Teatro valoriza cobertura do rádio nas históricas enchentes pelo Vale
A peça “Sintonia do Tempo” e os livros publicados pelos alunos e professora foram destaque da programação
Nesta semana ocorreu a 5ª edição da Semana Literária promovida pelo Colégio Scalabriniano São José na Cidade da Amizade. Com mais de 90 anos de tradição na região, a escola proporcionou diversos momentos artísticos idealizados pelos alunos e educadores. Destaque para a apresentação da peça teatral “Sintonia do Tempo” a publicação de cinco livros escritos e ilustrados pelos alunos e o lançamento de “A Noite que Mudou Nossos Dias”, livro de contos da professora e escritora Marisete Conzatti. Originalmente, o evento, que tinha outro tema central, estava programado para ocorrer em maio, na semana em que as chu-
avô. O aparelho tinha mais de 20 anos e nem antena tinha, mas funcionava perfeitamente”, revela Vigolo. A trama foi uma forma de homenagear esses profissionais e os veículos de imprensa.
Cinco livros dos alunos do São José
(O teatro) foi muito tocante, impregnado com emoções e sentimentos verdadeiros que cada aluno sentiu, direta ou indiretamente. Muitos deles tiveram que sair de suas casas, então era uma realidade muito próxima”
Os títulos dos livros lançados:
“Barriga Vazia, lá vai poesia!”
“A gatinha que era diferente”
“Caçadas Épicas”
“Linguagem do Amor”
“A forma que brilha”
vas e enchentes assolaram o Estado. “Decidimos manter nossas atividades no calendário, porque essas ações extraclasse são o que dão sentido ao que desenvolvemos nas salas de aula”, revelou a coordenadora pedagógica Evelise Mezacasa. As ações iniciaram na segunda-feira, 8, e seguiu até sexta-feira, 12. A temática dessa edição foi “Páginas de Histórias, Vidas e Esperanças”.
Sintonia do Tempo
Uma das principais atrações foi o teatro “Sintonia do Tempo”, apresentado pelos alunos do 2º ano do Ensino Médio. A peça destacou a importância do rádio como único meio de comunicação que se manteve ativo durante as trágicas enchentes. No palco, os atores chamaram atenção para a influência do rádio na vida das pessoas, desde o período das guer-
ras mundiais, os anos de ditadura, até os dias atuais.
O ápice do enredo vivenciou a história de uma família que se utilizou do antigo rádio de pilha do avô para ter acesso às informações nos momentos de maior tensão, quando a água do Rio Taquari invadia as ruas e casas na área central de Roca Sales e os primeiros deslizamentos dos morros traziam incertezas sobre a vida das pessoas nas comunidades do interior. Os áudios reproduzidos durante a encenação resgataram trechos da cobertura da Rádio A Hora 102,9 FM.
“Foi um momento muito tocante, impregnado com emoções e sentimentos verdadeiros que cada aluno sentiu, direta ou indiretamente. Muitos deles tiveram que sair de suas casas, então era uma realidade muito próxima” disse Evelise sobre a preparação dos estudantes para reviver momentos difíceis durante a peça. O estudante Miguel Vigolo foi um dos
Peça abordou também a importância do rádio historicamente, como nas guerras mundiais
roteiristas do teatro e auxiliou a desenvolver o projeto.
“Um desafio muito grande tanto como aluno quanto como pessoa. Tivemos que repassar tudo que enfrentamos nessa catástrofe. E eu me identifico muito com a história que trouxemos porque naqueles dias, o único meio de comunicação que a gente tinha era o rádio do meu falecido
A programação contou também com outros lançamentos e momentos culturais, desenvolvidos por alunos da instituição do Colégio São José. Um deles é um projeto iniciado em 2023, encabeçado pela professora e escritora Gabriela Bertozzi, que consistiu em um concurso entre todos os alunos do ensino fundamental e médio para escolher obras que seriam transformadas em livros. As cinco obras selecionadas partiram de histórias escritas, ilustradas e diagramadas pelos estudantes. “Temos muito orgulho disso porque é 100% Colégio São José”, complementa Evelise. Todas as obras estão à venda.
A Noite que Mudou Nossos Dias
Na quinta-feira, 11, ocorreu o lançamento do livro “A Noite que Mudou Nossos Dias”, escrito pela professora Marisete Conzatti, que se dedica há mais de 40 anos ao ensino. A autora registrou acontecimentos e relatos verdadeiros, que marcaram os moradores de Roca Sales na enchente registrada em 2023. São 23 contos que retratam diversos momentos vividos pelos moradores de Roca Sales, assim como a união e a ajuda ao próximo que permitiu que muitas vidas fossem salvas no município.
ROCA SALES
Colaboração Diogo Fedrizzi
Matheus Giovanella Laste matheus@grupoahora.net.br
Escritora e professora, Marisete Conzatti, lançou sua obra na Semana Literária
Teatro demonstrou como a falta de energia elétrica norteou muitas preocupações no início da tragédia
FOTOS DIOGO FEDRIZZI
A conversa entre PSDB e PP
As convenções partidárias começam a definir, a partir do próximo dia 20, os nomes dos candidatos ao pleito de outubro. E é natural que a movimentação nos bastidores esteja agitada. Em Encantado, a semana foi marcada por uma tentativa de aproximação entre PSDB e PP. A conversa foi proposta por uma experiente liderança política encantadense. Ao redor da mesa estavam os pré-candidatos a prefeito Jonas Calvi, pelos tucanos, e
Paulo Costi, pelos progressistas, além de vereadores e integrantes das duas executivas. Não é de hoje que existem alguns movimentos favoráveis à dobradinha Jonas e o ex-vice-prefeito, Enoir Cardoso. Porém, o PP rechaça essa possibilidade de coligação e mantém a convicção de que Paulo é o nome forte para reconduzir o partido ao comando do município. E mais, a convenção vai definir o vice, entre Enoir e o vereador Marino Deves. Embora a preferência de Marino sempre
diogofedrizzi@grupoahora.net.br
DIOGO FEDRIZZI
foi a cabeça da chapa majoritária ou a reeleição na Câmara, nas últimas reuniões, o atual líder da oposição no Legislativo mostrouse mais receptível à ideia de compor com Paulo, caso seja a escolha dos progressistas.
Por falar em conversas, a noite fria da quinta-feira, 11, reuniu integrantes do PDT e do PP para novas trocas de ideias. Aguardemos!
O A Hora, Nova Bréscia e Pelotas...
Pelo relato dos colegas que estiveram em Pelotas no final de semana passado, para acompanhar o início das operações do Grupo A Hora na região sul e a primeira entrega do jornal A Hora do Sul, a repercussão foi “extraordinária”, como me resumiu o Fernando Weiss. Cidade histórica, com forte apelo cultural, e até por isso muitos ainda preservam o gosto pela leitura do jornal impresso, não tenho dúvidas que os pelotenses irão se surpreender positivamente com o ritmo dinâmico do fazer jornalístico do A Hora, já reconhecido na região dos Vales.
Futebol é outra paixão daquela gente. Por lá, o bom senso recomenda escolher entre o Lobo do Pelotas ou o Índio Xavante do Brasil antes de se arriscar a tocar no assunto Grenal. Aliás, foi pelo futebol que ouvi falar na cidade de Pelotas pela primeira vez. Era criança em Nova Bréscia na década de 80 e lembro de acompanhar comentários sobre o também bresciense Halei Barbieri, o “goleiro profissional” do Pelotas. O filho da Dona Maria, costureira de mão cheia que faleceu recentemente, era celebridade para a gurizada que gostava de correr atrás da bola
na “cancha” da praça. Tanto que, volta e meia, um de nós se autodenominava de Halei quando ia para o gol. Teve um dia que o assunto na Bréscia era o jogo do Pelotas contra o Inter, pelo valorizado Campeonato Gaúcho da época, que teria transmissão pela televisão (só pegava um canal) e o Halei estava escalado com a número 1. Imaginem a expectativa, audiência garantida!
Hoje, desconheço o paradeiro do Halei, mas se ainda estiver por Pelotas, terá o privilégio de usufruir de jornalismo qualificado, com o carimbo do A Hora.
Reconhecimento ao rádio!
Emocionante a apresentação teatral dos alunos do Colégio São José de Roca Sales na noite de quinta-feira, 11. A peça A Sintonia do Tempo valorizou a cobertura do rádio nas históricas enchentes. Principalmente, por ser o único meio para as famílias terem acesso à informação naqueles momentos dramáticos de inundação do Rio Taquari, de deslizamentos nos morros e de falta de energia elétrica.
Elogiável a percepção dos atores e da equipe nos detalhes da encenação, como o efeito de sombras, a passagem do tempo e a cena em que o avô busca o radinho de pilha e reúne a família no centro da sala (depois fui saber que o radinho pertencia ao saudoso Jatir Mezacasa, ex-presidente da Dália e do Sicredi). A reprodução de áudios com trechos da cobertura da Rádio A Hora 102,9 FM foi surpreendente. Parabéns!
Um novo local para a Delegacia de Encantado
Dois prédios públicos atingidos pelas recentes inundações devem mudar de endereço em Encantado, o Ministério Público e a Delegacia de Polícia (foto). Os servidores do MP já trabalham em uma das salas do Fórum. Nesta semana, em entrevista à Rádio A Hora 102,9 FM, a delegada regional Shana Hartz confirmou que a ideia é construir uma nova sede da DP para Encantado, assim como vai ocorrer em Lajeado. E um dos terrenos em análise é o espaço do estacionamento do Fórum, na rua Eduardo Satler esquina com a Sete de Setembro. Aliás, o atual prédio da delegacia, na esquina da Júlio de Castilhos com a Tiradentes, faz parte da história da cidade. A construção é de 1903, ainda quando Encantado era Vila. O amigo escritor Airto Gomes me lembra que, antes de ser ocupado pela polícia civil, o local recebeu a loja de secos e molhados da Família Secchi, a escola do Grupo Farrapos e a Exatoria Estadual. Gomes já trabalhou no processo no tombamento do prédio, mas não obteve sucesso pelo fato de uma das exigências ser inviável: teria de incluir uma área de 350 metros quadrados no entorno para a proteção ambiental.
Novo
protesto
Moradores vizinhos à rodovia 129, no trecho entre Roca Sales e Colinas, organizam nova manifestação para o próximo sábado, 20, na Linha Fazenda Lohmann. O protesto só será cancelado se até segunda-feira, 15 (prazo estabelecido na mobilização do dia 22 de junho), o governo do Estado apresentar “garantias no papel”, de que a pavimentação asfáltica vai ser feita.
A recente declaração do secretário estadual dos Transportes, Juvir Costella, de que a obra está entre as prioridades do Estado não convenceu. O grupo reconhece que, no momento, é impossível iniciar o asfaltamento, pelo fato de a estrada ser alternativa para o tráfego de caminhões. “Mas queremos que o Estado nos mostre a licitação e o contrato com a empresa que vai fazer a obra”, diz Rodrigo Alex Silva, um dos líderes do movimento.
- Em Encantado, há possibilidade de a 18ª edição do festival de música Canto da Lagoa ser realizada ainda neste ano. Lógico, depois da eleição. E um novo local já é avaliado, em função de que o Parque João Batista Marchese deverá permanecer por um bom tempo como abrigo para famílias que perderam suas casas nas enchentes.
Alguém mais está triste com a escassez de pinhão nos mercados de Encantado?
EDUCAÇÃO E CULTURA
Região Alta conhece detalhes de novo projeto ambiental do Grupo A Hora
Educame se propõe a auxiliar professores e alunos a partir da publicação de livro e cartilha
Entre as diversas áreas de atuação, que vão desde melhorias no sistema de monitoramento até obras de infraestrutura, o setor da educação também ganha destaque nas iniciativas de enfrentamento às enchentes no Vale do Taquari. Nesse cenário, surge o Educame, projeto de educação ambiental idealizado pelo Grupo
A Hora. A ação convida educadores a elevar a consciência coletiva sobre a natureza, os impactos das atividades humanas no planeta e a relação das comunidades com eventos extremos.
O projeto foi apresentado nesta semana aos representantes da Associação dos Municípios do Alto Taquari (Amat) pelo diretor executivo do A Hora, Adair Weiss, o diretor editorial e de produtos, Fernando Weiss, o coordenador da unidade da Região Alta, Diogo Fedrizzi, e o escritor e publicitário, Gilberto Soares, na sede do Sicredi Região dos Vales em Encantado. A iniciativa consiste na publicação de um livro e de uma cartilha para uso em sala de aula. Segundo Adair, um dos propósitos do A Hora é conectar a Região Alta com todo o Vale do Taquari e o Estado, e o Educame é mais um projeto que fortalece essa aproximação. “O projeto é uma resposta à comunidade que anseia por algo mais concreto. Aqui tem algo pensado, estruturado, a médio e longo prazo, pois é a única forma que temos de obter
resultados mais substanciais e efetivos de prevenção, consciência e resiliência em todos os aspectos”, destaca.
Fernando apresentou detalhes do projeto e chamou atenção para a importância em dar respostas às mudanças climáticas que impactam a região. “Os anos 2023 e 2024 deixam claro que precisamos reagir, que não podemos ficar parados. Se erramos ou acertarmos, se fomos negligentes ou não, isso não vem ao caso, pois não conseguimos consertar o que fizemos, mas podemos mudar a realidade daqui para a frente”, frisa.
Repercussão positiva
O público também teve espaço para fazer questionamentos e mostrou-se satisfeito com a ideia de ter em mãos algo concreto
que beneficiará o aprendizado dos alunos da região, a partir do estudo do meio ambiente e dos eventos climáticos que impactam as comunidades.
A secretária de Educação de Vespasiano Corrêa, Marina Brustolin, parabenizou o A Hora por pensar na educação ambiental. “Sabemos que essas duas últimas catástrofes que ocorreram impactaram muito as comunidades. Como foi dito, os alunos precisarão destas informações para entender tudo o que acontece em nosso planeta. É disto que precisamos, estar em sintonia com a natureza e ensinando as nossas crianças”, salienta Marina.
A responsável pela Educação de Encantado, Gabriela da Costa, entende que o kit com a cartilha e o livro vai agregar muito na sala de aula, principalmente, na conscientização dos alunos. “Percebemos que o material oferecido vai aproximar o nosso Vale do Taquari. Ele vai contextualizar e instrumenta-
É disto que precisamos, estar em sintonia com a natureza e ensinando as nossas crianças.”
MARINA BRUSTOLIN
SECRETÁRIA DE EDUCAÇÃO DE VESPASIANO CORRÊA
lizar nossos professores para trabalharem com os alunos, dando sentido a tudo que é desenvolvido aqui com as questões da educação ambiental. Acreditamos que será um projeto bem aproveitado pelas escolas”, aponta Gabriela.
Conheça o Educame
• OBJETIVO
Auxiliar na consciência coletiva sobre catástrofes ambientais no Vale do Taquari por meio da educação ambiental.
• CONHECIMENTO E PREVENÇÃO
O projeto é idealizado pelo Grupo A Hora (com apoio da Amvat, Amat e da Defesa Civil Nacional) e inclui a publicação de um livro e uma cartilha para uso em sala de aula.
• ENFOQUE REGIONAL Publicações detalham aspectos regionais, como a bacia hidrográfica do Taquari/Antas, com exercícios e práticas para elevar a consciência da comunidade sobre ter o próprio plano de contingência.
• RELEVÂNCIA EDUCACIONAL
O projeto busca transformar alunos em multiplicadores da cultura de prevenção nas comunidades e famílias.
• PRÓXIMOS PASSOS
Apresentação do projeto em Encantado, amanhã, às 14h na Casa Le Chiavi, na Estrada São José, em Linha Garibaldi. O kit (livro e cartilha) serão lançados em seminário regional agendado para 5 e 6 de setembro.
Percebemos que o material oferecido vai aproximar o nosso Vale do Taquari.”
Brayan Bicca brayan@grupoahora.net.br
BRAYAN BICCA
Projeto foi apresentado nesta semana aos representantes da Associação dos Municípios do Alto Taquari (Amat)
IMPACTOS DAS ENXURRADAS
CIC de Anta Gorda trabalha para obter recursos às empresas afetadas
Município foi o terceiro maior em número de deslizamentos de terra no RS, mas não foi reconhecido como em estado de calamidade pública
Matheus Giovanella Laste matheus@grupoahora.net.br
Aagência americana Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (Nasa) mapeou em maio desse ano as ocorrências de deslizamentos de terra que atingiram o Estado. O resultado estabeleceu quase quatro mil pontos com movimentação de massa, a maioria na região da Serra Gaúcha. O município com maior número de incidências foi Veranópolis com 270 registros, e em terceiro lugar Anta Gorda com 219. O volume se destaca com maior abrangência pelo fato do município ter sido reconhecido
como em estado de emergência pelo Estado e não como calamidade pública. E essa diferenciação influencia em outro aspecto essencial para o desenvolvimento da cidade: o auxílio as empresas afetadas pelo desastre climático. O presidente da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC) de Anta Gorda, Rafael Pavan, se empenha para verificar as possibilidades existentes de apoio ao comércio local diante desse contexto.
“Estamos verificando o motivo
do município não ser considerado em calamidade pública mesmo com todos esses deslizamentos que tivemos. E isso é importante porque muda as linhas de crédito também, de Anta Gorda e região. Muitas empresas daqui foram atingidas indiretamente pelos desmoronamentos, foram poucas de forma direta”, explica Pavan. O presidente da entidade percorreu alguns bancos no Vale para entender melhor como funcionará o auxílio aos empreendimentos.
Estamos verificando o motivo do município não ser considerado em calamidade pública mesmo com todos esses deslizamentos que tivemos. E isso é importante porque muda as linhas de crédito também, de Anta Gorda e região.”
Uma das possibilidades apresentadas foi o Pronampe Solidário, programa no qual as empresas podem contratar o valor máximo de 60% do faturamento do ano anterior, limitado a R$ 150 mil. A linha de crédito é subsidiada para municípios com estado de calamidade pública reconhecido pelo Governo Federal, com amortização de 40% na contratação dos recursos. “Mas cidades com decreto de emergência não se encaixam”, aponta Pavan. Essas questões vêm pontuando o trabalho da CIC, com debates com os bancos, governo municipal e entidades para buscar um enquadramento melhor para Anta Gorda. “Vamos seguir com
Os municípios com mais deslizamentos
1º Veranópolis: 270
2º Bento Gonçalves: 229
3º Anta Gorda: 219
4º Cotiporã: 162
5º Dois Lajeados: 145
6º Pinto Bandeira: 102
7º Relvado: 88
8º Antônio Prado: 83
9º Nova Roma do Sul: 79
10º Roca Sales: 78
11º São Valentim do Sul: 76
12º Guaporé: 72
13º Putinga: 71
14º Flores da Cunha: 68
15º São José do Herval: 60
16º Encantado: 58
17º Nova Pádua: 48
18º Santa Tereza: 45
19º Marques de Souza: 43
20º Fontoura Xavier: 42
21º Muçum: 42
22º Farroupilha: 39
23º Doutor Ricardo: 38
24º Fagundes Varela: 33
25º Capitão: 29
26º Travesseiro: 26
27º Coronel Pilar: 25
28º Vespasiano Corrêa: 24
29º Coqueiro Baixo: 22
30º Nova Bréscia: 22
o apoio ao associado nessa busca por recursos e linhas de crédito. É um trabalho muito forte com esse foco”, salienta o presidente.
ANTA GORDA
RAFAEL PAVAN PRESIDENTE DA CIC ANTA GORDA.
Quantidade de deslizamentos de terra foi uma das maiores marcas da tragédia climática de 2024
Anta Gorda foi reconhecido como em estado de emergência ainda e maio de 2024
MATHEUS GIOVANELLA LASTE
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O bullying na escola
Obullying foi o tema do terceiro episódio de “O Segredo da Infância”, produção especial do Grupo A Hora, em parceria com o Espaço Flores. Ser, de Encantado. O programa apresentado na Rádio A Hora 102,9, no dia 4 de julho, teve a participação de Theodoro Mariano Brum, 8, e Ana Júlia Potrich, 10, alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental Porto Quinze de Encantado, acompanhados da diretora Márcia Daldão.
A mediação da conversa foi da facilitadora de processos de inovação social, Ana Fausta Borghetti, que chamou a atenção para a informação de que, no Brasil, a cada 10 crianças, uma sofre bullying, segundo o Ministério da Educação e Cultura (MEC). “É um tema que tem a ver com relacionamentos, amizades, convivência e respeito. O bullying não é a brincadeira que acontece na escola. É uma prática que acontece de forma sistemática. Essa é a grande diferença”, comenta. Segundo ela, a principal arma para defender as crianças do bullying é o diálogo. “É a gente conseguir sentar com as crianças e conversar sobre o que elas sentem, como estão, como lidam com as questões do dia a dia”, acrescenta. Nas atividades dos círculos
de paz, realizadas pela equipe do Espaço Flores.Ser nas escolas de Encantado, explica Ana Fausta, as crianças ressaltaram a vontade de aprender mais sobre convivência, respeito e amizade. “Infelizmente, a gente vive numa sociedade global violenta, em que a forma com que se resolvem as questões, não é pelo diálogo. Como aprender a transformar essa maneira de se relacionar? Esse é o desafio”, comenta.
A EMEF Porto Quinze conta com 118 alunos nos turnos da manhã e tarde, do pré ao quinto ano do Ensino Fundamental.
Conforme a diretora Márcia
Daldão, o trabalho de conscientização sobre respeito e boa convivência está presente na rotina da escola. “Começa nas ações simples, desde a sala de aula, o brincar, a educação física. Às vezes, por exemplo, tem uma disputa pela bola, quem chega primeiro, quem termina
primeiro. A nossa maior preocupação é que eles convivam bem, dentro das diferenças de todos, para que saibam respeitar e ser respeitados. E nesse processo, todos se envolvem, professores, alunos, funcionários e famílias”, afirma Márcia.
O aluno Theodoro revela o que faz quando há um desentendimento entre ele e os colegas.
“Eu gosto dos meus amigos, eles gostam de mim. No recreio, a gente brinca de pip pega. Às vezes, tem brigas. Mas aí a gente para e conversa”, diz. “Algumas vezes, não consigo brincar com meus colegas. Mas não fico brabo. Com gentileza, eles me dizem para esperar um pouco e depois me deixam brincar”.
A turma de Ana Júlia tem seis crianças de inclusão. “Brincamos bastante juntos. A gente se ajuda. Somos bem amigos”, diz. Para ela, se houver algum problema de convivência, uma “boa conversa” resolve.
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Theodoro, Ana Júlia, diretora Márcia Daldão e Ana Fausta participaram da terceira edição do programa
Município iniciou a limpeza do arroio com duas máquinas terceirizadas
SERVIÇOS MUNICIPAIS
Relvado inicia serviços de desassoreamento do Arroio Jacaré
Leito do rio está obstruído por entulhos e gallhos
RELVADO
Em virtude do grande volume de água e deslizamentos ocorridos na cheia de maio deste ano, o Arroio Jacaré em Relvado sofreu graves consequências e encontrase com seu leito obstruído e com muitos entulhos nas margens. Diante desse contexto, o município começa a trabalhar em ações de melhoria e limpeza da área.
Será um processo longo e que exigirá parcerias com órgãos Estaduais e Federais para liberação de recursos. Enquanto não estiver concluído o mapeamento do leito do arroio e o projeto de desassoreamento, o município iniciou a limpeza do arroio com duas máquinas terceirizadas, com foco em alguns pontos mais críticos, tanto na área urbana quanto rural. O ato pretende evitar que o rio transborde e invada as casas em períodos de chuvas. Finalizando a parte central, será feito os trabalhos nos riachos e rios do interior de Relvado. O município trabalha no mapeamento das áreas de maior risco de novos alagamentos.
DESTAQUE CULTURAL
Cineasta de Encantado é indicado para Festival de Cinema de Gramado
Henrique Lahude foi selecionado com o curta-metragem “Chibo”, gravado nas margens do Rio Uruguai
Ocineasta Henrique Lahude foi indicado para receber o Kikito de Ouro, na 52ª Edição do Festival de Cinema de Gramado, na categoria curta-metragem gaúcho. A produção selecionada foi “Chibo”, gravado às margens do Rio Uruguai, na fronteira entre o Brasil e a Argentina. A direção é de Lahude e Gabriela Poester, também cineasta e roteirista.
O curta relata a história de uma família que vive às margens do rio
e trabalha com Chibo, travessia clandestina de mercadorias para substâncias, comércio e pessoas, enquanto Dani, a filha mais velha, está prestes a concluir o Ensino Médio e enfrenta os dilemas do início da vida adulta.Lahude é formado em produção audiovisual e especialista em desenvolvimento de projetos para cinema e televisão e já trabalha na área há 13 anos, principalmente com produção, direção e roteiro.
Além desta indicação, o cineasta já recebeu outras premiações. Em 2022, o curta-metragem produzido no Vale do Taquari “Drapo a” foi destaque no 50ª Edição do Festival de Cinema de Gramado. Dirigido pelo haitiano Alix Georges e por Lahude, a obra rendeu ao encantadense o prêmio de melhor produção executiva. Lahude também já foi agraciado com o prêmio internacional Mica, de melhor
curta-metragem regional. Em entrevista ao Jornal A Hora em abril de 2024, o cineasta salientou que sua maior ambição com a sétima arte é ajudar a democratizar as formas de produzir e acessar o audiovisual. “Não tanto individual, mas coletiva e assim poder ver novas obras sendo produzidas fora do eixo Rio-São Paulo e das capitais dos estados. Acompanhar a valorização da arte por parte dos poderes públicos e das políticas culturais das cidades e estados. De existir uma diversidade de olhares, temáticas e paisagens nos filmes produzidos”, afirmou Lahude.
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ENCANTADO
HENRIQUE LAHUDE CINEASTA ENCANTADENSE
Curta-Metragem Chibo foi gravado na fronteira entre Brasil e Argentina e tem como personagens duas irmãs.
PLANO SAFRA
Sicredi Região dos Vales anuncia R$ 450 milhões para o agronegócio
Os recursos viabilizarão as principais culturas da região como milho, soja, erva-mate, uva, entre outros produtos
REGIÃO
ALTA
Com o compromisso de apoiar e fortalecer o agronegócio, o Sicredi Região dos Vales já está recebendo as propostas de financiamento e prevê disponibilizar cerca de R$ 450 milhões em crédito rural do Plano Safra 2024 e 2025. A expectativa é atender cerca 3 mil associados nos 18 municípios da área de atuação da Cooperativa de Crédito. Os recursos serão destinados para operações de crédito rural que viabilizarão as principais culturas da região como milho, soja,
Expectativa do Plano Safra 2024 e 2025 é atender cerca 3 mil associados nos 18 municípios da área de atuação da Cooperativa de Crédito
erva-mate, uva e outras. Além de atividades pecuárias de bovinocultura, avicultura e suinocultura, contribuindo para a geração de renda, maior produtividade nas propriedades rurais e acesso à tecnologia. O Diretor Executivo do Si-
credi Região dos Vales, Roberto Scorsatto, salienta que os valores projetados para esta safra são reflexos do compromisso do Sicredi em fomentar o agronegócio e estar ao lado dos produtores rurais, evidenciando a importância da parceria e da cooperação no desenvolvimento da economia regional. “O agronegócio é fundamental para a economia da nossa região, e estar ao lado dos produtores rurais e fomentar o setor faz parte da nossa forma de atuação. Essa parceria viabiliza melhorias, ampliação da produtividade e geração de renda, cooperando com o desenvolvimento da nossa região.”
Em âmbito nacional, serão disponibilizados R$ 66,5 bilhões para a safra 2024/2025 O Sicredi, com mais de 8 milhões de associados e presença em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal, disponibilizará mais de R$ 66,5 bilhões aos produtores rurais no Plano Safra 2024/2025, em nível nacional.
O valor representa um aumento de 17% em relação ao concedido no ano safra anterior e a previsão é de liberação em mais de 353 mil operações atendendo, majoritariamente, pequenos e médios produtores. O Sicredi é, atualmente, a segunda maior instituição financeira do Brasil em carteira agro, totalizando R$ 87,4 bilhões em saldo.
Parceria
Nesta semana, o Sicredi Região dos Vales recebeu a direção, equipes e demais profissionais técnicos dos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais (STRs) da região e da Emater/RS – Ascar dos 18 municípios que integram a área de atuação da Instituição Financeira Cooperativa, na Sede em Encantado. O objetivo é divulgar as informações referentes ao Plano Safra 2024/2025 e fortalecer a parceria ao longo dos anos no atendimento dos associados.
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