certel contará com financiamento intercooperativo da Sicredi.

Energia para desenvolver

A semana é marcada por mais uma notícia animadora para o setor energético regional. A Certel obteve junto à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) a Outorga de Autorização e a Declaração de Utilidade Pública (Dup) referentes ao projeto de construção da Hidrelétrica Vale do Leite, no Rio Forqueta, entre Pouso Novo e Coqueiro Baixo.

Ainda que falte a licença da Fepam, trata-se de mais um avanço importante para a obra que promete elevar a autonomia energética do Vale do Taquari. Com 6,4 megawatts (MW) de potência instalada, esta será a quinta hidrelétrica da Certel, com capacidade de gerar energia limpa e renovável para 20 mil pessoas.

A informação acerca da Vale do Leite, somada ao anúncio em agosto da construção de uma hidrelétrica na antiga Barragem de Bom Retiro do Sul e outras iniciativas recentes, aumentam o protagonismo da cooperativa de energia sediada em Teutônia no setor energético gaúcho.

Cada vez mais, a região reúne as condições necessárias para acelerar o seu ritmo do crescimento, bem como proporcionar um ambiente com maior eficiência energética, capaz de atrair ainda mais investimentos e formar um ciclo virtuoso de desenvolvimento.

Erramos

Diferente do publicado na edição de ontem, na página 2 do Caderno Cidades, a obra no bairro Boa União, em Estrela, não vai abranger a cobertura do ginásio, apenas a reforma da quadra de esportes, e o valor de cerca de R$ 240 mil é oriundo de emenda parlamentar.

Os artigos e colunas publicados não traduzem necessariamente a opinião do jornal e são de inteira responsabilidade de seus autores. Impressão Zero Hora Gráfica

ABRE ASPAS

“Nós deixamos acontecer e confiamos na resposta um do outro”

SériedesucessonaNetflix, asegundatemporadade CasamentoàsCegasBrasil teve,entreosdestaques,o administrador venâncio-airense AlissonHentges,28.Eleformou casal com a cariocaThamara Térez e a sintonia dos dois cativou opúblico.Otãoesperado“sim” noaltarfoiveiculadoapenasnos últimoscapítulos,comdireito apresençadefamiliareseapós muitasespeculaçõessobreo futuro de ambos

Como surgiu a oportunidade de participar do reality show?

A ideia veio pelos meus amigos. Eu passei muito tempo da minha vida namorando e estava solteiro, “correndo rua” direto. Quase não parava em casa. Era uma nova fase. Eles acharam que era uma ideia boa para eu sossegar e parar quieto um pouco. Confiei neles, fizemos a minha inscrição e eu fui selecionado.

Logo que os primeiros episódios da série foram liberados, você e a Thamara se tornaram os “queridinhos” do público nas redes sociais. Como tem sido receber esse carinho?

É bem prazeroso o carinho, muito gratificante. Eles trazem todo um olhar interno para a vivência que já tive, experiências,

erros e acertos e como tudo pôde me transformar na pessoa que sou hoje. Vem junto ainda uma responsabilidade de dar exemplo, devolver o carinho em boas ações e palavras. Tinha o costume de me inferiorizar e, ao ver essa receptividade, também foi um momento de uma nova construção interna, de novos pensamentos.

O dia do “sim” no altar também mobilizou os fãs nas redes. Para você, o que representou este momento dentro do reality show, ao lado da tua parceira?

O dia do casamento é um dia atípico. Para falar a verdade, eu não sonhava com isso até viver. É clichê, mas é um momento mágico. Você sente a boa energia nas pessoas, nos bastidores, a tensão de que algo bom vai acontecer e você acaba se contagiando e querendo viver o momento logo. Era um momento do programa que a gente

sabia que iria acontecer ao natural e não conversamos sobre. Nós deixamos acontecer e confiamos na resposta um do outro.

O reality show te trouxe uma grande visibilidade no país. Quais os teus planos para o futuro, nos aspectos profissional e pessoal?

A exposição traz uma visibilidade que coloca milhares de pessoas dentro do nosso dia a dia e querendo viver a nossa vida. É um momento de separar bem o pessoal e o público e para isso eu conto com uma equipe muito boa de gerenciamento de imagem, conteúdo e comunicação. A ideia é aproveitar o carinho e as oportunidades que surgem, sempre com a cabeça boa, planejando os próximos passos e ações para que possa consolidar uma imagem para marcas, pessoas e cada vez mais expandindo a minha personalidade e os sentimentos.

FOI NOTÍCIA

A Advocacia-Geral da União (AGU) protocolou nova ação para bloquear bens de investigados pelos ataques aos prédios dos Três Poderes no dia 8 de janeiro. Nela, o órgão pede a indisponibilidade do patrimônio de 40 presos em flagrante e sustenta que a medida é necessária para reparar os prejuízos.

A partir de hoje, o preço médio de venda de gasolina A da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 3,08 para R$ 3,31 por litro, aumento de R$ 0,23 por litro. Segundo a estatal, a alta acompanha a evolução dos valores de referência e “é coerente com a prática estabelecida nos últimos anos”.

A Brigada Militar de Lajeado prendeu, ontem, um homem de 42 anos, suspeito de diversos furtos na área central. Parte dos casos foi registrada por câmeras de videomonitoramento, o que auxiliou na identificação. Ele tentou fugir pela beira do Rio Taquari, mas foi contido na Avenida Benjamin Constant.

Cada vez mais, a região reúne as condições necessárias para acelerar o seu ritmo do crescimento (...) e proporcionar um ambiente com maior eficiência energética”

Círculo das Águas terá apresentações de 7 minutos

Petrobras eleva preço da gasolina às distribuidoras

AGU pede bloqueio de bens de presos em Brasília

Preso suspeito de furtos no Centro de Lajeado

LEANDRO FERNANDES/DIVULGAÇÃO

Mateus Souza mateus@grupoahora.net.br

Rápido crescimento do São Cristóvão demanda investimentos em quatro áreas

Governo confirma ações voltadas à segurança, saúde, educação e mobilidade. Projetos foram destacados durante programa especial da Rádio A Hora alusivo aos 132 anos do município

Felipe Neitzke felipeneitzke@grupoahora.net.br

LAJEADO

Adescentralização do ambiente urbano tem no bairro São Cristóvão um modelo inspirador. Atraídos pela expansão imobiliária, cada vez mais investidores buscam espaço para desenvolver seus negócios. Por consequência, o aumento na circulação de pessoas expõe desafios no planejamento sustentável e melhorias na infraestrutura.

Esses aspectos foram debatidos ontem no programa Frente e Verso da Rádio A Hora 102.9. A atividade incluiu o roteiro especial pelos bairros em comemoração aos 132 anos de Lajeado. A 110 metros de altura, no prédio São Cristóvão, da Lyall, os convidados expuseram suas percepções sobre o rápido crescimento populacional e de empreendimentos.

Diante da expansão, há maior demanda por investimentos. Entre os já confirmados estão a nova central de polícia, posto de saúde referência e ampliação da escola de Educação Infantil. Além disso, o governo

municipal também avança com o alargamento da avenida Alberto Pasqualini para resolver gargalos no trânsito.

De acordo com o prefeito Marcelo Caumo, o município trata com o Estado para obter os recursos necessários à construção do prédio para os serviços de segurança. A intenção é concentrar todas as delegacias da cidade em um mesmo local. O posto do Instituto Geral de Perícias (IGP) também ficará ao lado.

Já em relação ao posto de saúde, restam ainda projetos complementares para encaminhar a licitação. A expectativa é que o processo seja iniciado ainda este ano. Assim como o aumento das vagas na creche.

Prédio mais alto do RS

Todo o ecossistema do bairro será fortalecido, assim como aconteceu após a entrega do centro comercial”

O edifício residencial São Cristóvão chama atenção por sua imponência. A estrutura em construção deve ficar pronta até o fim do ano. Serão 140 metros de altura, 40 pavimentos, sendo 38 de moradia com 140 apartamentos. O local também vai contar com três grandes lojas na parte inferior e 220 va-

gas de estacionamento. Hoje, a obra está no 33°º andar com expectativa de entregar as primeiras unidades em dezembro. De acordo com o sócio da Lyall Construtora e Incorporadora, Gustavo Luchese, o edifício é símbolo da valorização do bairro. “O São Cristóvão foi planejado para oferecer soluções à comunidade. Cerca de 400 pessoas devem morar aqui e para isso teremos estação própria de tratamento de esgotos, vagas de estacionamento e subestação de energia.”

O prédio em construção terá o dobro do tamanho do 300 já entregue. “Todo o ecossistema do bairro será fortalecido, assim como aconteceu após a entrega do centro comercial”, pontua Luchese.

Acerca do desenvolvimento do comércio na localidade, o desafio está atrelado em atrair o cliente.

De acordo com o diretor da CBM Material Elétrico, Marcos Mallmann, embora a população tenha aumentado, o mercado digital amplia a concorrência com gigantes do varejo.

Principais promessas ao São Cristóvão

• Construção da Central de Polícia que deve reunir todas as delegacias da cidade em um único local, além da unidade de perícia;

• Ampliação da Escola Municipal de Educação Infantil São Cristóvão;

• Construção do posto de saúde referência. Intenção do governo é licitar a obra até o fim do ano;

• Alargamento da avenida Alberto Pasqualini para facilitar acesso com a rua Fábio Brito Azambuja.

Desenvolvimento a partir do ensino

O diretor do colégio Gustavo Adolfo, Edson Wiethölter, destaca o crescimento que permitiu quadruplicar o número de alunos nos cerca de 15 anos que está à frente do Centro de Educação Básica. Eram 200 alunos em 2008 e deve passar de 800 em 2023. “São os reflexos da comunidade, do São Cristóvão”, ressalta.

Programa itinerante

A programação especial da Rádio A Hora em alusão aos 132 anos de Lajeado iniciou na segunda-feira no bairro Conventos. Ontem foi a vez apresentar os potenciais, a transformação e as prioridades no São Cristóvão. Hoje, o Frente e Verso

Participações confirmadas:

– Cristiane da Rosa, presidente da Associação de Moradores do Bairro Santo Antônio;

– Sérgio Diefenbach, promotor de Justiça de Lajeado;

– Paulo Locatelli, secretário da Segurança Pública;

– Tânia Rodrigues, coordenadora da Justiça Restaurativa do governo de Lajeado

– Paulo Andres, agente de trânsito;

– Jorge Eckert, presidente da Saidan;

– Marisete Mathes, diretora da Francisco Oscar Karnal.

Segundo ele, Lajeado ganhou em 12 anos cerca de 30 mil habitantes e a educação privada atende de 20% a 30% de todos alunos. “O município é uma ilha”, define. Wiethölter observa que a parceria com a Univates para o desenvolvimento do Novo Ensino Médio ampliou matrículas nos últimos anos.

Conforme o presidente da Fundação Univates (Fuvates), Ney José Lazzari, a universidade auxiliou no crescimento do bairro. Lazzari, que completa 40 anos de atuação na instituição em março, lembra que o Universitário surgiu após a consolidação da Univates.

A Univates possui hoje mais de 9 mil alunos. São cerca de 4 mil no presencial. Só no curso de Medicina, a grande aposta na área da saúde, são 500. O gestor estima que durante períodos de maior estímulo ao financiamento estudantil, cerca de 80% dos estudantes eram de fora da região. Agora a maioria é do Vale.

Maior prédio do RS em construção no bairro São Cristóvão sediou programa especial da Rádio A Hora alusivo aos 132 anos de Lajeado

será transmitido da sede da Saidan, no Santo Antônio.

GUSTAVO LUCHESE SÓCIO DA LYALL CONSTRUTORA E INCORPORADORA

A necessária dragagem no Taquari

AEmpresa Pública de Logística Estrela (E-Log) está otimista com a possibilidade do governo federal retomar as necessárias dragagens em todo o trecho navegável do Rio Taquari. Hoje o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) possui um contrato para realizar o serviço apenas no trecho entre a barragem de Bom Retiro do Sul e a foz no Rio Jacuí. No entanto, técnicos do Dnit estiveram na sexta-feira em solo estrelense para debater a necessidade de uma batimetria (para medir a profundidade do rio) e, posteriormente, um aditamento no atual contrato para enfim incluir o trecho entre a eclusa e o porto de Estrela.

O investimento na dragagem é

Auditoria no Censo 2022

Ex-presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Roberto Olinto concedeu entrevista à Folha de São Paulo e defendeu a realização de uma ampla auditoria nos dados preliminares do Censo Demográfico 2022. O movimento serviria para definir se os números apresentados são válidos, se é necessário realizar um trabalho adicional, ou, em caso extremo, elaborar um novo Censo. “Não dá para tratar o Censo como se fosse uma brincadeira”, resumiu.

considerado um movimento crucial para a retomada do transporte de produtos pelo Rio Taquari. Mas a confirmação ainda depende de uma análise mais aprofundada por parte do Dnit. Mais do que isso. O serviço também carece de uma participação maior da iniciativa privada. É isso mesmo. A manifestação de interesse (no

rodrigomartini@grupoahora.net.br

RODRIGO MARTINI

uso do porto de Estrela) por parte de empresas e indústrias será mais um argumento para convencer a União a investir pesado na nossa hidrovia. Sem a certeza de que o complexo portuário será utilizado a pleno, o caminho para a E-log tende a ser mais penoso. Ou seja, todos precisam participar desta luta.

Mudanças na Univates

Há mais de 20 anos atuando em prol do desenvolvimento comercial da Universidade do Vale do Taquari (Univates), Oto Moerschbaecher vai deixar a instituição em junho. O desligamento dele, que ocupa a função de Superintendente Executivo da Fundação Univates, já foi ajustado entre ele, a reitoria e a Fuvates, a mantenedora da instituição de ensino. Economista e Mestre em Ambiente e Desenvolvimento, ele também é presidente (reeleito) do Sindicato das Entidades Mantenedoras de Instituições Comunitárias de Educação Superior no Estado do Rio Grande do Sul (Sindiman).

Segue o “trampo”

A notícia foi divulgada ontem no site do Poder Legislativo lajeadense. “Durante todo o mês de janeiro a Câmara de Lajeado está em recesso parlamentar. Contudo, os setores administrativos e os gabinetes dos vereadores funcionam normalmente para atendimento à população”. O horário de expediente do Legislativo é de segunda a quinta-

feira, das 8 h às 11h30min. e das 13h30 min. às 16h45min. Na sexta-feira, das 8 h às 14 h (sem fechar ao meio-dia). Ainda de acordo com a nota, “no recesso, as sessões ordinárias ficam suspensas, porém a Mesa Diretora pode convocar sessões extraordinárias”. A primeira sessão após o recesso será no dia sete de fevereiro.

• A provável saída de Giancarlo Bervian da Secretaria de Planejamento e Urbanismo de Lajeado já iniciou uma série de especulações. Ele pretende deixar o cargo em abril para ampliar o foco na sua empresa particular. Até lá, Marcelo Caumo (PP) terá tempo para costurar a difícil substituição. E, entre os nomes especulados nos bastidores da política, Mariela Portz e Isidoro Fornari.

• Particularmente, não creio na nomeação de Mariela ou Fornari para tal secretaria. Aliás, a ex-vereadora tucana já declinou de outros convites semelhantes. Na minha opinião, Caumo vai seguir com o propósito de apostar em um nome ligado à iniciativa privada.

• Ainda em Brasília, a ex-delegada Márcia Scherer (MDB) deixa o cargo de deputada federal na próxima terça-feira. Após, deverá assumir função na Secretaria Estadual de Justiça. Ela possui boa relação com o vice-governador.

• Em tempo. A nomeação de Simone Stülp para a Secretaria Estadual de Inovação, Ciência e Tecnologia gerou “ruídos” entre alguns agentes regionais ligados à inovação. Mas o fato é que a nomeação dela é um ganho e tanto para todo o Vale do Taquari.

• Em Teutônia, a Secretaria da Fazenda informa que os Microempreendedores Individuais terão isenção na taxa de licença do alvará de localização, sendo que as demais permanecem iguais, variando de acordo com o ramo de atividade. A medida foi adotada a fim de incentivar a legalização dos trabalhadores informais.

• A Associação dos Vereadores do Vale do Taquari (Avat) realiza eleição para escolha da nova diretoria. O movimento será virtual, e ocorre nesta quinta-feira, entre 18h e 21h. Vereadora em Cruzeiro do Sul, Daia Maria (MDB) será sucessora do presidente Leandro Mariante (PT), de Taquari.

• Em Cruzeiro do Sul, a câmara de vereadores organiza um encontro com representantes da Cooperativa Certel. O evento ocorre no dia 1º de fevereiro, a partir das 9h, na Casa do Morro. Em debate, os impactos e benefícios previstos para as comunidades próximas à futura hidrelétrica que será construída junto à barragem do Rio Taquari.

• Com o aumento considerável no número de embarcações particulares no Rio Taquari, a Marinha do Brasil promete intensificar a fiscalização nas proximidades de Lajeado, Estrela e Cruzeiro do Sul, especialmente. A ideia é aumentar a patrulha no trecho para garantir maior segurança aos proprietários de lanchas, jet-skis e afins.

• Os empreendedores estão atentos aos movimentos recentes na Av. Alberto Muller, em Lajeado. Há projeções para redes de supermercados e outros empreendimentos ligados à gastronomia. E outra ação aguardada para aquela importante via do bairro Alto do Parque/Carneiros/Universitário é o prolongamento e ligação com a Av. Amazonas. E isso é apenas uma questão de tempo.

Governo entrega máquinas para 12 cidades da região

VALE DO TAQUARI

O governo do Estado entregou ontem máquinas pesadas e equipamentos agrícolas para 12 cidades da região. O investimento visa assegurar a recuperação e manutenção de estradas vicinais e melhorar a trafegabilidade do transporte escolar e coletivo, além de contribuir no escoamento da produção rural.

A entrega oficial ocorreu no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, e teve a presença do governador Eduardo Leite. Ao todo, no RS foram contemplados 129 municípios. A soma de recursos destinados pelo governo e a bancada federal gaúcha chega a R$ 73,4 milhões.

Nesse conjunto de máquinas foram investidos R$ 13,3 milhões de recursos do Estado pelo programa Avançar. Os equipamentos serão cedidos, inicialmente, por 12 meses. Pela Secretaria de Obras Públicas (SOP) foram 18 máquinas.

Para ações agrícolas e de irrigação, a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação repassou 203 equipamentos. Entre os itens estão motoniveladoras, escavadeiras hidráulicas, pás carregadeiras, retroescavadeiras, ensiladeiras, plantadeiras,

Municípios contemplados

Anta Gorda: escavadeira hidráulica

Arroio do Meio: pá carregadeira e motoniveladora

Arvorezinha: pá carregadeira Boqueirão do Leão: pá carregadeira e motoniveladora

Colinas: duas ensiladeiras

Coqueiro Baixo: ensiladeira e carreta agrícola

Doutor Ricardo: duas ensiladeiras e uma retroescavadeira

Nova Bréscia: pá carregadeira

Pouso Novo: duas ensiladeiras e uma pá carregadeira

Putinga: pá carregadeira Tabaí: pá carregadeira Travesseiro: pá carregadeira

roçadeiras e carretas agrícolas. O valor aplicado foi de R$ 60 milhões provenientes de emendas parlamentares.

Durante a solenidade, o governador disse que as ações do Estado junto aos municípios são uma marca do governo e serão reforçadas. “Não há um cidadão federal, um estadual e um municipal. O que há é um contribuinte que quer ver a melhoria na sua qualidade de vida”, frisou Leite.

Certel recebe aval para nova usina no rio Forqueta

Estrutura será construída entre os limites de Pouso Novo e Coqueiro Baixo com capacidade para fornecer energia para 20 mil associados. Obras devem iniciar neste semestre

Sicredi Ouro Branco, de Teutônia; Integração RS/MG, de Lajeado; Região dos Vales, de Encantado; e Botucaraí, de Soledade. A estrutura terá potência instalada de 6,4 megawatts (MW), suficiente para abastecer cerca de 20 mil pessoas.

Assim que obtiverem todas as licenças a expectativa é concluir as obras em 18 meses. A usina será construída nos limites entre Pouso Novo e Coqueiro Baixo, sendo a terceira no rio Forqueta e a quinta da cooperativa. O projeto estima uma barragem de 165 metros de comprimento e 35 metros de altura.

elétrica cada vez mais contínua, potente e acessível ao mercado.”

Hennemann também reforça o compromisso em assegurar o crescimento da demanda e o nível de exigência dos consumidores. A cooperativa fundada na década de 50, hoje marca presença em 48 cidades e atende mais de 75 mil associados.

VALE DO TAQUARI

Aemissão de outorga representa mais uma etapa para viabilizar a Hidrelétrica Vale do Leite. O documento emitido ontem pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) trata da autorização do empreendimento. Já o início das obras depende de licença da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), com expectativa de ser logo liberada. Com investimento estimado em R$ 60 milhões, os recursos serão financiados pelas cooperativas

Da usina a energia será direcionada por linha de transmissão até a subestação de Canudos do Vale, onde é transformada e distribuída aos clientes. Para vender sua energia no sistema elétrico interligado nacional a Certel pretende colocar a Pequena Central Hidrelétrica (PCH) para concorrer em leilões ainda neste ano.

De acordo com o presidente da Certel, Erineo Hennemann, as liberações da Aneel surgem em momento muito especial, às vésperas do 67° aniversário da cooperativa. “É algo que vem de encontro ao nosso planejamento para assegurar uma energia

Investimento na geração de energia

Outro importante investimento previsto pela Certel para este ano é a construção da hidrelétrica no Rio Taquari. A estrutura na Barragem Eclusa entre Bom Retiro do Sul e Cruzeiro do Sul é estimada em R$ 250 milhões.

Com capacidade para fornecer energia a 100 mil pessoas, o empreendimento deve criar mais de 500 postos de trabalho. A expectativa é concluir as obras em até três anos. Também está prevista linha de transmissão de Estrela a Venâncio Aires.

Construção da pequena central hidrelétrica no rio Forqueta recebe investimento de R$ 60 milhões com financiamento intercooperativo da Sicredi

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Felipe Neitzke felipeneitzke@grupoahora.net.br

Entrega ocorreu ontem durante solenidade no Parque de Exposições

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Decisão do STF anula perdas na arrecadação de municípios

Liminar evita que cidades sofram alterações no Fundo de Participação dos Municípios (FPM) em decorrência dos dados prévios do Censo 2022. Venâncio Aires recupera patamar anterior e espera receber diferença nos próximos repasses

Uma liminar do Supremo Tribunal Federal (STF) suspende a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) que alterava os coeficientes dos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Com isso, os valores destinados às prefeituras em 2023 terão como base percentuais usados desde 2018.

A decisão do TCU causou polêmica por adotar dados parciais do Censo, que ainda não foi finalizado. A medida provocaria a redução nos repasses do FPM a 47 cidades gaúchas, entre elas Venâncio Aires. Por outro lado, outros municípios teriam incremento nas receitas. É o caso de Lajeado, cujo coeficiente passou de 2,8 para 3,0 com o aumento populacional.

A liminar defere um questionamento do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e estabelece que os valores transferidos a menor aos municípios serão compensados nas próximas transferências. Os repasses do FPM aos cofres das prefeituras são feitos a cada dez dias. Em 2023, foram pagas duas

O valor a mais representaria menos de 1% do nosso orçamento. Claro que poderia ser utilizado para alguma obra, mas não é algo expressivo”

parcelas até o momento.

Entidades como a Confederação Nacional dos Municípios (CNM) se posicionaram desde o começo contra a utilização de dados parciais do Censo nos repasses. O le-

A situação vai retornar ao que era antes. Nosso coeficiente deve voltar aos 2,6 e, inclusive, esperamos que seja paga a diferença em relação aos dois primeiros repasses do ano”

vantamento demográfico, iniciado em agosto pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), tinha previsão de término em três meses, mas foi o prazo foi prorrogado duas vezes.

Princípios orçamentários

A liminar do STF favorece municípios que perderiam recursos. Venâncio Aires, inclusive, havia ingressado com ação na justiça contra União e IBGE por conta da redução. Segundo a procuradora jurídica do município, Gisele Spies Chitolina, as perdas poderiam passar dos R$ 4 milhões.

“Provavelmente, em razão dessa decisão do Lewandowski (Ricardo, ministro do STF), o juiz da Justiça Federal de Santa Cruz do Sul vai suspender a ação e determinar que se cumpra a liminar do Supremo”, explica Gisele. Para ela, o TCU não respeitou princípios orçamentários ao adotar dados parciais do Censo para a repartição dos recursos.

Gisele entende que, uma vez afastados os efeitos da decisão do TCU, os repasses sejam normalizados. “A situação vai retornar ao que era antes. Nosso coeficiente deve voltar aos 2,6 e, inclusive, esperamos que seja paga a diferença em relação aos dois primeiros repasses do ano, que foram feitos a menor”.

Mais tempo para revisão

Com a mudança no coeficiente de 2,8 para 3,0, Lajeado projetava um acréscimo de até R$ 5 milhões com os repasses do FPM. Agora, com a liminar, a tendência é de que retorne ao patamar anterior. Para o secretário da Fazenda, Rafael Spengler, a decisão do TCU, ainda que beneficiasse o município, havia sido prematura, por utilizar dados parciais do Censo.

“Aqueles R$ 5 milhões nos pe-

Entenda

– No fim de 2022, o IBGE divulgou dados preliminares do Censo 2022, com a população dos municípios recenseados. Os números foram utilizados pelo TCU para determinar os repasses do FPM aos municípios em 2023;

– A medida causou polêmica, pois, com o estudo ainda em andamento, muitas cidades tiveram uma perda populacional na comparação com a estimativa anterior. Municípios como Venâncio Aires entraram na Justiça para reverter a medida;

– Os atuais coeficientes do FPM têm como base a estimativa populacional do IBGE divulgada em 2018. No ano seguinte, uma lei complementar publicada congela perdas de coeficientes do FPM até que sejam atualizados com base em novo Censo.

garam um pouco de surpresa. Não esperávamos esse acréscimo já em 2023. Nós fizemos um orçamento sem nos basear nisso. A decisão de usar o FPM com base nos dados prévios deveria ter sido comunicada antes aos municípios para se planejarem”, argumenta.

Spengler também minimiza possíveis impactos com a volta do coeficiente anterior. “O valor a mais representaria menos de 1% do nosso orçamento. Claro que poderia ser utilizado para alguma obra, mas não é algo expressivo. Por isso, creio que agora está se criando uma justiça. É corretíssimo dar um tempo para revisar os dados do Censo antes de sair distribuindo dinheiro de qualquer forma”.

Mateus Souza mateus@grupoahora.net.br

GISELE SPIES CHITOLINA PROCURADORA JURÍDICA DE VENÂNCIO AIRES

RAFAEL SPENGLER SECRETÁRIO DA FAZENDA DE LAJEADO

Venâncio retoma coeficiente de 2,6. Perdas poderiam chegar a R$ 4 milhões

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Projeto busca recuperar rios e arroios da cidade

Mapeamento do Arroio Saraquá iniciou neste mês. Assunto é tema de painel na Rádio A Hora 102.9 nesta quarta-feira

VALE DO TAQUARI

Identificar áreas de preservação permanente, pontos com erosão e com descarte irregular de resíduos é o objetivo do projeto Nosso Saraquá. O mapeamento do arroio feito pela Secretaria de Meio Ambiente, Saneamento e Sustentabilidade de Lajeado (Sema) iniciou neste mês.

A iniciativa faz parte do projeto Nossos Rios que, além do Saraquá, também abrange a recuperação dos arroios Engenho e Encantado, e rios Forqueta e Taquari. “A ideia é que os trabalhos sejam feitos sequencialmente de forma a abranger todos os rios da nossa cidade”, destaca a química industrial da Sema, Gabriela Roehrs.

Como parte do projeto, as etapas do Engenho foram concluídas, com a recuperação das áreas de preservação permanente no bairro Centenário e Olarias e colocação de ecobarreiras para conter os resíduos despejados nas águas. Além disso, no ano passado foi feito um mutirão de limpeza no arroio Encantado, próximo ao Parque dos Dick.

De acordo com Gabriela, o mapeamento geral do Arroio Saraquá foi feito no final de 2022, com a definição dos pontos de monitoramento

dos setores que fazem parte do arroio. Neste mês, foi dado início ao mapeamento completo do setor 1, que abrange a área desde a divisa da cidade com Santa Clara do Sul até a ponte da ERS-413.

O mapeamento é feito com vistorias, captação de pontos com GPS, e imagens aéreas feitas com drone. “O mapeamento tem o objetivo de avaliar a mata ciliar e propor a recuperação dos lotes que não estão respeitando a metragem exigida pela lei. As imagens aéreas auxiliam nessa etapa”, ressalta Gabriela.

Na Rádio A Hora

As iniciativas que fazem parte do projeto Nossos Rios também serão abordadas no painel Viver Cidades, na Rádio A Hora 102.9, que tem a primeira edição do ano nesta quarta-feira, das 15h às 16h, com transmissão pelas redes sociais. O tema “Cursos d’água: esforços para recuperar e preservar” dá início à série de painéis que ocorrem ao longo dos próximos meses.

Além da presença de Gabriela, o painel também conta com a participação de Rui Delsio Schwinn, integrante do Comitê das Nascentes do Arroio Castelhano, de Venâncio Aires, e de Carin Taiara Gomes, fiscal do Meio Ambiente de Venâncio Aires.

Bibiana Faleiro bibianafaleiro@grupoahora.net.br

O trabalho é feito no setor 1, que abrange a área desde a divisa da cidade com Santa Clara do Sul até a ponte da ERS-413

O mapeamento é feito com vistorias, captação de pontos com GPS e imagens aéreas feitas com drone

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Escola da Vale Log projeta mais de dez turmas em 2023

Falsa polêmica da moeda única

Mais uma na lista das falsas polêmicas deste início de ano, a discussão de uma moeda comum para o comércio entre Brasil e Argentina merece esclarecimentos. Diante da histeria incentivada em torno do tema, lembrei de conversa com um grande empresário do transporte que relatava dificuldades para receber pagamentos relativos aos fretes para o país vizinho. A (eterna) crise argentina acabou com as reservas cambiais dos hermanos, ou seja, não há dólares suficientes para pagar por transações internacionais.

Diante desse cenário, a proposta de criar uma moeda a ser utilizada somente nas transações comerciais

entre os dois países representa uma solução para esse problema. Mais uma vez, as chamadas nos portais de notícias – e até em alguns veículos de comunicação sérios – levam ao engano. Não há proposta para eliminar o Real ou o Peso, nem para oferecer socorro ao “presidente esquerdista” do falido país vizinho. As intenções de quem polemiza o assunto são claras e não estão ligados às disputas ideológicas. Se explicam pela lógica dos caça-cliques da internet, onde tudo precisa ser espetacularizado a ponto de gerar audiência suficiente para a monetização – às favas com os escrúpulos.

FRASE DO DIA

Uma boa reforma tributária precisa seguir dois critérios. Precisamos de um texto que incentive uma alocação mais eficiente de recursos na economia, bem como que redistribua a carga entre ricos e pobres e entre pessoas jurídicas e pessoas físicas.”

Depois de formar 110 alunos em 2022, a Escola de Qualificação de Motoristas Profissionais da Vale Log promove nesta semana o primeiro curso do ano. Entre segunda-feira, 23 e sextafeira, 27, motoristas de todo o RS terão 40 horas de aulas práticas e

teóricas com o instrutor Ricardo Fleck (foto).

Para 2023, a cooperativa projeta mais de dez turmas, com realização de cursos mensais na sede da Vale Log, em Arroio do Meio. As inscrições para a segunda turma de 2023 estão abertas no site coopervalelog.com.br.

As aulas ocorrem entre os dias 13 e 17 de fevereiro, com conteúdos que vão do relacionamento interpessoal à educação financeira, passando por mecânica básica e direção defensiva. Podem participar motoristas com Carteira Nacional de Habilitação - Categorias C, D e E.

Nova sede da Cacis chega a 60% da conclusão

Considerada um marco na história da Câmara de Comércio, Indústria, Serviços e Agronegócio (Cacis) de Estrela, a nova sede está com 60% das obras concluídas e mantém forte ritmo de trabalho. Com 443 metros quadrados divididos em três pavimentos, a estrutura abrigará setor administrativo, salão de festas e auditório – o projeto arrojado representa a grandeza da entidade. Na segunda-feira, 23, representantes da comissão de obras da Cacis visitaram o local.

• Acil recebe vice-governador – A Associação Comercial e Industrial de Lajeado (Acil) definiu as três primeiras reuniões-almoço de 2023. No dia 8 de março a entidade promove encontro em homenagem ao Dia da Mulher, com palestra das secretárias do Estado Marjorie Kauffmann, de Meio Ambiente, e Simone Stülp, de Inovação, Ciência e Tecnologia. No dia 28 de março, a Acil recebe o vice-governador Gabriel Souza. A aproximação do governo gaúcho com o Vale do Taquari passa também pela disponibilidade junto à força do empresariado local – representada pelas entidades. A terceira será no dia 11 de abril, com palestra do prefeito Marcelo Caumo.

• Programa Fazer Juntos – a Sicredi Integração RS/MG iniciou no dia 16 de janeiro o segundo ano do programa Fazer Juntos, que destina à instituições um percentual sobre as novas aplicações, sem ônus aos investidores. São beneficiadas entidades associadas que visem o empreendedorismo social, educação, cultura, saúde, segurança, esporte e projetos sociais, que contribuam com a melhoria da qualidade de vida dos associados e da sociedade. No ano passado, foram R$ 149 mil destinados à 132 entidades das áreas de atuação da cooperativa.

• Multiplicação das contas – Dados do Banco Central mostram que o número de contas bancárias chegou a 5,2 por brasileiro. É mais que o dobro do das 2,4 contas por pessoa registrado em 2018. A quantidade reflete maior concorrência no sistema financeiro, a partir da atuação crescente de bancos digitais e fintechs. A maior quantidade de contas por brasileiro ajuda a baratear o custo dos produtos e serviços oferecidos pelos bancos, mas também podem ampliar o descontrole financeiro por parte dos clientes. Ou seja, ajuda a explicar o recorde no índice de inadimplência no país.

PEDRO NERY

DOUTOR EM ECONOMIA E PALESTRANTE EM WEBNAR DO INSTITUTO MILLENIUM SOBRE AS PROPOSTAS DE REFORMA TRIBUTÁRIA EM ANÁLISE NO CONGRESSO NACIONAL

ÉDSON LUÍS SCHAEFFER/DIVULGAÇÃO

MAICA GEBING/DIVULGAÇÃO

Em três décadas de atuação, Roses Fotos eterniza histórias de vida

Empresa familiar sediada no bairro São Cristóvão se tornou uma das mais renomadas do ramo na região, a partir da cobertura de casamentos e outros eventos. Hoje, direciona o foco para trabalhos de estúdio

ENTREVISTA

ROSE ALLGAYER, DANIELA ALLGAYER E RODOLFO ALLGAYER • proprietários da Roses Fotos

“Sempre foi um sonho nosso ter esse negócio”

Rogério Wink: Como foi o teu primeiro evento como fotógrafa?

Rose Allgayer: Foi um pouco traumático. O ex-prefeito Luis Fernando Schmidt era meu colega na época, atuava como fotógrafo. Eu ainda não era oficialmente. Só que ele foi jogar futebol num dia em que cobriria um casamento e acabou se machucando. O Werner veio até mim, com uma pasta e disse: pega e vai. Era no São Cristóvão, pertinho de onde eu morava. Fui e fiz bem direitinho. Dali em diante, segui. No sábado seguinte, estava contratada para fazer outro casamento.

Wink: Para vocês, como é esse trabalho em família?

eram feitas de forma analógica?

Rose: Era uma época onde os profissionais podiam ser considerados fotógrafos mesmo. No braço e no olho. Tinha que acertar ali, na hora. O clique tinha que dar certo. Era dar o foco, bater e passar o filtro.

Daniela: Eu peguei um pouco do período analógico. Numa cerimônia de casamento, fazíamos toda com apenas um filme de 35. Eventualmente acontecia de usar dois, mas era difícil. E aí calculava uma foto para a entrada da noiva, uma de cada padrinho, uma do noivo, uma na hora de colocar a aliança... As vezes sobravam três para a saída.

LAJEADO

Amor, carinho, cuidado, afeto e empatia. Alguns dos sentimentos compartilhados pela equipe da Roses Fotos ao registrar diferentes emoções e experiências.

Em mais de 30 anos de atuação, se tornou um dos estúdios de fotografia mais renomados da região.

Foram milhares de histórias contadas pelas lentes neste período, como casamentos, festas e nascimentos, entre outros.

A trajetória da Roses Fotos foi narrada por quem fez e faz acontecer. Rose Allgayer Rodrigues e os filhos, Daniela e Rodolfo, estão à frente da empresa. Os três participaram de “O Meu Negócio”, programa multiplataforma do Grupo A Hora, nessa segunda-feira, 23. Além de detalharem como o estúdio surgiu, também abordaram assuntos referentes à fotografia.

Nascida em Arroio do Meio e com

origens familiares em Santa Clara do Sul, Rose teve os primeiros contatos com fotografia numa das empresas mais tradicionais do ramo na região, a Foto Werner. Foram dez anos na empresa. Lembra que começou a fotografar por acaso. E foi quase uma paixão à primeira vista.

“Eu era balconista na Gráfica Cometa, quando o Werner foi lá uma dia. Gostou do meu atendimento e me convidou para trabalhar com ele, mas no balcão. Só que um dia ele teve que se ausentar da loja e eu mal sabia fotografar. Tive que fazer. No primeiro momento em que peguei uma máquina fotográfica, fiz um clique muito feio. Mas vi que era aquilo que eu queria”, recorda.

Depois de adquirir experiência e conhecimento, Rose decidiu abrir a própria empresa. À época, em sociedade com uma ex-colega. Aos poucos, ganhou a ajuda dos filhos. Daniela já está há mais de 20 anos e hoje é quem está à frente no negócio, enquanto Rodolfo foi o mais recente, embora não esteja mais tão presente no dia a dia.

DICA DE LEITURA

“Leio, logo existo” é uma coletânea de artigos de 22 pessoas, inclusive de profissionais do Vale do Taquari. Em seus textos, falam sobre livros que impactaram suas vidas e a estreita relação com eles. Também revelam o que há de mais genuíno na experiência leitora de cada um. Esta é a dica da semana sugerida por Rogério Wink.

Rodolfo Allgayer: Ele te dá muita liberdade, de, as vezes, falar o que tu pensa. De mostrar o que está sentindo. E ocorrem muito mais discussões por conta dessa liberdade. Mas é um ambiente muito mais leve. Eu comecei com 18 anos e parei agora. Foi bastante tempo. Fiz muito evento, que era algo que eu fugia no início (risos). Muito tempo filmando e depois fotografando.

Wink: Existe uma referência na área de fotografia para vocês?

Daniela Allgayer: Quando comecei na fotografia, fiz vários cursos e não tinha uma visão como agora. Destaco um curso que fiz com um pessoal de São Leopoldo. Tinham uma escola de fotografia e meu olhar de referência eram eles. E depois, na parte de eventos, foi o Everton Rosa. E assim vai indo. Varia muito conforme determinada área. O Sebastião Salgado é um baita fotógrafo. Não é o meu tipo de fotografia, mas tu olha as imagens dele e se inspira.

Wink: Como foi feita a construção da marca e por que o nome no plural?

Rose: Porque nós éramos entre duas no início, e ambas com o mesmo nome. Trabalhamos juntas com o Werner, inclusive. Sempre foi um sonho nosso de ter esse negócio. Deu certo e aí escolhemos esse nome. Casou super bem e virou uma marca.

Wink: Qual era o grande desafio no período em que as fotos

Wink: Como foi quando decidiram abrir a loja?

Rose: Foi uma coisa muito inesperada, de um dia para o outro. Estávamos despreparadas para assumir um negócio, mas deu muito certo. E nós tínhamos uma sacada que deu certo. Eu era muito fã do trabalho da Lisete Guerra, de Porto Alegre. Nós recebíamos as imagens dela na edição dominical da Zero Hora. Era um sucesso por lá. Usávamos sombrinhas, chapéus, aquelas fotos mais românticas. Entramos nessa linha. Alugamos um espaço pequeno e depois expandimos.

Wink: Como era feita a organização de trabalho. Tinha alguém que ajudava?

Rodolfo: Hoje, se tu faz um casamento, tem que ter uma equipe de, no mínimo, quatro pessoas. Em outros tempos, uma pessoa sozinha cobria o evento inteiro. Se pega a agenda de dez anos atrás, não tinha fim de semana. Era uma loucura.

Wink: Hoje, qual o foco do negócio?

Daniela: Estamos mudando, aos poucos, o nosso foco. Sempre fizemos eventos. Hoje, a mãe fica mais no suporte inicial e o Rodolfo não está mais tanto conosco. Então, conversamos e decidi que não teríamos mais funcionários fotógrafos. Foi uma decisão dura, de pegar somente eventos que podemos fazer. Focamos agora mais na parte de estúdio, como as fotos de 15 anos e de gestantes, por exemplo.

Mateus Souza mateus@grupoahora.net.br

Rose, Daniela e Rodolfo: mãe e filhos narraram a trajetória do estúdio fotográfico

MATEUS SOUZA

ROSE ALLGAYER

RODOLFO ALLGAYER

Série sobre Boate Kiss estreia hoje na Netflix

Obra é baseada no livro “Todo dia a mesma noite”, de Daniela Arbex. A produção conta com atuação de destaque da atriz lajeadense

Gabriela Munhoz

Bibiana Faleiro bibianafaleiro@grupoahora.net.br

LAJEADO

Oincêndio na Boate Kiss, em Santa Maria, que matou 242 pessoas na madrugada do dia 27 de janeiro de 2013 virou livro em 2018 e, agora, chega às telas da Netflix com a minissérie “Todo dia a mesma noite”, baseada na obra literária de Daniela Arbex. A produção audiovisual estará disponível na plataforma de streaming a partir desta quarta-feira, 25.

A minissérie produzida pela Morena Filmes tem direção geral de Julia Rezende e direção de Carol Minem. Artistas do Vale integram o elenco, com destaque

para a atuação da atriz lajeadense Gabriela Munhoz. A personagem interpretada por ela foi a capitã da Brigada Militar de Santa Ma-

ria que, na produção, recebe o nome de Capitã Idalina.

Apesar do peso da história, a artista ressalta a atmosfera acolhedora, empática e respeitosa da produção. Gabriela conta que os desafios foram muitos, em especial, durante as cenas de dor das famílias, que também sensibilizou o elenco.

A série foi gravada em cerca de três meses, no Rio de Janeiro, em locações que reproduziram os espaços e cenários da tragédia de 2013. Algumas cenas também foram captadas em Bagé, no Rio Grande do Sul. Gabriela gravou no Rio de Janeiro por cerca de dois meses. A produção tem cinco episódios de, em média, 45 minutos.

Além do trabalho como atriz, Gabriela também ocupa a direção do Instituto Estadual de Artes Cênicas (Ieacen) e do Teatro de Arena de Porto Alegre.

Relembre o caso

Na data da tragédia, a Boate Kiss sediou a festa universitária “Agromerados”. No palco, a Banda Gurizada Fandangueira se apresentava e um dos integrantes disparou um artefato pirotécnico que atingiu parte do teto do espaço, que pegou fogo.

O incêndio se espalhou rápido e, além da morte de 242 pessoas, deixou mais de 600 feridos. No dia 1º de outubro de 2021 teve início o júri do caso Kiss. Os quatro réus foram condenados pelo Conselho de Sentença do Tribunal do Júri, no dia 10 de dezembro daquele ano.

consigo atravessar uma

Qual foi a sua per sonagem na série? Fale da importân cia dela e da sua atuação.

Eu vivi a Capitã Idalina, capitã da Brigada Militar de San ta Maria. Esse nome é fictício para uma pessoa real, muito real, que foi uma figura corajosa e importante no resgate das vítimas e no apoio às famílias durante a tragédia e todo o pós desse acontecimento. Através das pesquisas que fiz e das narrativas da autora do livro “Todo dia a mesma noite”, Daniela Arbex, eu me senti envolvida e tomada pela força e coragem dessa mulher. Aliás, não só dela, de muitas figuras empáticas e sensíveis que lutaram com unhas e dentes para contribuir de alguma forma com os envolvidos naquela noite de horror.

Quais os principais desafios de gravar a série? Tentar se imaginar no lugar dos que viveram aquela noite e

essa dor. Exercitar, efetivamente, a prática da empatia: “pegar o corpo do outro emprestado” e buscar enxergar através da vivência dele. Não foi fácil porque não fomos nós que vivemos isso e embora tenhamos técnica como profissionais, o mergulho é muito profundo. Eu, como atriz, não consigo atravessar uma vivência dessas sem me sentir profundamente modificada.

Já tinha participado de produções como esta antes? O que isso significa para sua carreira na atuação?

Não. Nada perto do tamanho, do impacto que tem uma história e um projeto como esse. Essa é minha primeira experiência no streaming e em uma produção que tem um discurso dessa relevância. É fazer parte de um coro gigantesco pela memória e respeito, por justiça, em função de uma causa tão importante. E, principalmente, para que não se repita!

ENTREVISTA

“Não

vivência dessas sem me sentir profundamente modificada”

GABRIELA MUNHOZ

• Atriz e diretora do Instituto Estadual de Artes Cênicas (Ieacen) e do Teatro de Arena de Porto Alegre

GABRIELA MUNHOZ ATRIZ

Através das pesquisas que fiz e das narrativas da autora do livro ‘Todo dia a mesma noite’, Daniela Arbex, eu me senti envolvida e tomada pela força e coragem dessa mulher”

Gabriela Munhoz interpreta a capitã da Brigada Militar de Santa Maria. Produção da Netflix tem cinco episódios com cerca de 45 minutos cada

FOTOS GUILHERME LEPORACE/NETFLIX

COM NOVA ESTREIA, GRÊMIO BUSCA SEGUNDA VITÓRIA

Regularizado no BID, Cristaldo deve ser a novidade no time de Renato Portaluppi contra o Brasil de Pelotas

OGrêmio inicia a temporada de forma animadora. Embalado pelo título da Recopa Gaúcha e a vitória sobre o Caxias na estreia do Campeonato Gaúcho, o Tricolor recebe hoje à noite o Brasil de Pelotas na primeira partida do Estadual na Arena. Com Luis Suárez mais uma vez

entre os titulares, a partida inicia às 21h30min.

Renato Portaluppi tem uma grande novidade para o confronto diante o Xavante. O meia Franco Cristaldo foi regularizado no Boletim Informativo Diário da CBF e pode fazer a estreia pelo clube. A tendência é que ele inicie a partida entre os titulares.

Com o acréscimo do meio-campista, o técnico precisará lidar com o excesso de estrangeiros.

O Tricolor possui seis no elenco, sendo que apenas cinco deles podem ser relacionados para partidas em campeonatos estaduais e nacionais. Na primeira rodada do Gauchão, Villasanti sobrou da relação. Agora, a tendência é que Campaz fique de fora.

Com isso, Renato deve escalar Villasanti no meio-campo ao lado de Pepê para deixar o Grêmio

mais protegido. Cristaldo, assim, deve iniciar o jogo aberto pela ponta-direita.

O provável time do Grêmio para iniciar a partida contra o Brasil de Pelotas tem: Brenno; Fábio, Bruno Alves, Kannemann e Reinaldo; Villasanti e Pepê; Cristaldo, Bitello e Ferreira; Luis Suárez.

BRASIL BUSCA SEGUNDA VITÓRIA

O Brasil iniciou a caminhada no Gauchão com vitória sobre o Aimoré. Para o jogo da Arena, ainda não poderá contar com o volante Amaral, em recuperação de lesão no tornozelo. Principais destaques do time são o experiente goleiro Marcelo Pitol e o centroavante Da Silva, revelado pelo próprio Grêmio.

MANO DEVE REPETIR ESCALAÇÃO CONTRA O AVENIDA

O Internacional entra em campo na segunda rodada do Gauchão tentando apagar a primeira imagem do ano. Depois de um empate frustrante diante do Juventude, o Colorado vai até Santa Cruz do Sul enfrentar o Avenida. O confronto ocorre às 19h. Mesmo que não tenha conquistado os três pontos na primeira rodada, a percepção da comissão técnica é que o Inter fez um bom jogo do meio para frente e precisa ajustar as falhas defensivas. Sem grandes novidades, Mano Menezes tem apenas uma dúvida na escalação.

O zagueiro Rodrigo Moledo foi preservado dos últimos treinos e não tem a participação no jogo confirmada. Caso não possa atuar, Igor Gomes entrará na defesa. Outra possível troca é a entrada de Matheus Dias no time

titular para dar mais proteção à defesa. Nessa hipótese, Johnny deixaria o time.

A provável escalação do Inter tem: Keiller; Bustos, Vitão, Rodrigo Moledo (Igor Gomes) e Renê; Johnny (Matheus Dias) e De Pena; Maurício, Alan Patrick e Wanderson; Alemão.

CAPITÃO

EX-LAJEADENSE

O Avenida chega à primeira partida em casa após empatar por 0 a 0 com o Novo Hamburgo na estreia da competição. A expectativa é que o Estádio dos Eucaliptos esteja lotado, com mais de 3 mil torcedores. Em campo, destaque para o zagueiro ex-Lajeadense Micael, capitão da equipe.

Caetano Pretto caetano@grupoahora.net.br

Meio-campista contratado junto ao Huracán, da Argentina, deve entrar no lugar de Campaz

LUCAS UEBEL

Rodrigo Moledo (d) não participou dos últimos treinos e é a única dúvida no time titular

ÁRBITRO DO VALE CELEBRA ESTREIA NO BEIRA-RIO

Juarez de Mello Júnior foi assistente no jogo entre Internacional e Juventude e projeta chegar à Série B do Campeonato Brasileiro este ano

Caetano Pretto caetano@grupoahora.net.br

Quem assistiu o jogo entre Internacional e Juventude, na estreia do Campeonato Gaúcho, e é acostumado ao futebol amador da região, notou a presença de um conhecido em campo. Mais do que Mano Menezes, Celso Roth ou os atletas das duas equipes, a partida marcou a presença do árbitro assistente Juarez de Mello Júnior. Morador de Lajeado, ele divide a carreira entre

o futebol profissional e amador e trabalhou pela primeira vez no Estádio Beira-Rio.

Júnior, como é conhecido, tem uma evolução muito grande nos rankings de arbitragem estadual e nacional. Em poucos anos, passou de cotado a trabalhar na Divisão de Acesso para um auxiliar conceituado nas Séries D e C do Campeonato Brasileiro, assim como o Campeonato Gaúcho. Enquanto isso, segue a rotina de trabalhos também nos clubes sociais da região e no futebol amador.

No primeiro jogo do ano, além de trabalhar pela primeira vez no Beira-Rio, esteve em campo junto de Leandro Vuaden, outro árbitro da região, natural de Estrela. “Significa muito para mim fazer o primeiro jogo neste estádio, e ainda mais ser escalado dentro de uma equipe de arbitragem tão forte. É o sinal que estou no caminho certo e a comissão de arbitragem confia em mim”, avalia Júnior.

O “bandeirinha” atualmente figura o quadro de Série A da Federação Gaúcha de Futebol e está

nas letras C e D da Confederação Brasileira. Assim, pode trabalhar em campeonatos de categorias de base, quarta e terceira divisão profissional no Brasil. A expectativa é já em 2023 fazer a estreia na Série B. “O meu foco este ano é ter a oportunidade na segunda divisão do Brasileirão. Para isso preciso manter o foco e melhorar a cada jogo que for escalado”, destaca.

“MEU ANO DE 2022 FOI MUITO BOM”

Na temporada passada Júnior trabalhou em sete partidas do Gauchão e teve diversas oportunidades em competições nacionais. Além de trabalhar na Série D, estreou na Série C no jogo entre Paysandu e Figueirense. No quadrangular final, ainda teve a primeira experiência com o VAR. “Trabalhei como assistente em Aparecidense x Botafogo-SP e pela primeira vez tive o auxílio da tecnologia, foi uma experiência nova. Foi um ano de oportunidades e que dei o meu melhor em campo.”

No profissional é tudo muito técnico, intenso e seguro, então podemos trabalhar com tranquilidade. No amador é tudo aguerrido e com muita pressão dentro e fora de campo, às vezes até sem a segurança adequada.”

DIFERENÇAS ENTRE O AMADOR E O PROFISSIONAL

Mesmo em ascensão na carreira, o árbitro não esquece das suas raízes e continua trabalhando no futebol amador. Para ele, as diferenças são claras. “No profissional é tudo muito técnico, intenso e seguro, então podemos trabalhar com tranquilidade. No amador é tudo aguerrido e com muita pressão dentro e fora de campo, às vezes até sem a segurança adequada. Acredito que consigo lidar muito bem com isso e faço o meu melhor independente de onde esteja.”

Acostumado a trabalhar no futebol amador, Júnior fez no sábado a estreia no Estádio Beira-Rio

Em ascensão na carreira, árbitro assistente Juarez de Mello Júnior (segundo da dir. à esq.) pretende chegar à Série B do Brasileirão este ano

JUAREZ DE MELLO JÚNIOR ÁRBITRO ASSISTENTE

ARQUIVO PESSOAL

por

Lembranças da 2ª Guerra

Quase 60 anos depois, o ex-soldado Emílio Wolfart contava sua história na Segunda Guerra Mundial ao Jornal O Informativo. Em 2003, Wolfart tinha 83 anos de idade e lembrava dos angustiantes meses em que lutou na Itália, em 1945.

O conflito foi o maior da História e deixou mais de 70 milhões de mortos entre os anos de 1939 e 1945. Natural de Poço das Antas e com 22 anos na época, Wolfart foi convocado para integrar a Força Expedicionária Brasileira (FEB). A partida só ocorreu três anos mais tarde, em 1945. Da casa da tia, onde estava hospedado em Santa Maria, Wolfart lembrava da despedida dramática: “Até nunca mais. Os peixes vão te devorar”.

A expedição rumo à Europa saiu de navio do Rio de Janeiro, em uma viagem de 15 dias. Durante o trajeto, Wolfart e sua equipe ficaram no porão da embarcação, encolhidos em meio ao calor.

Na Itália, se depararam com o frio europeu, mas, apesar das dificuldades, o ex-soldado contava que ele e seus companheiros nunca temeram a morte. “Sentíamos honra em participar de algo tão grandioso”. Wolfart lutou em Monte Castelo e recordava do grande número de mortos, dos corpos enterrados em grandes valas.

Ele só retornou ao Brasil em setembro de 1945, quando a grande guerra já havia terminado. Wolfart brincava que a guerra havia sido ganha graças à bravura dos gaúchos. Anualmente, ele e outros ex-combatentes se reuniam para homenagear os colegas mortos em batalha e relembrar os momentos vividos na guerra.

Poucos anos depois da reportagem, em 2005, Emílio Wolfart faleceu.

Enquanto isso…

Assassinato de Sabotage - Há 20 anos, o rapper e ator Sabotage, como era conhecido Mauro Mateus dos Santos, era assassinado com 4 tiros na zona sul de São Paulo. Com 29 anos na época, ele já havia lançado várias músicas e participado dos filmes “O Invasor” e “Carandiru”. Naquele tempo, a suspeita era de que o crime tivesse sido motivado por vingança. Em 2010, um homem foi preso, acusado pelo assassinato.

Nova comissão do Lajeadense

A direção do Clube Esportivo Lajeadense anunciava a contratação do fisicultor Alexandre Seben e do treinador Júlio Xavier para o Campeonato Gaúcho. Naquele ano, o presidente do clube era Antônio Carlos Ruaro.

Exposição de Pássaros em Estrela

A Sociedade Ornitológica do Alto Taquari promovia uma exposição de aves em Estrela. O evento ocorreu no salão paroquial da Comunidade Católica de Estrela e reuniu mais de 300 pássaros, apresentados por 24 expositores.

Enquanto isso…

Satélite brasileiro - Cinquenta anos atrás, era anunciado que o Brasil estudava o lançamento de um satélite de comunicações. O aparelho permitiria transmitir o sinal de televisão para todo o território brasileiro e inclusive para a Argentina.

Raica Franz Weiss

Wolfart na época do exército

ARQUIVO MUNICIPAL DE LAJEADO/O INFORMATIVO

Emílio Wolfart aos 83 anos, em 2003

ARQUIVO MUNICIPAL DE LAJEADO/O INFORMATIVO

ARTIGO

Selo de

qualidade ao

leite

Agregar valor e criar um selo de qualidade para o leite produzido no Vale do Taquari. Essa é a proposta do deputado estadual Sidnei Eckert (MDB). Em reunião com o secretário de Desenvolvimento Rural, Ronaldo Santini, apresentou a ideia para valorizar a produção local e inovar no segmento para enfrentar dificuldades como altos custos e baixa valorização do produto. Dados divulgados pela Emater/RS mostram que a região perdeu mais de 2,3 mil produtores em seis anos. O número impressiona e expõe a necessidade de maior atenção ao segmento.

Multa por desperdício de água

A cada dia o cenário da estiagem se agrava. Ainda ontem Bom Retiro do Sul também entrou na lista das cidades em situação de emergência. Os levantamentos preliminares na região indicam perdas superiores a R$ 160 milhões. Outra preocupação é com o abastecimento de água. A escassez faz os municípios endurecerem regras sobre o uso dos recursos hídricos. Em Venâncio Aires a administração definiu multas que variam de R$ 658 a R$ 6,5 mil para quem for flagrado em atividades de desperdício de água. Outra cidade da região com decreto de racionamento é Progresso. O documento emitido esta semana prevê a interrupção do fornecimento a quem desrespeitar as regras emergenciais.

Piscicultores recebem qualificação

A Emater/RS-Ascar promoveu na localidade de Arroio Grande, em Arroio do Meio, uma oficina sobre processamento de pescado. Voltada às famílias de piscicultores do município, a atividade teve o objetivo de promover a inclusão do peixe na alimentação, ampliar as informações a respeito do preparo e enfatizar todas as etapas do processo. O encontrou ainda teve o propósito de alinhar datas para eventos de comercialização de peixe e novas etapas de treinamento.

Alta no preço do ovo e abertura de mercado

Opreço dos ovos no estado aumentou em média 40% em 12 meses. No período, a dúzia da variedade branca passou de R$ 4,00 para R$ 5,50, e a da vermelha, de R$ 4,33 para R$ 5,83. Os dados são da Centrais de Abastecimento do Rio Grande do Sul (Ceasa/RS). Entre os motivos, aumento nos custos de produção e maior demanda do mercado global. Com casos de gripe aviária nos Estados Unidos, mais de 50 milhões de aves morreram. A redução do plantel também refletiu na oferta de ovos ao mercado. Com menor disponibilidade, o reflexo recai no aumento de preço. Se para o consumidor é algo que compromete ainda mais o poder de compra, os criadores ampliam expectativas para aliviar custos. Há inclusive a perspectiva de oportunidades para o setor no Vale do Taquari. Se por um lado a condição sanitária do Brasil favorece a exportação de carne de frango e ovos, o alerta emitido pela Argentina também gera preocupação. Desde dezembro do ano passado o país vizinho recebeu mais de 40 denúncias de casos suspeitos de gripe aviária. Até o momento nenhuma confirmação. Ainda assim, é necessário ficar atento diante de surtos na América do Norte e a dispersão de aves selvagens por meio de rotas migratórias.

Suinocultura pede socorro

Metodologias ágeis aplicadas ao transporte rodoviário de cargas

Otimizar os processos logísticos e melhorar as operações são uma máxima em nosso setor. E para isso, as metodologias ágeis mostram-se o caminho para essas transformações. Por conceito, os métodos aceleram processos de um determinado projeto, envolvendo a divisão das entregas ao cliente em pequenos ciclos. Com isso, quaisquer problemas podem ser corrigidos mais rapidamente e os planos podem ser revistos.

Reunião com equipe do governo gaúcho busca alternativas para o equilíbrio econômico na criação de suínos. A dificuldade do setor exposta pela cooperativa Languiru e ratificada pela Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs) considera três aspectos. Os representantes do segmento buscam a isenção da alíquota de ICMS sobre as vendas interestaduais de suínos vivos; compensação do ICMS sobre a compra de milho de outros estados; e isenção da alíquota de ICMS sobre a compra de óleo de soja degomado utilizado para a alimentação dos suínos.

Com o foco no cliente final e na entrega de valor, são projetados para incentivar o gerenciamento de processos, garantindo controle frequente e possíveis ajustes. Apresenta, também, uma filosofia que promove o trabalho em equipe, a colaboração dos funcionários e a inteligência coletiva. Esses métodos são um conjunto de práticas eficazes projetadas para entregar produtos de alta qualidade mais rapidamente, empregando estratégias que alinham o desenvolvimento do projeto com as necessidades do cliente e os objetivos da empresa, os dando a oportunidade de conhecer antecipadamente o resultado do trabalho, aumentando assim a sinergia entre a empresa, cliente e o projeto.

No transporte de cargas, sua aplicação, assim como em outras esferas do mercado, solicitam uma mudança de cultura na empresa, não sendo uma tarefa fácil na atualidade. Neste sentido, medir o real impacto que sua adoção causa na organização é fundamental, além dos benefícios serem palpáveis e necessários.

clareza

Alguns métodos eficazes para a logística de nossos negócios são: o Scrum, que favorece a segmentação de tarefas e a agilidade, como por exemplo o auxílio à manutenção corretiva de veículos; o Kanban, que dá prioridade à operação do gestor de maneira individual, sendo um bom método de organização pessoal; e o Lean Logistic, elaborado para desenvolver produtos de alta qualidade, e aplicado no uso de plataformas especializadas para acompanhar os abastecimentos feitos, por tempo e localização.

Essas e as demais ferramentas provenientes deste método promovem aumentos significativos na produtividade, múltiplas entregas, qualidade do produto, maior engajamento dos colaboradores, redução de problemas e aumento na satisfação do cliente. Ter total clareza sobre o papel fundamental das metodologias ágeis nas empresas garante maior assertividade e competitividade no mercado.

CEO do Grupo Scapini e diretor da Fetransul

Ter total

sobre o papel fundamental das metodologias ágeis nas empresas garante maior assertividade e competitividade no mercado”

ARQUIVO

DIVULGAÇÃO

Com artistas do Vale, série reconta tragédia

FRASES DA EDIÇÃO

Através das pesquisas que fiz e das narrativas da autora do livro ‘Todo dia a mesma noite’, Daniela Arbex, eu me senti envolvida e tomada pela força e coragem dessa mulher”

GabrielaMunhoz,atriz,sobre participaçãoemminissériedaNetflix querelembraatragédianaBoate Kiss

É algo que vem de encontro ao nosso planejamento para assegurar uma energia elétrica cada vez mais contínua, potente e acessível ao mercado”

ErineoHennemann,presidentedaCertel, apósacooperativareceberautorizaçãopara construçãodaHidrelétricaValedoLeite

GUILHERME

Produção baseada em livro homônimo estreia hoje, na Netflix. Obra retrata o incêndio que atingiu a Boate Kiss, em Santa Maria, com histórias das vítimas e de sobreviventes. No elenco, destaque para a participação da atriz lajeadense Gabriela Munhoz (foto)

TODO DIA A MESMA NOITE PÁGINA | 11

mutirão para reduzir espera por cirurgias eletivas

Governo busca apoio da câmara de vereadores para obter recursos junto ao Estado ou de emendas parlamentares. Intenção é viabilizar procedimentos cirúrgicos no segundo semestre deste ano a fim de reduzir ou zerar espera. Atualmente, fila tem cerca de 40

pacientes. Boa parte ainda depende de avaliação médica antes do encaminhamento. Cálculo estimado da Secretaria Municipal de Saúde é de que cada cirurgia, dependendo da especialidade, custe entre R$ 5 mil e R$ 12 mil.

SANTA CLARA DO SUL

Lembrar que é consequência

O museu e seu acervo transpassam tempos e pedem decifração de significados. O que está no museu não é só para ser bonito. Por vezes, é para desacomodar, incomodar e, sempre, para provocar reflexões. Por quantas mudanças Arroio do Meio já passou nos mais diversos segmentos? O que significam estas mudanças? Como tudo isso se articula com a história e se conecta com contextos mais abrangentes?

Na reserva técnica do Museu Público Municipal de Arroio do Meio - Casa do Museu, entre as mais de doze mil peças, há as que remetem, por exemplo, à instrução formal. São cadernos de chamada, máquinas de datilografia, entre outros objetos que conduzem a este universo. É um convite a pensarmos como a Educação Formal mudou, tanto no conteúdo quanto na forma, ao longo dos anos.

O tempo inevitavelmente passa e os sujeitos reconfiguram e ressignificam os espaços. O próprio museu, em novembro, completa 10 anos, e ainda cambaleia quanto à concepção popular e da gestão no que concerne ao que ele representa conceitualmente. A materialidade do prédio na esquina das ruas Visconde do Rio Branco e Monsenhor Jacob Seger é o que permanece, o resto, inclusive a pavimentação das ruas mudam.

Voltando ao foco, a educação formal: um dos quóruns de destaque nas atividades do Museu é o formado por estudantes das redes de ensino local. E, assim como os objetos antes citados, que não têm mais o uso funcional de outrora, a conjuntura mais abrangente também passou por mudanças significativas. A casa que abriga o museu foi construída ainda na República Velha, em 1918, quando a Primeira Guerra Mundial estava para terminar e os genuínos ideais republicanos não estavam consolidados no Brasil.

Para ilustrar a reflexão é conveniente remeter aos escritos do jornalista Laurentino Gomes em um livro de título gigantesco: “1889 - Como um Imperador cansado, um Marechal vaidoso e um Professor injustiçado contribuíram para o fim da Monarquia e a Proclamação da República no Brasil”. Nesta obra que fala da transição do Império para a República, à página 65, é possível ler: “No ano da proclamação da República, o Brasil tinha cerca de 14 milhões de habitantes, 7% da

população atual. De cada cem brasileiros, somente quinze sabiam ler e escrever o próprio nome. Os demais nunca tinham frequentado uma sala de aula. Entre os negros e escravos recém libertos, o índice de analfabetismo era ainda maior, superior a 99%. Só uma em cada seis crianças com idade entre seis e quinze anos frequentavam a escola. (...). Oito mil pessoas tinham educação superior - uma para cada grupo de 1.750 habitantes”.

Como se pode ver, o Brasil sofreu mudanças significativas. Um país que corresponde, em espaço geográfico, a quase todo o continente europeu, precisou de quase quatro séculos para atingir 14 milhões de habitantes, mas em menos de duzentos anos multiplicou absurdamente os ocupantes desse mesmo espaço. O acesso e, obviamente, a demanda por serviços essenciais, como a Educação, também cresceu.

Ao entrar em contato com a parte do acervo que remete à Educação no Museu Público Municipal de Arroio do Meio, é possível interrogar-se sobre como tudo começou em cada localidade, mas isso não deve bastar. É preciso ver como aqueles movimentos para a fundação de cada grupo escolar, muitos deles hoje municipalizados e transformados em escolas, se articulam com um serviço de absoluta relevância: a Educação.

Desconto no IPTU pode chegar a 25%

Guias foram lançadas nesta semana. Governo projeta arrecadar quase R$ 2 milhões com a tributação de 3,5 mil imóveis

SANTA CLARA DO SUL

Ogoverno municipal espera arrecadar quase R$ 2 milhões com o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). As guias de cobrança estão disponíveis no site do município. Ao todo, serão 3,5 mil imóveis tributados em 2023.

A novidade neste ano é o desconto concedido aos contribuintes, que podem chegar até 25%, isso porque entra em vigor o programa Consciência Ambiental, que oportuniza descontos a partir de ações sustentáveis para quem efetuou cadastro até o último dia 30 de novembro. No total são dez práticas que consistem e podem garantir o valor menor após a comprovação de iniciativas como por exemplo a coleta de esgoto, sistema de geração de energia e arborização.

De acordo com a secretária da Gestão Estratégica e Desenvolvimento Econômico, Ana Paula Mallmann, o programa foi criado com o objetivo de incentivar os empreendimentos e moradores a contribuir com a preservação ambiental por meio do uso racional de recursos naturais.

Além disso, o município manteve os descontos já existentes. O IPTU pago em cota única até 15 de

Iniciativas sustentáveis permitem desconto de até 15%

fevereiro garante desconto de 10%, somando as vantagens do programa Bom Pagador. Todos os carnês estão disponíveis no centro administrativo ou no portal do município onde é possível imprimir os boletos.

Quem optar pelo parcelamento dos valores, pode fazê-lo a partir do dia 16 de fevereiro em 10 parcelas fixas com desconto de 5%. Conforme Ana Paula, todas as formas e incentivos ao contribuinte foram alinhadas há dois anos atrás quando Santa Clara do Sul encaminhou a moderinização do Código Tributário Municipal que além dos descontos criou uma nova forma de cálculo em

Descontos

Antecipação

Bom Pagador Programa Consciência Ambiental

5% 5% até 15%

contribuições de iluminação pública, coleta de lixo e criou o chamado Bom Pagador.

Município fecha 2022 com superavit de R$ 11,4 milhões

VENÂNCIO AIRES

A equipe econômica do Executivo apresentou ontem fechamento do ano fiscal de 2022 com superavit de R$ 11,4 milhões. O resultado positivo foi puxado pelo bom desempenho na receita própria do município e aportes extras no fim do ano, como a venda da folha de pagamento dos servidores.

Os valores, no entanto, não significam sobra de dinheiro para 2023. De acordo com o prefeito Jarbas da Rosa, o recurso já está remanejado para o novo orça-

mento e complementa contrapartidas de obras e novas demandas que aguardavam valores, sobretudo no financiamento da saúde e educação.

O superavit financeiro considera o saldo bancário nas contas de recursos livres do município depurados os valores comprometidos com processos de despesas em andamento no final de 2022. A secretária municipal da Fazenda, Fabiana Keller, destaca ainda que o valor projetado de orçamento em recursos próprios para o ano, de R$ 102,5 milhões, finalizou exe-

CIDADES

MICRORREGIÕES : ARROIO DO MEIO, ENCANTADO, TEUTÔNIA e TAQUARI

Arroio do Meio

Reportagem: Gabriel Santos gabriel@grupoahora.net.br

cutado em pouco mais de R$ 138,7 milhões. Para 2023, a administração projeta um orçamento de R$ 312 milhões.

“Não se trata de sobra, mas fruto de uma gestão austera e responsável. O comportamento da nossa receita no último quadrimestre, aliado a otimização da arrecadação municipal nos permitiram esta reserva para 2023”, destaca a secretária.

Para evitar a sensação de cofres cheios, o prefeito avisa que o recurso de superavit já está dentro do orçamento 2023.

Encantado Reportagem: centraldejornalismo@grupoahora.net.br

Teutônia

Reportagem: centraldejornalismo@grupoahora.net.br

COLUNA DO MUSEU

Por Sérgio Nunes Lopes

Diretor Executivo: Adair Weiss Diretor de Mercado e Estratégia: Fernando Weiss Diretor de Conteúdo Editorial: Rodrigo Martini

O que está no museu não é só para ser bonito. Por vezes, é para desacomodar, incomodar e, sempre, para provocar reflexões”

Mutirão de cirurgias deve zerar a espera no segundo semestre

Cerca

Em muitos casos, avaliação médica demora até um ano

Gabriel Santos gabriel@grupoahora.net.br

ARROIO DO MEIO

Um novo mutirão de cirurgias pode zerar ou pelo menos reduzir a espera por procedimentos eletivos. É o que projeta o secretário da Saúde, Gustavo Kasper. O assunto esteve em debate no Legislativo, onde vereadores da base de governo e opositores falaram da necessidade de buscar recursos e resolver a demanda.

Conforme Kasper, a fila pode ser de 40 pacientes, pois muitos casos dependem ainda de avaliação médica e o tempo de espera pode variar de seis meses a um ano , conforme a especialidade.

A intenção da secretaria é realizar um mutirão no segundo semestre, mas para isso necessita da captação de recursos junto a parlamentares e ao Estado para custear os procedimentos. O cálculo estimado da secretaria é de que cada procedimento, dependendo da especialidade, custe entre R$ 5 mil e R$ 12 mil.

O número já foi maior. Em 2021, cerca de 200 pacientes aguardavam pelos procedimentos, alguns casos na fila de espera desde agosto de 2016. O número foi diminuindo após o anúncio e investimento de R$ 720 mil em procedimentos cirúrgicos feitos no Hospital São José.

Em 2021, foram 212 pacientes beneficiados nas especialidades de ginecologia, traumatologia, otorrinolaringologia, urologia e cirurgia

geral. “A fila existe há anos, mas estamos conseguindo zerar e dar atenção aos casos mais urgentes”.

Preocupação na câmara

A espera de pacientes pelas cirurgias foi um dos temas debatidos na última sessão da câmara de vereadores. Alessandra Brod (PP) disse que há mais de um ano existe a fila e que é necessário os pacientes buscarem a avaliação

médica para avaliação e encaminhamentos com urgência. “Temos que mobilizar as bancadas e parlamentares por mais recursos nessa área da saúde”.

Rodrigo Kreutz (MDB) afirmou que até 40 pessoas aguardam por encaminhamentos e também sugeriu um aporte financeiro maior por parte do município para encaminhamento médico. “É necessário esse aporte, até mesmo que o Legislativo faça a transferência de recursos do orçamento para tal demanda”, reforçou.

Obras de ampliação da escola na Barra do Forqueta iniciam dia 30

ARROIO DO MEIO

Terão início no dia 30 de janeiro as obras de ampliação da Escola Municipal Barra do Forqueta. As informações relacionadas à obra foram repassadas à diretoria da escola pelo prefeito Danilo Bruxel e pelo secretário de Planejamento, Carlos Rafael Black, na tarde de sexta-feira, 20, quando uma comitiva esteve nas dependências da escola.

O serviço de ampliação de quatro novas salas de aula será feito pela empresa Atitude Serviço de Limpeza e Conservação de Ruas Ltda, vencedora do processo licitatório, ao valor de R$ 418,2 mil.

A obra, que deve estar concluída em cerca de 90 dias, consiste em ampliar parte do pavimento superior, ou seja, o segundo pavimento do prédio existente da escola, aumentando a área em 225m².

Deverá ser efetuada a remoção com reaproveitamento do telhado e oitão em alvenaria existente, execução de alvenaria das quatro salas de aula e corredor, conforme é o pavimento térreo, ou seja, parede sob parede do prédio atual.

A Escola Municipal Barra do Forqueta, instalada no bairro de mesmo nome, atende aproximadamente 260 alunos da Educação Infantil ao 9º Ano.

Representantes do governo, da empresa vencedora da licitação e direção da escola conferiram o local para construção das salas

de 40 pacientes aguardam por procedimentos eletivos.

Kasper espera anunciar mutirão de cirurgias com aporte de recursos do Estado. Assunto voltou à pauta na câmara municipal

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Daer conclui recuperação asfáltica da ERS-332

VALE DO TAQUARI

Os serviços de recuperação da ERS-332, executados pelo Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), vinculado à Secretaria de Logística e Transportes, foram finalizados neste mês. As obras começaram em junho de 2021. No trecho entre Encantado e Arvorezinha, o Governo do Estado investiu aproximadamente R$ 21,5 milhões. De acordo com o secretário, Juvir Costella, as ações nos 92,01 km da estrada integram o Plano de Obras 2021/2022. “A rodovia liga as regiões da Produção, do Alto da Serra do Botucaraí e do Vale do Taquari, servindo de rota entre diversos municípios, além de meio para o escoamento da produção local”, diz Costella.

A ERS-332 é a única ligação pavimentada com o restante do Estado de cidades como Nova Bréscia, Coqueiro Baixo, Relvado, Doutor Ricardo, Anta Gorda, Putinga, Ilópolis, Arvorezinha e Itapuca, além de Encantado, que conta com áreas de aglomeração urbana ao longo da estrada.

Em todo o segmento, houve a limpeza da estrada e roçada. Os reparos nos pontos críticos abrangeram 30 mil metros quadrados e a reperfilagem foi executada em 55 km, sendo 13 km de Arvorezi-

nha até a BR-386 e 42 km de Encantado a Arvorezinha.

Conforme o diretor-geral do Daer, Luciano Faustino, também houve a remoção de uma barreira que atingia a pista, em Doutor Ricardo, e aprimoramentos na entrada e na saída no trevo de acesso a Anta Gorda. “Após todas essas intervenções, finalizamos o trabalho executando a sinalização horizontal provisória em 80 km, proporcionando ainda mais segurança para quem transita na região”, destaca Faustino.

Antiga escola vai abrigar pequenas empresas

O andar superior do colégio desativado desde 2018 terá espaço para até seis empreendimentos. Três salas comerciais ainda estão disponíveis

Henrique Pedersini henriquepedersini@grupoahora.net.br

Julia Amaral juliaamaral@grupoahora.net

ENCANTADO

O prédio da Escola Municipal de Ensino Fundamental Tancredo Neves será utilizado para instalação de até seis empresas de pequeno porte. A informação foi confirmada pelo Gestor de Desenvolvimento Econômico, Éder Boaro. A estrutura não é utilizada desde o final de 2018, quando os cerca de 100 estudantes foram remanejados para outro educandário.

Serão cinco salas comerciais de 40 metros quadrados e uma de 80 metros quadrados cedidas sem custos. Como o andar térreo é atingido durante enchentes, serão aproveitadas as salas do segundo pavimento. O setor de projetos da prefeitura analisa as reformas necessárias. O edital de licitação para as obras deve ser feito em abril.

Conforme o Gestor, uma indústria do ramo calçadista, outra de artesanato e uma fábrica de pequenas máquinas e materiais utilizados em

eventos são as primeiras a serem beneficiadas. “Aquele prédio estava abandonado, com risco de invasão e deterioração. A ideia é possibilitar que esses empreendedores possam ampliar seus negócios”, complementa.

Para ser contemplado, o empreendedor deve preencher uma carta de intenção, que contempla a realidade do negócio, as perspectivas futuras de geração de emprego e faturamento. Estar de acordo com normas de licenciamento ambiental também é necessário. “Temos essa procura de pequenos

Prédio fica no loteamento Lago Azul. O setor de projetos da prefeitura analisa as reformas necessárias

empresários para que possam sair da informalidade. Nós sabemos o quanto é desafiador o projeto de expansão de um negócio”, pontua.

Empresários interessados em ocupar o espaço que fica na rua Leonel Sangalli, no loteamento Lago Azul, podem contatar o setor de Desenvolvimento Econômico da administração municipal e preencher a documentação necessária.

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Cerca de R$ 21,5 milhões foram investidos no trecho entre Encantado e Arvorezinha

Limpeza da rodovia, melhorias no pavimento e sinalização estão entre atividades realizadas pelo Daer

Comunidade de Linha Figueira prepara procissão fluvial de Navegantes

Evento ocorre no dia 5 de fevereiro, com saída do Parque da Lagoa, em Estrela, até a Barragem Eclusa. À tarde haverá missa e festa na comunidade de Linha Figueira

ESTRELA

AComunidade Nossa Senhora de Navegantes, de Linha Figueira, no interior de Estrela, realiza no domingo, 5 de fevereiro, a primeira edição da procissão fluvial de Navegantes. A celebração inicia às 8h, com o transporte da imagem pelo Rio Taquari, saindo do Parque Municipal da Lagoa, em Estrela, até a Barragem Eclusa de Bom Retiro do Sul.

Após, a imagem será conduzida por terra até a Comunidade de

Linha Figueira, onde está programada uma missa seguida de almoço e reunião dançante. Os cartões estão à venda com os membros da comunidade.

Conforme o vice-tesoureiro da Comunidade, Sílvio Schilling, a intenção é criar uma nova tradição religiosa, unificando as comunidades do interior por meio

da procissão fluvial. “No passado, ocorria uma procissão terrestre, realizada entre Arroio do Ouro e Linha Figueira. No entanto, o nosso objetivo é criar um evento religioso maior, envolvendo toda a região”, explica.

A retomada da comunidade

Schilling também revela que, durante uma década, a igreja de Linha Figueira ficou fechada, sem a realização de missas ou celebrações. “Agora faz quatro anos que retomamos as atividades e celebrações. Também reformamos a igreja e o salão comunitário”, conta.

Com a procissão, a Comunidade pretende fortalecer a atuação da igreja, especialmente com os moradores ribeirinhos, que irão participar diretamente da atividade. “Será um grande evento, estamos muito otimistas e entusiasmados com esta oportunidade. Convidamos toda a comunidade para participar e celebrar conosco”, complementa.

A procissão sairá do Parque da Lagoa, em Estrela. O dia de Nossa Senhora Aparecida, em outubro do ano passado, também foi celebrado no mesmo formato

MOISÉS RUSCHEL/DIVULGAÇÃO

Taquari cancela Carnaval de rua

Festa no clube Grêmio Recreativo Alvi Negro, porém, está confirmada para 17 de fevereiro

TAQUARI

A administração municipal anunciou, na tarde dessa terçafeira, 24, que não haverá Carnaval de Rua na cidade. A Festa de Momo, que neste ano será entre os dias 18 e 21 de fevereiro, não terá os desfiles das sociedades carnavalescas, nem das turmas, conforme tradição local.

O vice- prefeito Ramon de Jesus destaca que o governo permanece com diálogo aberto para que as agremiações se

organizem e possam retomar o evento em 2024.

Para quem gosta de curtir o Carnaval no clube, o Grêmio Recreativo Alvi Negro promoverá a 7ª edição do Baile Recordar é Viver, na noite da sexta-feira, 17 de fevereiro.

O evento é animado com músicas dos Carnavais das décadas de 70 aos anos 2000, sem deixar de lado os hinos dos Blocos das Margaridas e do Alvi Negro, que fizeram sucesso na época das marchinhas.