Sempre doloroso
Como jornalista, cobertura de enchente nunca é fácil. Essa última foi a mais complexa.
Aos poucos a região começa a reorganizar os eventos voltados aos negócios.
Centro de Distribuição em Estrela organiza expansão do grupo no Vale.
SUPERAÇÃO
Enquanto a região ainda busca medidas de socorro por conta da enchente dos dias 4 e 5 de setembro, reconstrução das cidades avança. Em Roca Sales (fotos), a infraestrutura básica foi restabelecida e indústrias retomaram produção. Principais demandas ainda são por moradias e apoio às empresas
CADERNO | CIDADES
Um mês se passou desde a maior enchente da história do Rio Grande do Sul, e o Vale do Taquari ainda sente as consequências. A região, conhecida pelo desenvolvimento acelerado e as oportunidades, foi atingida de forma avassaladora. A lição é de rever os modelos de prevenção e fazer com que tragédias nunca mais aconteçam. Desde o primeiro momento, as ações foram direcionadas para socorrer as vítimas, fornecendo abrigo, alimentos, água e roupas. Em seguida, veio a tarefa de limpar a lama que a inundação deixou para trás. Agora, o desafio é encontrar moradia e mobiliário às pessoas atingidas, pois a maioria dos serviços básicos de atendimento à população foi retomada.
Durante a enchente histórica no ValedoTaquari,aaposentada MarisaElisabeteDannebrock, 56,esuafamília,seuniramem atovoluntárioparaajudarna limpezadascidadesdestruídas. Paraela,essafoiamaneirade estenderamãoaquemmais necessitavanaquelemomento edemanifestarosvalores recebidos.Mesmosemaprópria casatersidoafetada,Marisa compartilhaaexperiênciaque vivenciou
Para garantir o emprego e a renda, as empresas da região clamam pela liberação rápida dos financiamentos de R$ 1,4 bilhão pelo Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES). Um relatório do gabinete itinerante estima prejuízos de mais de R$ 570 milhões.
A ajuda financeira é urgente. Garantir o emprego e a renda é possibilitar as condições para retomar os trilhos do desenvolvimento social e econômico. Esse trauma ficará na memória. Ainda assim, fará com que a região se fortaleça para estar mais preparada no futuro. O Vale merece atenção dos governos. Pela determinação da comunidade, sem dúvida vai superar esse desafio.
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Como foi o processo de auxílio?
Atuamos na cidade de Roca Sales e Cruzeiro do Sul, na retirada dos escombros e lama, em primeiro momento. Nos dias seguintes, trabalhamos na limpeza dos locais e materiais possíveis de serem reutilizados.
Como você descreveria o sentimento de ajudar as pessoas nesse momento ?
Julgamos de extrema importância nossa atitude, no sentido de levar otimismo, solidariedade e empatia. Nosso sentimento, no decorrer dos 11 dias de ajuda em Roca Sales, foi além de reforçar o ânimo dos atingidos diretamente pela catástrofe climática. Despertou em nós a importância de agradecermos cada dia o que temos e o
que somos. Agradecer a vida e a possibilidade de podermos ajudar.
E como foi a decisão de juntar a família e se voluntariar?
No amanhecer do primeiro dia, assim que ficou visível a destruição da nossa região, foi uma decisão unânime, entre nós e nossos filhos, de que deveríamos nos deslocar ainda naquela manhã para Roca Sales, cidade na qual passamos parte da nossa vida. A educação dos nossos filhos, sempre foi no sentido de olhar em nosso entorno e não apenas para para si. Dessa forma, enquanto família, conseguimos dar uma das maiores lições de humanidade para eles, na prática. Além de mim e meu marido, estavam conosco meus filhos Sigrid e Bernhard, e os voluntários João Fagundes e Cleber Panho, que vieram de Vanini e Tapejara.
Já haviam presenciado outras enchentes dessa proporção?
Hoje moro em Estrela, mas devido ao trabalho do meu marido, por muito tempo não morávamos no Vale do Taquari, e nunca uma enchente teve esta proporção de destruição. Foi a maior da história do vale do taquari. Como funcionam os Círculos de Construção de Paz que você atua?
Atualmente estamos realizando Círculos nas escolas atingidas pela enchente. Os círculos são com relação à justiça restaurativa, feitos em qualquer ambiente, tanto de empresas, quanto de famílias, dentro dos presídios etc. Nós somos facilitadores da conversa, onde se é falado de si. Agora são realizados para auxiliarmos no retorno das escolas, professores, alunos, funcionários… todos que foram, de alguma forma, afetados ou não, pela enchente catastrófica. Estamos fazendo círculos de fortalecimento após esse acontecimento, para ajudar as pessoas a retomarem suas vidas, a enfrentar a tragédia que ocorreu.
CNH/CRLV gratuitas já podem ser solicitadas
Moradores de municípios atingidos pelas enchentes, já podem solicitar segunda via da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) gratuitamente, em qualquer Centro de Formação de Condutores (CFC) do estado, desde a última segunda-feira. Mais informações no site do Detran-RS.
PL sobre contribuição sindical é aprovado
Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, aprovou Projeto de Lei (PL) que proíbe cobrança obrigatória de contribuição sindical. Parecer diz que sindicatos estão impedidos de recolher contribuição sem autorização prévia. Texto segue para nova votação de Comissão.
África testa novo método de prevenção do HIV
Segunda fase do Desenrola exige cadastro
Consumidores a serem abrangidos pela segunda fase do programa de renegociação de dívidas (Desenrola), precisarão ter conta nível ouro ou prata, no Portal Gov, para saber se teve débito contemplado. Somente com login, o consumidor terá acesso à plataforma dessa etapa.
“Foi um momento de agradecer a vida e a possibilidade de podermos ajudar”
“A ajuda financeira é urgente. Garantir o emprego e a renda é possibilitar as condições para retomar os trilhos do desenvolvimento social e econômico. Esse trauma ficará na memória”
Secretário de Segurança Pública e coordenador da Defesa Civil abordaram as ações feitas durante a enchente e apontaram necessidade de estabelecer protocolos
LAJEADO
Um mês após a cheia histórica que atingiu toda a região, o Executivo de Lajeado apresentou, de forma detalhada, o plano de contingência da Defesa Civil aos vereadores. O documento norteia as ações a serem tomadas no âmbito da administração municipal em caso de desastres naturais, sobretudo inundações.
A apresentação foi feita pelo secretário municipal de Segurança Pública, Paulo Locatelli, após a votação de projetos de lei. Também participou do momento o coordenador da Defesa Civil de Lajeado, Gilmar Queiroz. A versão mais atualizada do plano data de agosto deste ano, e conta com 26 páginas.
Segundo Locatelli, todo o tra-
balho do município antes, durante e depois a cheia de setembro teve como base este plano. “Ele mostra o que cada secretaria tem de fazer, todo o apoio necessário a ser acionado, disciplina a questão dos abrigos. Conduzimos todas as etapas previstas no documento, a partir do socorro até a parte da reconstrução”, observa.
O trabalho de remoção das famílias para os abrigos iniciou no fim da tarde do dia 4, quando o nível do rio atingiu a cota de alerta (17 metros). As primeiras casas foram atingidas pelas águas no começo da noite. Somente quatro dias depois é que o Taquari retornou ao seu leito normal.
Para Locatelli, a apresentação do plano no Legislativo é positiva no sentido também de obter contribuições para o aperfeiçoamento da estratégia. “Enfrentamos uma das maiores tragédias da nossa história. Agora, analisamos o que precisa ser melhorado e estamos buscando isso”, frisa, ao citar a possível parceria com o Escritório de Assistência Humanitária (Usaid), dos Estados Unidos.
“Precisamos melhorar, fortalecer, treinar e estabelecer protocolos de atendimento para todos os envolvidos, em todos os cenários.
E, claro, melhorar também o que é mais em âmbito estadual, que são as condições de aviso e alerta dos eventos que estão ocorrendo”.
Queiroz lembra que ainda há muito trabalho a ser feito e cita a
interdição de dez casas somente ontem. “Não vamos parar nunca. Desde o dia 1° de setembro já tínhamos os alertas. Mas foi sur-
preendente para nós. Em Lajeado, choveu 438 milímetros no mês. A média era de 50 a 60 milimetros. Algo fora da curva”.
Locatelli utilizou a tribuna durante a sessão de ontem e abordou aspectos do plano, além de falar sobre o trabalho no dia da cheia
Aenchente trouxe impactos semelhantes à pandemia. Entre esses, o cancelamento ou suspensão de eventos públicos. No Vale do Taquari, as feiras de Estrela (MultiFeira) e de Cruzeiro do Sul (ExpoCruzeiro) foram canceladas após a tragédia que assolou boa parte da região, e que completa um mês nesta semana. Mas, e isso precisa servir de alento para o setor empresarial, nem tudo está cancelado. Em âmbito regional, a comunidade terá boas chances de festejar a economia e reconectar empreendedores durante a Santa Flor + SF Summit, em Santa Clara do Sul (foto), a ExpoFaz, em Fazenda Vilanova, a Turismate, em Ilópolis, e
rodrigomartini@grupoahora.net.br
RODRIGO MARTINI
a ExpoFeira, em Progresso. Os eventos ocorrem nos meses de outubro, novembro e dezembro. Com destaque ao evento santa-
clarense, que inicia já na próxima quarta-feira, e promete provocar a comunidade local com um novo olhar à inovação.
• Em Lajeado, o vereador Vavá (MDB) solicita ao Executivo o recolhimento dos entulhos verificados em vias do bairro Campestre, e ainda decorrentes da enchente trágica de setembro.
• Já o atento vereador Marcos Schefer (MDB) cobra urgência da RGE com relação a um poste localizado na Av. Alberto Pasqualini em frente ao supermercado Imec, no bairro São Cristóvão, “pois o mesmo encontrasse quebrado gerando um imenso perigo de acidentes no local”.
• Também na câmara de Lajeado, Waldir Blau (MDB) solicita envio de Ofício à Secretária da Educação, “solicitando que dê uma atenção especial as famílias que se mudaram das áreas de enchente e estão no aluguel social, que busquem transferir estas crianças quanto mais próximo possível das suas residências novas”.
Ex-deputado federal, ex-ministro, e candidato a governador do Rio Grande do Sul em 2022, Onyx Lorenzoni (PL) estará em Lajeado no dia 16 de outubro. Ele virá ao Vale do Taquari para o lançamento do seu livro “Do baixo clero ao Planalto, a história de uma vitória contra o sistema”. O evento ocorre na sede da Associação Atlética Municipal, a partir das 12h. O encontro também servirá para reforçar as alianças entre os diferentes atores e personagens do Partido Liberal em toda a região. Afinal, a sigla estuda apresentar candidatos a prefeito nas principais cidades da região.
Ontem à tarde, o Plano de Contingência da Defesa Civil de Lajeado foi oficialmente apresentado no plenário da câmara. E com um ano e dois meses de atraso. Eu explico. Em julho de 2022, o Secretário de Segurança Pública, Paulo Locatelli, conversou com o vereador Heitor Hoppe (PP). Naquele momento, e já com o plano em mãos, eles acertaram a apresentação aos demais parlamentares. No dia 15 daquele mesmo mês, Hoppe encaminhou um requerimento ao então presidente do Legislativo, solicitando o envio – por parte da Mesa Diretora – de um convite ao secretário para o uso da tribuna, com objetivo de “apresentar o Plano de Contingência”. Tudo conforme os ritos da câmara. No entanto, Locatelli só foi chamado após a tragédia. Neste intervalo, creio eu, alguns vereadores até buscaram o documento por outros caminhos. Porém, o necessário debate na “casa do povo” ficou um bom tempo em segundo plano. Mas tudo deve mudar a partir da tragédia. E o primeiro movimento será a formatação de uma comissão temporária no parlamento para construir um novo e robusto planejamento.
• O governo de Teutônia teve um prazo de 11 dias para reencaminhar o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), rejeitado pela própria base do governo após a Mesa Diretora pedir 7% do orçamento municipal à câmara. E o Executivo optou por não fazê-lo.
• Aliás, sobre o tema acima, e em entrevista ao programa Frente e Verso, o presidente da câmara Vitor Griebeler (PSDB) chamou os vereadores da base aliada de “marionetes do prefeito”. Uma declaração que deve repercutir nos bastidores. Ou ninguém ficou incomodado?
• As primeiras casas temporárias para abrigar os atingidos pela enchente foram construídas em Arroio do Meio. Por lá, aliás, o governo municipal também já encaminhou projeto de lei à câmara para a compra de lotes sociais para a necessária reurbanização da cidade. A previsão é investir até R$ 8 milhões por meio do Finisa. E a sessão plenária para análise da proposta ocorre hoje.
• Nesta quarta-feira, e também em Arroio do Meio, ocorre um ato de entrega de sementes e mudas para famílias de pequenos agricultores atingidos pela enchente. O evento, denominado “Sementes de Solidariedade”, será na Comunidade de Forqueta Baixo, às 12h30min (com almoço comunitário), com a presença do economista e escritor Eduardo Moreira, do Instituto Conhecimento Liberta (ICL).
Vereadora de Lajeado, Ana da Apama (MDB) quer homenagear o cão de resgate “Thayron”, um dos tantos personagens que atuaram nas buscas aos desaparecidos da histórica enchente no Vale do Taquari. O cão morreu no dia 22 de setembro, durante trabalhos de busca e resgate na cidade de Bom Retiro do Sul. Ele estava na região desde o dia 11 de setembro, e fazia parte do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso. O Labrador, que tinha cinco anos de idade, já havia atuado em
outros grandes desastres nacionais, como o de Brumadinho, em Minas Gerais, e o de Petrópolis, no Rio de Janeiro. A sugestão da vereadora é denominar de Clínica Veterinária Municipal Thayron o empreendimento que está em fase de construção no bairro Conventos, e cujo objetivo é permitir a ampliação no número de atendimentos clínicos e esterilização de cães e gatos, com projeção de 160 atendimentos por mês. A construção está orçada em R$ 610,2 mil, e terá 185 metros quadrados.
O programa Renasce Estrela promete mais de R$ 17 milhões em auxílios e, em menos de duas semanas, já alcançou cerca de R$ 1,5 milhão para 62 CNPJ´s e 29 empresas do meio rural atingidos pela enchente. E são mais de 250 empreendimentos cadastrados e sob análise. E o vereador Luís Kalsing (PTB) quer expandir o acesso aos benefícios. Por meio de uma indicação, ele sugere que o Executivo estude a inclusão de “ONGs,
associações, igrejas e demais entidades que foram prejudicadas pelas cheias, para que tenham acesso as linhas de créditos com juros subsidiados pelo governo, a fim de retornarem as suas atividades com condições de atender seus públicos e comunidade”. Ainda de acordo com o parlamentar, “não sendo legalmente possível o auxílio, que estude a possibilidade de ser realizada através das entidades mantedoras.”
Por mais “renascimentos” em Estrela
Homenagem ao cão “Thayron”
O clero e o Planalto Plano foi (enfim) apresentado na câmara
Agosto fecha com saldo positivo na geração de empregos formais, depois de resultados negativos em junho e julho. Lajeado, Taquari e Bom Retiro do Sul impulsionam números deste mês
Mateus Souza mateus@grupoahora.net.br
VALE DO TAQUARI
Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) apontam para uma recuperação na geração de emprego formal no Vale. O resultado positivo de agosto interrompe a sequência de dois meses consecutivos com mais demissões do
Resultados de 2023, mês a mês*
Janeiro: 83
Fevereiro: 704
Março: 503
Abril: 569
Maio: 198
Junho: -272
Julho: -494
Agosto: 94
Total de 2023: 1.674
Últimos 12 meses: 1.468
(*) NÚMEROS COM AJUSTES
que contratações no mercado de trabalho regional.
Ao todo, foram 94 admissões a mais do que desligamentos no somatório dos 38 municípios da região. O levantamento foi feito com base nos números divulgados nessa segunda-feira, 2, pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
Com isso, o Vale mantém um saldo positivo em 2023 e também nos últimos 12 meses.
Duas cidades se destacaram em agosto e respondem por uma parcela considerável do saldo do mês. Lajeado (81) e Taquari (70) puxam a lista dos municípios que mais contrataram. Em comum, o bom desempenho no setor da indústria. Elas são seguidas por Bom Retiro do Sul, Arvorezinha e Marques de Souza.
No total, 20 municípios da região registraram saldo positivo no emprego formal. Outros dois tiveram o mesmo número de contratações e demissões, enquanto 16 encerraram agosto no vermelho.
Ao mesmo tempo em que impulsiona bons desempenhos pela região, o setor industrial também influencia em números negativos. As cidades que mais fecharam vagas em agosto – Westfália e Teutônia – foram afetadas por demissões em fábricas. Em ambas, ainda há o rescaldo da crise na Cooperativa Languiru, com redução nas operações dos frigoríficos.
“Apesar do valor adicionado mais alto ser o de serviços, que engloba muita coisa, a indústria ainda é quem tem a maior representação na geração de emprego, no volume da mão de obra empregada”, ressalta a economista Cintia Agostini.
Segundo ela, há uma tendência preocupante para os próximos meses, em virtude dos municípios impactados pela enchente do Rio Taquari, ocorrida no começo de setembro. “Certamente vamos sentir os efeitos dessa crise, principalmente nas pequenas e mé-
dias indústrias. É um setor que precisa se movimentar”.
Lajeado: 81
Taquari: 70
do mês
Bom Retiro do Sul: 37
Arvorezinha: 25
Marques de Souza: 23
Poço das Antas: -17
Capitão: -21
Cruzeiro do Sul: -22
Teutônia: -46
Westfália: -80
O Brasil registrou saldo positivo de 220,8 mil empregos com carteira assinada em agosto. No acumulado do ano, o saldo é de 1,38 milhão de vagas. O desempenho do mês é reflexo de 2 milhões de admissões contra 1,8 milhão de desligamentos.
Já o estoque de empregos formais no país chegou a 43,8 milhões de postos em agosto, uma variação de 0,51% em relação ao mês anterior. Este foi novamente o maior valor já registrado na série histórica levando em conta tanto o período do Caged (junho de 2002 a 2019) quanto do Novo Caged (a partir de 2020).
No RS, o saldo do emprego formal foi positivo em 2,5 mil vagas. O saldo é o resultado entre as 123,1 mil contratações e as 120 mil demissões no período. No acumulado dos primeiros oito meses de 2023, o saldo é positivo em 12,1 mil.
Apesar do valor adicionado mais alto ser o de serviços, que engloba muita coisa, a indústria ainda é quem tem a maior representação na geração de emprego”Setor industrial impulsionou geração de empregos em Lajeado em agosto. Saldo na cidade é de 81 postos de trabalho FILIPE FALEIRO/ARQUIVO A HORA
Portaria publicada pelo Ministério da Saúde nessa terça-feira, 3 , destina mais de R$ 2 milhões ao Hospital Estrela. Casa de saúde fica autorizada a iniciar procedimentos de alta complexidade
VALE DO TAQUARI
Por meio de portaria publicada nessa terça-feira, 3, o Ministério da Saúde confirma o repasse anual de recursos financeiros ao Hospital Estrela. O valor superior a R$ 2 milhões é destinado para auxiliar no custeio de procedimentos eletivos em alta e média complexidade de traumato-ortopedia. A casa de saúde foi habilitada pelo Estado como referência regional na especialidade durante o mês de maio e iniciou alguns atendimentos ainda em junho.
Com a habilitação por parte do governo federal, o Hospital Estrela fica autorizado a fazer os procedimentos de alta complexidade. O gerente administrativo Johnnie Locatelli explica que até o momento eram feitos atendimentos e cirurgias de média complexidade, no entanto, a instituição ainda não recebia pelas operações. “Os procedimentos foram iniciados ainda em junho, em média complexidade. Exceto em casos de urgência, em caso de pacientes que não podiam esperar. Agora vamos poder viabilizar isso”, afirma.
Durante as negociações para viabilizar as cirurgias eletivas, gestores regionais apresentaram propostas para possibilitar o credenciamento. O modelo de gestão definido foi o tripartite, quando União, Estado e municípios cobrem as despesas. O custo mensal para os procedimentos na casa de saúde da Divina Providência ultra-
Reunião técnica deve apresentar dados atualizados sobre espera por procedimentos
passa os R$ 622 mil.
Os recursos são divididos em R$ 100 mil oriundos do governo estadual e cerca de R$ 170 mil, aprovado ontem, referente ao programa de financiamento da Média e Alta Complexidades (MAC). Além disso, fica um saldo de R$ 240 mil, rateado pelos municípios da região durante 12 meses. Os recursos municipais representam cerca de R$ 0,68 por cada habitante do Vale do Taquari.
A secretária de Saúde de Estrela, Regiane Mollmann, esclarece que também há buscas por R$ 100 mil em incentivos federais. Ela ainda destaca que na próxima sexta-feira, 6, está programada uma reunião técnica com os municípios para atualização de dados e início dos procedimentos.
Além do credenciamento da casa de saúde estrelense, em maio também foi anunciado o referenciamento do Hospital Santa Terezinha, de Encantado, para atendimentos de média complexidade e instalação de ambulatório especializado.
A conquista foi celebrada por representantes da Amvat e da Amat. A proposta apresentada foi desenvolvida por um grupo técnico de secretários de Saúde da região e amplamente debatida desde março. A secretária estadual da Saúde, Arita Bergmann, destacou a união dos gestores para firmar o acordo e solucionar um dos maiores gargalos do estado na área da Saúde.
Grupo foi a sessão na noite de ontem e entregou ofício à presidência do Legislativo, com pedido de audiência pública. Cerca de 100 famílias do bairro Moinhos são impactadas e conta de água chega a R$ 800 em alguns casos
LAJEADO
Incomodados com a cobrança por disponibilidade para tratamento de esgoto na conta de água, moradores do bairro Moinhos pediram apoio dos vereadores para reverterem a situação. Um grupo de quase 50 pessoas foi até a sessão de ontem, 3, da câmara e entregaram um ofício à presidência. Eles pedem uma audiência pública. Faz cerca de meio ano que as famílias convivem com preços abusivos na conta de água. Em alguns casos, o custo teve uma elevação de mais de 100% na comparação com os meses ante-
riores. Segundo o líder comunitário Cândido Roberto dos Santos, o Candinho, o movimento buscou chamar atenção dos parlamentares para o drama enfrentado pela população local.
“Eu particularmente não sou afetado, mas são muitas pessoas prejudicadas. Tem gente pagando R$ 600, R$ 700, R$ 800 em contas de água. É legal? Sim, mas tem muita cobrança indevida. Muita coisa errada. Tem que ser visto caso a caso”, argumenta Candinho. Lembra que são mais de 100 famílias impactadas com a medida.
Com a manifestação no Legislativo, Candinho acredita que o caso pode ter desdobramentos favoráveis ao grupo. “Vamos deixar tudo isso publicamente externado e registrado, por meio de um documento em nome dos moradores lesados. Até porque agora ocorre uma negociação do município com a Corsan referente ao contrato da prestação dos serviços. Com certeza alguém vai se mexer”.
Além da mobilização junto à câmara, o grupo de moradores também atua em outra frente, a judicial. Para isso, contam com apoio de um escritório de advocacia. Ações individuais serão protocoladas na Justiça para que as pessoas possam ter um ressarcimento dos valores já desembolsados com a cobrança sobre o esgoto.
“O primeiro passo era o da mobilização na câmara de vereadores. O segundo é a via judicial. Não dá para mantermos dessa forma. Vamos fazer o possível para que essa cobrança seja re-
vertida”, garante Candinho. Morador do bairro, o motorista Samuel Dieter lembra que, há 20 anos, participou de uma reunião no CTG Raízes do Sul com representantes do Executivo municipal, Corsan e Ministério Público.
“Na época, falaram que deveríamos aceitar essa questão do esgoto, pois seria feito em todos os bairros. Passaram duas décadas e só nós estamos pagando e nos outros nada foi feito. Isso não é justo”.
A cobrança por disponibilidade para tratamento de esgoto ocorre
a partir de uma notificação encaminhada pela Corsan às famílias. Desde junho do ano passado, as cartas chegam às casas com a solicitação para instalação dos canos na rede da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE).
A taxa completa foi implementada neste ano. Ela prevê tanto a disponibilidade de ligação quanto a coleta e tratamento dos efluentes. Essa cobrança é feita com base em normativa da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados (Agergs).
Contação de histórias ocorre na sextafeira, 6. Evento é aberto para toda a comunidade
Bianca Mallmann biancathaismallmann@gmail.comLAJEADO
Estimular a leitura e prestigiar escritores da região. Estes são os objetivos do Sarau Literário do Colégio Sinodal Conventos, em Lajeado. O evento ocorre nesta sexta-feira, 6, a partir das 19h. A programação contará com um momento de conversa com escritores, autógrafos e contação de histórias, além da apresentação
de trabalhos feito pelos alunos das séries iniciais.
“Quando voltamos da pandemia, percebemos uma necessidade do contato com o livro físico, com
a leitura. Em 2021 inserimos algumas leituras obrigatórias para as crianças. No ano passado começamos a fazer um trabalho de divulgação e apresentação dos livros. E
neste ano, surgiu a ideia de trazer as famílias e divulgar esse trabalho através do sarau literário”, destaca a coordenadora das séries iniciais, Rosane Rossetti.
O diretor do Colégio Sinodal
Conventos, Rui Griesang, destaca o envolvimento das professoras e dos jovens no desenvolvimento dos trabalhos. Durante o ano, as turmas apresentaram os trabalhos baseados em livros para os alunos das outras séries. Agora, o Sarau será a oportunidade para compartilhar também com os pais.
“Vai ser um momento para os alunos mostrarem para seus familiares e para toda a comunidade escolar um pouco do que é feito em sala de aula. Eles se dedicaram muito ao longo do ano letivo”, diz Griesang.
O projeto também prestigia escritores do Vale do Taquari. Entre eles, Luciane de Abreu, autora do
projeto “Cabruxa, a Bruxa Inventada”, e Rosane Castro, escritora renomada e patronesse de feiras do livro, que vão agraciar o evento com contação de histórias.
“As obras foram escolhidas pelos professores pensando no nível das turmas. As duas escritoras vão estar presentes no sarau”, destaca a coordenadora.
O Colégio Sinodal Conventos atende crianças da educação infantil a partir dos 4 anos até o ensino médio. “No momento, a instituição possui 628 alunos e, somente neste ano, 33 jovens devem concluir seus estudos”, conta Griesang. O período de matrículas para novos alunos e rematrículas já está aberto.
thiagomaurique@grupoahora.net.br
Menos de três meses após dar início às operações do supermercado Passarela no Shopping Lajeado (foto), o grupo empresarial catarinense anunciou Centro de Distribuição (CD) em Estrela e reforça interesse em novos investimentos na região. Conversei ontem com o CEO da empresa, Alexandre Simioni, que mostrou entusiasmo com as oportunidades do Vale do Taquari – potencializadas a partir do CD.
Fruto de um investimento de R$ 2 milhões, o espaço deve iniciar as operações em 40 dias. Segundo Simioni, o CD localizado às margens da BR-386 facilitará a abertura de novas lojas na região devido à facilidade de abastecimento – o que permite estocar menos produtos nos supermercados e consequentemente reduz a
ruptura no ponto de venda.
“Estamos de olho nas cidades vizinhas. Queremos expandir o nosso negócio no Vale do Taquari”, afirma. Conforme o CEO, a unidade Passarela no Shopping Lajeado apresenta desempenho
Fabricante de lentes para o mercado óptico com sede em Lajeado, a Forla foi um dos destaques da 33ª Ajorsul Fair Mercoóptica. Realizado em Gramado, na Serra Gaúcha, o evento reuniu empresas dos segmentos de joias, pratas e folheados, máquinas e equipamentos, óptica, relógios e afins, durante três dias dedicados aos negócios e a qualificação do setor. Em nota, a empresa afirma que a participação na feira reforça o propósito de não ser apenas um laboratório de lentes, mas sim uma indústria varejista com diversos serviços e soluções. “A Cultura ForladaCurva carrega para o mercado óptico inovação, tecnologia, diferenciação, profissionalismo, desejo e experiência para todos.”
acima das expectativas e confirma o potencial da região. Já está confirmada a instalação de uma unidade do Via Atacadista, no Bairro Florestal em Lajeado. Em fase de projeto, a loja tem previsão de inauguração no fim de 2024.
“Mesmo um setor consolidado, como a siderurgia, precisa inovar e transformar-se. A Alemanha tem o aço mais verde do mundo, não por ter decidido ser assim, mas por precisar ser verde para conseguir dinheiro do governo. É uma parceria simbiótica em vez de uma parceria parasitária.”
• Inadimplência em alta – O índice de inadimplência do comércio de Lajeado alcançou o seguindo maior patamar da série histórica dos últimos cinco anos. Com alta de 0,2%, o número chegou a 27,5% do total de consumidores, percentual que só fica atrás do observado em outubro de 2018 (29,3%) Conforme informações obtidas pela CDL Lajeado junto ao banco de dados da Boa Vista, são 17.040 CPF’s com algum restritivo junto ao SCPC na cidade. No RS, o índice de inadimplência está em 30,4%, o que corresponde a pouco mais de 2,7 milhões de consumidores.
• Qualificações gratuitas – O Senac Lajeado em parceria com o Sindilojas Vale do Taquari, abriu inscrições para dois cursos gratuitos de aperfeiçoamento profissional: Inteligência Emocional e Vendas e Desenvolvimento de Equipes. As formações são voltadas para trabalhadores do comércio com renda de até dois salários-mínimos por pessoa do núcleo familiar. Para se inscrever, os interessados devem comparecer presencialmente no Senac Lajeado, na avenida Senador Alberto Pasqualini, 421, no bairro Centro. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (51) 3748-4644 ou pelo WhatsApp (51) 99666-5263.
O365 vezes no vale conheceu um antigo moinho ainda em funcionamento, a paisagem panorâmica da Ilha do Rio Carreiro, a maior estátua em honra a Jesus do mundo e uma loja cheia de doçuras. Tudo isso em apenas um sábado.
O tour foi organizado pela agência Kondor Turismo com o Apostolado da Oração de São Bento (Santa Clara do Sul).
No Moinho Colonizal Pezzi, vimos de perto as grandes rodas do engenho sendo movidas pela água e transformando o grão na farinha. Um processo secular muito raro que segue vivo na propriedade de Vespasiano Corrêa.
Lá o visitante também conhece uma charmosa cascata com vários espaços ideias para fotografias. Tem ainda um café reforçado com direito a polenta brustolada no fogão a lenha, como era feito no passado.
No Parque Denardi, encontramos um verdadeiro refúgio de sossego com áreas verdes e extensos lagos.
Pra quem busca algo radical, o parque oferece um passeio de 4 por 4 até o Vale do Rio Carreiro.
Nessa viagem, passamos pelas parreiras de Dois Lajeados e nos aventuramos em uma trilha insana na mata. O destino final é a deslumbrante Ilha do Rio Carreiro.
No Cristo Protetor de Encantado, o grupo conheceu a história da
estátua gigante com 43, metros. Teve momento de oração e as tradicionais fotos aos pés da obra custeada com recursos comunitários.
A trip finalizou com as compras na loja da Divine Chocolates, em Encantado.
O trabalho das agências receptivas é fundamental para o turismo da região perseverar. São esses agentes turísticos que conectam os visitantes aos mais diversos des-
tinos através de roteiros selecionados cuidadosamente para cada perfil de público.
O turismo tem o potencial de movimentar uma série de empreendimentos que vão além dos
pontos turísticos visitados. Pegamos o exemplo da Kondor Turismo, que nesse fim de semana, guiou seis grupos e 191 pessoas para destinos do Vale do Taquari e Serra Gaúcha.
Apenas com transporte, alimentação e hotel, a movimentação financeira superou R$ 20 mil. Não está incluso aqui o guiamento e os ingressos nos destinos turísticos.
É por isso que reafirmamos: o
turismo será uma mola propulsora para a reconstrução do Vale. Beneficia todo um trade de negócios que vai desde a rede de transporte e hospedagens até todo o comércio local que é indiretamente beneficiada com a visita dos turistas.
Turismo não é passatempo. Turismo é uma indústria poderosa que gera renda, empregos e autoestima.
A família Kern segue com investimentos no Duas Meninas, um verdadeiro complexo turístico que se forma em Arroio Grande, interior de Arroio do Meio. A novidade apresentada na segunda-feira foi um imponente salão de evento com capacidade para abrigar 160 pessoas.
A estrutura de 260 m² tem um amplo deck coberto totalmente en-
vidraçado. O salão está integrado ao belo jardim do Duas Meninas Garden. Ainda faz parte do complexo turístico um cactário com mais de 300 espécies de cactos e suculentas.
Desejamos sucesso ao Duas Meninas Garden. Quem quiser ver mais, no QR Code tem um vídeo completo do novo salão de evento da região.
ENTREVISTA
MATEUS LUIS ROHR • Diretor da Eletro Dinâmica Soluções em ElétricaMateus Luis Rohr relembra trajetória profissional até a fundação da empresa. Empreendedor
também explica papel da elétrica na segurança com os profissionais
LAJEADO
Incentivado pela família a estudar e evoluir como profissional, Mateus Luis Rohr buscou desde jovem aprimorar seus conhecimentos na área da elétrica. A partir do exemplo do irmão, empreendedor há 15 anos, viu crescer o desejo de abrir o próprio negócio. Hoje, com a empresa consolidada, atende grandes companhias da região.
Diretor da Eletro Dinâmica So-
luções em Elétrica, Rohr foi convidado dessa segunda-feira, 2, de “O Meu Negócio”, programa multiplataforma do Grupo A Hora.
Natural de Arroio do Meio, aos 14 anos ingressou no curso técnico em eletrotécnica do Senai, onde descobriu a paixão pela área. É formado, ainda, no tecnólogo em elétrica da Universidade Técnica de Dresden.
Rohr explica que sempre trabalhou na área. Iniciou a trajetória profissional em uma empresa de montagem de estações de tratamento de efluentes. Após um período no local atuou na Garra Automação, de Arroio do Meio, até que, em 2019 abriu a própria empresa.
O empreendedor detalha que o planejamento da companhia iniciou ainda em 2018. Para ele, a experiência tem sido gratificante e desafiadora ao mesmo tempo. “A Eletro Dinâmica Soluções em Elétrica foi fundada em 9 de janeiro do ano seguinte. Na parte técnica foi um processo muito natural por conta da experiência de anos. Na parte de gestão, mais desafiadora para mim, tenho me aprimorado todos os dias”.
Rogério Wink: Qual o significado do nome Eletro Dinâmica?
Mateus Luis Rohr: Eletro vem de elétrica, nossa área de atuação. Já, Dinâmica representa o estilo da empresa, que sempre traz a solução completa para os projetos, entregamos o prometido para o cliente e, acima de tudo, temos produtos acessíveis para todo o público. Nossos materiais são todos de alta qualidade, mas alguns são mais baratos que outros. Isso foi pensado para ampliar nosso mercado. Ou seja, somos uma empresa dinâmica, assim como diz o nome.
Wink: Como a empresa funciona?
Rohr: Trabalhamos com o sistema Turn Key, ou chave na mão. Nesse processo somos responsáveis pela entrada e rebaixamento de energia e controle de distribuição do meio dentro da fábrica. Além disso, fazemos a elaboração do projeto, análise de risco, laudo de conformidade e cuidamos da parte elétrica e mecânica e da manutenção. Também instalamos disjuntores para fazer a distribuição correta de energia e evitar que o sistema queime e analisamos a distribuição de lâmpadas e tomadas.
como Fruki, Minuano e Florestal.
Wink: O que é a NR 12?
Rohr: É uma norma regulamentadora para adequação de máquinas visando, principalmente, a prevenção de acidentes. Acima de tudo, é importante para a segurança do trabalho, porque protege o operador de acidentes como perda de membros. Na prática, ela funciona para evitar que o pedal de ativação seja acionado. Assim, quando o funcionário for pegar algo na máquina ou limpá-la, a chance de acidente é mínima. Para o projeto, um engenheiro de segurança estabelece as variáveis e nós executamos.
Wink: Qual tipo de profissionais você busca na área?
Rohr: Muitas vezes procuramos profissionais novos no mercado, que recém completaram o curso de elétrica industrial. Assim, quando chegam na empresa, apresentamos o modelo da companhia e qual o estilo de trabalho. Além da experiência, procuramos pessoas comprometidas, responsáveis e com vontade de trabalhar.
Wink: Vocês tiveram redes atingidas pela cheia?
Imagine uma pessoa com esse pensamento arrojado e empreendedor. Assim é Linda Rottenberg. E é com essa visão de futuro que este livro vai lhe mostrar o quanto é importante o pensamento empreendedor ser parte do nosso dia a dia. Empreendedor no sentido mais amplo, não só pensando em abrir o próprio negócio, mas empreender mesmo dentro de uma organização.
Wink: Quem é o principal cliente?
Rohr: Mais de 95% dos nossos clientes são indústrias, atendemos muito pouco o comércio. Definimos nosso público conforme fomos vendo a procura e demanda, por isso, hoje, temos nossa tecnologia e processos de adequação das máquinas e normas regulamentadoras (NR) voltados para essa área, principalmente a NR 12. Atendemos empresas
Rohr: Sim. Tanto que, desde o dia 7, atuamos com 80% da empresa em apoio às indústrias atingidas. Auxiliamos na desmontagem, limpeza, lavagem e secagem de quadros e painéis de controle, além de aglomerados de fiação. Cheguei a levar um disjuntor na fábrica, em Santa Catarina, para ajustar, enquanto a equipe realizava a limpeza. Sabemos como foi e é um período difícil para todos. Por isso, buscamos ajudar como podemos.
“Buscamos sempre o melhor resultado para o cliente, principalmente quando a questão é segurança”Diretor da Eletro Dinâmica destaca que elaboração do projeto, análise de risco, laudo de conformidade estão entre as responsabilidades da empresa DEIVID TIRP Ana Lorenzini* analorenzini@grupoahora.net.br *Estagiária. Texto sob supervisão de Mateus Souza
Engenheiro Marcelo Barretos recebeu integrantes do projeto Rumo.
Iniciativa estimula a inserção de jovens no mercado de trabalho
ÁRIES: Nem tudo é perfeito e vale a pena escolher as palavras com cuidado para não causar malentendidos, inclusive no trabalho.
TOURO: Desconfie de um negócio que parece bom demais para ser verdade porque há risco de prejuízo se agir por impulso.
GÊMEOS: tenha cuidado para não exagerar, porque pode bater de frente com a chefia ou com pessoas muito conservadoras.
CÂNCER: Pode descobrir um segredo antigo ou envolvendo alguém da família, mas pense duas vezes antes de divulgar o que sabe.
LEÃO: Aproveite para encontrar novas afinidades com o mozão e manter a chama acesa no romance.
VIRGEM: A sorte vai sorrir para você na paquera e um contatinho bemsucedido ou charmoso pode animar seu coração.
(?) dance, atividade que une exercício e sensualidade A pessoa insignificante
LIBRA: Quem trabalha em casa, a sós ou com produtos ou serviços que exigem concentração ou mais discrição, conta com ótimas vibes.
ESCORPIÃO: As amizades contam com ótimas vibes e você pode se divertir muito com o pessoal, pessoalmente ou papo nas redes sociais.
SAGITÁRIO: Se está na pista, os amigos podem dar uma mãozinha para você emplacar uma conquista.
CAPRICÓRNIO: Ainda bem que o astral muda rapidamente e fica mais fácil se dedicar às obrigações do dia a dia.
AQUÁRIO: Sua intuição estará à flor da pele no final da tarde, assim como o seu interesse por assuntos místicos ou religiosos.
PEIXES: Ainda bem que as coisas melhoram ao longo do dia e e você pode fechar esta terça com tudo em ordem em casa para curtir o seu cantinho.
Que foi enriquecida com ozônio O político que atende os critérios de candidatura
Efeito natural do ouro
Retira-se
Gases (?): destroem a atmosfera
ESTRELA
Aliar atitude, vontade e disponibilidade, na opinião do diretor geral da empresa Rhodoss Implementos Rodoviários, Marcelo Barretos, é essencial para quem está prestes a entrar no mercado de trabalho e também àqueles que desejam fazer carreira. “As competências são agregadas ao longo do tempo,” frisa Barretos, que recebeu a turma da capacitação Preparação para Mercado de Trabalho, do projeto Rumo, uma iniciativa do Grupo A Hora. A visita à empresa, em Estrela, ocorreu na segunda-feira, 2, e contou também com um tour guiado pelo encarregado de produção, Maurício Turatti, pela área fabril.
Na sala de treinamentos, Barretos recepcionou a turma e destacou que a Rhodoss tem em seu DNA a formação e a retenção de talentos.
“Quase 70% do nosso quadro de pessoal - formado por 90 colaboradores – tem mais de dez anos de empresa. Ele citou exemplo de uma funcionária que começou como jovem aprendiz e hoje atua na área da qualidade. “Nosso papel também é formar profissionais.” Sobre o projeto Rumo, ele destacou: “Espero que esta visita agregue conhe-
cimento para vocês (estudantes) e desenvolva competências para ingressarem no mercado de trabalho. Esta formação é muito importante.”
Questionado sobre como reter talentos na empresa, ele citou duas formas: capacitar e melhorar a remuneração. “Trabalhamos para prosperar”, disse. A ascensão na carreira ocorre de forma natural ao passo que o funcionário busca se qualificar e tem vontade de evoluir. Barretos ainda comentou que o segmento industrial tem grande variedade de funções/cargos e remunera melhor. A Rhodoss, por exemplo, conta com departamentos administrativo, financeiro, comercial, de comunicação, de qualidade e o técnico (desenhistas, engenheiros, soldadores, entre outros). A indústria é essencial para economia, assim como o agronegócio. “Se a indústria e o agro são fortes, os demais vão junto.”
O parque fabril está instalado nos prédios da antiga Polar. Dali saem os tanques – casa um leva cerca de 25 dias para ficar pronto. Todo o processo produção ocorre na Rhodoss, desde o desenho do projeto até a pintura
final do tanque.
Os jovens do Rumo puderam ver todas as etapas. O encarregado de produção, Maurício Turatti, conduziu o tour e explicou cada fase. Os tanques têm capacidade de 10 mil a 60 mil litros e podem ter até quatro eixos. A capacidade depende da demanda do cliente. “Boa parte dos clientes opta pelos tanques com capacidade de 45 mil/l, considerando o custo-benefício, destaca Turatti.
A empresa Rhodoss foi fundada no dia 1° de fevereiro de 2007. Localizada de Estrela, é uma indústria de base do ramo metalúrgico. Atua no projeto e fabricação de semirreboques, bitrens e rodotrens. São equipamentos em aço inox, aço carbono e alumínio. Os tanques são para transporte de cargas líquidas (leite, combustível) e os silos para graneis sólidos e pulverulentos.
Os clientes, geralmente transportadoras, estão espalhados de norte a sul do Brasil e no exterior.
“A Rhodoss é uma empresa local com atuação internacional”, conceitua o diretor geral Marcelo Barretos.
Aplicar (assinatura) a documento
Prato saboroso
(?) Rodrigues, cronista de "A Vida Como Ela É"
(?) Possi, cantora de "Per Amore"
Fazer as pazes Sistema de medicação da medicina tradicional
Estado natal de Cacá Diegues (sigla)
O Deus do Alcorão
(?) nuvens: desatento
Natureza de pessoa antissocial Nascido sob o signo vaidoso (Astrol.)
Auxilia dependentes do álcool (sigla) Chegada da manhã
Já; neste instante Esposa de Abraão, na Bíblia Ar, em "aeróstato" Cervo, em inglês
Bairro do Planetário do Rio Rente
Festival de música do Brasil (abrev.)
Bastante; suficientemente (?) portador, tipo de cheque
Pergunta do confuso Associação da Liga dos Campeões Espécime de animal como as aranhas e centopeias 4/deer — pole — uefa. 5/gávea. 6/reavir. 8/alopatia.
na final da Libertadores da América. Torcedores do Vale estarão entre os milhares de apaixonados no jogo contra o Fluminense no Estádio Beira-Rio
Caetano Pretto caetano@grupoahora.net.br
Internacional x Fluminense, Beira-Rio, 21h30min. O torcedor pode guardar este momento, pois ele é um dos mais importantes da história recente do clube. Uma simples vitória separa o Colorado da final continental e do sonho do tricampeonato da Libertadores da América. O adversário tem qualidade, mas o Inter também tem. Como diferencial, a fervosora torcida e o “Gigante” que deve pulsar.
A direção colorada trabalha com a expectativa de quebra de público com mais de 50 mil torcedores no Beira-Rio. Outros milhares estarão no entorno do estádio para apoiar o time. As “Ruas de Fogo”, tradicional movimento prévio ao jogo, devem bater o recorde de participantes, criando uma atmosfera impactante.
No cenário frio do confronto,
Com o empate no Rio de Janeiro, Inter avança à final com qualquer vitória no Beira-Rio
uma simples vitória por 1 a 0 já coloca o Inter na final após o 2 a 2 no Rio de Janeiro. Para o jogo, o técnico Eduardo Coudet não faz muito mistério e tem apenas uma dúvida na escalação: Hugo Mallo ou Bustos. O provável time titular tem: Rochet; Mallo (Bustos), Vitão, Mercado e Renê; Johnny; Mauricio, Aránguiz e Wanderson; Alan Patrick e Valencia.
Do outro lado, o Fluminense
de Fernando Diniz precisará ser mais modificado. O lateral-direito Samuel Xavier foi expulso na ida e dará lugar a Guga. Ainda há dúvidas na zaga, sobre a presença ou não de Felipe Melo, e no meiocampo. Dificilmente o técnico terá uma escalação tão ofensiva quanto a da ida. O provável time titular tem: Fábio; Guga, Nino, Felipe Melo (Marlon) e Marcelo; André e Alexsander; Arias, Ganso e Keno; Cano.
Enquanto que o Inter busca o tricampeonato, o Flu tenta chegar na final pela segunda vez na história e persegue o primeiro título.
Quem vencer no tempo normal avança, e novo empate leva a decisão aos pênaltis.
O lajeadense Guilherme Trombini Sivinski é daqueles que acredita na mística para chegar ao título. No início do ano foi morar em Porto Alegre e prometeu para si mesmo que iria em todos os jogos do Inter. Para o jogo das oitavas de final contra o River Plate, estava sem ingresso. Mesmo assim, foi ao Beira-Rio para ficar no entorno do estádio. No meio das Ruas de Fogo, achou uma carteirinha no chão. Era um sinal. “Fui sem pretensão, já tinha aceitado, mas achei a carteirinha e tentei entrar. Deu certo. Foi a minha sorte, mas alguém ficou de fora. Acho que por tudo isso foi o jogo mais legal que já fui, de alma e coração”, brinca.
Sivinski também esteve na partida de ida da semifinal no Rio de Janeiro. Outro jogo que passou por percalços. Viu seu voo atrasar e teve de ficar nove horas no aeroporto até conseguir outro avião, além de, mais uma vez, não ter ingresso. “Consegui o ingresso um dia antes, mas tive de ir para o jogo com a torcida do Fluminense. Estava 37 gruas no Rio de Janeiro e eu de casaco no metrô pois tinha a camisa do Inter embaixo”, lembra.
No Maracanã, viu o Inter virar o jogo e saiu com o gosto amargo do
empate. Nada que não possa ser resolvido em casa. “O Inter tem a torcida a seu favor, é um espetáculo. As Ruas de Fogo do jogo contra o River Plate foram surreais, e acho que hoje estará ainda melhor”, diz.
Apaixonado pelo Colorado, diz que não conseguiu dormir muito bem nos últimos dias, mas tem a confiança inabalável na classificação. “Já vi o Inter no céu e no inferno, mas o que vivenciei no Rio de Janeiro foi único. É muito apoio, tem que pensar positivo, vamos lotar o Beira-Rio e empurrar o time para a final. Vamos vencer por 2 a 1 com gols de Valencia e Renê.”
Maior torcida colorada na região, o Bonde Perdiga estará em peso no Beira-Rio. Segundo um dos coordenadores, Alex Sulzbach, até a tarde de ontem a barca da torcida já tinha um ônibus fechado e estava perto de completar a lotação do segundo. A saída será dividida em três pontos. O primeiro grupo sai de Encantado às 14h.
Em Lajeado, a concentração e saída será no Posto Faleiro, às 15h. Por fim, o ônibus para em Estrela às 15h15min antes de rumar ao Beira-Rio.
Diferente de outros jogos, a torcida não fará concentração em Lajeado para assistir a partida, pois acredita que o mais importante é ir com o maior número possível de torcedores a Porto Alegre. “Muitos vão sem ingresso, ficarão na frente do estádio, farão churrasco. Normalmente nos reunimos no Bar do Carlitos, no Hidráulica, mas desta vez até o Carlitos vai junto”, comenta.
Para Sulzbach, este é o jogo mais importante do Inter desde que a torcida foi criada, em 2018. “É um jogo para mudar a nossa história, acredito que será 2 a 1 para o Inter e vamos copar a final.”
GINÁSTICA DE TRAMPOLIM
Atletas da Adesva/ Cetres, Emily Bruxel e Helena Feldens
conquistaram juntas cinco medalhas em competição realizada em Aracaju
Atletas do Vale do Taquari seguem colecionando bons resultados na ginástica de trampolim. Os destaques da vez são as jovens Emily Bruxel e Helena Feldens, de 9 e 10 anos. No fim de semana, elas competiram no Campeonato Brasileiro por Idades, em Aracaju, Sergipe, e foram recompensadas com cinco medalhas.
Representantes da equipe Adesva/Cetres, de Lajeado, as duas meninas atingiram o objetivo inicial ao chegar nas finais em todos os aparelhos que competiram: tumbling, duplo mini trampolim, trampolim
FUTEBOL AMADOR
individual e trampolim sincronizado. Mas não pararam por aí.
Com a exceção do tumbling, conquistaram medalhas nos demais aparelhos. Competindo juntas ficaram com a prata no trampolim sincronizado. No duplo mini trampolim Emily conquistou a prata e Helena o bronze. Já no individual, Emily sagrou-se campeã brasileira e Helena encerrou com o quarto lugar.
Para o treinador da equipe, Marcos Minoru Otsuka, a avaliação é de que as ginastas tiveram um excelente resultado. “A categoria delas é a que tinha mais atletas. Eram 16 ginastas, das quais apenas oito avançavam para as finais. A gente conseguiu pegar final em todas as provas, resultados super importantes e que comprovam mais uma vez o excelente trabalho que conduzimos aqui em Lajeado.”
O resultado de Emily e Helena não foi a única boa notícia no Cam-
peonato Brasileiro. Além disso, o treinador Minoru foi surpreendido com a convocação para viajar com a equipe principal da Seleção Brasileiro para o Mundial de Ginástica de Trampolim, em Birmingham, na Inglaterra. “É um feito muito grande, é a primeira vez que um treinador que não tem atleta na categoria principal é convidado a estar junto, ainda mais especial por ser uma competição que serve como Pré-Olímpico”, comenta.
A surpresa foi grande, pois normalmente viajam apenas os treinadores de atletas da Seleção. Segundo Minoru, a solicitação veio também dos ginastas. “Por acompanharem o nosso trabalho, acharam que eu seria uma pessoa que poderia auxiliar e ajudar no crescimento da equipe. Querendo ou não é mais um reconhecimento da qualidade e do empenho que empregamos na nossa equipe.”
O treinador viaja para a Inglaterra na primeira semana de novembro, e a competição ocorre entre os dias 9 e 12. Atleta da Adesva/Cetres, Igor Ouriques participa do Mundial entre os dias 16 e 19 de novembro.
Nota oficial foi emitida nessa segunda-feira. Entidade pede esclarecimentos das partes envolvidas
Ezequiel Neitzke ezequiel@grupoahora.net.brDiante dos relatos referentes ao ato de racismo ocorrido na partida entre EC Brasil e Estudiantes, válido pela 5ª rodada do Campeonato Regional Certel/Sicredi, a Aslivata emitiu um comunicado oficial ontem.
A entidade lamenta mais um ato triste em meio a competição. Dado os fatos, a diretoria da entidade busca em conjunto com os clubes esclarecer os fatos, com intuito de responsabilizar os causadores.
“Sabemos que nota oficial não resolve o caos social que estamos inseridos. Mas viemos por meio
desta, esclarecer que lamentamos profundamente que tenhamos que lidar com mais um cenário de racismo em nosso campeonato. Com certeza prestamos todo o apoio ao atleta ofendido. A Aslivata salienta que está buscando esclarecer os fatos em contato com os dois clubes envolvidos, entretanto, a entidade cabe penalizar de acordo com o regulamento oficial, que deve ser de conhecimento comum a quem participa da competição. Como forma de ação mediante o ocorrido, a Aslivata solicita ao clube EC Brasil, ao EC Estudiantes e ao atleta denunciante que identifiquem os responsáveis por tais atos de racismo praticados na última rodada, para que respondam por vias legais.”
Dia do Agente Comunitário de Saúde
Dia da Natureza
Dia do Médico do Trabalho Dia dos Animais Dia do Barman
Santo do dia: São Francisco de Assis
Duas pessoas ficavam feridas em um acidente que envolveu quatro veículos na ERS-130, no trecho entre Lajeado e Arroio do Meio, próximo ao trevo de acesso à cidade. O engavetamento ocorreu no fim da manhã e envolveu um caminhão de Estrela, um Fiat Uno de Montenegro, um Celta de Curitiba e um Gol de Arroio do Meio.
Devido aos serviços de manutenção feitos na rodovia, o caminhão foi obrigado a parar na pista. O Fiat Uno, que vinha logo atrás, também parou. Mas o Celta de Curitiba não freou a tempo e colidiu com o Fiat Uno, que foi prensado contra o caminhão.
O Gol vinha no sentido contrário e, para evitar a batida, jogou o carro para fora da pista, em uma vala lateral. O motorista do Celta foi levado ao hospital com ferimentos leves, mas o motorista do Fiat Uno quebrou o braço.
A comunidade se reunia para protestar contra o acesso à cidade, no quilômetro 300 da BR-386. Participavam moradores, vereadores e representantes de transportadoras escolares.
O movimento tinha sido motivado por um acidente ocorrido poucos dias antes no local, que envolveu um ônibus escolar e um caminhão. Dez estudantes ficaram feridos. No dia do acidente, conforme o motorista do ônibus, a neblina densa quase impos-
sibilitava a visão.
O grupo exigia a construção de uma rótula de acesso no local, já que os motoristas entravam na rodovia pelo acostamento. O local era palco de diversos acidentes.
Na época, a concessionária responsável pela rodovia era a Univias. O Poder Público de Pouso Novo destacava que havia uma promessa da concessionária para construção ainda em 2003. Hoje, o trevo de acesso existe no local, mas não foi feito em 2003.
O pastor Berthold Engelhardt recebia o título de Cidadão Lajeadense há 50 anos. A homenagem valorizava seu trabalho junto à comunidade de Marques de Souza (naquele tempo, ainda distrito de Lajeado).
O pastor Engelhardt foi uma figura central na construção de parte da estrutura da Sociedade Escolar de Marques de Souza, fundada em 1923. O religioso conseguiu recursos da Alemanha para construir dois pavilhões, concluídos em 1969.
Fim dos parquímetros em São Paulo - A cidade de São Paulo tinha implementado um sistema de cobrança de estacionamento por meio de parquímetros – era o primeiro desse tipo no Brasil. Cerca de um ano depois, a administração municipal anunciava que a ideia seria abandonada e que, no lugar, seriam feitos cartões de estacionamento para serem pagos diretamente aos fiscais.
Hoje marca um mês desde a enchente do Rio Taquari, e, como jornalista, admito que cobrir enchentes nunca é uma tarefa fácil, nem algo que gostamos de fazer. Lidar com perdas humanas e materiais é sempre doloroso. A última enchente foi particularmente significativa. Passamos longas horas no ar, transmitindo informações para a comunidade. Foram muitos momentos em que tivemos que engolir o choro enquanto compartilhávamos histórias de superação e tragédia. Essa cobertura jornalística ficará marcada na história, não apenas para nós, jornalistas, mas para todos que foram afetados e para a comunidade em geral. Após um mês, ainda enfrentamos desafios significativos e temos muito trabalho pela frente para
encaminhar soluções e ajudar na reconstrução. Um mês pode parecer pouco tempo para esquecer as histórias de dor e esperança que testemunhamos. No entanto, é fundamental lembrar que, mesmo diante das adversidades, vimos
Romário, hoje Senador, e lendário craque de futebol, tetracampeão pela Seleção Brasileira em 1994, autografou uma bola oficial de futebol. Essa bola será leiloada em benefício das vítimas da enchente que atingiu o Vale do Taquari em 4 de setembro. O encontro que possibilitou essa ação ocorreu no dia 22 de setembro, quando Sidnei Schmidt, Diretor da Construtora Diamond e amigo próximo de Romário, se reuniu com o ex-jogador no Rio de Janeiro. Com uma carreira que acumula mais de mil gols, dos quais 55 foram marcados pela Seleção Brasileira, Romário autografou a bola com uma mensagem: “Sou solidário com as pessoas vítimas da enchente do Vale do Taquari em 2023.” O leilão desta bola está marcado para o dia 14 de novembro, às 14h, e será realizado de forma online através do site www.scheidleiloes.com.br, com o leiloeiro Luciano Scheid.
O Hospital São José de Taquari está celebrando oito décadas. Uma das chaves para o sucesso e a longevidade do hospital tem sido a gestão compartilhada entre o poder público e associados, que garantiram recursos e apoio contínuo ao longo dos anos. A prefei-
tura de Taquari direciona 30% do orçamento municipal para a área da saúde. Atualmente, um dos principais desafios é a conclusão de 10 leitos de UTI, que aumentarão a capacidade de atendimento e permitirão cuidados intensivos de alta qualidade.
A mais recente pesquisa DataFolha revela que 48% dos entrevistados aprovam o governo Lula, enquanto 45% expressam desa-
provação. Em janeiro deste ano, a diferença entre aprovação e desaprovação era de 13 pontos percentuais. Baixo a diferença.
resultados felizes e pessoas se unindo para superar essa tragédia. Vamos continuar a contar essas histórias, a apoiar uns aos outros e a trabalhar para construir um futuro melhor para a nossa comunidade.
Recebi uma ligação de uma leitora e ouvinte do Grupo A Hora nesta semana que trouxe à tona a angústia de moradores que foram vítimas da cheia. Ela é moradora da Delfino Costa, no bairro Conservas. Esta residente, juntamente com seus vizinhos, está determinada a acionar a justiça, não em busca de ressarcimento financeiro, mas em busca de ações efetivas por parte do poder municipal para evitar futuras tragédias. Mesmo após um mês, muitos ainda não conseguiram retornar às suas casas, e as promessas permanecem pendentes.
Contador e Consultor Empresarial
Abusca permanente na gestão de negócios por indicadores que possam oferecer alguma segurança para o futuro, nem que seja um período muito curto de um trimestre ou menos. Para isso, um bom planejamento baseado em cenários, do pessimista ao otimista, sempre oferece parâmetros seguros para avançar e crescer em tempos de incertezas e adversidades.
O cenário global e local dificilmente estarão alinhados de forma a tornar a gestão de projetos algo simples ou automático, em qualquer circunstância a capacidade dos gestores construirá o resultado.
O ano de 2023 vem numa trajetória de recomposição de preços de comodities para os patamares praticados no período anterior à pandemia em alguns segmentos, isso acomoda toda a cadeia em patamares de custos, receitas e resultados. O que ainda podemos esperar de 2023? Bem, as taxas de juros seguirão altas, a SELIC deve fechar o ano em 11,75%, e ao final de 2026 em 8,5%, segundo Boletim Focus do Banco Central do Brasil, muitos investimentos em bens de capital estão sendo adiados para um momento de maior estabilidade financeira e taxas de juros menores, o consumo nesse cenário não terá crescimento expressivo. Muitas fontes de mercado apontam para um leve desaquecimento na produção industrial no terceiro e quarto trimestre de 2023.
Já a Secretaria de Política Econômica apresenta um cenário otimista revisando o crescimento do PIB para 3,2% em 2023, porém, a tendência é fortemente construída sobre algumas expectativas como: se a safra e o crescimento agropecuário se confirmarem, se ocorrer a recuperação econômica da China no último trimestre do ano, assim como a inflação não é um tema dominado.
O crescimento da indústria, comércio e serviços esbarra num ponto crucial, a infraestrutura logística precária encarece o produto, demanda mais tempo para o produto chegar ao destino, ou seja, é um dos pontos de ineficiência que não terá solução a curto ou médio prazo.
Grandes preocupações estão no radar, como a reforma tributária da renda, que tem como pontos principais a tributação dos Juros Sobre o Capital Próprio - JCP e a distribuição de lucros, inclusive o saldo de lucros acumulados, medidas que afetam a rentabilidade das empresas e a atratividade para os investidores, assim como, a reforma tributária do consumo que deve ser aprovada pelo Senado e sancionada dentro do ano e que nesse momento deixa os investidores inseguros sobre investimentos, tributação e competitividade dos seus produtos e/ou serviços.
A carga tributária aumentará gradativamente afetando os negócios, uma rápida abordagem vamos avaliar a MP 1185 que modifica a fruição dos incentivos para instalação de novos projetos empresariais, hoje o valor do incentivo é uma receita não tributada gerando um reflexo de até 34% de ganho, a partir de janeiro 2024, o incentivo será tributado e a empresa fará um pedido de restituição de 25% sobre o valor que deve ser ressarcido em até um ano, onde hoje é imediato. Na mesma regra fiscal muitos incentivos serão vedados, tudo converge para o aumento da arrecadação.
A competitividade do produto brasileiro no mercado exterior pode ser afetada pela política cambial, reportando ao Boletim Focus – Relatório de Mercado, que projeta a taxa de dólar para o final de 2026 em R$ 5,18 quando já estamos operando em torno de R$ 5,00, porém, temos muitos custos represados que com o tempo virão para o produto, é possível que alguns produtos de exportação percam a competividade gradativamente. Alheio a todos os cenários projetados, o momento é de avançar, crescer e construir novos projetos, com planejamento e construção de fluxos de caixa e operacionais realistas e principalmente preservar a liquidez da operação que é o oxigênio do negócio.
Quarta-feira, 4 outubro 2023
Estudantes do programa de capacitação para o mercado de trabalho visitaram a Rhodoss Implementos Rodoviários, de Estrela. Receberam dicas importantes sobre o perfil profissional que as empresas esperam ao contratar jovens FUTURO DA MÃO DE OBRA
Reconstrução das cidades avança diante do apoio de voluntários e colaboração com doações. Em Muçum (fotos), governo retoma aulas hoje e projeta novas moradias aos desabrigados
O saldo da maior tragédia natural na história do RS exige um repensar sobre modelos de prevenção. Vale do Taquari tenta se reconstruir e líderes clamam por agilidade dos socorros prometidos pelo Estado e pela União
Julia Amaral juliaamaral@grupoahora.netUma região pujante, diante oportunidades nos setores do turismo, serviços, indústria e produção primária reconhecidas pelo estado. Um desenvolvimento social acima da média gaúcha, inclusive com potencial de atrair trabalhadores de outras regiões. Nos dias 4 e 5 de setembro, a maior enchente da história do RS, quebrou a espiral de otimismo. Passado um mês do episódio, a região ainda calcula as perdas e tenta se
Lajeado
Na área da educação, duas escolas municipais foram atingidas: Projeto Vida São José, que agora atende na Paróquia do bairro Moinhos, e a Emei Risque e Rabisque, que opera em um imóvel da rua Silva Jardim, no Centro. As reformas devem durar mais 40 dias. Ainda hoje, as equipes de limpeza e da Secretaria de Obras e Serviços Urbanos (Sosur) trabalham nos parques atingidos pela enchente.
Colinas
O prefeito Sandro Herrmann acredita que será necessário mais duas semanas para concluir a limpeza e reconstrução de parques e vias municipais. Inicialmente, o trabalho foi feito com as horas máquinas ofertadas pelo governo do Estado. As escolas voltaram ao pleno funcionamento em uma semana depois do ocorrido. O atendimento em saúde não foi afetado.
Muçum
As aulas na rede municipal voltam hoje. As escolas Jardim Cidade Alta e
reconstruir. O estágio agora é outro. Das primeiras horas, a preocupação estava em socorrer as vítimas. Em garantir um abrigo provisório, roupas, colchões, água e alimentos. Em seguida, era a vez de tentar retornar às casas. Limpar o mar de lama deixado pela violenta inundação. Agora, a necessidade das pessoas está em conseguir um local para morar e remobiliar tudo o que foi levado pela água.
A maioria dos serviços básicos de atendimento à população foram retomados. Ainda há postos de saúde destruídos. Uma força-tarefa dos governos federal e estadual faz um diagnóstico da condição das estruturas e os municípios fazem laudos de como a cheia atingiu as estrutu-
ras e quanto de material foi perdido para ter acesso a recursos públicos.
Nas escolas, também há estruturas comprometidas, em especial nas cidades de Roca Sales e Muçum. Pela análise prévia, as principais adversidades são danos nos prédios, com comprometimento do piso, telhado e fiação elétrica. Também em termos de equipamentos, livros, documentos e mobiliário. Pelo Plano de Ação Articulada do Ministério da Educação, serão cerca de R$ 35 milhões direcionados à infraestrutura escolar.
Para garantia do emprego e da renda, as empresas e os representantes do setor produtivo advertem à importância da liberação rápida dos financiamentos de R$ 1,4 bi-
a Pingo de Gente precisaram passar por melhorias por conta do temporal de granizo. Agora, os serviços de saúde foram normalizados e o fluxo de atendimentos está estável. Documentos de identidade foram ofertados por uma força-tarefa do IGP.
A Estratégia Saúde da Família (ESF) do bairro Moinhos e do Indústrias ainda atendem na van do Sesi. O serviço odontológico básico é feito com a Unidade Móvel do município e outros serviços ocorrem nos postos Central e Boa União e na ESF Imigrantes. Enquanto isso, no dia 18 de setembro, todas as escolas voltaram à normalidade e quem perdeu os documentos pode refazê-lo de forma gratuita na prefeitura. O processo de limpeza, tanto na cidade quanto no interior, está em fase de conclusão. Foram 44 km de ruas urbanas e 18 km de estradas rurais atingidas, em um trabalho de reconstrução que deve custar R$ 15 milhões. Os parques, como o Princesa do Vale, deverão ser reabertos
no fim de semana. No Parque da Lagoa, será preciso investir cerca de R$ 5,5 milhões para recuperação, em especial do talude do Rio Taquari.
A partir de hoje, 4, todos os alunos no municípios estarão em sala de aula, com a retomada dos trabalhos na Emei Pequeno Príncipe. Na saúde, no entanto, o trabalho ainda não está normalizado. O Posto de Saúde Jacarezinho ainda atende com auxílio de unidade móvel do Sesi. Equipes do governo fazem, pela quinta vez, a manutenção da limpeza das ruas atingidas e recolhimento do entulho. A administração avalia a possibilidade de aderir moradias temporárias e trabalha para viabilizar a construção das residências permanentes junto a órgãos federal e estadual.
O posto de saúde na subprefeitura de Palmas ainda não voltou às atividades e a farmácia deve retornar nesta semana. Os pacientes são levados
ao ESF São Caetano. Na educação, a Escola Municipal Construindo o Saber já retomou as atividades. Os alunos atendidos na Escola Comunitária de Educação Infantil Atalaia foram realocados para o prédio da Escola Comunitária de Educação Infantil São Paulo. Iniciou esta semana a preparação da área que receberá moradias provisórias, no bairro Novo Horizonte. No total, serão 40 residências provisórias pré-fabricadas e que estarão sendo instaladas com infraestrutura básica de água, esgoto e energia elétrica.
O Posto de Saúde do Passo de Estrela foi destruído e está inoperante. O atendimento é feito na ESF da rua Visconde do Rio Branco, número 200. Lá também tem uma unidade móvel de saúde do Sesi. Na cidade, todas as escolas estão funcionando.
Hoje, uma unidade móvel da Defensoria Pública do Estado está no Ginásio Municipal de Esportes Orlando Eckert para auxiliar na produção de segunda via de documentação.
lhão pelo Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES).
Relatório do gabinete itinerante, organizado pela Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico mostra que são mais de R$ 570 milhões em prejuízos. A tragédia ainda deixa perguntas em aberto, em especial sobre os sistemas de monitoramento e alerta. Para a recuperação do Vale do Taquari ao patamar anterior, além de agilidade dos setores públicos para socorrer a população, garantir atendimento, recuperação da infraestrutura e dos negócios, é preciso de uma estratégia para que novos eventos de cheias possam ser mitigados sem o impacto social e econômico.
O posto de saúde afetado de Vila Mariante, condenado pela defesa civil, ficou dois dias sem poder operacionalizar e opera hoje em um terreno anexo. Agora está sendo encaminhado recurso para a construção de outro posto no mesmo terreno. Todos os alunos já estão tendo aula e cinco famílias que tiveram a casa completamente destruída recebem o recurso do aluguel social.
Com dois andares, o Posto de Saúde do Centro foi dividido, abrigando a operação da Secretaria de Saúde. Na educação, a Escola Estadual Padre Fernando ainda não retomou as atividades e na Emei Cantinho da Amizade, apenas uma turma está sem aula. Demais estudantes foram distribuídos em outros locais de ensino. A segunda via de documentos como certidão de nascimento e casamento é feita sem custo pelo IGP.
Foi durante a manhã do dia 4 de setembro que os primeiros alertas de uma possível cheia foram comunicados. Ao longo do dia, o nível do Rio Taquari subiu em velocidade recorde e exigiu uma resposta rápida dos municípios. À noite, a forte correnteza já impedia o socorro a muitas pessoas e deixava famílias inteiras ilhadas. Um mês depois, as cidades do Vale do Taquari contam os prejuízos econômicos e as perdas humanas. Em meio ao pesar, comunidade, Poder Público e instituições privadas trabalham para reerguer a região e aguardam auxílio dos governos Federal e Estadual.
11/9 – Segunda-feira
Vice-governador Gabriel Souza instala gabinete em Encantado para agilizar reconstrução. Número de óbitos da enchente no Vale sobe para 47.
14/9 – Quinta-feira
Governador traz secretários ao Vale e anuncia mais ações para a reconstrução. Recursos da União e do Estado chegam a R$ 4,1 bilhões. Seriam financiamentos via BNDES e Banrisul às empresas, verbas aos municípios e recursos às famílias atingidas.
18/9 – Segunda-feira
Governo antecipa pagamento do Bolsa Família para municípios atingidos pela cheia. Moradores das áreas atingidas podem solicitar o saque do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) por calamidade, no valor de até R$ 6,2 mil.
19/9 – Terça-feira
Governador Eduardo Leite autoriza início do processo de desapropriação de áreas em Roca Sales e Muçum para garantir habitações temporárias para as famílias afetadas.
9h42 – O Rio Taquari entra em cota de atenção em Encantado e Muçum;
13h10 – Em 1h, o nível do rio sobe 1,5m em Santa Tereza;
16h22 – Defesa Civil de Lajeado alerta para inundação a partir da noite e inicia remoção das primeiras famílias ribeirinhas;
20h56 – Metsul emite alerta para cheia de graves proporções. Correnteza já tinha levado uma ponte entre Farroupilha e Nova Roma do Sul;
21h58 – Muçum pede apoio de helicópteros para resgatar famílias. Defesa Civil alerta para a maior cheia da história da cidade.
20/9 Quarta-feira
A Câmara dos Deputados aprova projeto que isenta o Estado e as cidades atingidas das restrições impostas pela Lei de Responsabilidade Fiscal. As regras fiscais ficam flexibilizadas até 31 de dezembro de 2024.
10/9 – Domingo
Presidente em exercício, Geraldo Alckmin, chega a Roca Sales junto de comitiva. Governo protela pagamento de tributos federais e anuncia R$ 741 milhões para recuperação das cidades. O Hospital de Campanha inicia os trabalhos em Roca Sales.
28/9 Quinta-feira
Comitiva do alto escalão do Governo Federal visita a região, junto da primeira-dama Janja. Um escritório local é montado na Caixa Econômica de Lajeado. Em coletiva de imprensa, governo anuncia repasse de R$ 1,4 bilhão em créditos via Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES), com juro zero. Cooperativas de crédito ainda aguardam participação.
Madrugada – Os três helicópteros do Estado tinham parado com as buscas devido às condições climáticas. Muçum, Encantado, Roca Sales e Arroio do Meio ficam sem internet, energia elétrica e sem telefonia;
10h57 – Rio atinge os 29,62 metros e enchente se torna a 2ª maior da história. Primeiro óbito é confirmado em Estrela;
11h30 – Ponte entre Lajeado e Estrela é bloqueada;
16h13 – Governador chega a Lajeado e sobrevoa a região. Força Aérea foi acionada para disponibilizar aeronaves e ajudar nos resgates. Pouco tempo depois, Leite anuncia 15 corpos encontrados em Muçum;
17h58 – Rio Taquari estabiliza em Estrela e começa a baixar. Tráfego sobre a ponte do Rio Taquari foi liberado no início da noite.
Velório coletivo em Vespasiano Corrêa homenageia as vítimas da cheia. Outras 46 pessoas continuavam desaparecidas, conforme a Defesa Civil do Estado. Em Lajeado, o governo municipal anuncia R$ 2 milhões em benefício das famílias atingidas, por meio de aluguel social e materiais.
Os primeiros alertas da enchente chegaram na manhã do dia 4 de setembro. Um mês depois, ainda em meio ao luto, a região se reergue aos poucos e aguarda os recursos para avançar na reconstrução
Boletim da Defesa Civil do RS confirma 35 mortes no Vale do Taquari. Governo Federal envia antenas digitais para restabelecer internet no Vale. Milhares de voluntários se deslocam para ajudar os atingidos e as estradas ficam congestionadas.
8/9
Ocorrem os primeiros velórios. Outras 60 pessoas ainda estavam desaparecidas em Muçum. Exército monta um ambulatório no Parque do Imigrante. Estado anuncia R$ 1 bilhão em financiamentos para afetados pelas enchentes.
Manhã – Roca Sales confirma seis mortos. RS-130 é liberada para tráfego; 13h25 – Comitiva do Governo Federal e governador participam de coletiva de imprensa e garantem reconstrução do Vale. Enquanto isso, Venâncio Aires ainda tinha mais de 100 pessoas aguardando resgate. Governo do Estado anuncia o cancelamento de todas as programações para a Semana da Pátria no RS; 19h29 – Exército envia 108 homens ao Vale do Taquari. Cerca de 40 chegam a Encantado no fim da tarde.
2/10
O escritório do Governo Federal inicia os trabalhos na Caixa Econômica, em Lajeado.
Região pede agilidade para liberação de R$ 1,4 bilhão em créditos sem juros para garantir retomada produtiva para quase 1,3 mil empresas prejudicadas pela inundação. Perda de renda e aumento do desemprego preocupam líderes regionais
VALE DO TAQUARI
“Omais fácil seria desistir. Mas não podemos fazer isso. É o que sabemos fazer. Não podemos terminar com uma história de 65 anos assim”. As palavras do diretor de operações da Lajeadense Vidros, Régis Lopes Arenhart, mostram resignação de que a dificuldade é grande, mas que a organização vai ser reconstruída.
A empresa localizada na Rua Bento Rosa, em Lajeado, ainda não conseguiu voltar a pleno as atividades. “Talvez nunca vamos saber o impacto dessa enchente. Fizemos uma apuração prévia e o prejuízo passa dos R$ 22 milhões.”
Máquinas, estoques, mobiliário e insumos perdidos. A coluna de água chegou a dois metros na área de produção. São 115 funcionários. “Não demitimos ninguém e nem vamos. É uma mão de obra especializada. Precisamos deles para quando voltarmos.”
Esse retorno, ainda é uma incógnita, diz. Depende das ações governamentais. “Aguardamos
Formulários preenchidos por empresários. Material faz parte dos registros do gabinete itinerante (Estado, associações, junta comercial e Sebrae):
Por cidade:
Roca Sales: 291
Encantado: 278
Muçum: 223
Arroio do Meio: 198
Lajeado: 115
Cruzeiro do Sul: 105
Estrela: 32
Colinas: 24
Venâncio Aires: 16
Bom Retiro do Sul: 9
Total: 1.291 empresas
Dessas, 1.217 foram atingidas, o que representa 94% do total
ansiosamente o poder público. Saber quando vem a liberação dos empréstimos. Não temos como projetar a volta sem isso.”
Em setembro, o faturamento ficou em 20% do realizado em agosto. Para o pagamento dos salários, saiu das economias da empresa. Até agora, apenas uma linha de produção foi retomada. Empresas concorrentes ofereceram ajuda. Assumiram algumas encomendas, conta Arenhart. “Estamos em várias linhas para manutenção, limpeza. Temos que desmontar as máquinas, limpar tudo por dentro e remontar.”
A Lajeadense Vidros é uma das 1.217 empresas atingidas pela enchente do mês passado, conforme relatório do gabinete itinerante, organizado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, associações lideradas pela Câmara da Indústria e Comércio (Cic-VT), Junta Comercial e Sebrae. O levantamento feito em oito cidades apresentou um prejuízo estimado de R$ 577,5 milhões para os negócios do Vale. Deste montante, a maioria são Microempreendedores Individuais (403). No entanto, em termos de perdas econômicas, as empresas de médio e grande porte (72 no total) contabilizam os danos mais elevados, com R$ 281,2 milhões.
Levantamento mostra que 193 empresas não tem data para reabrir
A indústria de vidros de Lajeado está entre as 193 empresas sem previsão de quando poderão retornar a pleno. Conforme Arenhart, tudo passa pela análise de onde será a nova sede. “Não podemos arriscar reconstruir e passar por outra enchente. Isso estamos avaliando, se vamos ou não ficar aqui.”
De Encantado, a Quinta do Vale já tem convicção de que precisa de outro endereço. As perdas atingiram todo o complexo. “Não vamos voltar aqui. O prédio foi totalmente destruído”, diz um dos sócios, Alvimar Lisot.
Do total de 140 funcionários, 120 foram demitidos. “Não tínhamos como pagar. Fizemos isso para pelo menos eles terem acesso ao seguro-desemprego”. O pagamento do aviso e demais obrigações depende do seguro, diz. “Se tivermos auxílio governamental, vamos readmitir.”
Justo por isso, não há prazo para o recomeço. Agora, o ob-
jetivo é conseguir terceirizar algumas produções para manter a marca no mercado. “De um dia para o outro, a empresa sumiu. São mais de R$ 40 milhões de prejuízo. Aguardamos como serão os auxílios financeiros para ver como vamos retomar.”
O supermercado do STR em Roca Sales estima perdas de R$ 3 milhões. Danos estruturais, máquinas, em especial as câmaras refrigeradas, gôndolas e produtos. Um mês depois, a limpeza foi encerrada e a previsão é de reabrir até o fim deste mês. “Vamos retomar menores do que éramos,
“Vamos retomar menores do que éramos”Lajeadense Vidros estima mais de R$ 22 milhões em prejuízos Indústria alimentícia de Encantado foi destruída FILIPE FALEIRO
mas não vai passar do dia 30 de outubro”, diz o presidente, Gilmar Bernstein.
Tanto que algumas demissões foram confirmadas. Do total de 50 funcionários, foram nove desligamentos. “Infelizmente tivemos de reduzir setores. Estamos há um mês sem faturamento”. O trabalho na reconstrução continua, diz. Nos últimos dias, a fachada que estava destruída foi readaptada. Fechada com vidros. Conforme Bernstein, nos próximos dias chegam equipamentos de refrigeração. Alguns produtos de estoque começaram a ser comprados.
Também do setor de comércio, a Casa Adrofecha, de Lajeado, segue fechada para o atendimento ao público. Conforme o administrador, Artur Secco, não é possível fazer uma prévia do prejuízo. “Passa-
Municípios atingidos pela enchente aguardam valores dos governos municipais, estaduais e federais para reconstruir área urbana e rural. Cidades ainda trabalham na limpeza das ruas
mos o momento da limpeza. Agora, estamos catalogando o estoque. Vendo o que pode ser usado. Só após essa contagem teremos mais precisão do tamanho do impacto da enchente.”
A expectativa de reabertura é de 15 dias. “Alugamos um pavilhão para guardar aquilo que foi possível salvar. Em um dos serviços, de vidraçaria para roupeiros e armários, mantemos o serviço. Vendas externas temos feito algo, mas limitado ao que conseguimos salvar.”
Com 25 funcionários, os salários são pagos com as economias. “Aguardamos o governo para conseguirmos alguma linha de crédito. Sabemos que termos de pagar, mas pelo menos poderemos parcelar esse prejuízo que estamos passando.”
O cenário de destruição não é só entre as residências. As ruas, praças, parques e acessos das cidades demonstram um Vale em reconstrução. Por meio da união dos governos municipais, estaduais e federais, a região aguarda recursos para refazer asfaltos, construir contenções e erguer novas pontes.
Chefe do Centro de Coordenação de Operações do Comando Militar do Sul, general Marcelo Lorenzini Zucco diz que o grande problema é a falta de recursos para construir as
pontes. “Nós temos pontes de até 60 metros, que daria para colocar em um vão de até 55 metros. Os rios aqui tem mais de 100 metros. As pontes do exército não temos como colocar nesses rios”.
Pelo Vale do Taquari, os municípios seguem com a limpeza das ruas, colocação de asfaltos e reconstrução de acessos danificados. Venâncio Aires é um exemplo. De acordo com o prefeito Jarbas da Rosa, a necessidade é fazer as estradas transitáveis.
Cerca de 8 mil caracteres foram atingidos. Três asfaltos do município tiveram o maior prejuízo, com Vila Mariante sendo a mais atingida.
O município aguarda recursos da Defesa Civil nacional, que também destina valores para outras cidades.
O órgão do governo federal tam-
Lajeado
Um dos pontos dani cados foi a cabeceira da ponte de Linha Chafariz, na RS130. A estrutura da ponte não foi afetada
bém destina valores para a construção de um muro de contenção de 160 metros extensão, às margens do rio, na ERS-130, em Vila Mariante, onde houve o desmoronamento da encosta. Parte do asfalto permanece intransitável. A obra está orçada em R$ 7 milhões.
Em Roca Sales, o principal local atingido foi o trecho da avenida Daltro Filho, que não tem previsão para ser liberado, devido à necessidade de grande obra de reconstrução.
Será apresentado um projeto de captação de recursos para reconstrução da orla do Rio Taquari. Além da limpeza das praças, nas vias, é preciso fazer a raspagem do asfalto, para a colocação de nova camada do material.
Colinas
Cerca de R$ 2 milhões são investidos pelo Estado na ERS-129. No trecho pavimentado 13,91 km, que corresponde ao acesso para Colinas, cerca de 400 metros de pista foram arrancados.
Estrela
Foram atingidos 44 km de ruas urbanas e 18 km de estradas rurais. A estimativa do governo municipal é de um investimento de cerca de R$ 15 milhões. Os parques, como o Princesa do Vale, estão em processo de limpeza e recuperação e deverão ser reabertos neste final de semana. No Parque da Lagoa, será preciso investir cerca de R$ 5,5 milhões.
Encantado
A administração trabalha para viabilizar a construção das residências permanentes junto a órgãos federal e estadual.
Arroio do Meio
Os bairros mais atingidos foram o Navegantes e o São José. O município iniciou a preparação da área que receberá 40 moradias provisórias, no bairro Novo Horizonte, com infraestrutura básica de água, esgoto e energia elétrica.
Cruzeiro do Sul
O Parque Poliesportivo Municipal ainda não pode ser utilizado, devido à lama. A prioridade são as estradas. Todo o Paço de Estrela e o bairro Zwirtes foram atingidos.
Um mês depois da enchente, administrações públicas mudam as prioridades das doações. Agora, a necessidade é por móveis e avanço nos processos do governo estadual e da União para reconstrução de casas. Moradores ainda calculam prejuízos e buscam apoio para recomeçar
Júlia Amaral juliaamaral@grupoahora.net
Colaboração
Maira Schneider Matheus Laste
Depois das necessidades básicas como roupas e produtos de higiene, pessoas atingidas pela enchente demandam agora de apoio para equipar as casas. Em Colinas, por exemplo, se percebe a falta de profissional montador de móveis. Com o valor arrecadado em campanha de pix, o município tem adquirido a mobília para as famílias atingidas.
Conforme o prefeito Sandro Herrmann, foram coletados cerca de R$ 63 mil em doações. “Do que depende do município, tudo está sendo feito. Precisamos de ajuda para restabelecer a indústria e o comércio. Já temos área para construção das casas, precisamos dar andamento para isso”, ressalta Herrmann.
A demora na construção de novas moradias é um problema que atinge todos os municípios. O prefeito de Lajeado, Marcelo Caumo, garante que todos os afetados estão, hoje, em um teto seguro. “A solução agora é construção de casas. Para isso, estamos esperando o deferimento do governo federal”. O município já definiu as áreas para
construção de 200 imóveis.
Em Estrela, ainda são 33 famílias no Abrigo Provisório do Ginásio Ito Snel, no bairro Oriental. O governo afirma que elas serão prioritárias tanto para o aluguel social, que já está sob análise e liberação, quanto para as primeiras “casas provisórias”, liberadas pelo estado, e que serão construídas no Bairro Pinheiros, junto à sede da Associação dos Servidores Públicos Municipais de Estrela (Aspume).
Outras doações, como roupas, cestas básicas e materiais de higiene não são mais solicitadas, pois há um grande estoque disponível, em especial de roupas. Em Encantado, o cenário é o mesmo. A cidade solicita agora doação de móveis, eletrodomésticos e materiais de construção, assim como em Arroio do Meio, Cruzeiro do Sul, Muçum e Roca Sales. Enquanto isso, aos poucos, os moradores buscam superar o trauma.
Após ter três casas arrancadas pela força da água, dois caminhões levados pela correnteza, maquinário agrícola danificado, além de vacas leiteiras e uma área de terra devastada, a família de Janete Zilio, 57, de Muçum, calcula prejuízos que superam R$ 1 milhão e tenta
retomar a vida.
O sustento da família vinha da agricultura. “Perdemos toda nossa plantação de tomates, parreiras, feijão, feijão vagem, brócolis, repolho, couve-flor, tudo era plantado por nós e revendido. Ainda não conseguimos retomar às atividades porque a terra está encharcada e água levou os caminhões, implementos agrícolas. Roçadeiras, motosserras, bombas de água levamos para manutenção para ver se voltam a funcionar. O prejuízo pode ser muito maior”, detalha Janete. Desde a tragédia, ela e o esposo Raul estão morando na casa do irmão dela em uma comunidade próxima a atingida pela enchente.
Um mês após a tragédia, a agricultora diz que a cada chuva, uma nova preocupação. A única coisa que querem é encontrar o sogro, seu Deoclydes José Zilio, de 94 anos, que ainda está na lista de desaparecidos. “Sinto muita falta
do avô, ele era uma pessoa maravilhosa. Só queremos encontrá-lo”, desabafa.
mesmo depois de tantos dias eu só consigo chorar quando vejo o que ocorreu”, lamenta.
Nesse momento ela retira consolo do apoio que tem recebido. “Um pessoal de Santa Cruz, Santa Catarina e Gramado me ajudou bastante. Doaram tudo que precisávamos nesse primeiro momento”, conta. Roupas, cobertores e produtos de higiene não faltaram, mas não houve doação de mobília. “Até gostaria de ir para outro lugar, mas não tenho condições. Meu único conforto é a ajuda das pessoas, tem sido essencial”, diz Ana.
Algumas quadras dali, José Romar de Lima, 42, reside com a esposa e o filho. Atualmente a preocupação maior é retornar ao trabalho na empresa Carrer Alimentos. “A vida segue, não podemos nos desanimar agora, perdemos apenas bens materiais. Estamos bem e queremos voltar ao trabalho o mais rápido possível”, conta.
Leonara Pires Giongo, 47, reside em Roca Sales com sua mãe e seu filho. A Cidade da Amizade tem sido sua casa desde sempre, e agora, um mês após serem atingidos pela enchente, começam a se readaptar à rotina normal. “Voltei ao trabalho e com isso vamos nos reerguendo. Aos poucos a rotina começa a se ajustar ao que era antes”, comenta.
Moradora do bairro Porto XV, um dos mais atingidos pela enchente em Encantado, Ana Elisabeth, 58, tenta encontrar forças para se reerguer em meio a destruição. Sua casa foi completamente engolida pela água, algo que nos 35 anos que reside no local, nunca havia acontecido. “Está muito difícil,
Sua maior necessidade atualmente são alguns móveis para casa. “Minha mãe ainda não tem guarda-roupa, minha cozinha está pela metade, a máquina de lavar também vamos precisar de uma nova. Além de alguns reparos que ainda precisamos fazer na casa”, aponta.
“Voltei ao trabalho e com isso vamos nos reerguendo”
“Não podemos nos desanimar agora”Leonara Giongo mora com a mãe e o lho. Eles buscam retomar rotina Ana Elisabeth, 58, inicia reconstrução da casa em Encantado Preocupação maior de José de Lima é em retornar ao trabalho na Carrer Alimentos FOTOS MATHEUS LASTE
Um mês após a tragédia, o Vale do Taquari contabiliza 49 mortes. Por outro lado, oito famílias ainda procuram moradores desde os dias 4 e 5 de setembro
Bibiana Faleiro bibianafaleiro@grupoahora.net.br Maira Schneider mairaschneider@grupoahora.net.brEntre a noite de segundafeira, 4 de setembro, e a manhã de terça-feira, 5, as águas do Rio Taquari levaram 49 vidas e deixaram oitopessoas ainda desaparecidas. Um mês depois, a tragédia continua, e famílias ainda vivem entre a descrença e a esperança de encontrar algum familiar.
Como forma de marcar a data e respeitar o momento de tristeza que a região vive nos últimos 30 dias, a Praça Matriz de Muçum, uma das cidades mais atingidas pela cheia, recebe uma missa nesta terça-feira, 4, às 9h30min.
Além da celebração religiosa, também haverá entrega de sementes e mudas para as famílias de pequenos agricultores e o plantio de flores na cidade. A iniciativa é da Paróquia Nossa Senhora da Purificação.
Na lista de desaparecidos, está Beatriz Pietta. A moradora de Muçum de 72 anos teve a casa totalmente coberta pelas águas do Taquari. O marido e o filho, Alvaro e Macximiliano, morreram na enchente.
Irmão de Beatriz, Valcenor Leopoldo Fleck, 74, mora no Paraná e veio ao Vale para tentar encontrar a família. “Foi uma situação triste, todo aquele sofrimento”, conta o irmão. Ele, a esposa e uma sobrinha foram até o Instituto Geral de
Perícia (IGP) de Porto Alegre para reconhecer o corpo. Entre as burocracias enfrentadas, Fleck diz ter reconhecido o rosto e o cabelo da irmã. O IGP confirmou e entregou o atestado de óbito.
A família organizou o velório e o enterro no Cemitério de Muçum. Na semana seguinte, por meio de ligação, Fleck foi informado que o corpo da irmã havia sido retirado do cemitério para nova perícia e exame de DNA. “Ficou uma situação, além de constrangedora, difícil de acreditar”, reforça.
Beatriz voltou a integrar a lista dos desaparecidos. Desde então, Fleck não recebeu mais notícias do corpo e nem da irmã. “O lamento da família é a falta de resposta concreta e falta de laudo, porque foi feito apenas um telefonema”.
Fleck conta ter passado a infância em Muçum, sempre com medo das enchentes. A ideia, agora, é reconstruir a casa da irmã, para preservar a memória dela.
Após ter três casas arrancadas pela força da água, dois caminhões levados pela correnteza, maquinário agrícola danificado, além de vacas leiteiras e uma área de terra devastada pela enchente,
Lajeado
Ariel Delmo Armani
Carlos André Pereira
Roca Sales
Deiser Cristiane Vidal
Muçum
Deoclydes José Zilio
Alciano Bianchi
Beatriz Maria Pietta
Arroio do Meio
Alexandre de Assis
Encantado
Paulo Lansini
a família de Janete Zilio, 57, calcula prejuízos que superam R$ 1 bilhão e tenta retomar a vida, em Linha Alegre, comunidade de Muçum.
Mas a maior perda foi pessoal. Um mês após a tragédia, Janete quer encontrar o sogro, Deoclydes José Zilio, de 94 anos, que ainda está na lista de desaparecidos.
“Sinto muita falta do ‘vô’, ele era uma pessoa maravilhosa. Só queremos encontrá-lo”, desabafa.
O sustento da família vinha da agricultura. “Perdemos toda nossa plantação de tomates, parreiras, feijão, feijão vagem, brócolis, repolho, couve-flor, tudo era plantado por nós e revendido. Ainda não conseguimos retomar às atividades”. O prejuízo pode ser muito maior, detalha Janete.
Desde a tragédia, ela e o marido
Raul estão morando na casa do irmão dela em uma comunidade próxima a atingida pela enchente. A ajuda que recebem é de cestas básicas e vestuário. Janete e o esposo já conseguiram refazer os documentos pessoais como CPF, RG e CNH, mas ainda aguardam verba por parte dos governos para reconstruir a moradia.
“Já entregamos nossos documentos no Sindicato Rural de Muçum, responsável pela assistência às famílias da zona rural e prometeram nos ajudar. A previsão para reconstruir nossa casa é janeiro do próximo ano”, conta. Entre as pessoas desaparecidas ainda estão moradores de Roca Sales, Lajeado, Arroio do Meio e Encantado.
“O lamento da família é a falta de resposta concreta e falta de laudo, porque foi feito apenas um telefonema”
“Sinto muita falta do ‘vô’, ele era uma pessoa maravilhosa. Só queremos encontrá-lo”
WOLFGANG BAUMANN, 65, morreu na segunda-feira, 2. O sepultamento ocorreu no Cemitério Católico de Linha Wink Alta, em Teutônia.
ISALTINA MORAES ORTIZ, 87, morreu na segunda-feira, 2. O sepultamento ocorreu no Cemitério Cristo Redentor, em Guaporé. Isaltina deixa os filhos Valmir, Eitor, Geneci, Luíz Carlos, Sérgio, Cleusa , Angela e Neusa; genros, noras, netos, bisnetos e demais familiares.
MARIA TEREZINHA DORIGONI MORSCHHEITER, 78, morreu ontem, 3. Os atos fúnebres ocorreram no Memorial e Crematório Jardim Montanha dos Vales, em Santa Cruz do Sul.
ROSEMERI DALAZEN CEOLAN, 54, morreu na segunda-feira, 2. O sepultamento ocorreu no Cemitério de Doutor Ricardo. Rosemeri deixa o esposo Gilmar, filho Diego, nora Estela, neto Guilherme, irmãos Solano e Solange; pais Nédio e Gentila Dalazen, e demais familiares.
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