AH - Mais Atual | 24 de janeiro de 2015

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Fim de semana, 24 e 25 de janeiro de 2015

H u m ilda de q u e mov e uma empres a Claudir Dullius sempre quis ser um vencedor. Desde pequeno, clareou metas e objetivos. Aos poucos, conseguiu alcançá-los e hoje mantém seu negócio valorizando funcionários. Mesmo com o sucesso, não deixa de fazer novos planos. Páginas 4 e 5

no verão Balada

Páginas 6 e 7


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FIM DE SEMANA, 24 E 25 DE JANEIRO DE 2015

DROPS

DIVULGAÇÃO

Indicados A lista dos indicados ao Oscar 2015 foi divulgada e os filmes Birdman (ou A Inesperada Virtude da Ignorância) e O Grande Hotel Budapeste receberam o maior número de indicações, com nove cada. O Jogo da Imitação ficou logo atrás, com oito indicações. A cerimônia ocorre dia 22 de fevereiro.

DIVULGAÇÃO

Primeira loja

Outro formato A série 12 Macacos, baseada no filme homônimo de 1995 do diretor Terry Gilliam, teve sua estreia pelo canal de tevê de ficção científica Syfy.

A Ralph Lauren divulgou que abrirá sua primeira loja no Brasil em março. A promessa é pelas mesmas coleções encontradas em outras lojas do mundo. O local escolhido é o Shopping Cidade Jardim, em São Paulo.

Substituição

Atualização O Google liberou recentemente a versão atualizada de seu aplicativo de tradução de idiomas. Agora, ele tem capacidade de traduzir frases por meio de imagens de forma instantânea. Ao abrir o aplicativo, basta selecionar a opção de câmera e apontar para uma frase, a tradução aparecerá sobreposta na tela do celular.

O ator Tom Hardy, que interpretaria o personagem Bane no filme de vilões Esquadrão Suicida, da parceria entre DC Comics e Warner Bros, desistiu do papel em função de sua agenda cheia. O favorito para substituição, ainda em negociação, é Jake Gyllenhaal.

GUSTAVO TOMAZI

QUEM FEZ ESTA EDIÇÃO:

Foto de capa

Gabrielly Babick veste blusa preta Pistis, short Ellus, colar Marcielli e brinco Carol, da Dullius.

Edição:330

Direção Editorial: Fernando Weiss Matéria: Tammy Moraes Equipe: Francine Zanotelli - Arte: Gustavo C. da Silva - Tiragem: 7.000 exemplares. Disponível para verificação junto ao impressor (ZH Editora Jornalística)


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COLUNA

Cotidiano

529.374 DIVULGAÇÃO

O

s resultados do Enem foram objeto de troça e crítica. 8, 5% dos candidatos zeraram a redação. Fuga da temática, estilo de texto diferente do proposto, ideias desconexas e desrespeito aos direitos humanos foram algumas das causas. Questionou-se o governo federal. Ressaltou-se o corte de 7 bilhões na verba do Ministério da Educação. Duvidou-se da qualidade de ensino e das correntes teóricas de sustentação ao processo ensino-aprendizagem. Houve quem bandeirasse pela volta do vestibular como via de acesso única. Gostaria de refletir sobre o significado da escrita. O antropólogo Claude Lévi-Strauss, em Tristes Trópicos, “levantou uma lebre” ao afirmar que a “função primária da escrita... é facilitar a escravização dos seres humanos. O emprego... com fins desinteressados, buscando satisfazer a mente nos campos da ciência ou das artes, é um resultado secundário de sua invenção – e pode muito bem não ser mais do que um meio de reforçar, justificar e dissimular sua função primordial”. Exagerou? Talvez. Mas ler e escrever foram, sim, privilégios durante muito tempo, favorecendo a manipulação das massas por líderes políticos e religiosos. Hodiernamente, a universalização do acesso ao ensino básico e a busca

(...) ler e escrever foram, sim, privilégios durante muito tempo, favorecendo a manipulação das massas por líderes políticos e religiosos.”

por aprimoramentos na área da educação impedem, de certa forma, a concentração do saber nas mãos de poucos. O psicólogo David R. Olson, em O Mundo no Papel, elencou dúvidas sobre “certezas” correntes. Sobre a funcionalidade da escrita, argumentou ser “funcional e vantajosa em certos cargos gerenciais e administrativos, e em número crescente de papéis sociais... [mas] só... para quem tem a sorte de conseguir um cargo desses.” Em relação à cultura,

recordou a sofisticação de povos pautados na oralidade. Na Grécia, reconhecida por avanços políticos e filosóficos, escrever era atividade secundária. Sócrates foi um dos tantos que nada escreveu. Olson se afastou da discussão sobre prós e contras, concentrando-se em implicações da escrita e da leitura, concluindo que as compreensões de contexto e de nós mesmos são, hoje, “subprodutos de um mundo que está no papel.” Mesmo imersos, redação pode não ser o “forte” de muitos. Em compensação, talvez sejam prodigiosos em outros campos do conhecimento ou habilidades. Tenho uma amiga com ideias bem costuradas e retórica invejável. Ao usar caneta e teclado, vai de mal a pior. Todo mundo aprende, alguém dirá. Mesmo? Foram 529.374 redações zeradas, preocupantes dois milhões com pontuação até 500 e sofríveis 1, 5 milhões entre 501 e 600. Devemos refletir sobre o analfabetismo funcional, sobre problemáticas na seara educacional, mas também acerca de gargalos separando “capazes” e “incapazes” para a vida. São adequados? Justos?

por Jandiro Koch jandiro@jornalahora.inf.br

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REPORTAGEM

Os primeiros passos do sucesso Saiba como Claudir Dullius deixou sua vida simples para se tornar um dos maiores empresários do Estado

A

o chegar para visitar uma das lojas de sua rede, Claudir Dullius, 57, gosta de olhá-la primeiro de fora. Analisa a fachada e vitrina, se tudo está em ordem. Gosta de enxergar seu negócio com olhos de cliente. O filho de colonos de origem humilde hoje é dono de 19 lojas, localizadas em 12 municípios do Estado, com 250 funcionários no total. Em novembro do ano passado, sua rede completou 35 anos de existência. Seu maior lucro vem das lojas em Lajeado: a meta do ano 2014 foi chegar a R$ 50 mi, batida com sucesso. Como ser humano, longe do rótulo de empresário, Dullius conta que

apesar de algumas tristezas durante sua vida, se tivesse oportunidade, não desfaria seus erros. Com eles, aprendeu a encontrar sua verdadeira felicidade hoje. Conta evitar contato com aqueles que vivem se lamentando pelo passado. Sua meta é criar uma corrente, atraindo cada vez mais positividade, diz. “Os melhores são os mais felizes.” Por isso, nem que seja em uma pequena partida de futebol, entra para vencer. Relaxar em meio à correria é difícil. Por ter um grande senso de urgência, não consegue ter muita paciência para esperar as coisas darem certo. Sua maneira de levar a vida é intensa. Se está trabalhando ou se divertindo, fará isso do jeito mais profundo possível.

Dullius é natural de Santa Clara do Sul. Morava em meio aos morros e matos, ou “grotas”, como chamavam na época. Suas primeiras lembranças da casa são de viver sem energia elétrica. “Mas tudo foi aprendizado.” Por ser o filho mais velho, ajudava em todos os serviços de casa com a mãe. Com o pai, auxiliava na estrebaria, tirando leite de vacas e na roça. Até hoje lembra saudoso do primeiro par de sapatos que ganhou. Até o cheiro ficou marcado. Conta que desde o primário já tinha em mente que queria ser um vencedor. Porém lavoura não era seu forte, o trabalho exigia muito do franzino Dullius à época, que não conseguia segurar o arado.


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REPORTAGEM

ANDERSON LOPES

Cruzeiro do Sul. Depois de alguns anos se viu surpreso, abrindo uma filial no município, onde hoje é a matriz. O prédio era antigo e estava mal conservado. Trabalhou com os pedreiros como servente durante a reconstrução do local. A filial de Santa Clara do Sul foi fechada posteriormente. Quando veio a inauguração da nova matriz, aprendeu o truque de colocar caixas vazias de sapatos no local, para dar a ilusão de grandes quantidades de produtos. Sua meta seguinte se tornou abrir uma loja em Lajeado. O primeiro ponto da Dullius na cidade foi na rua Júlio de Castilhos, em frente à prefeitura. Depois, abriu outra loja e começou aos poucos a trabalhar com confecções. Os produtos vinham de Novo Hamburgo: os clientes encomendavam e Dullius os trazia.

Família Dullius A loja de Cruzeiro do Sul hoje é a filial da rede Dullius, apenas um dos 12 municípios onde a rede se encontra

A arrogância é uma das primeiras coisas que acaba com um empresário.

CLAUDIR DULLIUS/ARQUIVO PESSOAL

Pontapé Ao perceber isso, colocou como meta o estudo. “Só assim poderia ser alguém na vida.” Percebeu melhores chances em São Leopoldo, e se mudou para lá para estudar para ser padre. Na época, trabalhou em algumas fábricas de sapatos e nos fins de semana, quando ia para casa, levava o produto para vender aos amigos e vizinhos. Foi quando aprendeu a gostar de negociar. Quando uma pequena loja surgiu em Santa Clara do Sul, em 1979, viu um potencial negócio. O pai o ajudou como conseguiu e deu entrada então à sua primeira loja de sapatos. Abria só de quinta a domingo, depois da missa, para alcançar mais clientes. Com o tempo e os lucros, conseguiu comprar seu primeiro carro. Em um dia, passeando com os amigos, encontrou a cidade de

Dullius é o mais velho de seis irmãos, hoje quase todos empreendedores. Tem três filhos e cada um recebeu criação diferente daquela que o pai teve. Quando nasceram, conta que ainda não tinha percepção do que era realmente bom para suas vidas. Enquanto cresciam, confessa que os mimou. O empresário já pensa em sucessão. Apesar disso, não força ninguém da família a seguir o negócio, pois afinal, seu sonho não é o sonho deles. É preciso ter cuidado para não coagir os filhos a fazerem o

que não querem realmente, atenta. Quanto à vida amorosa, Dullius deixa apenas um conselho: se o casal puder viver junto, mas separar a vida profissional, é o melhor a se fazer. Gosta de não ter nascido no “topo”. Apesar de algumas experiências pelas quais queria ter passado e não pôde, hoje dá valor para o que tem. “Quem ganha tudo fácil, perde fácil.” Sempre agradece ter escalado o sucesso aos poucos e tenta hoje levar uma vida simples. “A arrogância é uma das primeiras coisas que acaba com um empresário.”

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Êxito Para Dullius, 35 anos de negócio são só o começo. As dificuldades aparecem só na segunda ou terceira geração, diz. Dullius não tem curso superior. “Aprendi tudo na escola da vida.” Mas agora que tem a possibilidade, faz cursos sempre que pode. O último foi um MBA de Intuição do Negócio. Seus segredos básicos para o negócio dar certo são: estar sempre na liderança, ter vontade o suficiente para nunca ficar acomodado, persistir duramente, trabalhar muito e saber lidar com os funcionários. Pessoas são mais importantes que produtos, afirma. Saber motivar, confiar e delegar são características valiosas. Também é necessário entender de gestão, saber o ponto de equilíbrio da empresa, e o quanto ela é rentável.

Dullius procura acompanhar tudo que se passa em suas lojas, por isso está sempre na estrada. O foco constante é a melhoria das lojas. Procura entender tudo o que acontece ao redor, para perceber o que está dando certo ou não. Suas visitas são sempre para sentir o clima no ambiente de trabalho. Busca também demonstrar aos funcionários que esses são valorizados. É como uma cadeia: ao servir bem os funcionários, esses servirão bem os clientes. Parece simples, mas muitas empresas custam a entender isso, diz. O importante é primeiro compreender a si para depois entender a outros. Também é preciso estar sempre em sintonia com o andamento da moda, que caminha cada vez mais para o chamado fast fashion, o consumo rápido de roupas, conta.


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EDITORIAL

No calor

da noite

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ara cair na balada, no verão com o calor muitas vezes desconfortante, o jeito é ser casual. As cores, além de serem a identidade da estação, são um bom jeito de animar o visual. Para quem prefere look sóbrio, o preto sempre dá toque chique na composição. As blusas de cetim estão em alta por serem versáteis, combinando com shorts e saias curtas. Para complementar, aposte nos brincos de festa, combinando a pedraria com os tecidos usados.

Body Pistis, short Ber Ellus e brinco Raquel, da Dullius


FIM DE SEMANA, 24 E 25 DE JANEIRO DE 2015

Body colorido Trip, saia Nina Rosa e brinco Guga, da Dullius

Créditos: Loja participante desta produção: Dullius (3714-4469) Modelo: Gabrielly Babick Fotografia: Gustavo Tomazi Produção de moda: Francine Zanotelli Beleza: Betina Lenhard (9944-7612)

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