AH - Caderno Especial 100 anos CTC | 20 e 21 de agosto de 2016

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História e evolução perpassam gerações O CTC é muito mais do que um clube social ou esportivo. É uma instituição com ligações umbilicais com Lajeado. Guarda a história própria e de tantos lajeadenses que transformam o CTC na extensão de seus lares e empregos.




EDITORIAL

100 anos: um marco na história

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em anos. São poucas as instituições associativas que chegam ou chegaram a um século de existência no Vale do Taquari. Ao comemorar a data especial, o Clube Tiro e Caça entra para a seleta lista de centenários. E com uma boa notícia: o clube está cada vez mais sólido e, na medida que o tempo avança, se torna mais indispensável e importante para a vida de seus sócios e da comunidade lajeadense e regional. A razão de ser e existir do CTC perpassa o sentido social e esportivo. Sua fundação remonta ao ano de 1916, quando era apenas uma sociedade de tiro. Trinta anos depois, com os impactos da Segunda Guerra Mundial e a intervenção do Dops, extinguiu-se o clube de tiro (campo de treinamento de tiro ao alvo), que passou a ser uma sociedade civil amadorista, com caráter cívico-esportivo, destinada à prática do tiro em todas as suas modalidades e ao exercício da caça e pesca. A transição e construção do clube foram conduzidas por Mário Lampert, primeiro presidente da instituição após a mudança. O regime totalitário e rígido implantado naquela época pôs fim, inclusive, às atas e documentos que antecedem a década de 40. Nem nome dos presidentes e relatos históricos se encontram. A

partir da nova ideologia e atividade fim, iniciou-se um trabalho que, 70 anos depois, consolida-se como um exemplo e tradição, multiplicados e transferidos de geração para geração. A semente lançada em 1916 germinou, rendeu frutos e tornou-se uma das principais instituições sociais e esportivas do estado. A evolução ao longo dos anos reafirma a força do trabalho associativo no Vale do Taquari. Sem a dedicação vital de sucessivas diretorias, 2016 talvez não fosse a consolidação de um trabalho histórico e exemplar a ser copiado e multiplicado. Mais do que uma síntese do que é o CTC hoje, as páginas a seguir contam histórias que se confundem com o crescimento do próprio clube. Cada qual, peculiar e exclusiva. Mas ao fim e ao cabo, coincidem-se naquilo que há de mais profundo e relevante no CTC: sua capacidade de despertar, cultivar e alimentar amizades. A disputa acirrada nos torneios internos, seja no minifutebol, no tênis ou na bocha fica renegada em cada entrevista, depoimento ou análise. Mesmo aqueles que entram no clube em função das competições esportivas encontram outros valores e razões ao longo dos anos. A paixão pelo futebol faz o CTC ser reconhecido estado afora por

Fundado em 1º de julho de 2002 Diretor-geral: Adair Weiss Diretor de Conteúdo: Fernando Weiss Diretor Administrativo: Fabrício de Almeida

A semente lançada em 1916 germinou, rendeu frutos e tornou-se uma das principais instituições sociais e esportivas do estado. A evolução ao longo dos anos reafirma a força do trabalho associativo no Vale do Taquari.

Redação Av. Benjamin Constant, 1034/201 Fone: 51 3710-4200 CEP 95900-000 - Lajeado - RS www.jornalahora.inf.br

promover o maior campeonato interno. Algo próximo de 50 equipes reúnem mais de mil atletas e dirigentes em torno do futebol. Implantado na década de 80, o minifutebol propaga o nome da instituição aos quatro ventos do RS, atrai associados e movimenta legiões de apaixonados pelo esporte. E o CTC não é apenas futebol, bocha, tênis, basquete. Consolidado nessas atividades, o clube dá um passo adiante. Quer ser protagonista e reconhecido por sua capacidade de organizar e propagar eventos culturais e artísticos. Em concomitância, alinha projetos na área da sustentabilidade, a partir de uma moderna e exemplar gerência sobre os recursos ambientais, sua preservação e conservação natural. O glamour das festas sociais. A tradição do baile de debutantes. Os três hectares de vegetação. O esporte. As opções de lazer, do Happy Hour Cultural às confrarias. Da escolinha do Jura ao Clubinho. A profissionalização administrativa. O impacto na economia. Histórias de vida e a própria história. Este caderno tem a ambição de marcar época, de ficar na memória e tocar ao coração de quem faz do CTC a extensão de seu lar, emprego ou profissão. Até porque não é todo ano que se faz cem anos!

Textos: Anderson Lopes, Dayane Mascitti e Eduardo Amaral Colaboração: Agência Entre a Gente e equipes executiva e diretiva do CTC Diagramação: Fábio Costa e Gianini Oliveira

Capa: WO Agência de Marketing Tiragem desta edição: 12.000 exemplares. Proibida a venda avulsa

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CTC : um clube que veio do Tiro de Guerra ANDERSON LOPES

Cem anos depois de sua fundação, clube se tornou uma das principais referências da região e do estado. Famílias e associados transferem a tradição de geração em geração

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Clube Tiro e Caça é uma entidade social, recreativa e esportiva de Lajeado, resultado da fusão de sociedades anteriores. Conforme o professor de História José Alfredo Schierholt, tudo começou com a Lageadenser Turner Bund (Associação de Ginástica Lageadense), uma agremiação fundada no dia 24 de junho de 1896. Era uma entidade que congregava os amantes desportistas da vila alemã. Alguns anos depois, entrou em decadência e encerrou as atividades. Outra entidade foi criada pelos

Tudo começou com a Lageadenser Turner Bund (Associação de Ginástica Lajeadense), uma agremiação fundada no dia 24 de junho de 1896.

mesmos jovens da vila. A Lageadenser Turnverein-Jahn (Sociedade Ginástica Lajeadense-Jahn) foi criada em 1921. Fazia referência a um desportista famoso na época, Friedrich Ludwig Jahn, um divulgador da ginástica em aparelhos de solo. A sede própria foi inaugurada em 24 de junho de 1923, com grande parte do material de construção trazida do histórico sobrado de Antônio Fialho de Vargas, fundador e patriarca de Lajeado. O prédio foi demolido por Mathias Rockenbach Filho. A campanha nacionalista deflagra-

da pela ditadura getulista promoveu a queima de registros, livros de atas e documentos antigos escritos em alemão. Reflexos da entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial. Com isso, muitas fontes de pesquisas também foram destruídas. A antiga mantenedora do extinto Tiro de Guerra 236 foi fundada em agosto de 1916 apenas para organizar o Serviço Militar de 2ª Categoria. Os Tiros de Guerra serviam para substituir os quartéis do Exército. Durante a Segunda Guerra, em 1942, o clube sofreu intervenção por parte do Dops. O delegado da cidade

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DAYANE MASCITTI

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Salão Recreativo, localizado na rua João Batista de Melo, já mantinha a característica de promover encontros festivos e eventos sociais ARQUIVO CTC

A antiga mantenedora do extinto Tiro de Guerra 236 foi fundada em agosto de 1916 apenas para organizar o Serviço Militar de 2ª Categoria. Os Tiros de Guerra serviam para substituir os quartéis do Exército Leandro, filho do fundador Mário Lampert, compartilha histórias da época da fundação

destituiu toda a diretoria, que tinha predominância luterana, e empossou novos nomes, todos católicos. Em 1944, a denominação da sociedade foi mudada para Clube do Comércio, mas durou pouco tempo. Quando o Ministério da Guerra extinguiu essa modalidade na Escola de Instrução Militar e Tiro de Guerra (campo de treinamento de tiro ao alvo), a mantenedora, sob a liderança de Mário Lampert, resolveu, em

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Pereira Marques, Benjamin Rodrigues, João Carlos Haag, Otávio Trierweiler, Eugênio Faller, Hugo Oscar Spohr e Mário Lampert foram os protagonistas. Adotaram como cores sociais o verde escuro, amarelo e branco. Por essa razão, os 30 anos de Mantenedora do Tiro de Guerra e os 70 anos do Clube Tiro e Caça somam os cem anos de história. O projeto das modernas instalações foi lançado

em 23 de setembro de 1967. Em 14 agosto de 1972, a entidade se uniu ao Clube Recreativo Lajeadense, cuja sede, na rua João Batista de Melo, 237, passou a integrar o patrimônio do novo Clube Tiro e Caça. O prédio foi demolido e inaugurado em 5 de novembro de 1950. Em 2002, tudo foi vendido e demolido e a sede administrativa foi transferida para a sede social onde se encontra hoje na rua Saldanha Marinho.

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assembleia, transformar a entidade em sociedade civil amadorista. Após 30 anos como Tiro de Guerra, em 5 janeiro de 1946, a sociedade mudou para um caráter cívico-esportivo, destinado à prática do tiro em todas as suas modalidades e ao exercício da caça e pesca. Assim, surgiu o Clube Tiro e Caça. Norberto Zart, Diamantino A. Cerrutti, Luiz Carlos Lampert, Mário Cattoi, Telmo N. Christ, Carlos

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Filho do fundador Mário Lampert relembra criação do clube social

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ilho do fundador e primeiro presidente do CTC, Leandro Lampert, 87, acompanhou a evolução da entidade junto com o pai, Mário Lampert. Recorda do envolvimento durante a criação do clube. Morador do bairro Moinhos de Vento, em Porto Alegre, lembra dos momentos em que caminhava ao lado do pai, nas terras onde hoje é o CTC. Enquanto pede para a mulher Lucy Mallmann, 80, o álbum de fotografias, as lembranças vão surgindo sem sobressaltos. Lucy, com quem é casado faz 62 anos, e o filho presenciam as recordações que chegam a cada fotografia vista. Pai de três filhos, Leandro, Luzíala Lampert Cadore e Luciana Lampert, afirma que tinha 17 anos quando o pai fundou o clube. “Desde menino acompanhava as reuniões de diretoria do então Clube Recreativo. Ficava deslumbrado com aquilo.” O pai, sargento do Exército com formação de advogado, praticava a mira em espaços esportivos de caça e tiro. “Naquela época, tiro e caça era um esporte muito praticado”. Durante os primeiros 30 anos, lembra, a única definição para o tiro e a caça era essa. Mas a transformação daquela confraria em clube se profissionalizou.

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A ideia era reunir toda a comunidade em um local que poderia oferecer além de um enorme espaço arborizado também piscinas e churrasqueiras. LEANDRO LAMPERT Filho do fundador

“Meu pai relutou, mas acabou concordando com os demais diretores da época para tornar aquela prática em um clube. Foi então que surgiu a ideia de inovar o espaço com a implantação de uma piscina”. Leandro comenta que naquele tempo era raro encontrar uma residência com piscina de azulejo no pátio. “A ideia era reunir toda a comunidade em um local que poderia oferecer além de um enorme espaço arborizado também piscinas e churrasqueiras. A partir daí o Tiro e Caça passou a se tornar também clube”. A palavra tiro no nome gerou debates. Lampert afirma que o pai era relutante quanto a isso. “Foi feita uma votação entre toda a diretoria da época e meu pai não teve saída a não ser fundar com o nome Clube Tiro e Caça”. Revela que o pai, casado com Flávia Ruschel Lampert, chegou a comprar um total de 70 terrenos para o CTC. “Quando o clube completou 15 anos, meu pai saiu da presidência para se dedicar à política. Foi quando se tornou prefeito de Lajeado”. Mesmo na vida pública, não deixava de acompanhar cada passo de evolução do clube. Enquanto olhava fotografias, Leandro recorda que o pai, além de caça-

dor, praticava tênis. “Por isso um dos primeiros esportes oferecidos aos associados do CTC foi o tênis, além do futebol, é claro”. Leandro é natural de Lajeado. Em 1975 se especializou em Nutrição Animal no North Carolina Land Grand College nos USA. Dedicou 40 anos da carreira às atividades agropecuárias, passando por frigoríficos do Vale do Taquari e da Serra gaúcha. Entre todas as recordações, há algumas que marcaram. “Infelizmente no ano de 1983 Mário Lampert faleceu de derrame cerebral. Após dez dias em coma, ele nos deixou. Mas deixou para os lajeadenses a criação de um clube como o CTC”. Para narrar a trajetória do pai e da família, Leandro dedica o tempo a escrever. No auge dos 87 anos, tem na lucidez uma disposição surpreendente. Pretende continuar a escrever, por ter ainda muito a ser dito. “Muitas coisas para contar. O Crônicas da Minha Infância, publicado em 2005, é uma obra narrada com trechos do início da fundação do Clube Recreativo.” De tanto levar a história a sério, os relatos são expressos em participações na Academia Literária do Vale Taquari, em Lajeado e também na Univates.

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Registro do início das obras de construção da estrutura da instituição

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Bailes de Kerbs, com a tradicional polonese, eram costumes típicos no salão recreativo

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CRISTIAN SCHMIDT

História centenária testemunha a evolução

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ficionado pelo clube desde pequeno, Paulo Roberto Pereira Gravina, 60, tem uma história de vida ligada intimamente ao CTC. Desde os 10 anos, frequenta o espaço com a família. A diversão era o próprio lugar, próximo da vegetação, com trilhas e caminhos naturais. Quando criança, o atual vice-presidente de Patrimônio lembra do ambiente fresco de verão onde o futebol era o ponto máximo. “Era a melhor coisa que se tinha para fazer entre os amigos.” As duas carteiras de sócio amareladas e escritas ainda por máquinas manuais são guardadas com zelo. Elas representam o reflexo das décadas de dedicação ao clube. Remontam uma

época inesquecível para Gravina. O antigo sócio iniciou a vida no clube como tesoureiro. Depois, foi responsável pelo departamento jovem, entre os anos de 1969 e 1970. Acompanhou as principais evoluções e há oito anos atua na diretoria. “Antes era mais comunitário, improvisado, no amor mesmo. Agora o clube é profissional”. Com a mudança de cenários, espaços verdes deram lugar a novos prédios. A ampliação trouxe ambientes diferentes e novos rostos começaram a circular nas dependências. Os sócios consolidavam amizades e festinhas eram promovidas para confraternização. Mas para tornar o clube profissio-

nal Gravina lembra de um passo importante dado pela diretoria: a fusão entre o clube recreativo e o Tiro e Caça. Isso somou forças para ampliar os espaços. Ao longo da vida, Gravina atuou como bancário e administrador de empresas. Hoje aposentado, afirma que a cada evolução pessoal somava às conquistas do clube. “Quando percebi, estava completamente envolvido e havia evoluído junto com o clube. Hoje não me vejo fora daqui”. A sede do CTC no centro era um salão antigo, com canchas de bolão estragadas. Estava completamente sucateada. Era preciso mudar. O prédio antigo foi vendido para investir o dinheiro em um salão social maior.

Um dos sócios mais antigos lembra da maior mudança proporcionada pela casa. A construção do Salão Social. A troca significou um marco para a entidade, mas gerou um grande debate. A discussão era acerca do local da edificação ou do espaço que seria feito. Havia a possibilidade de se construir em um terreno de 20 hectares existente até hoje fora da zona urbana da cidade. Mas existiam duas correntes que defendiam suas posições. Aquelas que queriam no centro, de um lado, e de outro, os defensores da manutenção natural do espaço. “Houve protestos devido aos cortes das árvores aqui, por isso queria a construção em outro lugar.”

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ANDERSON LOPES

Uma vida de dedicação Paulo Gravina (foto) passou por um período fora do clube. De 1979 até a década dos anos 80, foi quando atuou no Banco do Brasil e residiu em outras cidades. Neste período, se manteve afastado da diretoria. Mas nos finais de semana era lá que encontrava os seus amigos. Há oito anos de volta à diretoria, Gravina geralmente vai ao clube todos os dias. “Como eu cuido do patrimônio, estou por aqui sempre de manhã e as vezes de tarde. Venho mesmo sem compromisso, nem que seja só para tomar um cafezinho.” A dedicação envolve sentimentos de afeto. Dentre as diversas amizades feitas ao longo dos anos, uma permanece inalterada. “Meu amigo professor Jura cuida das escolinhas de futebol. Somos amigos desde a época da antiga diretoria, 1975. Não jogamos mais juntos, mas nos encontramos sempre no CTC.” Mas os momentos felizes não estão escondidos no passado. Gravina gosta tanto de estar no CTC que há quatro anos se mudou para um apartamento mais perto do clube. “Quando vi o edifício sendo construído já tomei a decisão. É lugar ideal para morar mais perto do Clube”. Há 15 anos, um grupo de 25 amigos repete o mesmo ato. A cada duas semanas, realizam um jantar para confraternizar. São as maneiras de marcar as reuniões, organizar as coisas sérias, mas também descontrair. “Hoje marcamos tudo pelo Whatsapp”. Se antes o clube era o espaço para diversão, hoje se profissionalizou e atende as demandas da cidade e região, pois promove eventos e reuniões nos

salões sociais. A contribuição de Gravina é na supervisão do patrimônio do clube. “O CTC é a minha segunda casa. Me envolvo desde uma simples troca de lâmpada até o início de uma grande reforma ou construção”. O clube conta com os salões Social, Panorâmico, Floresta, Bosque, Corticeiras e Rústico. “Temos os quiosques e o salão Paineira, espaços como Ladies, Lounge e Gourmet são elegantes e contentam a demanda. As confraternizações variam desde simples reuniões, aniversários até grandes casamentos”. Junto com crescimento, a adequação e

O CTC é a minha segunda casa. Participo e me envolvo onde posso.” PAULO GRAVINA Vice-presidente de patrimônio

manutenção dos espaços se faz cada vez maisnecessária. “Estamos sempre inovando e buscando melhorias no Clube para garantirmoso conforto dos nossos associados. Sempre que tiver condições pretendo participar e contribuir para com o CTC”. 1916

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Estrutura disponível depois de 100 anos OBJETIVO FOTOGRAFIA

Salões Salão Social É o espaço mais nobre e moderno do CTC, onde são promovidos grandes eventos como baile de debutantes, formaturas, colações de grau, comendas, festas de casamento, festas de 15 anos, apresentações teatrais e shows nacionais. A área total é de 2.593 metros quadrados tendo como diferencial o ar-condicionado central e iluminação dimerizável, tudo controlado por sistemas automatizados. O salão, com sua magnífica estrutura, disponibiliza 150 mesas para até seis pessoas. A adequação do espaço pode ser feita de várias formas, o que, dependendo do evento, possibilita um ajuste de 200 até quatro mil pessoas no ambiente. O Mezanino do Salão Social pode ser locado separadamente, obedecendo as regras próprias. O local disponibiliza de atendimento e acompanhamento profissionalizado na execução de grandes eventos. Estrutura moderna, elevador, rampa para cadeirantes e sistema de prevenção e combate ao incêndio, inclusive com a presença de socorristas treinados no recinto.

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Ao lado das piscinas, é um ambiente aconchegante e pode ser locado para festas de médio porte. Com 525,21 metros quadrados, tem capacidade para acomodar até 230 pessoas sentadas.

Mezanino Localizado na parte superior do Salão Social, com área de 1.283 metros quadrados, pode ser locado para eventos menores, pois têm capacidade de 60 mesas para até seis pessoas, comportando, em média, 350 pessoas sentadas e 500 em pé. Além da área interna, tem um terraço ao ar livre com uma bela vista panorâmica do CTC.

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Salão Panorâmico

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Salão Rústico O Salão Rústico está localizado em frente ao Salão Bosque, à esquerda após a entrada do clube, antes do Salão Social. É um espaço aconchegante e reservado, oferecendo às crianças uma pracinha. Com 139,19 metros quadrados, tem capacidade para 68 pessoas e está equipado com 17 mesas redondas de 4 lugares. O salão possui louças e utensílios disponíveis para o locatário e também possui churrasqueira rotativa, televisor LCD e sistema com antena Sky.

Salão Paineira O Salão Paineira é o restaurante do CTC. O espaço destinado ao economato do clube tem área física de 194,24 metros quadrados e está localizado em frente ao Campo de Minifutebol B. São muitas novidades oferecidas no local, como grelhado, misto, alaminuta, porções frias e quentes e picanha na chapa. Além de aproveitar as diversas opções, o associado pode assistir à transmissão ao vivo dos jogos da dupla Gre-Nal.

Espaço Gourmet Localizado junto ao complexo de bochas, à esquerda da entrada do clube, é um ambiente que une o requinte à tranquilidade da natureza e ao esporte. Com 80 metros quadrados, tem capacidade para 30 pessoas.

Salão Corticeiras Está situado à esquerda após a entrada do clube, antes do Salão Social e ao lado do Complexo de Bochas. Com 140 metros quadrados, tem capacidade para 70 pessoas e está equipado com 18 mesas redondas para quatro lugares. O salão oferece louças e utensílios ao locatário. Também dispõe de churrasqueira rotativa e televisor LCD, além de sistema de antena digital. Disponibiliza para locação toalhas brancas.

Salão Bosque Localizado ao lado do Salão Social, é um local ideal para pequenas confraternizações. Com 118,5 metros quadrados, tem capacidade para 68 pessoas sentadas. Está mobiliado com 17 mesas redondas para quatro lugares e três mesas retangulares. Oferece louças e utensílios para o locatário e também churrasqueira rotativa, televisor LCD, além de sistema de antena Sky. Estão disponíveis toalhas e capas de cadeiras (brancas) para locação.

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Salão Floresta Está situado à esquerda após a entrada do clube, depois do Salão Social. É um ambiente que une o requinte à tranquilidade da natureza. Com 73,78 metros quadrados internos e uma varanda de 35 metros quadrados, tem capacidade para 40 pessoas e está equipado com dez

mesas redondas para quatro lugares. O salão possui louças e utensílios disponíveis para o locatário. Também dispõe de churrasqueira rotativa, lareira e televisor LCD, além de sistema de antena Sky. Disponibiliza para locação toalhas e capas de cadeiras (brancas).

Estacionamento O estacionamento principal do CTC está situado ao lado do prédio da Administração, comportando cerca de 150 vagas. Para dar segurança a todos que transitam a pé, principalmente crianças, há quebra-molas nas imediações dos salões do Bosque e Rústico. A circulação de veículos é limitada até as proximidades do Salão Social, facilitando o acesso aos salões de festas. Aos sábados, quando a circulação de pessoas é maior, o estacionamento interno é exclusivo para associados. Vale reforçar que, durante os jogos de minifutebol, o horário de fechamento da portaria secundária é 18h, independente do horário de jogo.

Quiosques São espaços abertos com churrasqueiras e estão localizados em diversos pontos do clube. Não é realizada locação e a utilização se dá por ordem de chegada. As bebidas devem ser solicitadas ao ecônomo e a alimentação é de responsabilidade do usuário. É permitida a utilização do espaço até as 2h.

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Esportes garantem união entre associados

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esporte no CTC tem um objetivo bem claro: promover encontros e permitir aos sócios espaço para confraternizar com os amigos e familiares. Com uma estrutura apta para receber jogos de futebol, tênis, skate, vôlei, basquete, aulas de dança, ginástica, bocha, etc, o clube garante toda a infraestrutura necessária para todos os esportistas de fim de semana. Manter a integração e o clima familiar são o norte dos investimentos feitos pelo clube na área esportiva, como explica o vice-presidente esportivo, Luís Fernando Cardoso de Siqueira. “É

É óbvio que existe a competição, mas o objetivo dos jogos é trazer famílias e amigos para o clube. LUÍS FERNANDO DE SIQUEIRA Vice-presidente esportivo

óbvio que existe a competição, mas o objetivo dos eventos é trazer famílias e amigos para dentro do clube.” Siqueira ressalta ainda a importância dessas atividades para a imagem do CTC. “Além de integrar os associados, elas conseguem transmitir credibilidade ao nosso clube”. A variedade de esportes praticados é outro ponto de destaque segundo o dirigente. “Quem quiser se exercitar vencontrará várias opções aqui, tais como: futebol, tênis, bocha, skate, basquete e caminhada” Essa oferta deve aumentar, pois Siqueira adianta estudos para investir em uma quadra de pádel.

“Estamos analisando orçamentos e visitando clubes que oferecem essa prática. Atualmente nossos associados acabam fazendo pádel em outros locais”. A ideia é garantir a prática do esporte para todas as faixas etárias. “Apostamos em atrações propícias para reunir as famílias”, ressalta. Siqueira ainda lembra da relação com outras entidades de Lajeado. A Copa Integração de Minifutebol Máster e Veterano é uma das atividades destacadas por ele. “Esse campeonato entre os times do CTC e do Clube Sete de Setembro promove a união entre os clubes e associados”.

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Perfil ANDERSON LOPES

O minifutebol é o esporte de maior tradição no clube. O campeonato interno reúne mais de mil atletas e se consolida como um dos maiores da Região Sul. A qualificação das equipes, a integração dos atletas e a disseminação da prática esportiva estão entre os principais motivadores do crescimento da modalidade 1916

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e pai de Luísa e Laura, ele não dispensa um passeio em família no clube. “Posso dizer que estou sempre presente no CTC. Quando não estou trabalhando ou participando de reuniões, consigo conciliar o lazer ao lado de minha mulher e filhas”.

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Luís Fernando Cardoso de Siqueira é advogado. Frequenta o CTC desde os 14 anos. “A minha vivência no clube começou por meio dos jogos de futebol. Eu me reunia com os amigos no CTC nos fins de semana”. Casado com Caroline Heberle

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EDUARDO AMARAL

A competição ocorre no segundo semestre do ano com inscrições até 28 de agosto nas secretarias dos clubes. As equipes devem ser formadas somente por sócios do CTC ou do Sete. Como a maioria da população brasileira, Siqueira é apaixonado por futebol, esporte que pratica desde a adolescência. No mesmo período, começou a frequentar o CTC, clube com tradição para realizar campeonatos da modalidade. “Nosso campeonato é o maior de clubes da Região Sul, com mais de mil pessoas envolvidas nas competições.” O futebol é o esporte mais praticado entre os sócios, com cerca de mil pessoas divididas em dezenas de equipes, participando dos diversos campeonatos promovidos. Frequentador do clube desde os 14 anos, Siqueira fala com entusiasmo sobre o cargo que ocupa no ano do centenário do CTC. “É uma honra poder ocupar uma posição tão expressiva e que movimenta tanto o clube. Me sinto privilegiado”.

Como profissional eu tinha de ser competitivo obrigatoriamente, pois vivia disso. Hoje quero me divertir e aproveitar o ambiente agradável do CTC.” EWERTON MACHADO Ex-goleiro profissional

Ewerton rodou o mundo jogando futebol. Agora, curte o minifutebol no CTC

As equipes que jogam aos sábados estão divididas em quatro divisões, dispostas da seguinte forma: 12 equipes na 1ª divisão, 12 na 2ª divisão, 12 na 3ª divisão e nove na

4ª divisão. A Copa CTC/Espaço3 Arquitetura de Minifutebol é sempre realizada no período de março a dezembro nos três campos de minifutebol disponíveis para a prática. EDUARDO AMARAL

De pai para filho: Samuel Sebben e amigos interagem com os filhos antes de atuar no campeonato de minifutebol 1916

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O clube acompanhou a evolução das competições ao longo das últimas décadas. Dos três campos de minifutebol existentes, dois já receberam grama sintética e permitem a prática mesmo em dias chuvosos

Futebol, uma tradição de família Disputado no CTC desde 1973, o minifutebol é a principal atividade esportiva do clube, contando hoje com 45 equipes que jogam regularmente aos sábados à tarde, sem contar nos vários outros times que participam das categorias veterano e máster nas terças e quintas-feiras à noite. Participar dos campeonatos é uma tradição passada por gerações na família Nesello. O patriarca, Getúlio Filho, começou a praticar o esporte na adolescência levado pelo pai. Ele repetiu o gesto com os filhos Diogo e Arthur Petter Nesello, e hoje assiste aos dois participarem ativamente dos campeonatos.

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Mais do que uma disputa, o campeonato de sábados favorece a integração e promove uma relação harmoniosa entre os associados

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CRISTIAN SCHMIDT

O campeonato de minifutebol é formado por quatro divisões. Ao todo, reúne 45 equipes e atrai mais de mil atletas. Dentro das quatro linhas, a competição é acirrada e intensa

O caçula e chefe de cozinha, Arthur, garante ser o mais competitivo da família. Goleiro do Supérfulos, que disputa a quarta divisão, ele afirma manter sempre a lealdade com os adversários. “A vontade de ganhar sempre existe, mas isso é na paz, sem brigar nem provocar os adversários.” Hoje ele tem uma “carreira” dentro do clube, mas conseguir o espaço não foi automático. “Quando adolescente era sempre a esperança de conseguir um time para jogar na rodada. Comecei nos campeonatos juvenis e juniores. Hoje são oito anos participando”. A motivação do advogado Diogo para participar das competições é um

pouco diferente do irmão. Segundo ele, seu interesse maior sempre foram as relações de amizade entre os competidores. Hoje, ele atua fora das quatro linhas, como treinador do Smurfs e brinca com a nova função. “A familiariadade com a bola me impede de estar dentro das quatro linhas, então assumi o comando técnico”. Ex-goleiro nos mesmos campeonatos, Getúlio agora acompanha os filhos da arquibancada. Todos os fins de semana, está lá torcendo por eles. “Eu remocei dez anos participando disso aqui”, ressalta Getúlio. O torcedor ilustre já ganhou até camiseta do time com

o número 24. “Eles me deram no início do ano, mas lógico que tinha de ter uma sacanagem.” Os três chegaram a atuar juntos, com Getúlio e Diogo jogando, e Arthur como gândula do time.

Para não perder o hábito Ex-goleiro profissional com passagens pela Portuguesa, no Brasil, e pelo Marítimo, em Portugal, Ewerton Machado encontrou nos campeonatos do CTC uma forma de manter a paixão viva pelo esporte. O empresário atua desde o ano 2000, quando deixou de ser

atleta profissional. Garante se divertir com os jogos no fim de semana. “Como profissional, eu tinha de ser competitivo obrigatoriamente, pois vivia disso. Hoje quero me divertir e aproveitar o ambiente agradável do CTC”. A convivência de 16 anos no clube trouxe a Machado novas amizades. “Todo mundo me conhece aqui e é muito bom vir para desestressar.” Trabalhando com produtos pneumáticos, os jogos do CTC tornaram-se fundamentais na vida do ex-goleiro. “Um sábado sem jogo eu sinto falta. Nesse aspecto é parecido com a época de profissional, pois tenho uma rotina.” 1916

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CRISTIAN SCHMIDT

Com sete quadras de tênis, associados e apaixonados pelo esporte usufruem de estrutura singular e moderna. Quadras atendem a requisitos profissionais e atraem públicos de todas as idades

“A paixão pelo tênis me aproximou do CTC”

O

tenista Pedro Henrique Bald, 22, assumiu sua primeira gestão como diretor de Tênis do CTC no início do ano e seguirá com esse com-

promisso até 2017. “Estou muito comprometido e empolgado em assumir essa responsabilidade. Sou praticante de tênis desde criança. Esse esporte foi o meu elo com o clube”.

Faz quatro anos que Bald participa da comissão de tênis formada pela nova geração de tenistas do clube. Com 8 anos, já jogava tênis no CTC. “Meu pai Marco Antônio Bald me

incentivou e eu praticava o esporte com ele”. Em 2003 passou a frequentar a escolinha de tênis. Segundo Bald, os torneios também têm a missão com a solidariedade. ARQUIVO CTC

DAYANE MASCITTI

Diretor de Tênis Pedro Henrique Bald

Esporte foi um dos primeiros a ser implantado no clube. Gosto dos dirigentes pioneiros despertou construção das quadras

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CRISTIAN SCHMIDT

EDUARDO AMARAL

professores que orientam os praticantes do esporte.. Entre os torneios, ressalta o Integração entre as cidades de Lajeado, Estrela, Encantado e Santa Cruz do Sul. “Essa confraria existe há 33 anos no clube. Nessa atividade ocorrem os jogos e integração entre as equipes dos municípios participantes”. Também cita o Circuito dos Vales, criado em janeiro de 2016. “Essa nova competição promoveu a primeira etapa em março em Santa Cruz e a segunda em junho em Lajeado no CTC. A terceira ocorre em novembro em Cachoeira do Sul”. E também a COPA CTC de Tênis, organizada pela Federação Gaúcha de Tênis, contendo cerca de 200 inscritos.

Bocha garante atividade para idosos

e gêneros. Jogos ocorrem diariamente

“Procuro criar atividades que também têm a função de ajudar a sociedade. Como o Torneio de Duplas Beneficente, entre os dias 21 e 23 de agosto. A inscrição é alimentos não perecíveis que serão doado para instituições da região”. Conforme o dirigente, o tênis é indicado a partir de 5 anos por meio da escolinha de minitênis. Ele relata que está em análise um projeto para criação de uma quadra de minitênis em piso rápido. “A proposta é de conquistarmos ainda mais o público infantil para dentro das quadras”. Conforme Bald, o CTC tem sete quadras de saibro, sendo duas cobertas, além de três

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PEDRO BALD

bra é a bocha. É o esporte que serve para essas pessoas que contríbuiram por tantos anos e hoje podem continuar usufruindo do clube.” As relações construídas nas canchas são o principal ponto destacado por Freitag. “Isso aqui é amizade. Um ajuda o outro.” São esses amigos que incentivam a participação dele no CTC. “Venho aqui diariamente para ver meus amigos, a gente confraterniza, conversa, brinca. Isso é muito importante para pessoas de idade como nós.”

Diretor de Tênis

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Estou muito comprometido e empolgado em assumir essa responsabilidade. Sou praticante de tênis desde criança. Esse esporte foi o meu elo com o clube.”

A prática esportiva não é exclusividade dos mais jovens, pois as duas canchas de bocha garantem a diversão dos integrantes da terceira idade, como o aposentado Guido Freitag, de 78 anos. Ele é um dos cerca de 30 idosos frequentadores do CTC semanalmente. “Temos aqui pessoas de mais de 90 anos que jogam semanalmente. Os mais novos têm entre 58 e 60 anos.” Freitag ressalta a importância do espaço para o público mais velho. “O idoso não pode mais jogar futebol, ou tênis, o que so-

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Uma das apostas da instituição é tornar o CTC referência artística e cultural. Os investimentos em shows de renome nacional ampliam a oferta de lazer e atendem necessidades dos associados.

Mudança de postura torna clube opção cultural

O

CTC mudou a forma de atuação na sociedade. Depois de se tornar referência nas práticas esportivas, de lazer e piscinas ou de confraternização e de churrascos com amigos, avançou em eventos culturais,

especialmente shows e apresentações artísticas locais. O show com o cantor Nando Reis, realizado em julho, foi alusivo ao centenário e presenteou os sócios com descontos de 50%. Além desse evento realizado no Salão Social, outras atra-

ções foram trazidas a Lajeado. Uma nova proposta de cultura iniciou em janeiro e deve continuar. O Happy Hour Cultural abriu as portas à arte e se tornou alternativas para que a região saia do ostracismo cultural. No verão, ocorre toda a quarta-feira na

parte externa Ladies Lounge. Conforme o diretor de eventos, Marcelo Sommer, a proposta que seria para a demanda de verão perdurou e se tornou efetiva também no inverno. Uma quarta-feira por mês há eventos culturais no clube. 1916

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ANDERSON LOPES

Para marcar as comemorações do centenário, Nando Reis animou noite especial e inédita. Direção pretende fortalecer e aumentar a oferta de shows com renomes da música e arte nacional

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ARQUIVO A HORA

ARQUIVO A HORA

Estrutura do clube abriga dezenas de eventos ao longo do ano. Variados setores encontram nos salões oportunidade para realizar exposição de noivas (e) ou a Convenção Lojista (d)

Na primeira edição do projeto, o público acompanhou um pouco do trabalho do músico Solon Chaves, durante um pocket show no formato voz e violão. Foi o primeiro passo para uma proposta inovadora no município. Artistas da cidade e de fora são convidados a participar e, durante a apresentação, atrações gastronômicas são servidas. Com as novas ideias em ação, a conquista de novos associados veio de forma natural. Os sócios ganhavam com opções e conhecem talentos locais. Até o fim deste ano uma intensa programa-

ção deve surpreender o público. Os eventos realizados nessa nova proposta permitiram que a sociedade conhecesse melhor o clube, pois são abertos também à comunidade. No verão, às quartas-feiras, das 18h30min às 23h, serão dedicadas à apresentação de um artista diferente. “Essa atividade é gratuita e especial para os associados, mas é também aberta à comunidade.” A proposta cresceu e atrações nacionais entraram na lista do Happy Hour Cultural. Bico Fino Brothers Band, Claus e Vanessa, Serginho Moah e Ney

Lisboa, que se apresenta no dia 24 de agosto, são atrações da proposta. Em setembro, será a vez de Jon&Rock, uma dupla local. E em outubro o CTC traz Taty Portela, do Chimarruts. A programação do Happy Hour continua em novembro, com a presença de Tonho Crocco. Em dezembro, o evento voltará a ser realizado todas as quartas-feiras na área externa. São quartas-feiras carregadas de cultura e arte. Entre as comemorações do centenário do clube, a Feijoada, Samba e Caipirinha foi uma das mais espera-

das. A festa ocorreu no início deste mês e trouxe um dos grupos de samba mais tradicionais do Brasil. O Demônios da Garoa fez parte das comemorações do centenário, ao passo que celebrou os cem anos do samba no Brasil e os 73 de formação do grupo. Sommer destaca que a iniciativa atraiu os associados pela música que foi apresentada em um clima de boteco no Salão Social. O evento é beneficente. O recurso deve ser destinado à compra de alimentos a serem doados ao Projeto Mesa Brasil.

OBJETIVO FOTOGRAFIA

Festival da Música valoriza independentes Com o propósito de incentivar a produção de música independente na região, o Festival da Música no CTC começa em outubro, com diversas bandas amadoras. Elas terão a oportunidade de subir ao palco e mostrar seu talento. A banda vencedora receberá um backline completo da Oba Music. Trata-se da maior empresa de direcionamento artístico da Região Sul. Organiza e divulga os artistas oferecendo downloads, demos, prevendo abrangência e possíveis turnês. Na última edição, em 2015, o clube recebeu a participação de 14 bandas. “A nossa expectativa é de aumentar esse número de participantes”. Salão Social é disputado para festas de casamentos. A estrutura moderna e arrojada favorece decoração e atividades especiais

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Balada para casais Outro objetivo do clube é de integrar os casais jovens, que têm filhos e não podem ir a baladas muito extensas, que perduram durante toda a noite. Denominadas de Festa Mix e Festa de Maio, o CTC proporciona aos casais que gostam de uma noite especial com ambiente, música e decoração bem definidos. A Festa Mix ocorre em novembro. Os participantes recebem no cardápio diversas porções, ao estilo petit comité. “É uma balada pra casais que têm filhos e precisam estar inteiros no outro dia. Por isso inicia às 20h e encerra às 2h.” Outra atividade é a Festa de Maio que tem proposta semelhante. Um evento voltado a casais. “O ingresso já contempla a comida e as bebidas”. A direção limita o número de até 140 casais para preservar o

Por onde andavas, Nando Reis?

bem-estar dos convidados. É uma forma de prestigiar quem gosta de festa, mas está em outra fase na vida.

Atividades recreativas às crianças A estratégia em oferecer espaços que abriguem as necessidades familiares é um dos objetivos principais de um clube. Conforme Sommer, não é só o mês de outubro que deve ser dedicado às crianças. Atividades são realizadas por intermédio do Clubinho ao menos uma vez por mês. Profissionais são contratados para praticar atividades com as crianças. A cada data especial, como Dia da Criança, Páscoa ou Natal, ocorre uma programação diferente. Na Páscoa, por exemplo, é realizada a Caça ao Ninho. Cerca de cem crianças participam.

Com as atrações artísticas e musicais, conseguimos nos tornar referência também nesta área. A região merece.” MARCELO SOMMER Diretor de Eventos

Artista superou a expectativa de cerca de 850 pessoas que compareceram ao CTC no marco da comemoração do centenário do clube. Na principal entrada do Salão Social, uma fila se formou para garantir os melhores lugares, em frente ao palco. A uma hora do início do show, a casa já garantia sucesso de público. O cantor e compositor Nando Reis chegou ao salão social concentrado. Ao ser anunciado, a máquina de fumaça encobriu parcialmente o palco e ao fundo, com um violão elétrico surrado, o artista ouvia as palmas do público e permanecia imóvel. Os gritos iniciaram tão logo a luz contra do palco tornou visível a silhueta do cantor. Naqueles segundos, Nando garantia o sucesso do show. A entrada explosiva rendeu sequência de músicas conhecidas. Depois de um tempo, o cantor interagiu com o público. Lembrou do centenário do CRISTIAN SCHMIDT

Implantado em 2016, o Happy Hour Cultural abriu as portas à arte e se tornou alternativa para que a região saia do ostracismo cultural. Iniciativa fez sucesso no verão e seguiu no inverno

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ANDERSON LOPES

clube e agradeceu. O público cantou em coro as letras do compositor, que em muitas ocasiões se tornaram conhecidas por meio de outras bandas. Por Onde Andei, All Star e Luz dos Olhos emocionaram. Na voz, nas letras, na emoção ao cantar, Nando Reis demonstrava o apreço que ainda sente pela eterna amiga Cássia Eller. “Cartazes te procurando. Aeronaves seguem pousando, sem você desembarcar. Pra eu te dar a mão nesta hora e levar as malas pro Fusca lá fora.” Fãs do compositor, Tamara Silveira, 23, e a amiga Amanda Lazzari, 21, não perderiam por nada vê-lo de perto. “Amo as músicas dele.” A biomédica Juliana de Vasconsellos, 32, acompanha a carreira do cantor desde que surgiu a banda Os Infernais. Em um dos espaços laterais, ela e o namorado cantavam junto com a multidão. “Estranho é gostar tanto do seu All Star azul. Estranho é pensar que o bairro das Laranjeiras, satisfeito sorri, quando chego ali e entro no elevador aperto o 12, que é o seu andar, não vejo a hora de te reencontrar.” O registro fotográfico e videográfico da festa ficava evidente nas luzes dos smartphones da plateia: cada um queria guardar para si aquele momento. Sentada à mesa, a plateia que ocupava os lugares privilegiados da festa logo ficou em pé. Era impossível se conter. A música levou todos à dança, ao momento único de cantar com o artista.

Lazer e reflexão Nas músicas finais, o artista emendou improvisos, deixando o público cada vez mais envolvido: “Mas é que quando eu me toquei, achei tão estranho. A minha barba estava tão branca?” Se, a seu lado, a banda Os Infernais o acompanhava em ritmo empolgante, do outro, a plateia o seguia em uma só voz. A mensagem poética do compositor oferecia, em meio à descontração, uma reflexão. “O que está acontecendo? O mundo está ao contrário e ninguém reparou.” Depois de se despedir, o músico voltou ao palco para atender os pedidos de bis. Para o presidente do CTC, André Bücker, o evento foi um sucesso. Para ele, trazer artistas de renome nacional é uma forma de presentear o sócio. “É valorizar quem busca no clube o ha-

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Um abraço, Nando. José Fernando Gomes dos Reis, mais conhecido como Nando Reis, ex-baixista do Titãs, resolveu seguir carreira solo em 2001. Figurou na lista dos dez artistas que mais lucraram com direitos autorais no primeiro semestre de 2012. Ficou conhecido como um dos maiores compositores de sua geração, compondo sucessos com a ex-namorada Marisa Monte e emplacando músicas conhecidas como O Segundo Sol e Relicário, gravadas por Cássia Eller. A banda Skank também gravou composições dele como Resposta e É Uma Partida de Futebol. Jota Quest alcançou sucesso com composições como Do Seu Lado e Cidade Negra gravou letras como Onde Você Mora? e Querem o Meu Sangue. Jornal A Hora – Como você se sentiu em saber que estava realizando um show em homenagem aos cem anos do clube mais tradicional de Lajeado?

Reis – Fico muito feliz que me escolheram para comemorar uma data tão importante quanto essa. Principalmente porque sei da importância que este evento proporcionou para o público que acompanhou a minha apresentação. Qual sua percepção sobre o público lajeadense? Reis – O mais importante para o artista é se comunicar com a plateia. Show foi feito para emocionar mesmo. Sempre que eu consigo fazer isso, atinjo meu objetivo. O que você tenta transmitir em suas composições? Reis – Que cada um tem que conhecer a si mesmo. Que ninguém é igual a ninguém. Escrevo e canto sobre o que sinto e o que penso, sobre como vejo o mundo. Não tento convencer ninguém de nada. Não acredito em músico que ache que tenha uma “mensagem”. Acho isso uma bobagem.

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ppy hour, o lazer, e fazer valer o investimento.” Bücker salienta que o foco do clube é o ambiente familiar e que programações como essa beneficiam a sociedade e atraem novos sócios. O ex-Titãs emocionou o público ao relembrar da cantora Cássia Eller enquanto entoava a música Segundo Sol. “Sempre faço questão de homenagear a Cássia com esta canção”. Depois de parabenizar os moradores de Lajeado pelo centenário do clube, seguiu empolgando o público. “Estou muito feliz em ter a oportunidade de estar aqui hoje festejando neste que parece ser um momento muito importante para a cidade”. A arquiteta Carolina Keunecke estava contagiada com a apresentação. “Eu e meu marido somos sócios do clube e estamos sempre atentos aos espetáculos culturais. Trazer o Nando Reis foi um presente para gente”. Conforme Bücker, a apresentação de Nando Reis foi uma justa maneira de presentear os associados e a comunidade. “O show também é uma maneira que encontramos de integrar a todos. Com certeza, 2016 ficará na memória”.

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Celebrações que marcaram gerações ANDERSON LOPES

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professora de Letras, Rejane Anita Lopes Kuhn, lembra nitidamente o dia em que realizou um sonho: a festa dos 15 anos. Em uma época em que era preciso seguir os preceitos e passagens formais, entrar com o vestido novo para dançar a valsa era o mais almejado entre meninas. Foi uma festa linda. Mas depois desse dia o CTC haveria de se tornar testemunha dos melhores momentos da vida de Rejane. Há 43 anos, o então Salão do Clube Recreativo abrigou mais um momento importante na vida dela. Foi no dia 30 de dezembro de 1972 que Rejane se casou com o administrador de empresas, Ilgo Kuhn. Quando a memória já não mostra com clareza os detalhes, Rejane recorre ao álbum de casamento. “Lembro o quanto eu estava entusiasmada naquela cerimônia.” O casal gostou tanto do ambiente que decidiu conhecer mais sobre o funcionamento do clube. Foram aceitos como sócios e passaram a frequentar a casa. Depois disso, Kuhn chegou a integrar a primeira diretoria, quando ocorreu a fusão com o Recreativo. “Nos anos 80, nos tornamos o casal social do clube. Nessa época, meu irmão Rogério Lopes assumiu a presidência”.

O administrador Ilgo Kuhn e a professora Rejane Lopes Kuhn

O destino estava selado. A união de Rejane e Ilgo gerou os filhos Guilherme, Natasha e Lisinca. As duas filhas debutaram no clube, mesmo local onde a mãe havia festejado o 15º aniversário e a união com o pai. Natasha comemorou a passagem em 1993 e Lisinca, em 1997. “Para não perder a tradição, sempre fizemos questão de comemorar os aniversários deles no CTC. Faz parte de nossas vidas.” Em 2001, Rejane celebrou os 50 anos de vida no antigo Salão Pano-

O CTC se tornou um verdadeiro ponto de encontro entre as mais diferentes gerações. REJANE KUHN Associada

râmico. Como se não bastasse casar, e debutar as filhas, o CTC continuaria sendo parte dos melhores momentos da família. Todos os filhos se casaram no mesmo local. “Tive a alegria de casar nossos filhos Lisinca e nosso genro Marcos Tannhauser em outubro de 2009”, recorda. Um ano depois, foi a vez de Natasha casar com Felipe Minella, e Guilherme celebrou o matrimônio com a Sara Baldissera, em outubro de 2013. Nos momentos de folga, as caminhadas são alternativas de lazer. Passear pelas dependências com os netos Lucca, Isabela e Enrico é o que tem de melhor. “Estamos à espera de mais um netinho que nascerá em janeiro”. O CTC, para ela, é acolhedor e familiar. “Só tenho boas recordações. Vivenciei momentos importantes que marcaram a minha vida”. Para a associada, a beleza do espaço, somada à tranquilidade e segurança, torna o clube referência. “O CTC se tornou um verdadeiro ponto de encontro entre as mais diferentes gerações.” Ilgo e Rejane frequentam o CTC semanalmente. “O Ilgo joga tênis, pratica academia e ainda faz caminhadas. E eu faço pilates e até jogo tênis”, conta. Diferenças à parte, o que assemelha o casal é a forma como acompanham os grandes eventos.

ARQUIVO PESSOAL

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Rejane realizou os principais eventos no clube. O casamento na década de 70 foi a primeira de uma sucessão de comemorações que a família tem feito no CTC

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Casal eterniza momentos

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engenheira de alimentos e produção, Nádia Betânia Zimmermann, 31, e o analista de Tecnologia da Informação, Vinicius Meyer, 27, se casaram em novembro de 2014 no Salão Panorâmico. Nádia acompanhou cada detalhe dos preparativos da cerimônia e da festa. Realizaram um jantar para 200 convidados. “Conseguimos reunir os amigos e familiares em um clima de romantismo”, recorda Nádia. A infraestrutura e a beleza do clube foram fundamentais. Com a decoração, o ambiente ficou convidativo para realizar a comemoração. O casal noivou no Natal de 2013. “Fomos visitar logo o clube para fazermos a reserva do salão”. Segundo Meyer, foi uma festa simples. “Não foi necessário decorar muito o sa-

lão porque o espaço é todo requintado. Os espelhos e a iluminação do local embelezam”. Para ele, a vivência com o clube começou na adolescência, aos 17 anos. “Estudava no 3o ano. Nesta época, me reunia com os colegas para jogar futebol. Jogava no time Bitterflex.” Os jogos ocorriam aos sábados à tarde. Com o passar dos anos, a rotina e a trajetória profissional acabaram afastando-o das partidas. “Quando estou de folga aproveito para passear com a Nádia. A gente toma um chimarrão no clube ou faz caminhadas e, no verão, as piscinas e a academia são nosso lazer”.

Um brinde de refrigerante Nádia afirma que a comemoração do casamento foi planejada para ho-

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Aos 17 anos, Vinícius começou a jogar no Bitterflex, mas acabou saindo mais tarde

menagear os melhores momentos do relacionamento. “Pedimos um brinde especial aos noivos. Todos os convidados abriram ao mesmo tempo uma latinha de refrigerante, ao invés de espumante”. Ela explica que o relacionamento começou porque seu computador estragou. “Éramos colegas de trabalho e, quando estragou o meu computador, o Vinicius consertou. Então eu dei uma

latinha de refrigerante pra ele.” O casal pretende ter três filhos. “Estamos pensando em filhos. Queremos sair para passear com eles e com certeza as comemorações de aniversário ocorrerão no CTC”, comenta Nádia. Um dos programas preferidos para o lazer é o Happy Hour Cultural. “Temos planos de curtir as praças e atividades infantis como o Clubinho em companhia dos nossos filhos.” ARQUIVO PESSOAL

Vinícius e Nádia garantem que o salão fez a diferença. “Não foi necessário decorar muito o salão porque o espaço é todo requintado. Os espelhos e a iluminação do local embelezam”

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Ser atrativo e ter opções de lazer para toda família é o desejo da direção social. Renan Lopes levou a família, inclusive o neto recém-chegado, para curtir as estruturas do clube

Aproximar famílias é a missão do CTC

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om a rotina corrida, muitas vezes, se torna difícil conciliar tempo para conviver com a família. São compromissos, reuniões e viagens de trabalho. Essa rotina frenética motivou a implantação do casal social no clube. Para dar exemplo aos associados, foram escolhidos Ana Paula Quinot e Daniel Dullius, casados há seis anos. Ambos com 34 anos e pais de Murilo Quinot Dullius, 4.

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jar ou outros presentes ao comemorarem seus 15 anos”. O casal social também estuda uma nova atração. “Pretendemos implantar o karaokê. Esta iniciativa será dedicada especialmente para as famílias. Será ótimo para auxiliar no desenvolvimento das crianças”. Outra ação, já conhecida no CTC, o Clubinho também segue com atividades temáticas. “Ele atua principalmente nas datas comemorativas como Festa Junina, Dia

das Crianças, entre outros”. Conforme Ana Paula, enquanto os filhos aproveitam para se divertirem, os pais conseguem praticar esportes. “O clube é um local tranquilo porque possui segurança e é todo cercado. Além de garantir uma excelente infraestrutura e opções de lazer para todas as idades”. Ao expressar seu estusiasmo com as iniciativas realizadas no clube, Ana Paula relembra de um dos momentos mais marcantes de sua vida. “Em

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Segundo Ana Paula, o casal social tem a missão de aproximar os associados do clube. Ou seja de divulgar e promover ações em conjunto com a direção de eventos. Entre as ações sociais, será promovido o Baile de Debutantes, no dia 1º de outubro, no Salão Social. Segundo ela, o Baile de Debutantes também é uma forma de integrar as famílias. “O nosso objetivo também é de resgatar essa tradição. A maioria das meninas desta geração prefere via-

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Momento eternizado: a formatura de Maurício Polita marcou em 2009

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Casal social: Ana Paula, eleita Garota Verão em 1997 representando o CTC, ao lado de Daniel Dullius ARQUIVO PESSOAL

1997 eu representei o CTC durante o concurso Garota Verão. Conquistei o título de primeira Garota Verão de Lajeado. Desfilei no clube quando era uma garota e hoje estou aqui representando as famílias dos associados na função de casal social. É um orgulho conseguir contribuir para o crescimento do clube”. Ana Paula descreve a importância desse concurso em sua carreira. “O Garota Verão me abriu portas para eu realizar trabalhos como modelo. Também tive a oportunidade de participar de alguns desfiles. Além desse reconhecimento, fiquei muito feliz com a participação dos associados do CTC, montaram, na época, uma torcida especial durante o tão aguardado Garota Verão”. Daniel frequenta o clube desde os 18 anos. “Na época, eu me associei no CTC para jogar futebol. Hoje, participo do time os Smurfs e todos os sábados sigo jogando bola no clube. Com o passar dos anos, os companheiros do time foram se renovando”. Ele comenta que incentiva o filho Murilo desde cedo a ter contato com as partidas. “Enquanto eu jogo a minha mulher e o meu filho me assistem e torcem por mim. Nas quintas-feiras, nos reunimos com nossos amigos para a nossa tradicional janta no clube”.

Espaço de lazer atende todos os públicos

Passeio em família no CTC: Fernanda e Fábio com os filhos João Pedro e Rafael

A farmaucêutica Fernanda de Correa Siccone da Motta, 39, e o marido e administrador de empresas, Fábio

Quadros da Motta, 42, aproveitam os momentos de folga para realizarem passeios em família no CTC. “Tenho

dois filhos o João Pedro, 5, e o Rafael, 1 ano e 6 meses. Além da pracinha que o clube oferece, também gosto de

participar de ações com eles como o Clubinho”. Fábio aproveita para jogar futebol aos sábados à tarde. “Enquanto eu pratico o esporte a minha mulher aproveita para brincar com nossos filhos na pracinha”. Segundo Fernanda, o casal também comenta os eventos promovidos no Happy Hour. “Pretendemos curtir a apresentação do cantor Ney Lisboa no dia 24 de agosto”. Fernanda conta que frequenta o clube faz mais de 30 anos. “A minha família é associada do clube então cresci acompanhando os meus pais. Hoje sou eu quem trago os meus filhos para se divertirem no local”. O empresário Maurício Polita Zanon, 32, tem um carinho especial pelo clube. “O CTC marcou a minha vida. Em 2009, comemorei a minha formatura de Engenharia de Produção, no Salão Panorâmico e estou me preparando para a festa do meu casamento que ocorrerá no dia 17 de setembro, no mesmo salão”. Segundo Polita, a noiva Viviane Schneider, 29, aprovou a ideia de festejar no CTC. Polita começou a frequentar o clube aos 14 anos para jogar futebol. “Não pratico mais o esporte como antes. Prefiro programas como acompanhar os shows do Happy Hour. Também tenho o hábito de reunir meus amigos no clube”. Também conta que a irmã, Karine Polita Zanon, celebrou seus 15 anos em 2004. “Toda a minha família tem a tradição de realizar comemorações aqui. Após casado, pretendo seguir essa tradição junto com meus filhos”.

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Demônios da Garoa celebram a

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nquanto baianos e cariocas disputam para saber quem criou o samba, paulistas e gaúchos mostraram que também têm intimidade com o ritmo batucado. Os paulistanos do Demônios da Garoa foram o grande destaque da primeira edição do Feijoada, Samba e Caipirinha, mais um evento realizado em agosto como parte das comemorações dos cem anos do CTC. Antes da apresentação do grupo paulista, os artistas locais garantiram o bom samba. Solon Chaves, Ju Petry e Andreia Marchini interpretaram canções de Paulinho da Viola e Martinho da Vila e outros sambas. E para mostrar que os gaúchos também entendem de samba, os bailarinos do Arte e Escola de Dança, de Lajeado, realizaram apresentação que cativou o público. Pouco depois, foi a hora de iniciar o principal show da noite. Por volta das 22h30min, o grupo que imortalizou clássicos de Adoniran Barbosa como Trem das Onze e Saudosa Maloca subiu ao palco. A data marcava o aniversário de Adoniran, que completaria 106 anos naquele dia. Além de comemorar o aniversário do autor que ajudaram a consagrar, os Demônios celebravam o próprio aniversário, pois em 2016 completaram 73 anos de existência. Ao longo das mais de sete décadas, as mudanças na formação foram inevitáveis, mas a fidelidade com a essência do grupo se manteve. Demônios da Garoa são inegavelmente paulistanos, tanto que carregam uma das características marcantes da megalópole, a garoa. Ironicamente, quando o grupo subiu ao palco, uma fina garoa caía sobre Lajeado, como que para

Para todas as idades: o show do grupo de samba Demônios da Garoa marcou a passagem dos 100 anos. Festa ocorreu no dia 6 de agosto e atraiu público das mais variadas gerações.

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música brasileira no centenário FERNANDA TAVARES

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E para mostrar que os gaúchos também entendem de samba, os bailarinos do Arte e Escola de Dança, de Lajeado, realizaram apresentação que cativou o público

Antes do show principal, músicos locais, como Solon Chaves, Ju Petry e Andreia Marchini, interpretaram canções de Paulinho da Viola e Martinho da Vila e outros sambas

deixá-los mais em casa. Essa relação explica o casamento perfeito entre os músicos do grupo e as canções de Adoniran, artista que cantou o dia a dia da cidade, já uma das maiores da América Latina entre os anos 50 e 60. Manter-se firme a essas raízes é uma das razões apontadas por Sérgio Rosa, um dos integrantes mais antigos da atual formação do grupo. Levado para música pelo pai, um dos fundadores do Demônios, Rosa comemora a longevidade. “Se o grupo não agradasse as pessoas mais novas já teria acabado. Acredito que a identificação ocorra por conta dos nossos grandes sucessos. Canções como Saudosa Maloca e Samba do Arnesto são cantadas faz 62 anos.” A relação com os mais jovens é experimentada na casa dos Rosa. Assim como o pai um dia abriu o caminho da música e do samba para o filho, agora é a vez de Sérgio dividir o palco com o filho. “A boa música passa de pai para filho.” Em Lajeado, a família encontrou um público de idades diversas e com as músicas na ponta da língua, sem ninguém atravessar o samba.

Sonho antigo Pouco antes de os músicos subirem ao palco do CTC, o presidente do clube André Bücker lembrou a trajetória para realizar o evento. “Muito antes de entrar na diretoria, nós falávamos da vontade de fazer uma feijoada com samba aqui, e hoje isso é realidade com um dos grupos mais importantes do país”, contou emocionado. A concretização do sonho de garoto veio com solidariedade, pois toda a renda do evento foi revertida em prol do projeto Mesa Brasil, organizado pelo Sesc. 1916

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Bailes de debutantes se renovam e marcam época CRISTIAN SCHMIDT

Uma das principais tradições do clube está prestes a completar 52 edições. Neste período, centenas de jovens debutaram no CTC ARQUIVO PESSOAL

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á mais de seis décadas, o Baile de Début do Clube Tiro e Caça celebra a apresentação de jovens meninas à sociedade. Vestido, valsa, par e a presença da família são fundamentais para comemorar o momento para as “princesas”. Em 2016, o evento ocorre de maneira tradicional no dia 1º de outubro, às 22h, no Salão Social. Anunciar os nomes das debutantes na noite do baile é motivo de orgulho para João Gilberto Barzotto, 72. “Sinto privilégio por cumprir esse papel.” O mestre de cerimônias participou das últimas 38 edições do evento e pretende continuar. Para

ele, a cada ano, o baile se renova. Mas, mesmo com os novos efeitos especiais na decoração e produção de imagens e vídeos, a sintonia do evento está preservada. A cerimônia segue cronograma especial. Após o anúncio do nome da debutante, ela e o pai são convidados a dar uma volta no salão. Nesse momento, o patriarca da família apresenta a menina aos convidados. Em seguida, acontece a valsa e a dança com o par. Nestes quase 40 anos de participação no début, em algumas ocasiões foi necessário conter as lágrimas. “É impossível não se emocionar com esse gesto de carinho entre pai e filha.” Em 1993, Xico, como é popularmente conhecido, teve a oportunidade única de anunciar a entrada de Fernanda Barzotto, 37, sua filha. “Ela sempre acompanhou meu envolvimento com o clube.” Perto do aniversário de 15 anos, Fernanda não teve dúvidas: quis participar do baile de debutantes do CTC. Ela relembra com carinho da data. “Foi um dia de princesa.” Após anunciar todas as debutantes na cerimônia, Barzotto deixou de lado o microfone para dançar a valsa com a filha.

Xico Barzotto é responsável pelo cerimonial faz 38 edições. Guarda lembrança e história de todas, mas a mais especial foi em 1993, quando apresentou e conduziu a filha Fernanda

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Diferentes épocas, mesmo encanto Era outubro de 1957 quando a primeira debutante subiu ao palco do extinto Clube Recreativo. Antes do esperado baile, Miriam Schabbach Muller, 74, ensaiava com o pai, Roberto Schabbach, em lugar improvisado em casa. Ao se deparar com a tão sonhada noite, não conseguiu conter o nervosismo. Mas o carinho do público que lotou o salão animou a debutante. Naquela época, o evento ocorreu na base do improviso. O banheiro do clube foi transformado no camarim das garotas. As próprias mães eram responsáveis pela maquiagem. Conforme ficavam prontas, as debutantes formavam uma fila em frente à porta do sanitário feminino. O anúncio era feito com cartazes, muito diferente de hoje. Os vestidos foram confeccionados por costureiras atuantes em Lajeado. “Cada garota tinha liberdade para escolher o modelito.” A moda da época eram os vestidos rodados e bordados, lembra. Apesar do glamour, a deco-

ração era modesta. “Nossa preocupação era apenas com a emoção de dançar a sonhada valsa.” O momento era importante, pois marcava as boas-vindas das debutantes nos demais eventos da cidade. A festa representou um marco em sua trajetória. Nas vésperas do baile, começou a namorar aquele que viria a ser seu marido, Dilon Machado Muller. O relacionamento era a distância. Foi no baile que tiveram a oportunidade de dançar juntos pela primeira vez. O clube ainda serviu de palco para outros momentos marcantes na vida de Miriam: seu casamento ocorreu no Salão Recreativo, em 1962. A celebração dos 15 anos da filha Denise Muller Arruda, 53, também ocorreu no CTC. Em 2005 foi a vez da neta, Luisa Muller Arruda, participar do baile. Apesar do número de edições, o evento mantém a essência, garante Miriam. Ao comparar seu baile de début com o da neta, diz que o entusiasmo é o mesmo. “A magia do baile ultrapassa gerações sem perder o encanto”.

DAYANE MASCITTI

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CTC: sempre presente em momentos especiais EDUARDO AMARAL

Dez anos após seu baile de debutante, a residente médica Bárbara Fontes Macedo, 25, aguarda para dar mais um passo importante: o casamento. O matrimônio com o bancário Renan Porcher Scherer, 30, também será celebrado no Salão Social do CTC, assim como seus 15 anos. A oficialização da união está marcada para o dia 17 de setembro. Bárbara frequenta o clube desde os 12 anos na companhia da família. Recentemente se mudou para

Canoas, para atuar no Hospital Universitário da Ulbra. “Meus pais ainda moram em Lajeado e eu faço questão de passar os fins de semana no Vale do Taquari”. O sonho sempre foi casar na cidade natal. Ainda no início do planejamento, tratou de verificar as datas disponíveís no CTC. Segundo ela, o salão atende os requisitos em questão de estrutura e segurança. “Minha festa de 15 anos foi inesquecível e com certeza o casamento também será”. ARQUIVO PESSOAL

Uma década depois de realizar sonho de menina, ao debutar, Bárbara volta a ter noite especial. Dessa vez, como noiva de Renan. Casamento ocorre em setembro

Miriam Schabbach: nossa preocupação era apenas com a emoção de dançar a sonhada valsa 1916

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Três gerações de debutantes DAYANE MASCITTI

O planejamento da comemoração dos 15 anos de Rení Ruthner Lopes, 73, começou cedo, ainda na infância. O pai, Hugo Ruthner, desejava fazer a cerimônia perfeita para a filha. A professora aposentada participou da segunda edição do baile de debutantes no Clube Recreativo. “O salão estava lotado e o meu coração acelerado.” Rení lembra com emoção dos momentos em que ajudou a mãe, Irma Guilhermina Sebastiany Ruthner, a decorar o salão para o baile. “Naquela época as famílias eram responsáveis por organizar e enfeitar o local”. Por frequentar o clube desde criança, o CTC sempre fez parte da história de Rení. “Lembro das tardes na sede campestre e dos piqueniques realizados em família.” Em 1962, se casou com Rogério Braga Lopes no Clube Recreativo. “O nosso envolvimento com o CTC sempre foi forte. Meu marido foi presidente do CTC na década de 80.” Ela participa até hoje de atividades 1916

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oferecidas pelo CTC. “Até o ano passado eu jogava tênis, mas por conta de problemas no joelho tive de me ausentar das quadras.” Os domingos são reservados para reunir a família no clube para tomar chimarrão e fazer caminhada. Em 1981, a filha de Rení, Raquel Lo-

pes Arenhart, 49, debutou no Salão Social. Na época, Lopes era o presidente do clube, o que aflorou a emoção de Raquel. “Estar acompanhada do meu pai era motivo de orgulho.” Roberta Lopes Arenhart, filha de Raquel, participou do baile em 2014. “Eu

me vi no lugar da minha mãe. Lembrei de como ela me incentivava com os preparativos”, conta. Para a Raquel, a comemoração dos 15 anos de Roberta foi especial, pois juntou três gerações de mulheres da família. “Os eventos marcaram nossas vidas.”

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Rení Lopes integrou a segunda turma de debutantes. Depois dela, filha Raquel e neta Roberta trilharam o mesmo caminho no CTC

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O que o CTC representa na minha vida? “Fico

Cresci praticamente dentro do CTC. Tenho boas recordações da minha infância no clube. Eu participava do Clubinho e pratico esportes juntamente com a minha família” Gabriela Adams, 16, estudante

O nosso clube é completo. Além de nos encantar com a sua imensa área verde, também oferece um leque de atividades. Eu gosto de estar em contato com a natureza então adoro frequentar o clube” Marisa Gasparotto, 51, professora

impressionada com as opções que temos de atividades culturais. Sem contar com as opções esportivas que o clube nos proporciona” Tânia Maria Berti Zanello, 50, do lar

“Gosto de acompanhar e participar dos happys hours que ocorrem aqui. Também estou sempre atenta aos eventos e shows culturais. Aprovo as atividades culturais que ocorrem no clube” Jaqueline de Almeida, 37, contadora

O nosso CTC oferece um leque de opções que varia desde esporte até eventos culturais.

O clube está evoluindo culturalmente a cada ano que passa. Está sempre apresentando inovação e proporcionando diferentes atrações para o público” Marcilene Nilsson Dalpian, 46, advogada

Eu sempre gostei de visitar o clube com a minha família. Encontramos diferentes atividades aqui. Consigo praticar esportes e me divertir nos shows”

primas já utilizaram os salões do clube para comemorarem seus aniversários e até debutaram aqui. Então lembro do clube sempre com muito carinho. Cresci aqui praticando esportes” Vitoria Metz, 19, estudante

O CTC está de parabéns porque consegue oferecer atividades para todos os gostos e idades. Eu particularmente prefiro acompanhar os eventos culturais e que por sinal estão evoluindo bastante” Rafael Godinho, 38, advogado

Cristiane Schneider, 37, professora

Aproveito as iniciativas esportivas e também as atividades culturais que o CTC oferece. Aqui também é possível realizar uma saudável integração entre as famílias e seus associados”. Alexandre Souza, 40, professor

Mariana Metz, 12, estudante

“Minhas

Aproveito para acompanhar os eventos culturais do clube. São atrações que integram os associados e a comunidade” Tunin Wraase, 49, bioquímico

Desde criança, frequento o CTC. Tenho um amor pelo clube. Admiro as variedades que a entidade proporciona aos associados. Temos ótimas apções de lazer e ainda estamos em contato com o meio ambiente” Anna Liv Schnorr, 35, nutricionista e auxiliar de escritório

O CTC proporciona grande diversidade de atividades em vários segmentos. Sempre que consigo prestigio os eventos culturais” Renato Zanella, 57, bancário

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Sob os cuidados de Jurandy Pretto, o Jura, a escolinha de futebol perpassa gerações e se consolida como ferramenta de formação esportiva e disciplinar aos alunos e atletas

Projetos para crianças favorecem a educação

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om um trabalho dedicado exclusivamente às crianças, o Clubinho inova no conceito da relação pais e filhos. A lógica tradicional de ter apenas um playground para que elas se divirtam sozinhas foi superada. Propor brincadeiras tornou-se um caminho de ligação na relação familiar. Os profissionais de recreação inspiram os pais a criarem brincadeiras junto dos filhos. O jogo lúdico amplia a interação. De acordo com a coordenadora do Clubinho, Karin Sommer, o intuito é

exatamente esse. Ver os pais interagindo com os filhos. Diversas são as brincadeiras realizadas como bexiga, bolha de sabão, tiro ao alvo com esponja molhada, jogo de boliche com garrafas PET, entre outras. “Estes primeiros são feitos no verão.” São formas de envolver os pais e eles reaprenderem a brincar. As maneiras de diversão são baseadas em relembrar antigas brincadeiras como perna de pau, bambolê, corda, elástico, pé de lata, pé de bicho e slackline. As propostas das recreacionistas não

precisam necessariamente ser seguidas, pois não são engessadas. Os pais também estão livres para propor, o que é comum nestes momentos. “Muitos pais acabam recordando brincadeiras e compartilhando com todos.” Os trabalhos com jogos didáticos são, da mesma forma, importantes. As crianças ficam livres para jogar varetas, dama e uno. Material para pinturas como tintas, canetinhas, lápis de cor, giz de cera, papel e cartolina são oferecidos para que os pequenos confeccionem cartões.

As cartas produzidas pelas crianças são formas de expressão do mundo lúdico delas. Na maioria das vezes, são endereçadas aos pais, um presente ao fim das atividades. “É uma forma de usarem a imaginação.” Em algumas edições do Clubinho, atividades como campeonato de karaokê, just dance e videogame são alternativas disputadas pelas crianças. A proposta do Clubinho acompanha também de forma temática as comemorações de datas especiais. Páscoa, Natal, Dia das Crianças, Dia dos Pais e Halloween são

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algumas das formas de interagir com os menores, atendendo de maneira temática as brincadeiras, sem deixar de contextualizar sobre o que está acontecendo e o que se comemora.

Sair da rotina Envolver os pais nas brincadeiras permite a reaproximação por um viés diferente, de profissionais que apostam na técnica lúdica. Esta quebra de rotina é considerada benéfica para a relação de pai e filho. “Acreditamos que nos tempos de hoje a tecnologia afastou as crianças de práticas sadias como se sujar e correr livremente.” Conforme Karin, com a rotina diária do trabalho, os pais não têm mais tempo para elaborar brincadeiras com os filhos. Quando conseguem, passam a compreender um mundo do qual haviam esquecido. “Então pensamos em oportunizar este momento onde pais e filhos viram crianças, relembram as brincadeiras de infância e os filhos aprendem muito.” Para Karin, é nítida a alegria das crianças ao verem os pais sendo desafiados junto com eles nas atividades. E isso é considerado saudável. “A criança é um ser sensível. Se no jogo eles erram, não ficam decepcionados, pois os pais estão ao lado, para ajudar e mostrar que às vezes perdemos e às vezes ganhamos.” Junto das atividades, em algumas edições, é trabalhada a questão ambiental. Em uma das edições, foi abordado o tema da reciclagem, em que as crianças aprenderam a separar o lixo seco do orgânico. “Tiveram a oportunidade de fazer o descarte correto. Abordamos o Dia da Terra em abril, onde as crianças plantaram chás em um espaço do clube que hoje pode ser usufruído pelas famílias”, conclui.

Muito além das quatro linhas A escolinha de futebol do CTC é di-

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Acreditamos que nos tempos de hoje, a tecnologia afastou as crianças de práticas sadias como se sujar e correr livremente.” KARIN SOMMER Coordenadora do Clubinho

recionada a alunos na faixa etária dos 5 aos 16 anos, com ensinamentos que ultrapassam as regras futebolísticas. Conceitos de coletividade, superação e formas de inclusão são repassados pelo professor Jurandy Antonio Pretto, 63. Por quase 40 anos “Jura”, como é conhecido, passa fundamentos do futebol aos menores. Mas a atuação didática não serve só para o jogo, mas para vida. Os 120 alunos, divididos em turmas que atuam durante a semana, recebem um treinamento de uma hora e 30 minutos. Trabalha os fundamentos do futebol e avança nos conhecimentos com passar da idade. Nas categorias iniciais, de 5 anos, são conceitos básicos do esporte. Trabalho individual e em

grupo, passe, chute, condução de bola. “Na medida em que vão ficando maiores, se aplica teorias e se aprofunda os conceitos”, relata. Segundo o professor, cada aluno pratica futebol dentro do que é possível fazer. O método aplicado não se utiliza de cobranças que ultrapassem a capacidade do aluno. E o resultado do jogo é o mais importante. “Pressionar mais do que precisa acaba por colocar pressão psicológica.” As turmas não participam de competições. Só jogos de integração. Segundo Jura, é preciso que todos joguem dentro da faixa etária. “Eles têm que se divertir, porque a criança só vai permanecer na atividade se ela tiver prazer no que está fazendo, sendo motivada.”

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Lideradas por Karin Sommer, atividades do Clubinho alimentam interação entre pais e filhos, atraindo toda família ao CTC

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CRISTIAN SCHMIDT

CRISTIAN SCHMIDT

Lugar para todos os gostos e idades: seja na escolinha, no Clubinho ou na área de recreação, crianças encontram alternativas para brincar, se divertir e aprender

Jurandy começou na escolinha em 1973. fez parte da primeira turma aberta pelo professor Itavor Huumer. Foi quando iniciou o campeonato interno, ao fim daquele ano. O afastamento em 1991 e a volta em 1996 são devidamente descontados quando se refere ao tempo de permanência na entidade. Jura recorda do tempo em que havia futebol feminino. As meninas jogaram junto como os meninos. Depois permaneceu uma turma durante quatro anos. Mas, devido às poucas adesões, as meninas cresceram e a turma feminina encerrou as atividades.

Talentos descobertos

Eles têm que se divertir, porque a criança só vai permanecer na atividade se ela tiver prazer no que está fazendo, sendo motivada.”

Mesmo que o objetivo de Jura não

JURANDY PRETTO Professor

tenha sido o de formar jogadores profissionais, mas cidadãos, com conceitos de coletividade e sociabilidade, alguns alunos revelaram talentos. O presidente do Clube Esportivo Lajeadense, Everton Giovanella, chegou a jogar na Europa. “Alexandre Chaves, foi outro, jogou no Santos. O Rafinha, que joga futebol de salão, está na Europa. Ricardo Maria esteve na base do Grêmio”, cita. Mesmo assim, Jura faz questão de salientar que o objetivo é formar pessoas. “A proposta é a criança participar das atividades e uma das coisas que acontece é que 70% delas acabam jogando campeonatos. Então eles vivem o clube, acompanham tudo.” A vinda da Olimpíada ao Brasil também trouxe reflexões. Para ele, é possível perceber quando o esporte

é uma conquista pessoal e quando é coletiva. Para alcançar o objetivo pessoal, mesmo assim, tem uma equipe por trás que lhe dão apoio. Mas é preciso muito empenho próprio, afinal, só depende do atleta. Então em um esporte coletivo, o jogo não depende de um só. De forma individual, não se consegue nada. “No esporte coletivo pode existir talentos individuais, pode até se sobressair, mas não vai vencer sozinho. Mesmo tendo uma capacidade melhor que a do outro, tem que ir em grupo. Assim é também o conceito de formação de sociedade.”

Exemplo às gerações A escolha por não participar de competições é profundamente ana-

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lisada. O professor afirma que ao acompanhar as competições, em muitas delas, se percebe que o resultado é o mais importante e deve ser vencer de qualquer forma. “A cobrança além da capacidade implica em colocar o resultado do jogo acima de qualquer coisa. De querer a vitória nem que para isso tenha que burlar a lei, enganar o árbitro, ser violento. A criança tem que saber que, quando a bola sai e tocou por último nela, é o adversário que fará a reposição. Então isso é educativo. Eu nem preciso ficar apitando. Ele deve se conscientizar disso. Dentro dessas práticas, é possível trabalhar a sinceridade e a honestidade na formação do caráter.”

Clube valoriza profissionalismo A escolinha também é coordenada pelo professor Leonardo Menezes. São dois profissionais da área da Educação Física. A valorização de forma profissional está mudando, mas já foi muito desvalorizada em épocas recentes, principalmente nas escolas. “Fui professor estadual por 1916

35 anos. Um dia me pediram para reunir os alunos e limpar o pátio no horário da aula. Eu intervi: na aula de Educação Física, vão aplicar os conceitos. Então vamos tirar eles da Matemática? Não se pode colocar a Educação Física de lado.” Por isso o clube acerta na contratação. Um profissional vai saber ser didático com criança e adolescentes na faculdade. “Minha filosofia de trabalho é outra. É trabalhar aquela criança que tem dificuldade. Aqui têm crianças com dificuldades de trabalho individual e coletivo. Para isso é importante o apoio dos pais. E alguns depositam nos filhos expectativas maiores do que eles suportam.”

Espaço adaptado e construído especialmente para as crianças nas piscinas permite divertimento seguro para pais e filhos, como faz Bruna Johann ao lado da filha Helena, que aproveitaram o verão passado para curtir a água fresca

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CRISTIAN SCHMIDT

Atração durante o verão, piscinas guardam história

A

s piscinas do CTC são os maiores atrativos do clube no verão. Desde o lançamento da sua pedra fundamental, que ocorreu no dia 4 de abril de 1968, seguem embelezando e alegrando o clube. “Na década de 70, nossos associados aguardavam ansiosamente a abertura das piscinas. Naquela época, poucas pessoas tinham piscinas em suas residências”, relembra o diretor de Piscinas, Carlos Schroeder. O diretor é responsável pelo departamento desde 1987. Segundo ele, a média de banhistas segue alta em cada temporada. “Recebemos cerca de quatro mil banhistas por ano”. Conforme Schroeder, a manutenção ocorre diariamente. “Mesmo no inverno realizamos o tratamento de água pois faz parte do paisagismo e evitar proliferação de vetores. As piscinas possuem um sistema de filtragem que é feita com a adição automática de cloro.” Schroeder explica que a piscina adul-

ARQUIVO CTC

ta possui capacidade para 750 mil litros de água e profundidade de 1,50 cm. “A piscina adulta é de modelo semiolímpica e é muito procurada pelos banhistas”. A piscina infantil apresenta dois escorregadores e com 25 mil litros de água. “Todo sistema de funcionamento e manutenção das piscinas obedece a legislação da vigilância sanitária municipal”. Schroeder adianta que a abertura da temporada 2016/17 ocorrerá a partir do dia 29 de outubro. “O funcionamento ocorre sempre de segunda-feira à tarde até os domingos, das 9 às 21h, sem fechar ao meio-dia. As manhãs de segundas são dedicadas para a limpeza. A temporada encerra no fim de março”.

Primeiras piscinas do clube foram inauguradas na década de 60 DAYANE MASCITTI

Diretor de Piscinas, Carlos Schroeder, atua no cargo desde 1987

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OBJETIVO FOTOGRAFIA

Casamentos, além de movimentar o clube, favorecem e despertam dezenas de prestadores de serviço. A crescente demanda permite profissionalização e qualificação dos trabalho

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Eventos movimentam a economia regional

onsiderado um centro de encontros sociais, o clube gera uma gama de negócios que acabam por influenciar a economia de diversos setores da so-

ciedade. Só a casa garante emprego a 31 funcionários. Em grandes eventos como shows, baile de debutantes, aniversários e casamentos envolvendo mais de 200 con-

vidados, movimenta-se sobremaneira a contratação de vários serviços. Equipes de som e luz, manobristas, operadores de energia elétrica, equipe de divulgação, da segurança à limpeza, se favore-

cem com a demanda gerada pelo clube. Assim como serviços de garçom, de copa e recepção, montagem de equipamentos, alimentação, ilhas de drinks, fotografia, filmagem, equipes de apoio,

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iluminação, imagem, DJ, músicos, convites e papelaria, show de fogos e lembrancinhas. Todos os serviços se encaixam e completam para garantir o sucesso no evento, seja qual for a área. Sem a manutenção da iluminação externa e interna, sinalização, assessoria ao camarim do artista, transporte e logística de equipamentos, seria improvável que o evento ocorresse de forma adequada. As atividades ocorrem durante o ano todo. Só em 2015, o Salão Social foi utilizado 27 vezes, tanto em eventos locados quanto organizados pelo próprio clube. O Salão Panorâmico (foto ao lado) recebeu 25 encontros sociais no mesmo período. A soma dos dois resulta em mais de quatro grandes eventos por mês. Em shows nacionais, o volume financeiro desse negócio pode alcançar os R$ 100 mil. De acordo com a gerente Marli Capra, só no evento destinado ao show de Nando Reis, foram movimentados cerca de R$ 102 mil, desde o cachê até a logística. Em casamentos e aniversários, é necessário fazer a decoração, organizar os bufês, montar equipamentos de som

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e luz, instalar brinquedos infláveis e montar outros atrativos que porventura requerem assistência técnica. Além dos serviços de garçom, barman, cozinha e recepção, há a contratação de artistas famosos e regionais, que irão abarcar outras necessidades. Os casamentos são os maiores, mas há eventos de pequeno e médio porte que também empregam profissionais. A decoradora Simone de Ávila atendeu casamentos realizados nos salões do clube. A empresa compra flores de São Paulo, adornos e adereços. É preciso uma equipe de cinco pessoas, que ganham por participação. Os fins de semana são a alma para esse tipo de negócio. Proprietário de uma empresa especializada em fotografias e filmes de eventos, Felipe Manfroi afirma que, dependendo da ocasião, uma equipe de até quatro pessoas é deslocada ao clube. É preciso pegar os momentos mais importantes. Depois das cerca de 15 horas de trabalho, é preciso descanso. Mas o material, já no estúdio, é destinado a outra equipe que inicia a edição. Para as impressões de livros de fotos, outras demandas surgem, como a contratação de empresas terceirizadas. “Tudo movi-

menta o setor.” Uma das produtoras que oferece assessoria para ocasiões sociais atende todas as necessidades de um evento, facilitando a vida do proponente. Isso

Só em 2015, o Salão Social foi utilizado 27 vezes[...] O Salão Panorâmico recebeu 25 encontros sociais no mesmo período. A soma dos dois resulta em mais de quatro grandes eventos por mês.” MARLI CAPRA Gerente

envolve funcionários próprios e terceirizados. Serviços de cenografia, por exemplo, são diferentes dos oferecidos pelos decoradores. Trata-se de duas áreas distintas. Na primeira, o trabalho é feito com tapadeiras, tecidos e iluminação, pertinentes ao cenário local. A segunda atende os adornos, enfeites, tecidos, temas que definem o que será do ambiente. De acordo com a empresária Jenifer Ledur, são envolvidas de 60 a cem pessoas desde o início do projeto do evento até a realização. “Nosso trabalho consiste na organização do evento e para a realização dele contamos com diversos fornecedores.” Festas menores, encontros e reuniões, também garantem intensa movimentação em salões secundários e é preciso servir aos convidados. Sem perder o charme, variadas opções de locação são dadas. Tanto em eventos grandes como pequenos, os meses de novembro e dezembro são líderes de procura. Em 2016, o clube ultrapassou os anos anteriores até agora. Novas propostas como Happy Hour cultural abriram outro leque de ramificações empregatícias.

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ANDERSON LOPES

Material esportivo garante renda Para comprar fardamentos e adereços esportivos, são necessários contratos maiores com algumas empresas. Essas, garantem parte do lucro em torno das atividades. Segundo a proprietária de uma rede de loja especializada em esporte, Ester Flach, os jogos de tênis demandam trabalhos, como é o caso do encordoamento das raquetes. Todo mês, ao menos 30 raquetes são restauradas – a maioria para atletas do CTC. As cordas são de fábricas multina-

Festa à Fantasia

A festa de maior repercussão do clube é sem dúvida a Festa à Fantasia. Considerada uma tradição no estado, é também conhecida fora dele. Reúne milhares de pessoas e centenas de profissionais. Excursões de diversas cidades são feitas, locação de vans e orientadores. Terrenos baldios viram estacionamentos. Os autônomos instalam cedo as barracas nas proximidades

cionais como é o caso da Wilson. Cada rolo de corda tem 200 metros e possibilita a restauração de 18 raquetes. As bolinhas também são muito procuradas, pois têm pouca durabilidade. Por mês, são vendidas cerca de 300. Oura empresa de material esportivo é a principal fornecedora de bolas destinadas às equipes de futebol. A demanda é grande. A loja faz estoque especial para atender os clubes durante o campeonato interno. As bolas velhas ficam para os treinos em grupo.

do clube e começam as vendas ainda à tarde. Só para as atrações, são cerca de 20 bandas e artistas conhecidos. São 15 empresas envolvidas em patrocínio e apoio cultural.

Variedade de bufê

A empresa que atende aos bufês engloba um número de freelancers ainda maior. Conforme o sócio-proprietário, Fábio Fernando Both, em um casamento que reúne de 200 a 300 convidados, são

contratados de 15 a 20 profissionais, gerando renda extra a esses trabalhadores. Há diferentes tipos básicos de bufê. A variedade de pratos vai influenciar diretamente no tamanho da equipe. No americano, os convidados se servem e comem em pé. É considerado bem informal, por isso, requer uma equipe enxuta. O franco-americano ou tradicional faz com que os convidados se sirvam e retornem às mesas, de lugares demarcados. Esse é indi-

O esporte, seja tênis ou futebol, traz muito atleta para a loja ao longo do ano. Isso ajuda muito.” ESTER FLACH Proprietária de loja esportiva

cado para salões espaçosos, com um grupo de trabalho mais volumoso.

Espetáculo de som e luz A empresa de Marcelo Sommer é uma das principais a fornecer serviços de som e luz nos eventos. Em um encontro de médio a grande porte, contrata 16 profissionais: oito carregadores e oito técnicos para lidar com os equipamentos. Os trabalhos iniciam bem cedo, para se adequar inclusive com a equipe de decoração. Os serviços se estendem até o fim da festa, quando é dada por encerrada. Isso, muitas vezes, chega até as primeiras horas da manhã do outro dia. Além da equipe envolvida, tem a reposição de materiais que necessitam de manutenção, trabalho para outros profissionais, distantes do clube, mas que são atingidos de alguma maneira com as atividades sociais. “Em um evento completo, o total de profissionais envolvidos ultrapassa e muito as cem pessoas.” Para Sommer, cada um tem uma função importante e necessária para dar andamento ao evento. “Só assim sai tudo nos conformes, sem surpresas.”

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Paulo Roberto Hermes guarda lembranças que perpassam a relação de empregado para empregador: “Não pretendo me desligar do clube. Gostaria de seguir trabalhando até ficar bem velhinho”

Hermes e o prazer de trabalhar na extensão do lar

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epois de uma noite de eventos, os prédios, antes lotados de gente, se mostram vazios. A música dá lugar ao som das latas e dos plásticos sendo recolhidos e empilhados. A confraternização dá lugar às equipes de trabalho: a do som guarda os equipamentos e a da limpeza começa o recolhimento dos resíduos. É preciso deixar o espaço adequado à próxima festa. Na manhã seguinte, chega o encarregado-geral de manutenção, Paulo Roberto Hermes, 51. O olhar atento é fundamental para observar se tudo está em ordem. Enquanto os mais aficionados chegam para caminhadas matinais, Hermes circula por toda extensão do clube. Afinal,

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borador. Em 2006 fui promovido para encarregado, mas nunca me considerei chefe. Faço questão de executar os serviços de manutenção”. O entusiasmo em manter as coisas organizadas é o mesmo faz 23 anos. “Recebi a primeira função dentro do clube com 28 anos. Fui o zelador das piscinas. Me senti muito importante e me apaixonei pelo trabalho.” A relação com a casa se consolidou ainda mais quando nasceu a filha, Jennifer Thaís. Neste ano, ela completa os 15. “Desde bebê me acompanha, testemunhou meu empenho. Sabe o quanto gosto daqui”. Afirma que se sente em casa estando no clube. E que o considera como uma segunda família. “Convivo mais tempo aqui do que em casa”.

Também pudera, mais da metade do dia produtivo de Hermes é destinada à conservação do clube. Essa rotina perdura 23 anos. “A metade da minha vida”. Mas para Hermes todas as atividades são feitas por prazer. Trabalhar, para ele, é uma terapia. “Me sinto em paz ao caminhar pela vegetação. Tem muita sombra e ar fresco. E isso é muito bom para a minha saúde.” Entre os conflitos vividos pelo funcionário, há pouco espaço para o estresse. “Quando fico chateado, ou contrariado, logo me acalmo.” O fim do expediente precede outra noite de eventos sociais. Aos poucos, novas equipes chegam para iniciar os trabalhos. E tudo deve estar em pleno funcionamento.

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reparos devem ser feitos e algumas trocas de lâmpadas, por exemplo, são necessárias. A ronda faz parte da rotina. “Se surgir qualquer tipo de necessidade, sou o responsável por agilizar o processo”. O trabalho é manter tudo em perfeito estado de uso. “Sempre me senti realizado com o meu serviço.” A história de Hermes está ligada estreitamente ao clube. Ao perceber que a aposentadoria chegará no próximo ano, não conteve as lágrimas. “Não pretendo me desligar do clube. Gostaria de seguir trabalhando até ficar bem velhinho.” A emoção é evidente. Assim como a relação do clube com o funcionário. Para Hermes, todo o esforço foi reconhecido. “Entrei em 1993, como cola-

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A atendente que virou coordenadora do Salão Social DAYANE MASCITTI

Para Sandra Costantin, o CTC foi a oportunidade para que pudesse despontar na sua carreira profissional

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á uma década e meia, Sandra Lia Costantin, 55, é responsável por todas as demandas que decorrem do Salão Social – principal espaço para atender grandes eventos. A história da funcionária no clube iniciou nos anos 2000, quando assumiu a vaga de atendente. Ao ingressar no clube, vislumbrou oportunidades maiores. Atuou na portaria, onde ficou por três anos. En-

tão saiu da instituição. Menos de três meses depois, retornou à casa. Ela não conseguiu ficar longe e quando voltou foi ser analista administrativa. Sandra assumiu ainda a coordenação do departamento do Salão Social. A escalada profissional dentro da entidade, enfim, chegou ao topo. Com o cargo, vieram as grandes responsabilidades. Afinal, se tratava de um departamento relevante no quadro econômico. Impulsionou o clube

tão logo fora inaugurado. Abrigar 1,5 mil pessoas em um espaço grande e harmônico, de grande potencial visual, com possibilidades de conforto e luxo, era um sonho. Jantares e eventos tinham enfim um lugar. Iniciaram-se os agendamentos de uso e as reuniões. Desde a inauguração, empresas realizam os encontros mais importantes, eventos corporativos, convenções, bailes de Rotary. E tudo passou a confluir no depar-

tamento pelo qual Sandra é responsável. “Desde o contrato de locação até a realização do evento, chegamos a trocar 40 ou 50 e-mails. Em casamentos, é preciso muitas reuniões com os noivos. O Salão Social demanda ainda a contratação de serviços terceirizados. São muitas horas de dedicação no serviço.” O clube haveria de fazer parte da vida profissional por mais tempo. Desde o início, quando visualizou a oportunidade de se consolidar, Sandra atuou de forma dedicada. “Sou responsável pelos contratos de reservas dos salões Social e Panorâmico. Também procedo a administração de eventos e organizações de festas em geral”. Mas alcançar o auge da carreira não significou para Sandra o total desprendimento dela. Pelo contrário. Os colegas passam por uma bateria de treinamentos a fim de que deem conta quando chegar a aposentadoria. “Daqui a pouco chega minha vez. Vou parar, mas quero parar com o sentimento de dever cumprido, por completo.” Dos anos passados em atuação no Salão Social restaram vivências. Sandra avalia como uma década de grandes aprendizados. Também pudera. É uma relação profunda, afetiva, com o lugar. “Tenho orgulho de fazer parte desta história. Nestes quase 11 anos vivenciei o crescimento de muitas empresas e equipes de trabalho terceirizados.” 1916

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Um emprego que perdura por toda vida

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ssim como o colega Hermes, a coordenadora feminina de limpeza, Marce Vogt, 44, tem um dia de trabalho cheio. Durante a semana, inicia às 8h e no sábado, às 7h30min. A primeira função é colocar a lavanderia em dia. “Tenho que ligar as máquinas para lavar todas as peças usadas.” Enquanto as roupas lavam, vai em direção aos demais afazeres. Setores do clube devem ser inspecionados. Manter os espaços limpos é a missão diária. Desde 2013, ela exerce a função de coordenadora. “Mas não consigo somente supervisionar o serviço das colegas. Sinto a necessidade de fazer também.” Ao fim de cada dia, uma nova sensação de dever cumprido. Com uma passada firme do ferro quente nas toalhas de mesa dos salões, Marce relembra de quando começou. E a emoção é iminente. Em maio, completou 13 anos de CTC. Emociona-se ao lembrar do primeiro dia. “Estava ansiosa, mas logo me adaptei às tarefas.” A vontade de ingressar no mercado de trabalho foi que lhe rendeu o primeiro emprego. “Não imaginava que permaneceria por tanto tempo.” Ela pretende trabalhar até a aposentadoria chegar. “O CTC faz parte da minha vida”. A cada ano, novas demandas surgem no setor. “Nos últimos dez anos, as estruturas do clube foram ampliadas. Surgiram novos salões de festas e o meu serviço aumentou.” A atenção é redobrada às demais necessidades

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Coordenadora de limpeza feminina, Marce Vogt, funcionária há 13 anos

Tenho uma família me esperando. Mas amo o que faço e posso dizer que estou realizada com o meu trabalho.” MARCE VOGT Funcionária

que surgem com o decorrer do tempo. A vantagem em entrar em todos os setores acrescenta responsabilidade. Para tanto, a parceria com o colega Hermes é fundamental. Existe a necessidade de comunicação entre eles. “Se percebo que algo precisa de manutenção chamo o Paulo. E ele faz o mesmo, quando diz respeito ao meu setor.” O trabalho em equipe gera a engrenagem que o clube precisa. É a isso que atribui o sucesso dos servi-

ços. “Foi o segredo para eu estar até hoje trabalhando no clube”. Ao fim do expediente, em casa, inicia uma nova missão. As funções domésticas de casa precisam ser feitas. Ao fim de todos os trabalhos, o cansaço chega, mas no outro dia o entusiasmo em vir ao clube supera as expectativas. “Tenho uma família me esperando. Mas amo o que faço e posso dizer que estou realizada com o meu trabalho”.

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CTC e sócios: histórias que se confundem

o longo dos cem anos de história do CTC, muitas histórias aconteceram nos seus ambientes. Os mesmos sócios que ajudaram a construir a biografia do clube ao longo deste século também têm suas memórias intimamente ligadas aos espaços do CTC. É o caso do advogado e professor universitário Dalor Roberto Heberle, 58. Ele começou a frequentar o local ainda criança, por volta dos 10 anos, levado pelo pai. Muitos dos momentos entre a infância e adolescência de Heberle foram dentro do CTC. “Comecei a frequentar quando o pai era sócio, quando criança aproveitava bastante para brincar e usar a piscina. Depois, na adolescência frequentava alguns eventos sociais, como as boates

que tinham tanto aqui quanto nas outras sedes.” Entre festas e atividades, muitas amizades, alguns namoricos e a paixão pelo esporte fizeram com que Heberle transformasse as idas ao clube em rotina semanal. Por cerca de duas décadas, ele se dedicou aos gramados, sempre como goleiro. Ao falar das habilidades futebolísticas, é modesto. “Eu era um goleiro mediano, não era o melhor do meu time, que na época tinha outro goleiro muito bom. Eu não chegava a comprometer.” Mesmo sem considerar-se um grande jogador, Heberle garante que não escolheu a posição por falta de habilidade com os pés. “Eu sempre gostei da posição, mesmo sem ter um grande goleiro no Grêmio na época”, lembra.

Eu lembro do meu pai jogando bolão e bocha. Eu vinha com ele e já conhecia todos. Quando meu pai morreu, me tornei o substituto para os antigos amigos dele.” DALOR ROBERTO HEBERLE Associado EDUARDO AMARAL

Ele jogou até quando a saúde permitiu. “Na década de 90 comecei a ter problemas no joelho e foi então que iniciei a aproximação com o pessoal da bocha”, lembra. Hoje é o bochista mais jovem entre os que frequentam religiosamente as canchas aos sábados. “Temos um pessoal ai de 88, 92, 70 anos.” A transição para outro esporte foi algo tão natural quanto a recepção dos novos companheiros. “Eu lembro do meu pai jogando bolão e bocha. Eu vinha com ele e já conhecia todos os que jogam hoje. Quando meu pai morreu, me tornei o substituto para os antigos amigos dele.” Apesar da diferença de idade em relação aos novos companheiros, Heberle se mostra à vontade na turma. “Nós fazemos almoços juntos, cada mês um é responsável por cozinhar e tu podes ver que esse mês sou eu”, conta apontando orgulhoso para o quadro ao lado da cancha no qual está escrito o seu nome como responsável pelo próximo encontro da turma de amigos. Frequentar o clube tornou-se uma terapia fundamental na vida do advogado. “O clube, não só para mim, mas também para esse pessoal mais velho da bocha ou os jovens que ainda jogam futebol, é uma opção de lazer bastante útil. Muitos encontram aqui um motivo para viver.”

Tradição de família

Do futebol para bocha: Daloro herdou a vaga na turma de bocha do pai. Goleiro por duas décadas, trocou de esporte para ficar no clube

Pai de dois filhos, uma mulher hoje com 30 anos e um homem de 26, Heberle buscou repetir o gesto feito pelo seu pai, trazendo os filhos para o clube. “Eles vinham muito quando pequenos, brincavam o dia inteiro.” As contigências e mudanças da vida tornaram as visitas dos filhos mais raras, porém, a paixão pelo futebol mantém o caçula atrelado ao CTC. “Ele mora em Porto Alegre, mas é sócio e vem sempre que possível para jogar futebol.” Dessa forma, ele mantém a tradição iniciada pelo avô, e a família Heberle chega à terceira geração de associados ao CTC.

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Convivência favorece amizades EDUARDO AMARAL

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lém de frequentadores tradicionais, novos integrantes começam a traçar uma trajetória no clube. É o caso da secretária Aline Bald. Mesmo nascida e criada em Lajeado, o interesse dela pelo clube é recente. Tudo iniciou 13 anos atrás, quando começou a acompanhar o namorado que jogava o campeonato de minifutebol. O relacionamento dos dois foi amadurecendo até virar casamento, e os encontros no clube transformaram-se aos poucos em um dos principais programas do casal. Mesmo assim, Aline lembra do tempo em que as idas ao CTC eram apenas para ser torcedora. “Eu vinha antes por causa do meu namorado para acompanhar os jogos mesmo, mas com o tempo fui gostando de vir cada vez mais.” As atrações do clube e as pessoas que conheceu despertaram outras sensações e opções de lazer. “Meu marido nem joga mais e mesmo assim viemos com frequência. Chega o fim de semana a gente vem, participa, conversa com amigos.” Os laços de Aline com os outros frequentadores foram ficando cada vez mais fortes, aumentando o ciclo de amizades. “Todas as minhas amigas atuais conheci aqui.” Para que isso fosse possível, Aline ressalta a oportunidade de troca de experiências despertada pelas pessoas. “Aqui é um lugar tranquilo e possibilita conversarmos com as pessoas, nos sentirmos seguros.” As visitas ao clube levaram Aline a se tornar sócia. “Faz uns seis anos que decidi também ser sócia e não mais só acompanhar meu marido”, lembra.

Espaço para o filho Há três anos, a família ganhou um

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novo integrante, o pequeno Bernardo, filho do casal. Com espaços amplos para a diversão do filho, aliados à tranquilidade de Aline, tornou o clube o principal passeio da família. “Eu trago ele aqui e ele se diverte, e a gente não se preocupa que vá acontecer alguma coisa, porque aqui é um lugar sem perigo.” No playground do CTC, Bernardo sobe e desce o escorregador, junta pedras e faz amigos, repetindo em parte a experiência vivida pela mãe quando ela conheceu o clube. Aline se mostra satisfeita em trazer o filho até o clube. “Ele vem aqui desde bebezinho e adora. Vai acabar se criando aqui.”

Aqui é um lugar tranquilo e possibilita conversarmos com as pessoas, nos sentirmos seguros.” ALINE BALD Associada

Bernardo parece concordar com a mãe, e se mostra muito à vontade nos espaços do CTC, além de rapidamente fazer amizade com as outras crianças. Para Aline, o fato de ter liberdade explica a interação do menino com o clube. “Aqui ele pode brincar, lanchar, fazer de tudo e ficar bem à vontade, já que a gente não fica tão preocupada.” Além do espaço para o filho, destaca as atrações disponíveis para ela e o marido. “Mesmo não jogando, meu marido vem assistir aos jogos, eu tenho um espaço para conversar e conviver com as pessoas. Vir no CTC é o nosso principal programa de família.”

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As variadas opções de lazer e o espaço amplo para as crianças fazem de Aline e o filho Bernardo assíduos visitantes do clube

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Perfil

Diana Blum Kunzel tem formação em Biologia e especialização em Planejamento Ambiental pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e também MBA em Gestão Ambiental pela Fundação Getúlio Vargas.

O CTC conseguiu chegar aos cem anos com um rico patrimônio ambiental. É nosso dever darmos continuidade è preservarmos essa riqueza”.

Vegetação ocupa três hectares e vira símbolo de preservação

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fácil perceber a diferença entre caminhar em um ambiente marcado pelos inúmeros sons da cidade para outro local onde os assobios dos pássaros são os responsáveis por agradáveis momentos. Ou quem sabe substituir a sombra das marquises dos edifícios pelas frondosas sombras das árvores. Com a correria do dia a dia torna-se cada vez mais difícil escapar dessa agitação que em certos momentos nos afasta da natureza, ou seja, conseguir “parar, respirar e nos acalmar”. Essa foi a reflexão da Diretora de Sustentabilidade, Diana Blum Kunzel, ao se referir aos ambientes agradáveis que o clube mantém por possuir grandes áreas de vegetação nativa preservada. Segundo Diana, o clube tem uma área total de seis hectares. “Desse espaço, quase a metade é destinada à vegetação”. Ela é formada por espécies nativas, havendo poucas exóticas implantadas para ornamentação junto a canteiros e estacionamentos.

“Temos cerca de 700 árvores em nossa sede social”. Diana explica que a entidade prioriza a conservação ambiental. “Não realizamos nenhuma ação que interfira na manutenção de nossas árvores sem que ocorra uma avaliação técnica antes. Só ocorrem

O comprometimento de toda equipe e o trabalho integrado da diretoria são fundamentais para a evolução na área ambiental.

retiradas de árvores se houver extrema necessidade, seja em caso de risco ou necessidade de ampliação de algum espaço, desde que a existência delas não seja compatível com os equipamentos em instalação e que estes sejam fundamentais ao clube e ao associado.” Segundo Diana, a Diretoria de Sustentabilidade atua segundo os preceitos dos Sistemas de Gestão Ambiental. “Esse SGA permite ações de planejamento, desenvolvimento e avaliação dos objetivos, metas e procedimentos ambientais de forma constante”. Para a efetivação destas atividades foi formado o Comitê do Sistema de Gestão Ambiental. Além da Diretora de Sustentabilidade, é formado pelo Vice-Presidente de Patrimônio, Paulo Roberto Pereira Gravina; responsável pelo Setor de Planejamento do CTC, Evandro Schneider; Gerente Administrativa, Marli Capra, e também pelo Colaborador Anderson Cesar Neves. Diana enaltece a importância deste comitê para o clube. “A missão é acompanhar o andamento das ações

CRISTIAN SCHMIDT

Comitê e funcionários participam de treinamentos específicos na área ambiental

CRISTIAN SCHMIDT

Segundo Diana, o plantio de àrvores nativas é uma atividade costante

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ambientais planejadas, avaliá-las e promover a melhoria contínua sempre. Além das atividades inerentes de conservação ambiental, são realizadas atividades de constante monitoramento de licenças ambientais, bem como realização de treinamentos técnicos aos Colaboradores, de acordo com as funções nas tarefas ambientais executadas. Em junho, Colaboradores realizaram qualificação com o arborista e membro da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, Biólogo João Augusto Bagatini. “Neste segundo semestre ocorrerá um novo treinamento, enfatizando podas técnicas de precisão. Outro importante tema ambiental são os resíduos sólidos. “Trabalhamos sob as diretrizes da Política Nacional de Resíduos Sólidos – Lei 12.305/2010”. De acordo com Diana, uma das prioridades da comissão é seguir promovendo campanhas de conscientização do descarte adequado do lixo, por exemplo. “Estamos promovendo ações com os associados e visitantes de como separar o lixo orgânico do reciclável. Implantamos lixeiras espcíficas”. Treinamentos sobre resíduos sólidos aos Colaboradores, bem como atualização do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos são atividades em andamento neste segundo semestre. Diana adianta que está desenvolvendo um projeto para a criação de uma nova Central de Transbordo de Resíduos do CTC. “Estamos na fase de realização do projeto, mas posso adiantar que vamos ampliar o nosso espaço, pois percebemos a nossa responsabilidade como gerador de resíduos em nossos eventos e festas. A demanda é grande e sabemos de como é fundamental o trabalho de segregação e gerenciamento dos diversos tipos de resíduos sólidos gerados nas diferentes atividades do clube”.

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A extensa área verde atrai os associados para caminhadas de exercício físico ou para passeios

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Do pátio de casa para presidente do centenário N

o ano em que o CTC comemora cem anos de atuação, André Bücker, 40, preside a instituição. Do pátio de casa, ele acompanha o crescimento e evolução do CTC. O menino, que só precisava atravessar a cerca para brincar nos campos de futebol e demais espaços, não imaginava que na comemoração do centenário a presidência estaria com ele. “Eu me criei nos fundos do clube. Naquela época existia apenas uma cerca de arame que separava a minha residência do pátio do CTC. Eu atravessava aquela cerca e saía correndo para jogar futebol”. Colecionou amigos na escolinha de futebol e nas quadras de tênis. “São momentos e pessoas que a gente não esquece”. A turma de futebol criada em 1987 está junto até hoje, atuando pelo Coroas Mirim, um dos times mais tradicionais do clube. “A minha infância aconteceu dentro do clube, e toda minha vida está relacionada a ele. E hoje sou o presidente. Esse acontecimento me deixa muito feliz e honrado, mas também com uma imensa responsabilidade”. Aos 18 anos, Bücker passou a estudar em Porto Alegre e se formou em Direito na PUCRS. “Mesmo estudando em Porto Alegre, eu sempre passava os fins de semana em Lajeado. Era quase impossível não vir jogar. O imã com o clube era muito forte”. Bücker iniciou a participação na diretoria em 2006 no Conselho Deliberativo. Nos anos seguintes, integrou a diretoria do presidente Paulo Delavald. De 2009 a 2013, participou da diretoria encabeçada por César Antoniazzi. A experiência foi determinante

para ocupar o posto atual. O seu desafio, ao lado dos membros da diretoria e colaboradores do clube, é diário. “O CTC exerce um importante papel na sociedade. E isso torna nosso compromisso ainda maior. Nossa missão é trazer as famílias para cá e fazer com que elas sintam esse local como a extensão de suas casas”. A direção da entidade se reúne todas as segundas-feiras, durante reuniões-almoço para discutir questões

Sem dúvida nenhuma, o principal valor do CTC é nosso sócio. O clube sozinho não tem tem vida, necessita da presença do associado.”

operacionais. “Esses encontros são de extrema importância porque discutimos assuntos emergenciais como a solicitação de uma reforma ou até de uma simples manutenção”. Bücker relata ainda que os diretores têm voz atuante e complementam sugestões que são discutidas em pauta. “A direção trabalha unida. Então qualquer decisão é firmada em conjunto”.

“Nossa missão é integrar os associados” Qual é a sua motivação em liderar o clube justamente no ano do seu centenário? André Bücker – É uma responsabilidade e uma honra enorme, porque este clube já teve grandes dirigentes, que fizeram ele chegar no estágio que hoje se encontra. Ainda mais sendo este o ano do centenário, que demanda uma especial atenção. Estamos atuando em parceria com os nossos associados. A nossa missão, falo em nome de toda a diretoria, é de integrar cada vez mais nossos associados e garantir a satisfação dos mesmos, seja em atividades sociais, de lazer e de esporte. Buscamos, através disso, ser local de referência na vida de nossos associados, e também, por que não dizer, de nossos colaboradores e da comunidade em geral. Qual é o principal valor do CTC? Bücker – Sem dúvida, o principal valor do CTC é nosso sócio. O clube sozinho não tem vida, necessita da

presença do associado. E estando o clube cheio, com crianças, adultos, idosos, temos a certeza de que estamos no caminho certo. No seu ponto de vista, o que o CTC representa para Lajeado? Bücker – Representa uma pequena fuga da realidade tão conturbada que vivemos. Um local seguro, com imensa área verde, com espaço para brincar, jogar, festejar, local de intensa integração entre famílias e amigos, localizado em área central, de fácil acesso. Ajuda a divulgar nossa cidade, recebendo elogios de diversas pessoas que por aqui passam. O clube busca ser esse local referencial, e não somente para os lajeadenses, mas também para pessoas de outras cidades do Vale, que cada vez mais

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tência? Bücker – O principal legado neste primeiro século acredito que seja de sermos um local onde há vida social, cultural e esportiva, um refúgio de verdade no centro da cidade, onde a vida dos associados e da comunidade é mais feliz, uma pequena ilha de felicidade dentro da nossa correria do dia a dia. Quais são os projetos de remodelação do CTC? Bücker – Estamos estudando orçamentos para implantarmos uma remodelação nas piscinas do clube, que já têm cerca de 50 anos. A ideia é fazer um novo projeto, mais moderno, com melhor aproveitamento dos espaços, além das melhorias na parte estrutural e funcional das piscinas, como as máquinas, bombas, filtros, e tudo o que mais se insere nesse contexto. Além disso, estamos estudando a viabilidade de aquecimento de parte das piscinas, mas dado o alto custo de implantação e manutenção, é algo que precisa ser muito bem estudado. Quais foram as recentes inovações desenvolvidas? Bücker – Recentemente reestruturamos os salões Floresta e Rústico. Realizamos reformas nas cozinhas e copas. Os locais ficaram modernos e com mais conforto. Os associados sempre têm à disposição uma bela infraestrutura, com salões limpos, organizados, bonitos e com acesso às bebidas refrigeradas, além de televisores e ar-condicionado.

Advogado de profissão, André Bücker tem uma relação muito próxima com o CTC. Desde guri, sua família mora ao lado do clube. Cresceu, estudou e se consolidou no mercado de trabalho mantendo contato direto com a instituição. Quis o destino que fosse dele a missão de conduzir o CTC no ano de seu centenário.

tem reconhecido as qualidades de nossa instituição, ao se tornarem associados mesmo não residindo aqui. O que está sendo determinante para o sucesso e crescimento? Bücker – Esta é uma questão que não tem como ser analisada sem que seja feita uma reflexão histórica, desde sua fundação, da escolha da sede, do árduo trabalho daqueles que deram inicio às atividades, das diretorias que se sucederam buscando sempre o melhor para nossa entidade, do traba-

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Para você, qual será o principal legado que o CTC deixará à sociedade neste primeiro século de exis-

Estamos estudando orçamentos para implantarmos uma remodelação nas piscinas do clube, que já têm cerca de 50 anos.”

Como funciona o canal de comunicação da presidência direto com o associado? Bücker – A presidência e todos os diretores possuem um canal aberto com os associados. Estamos sempre prestando atenção nas solicitações deles. Muitos deles, quando nos enxergam pelo clube, nos chamam e sugerem melhorias. Eles também optam pela secretaria e canais interativos como o site e Facebook do CTC para sugerir ideias.

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lho incansável daqueles que fazem o clube efetivamente funcionar, sempre limpo, organizado e bem estruturado, que são nossos funcionários, dos associados que mantêm a saúde financeira do clube. Enfim, uma série de fatores que se complementam e fazem com que este clube tenha cada vez mais uma melhor visão daqueles que dele participam.

Qual foi o investimento no primeiro semestre de 2016 no CTC? Bücker – Foram investidos aproximadamente R$ 250 mil nas reformas dos salões Floresta e Rústico. Ambos espaços receberam remodelação no primeiro trimestre deste ano.

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“É impossível lembrar da minha infância sem associar ao clube”

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feiçoado pelo CTC desde criança, Ney Arruda Filho, 52, recorda lembranças que marcaram a sua história de vida. “É impossível lembrar da minha infância sem associar ao clube. Eu era bebê quando acompanhava os meus pais nos tradicionais churrascos e passeios pelos caminhos naturais”. Hoje exercendo o segundo mandato como vice-presidente administrativo, lembra o grande evento que ele presenciou no CTC. “Eu tinha apenas 5 anos, mas guardo a lembrança como se fosse hoje da inauguração das piscinas. O local estava bastante movimentado. Foi uma festa para a comunidade lajeadense na década de 60”. Com o passar dos anos, a diversão de Arruda se tornou o próprio lugar. “Mais adiante, ainda criança, lembro de épo-

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cas de férias de verão, quando se ia ao clube de manhã e lá se passava o dia, entre as piscinas, as quadras de esporte e outras brincadeiras. A gente voltava pra casa só à noitinha”. Para Arruda, o espaço também marcou a adolescência.

Sem a dedicação e o empenho das equipes que trabalham no

clube, não teríamos um local tão aprazível.”

“Foi no clube que aconteceram as primeiras paqueras de juventude e o estreitamento das amizades”. O vice-presidente administrativo e também advogado destaca a importância do CTC para os associados. “Hoje o clube disponibiliza ao sócio e à comunidade em geral uma série de opções de lazer. Estamos sempre investindo em atividades esportivas e em eventos sociais e culturais”. De acordo com Arruda, o grande responsável pelo crescimento e pela evolução do

CTC é o seu associado, que participa e frequenta o clube. “O olhar do associado, seu senso crítico, as reclamações, os pleitos de melhoria, impulsionaram as diretorias dos últimos anos a implementar mudanças que tornaram o clube o que é hoje”. Segundo ele, entre essas mudanças, estão alinhadas a

Exemplo de patrimônio para a cidade de Lajeado

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ara o secretário do CTC, Giovani Lucian, exercer esta função na diretoria do clube marca a sua trajetória de interação com o CTC. “Me tornei sócio em 1983. Desde aquele ano passei a dedicar meus momentos de folga ao clube. No começo eu usufruía das quadras e campos de futebol. Também das churrasqueiras para confraternizar com familiares e amigos”. Com o passar dos anos, Lucian passou a se interessar pelo funcionamento administrativo do clube. “O meu primeiro con-

tato administrativo no CTC foi através do Conselho Deliberativo. Eu fiz questão de participar porque tive interesse de conhecer de que forma o clube era administrado e também pelo estímulo dos amigos.” Lucian descreve a importância do conselho para os associados. “Fiz parte por vários anos do Conselho que é formado por 21 associados escolhidos por eleição direta. Esse órgão é responsável pela eleição do próprio presidente do clube. Além de fiscalizar qualquer tipo de andamento que

ocorre no CTC”. Para Lucian, o CTC é exemplo de patrimônio em Lajeado: “O clube é a grande referência do município. Sendo pelo sua infraestrutura ou nas atividades de lazer e esporte que o clube oferece”. Lucian descreve a importância do clube. “O CTC é a minha segunda casa. Mesmo quando não estou envolvido em reunião, faço questão de visitar. Sou advogado mas também dedico parte do meu tempo para exercer a função de secretário no clube”.

reestruturação administrativa, com a profissionalização da gerência, o treinamento e a valorização dos colaboradores, que também são a alma do CTC. “Sem a dedicação e o empenho das equipes que trabalham no clube, não teríamos um local tão aprazível.” Segundo Arruda, administrar o clube é sinônimo de orgulho e responsabilidade. “Me sinto honrado em contribuir com a administração do clube. Por isso, é fundamental realizar um planejamento arrojado e completo para atender as necessidades e desejos dos associados”. Arruda também fala sobre as finanças. “Todo gasto feito no clube é calculado para que o caixa esteja preparado e equilibrado”. Arruda destaca a importância do contato direto com os associados. “Assumir a vice-presidência é uma enorme responsabilidade. Por isso procuro estar sempre em contato com os associados para conseguir suprir as expectativas deles”.

DAYANE MASCITTI

Giovani Lucian, secretário 1916

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Tesoureiros compartilham responsabilidade DAYANE MASCITTI

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elipe André da Silva e Fernando Röhsig são responsáveis por manter o equilíbrio das contas do CTC. O primeiro e segundo tesoureiros, respectivamente, falam da importância de ordenar as despesas e receitas para evitar descompasso na projeção de investimento e compromissos assumidos. Felipe é sócio do clube faz 38 anos. Com 18 anos, começou a frequentar os espaços para se reunir com amigos e familiares. Sua participação no setor administrativo vem de longa data. A confiança e o bom desempenho na função lhe confiam a tarefa de tesoureiro faz nove anos. “Mas antes de ser responsável pelas finanças, tive participação assídua no Conselho Fiscal”. A dedicação ao trabalho no clube é recompensada pelas horas de lazer, pela conquista de novos amigos e pela relação próxima que a instituição proporciona entre os associados. “Imagina. Há 21 anos, temos um grupo de amigos que se reúne toda a quinta-feira à noite. O aprendizado, as risadas e o convívio entre nós é algo singular”, compartilha. A ligação com a instituição construída nestes 38 anos faz André fazer do CTC sua segunda casa. Comerciário de profissão, não se imagina ausente do conví-

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ANDERSON LOPES

Fernando Röhsig ocupa função de segundo tesoureiro. “Estou vivendo um novo desafio. Sinto orgulho por estar representando o clube”

vio e do trabalho no clube. Assim como o colega Felipe, o 2º tesoureiro Fernando Röhsig tem uma ligação muito além das operações financeiras. Lem-

bra da época em que a família se mudou para Lajeado, quando era menino de 11 anos. Vieram de Roca Sales para um apartamento que ficava a duas qua-

dras do CTC. Seu avô materno Guilebaldo Ahlert frequentava o clube de Tiro, que posteriormente originou o CTC. Mas, foi a partir

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Felipe André da Silva, tesoureiro: “Imagina. Há 21 anos, temos um grupo de amigos que se reúne toda a quinta-feira à noite”

de um presente do estrelense Roberto Mallmann a seu pai, que lhe abriram as portas para o CTC. “O Roberto deu de presente um título do clube ao meu pai. Minha família começou a usar as piscinas e eu jogava futebol. Comecei jogando com o Jura”. Da escolinha foi para o campeonato de minifutebol, em 1986. Desde aquela época, os sábados à tarde têm lugar e hora marcada. Foi no clube que despertou o interesse por esportes. “Me atentei para a alimentação mais regrada, pois os campeonatos exigem um certo preparo.” No início, ele voltava todo fim de semana de Porto Alegre, onde trabalhava, para jogar futebol. Prática, aliás, repetida por muitos atletas até hoje. Röhsig concilia a profissão de administrador de empresas com a tesouraria. “Essa é a minha primeira gestão como tesoureiro do CTC. Estou vivendo um novo desafio. Sinto orgulho por estar representando o clube”. Para ele, o CTC exerce um importante papel na sociedade lajeadense. “Trata-se de um espaço para criar lembranças boas, seja em reuniões com os amigos, festas nos salões, casamentos, chás de bebê e assim por adiante. É um local ideal para registrarmos etapas importantes de nossas vidas”.

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O porta-voz do associado DAYANE MASCITTI

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anto para ouvir quanto para transmitir as demandas, os conselheiros são os analistas de projetos a serem executados pela diretoria. São eles que avaliam as necessidades de investimento em determinadas áreas. Isso baseado nas demandas decorrentes dos sócios. O Conselho Deliberativo (CD) monitora a administração. Incide sobre ela qualquer decisão tomada. Tudo deve ser consultado antes. De acordo com o presidente, Henrique Ruschel, o processo para eleger os gestores é feito por meio de votação em que participam todo os 21 integrantes. O conselho é o extensor das reclamações e sugestões do clube. “Quando ocorre uma solicitação de reforma, por exemplo, cabe a nós avaliarmos as necessidades. Essa equipe possui um comprometimento com os associados.” De acordo com o presidente, qualquer investimento em novos projetos deve passar por análise. “Exercemos o papel

Henrique Ruschel, presidente do conselho

de representar. Somos o porta-voz dos associados”. Ruschel atua pela segunda gestão consecutiva. A média de quatro encontros por ano, unindo presidência e direção, dá ritmo às demandas. “As reuniões levantam discussões sobre o que foi sugerido pelos associados”. Esses encontros servem para prestação de contas referente ao trimestre.

Um relatório de transparência é realizado. Nas reuniões, são solicitadas as reformas emergenciais e obras futuras. Para Ruschel, a cada reunião com a presidência e diretoria do clube, há um novo desafio. “Todas as decisões tomadas são de extrema importância. Temos que ter um equilíbrio financeiro e também atender as necessidades dos frequentadores do clube”. A vivência de Ruschel no CTC começou em 2001, quando passou a se integrar com um grupo de amigos para jogar futebol. “O CTC é um refúgio, principalmente para gente que tem uma vida corrida. No clube, encontrei um local para descansar e ao mesmo tempo praticar esporte e lazer”. Após conhecer mais sobre o funcionamento, se tornou membro do Conselho Deliberativo. Casado com Chaiani Bosse, faz questão de aproveitar os fins de semana para passear no clube com a filha Maísa Bosse Ruschel de 1 ano.

Conselho Deliberativo 2016 /17 Vice-presidente: Felipe Augusto Guimarães Ely 1º secretário: Henrique Marchini 2º secretário: César Adriano Antoniazzi

Conselheiros titulares Juan Herrera Antônio Paulo Simões Dias Carlos Chieza Ismael Scartezini Elvidio Pires Siqueira Pedro Alves Corrêa Fábio Fell Marcelo H. Klein Guilherme Kuhn Hélio Trombini Henrique Marchini João Vicente Pinto Sturmer Luis Felipe Worm Marcus Vinicius da Silva Fabiano Johann Carlos Alberto Storck Gerson Luiz Sartori Bertoglio Rodrigo Sivinski Tadeu Pretto

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Diretoria do CTC na gestão 2016/17

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Casal Diretor Social Daniel Dullius e Ana Paula Quinot

Vice-presidente administrativo Ney Arruda Filho

Diretor de Eventos Marcelo Sommer

Vice-presidente de Patrimônio Paulo Roberto Pereira Gravina

Diretor de Minifutebol Rômulo Xavier Vier

Vice-presidente de Esportes Luís Fernando Cardoso de Siqueira

Diretor de Tênis Pedro Bald

1º tesoureiro Felipe André da Silva

Diretora de Sustentabilidade Diana Blüm Kunzel

2º tesoureiro Fernando Röhsig

Diretor de Piscinas Carlos Schroeder

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

1.674 1.849 2.019 2.087 2.191 2.250 2.231 2.235 2.410 2.466 2.385 2.530 2.589 2.586 2.590 2.630

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Presidente André Bücker

Sócios ativos

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Ex-presidentes do clube social O arquivo histórico do clube tem registro dos presidentes a partir de 1946, quando da unificação dos dois clubes existentes. Ao longo destes 70 anos, 32 pessoas presidiram a instituição. A primeira foi Mário Lampert Mário Lampert

Mauricio Bergesch

Homero Antônio Manini

Mario Jaeger

Waldir Oscar Nothen

Mario Arno Zart

Rogério Braga Lopes

Paulo Alberto Delavald

Carlos Valli

Walter Lau

Luiz Carlos Comel

Aldo Pricladinitzki

César Adriano Antoniazzi

Egon Trentini

Walter Friedrich Hann

Paulo Juarez Enger

Silvestre Emilio Stein

Renan Lopes Hugo Oscar Spohr Theobaldo Dick Francisco Merino Edgar F. Karsten

Nelson Theodoro Martin

Olmar Guivaldo Bangemann

Gunther Meyer

Elvidio Elvino Eckert

Nestor Fetter Darci Schmidt

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Confraternização, risada e troca de experiências. Da E para D: Paulinho Gravina, Homero Manini, Flavinho Sfair, Eliseu Dalé, Paulo Pretto, João Janson, Carlos Storck, Giovani Lucian, Wilson Diel, Jura Pretto, André Isse, Nestor Braun, Gordo Mayer e Marcão Jaeger

A lógica e o lazer das tradicionais confrarias

O

lazer é tema de debates de antropólogos e cientistas sociais. Eles avaliam esse intervalo em meio à rotina de trabalho como uma necessidade humana. O entretenimento é basilar no CTC, onde sete grupos de amigos se reúnem a cada 15 dias para ver jogos de futebol da dupla Gre-Nal ou mesmo para fazer um churrasco e tomar cerveja. Muitas vezes, as três opções ao mesmo tempo. Os cinco salões ficam repletos em

determinadas datas do ano. Para os frequentadores, recorrer ao lazer é buscar por ocupações ociosas, mas de forma que liberte a capacidade criadora. Isso explica as ideias que surgem em meio ao bate-papo. Elas não vieram de obrigações profissionais, familiares ou sociais. Neste espaço urbano de lazer, as confrarias se mostram cada vez mais preferidas por oferecer um lugar aconchegante que, de maneira informal, proporciona o descanso. Trata-se de esquecer um pouco do

trabalho. A palavra lazer vem do latim licere que significa “ser permitido”. Segundo teóricos, demonstra de maneira clara e objetiva que a sociedade está alicerçada em uma visão restrita de liberdade. De maneira geral, mostra que é necessário um momento de passatempo, de distração. Segundo o professor de Educação Física, Jurandy Pretto, nos encontros que ocorrem a cada 15 dias, os torcedores

O entretenimento é basilar no CTC, onde sete grupos de amigos do clube se reúnem a cada 15 dias para conversar e se divertir.

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Turma de tênis, que se reune às quartas-feiras: em pé (E para D) Guilherme, Paulo, Odilo, Ruschel, João Claudio e Siqueira. Agachados: Peco, Marubim, Puli, Tito e Cesar. Ainda participam da confraria o Gaiteirinho, Marcelo Scherer, Lito Arruda, Fray e Marcelo Munhoz

de Grêmio e do Internacional duelam em piadas, flautas e deboches. Tudo de maneira tranquila, saudável, prazerosa. Afinal, são amigos de longa data. “Sinto-me realizado. Iniciei aos 20 anos no CTC. Fiz muitos amigos.” Jura afirma que, entre as relações construídas, algumas foram dentro do campo. Tem amigos que foram alunos, aos 12 ou 14 anos. “Hoje eles confraternizam comigo. São amigos de confraria. E mais: os filhos desses amigos agora são meus alunos também. Tenho vários alunos que são filhos de ex-alunos.” Para Jura, o maior prazer que um professor pode sentir é o reconhecimento

pelo trabalho. Os momentos de lazer, segundo ele, proporcionam encontros inesperados. “Outro dia encontrei um rapaz no shopping em Porto Alegre. Me reconheceu e agradeceu pelo trabalho que fiz e isso é muito gratificante.” O assunto pode ser também sobre coisas importantes, embora de maneira mais leve, como algumas conversas acerca de fatos que dizem respeito ao próprio clube. “Uma época tinha um questionamento sobre a construção da pista de skate. Poucos praticavam. Mas andavam em local inadequado, no túnel do Salão Social. Depois que construíram uma pista, se resolveu o pro-

Tudo vira brincadeira e a gente recarrega as baterias RENATO ARENHART Integrante de confraria

blema e aumentou muito o número de praticantes do esporte alternativo.” O professor reflete ainda sobre o uso do clube por parte dos associados. Segundo ele, os visitantes de outras cidades elogiam as instalações, principalmente devido às construções em harmonia com a vegetação. A cada momento, surgem coisas novas. Há pouco foi implantada uma quadra nova para prática de bocha. “Então questionaram essa obra por ser destinada a uma meia dúzia de gente, mas é meia dúzia de gente que passou uma vida dentro do clube. Temos que atender a todos, até as minorias”, conclui.

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Há cerca de três anos, jogadores de tênis se reúnem uma vez por semana para confraternizar. Criaram uma relação de amizade que vai além do esporte. Da E para D: Julinho, Marcão, Felipe, Diogo, Gui Bald, Rodolfo, Renan, Marcelo e Moisés

A diversão é garantida quando se reúnem, da E para D: Jorge Faedo, Gilberto Tomé, Hanz Mayer, Adão Sulzbach, Gilberto Wallérius, Cleo Spengler, Luís Scarglioni, Alemão Spohr, Renato Weiand, Luis Gravina e Pedro Bald CRISTIAN SCHMIDT

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Comendador paga rodada É tudo muito legal, mas alguém tem que pagar a conta. Para isso, os grupos se revezam de maneiras diversas: ou rateiam entre todos as despesas, ou escolhem um comendador, quem vai pagar a conta. Cada um deve ser comendador de duas a três vezes ao ano. É ele quem escolhe o lugar e o que será servido e bebido. Conforme um dos integrantes do Grupo das Quartas, Renato Arenhart, 51, todos deveriam praticar algum esporte. Para ele, além de exercício, é integração com amigos. “Tudo vira brincadeira e a gente recarrega as baterias.” Mais conhecido como “Puli”, está no grupo faz 23 anos. Nas quartas-feiras, às 18h, ocorrem os sorteios de duplas para escolher os times que se enfrentam. No jogo, é possível extravasar contando com o regramento e o espírito amistoso. Depois dele, é a vez da janta e das bebidas. “É o principal momento para tirar uma

Conservar amizades e viver momentos de integração é o motivo de encontro desta turma. Da E para D: Carlos Jaeger, Fernando Bertóglio, Fernando Scheid, Cristiano Reali, Celso Bertóglio, André Cé, André Scheid, André Schmidt, Marcelo Crist e Gerson Bertóglio

onda com os amigos, de rir de momentos engraçados e compartilhar experiências.” Na turma, há integrantes com idade que variam dos 40 e poucos anos até os 73. Preocupados com a renovação do grupo, passaram a chamar os filhos para os encontros. Os novos amigos fazem parte das quartas-feiras. Agora, a interação é, também, familiar.

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