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A princesa do Vale

O presidente da Câmara de Indústria e Comércio e Serviços (CIC) de Teutônia, Renato Scheffler, participa do Cafezinho com NG. Nesta edição ele conta sobre sua trajetória na instituição. Hoje a entidade possui mais de 530 associados.

Como é sua trajetória na instituição?

Renato- Eu participo desde 2008, quando assumi cargo de direção na pasta de Indústria. Em 2012 fui convidado para ser conselheiro fiscal e em 2014, quando a direção foi renovada, ocupei o cargo de vice-presidente. Naquele momento, o então presidente da associação solicitou afastamento, portanto eu dei continuidade aos trabalhos. No estatuto da CIC não existe reeleição para cargos de presidência, são funções que devem ser trocadas a cada gestão. Desta forma, eu passei a representar a CIC como presidente, mas ainda na função de vice-presidente. Então em 2016 foi decidido que eu seria o presidente na gestão de 2016-2018. Após esse período, permaneci na diretoria com a presidente Marisa Wolf. Fui vicepresidente de Infraestrutura e participei da organização da Festa de Maio de 2018. Agora volto, novamente, como presidente para dar andamento aos trabalhos e novos projetos.

Quais são as metas para a gestão?

Renato - Estamos refazendo o planejamento estratégico da entidade, que é reformulado a cada cinco anos. É uma oportunidade para buscarmos novas formas de prestação de serviços, bem como incluir o setor de agronegócio na instituição. Atualmente, o agro representa cerca de 40% da arrecadação do município. Então é importante que tenhamos abertura para este setor. Além disso, temos o objetivo de estimular que mais pessoas jovens participem da entidade, e assim, a criação de novas lideranças.

Cerca de 30% da diretoria hoje é formada por pessoas jovens e isso mostra que estamos no caminho certo. Também queremos estimular que mais mulheres se associem à entidade, criar o grupo das empreendedoras, para que elas tenham um espaço para compartilhar suas experiências. Existem grupos com a mesma finalidade em outras associações.

Qual a importância da CIC no município?

Renato - Existe o objetivo de sempre estar alinhado ao Executivo e ao Legislativo para que possamos contribuir com

Renato atua na CIC Teutônia há 15 anos o desenvolvimento da cidade. Participamos de diversos conselhos municipais, com pessoas que são indicadas pela entidade. É uma forma de contribuir com o crescimento de Teutônia. Junto à administração municipal também organizamos eventos, como a Festa de Maio, promoções e campanhas para o comércio local. Estamos sempre abertos para ser um elo entre a comunidade e o Poder Público.

O que é necessário para ser presidente?

Renato - É um trabalho voluntário, temos que estar à disposição para participar.

Vai além da disponibilidade de tempo, é preciso fazer parte e buscar experiências, porque temos que trabalhar em prol do associativismo e da comunidade. É necessário visualizar o desenvolvimento. Os cenários mudam ao longo dos anos e temos que estar preparados para acompanhar as mudanças. Essa é a importância do associativismo, representar um grupo de pessoas. Como é feito o trabalho com o associado?

Renato - Nosso foco de trabalho é a representatividade. Trabalhamos em conjunto para poder fortalecer o todo. Procuramos atender as demandas que são trazidas pelos nossos associados, procurando oferecer um curso de aperfeiçoamento, trazendo temas solicitados para reuniõesalmoço. Também convidamos os empresários para visitar a entidade e saber como o trabalho é feito. É uma oportunidade para eles conhecerem a gama de benefícios que a CIC oferece, em termos de ajuda, espaço para reuniões, para promover cursos.

O Cafezinho com NG é publicado toda semana no Jornal Nova Geração. Neste espaço, empresários, políticos, lideranças e representantes de comunidades da área de cobertura do semanário destacam experiências e ações nos seus respectivos setores e em benefício de suas cidades.

Já estamos no mês de maio, e o dia 20 se aproxima, o aniversário da nossa “Princesa do Vale”, nossa Estrela. Mas porquê “Princesa do Vale”?

O Vale do Taquari é composto atualmente por 36 municípios e Estrela é o segundo mais antigo entre estes, sendo o mais antigo, Taquari, e por ser o segundo mais antigo é considerado a “Princesa do Vale”. Inicialmente, especificamente no ano de 1794 os irmãos de origem açoriana, João e José Ignácio Teixeira receberam o que conhecemos por Estrela, por doação do governo português, no sistema de sesmarias e formaram o que foi a “Fazenda da Estrella”.

Ao longo do tempo, outros nomes surgem como proprietários da Fazenda da Estrella, como o do segundo proprietário que foi José Inácio Teixeira Júnior, filho de João Ignácio Teixeira, que recebeu a propriedade por herança no ano de 1824, e a permutou seis anos depois, no ano de 1830 com o terceiro proprietário, Victorino José Ribeiro. Consta nos documentos consultados que a Fazenda apresentava vasta vegetação, composta de diversos tipos de árvores como grapiapunha, angico, cedro, louro, timbaúva, guajubira, cabriúva, batinga-vermelha e branca, ubá, soita cavalo, canela amarela, araçá tajuba e o ipê, bem como madeiras de outras qualidades. Por essa diversidade de árvores, a hipótese de que a Fazenda da Estrella teve como fonte econômica a extração e comercialização da madeira e utilizando-se de mão de obra escrava, foi formulada devido aos engenhos denominados de “serrar taboado” que a propriedade possuía descrita no inventário post mortem de Victorino Ribeiro. Cristiano Christillino, historiador, menciona, inclusive, que um dos escravos de Victorino foi morto num ataque

EXPEDIENTE de indígenas aos matos em que seus cativos e peões falquejavam madeiras. Moisés Vedoy, também historiador, utilizando-se de correspondências da época, também apresenta este fato, sendo que o mesmo menciona alguns conflitos entre os sesmeiros e Kaingangs, ou seja, disputas territoriais aconteceram durante o período de ocupação do território de Estrela entre os colonizadores o os povos originários.

A Colônia de Estrela foi fundada em 8 de março de 1856 pelo Coronel reformado da Guarda Nacional Victorino José Ribeiro em sua Fazenda na margem esquerda do rio Taquary, no Município, entre os arroios- da Estrella- e o Boa Vista, ocupando uma área de 6:776:124 braças, divididas em 45 colônias, todas povoadas em casas de moradia e cultura (Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul). Colônias. Caixa 31).Victorino José Ribeiro veio a falecer no ano de 1863. Importante observar que o ano da criação da colônia foi 1856 e 20 anos mais tarde, em 20 de maio de 1876, Estrela se tornou município, data oficial de aniversário. Desde então, muitos imigrantes chegaram a Estrela e muitos foram os acontecimentos históricos, mas esta narrativa histórica será na minha próxima escrita e fica o convite para você, leitor. Sinta-se convidado a saber mais.

João e José Ignácio Teixeira receberam o

Fundado em 13 de Janeiro de 1966

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