A Hora - 22/11/23 by Jornal A Hora

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ANÁLISE, CURADORIA E OPINIÃO DE VALOR Quarta-feira, 22 novembro 2023 | Ano 21 - Nº 3451 | R$ 4,00 (dia útil) R$ 7,50 (fim de semana) MARCOS RUSHEL

EMPREINOVE

Transformar desafios em oportunidades

Quase 400 empresários estiveram na Univates para um dia de aprendizado sobre gestão, estratégia e inovação

Terceira edição do EmpreInove trouxe palestrantes de renome nacional para apresentar expectativas sobre o futuro dos negócios. Impactos climáticos, eclosão das Inteligências Artiﬁciais e indicadores econômicos evidenciam desaﬁos aos gestores. PÁ G I N A S | 6 e 7

APÓS TEMPORAL

OPINIÃO FÁBIO KUHN

UNIDADE DA LANGUIRU

Demora para retorno da JBS negocia frigorífico luz gera críticas pelo Vale

GUSTAVO MANSUR/PIRATINI/DIVULGAÇÃO

Destinos e lugares imperdíveis na terra das joias e lingeries

Famílias atendidas pela RGE estão há quatro dias sem energia

elétrica. Enquanto isso, produtores rurais calculam prejuízos.

C A D E R N O | C I DA D E S

DOIS MESES DE ESPERA OPINIÃO THIAGO MAURIQUE

Após nova cheia, Fontana se organiza para retomada

Municípios aguardam recolhimento de entulhos Estado prometeu levar resíduos da enchente de setembro para o

aterro sanitário de Minas do Leão. Situação mais crítica é em Estrela.

C A D E R N O | C I DA D E S

Venda da planta de Poço das Antas foi conﬁrmada por R$ 80 milhões. Multinacional promete investimentos que chegariam a R$ 120 milhões para os próximos cinco anos. Assinatura deve ocorrer em 90 dias. PÁ G I N A | 3

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Quarta-feira, 22 novembro 2023

E D I TO R I A L

A B R E A S PA S

Iniciativa para um plano de prevenção

terceira edição do Fórum Estadual de Empreendedorismo e Inovação (EmpreInove) foi momento importante para inspirar e debater o futuro das organizações. Além de provocar líderes e empresários para uma gestão eficaz, trouxe reflexões sobre o enfrentamento do cenário de catástrofes climáticas da qual a região é acometida. Prova desse envolvimento com o tema é a destinação dos resultados financeiros do evento para um fundo específico. Valores esses que representam o início da construção de um plano estratégico para o Vale do Taquari estar preparado com novas cheias.

Colocar em debate permanente a temática das cheias é imprescindível para que o Vale do Taquari tenha cada vez mais força frente aos governos.” Parte do setor privado a iniciativa, ainda que uma ação pontual traz a reﬂexão de que toda a comunidade precisa se unir pela qualiﬁcação do sistema de monitoramento e prevenção para cheias. O evento com os empresários ocorreu uma semana após diferentes setores da sociedade se reunirem no seminário pós-enchente de setembro. Colocar em debate permanente a temática das cheias é imprescindível para que o Vale do Taquari tenha cada vez mais força frente aos governos. Desta forma, fazer serem atendidas as demandas do setor produtivo para assegurar a força econômica e o desenvolvimento da região.

“É necessário ter calma, discernimento e força para oferecer abraço e conforto” Coordenadora de Cultura de Estrela, Sandra Ahlert atuou como voluntária durante dois meses no ginásio Ito Snel e ficou à frente dos trabalhos de assistência às pessoas abrigadas no local. Ela conta como está sendo o período após as tragédias

KARINE PINHEIRO

500 pessoas que passaram pelo local, não conseguia dormir direito nos primeiros dias pensando em tudo e todos, mas carrego lições sobre esses vínculos, generosidade, escuta e respeito pelas pessoas.

Como avalia o voluntariado em Estrela?

Se podemos tirar algo de bom desta tragédia, é a forma como as pessoas se voluntariaram. Muitas pessoas que chegavam para auxiliar se preocupavam em escutar a população, tinham um olhar atencioso, perguntavam como poderiam ajudar cada um. Perceptível que o auxílio era oferecido de coração, porque encarar a dor do outro desta maneira não é simples. Tem pessoas que, até hoje, encontro na rua e abraço, porque às vezes sinto que agradecer não é suﬁciente.

Karine Pinheiro

karine@grupoahora.net.br

Como funciona o seu trabalho no ginásio?

Os servidores da Setcel foram chamados para auxiliar no ginásio já na noite do dia 4 de setembro. Começamos a nos deparar com a dura realidade deixada pela enchente, enquanto recebíamos as famílias atingidas. Esse trabalho de atendimento às pessoas se tornou uma prioridade e assim foi feito todos os dias. Acredito que minha atuação neste período veio da experiência que tive durante a cheia de 2020. Era diretora da Escola Moinhos, que não foi afetada naquele ano, mas funcionou como ponto de apoio aos moradores. Em situações como essa, é necessário ter calma, discernimento e força para oferecer abraço e conforto. Eu absorvi essas vivências e foi natural oferecer isso aos atingidos nesta cheia.

Qual história mais marcou?

De que forma os vínculos surgem nessas situações?

Em virtude do apoio em 2020 no Moinhos e Marmitt, muitas pessoas me conheciam. Os vínculos surgem porque se colocar no lugar da outra pessoa é o ponto básico nestes momentos, assim como fazer uma escuta atenta e entender as necessidades de cada um. Foram momentos de muito trabalho, pois o local ﬁcava assistido durante 24 horas. Exigiu muita organização. Mas surgem muitas histórias, de muitas pessoas que criam proximidade. Tivemos quase

Tem histórias que causam dor, mas tem outras que me deixaram sentimento de alegria. Nos deparamos com idosos que não tinham quem se preocupasse com eles. Desenvolvemos a campanha “Adote um Idoso” e tivemos pessoas que abraçaram essa causa. Outra situação que me marcou foi de uma venezuelana que chegou ao ginásio com quatro crianças e havia sido abandonada pelo marido. Ela pediu ajuda para ir até Chapecó, em Santa Catarina, onde a irmã morava. Buscamos meios de viabilizar isso. Neste período, fomos informados que um grupo do Lions Clube iria visitar o ginásio. Na ocasião, descobrimos que o grupo era de Chapecó. Eles se disponibilizaram a prestar o auxílio necessário quando ela chegasse lá.

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Happy Hour

Expofeira de Progresso

Vestibular Univates

CIC Teutônia promove encontro empresarial nesta quintafeira, 23, a partir das 19h. Entre os destaques o painel “Marcas são pessoas”, com Jaqueline Hartmann.

O complexo Grêmio Gaúcho sedia a Expofeira e Festival com Humor de Progresso. Evento de 30 de novembro a 3 de dezembro, em Progresso.

A Univates adiou para 27 de novembro as inscrições para o Vestibular de Verão. Prova será em 3 de dezembro.

Teatro Univates recebe na sextafeira, 24, às 20h, a apresentação de Marcos e Alice, um jovem casal que se depara com sessão de terapia.

Natal Iluminado

Badin “O Colono”

Rústica de Natal

A Girando Sol adiou a programação do Natal Iluminado na sede da empresa, em Arroio do Meio. Nova data será divulgada em breve.

Humorista Eduardo Christ, retorna ao palco do Teatro Univates para uma sessão extra. Badin, o Colono, será domingo, 26, a partir das 20h.

A 33ª Edição da Rústica de Natal de Lajeado está com as inscrições abertas. O evento ocorre no dia 3 de dezembro no Parque Professor Theobaldo Dick.

Circuito dos Vales Em 26 de novembro, última prova do ano do Circuito dos Vales em Teutônia. Mais de 1,5 mil estão inscritos.

Terapia de casal

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Quarta-feira, 22 novembro 2023

Languiru confirma venda Números de frigorífico para a JBS

R$ 200 milhões será o investimento total da JBS

GUSTAVO MANSUR/PALÁCIO PIRATINI

Planta produtiva renderá R$ 80 milhões para a cooperativa, mais a projeção de R$ 120 milhões nos próximos cinco anos em investimentos na estrutura. Assinatura do contrato de venda deve ocorrer em até 90 dias

R$ 80 milhões vão para a compra do frigorífico

R$ 120 milhões estão previstos em melhorias na planta

400 pessoas serão contratadas para retomar as atividades

Jhon Willian Tedeschi jhon@grupoahora.net.br

VALE DO TAQUARI

plano de reestruturação de uma das maiores cooperativas gaúchas entra em uma nova fase. A venda do frigoríﬁco de suínos da Languiru, localizado em Poço das Antas, foi anunciada nessa terça-feira, 21. A multinacional JBS pagará R$ 80 milhões pela planta produtiva, além da promessa do investimento de R$ 120 milhões em cinco anos, para modernização da estrutura. O fator determinante para o avanço do negócio foi a assinatura do protocolo de intenções entre a JBS e o governo do Estado, para utilização de créditos tributários no pagamento. Com isso, as tratativas avançam para a análise da documentação. A empresa estipula um prazo de 90 dias para concluir o processo e, com a compra oﬁcializada, a unidade deve voltar a operar, por meio da subsidiária Seara Alimentos. A perspectiva da cooperativa é utilizar o valor para reativar operações como agrocenter, fábrica de rações e produção de frangos, para torná-los lucrativos. A partir disso, deve ser consolidado o plano de pagamento de credores, previsto para ser apresentado no início de 2024.

Volta de 400 empregos Para a comunidade de Poço das

1,2 mil suínos devem ser processados por dia na unidade

Assinatura de protocolo encaminha definição da venda do frigorífico de suínos para a JBS

Sobre a JBS Quando reabrirmos a unidade, nós vamos buscar todos os colaboradores que antes estavam lá e oferecer para retornar” JOÃO CAMPOS CEO DA SEARA

Antas, ﬁca a expectativa da retomada da maior empresa do município e a volta das vagas de emprego fechadas com o frigoríﬁco. “Quando reabrirmos a unidade, nós vamos buscar todos os colaboradores que antes estavam lá e oferecer para retornar”, diz o CEO da Seara, João Campos. A projeção é contratar 400 funcionários para a retomada da operação, que será retomada com o

Fundada em 1953, em Goiânia, a empresa tem cerca de 17 mil funcionários no Rio Grande do Sul e movimenta 1,56% do Produto Interno Bruto (PIB) do estado, conforme dados da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). No Brasil, a multinacional possui 152 mil colaboradores - é a maior empregadora do país.

processamento de 1,2 mil suínos por dia, mas com potencial para quase triplicar a quantia – cerca de 3,4 mil cortes diários. O grupo prevê o reinício das atividades para março do ano que vem. O governador Eduardo Leite celebrou os investimentos previstos pela multinacional e indicou que o projeto para a utilização dos créditos será votado ainda em 2023. “Estamos felizes com

esse desdobramento, que atende a uma grande ansiedade da região”, disse. A aprovação da proposta, encaminhada à Assembleia Legislativa na semana passada, deve oportunizar outros negócios semelhantes, com foco no setor da proteína animal.

União de esforços O liquidante da Languiru, Pau-

lo Birck, garantiu que, a partir da abertura das tratativas, os produtores serão chamados para que a cooperativa apresente a proposta da JBS e debata a negociação. E citou a Cooperativa dos Suinocultores dos Vales (Coosuval) como uma possível aliada na retomada da unidade. “Eles serão importantes, porque detém os leitões e as matrizes, então também precisarão estar incorporados.” Birck também destacou a participação em outros segmentos, como o de aves. “A Languiru vai ser parceira do grupo JBS na fabricação de toda a ração do segmento de suínos. Já estamos conversando para avançar com uma parceria no setor de frangos, que também vai ser algo importante pra região”, acrescentou. A pressa da JBS é um aspecto que o liquidante trata como fundamental para a concretização do negócio. “O frigoríﬁco está parado há quase cinco meses. Enquanto mais tempo parado, maior a necessidade de investimento para retomar.” Ele ainda citou que as licenças e autorizações para operação, e as garantias ﬁnanceiras estão encaminhadas.

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Quarta-feira, 22 novembro 2023

thiagomaurique@grupoahora.net.br

THIAGO MAURIQUE

Fontana retoma produção a partir de hoje FRASE DO DIA Para enfrentar os desafios da automação, é fundamental investir em educação, treinamento e desenvolvimento de habilidades. A IA pode ser uma força positiva se for usada para melhorar a eficiência, a produtividade e a qualidade de vida das pessoas, em vez de apenas visar à redução de custos.”

enos daniﬁcada pela enchente do ﬁm de semana, na comparação com a cheia de setembro, a Fontana S.A. anunciou calendário de retomada. Em nota, a direção da empresa informou fornecedores, clientes, prestadores de serviços, colaboradores e consumidores, que as atividades serão retomadas a partir de hoje, com a produção prevista para reiniciar em 15 dias. Conforme a empresa, a última

cheia ocorreu exatos 74 dias após a enchente de setembro. “Já havíamos retomado algumas linhas de produção, e nossas atividades haviam retornado em mais de 50%.” Com o novo sinistro, as atividades ﬁcaram suspensas desde às 19h30min do dia 17 e os trabalhos de limpeza e manutenção começaram na segunda-feira, 20. “Tivemos algumas constatações favoráveis na análise dos danos causados por este segundo evento, o que nos traz mais força e convic-

ção de que com nossa produção totalmente restabelecida até o mês de fevereiro.” A direção da Fontana S.A. agradeceu o apoio e a conﬁança depositada na empresa, que tem 89 anos de história e conta com 270 colaboradores. Conforme o comunicado, e empresa busca alternativas e soluções para administrar de forma mais rápida e eﬁcaz essa variável imposta pelas condições climáticas enfrentadas em todo o mundo.

Grupo Panvel doa gerador ao Hospital de Muçum

A campanha Troco Amigo SOS Vale do Taquari da Panvel segue beneﬁciando as comunidades atingidas pelas enchentes de setembro na região. O Hospital Beneﬁcente Nossa Senhora Aparecida de Muçum recebeu gerador de energia, comprado com parte do valor

obtido através do troco de clientes da rede. Com potência máxima de 125 kva e totalmente automatizado, o gerador beneﬁciará cerca de 7,5 mil pacientes SUS da cidade da região, incluindo os municípios de Roca Sales e Vespasiano Corrêa. Por meio de doações de clientes

do RS, PR, SC e SP, a Panvel arrecadou mais de R$ 1 milhão em 40 dias da campanha Troco Amigo SOS Vale do Taquari. A iniciativa conta com a parceria do Rotary Integração Lajeado, que direciona os investimentos a quem mais precisa. Do total arrecadado, mais de 50% já foram repassados a demandas locais. Outras ações também marcam as contribuições diretas da Panvel e de fornecedores parceiros voltadas às vítimas das enchentes, como o apoio à reconstrução da farmácia popular municipal de Roca Sales e doações de produtos e medicamentos. Foram 17.810 itens, incluindo fraldas, medicamentos e produtos de higiene, o equivalente a mais de R$ 331 mil em doações.

FELIPE COIMBRA CEO DA NEXUS TECNOLOGIA E REFERÊNCIA NACIONAL EM PROJETOS DE REALIDADE VIRTUAL E AUMENTADA

RA da Acil na Univates – Diante dos estragos causados pela enchente no Salão Social da Acil, a entidade transferiu o local da reunião-almoço que ocorre amanhã, a partir das 11h30min. O evento será na sede social da Univates, com o tema “Quiero Café: Cultura Forte e Liderança” e participação dos sócios da rede de cafeterias, Mateus Fell e Luiz Felipe Ferreira. Logo após o almoço, no mesmo local, o prefeito de Lajeado, Marcelo Caumo, receberá homenagem da Assembleia Legislativa do RS. Happy Hour empresarial – A CIC Teutônia promove amanhã mais uma edição do Happy Hour Empresarial. Com recepção a partir das 19h, o evento terá pitchs do comércio com apresentações de Anderson Schmitz, sócio proprietário da Nutriﬁk, Pauline Klein Grave, sócia proprietária e sommelier da Raízes, e Karine Luiza Griebeler, sócia proprietária da Casa Hermosa. Também haverá o painel “Marcas são pessoas”, com a Head de Marketing da Docile, Jaqueline Hartmann. As inscrições são limitadas e podem ser realizadas pelo WhatsApp (51) 99250-1992, ao valor de R$ 60 para associados da entidade e R$ 80 para demais interessados – incluído pizza e um chopp 400 ml.

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Quarta-feira, 22 novembro 2023

DIVULGAÇÃO

Votação do orçamento fica para dezembro Apreciação do projeto foi adiada após pedido do vereador Waldir Blau (MDB). Arrecadação recorde prevista para 2024 é quase 43% maior do que a receita executada pelo município há cinco anos HENRIQUE PEDERSINI

Mais de 1 mil alunos ficaram sem aulas devido ao alagamento das unidades

Escolas municipais retomam hoje as atividades ESTRELA

O longo período de chuvas e a consequente enchente do Rio Taquari voltaram a castigar as escolas da rede municipal de ensino de Estrela. Os estragos e prejuízos físicos desta vez só não foram maiores porque alunos, professores, servidores e também voluntários ajudaram, de forma preventiva, recolher materiais escolares, computadores e outros objetos. Mais de 1,1 mil alunos ﬁcaram sem aulas nas Escolas de Ensino Fundamental (Emefs) e sem atendimento nas Escolas de Educação Infantil (Emeis) nos últimos dois dias. Volta gradual começa nesta quarta-feira, 22, e se concretizará na segunda, 27. No último sábado, 18, completaram-se dois meses exatos do retorno às aulas na Emef Leo Joas, a maior do município, com mais de 600 estudantes e uma das mais atingidas pela enchente

de setembro. Com isso, Estrela retomava a totalidade das aulas na rede municipal. Em setembro foram sete escolas atingidas. Além da Emef Leo Joas, a Emef Cônego Sereno Hugo Wolkmer e as Emeis Arroio do Ouro; Cantinho do Lar; Pingo de Gente; Criança Feliz e Raio de Sol. As mesmas agora foram novamente inundadas, mas em menor proporção. Nas demais instituições municipais as aulas seguiram normalmente, apesar das dificuldades enfrentadas para receber os alunos devido ao bloqueio de algumas vias. Nesta quarta-feira, com o retorno das aulas na Cônego Sereno Hugo Wolkmer, Arroio do Ouro e Raio de Sol, aproximadamente 350 alunos voltarão às salas de aula. As demais na segunda-feira, sendo que somente a Arroio do Ouro já representa mais de 50% do total.

Sem previsão de cheia, Defesa Civil organiza retorno das famílias para casa LAJEADO

Os níveis projetados de chuva não são suﬁcientes para causar uma nova inundação, segundo a Sala de Situação da Defesa Civil Estadual. Com isso, o governo de Lajeado já organiza o retorno em segurança das famílias que tiverem a possibilidade de voltar para casa. O nível do rio está fora da cota de atenção, abaixo dos 15m. Diante da preocupação de uma

nova cheia nesta semana, os moradores atingidos permaneciam nos abrigos. O governo segue com os atendimentos à população e limpeza de vias. Nessa terça-feira, 21, todas as ruas da cidade já estão liberadas para o trânsito de veículos mas ainda sim, o dia foi de limpeza e desobstrução de vias. O recebimento e entrega de doações e avaliações de danos sofridos pela cheia também continuam.

Pastas com maior orçamento Saúde – R$ 171,4 milhões Educação – R$ 168,2 milhões Obras – R$ 48,3 milhões Meio Ambiente e Sustentabilidade – R$ 24,8 milhões Desenvolvimento Social – R$ 19,7 milhões

Superávit

Mateus Souza

mateus@grupoahora.net.br

Vereador Jones Barbosa conversa com Spengler durante a sessão. Orçamento não foi votado ontem

LAJEADO

revisto para ser votado na sessão de ontem, o projeto de lei do orçamento do município para 2024 só deve ser apreciado em dezembro, no limite do prazo regimental. O vereador Waldir Blau (MDB) solicitou mais tempo para analisar o texto e teve o pedido acatado pelos demais colegas de parlamento. Ao todo, a estimativa orçamentária de Lajeado no próximo ano se aproxima dos R$ 600 milhões, impulsionada por aumento na arrecadação nos últimos meses, bem como a atualização de índices de inﬂação e as projeções mais recentes

do Produto Interno Bruto (PIB). Se comparado com a receita executada há cinco anos, o orçamento para o próximo exercício representa uma alta de 42,7%, conforme cálculo da Secretaria Municipal da Fazenda. Além disso, houve um incremento de R$ 13 milhões em relação à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), aprovada em setembro. A arrecadação prevista para 2024 é formada, principalmente, por transferências constitucionais e pagamento de impostos, taxas e contribuições de melhoria. Há também outras contribuições e receitas patrimonial, agropecuária e de serviços.

O valor projetado, no entanto, ainda pode aumentar. Isso porque, em 1º de janeiro, será incorporado o superávit do município em 2023, segundo o secretário da Fazenda, Rafael Spengler. “Não temos ainda como prever o montante. Depende dos gastos das secretarias”, frisa. Em 2022, o superávit chegou a R$ 84 milhões. O secretário, durante a reunião das comissões na segunda-feira, destacou a importância de manter as contas em dia e equilibradas. “Isso nos dá a capacidade de fazer investimentos rápidos, pois se trata de um recurso livre, não carimbado”, pontua. O projeto conta com uma emenda da vereadora Ana da Apama (MDB). O texto prevê a retirada de R$ 30 mil da Secretaria Municipal de Obras e o direcionamento para a Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Lazer (Secel). A ideia é aplicar o recurso na realização da Semana Municipal do Rock.

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Quarta-feira, 22 novembro 2023

EmpreInove apresenta cenários para os negócios e à sociedade Fórum estadual de empreendedorismo, estratégia e inovação reúne quase 400 pessoas no teatro da Univates. Desafios climáticos, Inteligências Artificiais e ser mais produtivo com menos mão de obra exigem novas soluções das empresas Filipe Faleiro

filipe@grupoahora.net.br

VALE DO TAQUARI

omo tornar mais proﬁssional a governança corporativa? De que maneira se preparar para as transformações sociais e no consumo? Quais os indicadores econômicos do país para o próximo ano? O que uma empresa precisa para se manter relevante no futuro? Essas foram algumas das perguntas centrais que nortearam a edição 2023 do EmpreInove – Fórum Estadual de Empreendedo-

rismo, Estratégia e Inovação. A programação ocorreu ontem, no Complexo Cultural da Univates. Cerca de 400 empresários, gestores e analistas acompanharam as palestras com o professor e consultor empresarial, Carlos Alberto Vargas Rossi, com o Head de Inovação da Ayoo e futurista, Luiz Candreva, e com o ex-ministro da Fazenda, diretor de Estratégia Econômica e Relações com Mercados do Banco Safra, Joaquim Levy. No encerramento, painel com o CEO da Neugebauer, Ricardo Vontobel, com a diretora da Gota Limpa, Camile Bertolini Di

Giglio e com o diretor da Docile Alimentos, Ricardo Heineck. “Mantivemos o EmpreInove pois consideramos que, embora estejamos desaﬁador, de uma nova enchente, a vida precisa continuar. Estamos aqui pois precisamos gerar renda, riquezas e trabalho às pessoas”, aﬁrma o diretor Executivo do Grupo A Hora, Adair Weiss. A presidente da Associação Comercial e Industrial de Lajeado (Acil), Graciela Black, realça o propósito de separar uma tarde para debater negócios e buscar experiências diversas para adotar processos de crescimento dentro das organizações. O EmpreInove é uma realização do Grupo A Hora e da Acil. Conta com o patrocínio do Colégio Gustavo Adolfo, Brasrede, Thérapi, Smart Tecnologia, Cooperativa Sicredi e Grupo Imec. O apoio Origen Invest/Safra Invest.

“A governança existe para deixar nossas empresas mais seguras”

O maior desafio são as pessoas. Elas não gostam de transformação. Chego em uma empresa, falo em inovação e vejo que há muita rejeição.”

ISABEL CORNELIUS

Não existe um modelo universal. Como uma receita de bolo, que vai funcionar sempre. Mas temos de conhecer os conceitos para aplicá-los.” CARLOS ROSSI ESPECIALISTA EM GOVERNANÇA CORPORATIVA

Conselheiro de empresas certificado pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) e professor universitário, Carlos Alberto Vargas Rossi, abriu a programação. O especialistas apresentou os desafios, as experiências e características fundamentais para o sucesso de um sistema de governança nas empresas. Rossi contextualizou a evolução da administração e de como unir o conhecimento científico à veia empresarial. “A

governança existe para deixar nossas empresas mais seguras.” Em cima disso, salientou a importância de haver conselheiros independentes, sem vínculos com a atual ou anterior com as organizações para garantir um olhar novo sobre a saúde do negócio. Sobre o papel do conselho, o professor dividiu as funções em monitoramento e estratégia. “Monitoramento, controle, exposição a riscos. No geral, a estratégia é o privilégio deﬁnitivo do

conselho.” Ao abordar conflitos, Rossi afirmou que “os melhores conselhos de administração são lugares muito desconfortáveis e é assim que devem ser”. O que se deve evitar, assinalou o conflito de interesses. “Esse é inaceitável. Evitar isso é um dos deveres fundamentais do conselho. Dever de cuidado, de lealdade e dever de integridade. O conselho deve assegurar que sempre os conflitos de interesses sejam declarados.”

LUIZ CANDREVA FUTURISTA E HEAD DE INOVAÇÃO

“O futuro é de quem sabe navegar no caos e fica confortável nele” Estar preparado às transformações da sociedade e ver oportunidade quando ocorre alguma disrupção. Foi nesta linha a contribuição do futurista, Head de Inovação da Ayoo, Luiz Candreva. Colunista da CBN desde 2018, diretor de criação do Disruptive, o palestrante também é professor. Candreva compartilhou seis lições que podem guiar empresas, governos e indivíduos frente às transformações sociais e tecnoló-

gicas. “O futuro é de quem sabe navegar no caos e ﬁca confortável nele.” Para ele, é necessário se preparar a partir de dados, cenários, perspectivas e não por opiniões. “É preciso enxergar para além das perspectivas pessoais. Compreender as dores essenciais das pessoas é crucial para a inovação. Empresas bem-sucedidas visualizam como meta resolver problemas fundamentais, adap-

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Quarta-feira, 22 novembro 2023

FOTOS MARCOS RUSHEL

“O que precisamos é aumentar a produtividade” O PIB está desacelerando. Mas é de uma maneira positiva. Quer dizer que os estoques estão saindo. E isso interfere na nossa exportação. JOAQUIM LEVY EX-MINISTRO DA FAZENDA

tando-se às transformações e às demandas do mercado.” Justo neste aspecto está outra lição, a tendência crescente de personalização e individualização no futuro. “Cada experiência é única, e o futuro não seguirá um padrão fixo.” Como terceira lição, “ o futuro não pode ser visto com olhos do passado”, afirmou Candreva. Ele sugeriu que o olhar para frente deve ser livre de amarras, permitindo a exploração de possibilidades inovadoras sem a influência limitadora de paradigmas ultrapassados. Neste sentido, alertou para as mudanças impostas pela Inteligência Artificial. “Não se trata de ser contra ou a favor. Mas quem não usar, vai ficar para trás. É como querer ficar usando lampião enquanto os concorrentes têm eletricidade.” Para ele, o profissional mais valioso é aquele que terá capacidade de resolver problemas complexos. “Então peço para todos que ampliem suas caixas de ferramentas. Busquem aprender coisas novas todos os dias. Isso não é difícil, basta viver. Viver o presente, de verdade. Assim estará mais preparado para o futuro.”

Arrecadação com os ingressos do EmpreInove será depositada em um fundo para custear o plano regional contra as cheias

O ex-ministro da Fazenda e atual diretor do Banco Safra, Joaquim Levy, fez uma análise das duas principais economias mundiais (EUA e China), da Argentina, e como os indicadores posicionam o Brasil para 2024 e 2025. Ele apresentou um cenário otimista para o país. “Felizmente, a economia não está ruim. Primeiro, a inflação despencou bastante, puxada por fatores globais. A taxa de juros está em queda. O preço dos alimentos vem caindo, o que faz com que a inflação industrial também caia,” afirmou Levy. Ressaltou que a queda na inflação aconteceu sem o Brasil en-

frentar uma recessão e que o mercado de trabalho se manteve mais alto do que antes da pandemia. “Está dentro da faixa de tolerância da meta, e o risco imaginado de 4,6% de inﬂação pode ser menor, se o combustível continuar caindo e o dólar estiver estável. Isso dá fôlego para queda dos juros e para o crescimento. Comida mais barata está ajudando a aumentar o consumo.” Nas exportações, Levy destacou os avanços nos principais produtos, como petróleo, soja, milho e ferro. Esses números devem se repetir nos dois próximos anos. “Sem dúvida teremos desa-

fios. Os fatores climáticos são um deles. Também a gestão fiscal do governo traz preocupação.” Para ele, mesmo com a queda do PIB no ano que vem, o cenário é estável, pois há muitos estoques para serem comercializados. “Há demanda. As pessoas estão gastando mais e também com uma renda estável. O que precisamos é aumentar a produtividade.” Em cima disso, ressaltou que para o Brasil conseguir cobrir o rombo fiscal é necessário manter um crescimento entre 2% a 3% do PIB nos próximos anos. “Assim é possível cobrir o déficit público sem majorar impostos.”

“Se você parar, outro toma o teu lugar”

Painel que fechou a programação teve Ricardo Vontobel (segundo à esq.), Camile Di Giglio e Ricardo Heineck

No painel de encerramento do EmpreInove, três diretores de empresas consolidadas apresentaram detalhes das estratégias de gestão e como buscar a proﬁssionalização de processos, tanto no escopo da liderança quanto na equipe de funcionários. O CEO da Neugebauer, Ricar-

do Vontobel, a diretora da Gota Limpa, Camile Bertolini Di Giglio e o direto da Docile Alimentos, Ricardo Heineck, destacaram como um pilar uma administração atenta ao presente, com um olhar ativo sobre cenários futuros e necessidades dos consumidores. “Se você parar, outro toma o teu

lugar. Na Neugebauer, ﬁzemos uma reestruturação na última década e hoje ocupamos a terceira posição entre chocolates no país. Para conseguir isso, é investimento e muito trabalho. Se estagnar, perde mercado.” Para Camile, na gestão das empresas, mesmo as familiares,

é preciso um olhar proﬁssionalizado, com foco nos valores da organização. “Sem dúvida temos de nos atualizar. Se tiver que mudar processos, áreas de atuação, que se faça, mas sempre mantendo os princípios e valores da empresa.” Em cima disso, ressaltou: “inovação é feita pelas pessoas. Então temos de valorizá-las para que possam pensar em conjunto com os proprietários.” Neste sentido, Ricardo Heineck enalteceu a necessidade de aprendizado. “Vamos errar. Sem dúvida.” O bom seria aprender com o tombo dos outros. Mas não é assim. É quando erramos que aprendemos.” Para ele, empresa sólida no futuro se faz hoje. “É o trabalho de agora que fará o amanhã. Anos atrás eu pensava que governança não era para nós. Que não tínhamos tamanho para isso. Estava enganado. É fundamental agregar pessoas com inteligência para podermos crescer.”

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Quarta-feira, 22 novembro 2023

Congestionamentos na BR-386 devem persistir na semana Obras da duplicação e manutenção de trechos danificados pela chuva geram lentidão em três trechos da rodovia no Vale do Taquari JHON TEDESCHI

Cratera após forte chuva na noite de sexta-feira, 17, provoca interdição de pistas e afunila fluxo em trecho na cidade de Tabaí Caetano Pretto

caetano@grupoahora.net.br

VALE DO TAQUARI

roblemas gerados devido às chuvas das últimas semanas e cronograma de obras pré-estabelecido pela CCR ViaSul fazem com que o trecho da BR-386 no Vale do Taquari apresente congestionamento e lentidão em pelo menos três pontos. Ontem pela manhã, obras congestionaram a rodovia no sentido interior-capital, entre a Ponte Seca na entrada de Lajeado e a sede da Polícia Rodoviária Federal, no bairro Conventos. Por volta das 10h, eram oito quilômetros de trânsito congestionado. Uma faixa foi bloqueada no quilômetro 350 para o trabalho de alargamento de estrutura, na construção da terceira via entre Lajeado e Estrela. Conforme a CCR ViaSul, a previsão de conclusão desta etapa das obras é até fevereiro do próximo ano. Ainda ocorrem outras intervenções no trecho, como supressão vegetal, terraplanagem, drenagem e pavimentação entre os kms 346 e 351 – ambos os sentidos — entre 6h e 18h. Há momentos em que será necessário o estreitamento do ﬂuxo, ocasionando o aumento do congestionamento e lentidão no tráfego de veículos.

Cratera em Tabaí A forte chuva no fim de semana abriu um grande buraco no km 384 da 386, sentido interior-capital, em Tabaí. A situação ocorreu devido a uma infiltração na pista. O tráfego está modificado de forma temporária por cerca de dez dias. A ação se deve às obras de drenagem que exigem o bloqueio total da pista, o que resulta no desvio do fluxo de veículos para uma das faixas da pista capital-interior. No local, o tráfego operar em sistema de contrafluxo, em pista simples. Dessa forma, motoristas que seguem em direção a Porto Alegre serão desviados para uma das faixas da pista Norte. Já para os condutores que seguem na direção contrária haverá o estreitamento do fluxo para somente uma das faixas.

Pare e siga em Marques de Souza Outro ponto com problemas é o km 318, no Distrito de Tamanduá, em Marques de Souza. No local, o ﬂuxo opera no sistema pare e siga. Um deslizamento de árvores e terra interrompeu a rodovia no sábado, 18. A CCR Via Sul atua na limpeza das faixas e material excedente às margens da rodovia.

A HORA | 9

Quarta-feira, 22 novembro 2023

365 VEZES NO VALE

365vezesnovaledotaquari@gmail.com

FÁBIO KUHN

Duas cascatas imperdíveis na Terra das Joias e Lingeries

@maicaviviane Depois de tantos dias de chuva, nada melhor que curtir o sol. A Maica Gebing registrou o nosso astro maior no topo do Morro Gaúcho de Arroio do Meio.

uaporé é economicamente conhecida pela quantidade de empresas especializadas na produção de joias e lingeries. Na Avenida Sanson, um verdadeiro

shopping a céu aberto apresenta opções para todos os gostos. Mas o turismo de Guaporé vai muito além das compras. Localizado no limite do Vale do Taquari e Serra, o município esconde atrativos naturais de beleza incomum. Um exemplo é o destino popularmente conhecido como Salto do Taquara. Nesse ponto, o Arroio Taquara se encontra com outro riacho e juntos formam uma paisagem sensacional. São duas cascatas transformadas numa imponente cortina de água. O ponto turístico

Com cerca de 10 metros, Cascata do Bíscaro é muito frequentada nos dias mais quentes devido ao fácil acesso

Salto do Taquara tem duas cascatas que formam uma verdadeira cortina de água no interior de Guaporé

ﬁca a apenas quatro quilômetros do centro de Guaporé com localização no Google Maps. Para chegar no topo da cachoeira é fácil. O visitante percorre uma trilha curta na mata e pelo riacho. Já o acesso aos pés das cascatas complica bastante. Passa por ribanceiras e em trechos muito íngremes na mata semifechada. Aventura aconselhável apenas para quem já tem experiência com trilhas e bom preparo físico. A paisagem recompensa o esforço. Outro destino natural muito famoso é a Cascata do Bíscaro, pequena queda de água bastante frequentada nos períodos mais quentes do ano. Fica a cerca de cinco quilômetros do trevo principal de Guaporé, em trecho não pavimentado até e Linha Três de Maio. O que atrai nesse ponto turístico é o acesso fácil por uma trilha que inicia em um das pontes do Arroio Bíscaro. Basta fazer uma caminhada leve pela mata para chegar até a cachoeira com seus cerca de 10 metros de altura. A água é cristalina e rende boas fotos. Uma cidade que une o turismo de compras com obras da natureza ainda intocadas. Vale muito a pena conhecer Guaporé.

@paulaoliveiraporai_ Momento de aventura. A Paula Oliveira participou de um rapel no incrível cenário do Refúgio Jaguarundi, em Dois Lajeados.

Use a #365_vezes_no_vale e compartilhe as belezas da região conosco!

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Quarta-feira, 22 novembro 2023

Há mais de 50 anos no mercado, Lothar Johann consolida marca na região Empresa é administrada pelos filhos do fundador, Adrian, Hans e Kurt, com foco em equipamentos para a área de refrigeração comercial e gastronomia DEIVID TIRP

ENTREVISTA COM ADRIAN, HANS E KURT JOHANN • Sócios da Lothar Johann

“A confiança que a gente tem um no outro, isso é fundamental” Rogério Wink - Como era a relação de vocês com o pai? Hans - A relação de nós três com nosso pai sempre foi boa. Ele sempre foi muito próximo, nos aconselhava bastante e sempre procurava nos dar bons exemplos, tanto familiares como profissionais. Tinha um caráter também muito bacana, nos passou muitos valores. Era um exemplo para nós. A gente procura levar isso adiante. Toda essa questão da honestidade, empatia com as pessoas. Wink - E com a mãe de vocês? Adrian - A mãe é uma pessoa fantástica, os dois. Me baseio muito neles, na simplicidade, garra, luta. Minha mãe levantava 5 horas da manhã, deixava tudo organizado, se tinha que lavar a calçada em frente à loja pra deixar tudo limpo, ela fazia. Sempre muito comunicativa, sempre arrumada, elegante. Sempre no salto. O relacionamento dela com os clientes é lembrado até hoje e a gente tenta não fazer esquecer isso também.

Os irmãos Adrian, Hans e Kurt Johann participaram do programa na noite de segunda-feira, 20 Bibiana Faleiro

bibianafaleiro@grupoahora.net.br

LAJEADO

ma empresa familiar tocada pelos ﬁlhos e que leva o nome do fundador caracteriza a Lothar Johann. Criada em 1972, o objetivo do estabelecimento é oferecer ao mercado, equipamentos de refrigeração comercial e seus complementos, em especial, para equipar açougues, mercados, lancherias, restaurantes, bares e padarias. Com mais de 50 anos de atuação no ramo, a empresa se consolida na cidade e carrega os valores com que seu Lothar e a esposa conduziram os negócios já na década de 70. Para falar sobre o empreendimento, o programa O Meu Negócio, da Rádio A Hora 102.9, recebeu os irmãos Adrian,

Hans e Kurt na segunda-feira, 20. Os filhos de seu Lothar contam que, no início, a empresa comercializava os equipamentos. Mas, com o passar do tempo, deu início à industrialização de maquinários destinados à refrigeração comercial e de gastronomia. Hoje, com a loja e a indústria, a marca produz uma vasta linha de expositores refrigerados, câmaras frigoríficas, fritadores, e vitrines de aquecimento e conservação de alimentos. Além disso, em 2016, começaram o processo de certificação dos equipamentos para gastronomia, por meio do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). A Lothar Johann está localizada na Avenida Benjamin Constant, 3038, no bairro Montanha.

Dica de Livro Manual do empreendedorismo: 74 dicas para ser um empreendedor de sucesso - Bruno Caetano apresenta informações para aqueles que desejam trilhar um caminho de riqueza, sendo protagonistas de seus sonhos. Nas páginas da obra, é possível descobrir como assegurar a melhor estratégia para obter o melhor resultado por meio de: planejamento; investimento; análise de oportunidades; relacionamentos com clientes e colaboradores. Um guia prático para quem sonha em ir mais longe.

Wink - Quando há a sucessão de uma empresa familiar, também há responsabilidades, certo? Kurt - É uma coisa que a gente tem que pensar muito. Não podemos fazer besteira, porque o nome da nossa empresa é o nome do nosso pai, isso está na fachada, então temos que ser o mais íntegros possível, atender o cliente com muita boa vontade. Wink - Como vocês se organizam para tocar os negócios? Kurt - Nós automatizamos a coisa, quando eu vim de Porto Alegre, colocamos a indústria, que não existia. E, com o passar do tempo, a gente setorizou. Por exemplo, eu e o Adrian tocamos a indústria, o Hans toca o comércio, mas nós também interagimos entre a gente. Adrian - Nos dividimos pelo perﬁl, mas houve uma evolução ao longo dos anos. Acho que o principal que temos desde sempre, é que quando a gente está dentro da empresa, somos sócios, as discussões

que temos ali dentro são em prol da empresa. Mas saímos da porta, aí somos irmãos. Hans - Uma coisa importante é a confiança que a gente tem um no outro, isso é fundamental. Wink - E você, Hans? Sempre gostou desse contato com o cliente, de estar no balcão? Hans - Sim, sempre gostei muito de estar no atendimento, hoje na empresa faço a parte administrativa, ﬁnanceira, recursos humanos, mas não deixo de estar ali na loja, então quando precisa atender estou ali, faço o que tiver para fazer dentro da loja. Adrian - Tanto é que muita gente até hoje chega na loja e chama ele de Seu Lothar, porque eram parecidos. Wink - Novembro de 1972, qual foi a primeira localização da Lothar Johann? Hans - Foi aqui no centro, na rua Júlio de Castilhos, bem ao lado do Banco do Brasil, depois subiu mais um pouco, e ali permaneceu por 42 anos. Lá na década de 70, quando o comércio foi aberto, todo o centro era na Júlio, não tinha como ter um comércio fora da Júlio, mas no decorrer desses anos, a gente sentiu a necessidade de ampliar o espaço físico e também estacionamento. Por isso mudamos a loja para o bairro Montanha. Foi um desafio, mas os clientes gostaram, tem bom estacionamento, ficou mais tranquilo. Wink - O que é vocês que produzem dessa linha que a loja oferece? Kurt - Temos marcas parcerias, de equipamentos que a gente não produz, mas temos muitos itens que nós mesmos produzimos. Investimentos na fabricação de fritadores, na parte das mesas. Adrian - Toda a linha de refrigeração nós fabricamos também, para carne, cervejeira, balcão para confeitaria. Hans - A linha de restaurante, os buffets personalizados.

A HORA | 11

Quarta-feira, 22 novembro 2023

23/09 - 22/10 23/10 - 21/11 22/11 - 21/12

VIRGEM: O espírito de cooperação vai falar mais alto no trabalho e na vida pessoal, mas convém pegar, quando há risco de tretinhas e tretonas.

SAGITÁRIO: A relação a dois pode ter altos e baixos durante o dia, mas tudo melhora à noite e os momentos íntimos .

22/12 - 19/01

23/08 - 22/09

LEÃO: Pix ou recurso que aguarda pode chegar e salvar a pátria no final do dia. No amor, altos e baixos estão previstos.

ESCORPIÃO: Não convém descuidar das suas relações no período da tarde, quando perrenguinhos podem rolar e atrapalhar até o romance.

CAPRICÓRNIO: Sua comunicação também vai ficar tinindo e será mais fácil convencer e agradar os outros, o que deve favorecer os contatos.

20/01 - 18/02

CÂNCER: Não espere a batata assar e aja rápido porque as energias não estarão tão positivas e contratempos podem melar seus planos.

LIBRA: Contratempos estão previstos e talvez tenha que ralar dobrado para resolver as coisas, sem falar que há risco de treta.

AQUÁRIO: O período será ideal para agilizar interesses relativos a dinheiro e suas iniciativas devem trazer um bom retorno.

19/02 - 20/03

21/03 a 19/04 20/04 - 20/05

GÊMEOS: Algumas relações podem estremecer e o romance faz parte do pacote, invista em bons papos pra não deixar nenhum atrito evoluir.

23/07 - 22/08

ARQUIVO A HORA

TOURO: As relações pessoais, as amizades e a vida amorosa seguem na mesma toada: dia com boas energias, depois podem ser alvos de perrengues.

21/05 - 20/06

Participaram da atividade alunos do 5º ao 9º das escolas municipais de ensino fundamental. O tema para a escrita do texto foi “A paz na minha escola e na comunidade”. Os três textos em destaque de cada categoria serão publicados no Jornal A Hora

ÁRIES: Nem tudo vai fluir com a agilidade que você gosta, chateações vão rondar suas relações e até seu equilíbrio emocional pode ser afetado.

21/06 - 22/07

Concurso de redação do Pacto Lajeado pela Paz revela melhores produções

HORÓSCOPO

PEIXES: Para quem está no vale dos solteiros, o sinal vai ficar verdinho na paquera e pode dar match no primeiro papo com o crush.

PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS www.coquetel.com.br Objeto de estudos de Isaac Newton

CRUZADAS© Revistas COQUETEL

Relações "O (?)", Tenor falecido em 2007 Interna- poema de O do cionais Fernando Chile é o Matéria (sigla) Pessoa espanhol viscosa

"O (?)", filme que lançou Natalie Portman aos 12 anos Iodo (símbolo)

O bolo com chocolate misturado à massa

LAJEADO

corre nesta quartafeira, 22, a premiação dos alunos vencedores do concurso de redação do Pacto Lajeado Pela Paz. A divulgação do resultado é uma das atividades que integra a programação do Encontro do Projeto ELLO - Estudantes Ligados na Liderança Organizada. O evento será no auditório do Clube dos Quinze, no bairro Montanha. Com o tema, “A paz na minha escola e na comunidade”, o concurso busca reﬂetir sobre paz e atitudes não violentas. O assunto vem ao encontro de diversos programas, também do Pacto, desenvolvidos nas escolas da rede municipal, que trabalham questões socioemocionais e de desenvolvimento pessoal. Entre os objetivos do concurso está desenvolver o pensamento, pesquisa, criatividade, originalidade e raciocínio dos alunos. Participaram da atividade alunos do 5º ao 9º ano das 18 Emefs de Lajeado. Eles foram divididos em duas categorias: “A”, que

abrange estudantes do 5º e 6º, e “B”, do 7º ao 9º. O texto de no máximo 30 linhas podia ser dissertativo, narrativo, descritivo ou poético. A avaliação foi feita por uma Comissão Julgadora composta por professores e jornalistas. Entre os critérios analisados, estão adequação do tema e do texto ao título, originalidade e relevância. Distri-

buição, ordenação e encadeamento adequados das ideias, ausência de contradições e redundâncias, vocabulário e ortograﬁa também são considerados. Todos os alunos que enviaram uma redação recebem certificado de participação. Do total, os três melhores textos em cada categoria serão publicados no Jornal A Hora.

Prática de adivinhação por meio do tarô Dormente, em inglês Grande (?): nela ocorre o pênalti Naturais; oriundos

Deusa egípcia da fertilidade (Mit.)

Multidão (pop.)

200, em romanos Dígrafo de "isso"

O sistema estimulado pela vacina

Ruminantes semelhantes ao veado

BANCO

Tira de pano que serve de corda

Carta que vale 15 pontos, no buraco

A moda inspirada no passado (pl.)

Leilane Neubarth, jornalista carioca

"O (?) dos Anéis", trilogia de Tolkien

Nome de Jesus no Alcorão (Rel.)

(?) de poder, ato ilegal de policiais Tarântula e viúvanegra (Zool.)

Papa-(?): excelente (pop.) Itens do extrato bancário Autoritarismo (p. ext.) (?) XVI, o Papa Emérito

Um dos sintomas da depressão

Jornal esportivo da Argentina Serviço de Cinza, pacotes de em inglês telefonia celular

Entrada (abrev.)

Renato Teixeira: compôs "Romaria"

Assistente pessoal inteligente no iPhone

Palmeira com a qual se faz margarina

Sérgio Reis, cantor sertanejo paulista

3/ash — isa. 7/dormant. 9/mostrengo.

Participaram do concurso alunos das 18 EMEFs de Lajeado. Mais de 500 trabalhos foram inscritos

Gás usado em refrigeração

Solução F L P F O R M I G U E I R O R I O D O C E O R Ç S I S I C F C C A R T O M A N C I A D O R M A N T S S A R E A O A S G N A P A T I A O R I G I N A R I O S G A M O S V L N V U A R A N H A S F I N A E R O L E D E B I T O S N A U R T A S H D E S P O T I S M O S I RI S R B E NT O

Foi poluído pelo desastre de Mariana

Cetáceos carnívoros muito agressivos

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Quarta-feira, 22 novembro 2023

PADEL

ATLETAS DO VALE DISPUTAM COMPETIÇÃO NO MÉXICO FOTOS DIVULGAÇÃO

Bruna dos Santos e Maria Eduarda Rhod representam o Brasil no Pan-Americano, em Cancún, entre 25 e 28 de novembro Ezequiel Neitzke ezequiel@grupoahora.net.br

a busca por uma posição de destaque no cenário internacional do padel, Bruna dos Santos e Maria Eduarda Rhod, conquistaram vaga para representar o Brasil no Pan-Americano de Padel, na categoria livres, que será em Cancún, México, de 25 a 28 de novembro deste ano. Bruna, que atualmente ocupa a 2ª posição no ranking da Federação Gaúcha de Padel (FGP) e a 4ª posição no ranking da Confederação Brasileira de Padel (COBRAPA), garantiu a convocação para categoria 2ª feminina através do desempenho destacado nas competições ao longo do ano. Ela se consagrou campeã na última etapa da 2ª categoria feminina nos estaduais, marcando presença em todas as finais. A atleta, que possui uma trajetória de mais de 15 anos dedicados ao esporte, tem experiência de representar o país em outro Pan-Americano. Em 2011 ficou em terceiro lugar no torneio que ocorreu em Mar del Plata – Argentina. No Pan, a atleta terá como companheira Marcela Lopes, de Itaqui, RS. Ela destaca a preparação para enfrentar potências da modalidade, como a Argentina. Ressalta o talento presente no Brasil e expressa a determinação em tornar-se cada vez mais competitivo a

nível mundial. “Essa competição será muito especial, pois atualmente ministro aulas de padel, então é um momento ímpar para mim, meus alunos e família.” Apesar dos desafios financeiros, já que não consegue viver apenas de patrocínios e treinos, Bruna se mantém ativa, buscando treinar pelo menos duas vezes por semana. Sua renda provém das aulas de padel que ministra. Ela destaca a importância do patrocínio para a realização desse sonho. A Cobrapa contribui com

Além de participar de competições Bruna dos Santos dá aula de padel no Vale do Taquari

ESTREIA NO PAN

questões logísticas, como hospedagem, uniformes e transporte local para os jogos, mas a maior parte dos custos é coberta pelos próprios atletas. Empresas que desejam apoiar Bruna dos Santos podem entrar em contato pelo número (51) 9 9880 5129 para obter mais informações.

Maria Eduarda Rhod estreia na competição. A atleta que iniciou no esporte em 2021, conseguiu a vaga na categoria C feminina através das competições estaduais e nacionais. Dupla de Leila Quaresma, teve que procurar outra parceira no decorrer do ano, em virtude de uma lesão da companheira. No Pan-Americano jogará com Tatiana Paes Loureiro Kraft, de Balneário Camboriú, SC. Diferente de Bruna, Maria não

Maria Eduarda Rhod estreia no Pan-Americano. Ela jogará na 3ª classe

tem patrocinadores e arcará sozinha as despesas que terá. “Será uma experiência marcante que vai agregar muito na minha vida.” A atleta costuma jogar padel cerca de duas vezes na semana e participa de outros torneios menores para treinar também aos fins de semana.

A HORA | 13

Quarta-feira, 22 novembro 2023 FOTOS DIVULGAÇÃO

SEU BELMONTE DIVULGAÇÃO

Após uma passagem marcante pelo CSA, Celsinho retorna ao Rio Grande do Sul

GAUCHÃO

ATLETAS DO VALE ACERTAM COM O AVENIDA

Hoje, neste espaço, vamos falar de uma pessoa que vem servindo de exemplo para todos nós. Arisoli Belmonte, 83, ou seu Belmonte como costuma ser tratado entre os colegas no EC Americano Coroas. Seu Belmonte se juntou ao time em 2012, sendo convidado por Xico Capalonga. Nas nossas estatísticas temos 291 jogos disputados sendo que em 132 o Seu Belmonte participou. O que podemos dizer sobre o Seu Belmonte? Faça chuva, faça sol, sempre é um dos primeiros a estar no campo, pois além da paixão de jogar futebol, tem mais uma paixão que é a de jogar canastra com os amigos. Dentro de campo, se esquece da idade, e quer participar sempre de todas as jogadas como se fosse um guri.

Seu Belmonte é apaixonado pelo Grêmio e é visto seguido com a camisa tricolor

Seu Belmonte, esperamos que continue essa pessoa que nos inspira a continuar a jogar futebol. Um grande abraço da Família Coroas.

Paulinho Gianezini e Celsinho atuaram na equipe de Santa Cruz do Sul na próxima temporada Ezequiel Neitzke ezequiel@grupoahora.net.br

om a temporada 2023 chegando ao ﬁm, os clubes e os atletas começam a se organizar para o próximo ano. É o caso do goleiro Paulo Henrique Gianezini e do lateral-direito Celsinho que acertaram com o Avenida, de Santa Cruz do Sul, para disputa do Gauchão e Série D de 2024. Aos 32 anos, com passagens por Lajeadense, Criciúma, Ypiranga, Botafogo-PB e Conﬁança, o Gianezini chega com motivação para integrar o elenco Alviverde em 2024. “Tenho certeza que faremos um grande 2024. Espero ajudar a conseguir os objetivos traçados pela diretoria e comissão técnica e assim fazer o Avenida mais forte.” Aos 35 anos, com passagens por Lajeadense, Juventude, Novo Hamburgo, Vila Nova, CRB, Remo e CSA, o lateral-direito Celsinho integra o elenco Alviverde na próxima temporada. “Estou muito feliz e motivado em estar defendendo as cores do Avenida, um clube que vem com a ambição de brigar forte na competição. Sem dúvidas faremos uma grande campanha.” Outro atleta que teve passagem pelo Lajeadense nas últimas temporadas e que assinou com o Avenida foi o zagueiro Vitor Dadalt.

Uma das paixões de Seu Belmonte é a canastra com os amigos

diversos clubes, Paulinho Aos 32 anos, com passagens por temporada Gianezini assinou contrato por uma

PAULINHO GIANEZINI ATLETA

Tenho certeza que faremos um grande 2024. Espero ajudar a conseguir os objetivos traçados pela diretoria e comissão técnica e assim fazer o Avenida mais forte”

Seu Belmonte, Batata, Flávio e João, em uma. Das vezes que foi destaque no jogos

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Quarta-feira, 22 novembro 2023

por Raica Franz Weiss

Hoje é Dia Nacional de Combate ao Racismo Dia Nacional do Notário e do Registrador Dia Nacional de Combate ao Dengue Dia do Conselheiro Tutelar

Santo do dia: Beatos Domingos Jorge

1ª Feira e Exposição de Arte e Artesanato do Ceat O Colégio Evangélico Alberto Torres (Ceat) de Lajeado organizava uma exposição artística. Era a primeira edição do evento que reunia trabalhos de arte, cultura e culinária elaborados por alunos, pais, funcionários e familiares da instituição. Ao todo, 57 inscritos expuseram suas obras, que foram apresentadas para a comunidade geral. A feira ocorreu anualmente até 2017, sempre no mês de novembro.

Desfile para os 40 anos de Cruzeiro O município de Cruzeiro do Sul comemorava as quatro décadas de emancipação no dia 22 de novembro de 2003. Um desﬁle foi organizado para celebrar o momento. A rua General Neto foi tomada pelo público nas calçadas, que levou cadeiras para assistir à festa. Pela rua, passaram tratores cobertos por ramos de aipim, milho e fumo, representando os principais cultivos do município. O projeto Lixo em Luxo levou para o desﬁle meninas trajadas com roupas

confeccionadas a partir de materiais recicláveis. Na ocasião, todas as escolas e associações de Cruzeiro participaram do momento.

Enquanto isso… Racismo no Brasil - Uma pesquisa da Fundação Perseu Abramo mostrava que o brasileiro tinha diminuído seu preconceito racial em relação a 1995. Foram entrevistadas mais de 5 mil pessoas, acima dos 16 anos. Na comparação, em 2003, 96% diziam não ter preconceito racial, em 1995, eram 88%. Mas, apesar do discurso, 74% manifestaram algum tipo de posição racista quando confrontados com a possibildiade de ter um chefe negro ou aceitar um casamento entre pessoas de diferente cor de pele.

Enquanto isso… Em comemoração aos 10 anos de emancipação política, Cruzeiro do Sul realizava um Desfile de Carros Alegóricos pela cidade, em 1973

Revolta na Grécia - Estudantes da Universidade Politécnica de Atenas iniciaram uma revolta contra o governo da Grécia, que na época vivia uma ditadura. Cerca de 15 mil pessoas aderiram ao movimento, que foi reprimido com tanques militares e resultou em dezenas de mortes.

A HORA | 15

Quarta-feira, 22 novembro 2023

SILVANA COVATTI,

FABIANO CONTE

Deputada Estadual

ARTIGO

Jornalista e radialista

A imagem da tristeza GABRIEL SANTOS

Empreendedorismo feminino: uma celebração de conquistas e desafios

expressão de tristeza estampada no rosto das pessoas reﬂete o sentimento generalizado daqueles que, pela segunda vez, enfrentam as consequências devastadoras da cheia do rio Taquari. A decepção, a tristeza e a falta de ânimo para recomeçar são evidentes, levantando questionamentos sobre a persistência desses eventos e até quando a comunidade terá que suportar essas adversidades. A foto revela uma realidade difícil de ser encarada: a necessidade de recomeçar, mais

uma vez. Surge a pergunta inevitável: até quando isso se repetirá? A natureza impõe suas forças, e as inundações parecem ser uma constante, deixando a comunidade em um ciclo interminável de reconstrução. A questão que se coloca é: como conviver com esse cenário? Sair dos locais de risco é uma opção, mas, sabemos, nem sempre é viável. Embora a última inundação não tenha causado perdas humanas, o impacto emocional e material é inegável. Em setembro, mais de 50 vidas foram perdidas,

deixando cicatrizes profundas na comunidade. Agora, a perda de bens materiais é mais uma vez uma realidade sofredora, e a sensação de ter a casa invadida é lamentável. Fica a incerteza sobre o futuro. A foto do repórter Gabriel Santos não apenas registra um momento especíﬁco, mas também lança luz sobre as questões mais amplas que permeiam a convivência com a natureza e os desaﬁos enfrentados por comunidades que, ano após ano, veem suas vidas moldadas pelas águas impetuosas do rio Taquari.

À Prova D’Água

10 anos

Enfrentar uma inundação já é um desafio considerável, mas e quando as águas do rio Taquari invadem as instalações empresariais pela segunda vez? A resiliência é colocada à prova, e as empresas da região se veem diante de um dilema complexo que exige força de vontade, planejamento estratégico e, acima de tudo, uma coragem extraordinária para recomeçar. Milhões perdidos, estruturas danificadas e a vontade de ir para novos endereços. A migração, contudo, não é uma

O prefeito de Arroio do Meio Danilo Bruxel, em entrevista à rádio A Hora enfatizou a extensão dos desafios após a segunda enchente, destacando a necessidade de uma década para a completa recuperação. Com escassez de moradias para aluguel, a questão habitacional é o principal obstáculo. A falta de opções de moradia para os desalojados se agrava, enquanto empresas consideram deixar a cidade, demandando ações urgentes e estratégias para revitalizar a região. Um grande desafio pela frente.

decisão simples. Envolve não apenas a logística de transferir operações, mas também demanda investimentos significativos em novas infraestruturas. A resiliência das empresas não apenas assegura sua sobrevivência, mas também preserva empregos e contribui para a manutenção da vitalidade econômica da região. Que a determinação e o planejamento estratégico sejam os alicerces que conduzirão essas empresas para um futuro mais resiliente e promissor.

Homenagem O prefeito Marcelo Caumo receberá homenagem da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. A iniciativa foi

proposta pelo Deputado Felipe Camozatto. A cerimônia acontecerá na sede social da Univates, dia 23, quinta-feira.

o final de outubro, tive a satisfação de aprovar o projeto de lei que oficializa o dia 19 de novembro como o Dia do Empreendedorismo Feminino no Calendário de Datas e Eventos do Rio Grande do Sul. Esta iniciativa reflete o reconhecimento da significativa contribuição das mulheres no mundo dos negócios e o impulso que o empreendedorismo feminino traz para o desenvolvimento socioeconômico. Isso, não marca apenas uma expressão de autonomia econômica, mas também serve como um agente de mudança social. Ao longo da história, mulheres corajosas têm desafiado estereótipos e construído empresas de sucesso. Tanto que essa data, também é celebrada mundialmente pela ONU, que homenageia essas mulheres visionárias e inspiradoras. No cenário estadual, a inclusão desta data no calendário ressalta a importância da presença feminina no mercado de trabalho gaúcho. Mulheres empreendedoras não apenas geram impactos econômicos positivos, mas também desempenham papéis de liderança, incentivando outras a almejarem posições de destaque. O empreendedorismo feminino é uma força que impulsiona a busca pela igualdade de gênero. Ao encorajar mulheres a assumirem papéis de liderança, contribuímos para uma sociedade mais igualitária, onde responsabilidades e oportunidades são distribuídas de maneira justa entre homens e mulheres. Testemunhamos transformações significativas no mercado de trabalho, onde a diversidade e o empoderamento das mulheres são cada vez mais valorizados. O empreendedorismo feminino não apenas desafia a sociedade, mas também inspira a criação de políticas públicas que promovam a participação ativa das mulheres em todos os setores. Espero, que esta data inspire mais mulheres a trilharem caminhos profissionais através do empreendedorismo, promovendo um futuro mais inclusivo e igualitário para todos.

Mulheres empreendedoras não apenas geram impactos econômicos positivos, mas também desempenham papéis de liderança...”

Quarta-feira, 22 novembro 2023 Fechamento da edição: 19h

MÍN: 20º | MÁX: 28º

Áreas de instabilidades associadas a um sistema de baixa pressão atuam sobre o Estado.

Limpeza, obras e tranqueira na BR-386

FELIPE NEITZKE

TRECHOS COM LENTIDÃO

Deslizamento em Marques de Souza, abertura de cratera em Tabaí e ampliação de pistas entre Lajeado e Estrela geram congestionamentos em horário de pico na BR-386. Serviços avançam durante a semana e exigem mais paciência e atenção dos motoristas PÁ G I N A | 8

FRASES DA EDIÇÃO

‘‘

Além do mau cheiro, é uma questão do meio ambiente. Nós exigimos a retirada dos entulhos, não aguentamos mais” Elmar Schneider, prefeito de Estrela acerca do entulho das cheias depositado em área próxima do Porto

‘‘

Estamos felizes com o desdobramento, vai ser importante para toda uma região que é intimamente ligada a essa atividade” Eduardo Leite, governador do RS, sobre a assinatura do protocolo de compra do frigorífico de suínos da Languiru pela JBS/Seara

Quarta-feira, 22 novembro 2023

CIDADES

R$ 4,00 (dia útil) R$ 7,50 (fim de semana)

MICRORREGIÕES | ARROIO DO MEIO • ENCANTADO • TEUTÔNIA • TAQUARI • ESTRELA

Mais de 75 dias depois, municípios ainda aguardam destino correto dos entulhos FELIPE NEITZKE

Estrela apresenta uma das situações mais críticas, com 100 mil metros cúbicos de lixo depositados em frente ao Porto. Recurso para o envio dos resíduos a Minas do Leão foi repassado ao Estado, que está em fase de contratação do serviço

mar Schneider diz que esta é uma questão de meio ambiente e saúde pública, e o município pede o destino correto. “Além do mau cheiro, é uma questão do meio ambiente. Nós exigimos a retirada dos entulhos, não aguentamos mais”, diz na gravação.

Pelo Vale Em Muçum, os entulhos também não foram recolhidos pelo Estado e permanecem, desde a enchente de setembro, no antigo Lixão da cidade, e parte em Encantado, na RS-129. O prefeito Mateus Trojan diz ter conversado com a secretaria de Meio Ambiente do Estado sobre a questão. A última informação repassada é que estavam ﬁnalizando o processo para contratação das empresas que farão o transporte.

Bibiana Faleiro

bibianafaleiro@grupoahora.net.br

Karine Pinheiro

karine@grupoahora.net.br

Resíduos foram depositados em frente ao Porto de Estrela, como alternativa emergencial

ESTRELA

“A

questão do cheiro incomoda muito”. Moradora da rua Augusto Frederico Markus, há 24 anos, Renata Paola Castanho tem a casa distante cerca de 300 metros do Porto de Estrela, no bairro das Indústrias, onde mais de 100 mil metros cúbicos de entulho das enchentes estão depositados desde o início de setembro. O forte odor não é o único problema. A moradora também tem medo das doenças que podem surgir pela contaminação do solo. Com a promessa do Estado de recolher o lixo e enviar para o aterro sanitário de Minas do Leão, a vizinhança, assim como o governo municipal, acreditavam que os resíduos seriam retirados em poucos dias. Passados dois meses e meio,

o problema continua. “Com a nova enchente, a gente achou que viria parar na nossa casa. Ficamos com medo das doenças, porque ouvimos muito a questão de ter restos de animais da outra cheia ali no meio”, destaca Renata.

mana, o secretário percebe que a cidade está mais limpa. Segundo ele, há lodo, mas poucos resíduos. A previsão é recolherem menos da metade do que foi recolhido durante setembro e outubro. De acordo com Müller, o governo já havia investido R$ 4 milhões em limpeza.

Menos lixo, mais lodo

À espera

Secretário de Infraestrutura de Estrela, Osmar Müller destaca que o município ainda estava fazendo a limpeza das vias, quase ﬁnalizada, quando a enchente do dia 18 ocorreu. Com a previsão de uma nova cheia que pudesse atingir os resíduos, as equipes compactaram os entulhos para evitar que se espalhassem. Em relação à cheia do ﬁm de se-

Diretora do Departamento de Meio Ambiente de Estrela, Tanara Schmidt diz que o município vive uma situação semelhante a outras cidades do Vale, que ainda aguardam o recolhimento do lixo por parte do Estado. “Nós ﬁzemos a limpeza na cidade, colocamos na área pontuada, uma área pública do município que é o que tínhamos como solução emergencial no momento da catástrofe”, reforça. Ela destaca

que o local também foi escolhido por ser próximo à BR-386 e de fácil acesso. Tanara ainda diz que a intenção era que os entulhos fossem retirados em poucos dias. “A orientação do Estado foi essa, que nos auxiliariam com a destinação para Minas do Leão. Entraram em contato conosco, estão tentando agilizar, mas tem a questão da burocracia”, ressalta a diretora. De acordo com ela, após a retirada dos entulhos, serão feitas análises do solo para veriﬁcar a necessidade de remoção por contaminação. “Estamos em decreto de calamidade pública, segunda enchente, estamos muito preocupados e fazendo o possível, entrando em contato direto com o Estado e aguardando um retorno”. Em vídeo publicado nas redes sociais do governo, o prefeito El-

Resposta do Estado A Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) ficou encarregada de auxiliar os municípios na destinação dos entulhos das enchentes. As equipes da Sema e da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) fizeram o levantamento dos resíduos nos nove municípios que manifestaram interesse em receber a ajuda. A solicitação dos recursos federais foi feita pela Sema ao Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional. O valor total de R$ 26,9 milhões foi liberado pelo Governo Federal no fim de outubro, em conta específica do Estado, que agora trabalha nos procedimentos administrativos para a contratação do serviço de recolhimento, transporte e destinação dos entulhos. O recurso não será repassado aos municípios.

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Quarta-feira, 22 novembro 2023

Cruzeiro do Sul completa 60 anos com o desafio de reconstruir a cidade FOTOS: FELIPE NEITZKE

Sem eventos festivos, e com a necessidade de reerguer bairros e comunidades afetadas, cidade completa seis décadas Gabriel Santos

gabriel@grupoahora.net.br

CRUZEIRO DO SUL

em feriados, sem eventos e sem motivos para comemorar. Assim é o dia 22 de novembro de 2023 em Cruzeiro do Sul. A cidade completa 60 anos de emancipação, e se antes de setembro haviam festividades programadas, como a esperada ExpoCruzeiro e Festa do Aipim, o cenário agora é de reconstrução. Para o prefeito da cidade, João Henrique Dullius, há muito a ser feito. O município concentra todas as atenções para reerguer o que a última cheia levou. Foi assim em setembro. Desta vez são 2,7 mil pessoas desalojadas, que se refugiaram em abrigos, a maioria no ginásio municipal Orlando Eckert. Segundo o prefeito, todas as máquinas, caminhões, mão de obra e investimentos se concentram na reconstrução da cidade. “Tivemos várias áreas recupera-

Moradores da cidade enfrentam o desafio de reconstruir o que a segunda maior enchente da história levou

das, nossos empresários tentavam recomeçar, mas o cenário é difícil. A prioridade agora é auxiliar as famílias”, destaca. A colaboração necessária neste momento é com água, alimentos não perecíveis e material de higiene. As doações são feitas no salão da comunidade católica.

A emancipação No ano de 1963, surge a ideia de emancipação do então distrito de Lajeado. O plebiscito foi realizado no dia 25 de agosto. No ano seguinte, em 8 de março de 1964, é realizada a primeira eleição no município para a escolha dos prefeitos e vereadores. A primeira gestão teve como prefeito Emílio Teter Sobrinho e vice Rubens Feldens.

Casas e veículos ficaram submersos na área central

NÚMEROS E DADOS ECONÔMICOS População

12,5 mil Empresas ativas

1,4 mil Orçamento para 2024

R$ 74 milhões Equipes atuam na limpeza e recuperação da infraestrutura da cidade

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Quarta-feira, 22 novembro 2023

Câmara analisa hoje financiamento de R$ 8 milhões para moradias GABRIEL SANTOS

Projeto está em análise no Legislativo desde o dia 3 de outubro Gabriel Santos

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Essa área, mesmo sendo particular, tem sua aprovação condicionada à destinação dos R$ 8 milhões para aquisição de 130 lotes. O projeto encaminhado à Caixa Econômica propõe a construção de 100 moradias pelo programa Minha Casa Minha Vida, na modalidade Calamidade. O governo federal, dentro desse contexto, se compromete a ﬁnanciar integralmente moradias para famílias com renda mensal de até R$ 4,6 mil. “São centenas de pessoas que precisam de um novo lar. Por isso é importante que haja a aprovação do projeto”, defende o secretário da Administração, Aurio Paulo Scherer.

ARROIO DO MEIO

a sessão de hoje, a mesa diretora da câmara de vereadores coloca em votação o projeto de lei que solicita um ﬁnanciamento de R$ 8 milhões pelo governo municipal. Protocolado em 3 de outubro, a matéria tem sido alvo de intensa análise e debates após uma série de reuniões. O presidente da Câmara, Paulo Roberto Heck (MDB), conﬁrma a inclusão do projeto na ordem do dia, mas destaca a escassez de informações sobre a aquisição de

Famílias desabrigadas

terrenos e os detalhes da compra e construção das moradias. Em resposta, governistas argumentam a necessidade urgente

dos recursos para a compra de uma área previamente analisada e aprovada pela Caixa Econômica Federal e Ministério das Cidades,

Durante a semana famílias começam a retornar e fazer a limpeza das casas

cuja localização ainda não foi divulgada.

Esta iniciativa é uma resposta às recentes enchentes que afetaram aproximadamente 3 mil pessoas, deixando 220 desabrigadas e alojadas nos ginásios do Glória, Barra da Forqueta, Aimoré e Centro. No município, a Defesa Civil estima que sejam cerca de 280 moradias condenadas, em função da nova enchente e deslizamentos. Entre os bairros mais afetados estão o Navegantes e Tiradentes.

Capitão declara estado de emergência após temporal DIVULGAÇÃO

CAPITÃO

Em um anúncio na noite passada, o governo municipal de Capitão emitiu um decreto de Estado de Emergência em resposta aos estragos causados por um ciclone que atingiu o município na noite de sexta-feira, 17, e madrugada de sábado, 18. Capitão, que não experimentava eventos de tal magnitude há muitos anos, foi severamente impactado por um ciclone que atingiu todas as comunidades. Foram registradas rajadas de vento, chuvas intensas e queda de granizo. Enquanto algumas áreas foram mais severamente afetadas, danos foram relatados em todas as localidades. Casas com telhados arrancados, telhados parcial e completamente removidos pela força dos ventos, galpões levados ao chão — todos foram os resultados dos minutos intensos e aparentemente intermináveis que os moradores enfrentaram. Deslizamentos de terra obstruíram a passagem das estradas do município, deixando os residentes incapazes de transitar. Ainda ontem a equipe das secretaria de Obras e Agricultura limpavam os escombros. A área urbana mais afetada foi o Loteamento Imigrante, onde inúmeras residências tiveram suas estruturas seriamente comprometidas. Não há relatos de ferimentos. Ao longo do sábado, apesar da chuva incessante, moradores,

vizinhos, parentes e amigos iniciaram os esforços de reconstrução — puxando lonas, trocando telhas e consertando o que era possível com os materiais disponíveis. Muitas famílias perderam todos os móveis que possuíam; outras conseguiram salvar alguns pertences.

Falta de energia O ciclone quebrou postes de energia, arrancou árvores e, em Linha Marinheira, uma área considerável de plantações de

No centro, casas foram destelhadas

eucaliptos foi ao chão. Na praça municipal, a árvore de Natal com 9 metros de altura, que estava sendo preparada para fazer parte da decoração natalina, foi derrubada, assim como postes de iluminação e outras decorações que já haviam sido instaladas. Prédios públicos e comerciais também foram atingidos. Algumas comunidades no município ainda enfrentam problemas com a falta de energia elétrica, levando à escassez de água, pois não é possível a captação dos poços e distribuição para a rede.

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OBITUÁRIO

Quarta-feira, 22 novembro 2023

Venâncio Aires projeta complexo turístico com estátua de 50 metros DIVULGAÇÃO

NELSON HORST, 73, morreu ontem, 21. O velório ocorre na Capela Velatória Evangélica de Linha Fazenda Lohmann, em Roca Sales. O sepultamento ocorre hoje, 22, às 15h, no Cemitério Evangélico de Linha Fazenda Lohmann, em Roca Sales.

Quando toda a parte burocrática tiver sido definida iremos definir se para o projeto serão captados recursos empresárias ou públicos”. GUILHERME OSTERKAMP COORDENADOR DO ESCRITÓRIO MODELO DE ARQUITETURA

DEONILDA ZANON, 91, morreu ontem, 21. O sepultamento ocorreu no Cemitério Santo Agostinho, em Encantado. Deonilda deixa os filhos Valdir, Jandir, Nilce e Valmor; genro, noras, netos, bisnetos e demais familiares. CARMEN POLETTO, 76, morreu ontem, 21. O sepultamento ocorreu no Cemitério Municipal de Guaporé. LORIDA HELMA BRUCH, 79, morreu ontem, 21. O velório ocorre no Salão da Comunidade de Três Saltos Baixo, em Travesseiro. O sepultamento ocorre hoje, 22, às 9h, no Cemitério Evangélico de Três Saltos Baixo, em Travesseiro. Lorida deixa os filhos Ilaine Luci Bruch, Márcio Valdir Bruch e Milton Marcelo Bruch; genro Leomar Vorpagel; nora Fabiana Fava Silva; netos Mateus Vorpagel, Taís Fava Bruch e Tomás Fava Bruch; e demais familiares. PAULO ROGÉRIO DA SILVA, 55, morreu na segunda-feira, 20. O sepultamento ocorreu no Cemitério de Barreiros, em Taquari. PLINIO BRESOLIN, 87, morreu na segunda-feira, 20. O sepultamento ocorreu no Cemitério Municipal de Guaporé.

Primeira reunião na Univates para avaliar o projeto ocorreu com a equipe do governo municipal

Parte do projeto será desenvolvido pela Univates e contará com votação popular Cristiano Wildner

cristianogrupoahora.net.br

VENÂNCIO AIRES

om a intenção de fortalecer o turismo em Venâncio Aires começou a ser estruturado um amplo e complexo projeto entre poder público municipal e iniciativa privada. A intenção é ediﬁcar uma estátua gigante em meio a um complexo que será erguido em Vila Deodoro, no interior do município. A ideia é construir o monumento do Mateador, com 50 metros de altura, para reforçar o título que Venâncio Aires sustenta como sendo a “Capital Nacional do Chimarrão”. O primeiro passo para o projeto foi dado a partir de uma reunião com integrantes da Universidade do Vale do Taquari (Univates), em Lajeado. Ficou acertado que os técnicos da instituição elaborarão um projeto arquitetônico com seis modelos de estátuas que serão apreciados em votação po-

pular. O projeto mais votado será o contemplado para ser edificado ao lado mirante Lauro Erdmann. O ex-secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo e vereador, Nelsoir Battisti, informa que a Univates formulará uma proposta técnica que, possivelmente, será apresentada até março. Em Lajeado a comitiva de Venâncio Aires foi recebida pela gerente Comercial, Cíntia Agostini e pelo coordenador do Escritório Modelo de Arquitetura, Guilherme Osterkamp. Depois de definido o modelo a ser edificado será iniciada a fase de captação de recursos. “Quando toda a parte burocrática tiver sido definida iremos definir se para o projeto serão captados recursos empresárias ou públicos”. “Queremos uma estátua que represente um gaúcho que esteja mateando. O monumento ficará voltado para a cidade e assim poderá ser contemplado mesmo a quilômetros de distância”, estima

Estamos plenamente confiantes e temos a garantia que esse complexo turístico projetará Venâncio Aires de forma ainda mais intensa no cenário estadual e nacional.” NELSOIR BATTISTI EX-SECRETÁRIO MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, TRABALHO E TURISMO E VEREADOR

Battisti. O complexo turístico a ser ediﬁcado ao redor da estátua terá uma série de atrativos, que envolvem desde restaurantes, lojas e espaço para a organização não governamental Instituto Escola do Chimarrão, tida como a primeira escola do segmento no mundo. A área de dois hectares reservada para o projeto está garantida. Ela foi doada por um empresário ao po-

der público municipal. “Estamos confiantes no projeto e sabemos da importância que o turismo passou a ter na região para o desenvolvimento social e econômico”, informa ainda Battisti. O atual secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo, Marcos Hüttmann, assumiu em novembro, mas antes disso era assessor da pasta e por isso mesmo conhece como poucos os trâmites internos para garantir a efetivação do projeto. Ele inclusive é indicação do ex-gestor da pasta por serem do mesmo partido, o PSD. “Estamos plenamente confiantes e temos a garantia que esse complexo turístico projetará Venâncio Aires de forma ainda mais intensa no cenário estadual e nacional”, reforça Battisti. A escolha por Vila Deodoro para receber o projeto se deu por ser o distrito considerado a serra venâncio-airense. A poucos quilômetros do local está a Figueira Centenária que possui quase 500 anos de idade. O tronco possui 11 metros de circunferência, 18 metros de altura e por fim de semana atrai centenas de visitantes.

Diário oficial Já a lei que declarou Venâncio Aires como “Capital Nacional do Chimarrão” foi publicada no Diário Oﬁcial do Estado há 14 anos e assinada pela então governadora Yeda Crusius.

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Quarta-feira, 22 novembro 2023

Sem energia elétrica, produtores rurais contabilizam prejuízos JHON WILLIAN TEDESCHI

RGE e Certel ainda trabalham no restabelecimento da luz em alguns pontos da região. A falta de água também foi um dos principais problemas após a enchente

Alerta para vento e granizo

Júlia Amaral

juliaamaral@grupoahora.net

VALE DO TAQUARI

il litros de leite estragaram na propriedade rural de Simone Krakhecker, na localidade de Chá da Índia, em Estrela, depois de três dias sem luz. A energia elétrica caiu na tarde de sábado, 18, durante a enchente, e até ontem, 21, ainda não havia retornado. A RGE não deu prazo para a resolução do problema. Na segunda-feira, 20, a família teve acesso a um gerador e evitou que as perdas fossem maiores. Os litros perdidos correspondem a cerca de R$ 2 mil. Por dia, são produzidos cerca de 420 litros de leite com as 32 vacas de ordenha. Antes da enchente de setembro, eram quase 60 animais. “Já perdemos muita coisa na última enchente. É a quarta geração da família que mora aqui, e nunca vimos algo assim. A água até chegava perto, mas nunca foi desse porte”, conta Simone. A propriedade fica em uma travessa, onde a rede de luz ficou submersa. Conforme a estrelense, eram pelo menos mais sete famílias do interior na mesma situação na cidade.

Retorno gradual Foram cerca de 48 horas sem luz na propriedade de Adriana Schroer Baumbach, em Linha Geralda Baixa, interior de Estrela. A falta de energia gerou perda de leite e demais alimentos. Na segunda-feira, 20, Adriana descartou 200 litros de leite. A luz voltou na tarde de ontem. A estrelense ameaçou repetir a ação do grupo de produtores de Colinas, realizada em janeiro de 2022, caso a RGE não normalizasse a situação. À época, a agricultora Aline Lohmann jogou um balde de leite azedo na porta da Central de Atendimento, em Lajeado. A RGE informou que na manhã

tuação em grande parte da cidade. Em Encantado, todos os poços artesianos e a Estação de Tratamento de Água (ETA) estão em operação, após manobras da Corsan para normalizar o funcionamento da rede. Taquari ainda tem pontos sem abastecimento.

Adriana Schroer descartou 200 litros do produto azedo em sua propriedade, localizada em Linha Geralda Baixa CAETANO PRETTO

Até a tarde de ontem, a Certel ainda tinha 47 associados sem luz

de ontem, 21, os desligamentos de energia elétrica se deviam aos alagamentos. Em Roca Sales, Muçum, Lajeado, Encantado, Estrela, Cruzeiro do Sul, Imigrante, Arroio do Meio e Colinas eram 2 mil clientes desligados. Já na Certel, até a tarde de ontem, eram 41 associados sem energia, principalmente de Capitão, Barão e Imigrante.

Sem operação O complexo da Dália em Palmas, em Arroio do Meio, segue sem energia elétrica. A RGE tentou ligar na segunda-feira, mas a instabilidade do sistema ameaça

danificar os equipamentos eletrônicos. No local, é feito o resfriamento e pasteurização do leite. “Esse leite continua sendo repassado, vendido a preços bem inferiores, porque é um favor que as outras empresas fazem. São vendidos para três, quatro empresas que estão puxando leite”, conta o presidente da Dália, Gilberto Antônio Piccinini. A operação no frigorífico de frango também está paralisada. “O frigorífico Encantado tem energia, mas está sendo feito toda a limpeza, a secagem de equipamentos, tanto na área de frio, como na área de energia elétrica”.

Novo projeto para Bom Retiro do Sul Além da energia elétrica, a falta de água também foi um problema para a população após a enchente. Foram quase quatro dias sem água potável em boa parte de Bom Retiro do Sul. A captação é feita em um ponto que fica abaixo da Barragem Eclusa, e, em função das cheias, os equipamentos são danificados por entulho. Para a limpeza, é necessário esperar o nível do rio baixar. Ontem, 21, a situação foi normalizada. Para evitar que problemas como esse voltem a ocorrer, o governo municipal planeja criar mais um ponto principal de captação de água. “O investimento da Corsan até 2030 representa R$ 54 milhões. Temos um projeto entre seis e oito milhões de uma nova captação. Isso sim resolveria em definitivo o nosso problema”, conta o prefeito Edmilson Busatto. O projeto está em fase de discussão. Nos próximos dias, Busatto deve marcar um encontro com a Corsan, em Porto Alegre. Arroio do Meio, Lajeado e Roca Sales normalizaram a si-

O governo do estado emitiu um boletim hidrometeorológico de alerta para os próximos dias. A previsão é de tempo severo e chuvas volumosas na metade Sul e Norte gaúcho, o que traz novas elevações de nível dos rios, com inundações dos principais nas bacias afetadas pela última cheia. Para quarta-feira, 22, o risco é alto para transtornos por conta das descargas elétricas, queda de granizo grande e rajadas intensas de vento, que podem passar dos 90 km/h, no Oeste, Missões, Noroeste, Sul, Sudeste, Região Metropolitana de Porto Alegre e pontos do Centro-Norte. Além disso, as chuvas serão fortes, trazendo volumes que variam entre 50 e 75 mm por dia em áreas do Oeste, Campanha, Sul, Centro-Norte, podendo ultrapassar esses valores.

Já perdemos muita coisa na última enchente. É a quarta geração da família que mora aqui, e nunca vimos algo assim. A água até chegava perto, mas nunca foi desse porte.” SIMONE KRAKHECKER AGRICULTORA

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Quarta-feira, 22 novembro 2023

Material doado é danificado pela cheia e causa polêmica em Roca Sales e Muçum Itens armazenados para atingidos pela cheia de setembro foram localizados em espaços alagados após cheia no fim de semana Matheus Giovanella Laste matheus@grupoahora.net.br

VALE DO TAQUARI

pós a enchente que assolou Roca Sales no último ﬁnal de semana, vídeos e fotos de muito material advindo de doações daniﬁcado pela cheia começaram a ser compartilhados pela internet. As imagens revelaram pias, fogões, colchões, móveis e roupeiros estocados em um pavilhão. Com a repercussão gerada, alguns moradores questionaram o motivo desses materiais

não terem sido salvos e por qual razão não haviam sido distribuídos antes da água alcançar o local. O prefeito Amilton Fontana esclareceu que o município recebeu aquelas doações poucos dias antes da enchente e estavam sem um local para armazenar. “Não tínhamos um local alto para guardar aquele material naquele momento. O pavilhão é de um empresário que o disponibilizou para o município. Conforme as doações chegavam, uma equipe da prefeitura distribuía semanalmente, não estava sendo guardado ou escondido”, enfatizou Fontana. O prefeito admite que foi um erro não terem conseguido retirar o material antes do nível do rio subir, mas salienta que todos os esforços da prefeitura estavam concentrados em informar e retirar os moradores da área de risco de suas casas. “Salvar vidas era a prioridade, garantir que as famílias estivessem em segurança. Os bombeiros voluntários salvaram uma parte das

DIVULGAÇÃO

Contêiner com donativos em Muçum ficou submerso após cheia no fim de semana

doações. Vamos avaliar se todo material que pegou a cheia poderá ser utilizado de alguma forma, já que não foi muita água que entrou no pavilhão”, disse o prefeito. O material ainda se encontra no mesmo local, próximo ao Centro Social Urbano. A água atingiu cer-

ca de um metro dentro do pavilhão. Quanto a repercussão, o gestor não se surpreendeu. “O que mais tem é pessoas julgando, agora se você pedir uma ajuda ou auxílio para realmente fazer algo, ninguém aparece. Passamos duas noites sem dormir para garantir que todos fossem salvos, então é lamentável que tenham pessoas que se prestam a esse tipo de situação”, complementou Fontana.

Roupas em containers Muçum enfrentou situação semelhante com um dos pontos de doações que foi atingido e que ocasionou na perda de roupas, principalmente. O prefeito Mateus Trojan publicou nas redes sociais um vídeo em que comenta o ocorrido. “A prioridade foi ajudar as pessoas, disponibilizar equipamentos e estrutura com isso em mente. Depois foi alimentação e tudo que era material novo”, ressaltou. Trojan ressaltou também que fazem semanas que o município alerta para a quantidade de roupas doadas que a cidade tinha e a necessidade de despachar parte desse montante para outros lugares porque Muçum não tinha mais espaço para elas. “Não vai faltar roupa para ninguém. Polêmica vai existir, mas não houve maldade e não vamos parar enquanto não recuperarmos a nossa cidade”, concluiu o prefeito.

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Quarta-feira, 22 novembro 2023

DIVULGAÇÃO

Taquari registra maior nível do rio em 80 anos DIVULGAÇÃO

Enchente alcançou 12,95 metros na madrugada de segunda-feira, 20, superando a cheia de setembro

Audiência pública busca alternativas para serviço de distribuição de energia

TAQUARI

erca de 70 dias depois da enchente de setembro, Taquari viveu uma nova cheia, desta vez, ainda maior. Na madrugada de segunda-feira, 20, o nível do rio atingiu 12,95 metros. Até o meio-dia de terça-feira, 21, 105 pessoas ainda estavam fora de suas residências. No total, foram 184 moradores atingidos. A secretaria da Assistência Social segue com o levantamento dos atingidos. A cidade registrou, no início desta semana, o maior nível do rio em 80 anos. Na cheia de setembro, o pico foi de 12,22 metros. O prefeito André Brito decretou Estado de Calamidade Pública no município. Moradores dos bairros Praia, Passo da Aldeia, Tinguité e Olaria, e das localidades de Rincão, Beira dos Rio e Porto Grande voltaram a ser atingidos. A água invadiu também uma parte da sede da Associação de Moradores do Bairro Caieira, onde estavam abrigadas algumas vítimas. Moradores da parte baixa da Rua Eduardo Porto, no Olaria, foram atingidos pela cheia pela primeira vez nos 44 anos que residem no local.

Cerca de 15% dos moradores permanecem sem luz Até o meio-dia de terça-feira, 21, 105 pessoas ainda estavam fora de suas residências. No total, foram 184 moradores atingidos

Doação Agora, a administração municipal arrecada doações de água, alimentos e produtos de limpeza e higiene. Os donativos devem ser entregues na sede do Centro de Referência da Assistência Social (Cras), das 7h às 19h. Mais informações podem ser conferidas pelo telefone (51) 99652‑0601, com Neci. Doações também podem ser feitas pela chave PIX da prefeitura: CNPJ 88.067.780/0001-38.

O alerta Logo após as primeiras notícias de possibilidade de enchente, a Defesa Civil do município come-

VESPASIANO CORRÊA

çou a avisar as famílias sobre o risco de terem as casas atingidas. Ainda na manhã do sábado, as primeiras famílias, moradoras do bairro Praia, começaram a ser removidas. O prefeito André Brito emitiu um alerta na tarde de sábado para a possibilidade de uma grande cheia. “As informações que temos recebido não são boas. O nível do rio deverá subir muito mais, muito semelhante à enchente de 5 de setembro”, alertou o prefeito, fazendo um chamado imediato para os moradores das áreas atingidas pela cheia de setembro. “É um apelo que nós estamos fazendo para que não soframos como na última cheia”, afirmou na ocasião. Na manhã do domingo, 19, o serviço de resgate contava com o apoio de voluntários, de membros do grupo Naútica, do Corpo de Bombeiros, servidores das secretarias municipais de Obras e departamentos de Limpeza Urbana e de Trânsito e Defesa Civil.

Após a recente inundação que assolou a região, o município teve impactos expressivos nas áreas econômicas e sociais. A comunidade de Lucano Conedeira, foi a única localidade a ser atingida pelo Rio Guaporé. Nos demais lugares da cidade, as intensas chuvas resultaram em deslizamentos, causando obstruções que dificultam o acesso da RGE (Rio Grande Energia) para reparos na rede elétrica, o que deixa muitos residentes sem energia. O prefeito Tiago Michelon aponta que a gravidade da situação comprometeu a forma natural de vida na cidade. “Além de Vespasiano Corrêa, municípios vizinhos também enfrentam dificuldades. Devido à gravidade da situação, o município declarou estado de calamidade pública”, relata. Atualmente, 85% do município está com a energia elétrica reestabelecida, os outros 15%

permanecem sem energia devido às dificuldades de acesso da RGE. A água, por sua vez, está sendo gradualmente restabelecida. Devido a isto, hoje, 22, será realizada uma audiência pública às 13h30, no Auditório da EMEB Esperança, com toda a comunidade juntamente com os responsáveis da RGE, para debater melhorias urgentes e necessárias para o fornecimento de energia no município. A comunidade local permanece unida em seus esforços para superar essa crise, e as autoridades municipais estão em constante contato com órgãos estaduais e federais em busca de apoio emergencial.

Em Relvado O município também enfrenta problemas no reestabelecimento da água, e os moradores ainda aguardam o retorno da energia elétrica em sua plenitude. Segundo o vice-prefeito, Adalberto Dalla Vecchia, todas as comunidades do interior foram afetadas.

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