A Hora – 06 e 07/04/24

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ANÁLISE, CURADORIA E OPINIÃO DE VALOR

Fim de semana, 6 e 7 abril 2024 | Ano 21 - Nº 3544 | R$ 4,00 (dia útil) R$ 7,50 ( m de semana)

Superação na luta contra o câncer

OPINIÃO | RODRIGO MARTINI

Tecnologia contra criminalidade

Agentes de Encantado visitaram Lajeado em busca de exemplos que funcionam.

HABITAÇÃO POPULAR

OPINIÃO | THIAGO MAURIQUE

Inspirações no Vale do Silício

Andreia Feine compartilha experiências após visita ao grande centro de tecnologia.

Municípios estudam modelos

Em meio ao processo de reconstrução após a catástrofe de setembro, erros do passado mostram o formato ideal 26 e 27

Os programas de habitação social costumam se sustentar em dois conceitos: aglomerados residenciais diluídos em bairros; ou grandes condomínios, na maior parte das vezes em áreas periféricas. Para especialistas, é preciso evitar a segregação. Junto com isso, também

ofertar serviços básicos. Em Venâncio Aires (foto), residenciais estão em áreas urbanizadas, com espaços para o lazer e indústrias no entorno. Conforme as autoridades, com o acompanhamento social, há mais controle público.

GAUCHÃO

Dois ídolos do Grêmio se enfrentam no sábado

PÁGINAS | 6 a 8
28 e 29
FELIPE NEITZKE

Isonomia e credibilidade

Ano eleitoral exige uma série de cuidados e restrições nos veículos de comunicação. Assim como acontece com os times de futebol, toda pessoa possui alguma preferência política. No entanto, o jornalismo sério e profissional preza pela credibilidade e exige um trabalho ético, imparcial e responsável.

A isonomia é um mantra presente nas coberturas eleitorais do Grupo A Hora em seus mais de 20 anos de existência. Seja nos pleitos municipais ou nas disputas estaduais e presidenciais, a empresa –em suas diferentes plataformas – sempre se pautou em tratar candidatos, partidos e coligações de forma igualitária, sem distorções.

“O jornalismo sério e profissional preza pela credibilidade e exige um trabalho ético, imparcial e responsável”

Em 2024, não será diferente. Dentro do seu posicionamento editorial e institucional (detalhado em reportagem na página 14) e com base na legislação eleitoral, o A Hora estabelece regras para o trabalho de seus profissionais antes, durante e depois do período de campanha.

Além disso, reforça o tratamento equânime aos candidatos ao não permitir a publicação de pesquisas encomendadas por partidos políticos. Serão veiculados apenas os levantamentos contratados pelo A Hora e conduzidos pelo Instituto Methodus, referência no meio.

Ao avançar na cobertura do pleito de outubro, por meio do projeto “Pensar Eleições”, o A Hora reafirma seu compromisso com a comunidade.

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de seus autores. Impressão Zero Hora Gráfica

“Minha maior ambição é democratizar as formas de produzir o audiovisual”

O cineasta encantadense HenriqueLahude,35,é formadoemRealização Audiovisualpela Unisinoseespecialista em Desenvolvimento de ProjetosparaCinemae TVpelaEICTVdeCuba. Em seu dia a dia alterna entre o interior do Estado eacapital.Comanosde experiênciaemprodução, direçãoeroteirode obras audiovisuais, ele conta sobre o mercado cinematográ cobrasileiro e como o setor está em constantemudança.

Como é o mercado cinematográfico?

neasta?

A rotina de um cineasta é a mesma que a de qualquer trabalhador. As diferenças se estabelecem a partir da matéria-prima do ofício de cada um. Nas artes, como em outras profissões, boa parte da rotina está estabelecida na pesquisa. Seja para a escrita de um novo projeto, para acompanhar o trabalho de novas diretoras ou ainda para entender uma nova tecnologia de câmeras, precisamos dedicar um bom tempo a isso. Quando estamos gravando é quando este cotidiano se altera um tanto. As diárias de filmagem são de 12 horas, com apenas uma folga na semana e a gravação de um projeto pode durar de 3 dias, no caso de curtas-metragens, a 3 meses, no caso das séries.

Quais são as maiores dificuldades em conseguir produzir um longa-metragem?

Como foi a realização que o cinema era a sua vocação?

Acredito que a percepção da vocação aconteça em etapas e com muito trabalho. Em 2024 já são 13 anos de atuação no meio cinematográfico. A mim, a vocação se manifesta através do alcance dos filmes produzidos com o público, do encontro de novas histórias e personagens para projetos futuros, da vivência em sala de aula através dos projetos de cinema e educação, da troca e luta conjunta com colegas artistas para valorização do nosso trabalho.

O mercado cinematográfico nacional é muito dinâmico e com diversas mudanças relacionadas à tecnologia. No Brasil, o setor audiovisual impacta o PIB em R$24,5 bilhões e gera 516 mil empregos diretos. Entre as décadas de 50 e 70 tivemos o tempo áureo das salas e sua derrocada a partir da popularização do videocassete na década de 90. Centenas de salas que existiam em cidades pequenas, como em Encantado, desapareceram. Isso mudou o hábito de ver filmes de forma coletiva para algo individual. Atualmente o principal desafio está na relação do setor com os serviços de streaming. Desde a pandemia o público tem frequentado ainda menos as salas de cinema. Essas plataformas, em sua grande maioria estrangeiras, não reinveste o dinheiro gerado no país em obras nacionais, o que causa um grande desequilíbrio em toda cadeia audiovisual.

Como é a rotina de um ci-

A realização de um filme de longa-metragem entre o início da escrita do roteiro, seu financiamento, gravação, pós-produção até sua estreia nos cinemas leva no mínimo 4 anos, podendo chegar em 10, 20 e até 30 anos em alguns casos. Assim, acredito que a maior dificuldade seja manter a mesma determinação e contar com muita paciência, e sorte, ao longo desse processo.

Qual sua maior ambição atualmente com o cinema?

Minha maior ambição, não tanto individual, mas coletiva, é de uma democratização de fato nas formas de produzir e acessar o audiovisual. Ver novas obras sendo produzidas fora do eixo Rio-São Paulo e das capitais dos estados. Acompanhar a valorização da arte por parte dos poderes públicos e das políticas culturais das cidades e estados. De existir uma diversidade de olhares, temáticas e paisagens nos filmes produzidos.

AGENDA

8ª FestLeite

De 25 a 28 de abril, a FestLeite ocorre em Anta Gorda, no parque municipal. A entrada será franca. Principal atração é o show de Fernando e Sorocaba.

Palco Mambembe

A programação ocorre neste domingo, 7, com des le pelo Centro às 10h e, à tarde, às 15h, ocorre apresentação teatral Dom Quixote, na Escadaria da Polar, em Estrela.

Feira em Travesseiro

A 3ª edição da Feira Municipal de Saúde, Agricultura, Turismo e Artesanato ocorre neste sábado, 6, a partir das 9h, na Praça Municipal Recanto da Alegria.

Shows na Univates

O Teatro da Univates recebe o espetáculo em tributo à Banda Queen no dia 1º de maio, com André Abreu e a Orquestra Greatest Hits Tour.

Seminário do Agro

O evento ocorre no dia 30 de abril, com o tema “Os abalos ambientais e o impacto no campo.” Programação no auditório do Colégio Teutônia.

9º Sesc Circo

De 6 a 14 de abril, Lajeado recebe um festival com diversas atrações. A maioria dos espetáculos ocorre na Av. Piraí. Os ingressos são gratuitos e podem ser reservados no site do Sesc.

Caravana NG

A Caravana NG participa no domingo, 7, da tradicional festa na comunidade católica de São Jacó, em Estrela.

Festival dos Festivais

A programação comemora os 59 anos de Nova Bréscia entre os dias 10 e 14 de abril, com o Festival dos Gaiteiros, Churrasqueiros e da Mentira.

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EDITORIAL
ABRE ASPAS
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Matheus Giovanella Laste matheus@grupoahora.net.br

Cercamento eletrônico regional

Uma ação URGENTE!

Um grupo de agentes de Encantado visitou a Central de Monitoramento em Lajeado para entender como utilizar a inteligência artificial e a tecnologia para combater e criminalidade e amenizar o problema gerado pelo déficit de policiais nas ruas. E os representantes da região alta do Vale do Taquari ficaram impressionados com os avanços e resultados já obtidos pela equipe da secretaria lajeadense de Segurança Pública, que atua em consonância e parceria com a Polícia Civil, a Polícia Rodoviária Estadual, a Polícia Rodoviária Federal e o comando regional e municipal da Brigada Militar. Além disso, os agentes encantadenses voltaram para casa com uma certeza que precisa ser compartilhada com todos os municípios do Vale: é preciso regionalizar o chamado “cercamento eletrônico”. Ou seja, precisamos conectar, aumentar e modernizar os pontos de videomonitoramento na região. E claro. Também é preciso seguir na luta por muito mais efetivo policial.

Carlos Hassmann retorna ao MDB de Imigrante

Primeiro chefe do Executivo na história de Imigrante, Carlos Hassmann voltou ao quadro de filiados do MDB. Ele comandou a cidade entre 1989 e 1992, e também foi vice-prefeito entre 2009 e 2012. A filiação dele pode representar um reforço de peso na provável campanha do atual prefeito Germano Stevens (MDB) à reeleição. Mas o próprio Stevens não descarta a indicação de Hassmann para o posto de candidato a prefeito em outubro.

rodrigomartini@grupoahora.net.br

RODRIGO MARTINI

PT perde vereador para o PDT em Taquari

O fim da janela partidária reservou uma surpresa na “cidade mãe” do Vale do Taquari. O vereador Luís Porto anunciou a troca do PT pelo PDT. Ele foi recepcionado pelos principais agentes pedetistas e deixou um rastro de preocupação junto ao Partido dos Trabalhadores. Aliás, a relação entre o PT e o PDT anda cada vez mais estremecida em Taquari. E isso não preocupa tanto assim o atual prefeito André Brito (PDT).

“Heliponto público” em Venâncio Aires

Para facilitar o trabalho de resgate nas enchentes, a localidade de Vila Mariante, em Venâncio Aires, pode ganhar heliponto público. A estrutura deve ficar ao lado do trevo de acesso à comunidade, junto à RSC-287. O projeto está em negociação entre governo municipal e Concessionária Rota de Santa Maria. Uma ação a ser copiada por todos os municípios atingidos pelas históricas enchentes de setembro de 2023.

Novos secretários em Lajeado, e a tensão com o PL

O governo de Lajeado ainda não confirmou todos os novos secretários. Por ora, só a indicação de Talita Fracalossi para o lugar de Carlos Reckziegel (PSDB) está confirmada na Cultura, Esporte e Lazer. Na secretaria de Obras e Serviços Públicos (Seosp), o ex-titular Fabiano Bergmann (PP) indicou a servidora concursada Rosilene Schmidt. Entretanto, o prefeito Marcelo Caumo (PP) ainda vai avaliar a indicação. Mas o impasse maior está na Secretaria de Meio Ambiente, onde o ex-secretário Luís Benoitt precisa intermediar uma sucessão pacífica que agrade ao seu partido, o PL, e também ao prefeito. E a negociação levará em conta o pleito de outubro. Inevitavelmente.

TIRO

- Vereador de Lajeado eleito pelo PSDB, o empresário Márcio Dal Cin assinou com o MDB na noite de quinta-feira. Ele é cotado para compor uma “chapa pura” do MDB na majoritária, ao lado do também vereador Carlos Ranzi.

- E por falar nisso, muitos apostam em uma nova “chapa pura” do PP de Lajeado. E não faltam nomes para o posto de pré-candidato a vice da précandidata a prefeita, Gláucia Schumacher. Entre eles, Natanael Zanata, Isidoro Fornari, Fabiano Bergmann e Lorival Silveira. Mas há outros.

-Em Estrela, notícias antigas sobre ex-prefeitos são utilizadas para atingir indiretamente a pré-candidatura de Carine Schwingel (União Brasil) a prefeita.

- Fique atento, caro eleitor. Nos últimos dias aumentou de forma absurdamente risível e gritante o número de vereadores, secretários, assessores e afins posando ao lado dos ilustres deputados e suas milionárias emendas parlamentares. E coincidentemente estamos em ano eleitoral. Mas emenda não é compra de voto institucionalizada, não. Eu que sou chato. Bom fim de semana a todos!

Prefeito estuda decreto de “calamidade” na segurança

Prefeito de Venâncio Aires e presidente da Amvat, Jarbas da Rosa (PDT) pretende assinar um decreto de Situação de Calamidade na segurança pública. A decisão leva em conta o histórico déficit de policiais Civis e Militares que atendem a cidade e também alguns municípios vizinhos. Por lá, o serviço de plantão da Polícia Civil está debilitado e sob o risco de piorar, e muitas vezes os registros precisam ser lavrados em Santa Cruz do Sul. Além disso, a escassez de policiais militares no policiamento ostensivo também preocupa a municipalidade. Sobre o inusitado decreto, o gestor cita um exemplo semelhante em Butiá, onde no domingo passado o prefeito Daniel Almeida (PT) assinou um decreto de calamidade em função da insegurança.

Rosa ainda não finalizou o documento. Já em Butiá o governo determinou que, em função de uma sequência de homicídios e tentativas de homicídio – neste ano já foram quatro e cinco registros, respectivamente –, fica proibido o consumo de bebida alcoólica em “todo e qualquer espaço público, tais como praças, avenidas e outras”. Além disso, o gestor decretou que as lojas de conveniência, pelo período inicial de trinta dias, ficam “obrigados a encerrarem suas atividades das 0h às 6h30min”. Já os bares e restaurantes que funcionam após as 24 horas “somente poderão vender bebida alcoólica para consumo local, em área interna”. O decreto também exige debates nas escolas, serviços de podas de árvores e reforço na iluminação e monitoramento.

A HORA | 3 Fim de semana, 6 e 7 abril 2024

THIAGO MAURIQUE

Andrea Feine desvenda futuro projetado no Vale do Silício

Berço das empresas de tecnologia que constroem o futuro dos negócios e das relações humanas, o Vale do Silício foi tema de palestra da empresária Andreia Feine. O evento ocorreu na noite de quinta-feira, no auditório do Sicredi integração RS/ MG, com o lucro dos ingressos revertido em doações para o Centro de Referência Vestir & Ser.

Andrea abordou a experiência da imersão realizada na região conhecida como Bay Area, na Califórnia, berço das principais empresas de tecnologia do mundo – popularmente conhecida no Brasil como Vale do Silício. A base para a formação do ecossistema de inovação mais famoso do mundo começou no século XIX, quando, durante a conquista do Oeste, os exploradores encontraram grandes jazigos na baía de São Francisco e deram início a chamada “Corrida do Ouro”.

Conforme Andrea, além de garantir dinheiro para a criação de universidades e empresas que até hoje fazem parte do mercado global, como Levi’s, o momento histórico também resultou na mistura de etnias e culturas que caracterizam a Bay Área. “Era uma Torre de Babel, e essa mistura fez com que eles trocassem experiências sobre como fazer as coisas há mais de 180 anos.”

A união entre abundância de recursos e diversidade se somou a pesados investimentos em educação para formar o ambiente que resultou em uma explosão de empresas que transformaram a realidade e agora projetam como será o futuro. Andrea descreveu a

As pessoas estão cada vez mais carentes, e haverão humanoides capazes de entender as nossas emoções e suprir essas carências.”

thiagomaurique@grupoahora.net.br transformação em curso a partir do desenvolvimento da Inteligência Artificial (IA). Entre eles estão automóveis autônomos, veículos voadores elétricos e a extensão da inteligência humana a partir da conexão com a IA.

Em consonância com o desenvolvimento de humanoides, a tecnologia transformará para sempre a relação entre robôs e os seres humanos, destaca. “As pessoas estão cada vez mais carentes, e haverão humanoides capazes de entender as nossas emoções e suprir essas carências”, afirma.

A imersão no Vale do Silício permitiu à Andrea conhecer a cultura empresarial das startups, com mentoria da portuguesa Joana Carrasqueira, uma das líderes do Google. Entre os ensinamentos, destaca a realização de feedbacks constantes, estabelecimento de métricas de performance e lidar menos com opiniões, mais com fatos. “Eles também não gostam de hierarquia. Preferem trabalhar com pequenos grupos que funcionam como organismos vivos, com maior autonomia.”

A empresária ainda destaca a objetividade e rapidez das reuniões, a maior miscigenação das empresas e a política de não esconder os erros. “É como se eles gostassem de errar, porque percebem como uma chance de aprender.”

Andrea alerta que, gostemos ou não, as tecnologias avançam e este futuro, que já é presente no Vale do Silício, chegará em breve para todos nós. Diante dessa realidade, reforça a necessidade de, tanto empresas quanto profissionais, se adaptarem ao que está por vir.

Startup lajeadense atende clientes em 12 países

Criada no auge da pandemia de Covid, a startup Clínica Experts chega a 2024 com atuação em 12 países e meta de alcançar 10 mil clientes. Fundada pelo lajeadense Tiago Mário, empreendimento atua na gestão de clínicas, e hoje chega a países como Estados Unidos, Canadá, Alemanha, Japão, Portugal e Suíça, com mais de 3 mil clínicas atendidas. A empresa agora se prepara para participar do Gramado Summit, um dos principais eventos de inovação do RS. (Publicado no dia 02.04.2024)

Seja Um Holder lança plataforma de educação e investimentos

Startup criada em Estrela, a Seja Um Holder promove durante o Gramado Summit o lançamento de uma plataforma inédita no Brasil. O aplicativo integra tanto educação para investimentos quanto controle nanceiro e acompanhamento dos investimentos realizados. Entre as facilidades do aplicativo estão a integração com os bancos, plataformas de investimentos e a própria B3, aliado à geração de grá cos com gastos e rendimentos. (Publicado no dia 03.04.2024)

Fundopem contempla Medical San e Serraria Travessão

O governo do Estado divulgou nova rodada de projetos aprovados para o Fundo Operação Empresa do Estado do Rio Grande do Sul (Fundopem-RS). A Medical San, de Estrela, teve aprovado projeto de expansão, com investimento de R$ 4,49 milhões e a geração de 58 postos de trabalho na fabricação de equipamentos de saúde. Já a Serraria Travessão prevê investimento de R$ 2,5 milhões e a geração de 12 empregos no setor de madeira e celulose. (Publicado no dia 04.04.2024)

Quiero Café projeta chegar a 75 unidades em 2024

Fenômeno do universo das franquias, o Quiero Café inaugurou a 62ª unidade, em Porto Alegre. A empresa projeta fechar 2024 com 75 lojas, mantendo a trajetória de forte expansão registrada desde o início do negócio. O Quiero Café também participou do café da manhã do Tecnovates, tendo fornecido os doces, salgados e o café servido no evento de networking do polo tecnológico. A empresa integra ecossistema de inovação desde dezembro do ano passado. (Publicado no dia 05.04.2024)

4 | A HORA Fim de semana, 6 e 7 abril 2024
A HORA | 5 Fim de semana, 6 e 7 abril 2024

HABITAÇÃO SOCIAL: desafio para evitar a segregação

Pequenos aglomerados urbanos ou grandes condomínios para baixa renda? Formato dos projetos voltado para reduzir o déficit habitacional provocado pela inundação escancara preconceito e no risco da violência

Quanto maior o conjunto habitacional, mais problemático. A tendência é esses territórios se transformarem em guetos (...).”

As autoridades da região chegam em uma encruzilhada.

Decidir como serão reconstruídas as casas de famílias que perderam tudo durante as inundações do ano passado. Conforme relatório dos municípios, são cerca de 2,7 mil moradias destruídas ou condenadas. O governo federal, por meio do Minha Casa Minha Vida – Calamidade, autorizou quase 1,3 mil moradias (47,6% da demanda). Outros programas, de ordem estadual, também visam reduzir esse déficit e garantir o atendimento das populações mais vulneráveis.

Os modelos de projeto de habitação social no país se sustentam em dois conceitos. Pequenos aglomerados, quando se diluiu o total de residências em bairros distintos, ou de grandes condomínios, em áreas periféricas, voltados para a baixa renda.

No primeiro formato, o

Nos primeiros meses foi difícil. Estava acostumado com a vida no interior. Mas não foi só para nós. É bem diferente o convívio.”

processo de convencimento por vezes esbarra na contrariedade dos moradores mais antigos. Como exemplo o caso de Arroio do Meio, em que a associação do bairro Bela Vista pressionou o governo municipal e os vereadores contra a proposta de 47 moradias custeadas a partir de parceria com o governo estadual. Inclusive foi feito um abaixoassinado para que a proposta fosse retirada. O que de fato aconteceu.

Para especialistas, é o melhor modelo. “As moradias ficam em áreas com infraestrutura urbana e mais próximos aos dispositivos básicos, como postos de saúde, escolas, mercados, farmácias e outros estabelecimentos”, diz o professor do curso de Arquitetura e Urbanismo da Univates, Augusto Alves.

No modelo de grandes condomínios, há mais pontos contrários do que favoráveis, avalia o especialista. Em centros urbanos, os riscos estão na segregação dos moradores e no risco de escalada da violência.

“Quanto maior o conjunto habitacional, mais problemático. A tendência é esses territórios se transformarem em guetos, com uma configuração própria. Pois trata-se de uma população homogênea e apartada do resto da cidade, pela própria característica da pobreza. Ela gera toda sorte de problemas. Desestruturação familiar, desemprego. São pessoas que estão suscetíveis às ofertas do crime”, avalia o professor.

Pela listagem do governo federal, 13 municípios foram contemplados com verbas para reconstrução de moradias. Para o Vale do Taquari, são nove cidades.

Moradia popular e violência

Os projetos de moradia podem ter um impacto significativo nos indicadores de violência, conforme evidenciado por um estudo do economista mestre em Políticas Públicas, João Ricardo Ribas de Morais.

Ele analisou 79 conjuntos habitacionais inaugurados entre 2013 e 2020 na cidade de São Paulo. A pesquisa de revelou que:

Aumento

Nos locais mais pobres e afastados, houve um aumento médio de 3,5% na violência após a inauguração dos condomínios.

Redução

Em territórios com população empregada, com renda a partir de um salário mínimo e meio, a entrega de conjuntos habitacionais está associada a uma redução média de 8,1% da violência.

Conclusão

Influência Territorial: A qualidade da inserção urbana dos empreendimentos é crucial para a relação com a criminalidade.

Condições Iniciais: Políticas públicas de habitação combinadas com condições iniciais mais favoráveis podem influenciar positivamente outros setores, como a diminuição da violência

Residencial Novo Tempo, em Lajeado. São mais de 440 apartamentos entre os bairros Jardim do Cedro e Santo Antônio. Moradores relatam problemas estruturais. Defesa Civil veri ca se há riscos para a população

Aprender com o erro

O relatório da Universidade Federal do RS (Ufrgs), feito pela equipe técnica do Grupo de Planejamento e Gestão de Recursos Hídricos (Gespla), avalia que pelo menos dez mil residências foram atingidas pela enchente de setembro passado.

Das que não foram levadas pela força da água, houve imóveis com danos irreversíveis, com estrutura comprometida conforme análise da Defesa Civil.

Pelo estudo, as construções atingidas representam 11,7% do número total em cinco municípios (Roca Sales, Muçum, Encantado, Arroio do Meio, Lajeado e Estrela). A água superou seis metros em 13% das edificações.

Em Lajeado, o déficit habitacional criado pela inundação se aproxima das 720 moradias. São 272 famílias que recebem o aluguel social, ampliado para 18 meses. Conforme o prefeito Marcelo Caumo, o município foi contemplado por dois programas, o Calamidade e o Minha Casa Minha Vida faixa 1, com total de 379 unidades.

A estratégia é reconstruir por etapas. Dando prioridades para quem está em aluguel social e em cotas mais baixas de inundação. Depois disso, cadastrar mais projetos no governo federal.

O modelo é diluir essas moradias em diferentes bairros. “Entendemos ser um erro fazer tudo em uma localidade. Então temos áreas aprovadas em bairros

distintos.”

Existem oito áreas aprovadas nos bairros Conventos, Jardim do Cedro, Morro 25, Campestre e Conservas. “No nosso entendimento, o formato do Novo Tempo foi um erro”, afirma. Os condomínios aprovados durante a gestão de Luís Fernando Schmidt têm mais de 440 apartamentos em uma das localidades mais carentes do Vale do Taquari.

Falta de áreas

Em Estrela, o déficit chega a 341 moradias. O governo federal confirmou 100, um investimento de R$ 13 milhões. Ainda está em análise o projeto para 240 unidades.

O projeto do município é construir nas proximidades do Residencial Nova Morada, entre os loteamentos populares e a área de expansão urbana, Novo Paraíso.

No local, há 240 casas populares. Feitas durante a gestão de Carlos Rafael Mallmann, o programa foi voltado para retirada de famílias das áreas de inundação e implementado a partir dos anos de 2017 e 2018. Devido a distância do centro e falta de equipamentos públicos (escolas, postos de saúde, mercados, farmácias e outros), houve famílias contempladas que decidiram retornar para as antigas áreas. Isso abriu espaço para negociações das unidades

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Colaboração Mateus Souza, Cristiano Wildner e Ezequiel Neitzke Filipe Faleiro filipe@grupoahora.net.br VALE DO TAQUARI
NERCI PACHECO MORADOR DE UM RESIDENCIAL POPULAR EM VENÂNCIO AIRES
AUGUSTO ALVES PROFESSOR DE ARQUITETURA E URBANISMO DA UNIVATES

sem a anuência do agente financeiro (Caixa Econômica Federal).

Hoje, o projeto do prefeito

Elmar Schneider é levar as novas moradias para o terreno do Novo Paraíso. Um porta-voz da gestão ressalta que o motivo é a falta de áreas. “Mais de 45% da cidade ficou debaixo d’água. Então, a única área pública com possibilidade de conseguir autorização federal é lá”.

Em cima disso, a estratégia do governo é investir em aparatos públicos. Já há recursos separados para construção de uma escola de Ensino Fundamental e Infantil, além de postos de saúde.

Outra aposta é garantir opções de trabalho. Nas imediações existem terrenos destinados para instalações de empresas e de indústrias.

Incertezas em Arroio do Meio

O governo federal aprovou mais 294 unidades para Arroio do Meio. Outras 212 estão em fase de análise, próximas de serem autorizadas. No entanto, as obras esbarram nos terrenos. “Estamos buscando o financiamento de R$ 8 milhões para compra de áreas de terras”, diz o prefeito Danilo Bruxel.

Conforme o gestor, ainda não há uma ideia de onde ficarão. Sabe-se que algumas serão em

formato de edifícios e também de casas geminadas. “Buscamos orientação do Ministério Público para como fazermos os modelos.” Nas 42 moradias pelo Estado, houve resistência dos moradores de Bela Vista. “Isso já foi superado”, minimiza o prefeito. Em cima disso, com a orientação de dividir as moradias em várias áreas, admite a necessidade de diálogo com a comunidade. “Queremos evitar a aglomeração. Mas não sabemos ainda como vai ser. Tudo depende das compras das áreas”, resume o prefeito.

Lições de Venâncio Aires

A implantação das moradias sociais em Venâncio Aires começou em 2009. Foram 72 unidades. A partir disso, se iniciou a consolidação dos bairros Aviação e Bela Vista.

“O projeto era tirar as famílias da área de risco do Arroio Castelhano, para botar as pessoas em uma condição melhor, em locais com infraestrutura de saneamento, abastecimento de água e esgoto”, relembra a secretária de Planejamento, Deizimara Souza.

Hoje são dois grandes condomínios populares. São quase 500 apartamentos. Como estão perto do centro, houve uma valorização dos imóveis e terrenos. Um dos moradores é o aposentado Nerci Pacheco,

Experiências na região

Lajeado

O Residencial Novo Tempo, entre os bairros Jardim do Cedro e Santo Antônio, começou a ser construído em 2014. São 448 apartamentos, cada um tem cerca de 50 metros quadrados, com sala, cozinha, dois quartos e banheiro. A ocupação das moradias começou em 2017.

Situação

Infiltração, depreciação dos imóveis e problemas estruturais; Apartamentos danificados, abandonados ou invadidos; Inadimplência das taxas de água e condomínio; Relacionamento tumultuado entre

vizinhos; Alguns espaços ocupados por grupos ligados ao crime; Localização fica em um dos maiores bolsões de miséria da região; Análise das autoridades

O atual governo de Lajeado considera esse modelo um equívoco. Os setores de acompanhamento e de assistência social têm dificuldade em engajar os moradores nas reuniões e eventos ligados à resolução de conflitos. Pela segurança pública, o entendimento é que se trata de uma localidade conflagrada pela criminalidade. Tanto no condomínio quanto no entorno.

76. Ele e a mulher moravam em Linha Herval. Chegaram no residencial faz mais de oito anos. “Nos primeiros meses foi difícil. Estava acostumado com a vida no interior. Mas não foi só para nós. É bem diferente o convívio”, destaca.

Pacheco lembra que situações corriqueiras do dia a dia eram motivo de discussões e até mesmo de brigas. Uma das situações envolvia o som alto, por exemplo. Mas a contratação temporária de um vigilante na entrada do condomínio e a instituição de regras.

Aos poucos, o convívio melhorou. “Agora temos grupos de amigos. Jogamos um carteado. No tempo livre, sempre nos divertimos”. O casal paga R$ 40 de financiamento pelo apartamento e cerca de R$ 260 de condomínio.

O prefeito, Jarbas da Rosa, enumera alguns cuidados básicos. Começa no cadastramento. De acordo com ele, é preciso disponibilizar serviços básicos de saúde e educação. “Trabalhamos com um raio de no máximo dois quilômetros para que as pessoas tenham acesso.”

Na avaliação dele, o problema da criminalidade ocorre devido a falta de políticas públicas. “Quando existe ausência do poder público, com políticas de atendimento básico, formação da mão de obra, oportunidades de emprego, abrese a chance para o domínio de grupos ligados ao crime.

Estrela

O Residencial Nova Morada fica em área de expansão urbana, entre os loteamentos populares e a localidade de Novo Paraíso, transformado em bairro. A construção começou em dezembro de 2013. Em vez de apartamentos, são casas. No total, 240 unidades. Ocupadas a partir de 2018.

Situação

Distância da área central do município; Falta de itinerários do transporte público; Poucas áreas de lazer e entretenimento; Não há escolas e postos de saúde; Algumas moradias ocupadas por integrantes de grupos criminosos;

Alguns contemplados pelo programa desistiram e foram para outras áreas;

Análise das autoridades

Na leitura da atual administração de Estrela, o projeto foi feito para resolver um problema (retirar pessoas das áreas de risco de enchente) e acabou criando outro.

A distância das áreas centrais interferiu sobre o acompanhamento das políticas sociais. Sem aparatos públicos, sem escola, postos de saúde e centrais de assistência, deixou-se um vazio que foi ocupado por forças paralelas.

Assim como em Lajeado, a segurança pública considera a localidade de alto risco à violência.

A HORA | 7 Fim de semana, 6 e 7 abril 2024
FILIPE FALEIRO FILIPE FALEIRO
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DIVULGAÇÃO

O loteamento Morada do Sol tem 128 residências. Foi construído entre 2013 até 2018. Fica no fim do Canabarro. Pensado para resolver o problema habitacional dos bairros Alesgut, Teutônia, Languiru e do próprio Canabarro.

Situação

Local distante das áreas urbanas; Poucos itinerários de transporte; Moradores que seriam contemplados, desistiram, pois saíriam dos bairros onde construíram suas vidas; Ocupação veio de moradores de outras cidades ou regiões;

Venâncio Aires

Maioria dos moradores atua na indústria de calçados;

Análise das autoridades

O atual governo acredita que o loteamento cumpriu com sua função social. Foram feitos investimentos em urbanização, com calçamento e pavimentação. Toda iluminação pública foi adaptada. Há dispositivos públicos instalados, com escola, posto de saúde. O maior problema é a falta de transporte urbano. Na área da segurança, há poucos relatos de ocorrências.

ENTREVISTA

JAMILE WEIZEMANN • doutora em Arquitetura pela Ufrgs, coordenadora do Escritório Modelo de Arquitetura e Urbanismo da Univates

“O ideal é trabalhar com moradias espalhadas em diferentes áreas da cidade”

A Hora – Quais cuidados os municípios precisam ter com os projetos de habitação?

Jamile Weizemann – Uma das questões primárias é em relação a área destinada para tal finalidade. Esse novo local para o conjunto de habitações, seja em forma de prédios ou casas, deve ser estudado para que a localização tenha infraestrutura básica e mobilidade urbana. Por óbvio, também fora de áreas de risco.

Essas áreas são difíceis de encontrar, pois muitas vezes, as mais interessantes já estão consolidadas. Por isso, as novas instalações acabam sendo locais mais isolados ou longe de serviços, repetindo erros que já vivenciamos em experiências anteriores.

Existe uma ferramenta chamada Avaliação de Inserção Urbana, que pode ajudar as gestões a pensar o mínimo de infraestrutura que deve dispor, como acesso à saúde, educação e outros serviços básicos.

– Qual o melhor modelo? Concentrar ou distribuir as moradias em locais diferentes da cidade?

básica de saúde, escolas, e demais aspectos sociais de pertencimento ao território.

O deslocamento de uma família para uma área distante da sua localidade implica em mudar toda sua referência de vida, portanto esse processo requer um trabalho conjunto do poder público.

– O Escritório Modelo de Arquitetura e Urbanismo da Univates tem acompanhado os municípios? Como é a atuação de vocês?

Jamile – Desde o princípio da catástrofe, acompanhamos os sete municípios mais atingidos (Santa Tereza, Muçum, Encantado, Roca Sales, Arroio do Meio, Lajeado e Estrela). Auxiliamos com materiais necessários para recorrer a verbas federais da Defesa Civil para novas moradias. Também no preenchimento dos requisitos para o Calamidade. Feito isso, agora acompanhamos os projetos de alguns municípios. No momento, nosso trabalho se concentra em Encantado, nos âmbitos da habitação e da assistência social, com objetivo de qualificar os processos.

Há dois grandes condomínios populares. No bairro Aviação, existem 224 apartamentos, em 14 blocos. Já o Bela Vista, são 256 unidades. Foram inaugurados entre 2016 e 2017.

Situação

Moradias inclusas aos bairros; Proximidade com indústrias; Alta taxa de empregabilidade; Presença de dispositivos públicos (escolas e postos de saúde); De negativo, inadimplência do condomínio;

Algumas torres com abandono de imóveis;

Análise das autoridades Para o governo municipal, ainda que sejam condomínios grandes, houve um planejamento voltado para ocupação de moradores próximos. Também ficaram em áreas valorizadas, perto do centro e dos dispositivos públicos. Também com oportunidades de trabalho nas indústrias vizinhas. Há poucos relatos de crimes graves na área das moradias.

O ideal é trabalhar com moradias espalhadas em diferentes áreas da cidade, a fim de estabelecer uma equidade na distribuição social e atender a diferentes necessidades da população de diferentes bairros. São pessoas que já tinham suas referências de trabalho, unidade

– É possível trabalhar esses projetos sem excluir? Sem criar um abismo ainda maior e estereotipar as comunidades mais vulneráveis?

Jamile – Sempre é possível fazer melhor. Para isso, é necessário investimento. Não só verbas

Sempre é possível fazer melhor. Para isso, é necessário investimento. Não só verbas federais, mas equipes para pensar e planejar os projetos necessários e as políticas sociais.”

federais, mas equipes para pensar e planejar os projetos necessários e as políticas sociais. A exemplo disso, destaca-se a revisão de planos diretores, planos setoriais de mitigação dos efeitos decorrentes da crise climática, além de políticas de Habitação de Interesse Social. No Brasil, temos bons exemplos que revelam a habitação social de qualidade, além de intervenções que qualificaram os espaços urbanos nessas áreas. A ideia de construção de um novo conjunto de habitação de interesse social requer sensibilidade e tempo de planejamento, que muitas vezes não estão alinhados com a urgência. Isso acarreta perda de qualidade.

O mais importante é encontrar um meio termo entre a urgência do projeto final e das decisões imediatas à população.

8 | A HORA Fim de semana, 6 e 7 abril 2024
Teutônia Morador de Venâncio Aires, Nerci Pacheco, saiu do interior faz 8 anos e foi morar em um apartamento EZEQUIEL NEITZKE FELIPE NEITZKE FELIPE NEITZKE

UMAS & OUTRAS

Marcos geodésicos

OSistema Geodésico

Brasileiro (SGB) mantém milhares de marcos por todos os quadrantes do país, inclusive aqui pelo Vale do Taquari. Em Lajeado, por exemplo, há 13 deles. O principal está implantado na praça da matriz,

sob o número de registro 1908H no SGB, desde o final da década de 60, por aí.

São protegidos por lei e não devem ser removidos. São importantes referências planimétricas e altimétricas, bem como localizam a latitude e longitude do ponto em relação ao Meridiano de

ANÚNCIOS DESCLASSIFICADOS

Troco um monopólio de narrativas e de gerenciamento de pautas por um gordo pichuleco mensal. Passagens de pano incluídos no negócio. Tratar em Brasília (DF).

CINE BRASIL APRESENTA

Culpa do Governo Anterior! (duplo com) Troca o Disco, Esse Tá Gasto.

NÃO CUSTA LEMBRAR

Certas decisões públicas podem ter conseqüências por décadas. Sempre é bom avaliar com cautela o horizonte de tempo de cada uma delas.

SAIDEIRA

Nôno na cancha de bochas:

- E aí, vô, como é que vai a vida?

Greenwich (GMT). Hoje em dia, com os satélites e GPSs, a coisa ficou mais fácil.

Mas continuam sendo muito úteis como referências para obras de infraestrutura viária, implantação de redes de alta tensão e abastecimento de água, cotas de inundação e até para a aviação.

PÁSCOA ENCANTADA

A estimativa feita pela prefeitura de Colinas indica que mais de 40 mil visitantes estiveram na cidade das flores para curtirem a programação da Páscoa Encantada.

Isso equivale a quase 20 vezes a população do município. E vale destacar: guardadas as proporções, outros eventos de maior envergadura e projeção teriam que receber 1,8 milhão de visitantes pra equilibrar a balança.

LIVRE PENSAR

Um bom susto vale mais do que dez conselhos. (Autoria incerta).

- Tirando fora o que vai mal, o resto vai bem!

- Preocupado com o futuro?

- Nasci careca, pelado e sem dentes...o que vier é lucro!

MARCOS FRANK ARTIGO

Médico Neurocirurgião

Fanáticos desde o nascimento

“As pessoas separam partes de sua personalidade para conseguir lidar com con itos de outra forma incontroláveis”. Melanie Klein

Sigmund Freud não aceitava muito bem as mulheres dentro da psicanálise, principalmente pelas críticas que recebia sobre seus estudos. No início, Freud só citava as mulheres como objetos de estudos e tratamentos, e no fundo nem ele entendia o que realmente as mulheres queriam.

Em 1918, Helene Deutsch foi a primeira psicanalista mulher a participar da Sociedade Psicanalítica de Viena de Freud. Logo após Deutsch, começaram a surgir outras psicanalistas mulheres revolucionando a área. Uma delas foi Melanie Klein, que contribuiu com muitas obras sobre a prática clínica e a constituição da psique das crianças.

É dela a teoria das relações objetais onde sugere que, diferentemente das forças biológicas ou dos desejos inconscientes, o comportamento de uma pessoa foi criado por meio de seus relacionamentos interpessoais. O objeto no caso, faz referência a uma pessoa ou experiência ligada a essa pessoa. Os teóricos das relações objetais geralmente veem o contato humano e a necessidade de formar relacionamentos, e não o prazer sexual, como a principal motivação para o comportamento humano e o desenvolvimento da personalidade.

A partir disso ela cria as importantes e fundamentais noções de introjeção e projeção.

A introjeção ocorre quando uma pessoa internaliza as ideias ou vozes de outras pessoas. Aquilo que gostamos ou dito por alguém que amamos, trazemos para dentro de nós. Como exemplo de introjeção temos um pai dizendo ao filho: meninos não choram”. Essa é uma ideia que uma pessoa pode absorver de seu ambiente e internalizar em sua maneira de pensar. Com o tempo, isso pode levar à identificação com a pessoa que disse isso. Seria como se o filho seguisse os passos do pai e se tornasse como o pai em mais aspectos do que apenas essa crença.

Já a projeção envolve focar as partes ruins do objeto e da criança no objeto externo. Assim, tudo aquilo que não gostamos jogamos para “fora “ de nós.

Mais tarde Melanie Klein escreveu sobre uma forma primordial de projeção chamada de “identificação projetiva”. Através deste processo uma pessoa tenta expulsar um estado de espírito projetando-o, mas permanece identificada com o que é projetado. Por exemplo, um homem furioso projeta sua raiva em sua esposa, a quem ele agora vê como a pessoa irritada. Ele insiste que foi a hostilidade dela que estimulou sua raiva, e em resposta sua esposa fica com raiva. A identificação projetiva exerce uma pressão emocional que evoca no outro tudo o que foi projetado.

Na vida seguimos vendo o mesmo processo em adultos que projetam os seus medos e ódios indesejados sobre outras pessoas, resultando em racismo, guerra e genocídio. No caso brasileiro, são esses problemas de identidade que criaram essa imensa separação, aliada ao ódio e ressentimento, entre petistas e bolsonaristas, onde cada um só fala para o seu “cercadinho” e não se vê chance de trabalho ou coexistência pacifica. No mundo dos humanos, há muito mais do que política influindo nos comportamentos fanáticos.

A HORA | 9 Fim de semana, 6 e 7 abril 2024
CARLOS MARTINI Administrador

365 VEZES NO VALE

FÁBIO KUHN

Folk Gastropub: viagem gastronômica sem sair do Vale

Imagina saborear iguarias típicas de vários pontos do mundo num único local. A partir dessa ideia surgiu o Folk Gastropub. Com cerca de 40 pratos, 19 drinks e opções de chope, o espaço é uma verdadeira viagem gastronômica sem sair de Teutônia, no Vale do Taquari. O cardápio é inspirado na culinária de 13 países. Tem desde o Schnitzel alemão (empanado de porco acompanhado com batata frita ou purê) até as Tapas Espanholas (estufadas de carne ou bruschettas para entrada) passando pelo Smoked Ribs Barbecue (costela suína ao molho barbecue com batata rústica).

Claro que delícias comuns, como hambúrgueres, pizzas, risotos e espaguetes, também são encontradas no gastropub. Outro diferencial é o prato típico de Teutônia: copa lombo assado por 12 horas acompanhado de purê de batata e chamado de “Schweinebraten”.

A arquitetura da casa proporciona uma imersão cultural. Tem bandeiras hasteadas e um ambiente cheio de fotografias de viagens. As imagens foram captadas pelos próprios empreendedores que

Atmosfera imersiva, pratos com nacionalidade autêntica e drinks estilizados são diferenciais do Folk Gastropub

(@carolmkasper)

Carolina Kasper aproveitou o entardecer no Cerro dos Gomes, um dos mirantes mais belos para curtir o pôr do sol em Bom Retiro do Sul.

fizeram o Folk sair do papel.

A jornada do gastropub iniciou em março de 2023. Além de abrir todas as noites, conta com opção de almoço de segunda a segunda. Nas sextas e sábados, o palco recebe artistas com música ao vivo.

Da língua universal inglesa, o “Folk” significa população. O

nome foi dado como uma forma de representar a diversidade culinária encontrada no empreendimento. Um destino de sabores globalizados.

Interessados podem saber mais na conta oficial do Instagram (@ folkgastropub) ou pelo WhatsApp (51) 9 8041-7830.

(@muuri.s)

Outro fim de tarde digno de filme é encontrado na recém-inaugurada Trilha do Fritz, de Estrela. O registro é da seguidora Muri Santos

Use a #365_vezes_no_vale e compartilhe as belezas da região conosco!

10 | A HORA Fim de semana, 6 e 7 abril 2024
365vezesnovaledotaquari@gmail.com
A HORA | 11 Fim de semana, 6 e 7 abril 2024

QR Code deve facilitar pagamento do rotativo

Medida atende solicitação de usuários que apontam dificuldade em encontrar monitores para quitar tarifa

Após a renovação do contrato com a Stacione, o departamento de trânsito de Lajeado implementa as primeiras medidas para qualificar o serviço na área de estacionamento pago. As placas de sinalização receberão QR Code, códigos para pagamento do serviço via Pix. A decisão foi anunciada pelo coordenador de trânsito de Lajeado e fiscal do contrato com a Stacione, Vinícius Renner, em entrevista ao Conexão Regional da Rádio A Hora, nessa quinta-feira, 4.

A medida atende a mais frequente das reivindicações pelos usuários, que é a falta de monitores nas ruas. Conforme Renner, será uma maneira de quitar a tarifa mais rapidamente. “Está mudança está acertada, vamos dar andamento para que nas próximas semanas as placas em todas as ruas de área azul possam ter o código para pagamento pelo Pix”, complementa.

A novidade não é a única no serviço, pois o departamento de trânsito estuda com a empresa vencedora da licitação, formas de diminuir a rotatividade dos cobradores, para que eles sejam frequentemente treinados e tenham sequência na atividade, que funciona de segunda a sexta das 8h até 18h e aos sábados das 8h as 12h.

Mudanças na Pasqualini

Renner também projetou para as próximas semanas a nova pin-

tura e mudanças no entroncamento das avenidas Senador Alberto Pasqualini e Piraí, no bairro São Cristóvão. A secretaria de Planejamento desenvolveu o projeto que prevê o fim da conversão à esquerda para veículos que transitam no sentido Centro-bairro. O acesso para Piraí requer que os motoristas convertam ao lado direito para a Rua Miguel Tóstes e depois ingressem na Washington Luiz para retornar até a Pasqualini e adentrem

na Piraí. “É a mais significativa alteração que teremos e dependia de uma modificação no tempo semafórico e requer ainda um trabalho dos agentes para habituar as pessoas que algumas manobras não serão mais possíveis e os trajetos alternativos”, especifica.

Guarda municipal

Aprovada no mês passado na câmara, a criação da guarda armada municipal deve ganhar novos avanços ainda neste ano. Conforme Renner, a etapa de momento é encontrar uma empresa que forneça os cursos necessários para os atuais agentes de trânsito converterem sua possibilidade de atuação para guarda municipal. “A ideia é encontrar uma forma mais econômica e qualificada de fornecer estas horas de curso, que todos os interessados terão que fazer”, garante.

12 | A HORA Fim de semana, 6 e 7 abril 2024
Henrique Pedersini henriquepedersini@grupoahora.net.br
HENRIQUE PEDERSINI
LAJEADO Placas de sinalização da zona azul terão Qr Code para sistema de pagamento das vagas de estacionamento
A HORA | 13 Fim de semana, 6 e 7 abril 2024
A seis meses das

eleições, Grupo A Hora reafirma isonomia editorial

Política editorial do nas eleições

Pro ssionais da empresa

– Nenhum profissional do A Hora poderá oferecer qualquer tipo de serviço ou assessoria para partido, coligação ou candidato;

Empresa lança manual de conduta para profissionais e estabelece regras que irão nortear o trabalho antes, durante e depois do período eleitoral. Projeto “Pensar Eleições” avança para nova etapa

VALE

Daqui seis meses, a região conhecerá os novos prefeitos e vereadores de 38 municípios para os próximos quatro anos. Em meio à pré-campanha, período onde as movimentações partidárias se tornam mais evidentes, o Grupo A Hora aproveita e externa seu posicionamento editorial e institucional.

Durante todo o período que antecede o pleito, bem como na própria campanha eleitoral e depois da votação, o A Hora reafirma seu compromisso equidistancial. Ou seja, a equipe adota uma postura

de isenção em relação a posicionamentos políticos, sem pender para um ou outro candidato, partido ou coligação.

Conforme o coordenador de radiojornalismo do Grupo A Hora, Fabiano Conte, reuniões de alinhamento serão feitas com os profissionais da empresa, inclusive de outros setores. “A orientação já está existe e vamos reforçar isso nos próximos dias”, pontua. Uma cartilha de conduta sobre o que pode e o que não pode será disponibilizada à equipe. Conte lembra que a política editorial interna inclui, além das condutas dos profissionais, a proibição a divulgação de pesquisas contratadas por políticos e partidos, a produção de materiais de campanha, entre outros pontos.

Ampla e dinâmica cobertura da empresa reúne todas as plataformas – impresso, rádio e digital – e envolve colaboradores de diversos setores

A orientação (aos profissionais) já existe e vamos reforçar isso nos próximos dias”

– Os pro ssionais, de todos os setores, deverão se manter isentos e não expressar suas preferências, seja física ou virtualmente;

– Igualmente, é proibida a participação de profissionais da empresa em bandeiraços, comícios ou carreatas que traduzam campanha explícita a algum candidato. A exceção se dá na cobertura jornalística;

– Pro ssionais que prestam algum tipo de assessoria a órgão público se desligam da empresa três meses antes do pleito;

– Profissionais que concorrerão a algum cargo nas eleições se desligam da função e da empresa três meses antes do pleito;

Pesquisas e materiais de campanha

– O Grupo A Hora não divulga resultados de pesquisas eleitorais contratadas por partidos ou candidatos. Nem mesmo nos espaços publicitários chamados de “A Pedido”;

– O Grupo A Hora não faz pesquisas eleitorais. Para atender ao interesse de seu público, contrata, com exclusividade, pesquisas do Instituto Methodus, reconhecido e com comprovado trabalho sistemático em eleições;

– O Grupo A Hora não cede ou comercializa material de arquivo para campanhas eleitorais e desautoriza que material produzido e divulgado por seus canais seja usado na propaganda eleitoral; – O eventual uso desse material por partidos ou coligações será por conta e risco dos responsáveis pela propaganda;

– Nenhuma plataforma do A Hora (jornais impressos, rádio, estúdio e portal) prestará serviço a candidatos ou partidos na produção de material publicitário à campanha eleitoral;

Outros pontos

– O A Hora trata partidos e candidatos de maneira equilibrada e independente;

– As despesas das coberturas eleitorais são pagas exclusivamente pelo A Hora. Nenhum pro ssional da empresa pode aceitar qualquer cortesia de candidato, partido ou coligação;

– Anúncios com conotação eleitoral (A Pedidos) devem respeitar a legislação eleitoral e as normas de conduta estabelecidas pelo Grupo A Hora;

– Jornalistas, colunistas ou produtores de conteúdo do A Hora devem considerar grupos de mensagens e mídias sociais como comunicação pública, na qual prevalece o regramento ético esperado na sua atuação pro ssional regular.

Pensar Eleições

O A Hora também avança com o projeto “Pensar Eleições 2024”. A ampla e dinâmica cobertura da empresa reúne todas as plataformas – impresso, rádio e digital – e envolve colaboradores de diversos setores.

Ações de eleições anteriores, como as pesquisas eleitorais e os debates na emissora também estão confirmados, bem como as caravanas, que iniciarão neste mês, com atuação em

diferentes microrregiões.

“O projeto, que já vinha das eleições anteriores, segue agora e tem como objetivo fazer a população regional pensar o que esperam dos novos prefeitos, vices e vereadores. É o momento de saber tudo o que eles tem de propostas para os próximos quatro anos. Então o nosso trabalho é voltado a isso, mostrar para a comunidade os propósitos”, afirma Conte.

14 | A HORA Fim de semana, 6 e 7 abril 2024
DO TAQUARI
Mateus Souza mateus@grupoahora.net.br
A
FABIANO CONTE COORDENADOR DE RADIOJORNALISMO DO
HORA
FOTOS: ARQUIVO

Seminário aborda impactos e alternativas aos eventos climáticos no meio rural

Iniciativa do Grupo

A Hora reunirá especialistas no Colégio Teutônia para discutir soluções que visam mitigar danos de eventuais enchentes e secas no campo

VALE

Chiqueiros, aviários e tambos de leite inundados pela lama. Lavouras inteiras invadidas e arrasadas pela força da água. Residências e galpões destruídos às margens de rios e arroios. Animais mortos. A dura realidade enfrentada pelo campo nas enchentes de 2023 motiva um debate promovido pelo

Enchentes de 2023 causaram prejuízo bilionário para o meio rural no Vale

Grupo A Hora no dia 30 de abril, em busca de soluções efetivas. Será a primeira edição do Seminário Pensar o Vale orientado ao agronegócio. Com o tema “os abalos ambientais e o impacto no campo do Vale do Taquari”, o evento contará com dois painéis. A programação também tem o apoio do Colégio Teutônia – sede do evento –, do escritó-

rio regional da Emater/RS-Ascar e da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC-VT) e patrocínio da Reinigend Química e Sicredi Ouro Branco RS/MG.

situações extremas. Alternativas para o campo

TEDs:

– Márcio Piccinini, produtor de Roca Sales compartilha experiências e lições após perdas milionárias com cheia em 2023;

– Thalys Rian Stobbe, capitão do Corpo de Bombeiros Militar fala sobre medidas de segurança nas propriedades em caso de extremos climáticos.

Planejamento

Diretor do Colégio Teutônia, Mauro Alberto Nüske, destaca que o seminário é a continuidade de um evento que busca pensar e planejar alternativas para enfrentar as mudanças climáticas de forma coletiva, com o olhar para os impactos na natureza e na área rural.

Destaques da programação

Destaques da programação

Painel (manhã): “Da porteira para fora – Como os fatores externos impactam as propriedades e como mitigar perdas”

Sérgio Diefenbach, promotor de Justiça regional ambiental Rogério Ortiz Porto, geólogo e economista

Daniel Caetano, meteorologista da UFSM

Pablo Souto Palma, geólogo e secretário executivo do Gabinete de Crise Climática

Painel (tarde): “Da porteira para dentro – como preparar as propriedades para conviver com situações extremas”

Giovani Feltes, secretário estadual de Agricultura Antônio Sartori, diretor da Brasoja

Marcelino Hoppe, agrometeorologista da Unisc Claudinei Moises Baldissera, diretor técnico da Emater

Conforme o diretor Editorial e de Produtos do A Hora, Fernando Weiss, o agronegócio é um dos pilares da economia regional e, por isso, se faz necessário um debate permanente sobre o impacto dos eventos climáticos sobre o campo. Lembra que as enchentes históricas direcionam para uma mudança de comportamento e de ocupação das margens a fim de evitar perdas recorrentes. “Paradoxalmente, essa água que inunda cidades e campos faz falta em tempos de estiagem. Faz tempo, a região fala em projetos capazes de amenizar os prejuízos da seca, aproveitando a abundante água durante os períodos da chuva em reservatórios”, afirma.

O seminário busca despertar na comunidade a consciência sobre o impacto das mudanças climáticas no campo. Os painéis abordarão sobre como os fatores externos afetam as propriedades e como mitigar perdas, além de como preparar as propriedades para conviver com

“Nessa perspectiva, o Colégio Teutônia apoia e sedia o mesmo pelo compromisso que tem desde sua origem, quando surgiu como instituição formadora de capatazes rurais, e que, ao longo de sua história, contribui para a qualificação de pessoas e profissionais nesta região que é considerada o Vale dos Alimentos”, pontua. Nüske ressalta que não é possível controlar as variáveis quanto a fatores externos, mas é possível minimizar as consequências. “Por meio do compartilhamento de experiências, pensamento proativo e tecnologia, unindo forças para a superação dos desafios, minimizando perdas e o sofrimento das famílias”.

Coordenador adjunto do escritório regional da Emater/RS-Ascar, Carlos Lagemann destaca a importância de ser parceira em um evento deste viés, em virtude dos extensionistas estarem, diariamente, no meio rural, ao lado dos agricultores. Para ele, o momento é pertinente para essa discussão junto a outras entidades e lideranças.

“Essa proposta é muito relevante, do ponto de vista de analisar o que pode ser feito fora da propriedade. Seja na construção de políticas públicas adequadas, nas obras que possam ser feitas, em colocar a disposição ferramentas com previsões que permitam a tomada de decisão do agricultor. Fazer com que tenha um planejamento mais profissional”, salienta.

Lagemann espera que o seminário leve ao agricultor o conhecimento necessário para colocar esse trabalho em prática. “Hoje, toda a economia está globalizada e a agricultura é impactada pela questão mundial. Ele tem que saber o que ocorre em outra região que não a nossa para se planejar e avaliar se é momento de investir ou não”.

A HORA | 15 Fim de semana, 6 e 7 abril 2024
Mateus Souza mateus@grupoahora.net.br
DO
TAQUARI
ARQUIVO

Atual vice e ex-vereador devem polarizar disputa

Fabiano Immich, que já comandou o município, será o candidato da situação pelo MDB. Líder da chapa oposicionista em 2020, Márcio Haas vai concorrer novamente, agora pelo PP

se intensificar após o fim da janela partidária, apontam para um embate entre dois antigos aliados e velhos conhecidos do eleitorado.

Conhecida por disputas eleitorais polarizadas, Santa Clara do Sul deve, mais uma vez, reeditar o tradicional duelo entre chapas de situação e oposição. As movimentações partidárias, que tendem a

Atual vice-prefeito nas duas últimas gestões, Fabiano Immich será novamente o candidato da ala governista. Ele já comandou a cidade entre 2013 e 2016, mas não tentou a reeleição na ocasião e abriu espaço para o retorno de Paulo Kohl-

Os candidatos

Fabiano Immich (MDB)

Conhecido na comunidade pela atuação no comércio há mais de três décadas, foi vereador por dois mandatos e, em 2012, foi eleito prefeito do município. Quatro anos depois, abriu mão da reeleição para ser vice de Paulo Kohlrausch, cargo que ocupa ainda hoje. Também já foi secretário municipal de Obras e de Agricultura em gestões passadas do MDB.

As movimentações partidárias, que tendem a se intensi car após o m da janela partidária

rausch ao Executivo. A tendência para 2024, no entanto, é do MDB ceder a vaga de vice a outro partido. Estruturado na cidade no ano passado, o Republicanos deve ser o principal aliado. O nome mais cotado da sigla para compor a majoritária é do empresário Estevão Heisler. Atual presidente da Associação Comercial e Industrial de Santa Clara do Sul (Acisc), já foi suplente de vereador e chefe de gabinete do Executivo municipal.

Nova tentativa

A oposição também se articula para o pleito de outubro. O enfraquecimento do antigo PTB (hoje PRD) fez parte do grupo migrar para o PP, sigla que já possui posicionamento crítico à administração municipal. Com isso, o ex-vereador Márcio Haas, candidato em 2020, deve ser novamente alçado à disputa para a majoritária.

Na disputa anterior, Haas foi

Marcelo Stoll deixa secretaria de Obras

deira na Câmara Municipal, é de seis meses antes das eleições.

Em conformidade com a legislação eleitoral, o prazo de desincompatibilização para ocupantes de cargos no Poder Executivo que queiram se candidatar a uma ca-

Em busca de novos desafios políticos, o secretário municipal de Obras, Marcelo Stoll, anunciou a decisão de deixar as funções para concorrer ao cargo de vereador nas próximas eleições. Neste momento, ele é apenas pré-candidato, aguardando o período oficial de registro de candidaturas.

O prefeito Fábio Mertz nomeou como substituto Anderson Degasperi, o qual ocupava a função de coordenador na secretaria. “Temos certeza e confiança no trabalho do novo secretário para manter a continuidade das atividades administrativas e o bom funcionamento da gestão municipal.” afirma Mertz .

Márcio Haas (PP)

Natural de Boa Vista do Buricá, mudou-se jovem para o Vale do Taquari. Vereador por três mandatos, presidiu o Legislativo e foi candidato a prefeito em 2020, pelo PTB. Também já foi secretário municipal de Obras e de Desenvolvimento Urbano e Social e coordenou a Defesa Civil por cinco anos. Também integrou diretorias de clubes esportivos.

derrotado por Kohlrausch por uma diferença de pouco menos de 300 votos. Agora, busca encerrar uma sequência de cinco gestões consecutivas do MDB na cidade, justamente contra um velho aliado, de quem foi secretário municipal de Desenvolvimento Urbano e Social. O pré-candidato a vice é Claudir José Bald, do PDT. Outros partidos ainda avaliam estratégias para outubro. Entre eles, o PL e o PT, protagonistas na eleição presidencial de 2022.

16 | A HORA Fim de semana, 6 e 7 abril 2024
MARQUES DE SOUZA Marcelo Stoll é pré-candidato a vereador SANTA CLARA DO SUL Mateus Souza mateus@grupoahora.net.br DIVULGAÇÃO
A HORA | 17 Fim de semana, 6 e 7 abril 2024

APRESENTA

APRESENTA

APRESENTA

FAcriação de um Centro de Desenvolvimento Cultural e Educacional foi o objetivo do projeto desenvolvido pela arquiteta formada pela Univates em 2022/A, Denise Andréia Führ, para o trabalho de conclusão do curso.

Pacilitar a interação com a comunidade e o ambiente externo é a grande aposta do projeto da arquiteta recém-formada pela Univates, Débora Caterine Costa, para o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). O prédio, pensado como uma nova sede para as três empresas que formam o Grupo Popular, também possui espaço para abrigar outros empreendimentos.

ara acolher vítimas de violência contra a mulher ou pessoas em situação de risco, a arquiteta Amanda Caneppele, formada pela Univates em 2023/B, criou o projeto Alma - casa de acolhimento para a mulher, como Trabalho de Conclusão do Curso (TCC).

Educação e cultura para todos

Segurança e acolhimento à mulher

área externa.

A ideia foi inserir o centro na cidade de Estrela, como um espaço adequado para diversas atividades. Assim, o Criar Centro de Desenvolvimento Cultural e Educacional também propõe ofertar eventos e atividades diurnas, para os idosos, crianças e jovens, em especial, no turno inverso escolar. Para os adultos, as atividades serão concentradas nos turnos vespertino e noturno. Além disso, ocorrerão diferentes eventos abertos ao público, como palestras, encontros gastronômicos e pequenos eventos musicais. A ideia é que o espaço se torne referência para os municípios e atraia moradores de toda a região.

riência diferenciada aos usu ários, explica a profissional. A construção busca ampliar a visibilidade e a interação das empresas com a comunidade, por isso, o projeto também prevê uma cafeteria no andar térreo. “A ideia é atrair tanto o público que trabalha e fre quenta o prédio, como a co munidade em geral”.

Sacadas e visuais foram adotados para garantir uma expe -

A ideia foi criar um espaço que as mulheres pudessem se hospedar pelo tempo necessário, até se sentirem seguras e em condições de voltar à rotina. No projeto, a casa de acolhimento conta com atendimentos também para os dependentes das vítimas que se encontrarem em situação de risco.

Parcerias

Denise destaca que para a viabilização do projeto, foi pensado em uma parceria público-privada, com o objetivo de ofertar oficinas gratuitas, em especial, às pessoas carentes e alunos de

A estrutura conta com atendimento integral, com moradia, apoio psicológico, social e apoio jurídico. “Deve ser um lugar que ofereça segurança, proteção, reconstrução da cidadania da mulher e resgate da autoestima e empoderamento dela”, reforça Amanda.

PATROCINADORES

PATROCINADORES

Por isso, conforme explica a arquiteta, o projeto tem o objetivo de promover o rompimento com a situação de violência em um espaço que promova todo apoio, proteção e assistência para as vítimas.

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Na parte externa, cores neu tras como cinza, preto e tom de madeira foram escolhidas para transmitir sensação de aconchego, destaca Débora.

escolas públicas. Além de pro porcionar apresentações teatrais e músicas por meio de editais e leis de incentivo à cultura. A ideia é que o espaço tam bém sirva como locação para eventos e palestras de empresas e pessoas interessadas. O centro contará com salas comerciais, cafeteria, e abrigará a biblioteca pública em um ponto de fácil acesso e visibilidade.

Atenção em cada fase

“O propósito do centro cultural é realizar o encontro de pessoas, indiferente de raça, cor e classe”, destaca a arquiteta.

Materiais utilizados

Quanto à estrutura, além do uso de Laje nervurada, o projeto optou por deixar os ângulos de 90º arredondados com aplicação de madeira no pavimento térreo, de modo a facilitar o trajeto do pe-

A cafeteria possui tom de também foram adotados carpetes para ajudar no conforto acústico, além de painéis em MDF para compor cada área, conforme a finalidade.

Segundo a profissional, a escolha dos materiais conside rou a disponibilidade no mer cado, beleza, funcionalidade, custo-benefício e qualidade acústica e térmica.

cilidade, se necessário, mas com o devido cuidado, dura

utilizados painéis em concreto polímero e estrutura metálica para a ventilação, com aumento, também, da inércia térmica e diminuição da entrada de calor.

e influenciar outras mulheres a romperem e superarem o ciclo da violência”.

“Esta materialidade exige pouca manutenção, apenas a sua higienização”, destaca a arquiteta.

Conforme conta Amanda, a ideia principal da casa de acolhimento é desenvolver um tratamento adequado à dor e vulnerabilidade das mulheres, permitindo o encerramento de um ciclo e início de uma nova fase.

No espaço, as atendidas recebem a atenção necessária desde a chegada até o momento de reinserção, para se sentirem acolhidas, protegidas e se recuperarem do trauma. “A sensação deve ser de pertencimento ao lugar, pois sua dor não é mais invisível. Na casa de acolhimento Alma, elas não só têm um rosto, mas tem poder de falar

Materialidade

A cobertura conta com a impermeabilização e colocação de argila expandida para uma melhor eficiência térmica. Assim como espelhos d’água e vegetação para o resfriamento evaporativo.

A arquiteta conta que na proposta da casa, a volumetria foi sugerida em formato de “L”, composto por um bloco e uma barra que se conectam. A estrutura busca transmitir a quem transita pela rua da fachada principal, a sensação de proteção e segurança, desenvolvida através de uma fachada com brise em madeira, além de uma parede em cogobós.

com vigotas treliçadas e preenchimento com bloco de EPS.

REALIZAÇÃO

REALIZAÇÃO

A estrutura do projeto é composta por pilares de concreto armado moldados in loco, assim como as vigas, com altura de 60 cm. As lajes são pré-fabricadas

O revestimento e fechamento das paredes externas e internas foram definidas para serem executadas com blocos cerâmicos, com acabamento em massa única e pintura. Nas fachadas externas referente ao bloco de empoderamento e abrigamento

terá concreto aparente. As esquadrias serão todas em alumínio anodizado na cor preta e brises em alumínio anodizado amadeirado verticais. Os vidros são incolores, com portas internas em madeira semi-oca, pintadas na cor branca. Ainda, o piso será laminado nos dormitórios e porcelanato nos demais ambientes.

18 | A HORA Fim de semana, 6 e 7 abril 2024
Amanda Caneppele Arquiteta e urbanista formada pela Univates em 2023/B Orientadora: Jamile Weizenmann pela Univates em 2022A Orientador: Guilherme Osterkamp
DE SEMANA, 30 E 31 DE MAIO DE 2020
| FIM
| Você. | FIM DE SEMANA, 12 E 13 FEVEREIRO 2022
| FIM DE SEMANA, 6 E 7 DE
DE 2021
| Você.
FEVEREIRO
Débora Caterine Costa debo_costa94@yahoo.com.br
IMAGENS JEANDRES ROSA
REALIZAÇÃO
PATROCINADORES
Bibiana Faleiro bibianafaleiro@grupoahora.net.br

Comum entre os jovens

De acordo com o médico psiquiatra Rafael Moreno, esta é a segunda principal causa de morte en tre adolescentes e jo vens adultos no mun Ns países desenvol vidos, o suicídio é mais frequente a partir dos 50 anos, e em países subdesen volvidos, como o Brasil, o nú mero é maior entre os jovens. Os dados também mostram maior número de homens que cometem suicídio em relação às mulheres. No Rio Grande do Sul, os casos mais comuns são de homens a partir dos 40 anos. “A taxa relativa de suicídios em idosos também assusta, sendo uma das principais cau sas de morte nessa faixa etá

ria”, ressalta o psiquiatra. Moreno explica que o suicídio é um fenômeno multifa-

Marielle não vive

EVale a Vida

xpressão alçada a slogan reivindicatório, relacionada à luta por direitos e clamor por justiça, “Marielle vive”, quase um eufemismo, infelizmente escapa à realidade: ela está bem morta.

Em Lajeado, a Univates, em parceria com a Unisc e Uergs, organiza o projeto Vale a Vida, com um grupo de pesquisadores apoiados pela Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia do estado.

Enquanto isso, vivem os que defendem excessos característicos de regimes autoritários, nos quais tortura e uma morte a mais ou a menos não diz nada. Certamente estarmos em uma democracia a favor do regime democrático, o que não é redundância, possibilitou dar andamento, mesmo que tardio, aos assassinatos do motorista Anderson Gomes e da vereadora da capital fluminense. Na “Dita”, lembrada com nostalgia pelos saudosistas indecorosos, vários crimes cometidos por figuras vinculadas ao Estado ficaram sem solução.

O projeto atende pessoas do Vale do Taquari e Rio Pardo. As inscrições vão até outubro e, para participar, basta entrar no site do Vale a Vida, clicar em “Quero Participar”, preencher os dados, concordar em fazer parte do projeto de pesquisa e marcar uma consulta com o psiquiatra. Depois, o paciente passa por quatro sessões virtuais de psicoterapia com profissionais capacitados.

Enquanto os corpos de Anderson e Marielle já estão decompostos, passam muito bem os integrantes das milícias e as pessoas, em altos escalões de poder, com aqueles bem relacionadas. Até ontem, “de boas” era o dia a dia do deputado da bancada ruralista, da Frente Parlamentar da Agropecuária, Chiquinho Brazão; do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, Domingos Brazão; e do ex-chefe da Polícia Civil fluminense Rivaldo Barbosa – os três suspeitos.

“Aqui se faz, aqui se paga” é uma expressão popular

Entre os pesquisadores do projeto, está a médica psiquiatra e psicoterapeuta, mestranda da Pós-graduação em Ciências Médicas da Univates Luiza Lucas. Ela explica que são coletados dados sobre como os participantes se sentem antes, durante e após os atendimentos, para estudar como as tele-psicoterapias afetam as pessoas. “Por exemplo, se elas melhoram de sintomas de ansiedade, depressão e irritabilidade, como isso ocorre, em quais pessoas funciona melhor, etc”, explica Luiza.

Desde março, quando iniciou, mais de 550 pessoas se ca-

mento suicida. Um movimento semelhante também pode ser percebido nas universidades, uma vez que, hoje, elas não garantem mais emprego, ou felicidade. Isso resulta em uma massa de jovens com formação superior e desempregados ou com trabalho em outra área

“Estudar e tirar boas notas não garante nada para ninguém. Ser feliz é a grande preocupação do jovem do século XXI, não é ter dinheiro para comprar um terreno e construir

Com poucos projetos de apoio na região, o médico entende que o assunto deve ser abordado com menos tabu já na educação, desde a formação

mais longeva, mas também é falsa. O caso do jogador Daniel Alves, condenado por estupro, libertado, na sequência, após pagamento de fiança, poderia apontar somente para uma legislação pautada em um imaginário machista, característica do viriarcado, leis cheias de brechas. Mas o fato de ele promover uma festança logo após deixar a cadeia, para a qual compareceram vários amigos encapuzados, indica para profundezas. Quase nada “se paga” quando se tem grana. Uma obscenidade escorchante.

podem ser feitas sem (tanto) medo de censura ou de retaliação. O julgamento de Julian Assange demonstra que nada é completo mesmo nas democracias, Nos regimes autoritários e ditatoriais, é muito pior. É o que temos.

O uso de injeções na

Uma das técnicas de reprodução humana assis tida oferecida pelo Centro de Reprodução Hu mana do HBB é a fertilização in vitro. Esta técnica depende da esti mulação ovariana por meio de medi cações específicas.

Para tanto, se utilizam medica mentos que estimulam o crescimento dos folículos ovarianos, que são pequenas cavidades do ovário, preenchidas por líquido, onde cada óvulo se encontra.

Segundo o novo relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), 17,5% da população adulta mundial enfrenta problemas de infertilidade, ou seja, uma em cada 6 pessoas passa pela dificuldade de engravidar. A prevalência é semelhante em países de alta, média e baixa renda. A Fertilização in vitro (FIV) é uma das soluções para esses casais. No mundo, nascem, por hora, 116 bebês através da reprodução humana assistida.

Na grande maioria dos ciclos menstruais humanos espontâneos (sem tratamento), o organismo promove o crescimento de somente um folículo e a liberação do seu respectivo óvulo. No entanto, em ciclos estimulados (em tratamento) são prescritas injeções de uso subcutâneo, denominadas de gonadotrofinas.

dastraram no projeto. Os principais motivos que levaram à procura das consultas são sintomas de ansiedade, depressão e irritabilidade.

“Os resultados têm sido ótimos, as pessoas estão aderindo bem às sessões de psicoterapia”, destaca Luiza.

Apressados sugerem, diante de limitações do poder judiciário, mormente atreladas ao legislador, da corrupção de elementos ocupando cargos relevantes nas instituições, vide o que nos revelam os homicídios tratados nesta matéria, que resta armar a população e fazer “acertos” com as próprias mãos. Mas é nesse caldeirão, com algum elemento a mais ou a menos, que as milícias se formaram. E foi delas a pá que jogou terra nos corpos de Anderson e de Marielle.

Os dados serão publicados em periódicos científicos internacionais e nacionais.

Como ajudar

O certo seria não precisar chegar ao ponto de fazer atos e campanha para exigir justiça. Muitas vezes, é o que sobra diante dos corpos inanimados. Além disso, escolher, nas eleições municipais, que vêm aí, por quem destaca a democracia como regime político adequado continua sendo a melhor pedida. Um sistema no qual as cobranças por correção

O primeiro passo para ajudar um paciente psíquico é não deixar que ele abandone o tratamento. Além de entender que são problemas crônicos, sem cura. Por isso, é importante aprender a conviver com as doenças ao invés de escondê-las.

Dados no RS em 2019

- Estado é o segundo com mais casos de morte pela causa no país;

Enquanto os corpos de Anderson e Marielle já estão decompostos, passam muito bem os integrantes das milícias e as pessoas, em altos escalões de poder, com aqueles bem relacionadas.”

- Faixa etária com mais casos foi entre 40 e

Tal estimulação tem como objetivo fazer com que os ovários produzam mais óvulos, aumentando as chances de desenvolver mais embriões e, consequentemente, propiciar maior probabilidade de gravidez. Esta etapa dura entre 8 e 12 dias e, durante a mesma, monitora-se o crescimento dos folículos através de ecografias.

Ao alcançar o tamanho adequado, programa-se a coleta dos óvulos, também chamada de aspiração folicular.

Em complemento às gonadotrofinas são associados medicamentos bloqueadores da ovulação, também injetáveis, que têm a função de tentar evitar que os folículos ovarianos rom-

A FIV requer uma programação necessária para as etapas que se seguem como: as ecografias, a autoaplicação das medicações, a coleta dos óvulos e dos espermatozoides e transferência embrionária. As mulheres, em sua maioria, passavam pelos passos do tratamento com pouca participação dos seus companheiros, o que representava uma jornada emocionalmente mais “pesada”. É visível o crescimento da participação masculina durante a caminhada na busca da gravidez. São eles que, na maioria das vezes, se dispõem a aprender e aplicar as medicações e acompanham as suas parceiras como ouvintes ativos durante o tratamento. Essa participação é muito positiva, não somente para o fortalecimento do binômio, como também para a representatividade da parceria emocional desse casal. Não é necessário que o cônjuge seja o mais ativo, visto que, na maioria das vezes, é na intimidade que conversam e dividem a dificuldade da jornada dentro do Centro de Reprodução Humana. Essa jornada pode se apresentar de forma mais desgastante para algumas mulheres e é no parceiro que buscam apoio. É importante que a equipe entenda, acolha, escute e tenha um olhar diferenciado a esse parceiro que se dispõe a ser parte integrante do processo, mesmo que por vezes seja de forma introspectiva. O nosso desejo é que a participação dos parceiros no tratamento de reprodução humana assistida cresça e que a equipe que os acompanha desenvolva a percepção da importância que o papel masculino tem no desafio da tão sonhada gravidez.

pam antes do tempo, o que resultaria na liberação dos óvulos antes da sua coleta e, assim, a interrupção prematura do trataNo Centro de Reprodução Humana, através de aulas práticas, ensina-se como aplicar as devidas injeções. Entre tantos papeis da enfermagem, está o de incentivar as pacientes a serem protagonistas de uma das etapas determinantes para o sucesso do tratamento. É desafiador e, ao mesmo tempo, gratificante. O desafio é fazer com que as pacientes passem a ter segurança e autonomia na aplicação das injeções, proporcionado um certo “empoderamento” durante essa etapa. Em alguns casos, as pacientes aplicam a primeira dose em conjunto com a equipe e é notório o crescimento da autonomia, bem como o fortalecimento desse papel.

É enriquecedor para nós, enquanto equipe, ver o crescimento delas e a desmistificação desse processo de auto aplicação das medicações. Essa autonomia é positiva por sentirem-se capazes de algo que antes lhes parecia além da sua capacidade. Em alguns casos, esse papel é desempenhado com maestria pelos próprios companheiros. Assim, o binômio se fortalece no apoio durante essa etapa.

A HORA | 19 Fim de semana, 6 e 7 abril 2024 FIM DE SEMANA, 11 E 12 DE SETEMBRO DE 2021 | Você | 7
Patricia de Oliveira Coren 127051
Coordenadora Centro
de Reprodução Humana BIBIANA FALEIRO
Ser companheiro
OPINIÃO

No mês de consciência ao autismo, instituições e famílias reforçam a importância da inclusão e de tornar o espectro cada vez mais visível à comunidade

Rotina, atividades físicas, oficinas de música e interação com outras crianças são ferramentas que Kauã Rodrigo Stack, 10, utiliza para ter qualidade de vida. Diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA) aos 2 anos, ele vem aprendendo sobre sua própria personalidade com o auxílio e carinho dos pais. Nesta semana, participou da Caminhada do Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo em Lajeado, celebrado no dia 2 de abril e, ao lado da equipe da Apae, reforça a importância de sensibilizar a comunidade sobre o tema.

Desde que começou a frequentar a Apae - que atende cerca de 100 crianças com o espectro - a mãe de Kauã, Ivete Stack, 35, percebe o progresso do filho. Ela acompanha a rotina dele, entre as aulas e as terapias e o leva de Marques de Souza, onde moram, a Lajeado, todos os dias.

Ivete conta que o momento do diagnóstico foi de incertezas. “Fica aquela dúvida. Para uma mãe que descobre o transtorno do filho, fica aquela coisa, o que eu vou fazer, é um susto. Mas vemos como estamos progredindo”. Ela comenta que se os dias saem um pouco da rotina, já observa a ansiedade no filho. Mas vem aprendendo o que funciona no desenvolvimento de Kauã. “Cada conquista dele é um presente pra nós”.

Por não apresentar caracte-

Entre conquistas, a luta por direitos

rísticas físicas, o Transtorno do Espectro Autista é considerado invisível. Por esse motivo, Ivete afirma que muitos direitos ainda não são realidade para o filho. Ela ainda cita a dificuldade de acesso a serviços de saúde.

Direitos esquecidos

A Ong Azul Como O Céu foi

criada em Lajeado com essa finalidade: garantir direitos às pessoas com autismo. Presidente da entidade, Paula Martins, 30, afirma que a maior dificuldade do grupo, hoje, é conseguir os direitos que dependem do poder público, como terapias pelo SUS, por exemplo, já que faltam profissionais e infraes-

trutura para atender a demanda pública. Segundo ela, também faltam monitores capacitados e recursos nas escolas para acompanhamento das crianças com o espectro.

A visibilidade da causa traz conhecimento à população e as leis de amparo nos dão a equidade necessária para a pessoa com autismo conviver socialmente”

Por outro lado, Paula, que também é psicóloga, destaca as conquistas mais recentes da ong, que são em relação à visibilidade da causa e os projetos de leis que amparam os autistas em seus direitos. “A visibilidade da causa traz conhecimento à população e as leis de amparo nos dão a equidade necessária para a pessoa com autismo conviver socialmente”. Essa, conforme ela, é uma luta diária do grupo.

Paula ainda reforça que o autismo, no Brasil, é considerado uma deficiência, e isso garante direitos como preferência em filas, desconto em passagens aéreas para acompanhante, ter direito a acompanhante em consultas, atendimentos hospitalares, entre outros.

A psicóloga é mãe de dois meninos com autismo, o Arthur, de 5 anos, e o Igor, de 3 anos, e foi pela família que ela se interessou

em ajudar a ong. Entre os projetos da entidade, ela cita o Judô, que atende 27 crianças totalmente custeadas pela ong. Outros projetos ainda serão colocados em prática ao longo do ano.

Espaço especializado

Outro serviço oferecido em Lajeado, mas que atende crianças de toda a região, é o Espaço Imaginamente, da Unimed. A psicóloga e coordenadora analista do comportamento no espaço, Janaina Cadoná Ceron, destaca que a clínica atende mais de 300 famílias, com uma unidade também em Santa Cruz do Sul.

O Espaço foi criado em abril de 2021, para oferecer atendimento ao público autista, beneficiários da Unimed, depois de percebida a necessidade de um ambiente especializado diante do número expressivo de encaminhamentos médicos para este tipo de atendimento. A equipe técnica é composta por psicólogos, terapeutas

20 | A HORA Fim de semana, 6 e 7 abril 2024
PAULA MARTINS PRESIDENTE DA ONG AZUL COMO O CÉU Bibiana Faleiro bibianafaleiro@grupoahora.net.br Kauã foi diagnosticado com autismo aos 2 anos e, além das aulas e terapias na Apae, tem o apoio do pai e da mãe Ivete no desenvolvimento BIBIANA FALEIRO

O nível de suporte que cada pessoa com autismo apresenta depende da gravidade dos sintomas e prejuízos no funcionamento, assim como da presença ou não de comorbidades”

autismo

Nível 1: também conhecido como “autismo leve”, apresenta pouca necessidade de apoio e poucos prejuízos nas relações interpessoais.

Nível 2: considerado moderado, apresenta necessidade de apoio substancial, além de déficits severos nas habilidades de comunicação social.

Nível 3: é o mais grave, conhecido como severo. Além de apresentarem as características já descritas nos níveis 1 e 2, apresenta necessidade de apoio muito substancial.

ocupacionais, fonoaudiólogos e nutricionista. Também faz parte da equipe clínica, uma médica pediatra assessora. Os atendimentos fornecidos aos pacientes são embasados na Ciência da Análise do Comportamento Aplicada (ABA) e as intervenções são planejadas de forma individual por meio da avaliação com cada paciente.

Desenvolvimento constante

Conforme Janaina, o progresso é percebido quando a criança adquire habilidades que, até então,

Casa Verde em Lajeado

Além da Apae, outros serviços oferecem um espaço de desenvolvimento a crianças com autismo. A Casa Verde de Lajeado é um exemplo. O local fica na Rua Saldanha Marinho, no Centro, e foi criado para ser um centro de atendimento destinado a crianças e jovens portadores de transtornos de neurodesenvolvimento, como dificuldades de comunicação e coordenação motora, deficiência intelectual e autismo. O local atende crianças e jovens de 3 a 18 anos.

Centro regional

Encantado vai contar com um Centro de Atendimento em Saúde (CAS), voltado às necessidades específicas das pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), por meio do Programa TEAcolhe. O espaço funcionará como referência para toda a região alta, com capacidade para fazer mais de mil atendimentos mensais.

A equipe do CAS de Encantado será formada por seis profissionais, podendo ser médicos, terapeutas, psicólogos, fonoaudiólogos, nutricionista, educador físico, entre outros. O governo de Encantado estuda utilizar o prédio do Posto da Faterco para instalação da unidade.

não possuía. E, após o diagnóstico, quanto antes for iniciada a estimulação da criança, menos prejuízos serão acumulados.

Ela explica que o autismo não é uma doença, é um transtorno do neurodesenvolvimento, e se fala em "espectro" devido a grande variação na apresentação dos sintomas, que podem ser déficits na comunicação e interação social e padrão restritivo e repetitivo de comportamento.

“O nível de suporte que cada autista apresenta vai depender da gravidade dos sintomas e prejuízos no funcionamento de cada um, assim como da presença ou não de comorbidades”, ressalta a psicóloga.

Segundo Janaina, o processo diagnóstico nem sempre é uma etapa fácil para a família. “Geralmente, a rotina familiar precisa ser reorganizada em razão de idas a terapias da criança, há uma reconfiguração de expectativas em relação àquele filho, e há um percurso em busca de aprendizado para manejar as dificuldades apresentadas por aquela criança”. Por isso, defende que a família tem

ENTREVISTA

“É recomendado o convívio com outras crianças”

Para uma mãe que descobre o transtorno do filho, fica aquela coisa, o que eu vou fazer, é um susto. Mas vemos como estamos progredindo. Cada conquista dele é um presente pra nós”

Como é possível identificar uma pessoa com autismo? Esse processo de identificação pode começar com o pediatra, que já vai estar observando o desenvolvimento da criança. Entendo que na escola muitas dessas características são observadas também e os profissionais da educação apontam às famílias o que observam. Como os professores trabalham com muitas crianças, conseguem ver o que é típico de uma criança dessa idade e o que não é. Pessoas com autismo têm prejuízo na parte sociocomunicativa, como elas interagem, elas brincam de um jeito diferente, muitas vezes, não funcional. Parece não terem interesse em brincar com outras crianças mas, muitas vezes, é não saber como se incluir nessa brincadeira. Esse prejuízo na comunicação também é um critério de diagnóstico. Entendemos a comunicação às vezes só como fala, mas está muito além. O corpo também se manifesta quando a gente diz alguma coisa. Pode haver um atraso na fala, uma forma diferente de interagir e ainda um comportamento repetitivo. Eles têm apego à rotina, que é importante, mas também pode

ser prejudicial, porque é um foco restrito, tudo tem que ser trabalhado. O autismo não é físico, está dentro de um grupo invisível.

Como se dá a inclusão?

É recomendado esse convívio com outras crianças. Temos na escola uma representação do que acontece na sociedade. A escola é lugar de que todos estejam, de encontro. Claro que é preciso respeitar as necessidades de cada um, entendendo que a formação docente é um pilar. Quando colocamos as crianças para interagir, a gente ajuda um pouquinho e vai acontecendo naturalmente, é um espaço de estímulo e aprendizagem muito rico. Tem muita coisa acontecendo, mas tem lugares que também são referências, tem situações que são grandes desafios para os professores. Essas crianças carecem muitas vezes de serviços de saúde, isso também é um desafio. Muitas vezes acontece de pessoas com autismo associarem outras habilidades. Quando você tem um potencial acima da média também merece atenção, porque às vezes por aquela habilidade vai conseguir se colocar em um espaço social.

critérios diagnóstico:

Sinais de alerta

- Dé cits sociais;

- Comportamentos estereotipados ou repetitivos;

- Apego a objetos diferentes;

- Fala dificultada ou ausência de fala;

um papel significativo na evolução da criança, já que, quanto mais informações, dedicação às terapias e orientações recebidas dos profissionais, melhor a família poderá lidar com as adversidades que cada autista apresenta.

- Sensibilidade a alguns sons;

- Não gosta de alteração na rotina;

- Pouco contato visual;

- Coordenação motora pobre;

- Falta de consciência de perigo.

A HORA | 21 Fim de semana, 6 e 7 abril 2024
JANAINA CADONÁ CERON PSICÓLOGA
IVETE S STACK MÃE DO KAUÃ

Lente Social

Bella Gula em Lajeado

Tortaria com mais de 30 anos de história, a Bella Gula chega a Lajeado, com a inauguração da loja no bairro Americano. O espaço abriu na quinta-feira, 4, na Rua Pedro Albino Muller, 250. Os proprietários da franquia são Talita Utteich e Felipe Medeiros, naturais

de Erechim e residentes em Lajeado há 10 anos. A primeira loja da Bella Gula foi inaugurada em maio de 1993, juntamente ao primeiro shopping da rede Bourbon, na Zona Norte de Porto Alegre, e, hoje, projeta ainda mais expansões.

Mari Perin e Finger completa 9 anos

A família Perin recebeu amigos, parceiros, clientes e fornecedores para celebrar os 9 anos da Loja Mari Perin e Finger Móveis Planejados.

O encontro foi na segunda-feira, 1º, na loja, que fica na Avenida Senador Alberto Pasqualini, 2.120, no bairro São Cristóvão. A empresa

Motivação no Reload Sindilojas

Maior evento de capacitação do Sindilojas Vale do Taquari, a 9ª edição do Reload Sindilojas ocorreu na quinta-feira, 4, no Centro Comunitário Evangélico de Lajeado. Com o tema “Vender é surpreender”, dois palestrantes abordaram a captação, atendimento e fidelização de clientes e colaboradores. O evento contou com a palestra “Atendimento humanizado: seja show na vida das pessoas”, com Thiago Varejo, e “Você é o protagonista deste palco”, com Marco Zanqueta.

dirigida por Mari, Guilherme e Márcio, já se consolidou na cidade e região com a oferta de móveis planejados, soltos e decoração.

Experiências no Vale do Silício

O que o futuro nos reserva? Esta foi a pergunta norteadora da palestra de Andrea Feine, sobre sua experiência no Vale do Silício. O evento ocorreu na quinta-feira, 4, no auditório do Sicredi Integração RS/MG e todo o lucro arrecadado será destinado ao projeto Vestir e Ser, da prefeitura de Lajeado. Andrea Feine se caracteriza como uma empresária sempre inquieta e curiosa sobre novas tecnologias e formas de gestão, e foi isso o que a levou a buscar inspirações no Vale do Silício.

22 | A HORA Fim de semana, 6 e 7 abril 2024
Lisi Costa Leila Franz Bibiana Faleiro Felipe Medeiros e Talita Utteich Júlia Heydt e Leonardo Martins Erica Bettio, Ane Gerhardt, Cândida Bettio e Silvana Penz Jeferson Dorr e Gabriela Konzen Amanda Revoredo, Cássio Miorando, Mariana Schmidt e Fábio Gomes Guilherme e Mari Perin e Márcio Dick Daniela Balestro, Kátia Eckert, Bruna Zílio e Márcia Marchioro Alissa Sartori e Gabriela Bresolin Gabriela Quevedo e Andrea Feine organizaram o momento

Reload aponta formas de encantar para vender

Evento promovido pelo Sindilojas Vale do Taquari reuniu mais de 400 pessoas em Lajeado

OCentro Comunitário Evangélico de Lajeado sediou na noite de quinta-feira, 4, o 9º Reload Sindilojas – um dos principais eventos de qualificação para o varejo do Estado. Com o tema “Vender é surpreender”, a programação destacou a relevância do atendimento humanizado e de encantar os clientes para garantir o sucesso dos negócios do setor.

Presidente do Sindilojas Vale do Taquari, Giraldo Sandri afirma que o tema é um dos mais relevantes para o atual momento do varejo, o que explica a participação de mais de 400 pessoas. “As pessoas querem se qualificar, melhorar o atendimento e precisam encantar o cliente para vender.”

Segundo ele, apesar do avanço da tecnologia, que auxilia na gestão das empresas, é necessário investir na aproximação humanizada com os clientes. “Era uma prática muito comum antigamente, que precisa retornar pelo bem das próprias empresas. A internet ajuda a vender, mas quem con-

Palestrantes destacaram a necessidade de investir na humanização das relações com os clientes para melhorar o desempenho no varejo

quista o cliente é o lado humano.”

Primeiro palestrante do evento, o empresário Thiago Varejo aposta nesses conceitos para obter sucesso na rede de lojas Cabocla, de Minas Gerais. Segundo ele, depois da pandemia as pessoas começaram a alegar maior dificuldade para vender, diante da predileção dos consumidores pelo comércio eletrônico.

“O problema é que, antes, o empresário fazia outdoor, pintava muro, contratava carro de som, rádio, jornal. Hoje faz post no Instagram e acha que vai vender”, alega. Conforme o palestrante, o que impulsiona de fato as vendas são as campanhas de comunicação

criadas de forma estratégica. Cita como exemplo a gigante chinesa Shein, cujo site remete a inúmeras campanhas simultâneas.

“Eles dão dez motivos diferentes para o cliente comprar agora, tudo com prazo ‘só até hoje’, além de cupons de desconto quando você está saindo”, aponta. Enquanto isso, ressalta que as lojas costumam apenas comunicar que tem melhor produto, preço e atendimento, palavras que não garantem diferenciação no mercado.

“O cliente esquece o que você fala e o que você faz, mas não esquece o que faz ele sentir quando gera uma experiência positiva”, afirma. Cita como exemplo uma empresária que escolhe um cliente aniversariante por mês e leva pessoalmente, e de surpresa, um bolo na casa dela. Segundo ele, esse tipo de ação impacta

ENTREVISTA

MARCO ZANQUETA

“Ser um protagonista é encantar pessoas o tempo inteiro”

• Consultor e mágico pro ssional - Como?

Marco Zanqueta - Ser mágico é ser protagonista e ser protagonista é encantar o nosso cliente. O encantamento vem antes em uma forma de desafio. Se eu faço uma mágica, naturalmente a plateia quer descobrir o meu segredo. Ninguém vem para aplaudir o mágico, mas sim para “pegar” o mágico. A maioria das pessoas enxerga isso como problema, quando na verdade é uma oportunidade. A mesma pessoa que vem para “pegar” o mágico é a mesma que vai aplaudir quando você encantar ela, quando fizer algo que parece impossível. São detalhes muito simples que fazem a diferença. Ser um protagonista é encantar pessoas o tempo inteiro.

despertar em cada um o que há de melhor. Nunca vamos encontrar a fórmula pronta, então temos que ir em busca de ideias, olhar o mercado, mas acima de tudo acreditar no seu próprio potencial.

- É mais difícil vender produtos no varejo ou vender mágica?

- Qual o segredo da venda?

Zanqueta - Não existe fórmula mágica. Nós podemos nos inspirar em pessoas ou negócios que deram certo, mas o grande segredo da venda está na identidade de cada um de nós. Muitas vezes nos espelhamos nos outros, mas esquecemos de enxergar a nossa essência. A gente consegue

não só a cliente que recebe, mas todas as outras, se tornando algo inesquecível.

Thiago Varejo ainda reforça a necessidade de apostar na humanização das relações. Afirma que a tecnologia faz com que muitas pessoas ajam como robôs na hora de conversar com clientes pelo

Zanqueta – Eu poderia dizer que vender mágica é muito mais difícil, mas vender é a mesma coisa para todos, independente do produto ou serviço. Hoje, o mercado está se equiparando, mas temos a grande oportunidade de se diferenciar. A minha vida como mágico é baseada nisso. A mesma mágica que outro profissional faz, é diferente quando eu faço. O mercado está competitivo, mas podemos fazer algo diferente para surpreender. Quantas mulheres gostam que o homem abra a porta do carro? Quantos fazem isso? Talvez a coisa mais simples pode fazer a diferença. Você pode não ser o homem mais bonito ou o produto mais barato, mas com certeza será o mais lembrado e isso faz toda a diferença nos nossos negócios.

whatsapp, por exemplo. “Precisamos voltar a entender de pessoas.” O encerramento do evento ficou por conta do consultor e mágico profissional, Marco Zanqueta. Ele surpreendeu o público com práticas que misturaram mágica e informação voltada à performance no varejo.

“Mau comportamento da sociedade reflete na escola”

Psicanalista diz que omissão a qualidade da educação e transferência de responsabilidades às escolas são apenas alguns dos motivadores da conduta dos jovens. Falta de exemplo da sociedade também influencia o comportamento das crianças e adolescentes

Jéssica Mallmann centraldejornalismo@grupoahora.net.br

VALE DO TAQUARI

As recentes brigas em escolas da região levantaram a pauta sobre a segurança dentro das salas de aula e o comportamento dos jovens. Em entrevista ao programa A Hora Bom Dia, o psicanalista e mestre em educação, Sérgio Pezzi, avaliou o comportamento dos alunos e revelou que os recentes episódios são conse-

quências de atitudes que ocorrem há anos, não somente dentro dos educandários, mas também na sociedade como um todo.

Para Pezzi, vivemos um período de mudança comportamental que perpassa do neurótico para o perverso. “No que tange a questão da escola e da educação escolar, penso que existe omissão há muito tempo. No sentido de despreocupação com a qualidade da educação e com a própria realidade escolar, que passa pela formação dos professores, pelo salário e pelo empobrecimento no enco-

Pezzi reforça que episódios de violência são re exo de atitudes que ocorrem há anos

rajamento aos alunos quererem o conhecimento.”

Hoje, é comum que muitos pais terceirizem a responsabilidade de educar para os professores. No entanto, o psiquiatra ressalta que o exemplo está muito além da sala de aula. Pequenas atitudes do co-

tidiano influenciam na compreensão das regras e sua importância para a convivência em sociedade. Seja no ato de estacionar em local proibido ou fazer uma conversão indevida, o exemplo está no dia a dia. “Nós brasileiros temos um problema com a lei. Temos

muita dificuldade em lidar com ela, que vai desde a norma familiar até a lei constituída por um Congresso”, afirma.

Diariamente é possível ver com facilidade regras que são transgredidas por adolescentes, adultos, autoridades e até mesmo crianças. O problema, segundo o psiquiatra, está na maneira como as pessoas tratam os pequenos erros e resolvem as adversidades maiores.

“Quando as pessoas não denunciam os atos infracionais dos adolescentes, por exemplo, eles contribuem para que isso prevaleça e perpetue. É muito importante que o ato infracional seja denunciado, porque a responsabilização jurídica dá possibilidade para a responsabilidade subjetiva, feita no serviço especializado.”

A HORA | 23 Fim de semana, 6 e 7 abril 2024
VALE DO TAQUARI
RODRIGO GALLAS CLARISSA JAEGGER/DIVULGAÇÃO
24 | A HORA Fim de semana, 6 e 7 abril 2024

Futebol amador

Domingo De estreias

Enquanto alguns campeonatos estão indo para reta final de competição, Lajeado e Encantado dão início neste fim de semana aos municipais de campo.

Em Lajeado, a competição homenageia o radialista Jacy Pretto. O torneio que terá seis equipes será disputado em turno único com todos contra todos. Os quatro primeiros avançam para semifinal.

A partida inaugural será neste domingo no Bairro Igrejinha, entre Projeto Guarani, atual campeão, e o São José, que retorna ao campeonato nesta edição.

O complemento da rodada será no próximo domingo, 14, e terá União Santo André x Internacional e Brasil x Guarani encantaDo

A competição neste ano terá seis times e foi encabeçada por Adair

Lordes, técnico campeão regional aspirante com o Serrano na temporada passada. “Abri mão de montar time, treinar e organizar os guris para que possamos ter competição na cidade”, cita.

Lordes destaca que foram convidados apenas equipes com CNPJ e sede própria. Nove clubes participaram da reunião e seis irão jogar o municipal. Neste ano o formato será apenas na categoria titular com os jogos em uma única sede. Comenta todas as decisões do campeonato foram decididas pelos clubes. “Vamos priorizar a disciplina.”

Nacional (Bairro Santa Clara), Juventude (Bairro Lambari), Ouro Verde (Vila Moça), Barrense (Barra do Guaporé), Serrano (Jacarezinho) e Cruzeiro (Lajeadinho) disputam o título. Lordes destaca que desses, apenas Cruzeiro e Juventude não foram atingidos pela enchente em 2023.

Relata que o Juventude ainda passa por reformas, mais as estruturas de Barrense e Nacional ainda estão sem condições de jogo e re-

ceberão as últimas rodadas. “Isso mostra que temos ainda comunidades que amam futebol.” Para o próximo ano, há a expectativa de Guarani (Linha Argola), Lago Azul (Lago Azul) e União (Palmas), participar da competição.

arroio Do meio

As semifinais iniciam neste domingo com jogo pela manhã entre Guarani e Passo do Corvo pela categoria veterano. Na parte da tarde os duelos são no Bairro Rui Barbosa entre Esperança x Rui Barbosa, no aspirante, e Esperança x União, no principal. O jogo tem transmissão do Grupo A Hora, em live na página do Youtube do A Hora Esportes e também no dial 102,9.

intermunicipal

O torneio que integra equipes de Teutônia, Westfália e Poço das Antas, entra em uma nova fase a partir deste domingo. Quatro clubes entram em campo buscando largar em vantagem nas semifinais.

Em Canabarro, Teutônia, o Canabarrense enfrenta o Juventude, de Westfália. Os times voltam a se encontrar em uma partida eliminatória. Na temporada passada, o Juventude eliminou o time teutoniense nas oitavas de final do Regional Aslivata.

No outro jogo, o União recebe, em Linha Germano, a equipe do Esperança, no clássico de Teutônia pela competição.

estrela

A quarta rodada ocorre neste domingo nas comunidades de Arroio do Ouro e São Luís. O destaque fica para o embate entre Arroio do Ouro e Atlético Estrelense, já que a diferença entre os dois é de apenas dois pontos na tabela de classificação. Outro jogo interessante é São Luís, líder com 7 pontos, e Aimoré, quarto colocado com quatro pontos. Delfinense e União/Sombras buscam a primeira vitória na competição.

A HORA | 25 Fim de semana, 6 e 7 abril 2024
Ezequiel Neitzke ezequiel@grupoahora.net.br
ARQUIVO
Serrano é um dos times que disputa o municipal de Encantado

NA CORRIDA, A RECUPERAÇÃO CONTRA O CÂNCER

A história de Eduardo Schweitzer, 28, ganhou repercussão nacional devido à complexidade da cirurgia: ele ficou acordado e tocando ukulele. Sete meses depois do procedimento, realizou o sonho de novamente participar de uma prova de corrida durante a primeira etapa do ano do Circuito dos Vales/Omega Construtora

Quero correr até longe e mostrar para quem ainda está lutando que é possível. Que existe vida depois do pesadelo”

VALE

“Q

uando eu passei pela linha de chegada, a primeira coisa que eu fiz foi me ajoelhar e dizer ‘obrigado Deus’. Agradeci por estar vivo e ter conquistado esse sonho que eu tinha, de voltar a correr”.

em meio às outras 1,4 mil pessoas que participaram da primeira etapa do Circuito dos Vales/ Omega Construtora, em Santa Clara do Sul, ele controlava o horário no relógio. Quando passou pelo pórtico, começou a cronometrar o tempo. Durante o trajeto, passou por diversos amigos e colegas da equipe de corrida Santiago Running, com quem compartilha treinos e provas. Mesmo em meio à concentração com os passos, o ritmo e a respiração, quando algum conhecido via Eduardo, não faltavam gritos de incentivo e, inclusive, fotos para registrar o momento na história.

As palavras são de Eduardo Schweitzer, 28, de Bom Retiro do Sul. Há sete meses ele passou por uma cirurgia cerebral para a retirada de um tumor. O relato resume a emoção em completar a sua primeira prova de corrida depois do procedimento.

Depois de pouco mais de 18 minutos do sinal que deu início à prova, ele cruzou a linha de chegada. O percurso de 3 km foi completado com sucesso. O dia 24 de março de 2024 passou a ser especial. “Foi incrível. Muito difícil, mas a sensação é ótima, de vitória”, conta.

Na preparação para a largada,

No Circuito dos Vales, Eduardo completou sua primeira prova de corrida depois da cirurgia

O DIAGNÓSTICO

Schweitzer completou a sua primeira meia-maratona no dia 3 de junho de 2023, em Porto Alegre. Uma semana depois, sua vida virou do avesso. Com planos de completar a primeira maratona no ano seguinte, o diagnóstico de um tumor no cérebro fez com que o sonho ficasse em segundo plano. Durante o intervalo na empresa, teve um mal-estar e em seguida uma convulsão. No caminho para o hospital, mais três convulsões. “O mais estranho é que nunca senti nada. Tudo começou durante a prova em Porto Alegre, quando fiquei tonto. Foi o sinal de que tinha algo errado”, lembra. Nos dias seguintes, uma bateria de exames até o diagnóstico. Uma lesão no cérebro na área da fala, da articulação da palavra. No dia 17 de agosto de 2023, a cirurgia. O caso ganhou repercussão nacional. Poderia ser apenas

mais um procedimento cirúrgico delicado de retirada de tumor, se não fosse o fato de Eduardo estar acordado durante toda a cirurgia de seis horas de duração e tocando ukulele, um instrumento musical de origem havaiana, semelhante a um cavaquinho.

MÚSICA DURANTE A CIRURGIA

O procedimento foi feito no Hospital Bruno Born (HBB), em Lajeado, pelo neurocirurgião Isaac Bertuol. Conforme o especialista, se optou por fazer a cirurgia com o paciente acordado para poder observar se ele apresentaria algum déficit neurológico ou lesão na área da fala e compreensão durante o transoperatório.

“E foi um sucesso, tanto que ele não ficou com nenhum déficit neurológico. Ficamos emocionados. Ele é um paciente jovem, saudável até então, religioso. Ele tocou músicas evangélicas, isso nos emocionou muito durante a cirurgia. A equipe médica e de enfermagem estava engolindo o choro porque tínhamos que fazer o nosso trabalho”, diz Bertuol.

Além do neurocirurgião Isaac Bertuol, procedimento foi feito pela equipe composta

26 | A HORA Fim de semana, 6 e 7 abril 2024
Bianca Mallmann biancamallmann@grupoahora.net.br Ezequiel Neitzke ezequiel@grupoahora.net.br DO TAQUARI EDUARDO SCHWEITZER ATLETA
BIBIANA FALEIRO/ARQUIVO

preocupação era voltar a correr e, durante o treino, convulsionar. Porém, os médicos o acalmaram e disseram que as chances eram mínimas. A cirurgia foi um sucesso e estava respondendo ao processo de recuperação.

OS PRIMEIROS PASSOS PARA O RETORNO

Os médicos alertaram Eduardo que a cirurgia poderia deixar sequelas e impedir que ele voltasse a correr. E esta foi justamente uma das principais preocupações dele. A cada conversa com os doutores, a pergunta era a mesma: “vou poder voltar a correr?”. Desistir desse sonho nunca foi uma opção para Schweitzer.

Após os episódios que o levaram para o hospital em 2023, sua

“Logo no pós-operatório a recomendação era de evitar esforço físico para a cicatrização. Mas hoje até é importante ele fazer exercícios, como a corrida. Para o bem-estar físico e mental”, complementa o neurocirurgião Bertuol.

Liberado, Eduardo iniciou o trabalho de emagrecimento e condicionamento físico. Alguns cuidados foram essenciais. Como estava em meio aos tratamentos de radioterapia, por exemplo, não podia correr na rua durante o dia pelo risco de queimadura solar. A opção era correr à noite

APOIO DA FAMÍLIA

E AMIGOS

No período em que esteve afastado das atividades físicas, lembra das mensagens recebidas de amigos e da importância do suporte durante o processo de retomada. Além dos amigos e colegas de equipe, a família foi peça fundamental. Durante o retorno, a mãe e a irmã ficaram receosas e preocupadas com a saúde de Eduardo, mas foram sempre um ponto de apoio. A namorada e o sogro, também corredores, ajudaram na recuperação. E cada movimento, passo e metro a mais percorrido, eram motivos de comemoração.

“Pretendo me esforçar para ser digno desse milagre. Agora, quero fazer mais e reclamar menos. Manter o bom humor e agradecer. Quero correr até longe e mostrar para quem ainda está lutando que é possível. Que existe vida depois do pesadelo”, afirma o atleta.

ou em locais fechados, como na academia.

E essa vontade de logo voltar ao ritmo exigiu cuidados. Depois de um mês e meio da cirurgia, fez os primeiros testes na esteira da academia. “Eu dava dez passos e sentia dor do meu lado esquerdo da cabeça. Como se tivesse alguma coisa se mexendo ali dentro. Aprendi a ouvir o meu corpo, eu não tinha outra escolha”.

Por isso, aprendeu a dosar e a respeitar o corpo no processo de retomada das atividades físicas.

Agora, aos poucos, percebe a evolução e retomada de uma “vida normal”. Durante este período, lembra que fez diversas comparações entre a recuperação da cirurgia e do tratamento, com a prática da corrida.

“Me lembro quando comecei a correr, dos primeiros dois quilômetros que fiz na academia, até chegar nos 21km. De dois, passei para três. E assim evoluí. Conforme o tempo ia passando, fui atingindo distâncias maiores. Até chegar a completar a distância de uma meia-maratona. Então a minha recuperação agora me lembra muito quando comecei a correr. O caminho é subir um degrau por vez, mas sempre pra frente”, diz Eduardo.

Ele tocou músicas evangélicas, isso nos emocionou muito durante a cirurgia. A equipe médica e de enfermagem estava engolindo o choro porque tínhamos que fazer o nosso trabalho”

A HORA | 27 Fim de semana, 6 e 7 abril 2024
pelos doutores Carlo Domênico Marrone (neurologista e neurofisiologista), Fabiano Ruoso (neurocirurgião) e Brás Antônio Finamor (anestesista).
ISAAC BERTUOL MÉDICO NEUROCIRURGIÃO
Durante a cirurgia cerebral, Eduardo cou acordado e tocou ukulele
MARCIO RODRIGUES/FOCO RADICAL/DIVULGAÇÃO
HBB/DIVULGAÇÃO

ENTRE O SONHO DO HEPTA E A BUSCA PELO SEGUNDO TÍTULO

A TAÇA EM JOGO NA ARENA

Grêmio e Juventude disputam o título de campeão gaúcho neste sábado. Partida na Arena tem cobertura especial do Grupo A Hora

Chegou a hora da decisão. Grêmio e Juventude entram em campo neste sábado com sonhos distintos, mas igualmente especiais. O Tricolor busca pela segunda vez na história conquistar o heptacampeonato gáucho. Já o Ju tenta desbancar outro gigante e levantar a segunda taça de campeão estadual. Com o empate na ida, o título está em aberto. A partida ocorre às 16h30min, na Arena, com ampla cobertura do Grupo A Hora. O Tricolor cresceu durante o campeonato, deixou incertezas para trás e mais uma vez, pelo terceiro ano consecutivo, decide a taça contra uma equipe do interior. O Juventude teve um crescimento ainda maior. Roger Machado quase foi demitido ao fim da primeira fase. A direção bancou o cargo e o time de Caxias do Sul foi o único a vencer fora de casa nas quartas de final. Ainda, superou o Inter nos pênaltis para chegar em uma das partidas mais importantes de sua história. Como o jogo no Alfredo Jaconi terminou empatado, não há vantagem para nenhuma equipe. Quem vencer no tempo normal é campeão. Nova igualdade leva a decisão aos pênaltis.

Campanhas

Grêmio

15

3

Rodrigo Ely, que foi preservado da viagem a La Paz, pela estreia da Libertadores, é a alternativa. A decisão deverá ser anunciada internamente depois da finalização da preparação gremista. Quem retorna ao time é Mayk. Expulso no jogo de volta da semifinal, não atuou na partida de ida da final. Mesmo tendo condições, não viajou para enfrentar o The Stronget. Com isso, deve retornar ao time inicial no lugar de Fábio, que jogou em Caxias do Sul e viajou à Bolívia.

DÚVIDAS NOS DOIS LADOS

Os dois técnicos fazem mistério sobre as escalações. O grande mistério do lado azul prevalece na defesa. O zagueiro Pedro Geromel está relacionado e pode ser a novidade. Neste caso, o lajeadense Rodrigo Ely deixaria o time. O ídolo tricolor pode fazer história neste sábado. Ao lado de Kannemann, pode conquistar o heptacampeonato gaúcho. Os dois jogadores são os únicos do elenco gremista que conquistaram todas as taças desde 2018.

Geromel sentiu um pequeno problema muscular na véspera do duelo diante do Caxias, pela semifinal do Estadual. O clube nem sequer divulgou o grau da lesão, mas o edema não foi tão grave.

O provável time do Grêmio para a decisão tem: Caíque; João Pedro, Geromel (Rodrigo Ely), Kannemann e Mayk; Villasanti, Pepê e Cristaldo; Gustavo Nunes, Pavón e Diego Costa.

Se o Grêmio tem dúvidas na zaga, o Juventude tem incertezas no ataque. A saída de Edson Carioca, ainda na primeira etapa do primeiro duelo da final, abriu espaço para que Rildo tivesse uma maior minutagem na decisão. A tendência é de que os dois estejam à disposição de Roger Machado. Soma-se a eles Erick Farias, que entrou na reta final da ida e foi titular na boa arrancada do Ju no Gauchão. A tendência é que Edson Carioca continue titular, mas a confirmação depende da condição física do atacante. O principal desfalque continua sendo Danilo Boza, lesionado na partida do Beira-Rio. Com isso, Rodrigo Sam segue na zaga ao lado de Zé Marcos. O provável time titular do Juventude tem: Gabriel Vasconcellos; João Lucas, Rodrigo Sam, Zé Marcos e Alan Ruschel; Caíque, Jadson e Jean Carlos; Edson Carioca (Rildo, Erick Farias), Lucas Barbosa e Gilberto.

TORCEDORES DO VALE MARCAM PRESENÇA NA ARENA

A Arena receberá o melhor público do ano neste sábado. Com ingressos esgotados desde a quarta-feira, a expectativa é de que mais de 50 mil torcedores estejam na decisão. Entre eles, muitos do

Vale do Taquari. Uma das maiores torcidas da região, os Borrachos de Lajeado terão dois ônibus com destino à Arena. A saída ocorre no início da tarde. Cônsul do Grêmiona cidade e membro da torcida, Jardel de Andrade estava em La Paz na estreia da Libertadores e será um dos milhares de apoiadores do Grêmio na Arena. “Estou sempre presente. Espero uma vitória, por mais que a gente saiba que será um jogo pegado, que o Juventude vem para estragar a festa. A expectativa é a melhor possível de que o Grêmio vai entrar com força máxima para ser heptacampeão”, destaca.

O Juventude também terá torcedor da região. O empresário Marcus Vinicius da Silva nasceu em Caxias do Sul mas vive em Lajeado e é fanático pelo clube. Estar nos jogos do Ju é quase obrigação. “Acompanho

28 | A HORA Fim de semana, 6 e 7 abril 2024
Caetano Pretto caetano@grupoahora.net.br
jogos vitórias
empates derrotas
gols marcados
gols sofridos
15 jogos 5 vitórias 6 empates 4 derrotas 20 gols marcados 10 gols sofridos
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Juventude

Com empate no Alfredo Jaconi, partida ca em aberto na Arena. Quem vencer é campeão, novo empate leva a decisão aos pênaltis

o Juventude desde pequeno, me mudei para Lajeado ainda criança, mas mesmo assim nunca deixei de acompanhar o time. Quando eu estudava, ainda estava no colégio, no final de semana, quando meus pais não poderiam ir pra Caxias, eu pegava um ônibus e ia sozinho para torcer”, relembra. Como torcedor, viveu todos os sentimentos ao lado do Ju. Foi campeão gaúcho em 1998, da Copa do Brasil em 1999, disputou Libertadores e viu boas campanhas no Brasileirão. Ao mesmo

tempo, viu o clube nos momentos ruins e por muitos anos longe da elite. Não importa a fase, sempre estava no Alfredo Jaconi. Longe da decisão estadual desde 2016, estará presente na Arena e confia na possibilidade do título. “Acredito que o Juventude chega muito bem, faz muitos anos que não chega vivo numa final de Gauchão e está com um time acertado, um time de Série A com jogadores cascudos. Já tiramos o Inter e agora vamos com tudo para cima do Grêmio em busca desta taça.”

OPINIÃO DA EQUIPE ESPORTIVA

OPINIÃO DA EQUIPE ESPORTIVA

O que espera da final?

“Acho que vai ser um jogo muito pegado, de muita marcação, Juventude pressionando bem, o ataque do Grêmio com poucos espaços. Como o Grêmio em tese tem a obrigação de vencer o jogo, joga em frente ao seu torcedor, busca o sétimo título consecutivo, acho que o Grêmio vai sair um pouco mais, não vai esperar o Juventude. Acho que tem chance do Ju desbancar o Grêmio, pois tem um time bem organizado. Está empolgado com a possibilidade de voltar a ganhar um título depois de muito tempo. Talvez repita a estratégia que fez contra o Inter, desta marcação mais forte. De não dar muito espaço pro ataque do Grêmio. E acho que tem chance, especialmente de tentar levar pros pênaltis. A estratégia do Juventude deve ser essa, tentar empurrar o jogo o máximo que der pra ir pra cobranças de pênaltis. Acredito em um placar curto, vitória do Grêmio por 1 a 0 ou 2 a 1. Um fator preponderante é a arbitragem estar ligada no jogo. Talvez a gente tenha alguns lances mais ríspidos ao longo da partida.” Daniel

“O Juventude pode ser campeão sem vencer nenhum jogo das partidas finais. A equipe de Caxias do Sul demostrou ter uma leitura perfeita de seus adversários, de forma que soube neutralizar os principais pontos ofensivos e também soube explorar os pontos negativos de seus adversários. Foi assim nas semifinais e também na primeira partida da final, onde só não saiu vencedor por faltar um pouco de qualidade na última parte do campo. E deve ser justamente essa qualidade que deve faltar para o Juventude sair com a vitória da Arena, mesmo podendo ser campeão se levar a uma disputa de pênaltis. Prevejo um partida bem tensa, onde o Grêmio deve pressionar para abrir o placar na primeira metade de jogo, pressionando para fazer o resultado logo, pois se não fizer a pressão vai ser gigantesca e equipe alviverde já demonstrou não ter medo de pressão. Aposto em um título do Grêmio nos pênaltis.”

“A decisão tem tudo para ser um grande jogo, simplesmente por ser final do campeonato. Fora de casa, o Juventude tem jogado melhor ainda do que em casa. Dito isso, quero dizer que o Grêmio não vai ter vida fácil. O Ju gosta muito de jogar como visitante, no contra-ataque. A equipe é montada para isso. Se o Edson Carioca não jogar, vai ter um desfalque importante ali pelo lado esquerdo, porque ele é o principal cara de contra-ataque, que dá opção de velocidade pela esquerda. Agora, o Grêmio jogando em casa é muito forte, vai querer. Já demonstrou isso, não levando todos os jogadores para Libertadores durante a semana. Vai querer a todo custo esse Campeonato Gaúcho. Vai ser um grande jogo. Acho que o Grêmio tem um leve favoritismo por jogar em casa, mas o Juventude, que a gente viu contra o Internacional, é muito forte, e pode, sim, conquistar o título.”

GRUPO A HORA PREPARA AMPLA COBERTURA NA DECISÃO

O Grupo A Hora mobiliza cerca de 15 profissionais para a cobertura da final do Campeonato Gaúcho. O movimento coroa o ápice da primeira competição com transmissão de todos os jogos da Dupla Gre-Nal na Rádio A Hora 102.9 e nos canais do A Hora GreNal. Para o Coordenador de Rádio e Digital do Grupo A Hora, Fabiano Conte, a cobertura de Grêmio e Internacional é essencial tanto para os torcedores como para o próprio veículo de comunicação. “A inserção dos conteúdos nos meios como rádio e jornal, além do

digital, foi uma decisão acertada, pois atende a diferentes segmentos de audiência, considerando as preferências de consumo de informação de cada pessoa”, destaca.

A cobertura ampla da dupla GreNal não só mantém os torcedores informados sobre os últimos acontecimentos relacionados aos clubes, mas também eleva o padrão de exigência da audiência. “Fortalecemos e qualificamos nossa equipe para atender nossa demanda. Com a chegada de competições como o Campeonato Brasileiro, Libertadores e Sul-Ameri-

cana, a cobertura torna-se ainda mais crucial, pois são eventos de grande relevância no cenário esportivo nacional e internacional. Além disso, é importante não esquecer as competições amadoras locais e o Lajeadense, que também têm seu público fiel e merecem atenção”, avalia.

A cobertura inicia ao meio-dia com o programa A Hora Esportes direto do entorno da Arena até às 13h. O Concentração para a partida inicia às 14h30min e segue até às 16h, quando se dá inicio à Jornada Esportiva.

A HORA | 29 Fim de semana, 6 e 7 abril 2024
Félix, narrador João Lucas Catto , comentarista Lisandro Lourenço, comentarista Marcus Vinicius da Silva é torcedor fanático do Juventude e estará na decisão Jardel de Andrade é cônsul do Grêmio em Lajeado e estará na Arena LUCAS UEBEL

Sábado é

O prefeito Elir Sartori comemorava o retorno da água

Falta de água em Sério era resolvida

Vinte anos atrás, o Vale do Taquari enfrentava um período de estiagem e uma das comunidades que mais tinha dificuldades com a situação era Sério. Os moradores ficaram mais de uma semana sem água, já que os oito poços artesianos da localidade tinham secado. Na época, uma mangueira de quatro quilômetros teve que ser ligada a outra cidade para abastecer a população.

Entretanto, a situação foi resolvida quando um novo poço artesiano foi aberto. Bombeado pela Corsan, tinha uma vazão maior que todos os outros juntos e poderia abastecer a comunidade de três mil habitantes.

- Dia Internacional do Esporte para o Desenvolvimento e pela Paz

- Dia Nacional de Mobilização pela Promoção da Saúde e Qualidade de Vida

- Dia Mundial da Atividade Física

Domingo é

- Dia do Corretor

- Dia do Jornalista

- Dia Mundial da Saúde

- Dia do Médico Legista

- Dia Internacional para Reflexão do Genocídio de 1994 contra os Tutsi em Ruanda

- Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência na Escola Santo do dia 6: - São Marcelino Santo do dia 7: - São João Batista de La Salle

Hospital Redentor parava com as internações

Teutônia tinha dois hospitais em 2004. O mais antigo, o Hospital Redentor, aos poucos, diminuía seus serviços. Hoje, inclusive, ele já não existe mais.

Há 20 anos, essa casa de saúde, no bairro Canabarro, era mantida pela Comunidade Evangélica do Bairro Canabarro (CEBC), que gerenciava o hospital com recursos municipais.

Na época, o então prefeito Ricardo Brönstrup anunciava que o Hospital Redentor deixaria de internar seus pacientes e só ofereceria o serviço de pronto-atendimento. A CEBC passaria a administração para o governo e também alugaria o prédio para o município.

Na época, o Hospital Ouro Branco, no bairro Languiru, tinha 92 leitos, enquanto o Redentor contava com somente 30. As futuras internações seriam todas encaminhadas ao Hospital Ouro Branco. Nesta semana, outro hospital de Teutônia, o antigo Teutônia Norte, foi notícia. Um dos mais antigos do município, a casa de saúde foi desativada há anos. Era de propriedade de uma família de médicos da cidade e, em 2014, foi desapropriada pelo município.

Construção da prefeitura de Arroio do Meio

O atual prédio da prefeitura de Arroio do Meio estava em fase final de construção. A obra tinha iniciado em 1972, na época em que Benito Johann era prefeito.

Ainda hoje, o centro administrativo da cidade permanece no mesmo local. Antes disso, a prefeitura de Arroio do Meio funcionava na atual Casa do Museu.

1974 2004

Ouro para o Brasil –

Primeiro sucesso do ABBA – No dia 6 de abril, a banda sueca ABBA vencia o Festival Eurovisão da Canção de 1974, com a música “Waterloo”. O festival ocorria na cidade de Brighton, na Inglaterra, e a vitória da banda lançou o grupo em sua carreira internacional de sucesso. Em 2005, “Waterloo” foi considerada a maior canção de todos os tempos apresentada no festival.

– A Copa do Mundo de Ginástica de 2004 tinha uma de suas etapas no Rio de Janeiro. A final seria em Birmingham, na Inglaterra. Na etapa do Brasil, o país conquistou oito medalhas. Na época, o destaque ficou para a gaúcha Daiane dos Santos, que conquistou medalha de ouro na apresentação solo de ginástica artística, ao som de Brasileirinho, de Valdir Azevedo. Na final, em Birmingham, Daiane também levou o primeiro lugar. Ela foi a primeira ginasta brasileira, entre homens e mulheres, a conquistar uma medalha de ouro em uma edição do Campeonato Mundial.

30 | A HORA Fim de semana, 6 e 7 abril 2024
ARQUIVO MUNICIPAL DE LAJEADO/O INFORMATIVO

Moradores desafiam obras paradas

Moradores das imediações do bairro Montanha e Olarias decidiram tomar medidas por conta própria diante do descaso das autoridades com as obras paradas no viaduto próximo à empresa de balas Florestal na BR-386 em Lajeado. O viaduto, há tempos sem conclusão, foi bloqueado por

razões de segurança, impedindo o acesso entre os bairros. Em um ato de desafio, alguns indivíduos removeram os obstáculos – feito de cimento – e liberaram o tráfego. Esta atitude destaca o descaso da CCR com a BR 386, mostrando falta de preocupação com a comunidade local. A população, mesmo com uma medida fora da conduta ideal, en-

Pré-Candidatura

O Ministro das Comunicações do Governo Federal, Paulo Pimenta, do PT do Rio Grande do Sul, emerge como pré-candidato a governador nas eleições daqui a dois anos. Sua presença constante em eventos do governo e atividades políticas no estado, bem como sua frequente parti-

cipação em entrevistas à imprensa, o destacam como uma figura proeminente. Com um prestígio significativo junto ao presidente Lula, Pimenta surge como uma possível escolha do PT para disputar a governança do Rio Grande do Sul, sucedendo Edgar Preto como candidato do partido.

Movimentação agita município

A última semana em Forquetinha foi marcada por intensas mudanças políticas, com diversos membros do cenário local trocando de partido. O vice-prefeito Grasiani Galli (foto) deixou o MDB para se juntar ao PP, onde planeja concorrer a vereador nas próximas eleições. Na Câmara de Vereadores, as vereadoras Geci Mallmann e Clarice Groders deixaram o PTB e o PP, respectivamente, para ingressarem no MDB, enquanto Cristiano Brauvers e o

vereador Décio Piccoli trocaram o PTB pelo PL. Essas mudanças estão reconfigurando o panorama político do município, que já tem seus dois pré-candidatos a prefeito definidos. Vianei Noll, atual secretário do Planejamento, deixará o cargo em breve para focar em sua campanha pelo PP, enquanto Marcelo Schmidt concorrerá pelo PL. Com essas movimentações, a corrida eleitoral em Forquetinha promete ser acirrada e cheia de surpresas.

controu justificativa na necessidade de facilitar a vida de quem precisa atravessar a região. A pergunta persiste: por que a concessionária não conclui as obras, que poderiam aliviar significativamente o tráfego e melhorar a vida de tantas pessoas? A rebeldia nas ruas é um sinal do abandono e negligência das autoridades responsáveis.

Com apoio de Lajeado

Pela primeira vez, o Festival Sec Circo está presente em Lajeado, marcando sua nova edição após passar por Santa Maria e cidades da região sul. Após algumas cidades que sediaram o festival anteriormente optarem por não mais recebê-lo, Lajeado assumiu o papel de anfitriã e se tornou o novo lar deste evento itinerante. A decisão de trazer o festival para a cidade foi acolhida com entusiasmo pelos habitantes, que veem na iniciativa uma oportunidade de vivenciar a magia do circo e de outras manifestações artísticas.

Era do Pix e o adeus às desculpas

Com a popularização do Pix, as desculpas por falta de dinheiro tornaram-se coisa do passado. Esqueceu o cartão? Sem problemas. “Não tem Pix” é a resposta comum entre clientes e comerciantes. Com acesso à internet e um celular, o Pix está sempre disponível. Não há mais desculpas quando se trata de pagar contas. A era do Pix tornou tudo mais simples e conveniente.

ARTIGO

Fusões

e faísca para o sucesso

Na minha jornada por Comunicação e Marketing, passei por duas importantes fusões: a segunda (iniciada em outubro de 2021) refere-se à incorporação da Plural Comunicação Integrada pelo Estúdio A (atual Estúdio Alfa), empresa do Grupo A Hora, da qual sou sócio. A primeira fusão ocorreu entre 2011 e 2015, e envolveu cerca de 40 mil colaboradores em mais de duas mil unidades pelo Brasil. O trabalho foi enorme e alcançou êxito, inclusive com uma ferramenta de Comunicação Interna premiada pela ABRH-RS com o Top Cidadania. Dedicação e humildade foram essenciais para a criação de uma terceira via, a nova empresa que se constituiu a partir da fusão.

Lendo Deepak Chopra, durante o feriado da Semana Santa, muita coisa me veio à mente com relação a esses processos de transformação, inclusive o aprendizado com a literatura de Jim Collins, consultor americano referência quando o assunto é construção de empresas.

Assisti presencialmente uma palestra do professor Chopra. A serenidade com que se apresenta, além da profunda reflexão que inspira, nos faz entender seu sucesso e reconhecimento mundo a fora. Já os ensinamentos de Collins foram base para o sucesso de uma das maiores empresas brasileiras de alimentação empresarial, onde trabalhei por mais de cinco anos – organização que atraiu os interesses do grupo internacional que a comprou.

Em “As sete leis espirituais do sucesso”, Chopra me surpreendeu com o quarto preceito: a Lei do Mínimo Esforço. O que em princípio me pareceu uma máxima hippie dos anos 60, se transformou numa aula de humanidade e incentivo à realização.

O que em princípio me pareceu uma máxima hippie dos anos 60, se transformou numa aula de humanidade e incentivo à realização”

Assim como o Marketing, que busca reduzir o esforço de vendas a partir dos efeitos que suas táticas de comunicação causam no público-alvo, Collins explica que “as pessoas se alinham energizadas pelos resultados” e que a vitória de uma empresa é uma grande fonte de energia, como descrita no Efeito Volante, conceito formulado pelo pesquisador.

Em resumo, um pequeno grupo dá início ao giro de um imenso volante de ferro pesado. No início, há esforço e muito suor. Conforme o volante vai ganhando velocidade e performance (resultados), outros colaboradores se inspiram a integrar o trabalho. As conquistas são celebradas e há ainda mais impulso.

Segundo Collins, nesse ponto acontece a ruptura. A partir de determinado ponto “o impulso continuamente imprimido à engenhoca trabalha a seu favor, lançando o volante para diante, volta após volta… vruuummm! O próprio peso imenso do volante trabalha para você. Não há mais necessidade de empurrar com mais força do que o fez na primeira volta, e o volante gira cada vez mais rápido. Cada volta se soma ao esforço. O grande e pesado disco parece voar, com um ímpeto quase impossível de deter”.

Conforme dizem os mestres, se entendida e assimilada, a lei da natureza permite que (eu, você, a empresa) possamos materializar um fluxo de resultados financeiros e emocionais com menos esforço do que pensamos ser necessário. Para isso, porém, é preciso, como diz Chopra, gerar faísca. É a faísca que acelera o movimento e leva ao sucesso.

A HORA | 31 Fim de semana, 6 e 7 abril 2024 FABIANO CONTE Jornalista e
radialista
SÉRGIO SANT’ANNA
Publicitário e diretor do Estúdio Alfa
ARQUIVO DO A HORA

Fim de semana, 6 e 7 abril 2024 Fechamento da edição: 19h

MÍN: 16º | MÁX: 28º O tempo fica firme e o sol aparece com nebulosidade variada. Já no domingo, volta a chover.

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