Nova Geração – 24/11/2023

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Página 14 Venda da estrutura localizada em Poço das Antas foi confirmada por R$ 80 milhões. Multinacional promete investimentos de mais R$ 120 milhões em cinco anos.

CALAMIDADE SE REPETE

COM

O professor de danças folclóricas Evanilson de Moraes participa do Cafezinho com NG. Nesta edição, ele conta sobre a importância de passar adiante as tradições, especialmente aos mais novos.

Como surgiu o teu interesse pelas danças folclóricas e pelo ensino?

Evanilson de Moraes - Eu comecei a convite de amigos que já dançavam. Eu era adolescente e o grupo de danças me pareceu uma oportunidade bacana de lazer e entretenimento. Durante vários anos fui apenas dançarino, mas por demonstrar muito interesse e comparecer aos ensaios das categorias abaixo da minha, fui convidado a assumir a coordenação das categorias de base do grupo.

Como é ensinar as crianças?

Evanilson de Moraes - Lidar com crianças mais novas, em um ambiente amplo como um salão de dança, é bastante desafiador. Muitas vezes o impulso delas é correr, pular, brincar, em vez de prestar atenção. Acho que a melhor forma é dosar momentos de dança com momentos de brincadeiras. Se o ensaio for rigoroso, sem ludicidade, as crianças não permanecerão no grupo.

Tem alguma idade que você considera ideal ou prefere dar aulas?

Evanilson de Moraes - Idade ideal não existe. Todas as faixas etárias podem dançar. A prova disso são os muitos grupos folclóricos em nossa região que possuem categorias de crianças a partir dos 2 anos, passando pelos adolescentes, adultos e até idosos acima dos 90 anos! Acredito que cada faixa etária possui pontos positivos, mas eu particularmente gosto bastante de ensinar adolescentes, pois estão sempre dispostos a serem desafiados com coreografias mais complexas e difíceis! Para a gurizada que está descobrindo o mundo não tem tempo ruim.

Como é, para ti, passar adiante a cultura e o folclore alemão?

Evanilson de MoraesUm jovem que passa pela experiência de integrar um grupo de danças alemãs – ou outra atividade semelhante – é um jovem que certamente, além de levar memórias

Evanilson tem envolvimento com os grupos folclóricos no Vale do Taquari desde a adolescência

incríveis para a vida, tem muito mais chance de se manter afastado de caminhos negativos. Por isso, é extremamente gratificante, por meio do ensino da dança folclórica, perceber essa influência positiva na vida das pessoas! Cultura é sempre bem-vinda na vida de qualquer cidadão, e poder ajudar a oferecer atividade cultural para a população é engrandecedor.

O que significa na tua vida prática o ensino das danças folclóricas?

Evanilson de MoraesDesde 2022 o ensino de dança folclórica alemã constitui-se como minha fonte de renda principal. Claro que há muito amor envolvido, senão eu não abraçaria a profissão, mas ser recompensado financeiramente pelo que amamos fazer é maravilhoso. E, além disso, muitos alunos (pupilos, como gosto de chamá-los) na medida em que vão construindo uma jornada de longo prazo dentro dos grupos de danças, acabam se tornando também meus amigos. Ou seja, constroemse relações que seguem para a vida. Dessa forma, considerando minha rotina e minhas relações de amizade, não é exagero dizer que, mais do que trabalhar com dança folclórica, eu vivo a dança folclórica.

O Cafezinho com NG é publicado toda semana no Jornal Nova Geração. Neste espaço, empresários, políticos, lideranças e representantes de comunidades da área de cobertura do semanário destacam experiências e ações nos seus respectivos setores e em benefício de suas cidades.

Um fôlego de esperança aos hermanos

Jeniffer Harth Psicóloga e presidente do Centauros Rugby Clube

No último domingo, Javier Milei foi eleito o novo presidente da Argentina, com uma vantagem histórica no país, derrotando o atual ministro da economia com 55,7% dos votos. Após décadas de sucessivas medidas populistas e intervencionistas que levaram à ruína um dos países mais ricos do mundo, Milei, com seus discursos temperamentais e visual peculiar, ganhou força com as promessas de cortar gastos públicos, reduzir o estado, privatizar estatais, realizar importantes reformas e dolarizar a economia que já usa a moeda americana até por uma questão de sobrevivência.

Buenos Aires já foi considerada a Paris da América Latina, a Argentina era uma potência mundial no início do século XX, com mais reservas de ouro do que a própria Coroa Britânica. Era comum ouvir a frase “rico como o argentino”, se referindo à riqueza do país que tinha um PIB maior que o da França e da Alemanha. O cenário nos dias de hoje, em contraste ao que já foi esse país, é desolador: inflação de 144%, taxa de juros de 133% e 40,1% da população vivendo na pobreza. O governo de Alberto Fernández, atual presidente, é responsável pela maior inflação dos últimos cinco governos. Essa trágica realidade não é de agora, é, sim, de uma sucessão de governos de esquerda que insistiram em medidas que nunca deram certo. Prova disso é que a Argentina teve déficit fiscal em 112 dos últimos 122 anos. Não existe discurso populista que sustente uma economia deficitária, e pior, a conta sempre pesa no bolso do mais pobre.

A receita que levou a Argentina à destruição é um tanto quanto conhecida: populismo, aumento dos gastos públicos, irresponsabilidade fiscal, impressão de moeda e congelamento de preços, só para citar os principais pontos. Os argentinos estão sufocados pelas mãos de um estado inchado e incompetente, cujo presidente chegou a afirmar que a inflação é psicológica e que empresários deveriam fazer terapia em grupo. Seria cômico se

EXPEDIENTE

não fosse trágico. Diante do caos, a população apostou suas fichas em uma figura polêmica que promete acabar com a decadência do país e voltar aos tempos de bonança. Javier Milei venceu as eleições, mas seu maior desafio ainda está por vir. Milei se diz libertário e liberal, é economista e político com notória bagagem intelectual, criticado por seu apelo emocional. Ele conquistou apoio com a promessa de lutar contra o sistema político, por ele chamado de “casta”, e que certamente será seu calcanhar de Aquiles. Partir para o embate contra um sistema onde ele não terá nem 15% de apoio no parlamento é uma missão quase impossível. Seria prudente ele adotar o mesmo tom moderado do seu discurso após a vitória. Outro desafio é a complexidade da situação econômica herdada. É preciso certa cautela com medidas radicais a fim de evitar a piora do que já está muito ruim. Por outro lado, é imprescindível que ele realize reformas urgentes, condizentes com as ideias liberais defendidas. Ou seja, menos estado, menos impostos, livre mercado e respeito às liberdades. Se Milei conseguir cumprir com suas propostas mais relevantes nos próximos quatro anos, a Argentina já terá um importante avanço na retomada do caminho à prosperidade. É provável que muitos eleitores não concordem com todas as ideias de Milei, contudo, viram na sua vitória a chance de enterrar a fracassada política peronista e kirchnerista. A governabilidade de Milei é um ponto de interrogação, mas sua ascensão nesse momento é, sem sombra de dúvidas, um fôlego de esperança aos argentinos.

Não existe discurso populista que sustente uma economia deficitária, e pior, a conta sempre pesa no bolso do mais pobre”

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CIRCULAÇÃO

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Um semanário do Fundado em 13 de Janeiro de 1966

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REDAÇÃO

Editor-geral: Luciane E. Ferreira

Reportagem: Jhon Tedeschi, Karine Pinheiro e Marcelo Grisa

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EmpreInove apresenta cenários para os negócios e à sociedade

Fórum estadual de empreendedorismo, estratégia e inovação reúne quase 400 pessoas no teatro da Univates.

Desafios climáticos, Inteligências Artificiais e ser mais produtivo com menos mão de obra exigem novas soluções das empresas

Filipe Faleiro filipe@grupoahora.net.br

Como tornar mais profissional a governança corporativa? De que maneira se preparar para as transformações sociais e no consumo? Quais os indicadores econômicos do país para o próximo ano? O que uma empresa precisa para se manter relevante no futuro? Essas foram algumas das perguntas centrais que nortearam a edição 2023 do EmpreInove – Fórum Estadual de Empreendedorismo,

Estratégia e Inovação. A programação ocorreu na terça-feira, 21, na Univates.

Cerca de 400 empresários, gestores e analistas acompanharam as palestras com o professor e consultor empresarial Carlos Alberto Vargas Rossi, com o Head de Inovação da Ayoo e futurista Luiz Candreva, e com o ex-ministro da Fazenda e diretor de Estratégia Econômica e Relações com Mercados do Banco Safra, Joaquim Levy. No encerramento, painel com CEO da Neugebauer, Ricardo Vontobel, diretora da Gota Limpa, Camile Bertolini Di Giglio e o diretor da Docile Alimentos, Ricardo Heineck.

“Mantivemos o EmpreInove pois consideramos que, embora esteja desafiador, devido a uma nova enchente, a vida precisa continuar. Estamos aqui pois precisamos gerar renda, riquezas e trabalho às pessoas”, afirma o diretor Executivo do Grupo A Hora, Adair Weiss.

A presidente da Associação

Comercial e Industrial de Lajeado (Acil), Graciela Black, realça o propósito de separar uma tarde para debater negócios e buscar experiências diversas para adotar processos de crescimento dentro das organizações.

O EmpreInove é uma realização do Grupo A Hora e da Acil. Conta com o patrocínio do Colégio Gustavo Adolfo, Brasrede, Thérapi, Smart Tecnologia, Cooperativa Sicredi e Grupo Imec. O apoio Origen Invest/ Safra Invest.

Empresas mais seguras

Conselheiro de empresas certificado pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) e professor universitário, Carlos Alberto Vargas Rossi abriu a programação. O especialista apresentou desafios, experiências e características fundamentais para o sucesso de um sistema de governança.

Ele contextualizou a evolução da administração e como unir o conhecimento científico à veia empresarial. “A governança existe para deixar nossas empresas mais seguras”, afirma Rossi. Em cima disso, salientou a importância de haver conselheiros independentes, sem vínculos atuais ou anteriores com as organizações, para garantir um olhar novo sobre a saúde do negócio. Sobre o papel do conselho, o professor dividiu as funções em monitoramento e estratégia.

Ao abordar conflitos, Rossi afirmou que “os melhores conselhos de administração são lugares muito desconfortáveis e é assim que devem ser.” Sobre o que se deve evitar, assinalou o conflito de interesses. “Deixar isso de lado é um dos deveres fundamentais do conselho. Dever de cuidado, de lealdade e dever de integridade.”

Adaptar-se ao futuro

Estar preparado às transformações da sociedade e ver oportunidade quando ocorre alguma disrupção. Foi nesta linha a contribuição do futurista e Head de Inovação da Ayoo, Luiz Candreva. Candreva compartilhou lições para guiar empresas, governos e

Arrecadação com os ingressos do EmpreInove será depositada em um fundo para custear o plano regional contra as cheias

indivíduos. “O futuro é de quem sabe navegar no caos e fica confortável nele”, afirma. Para ele, é necessário se preparar a partir de dados, cenários, perspectivas. “Compreender as dores essenciais das pessoas é crucial para a inovação. Empresas bem-sucedidas visualizam como meta resolver problemas, adaptando-se às demandas do mercado.”

O futurista também destaca que “o futuro não pode ser visto com olhos do passado”. Neste sentido, alertou para as mudanças impostas pela Inteligência Artificial. “Não se trata de ser contra ou a favor. Quem não usar, vai ficar para trás. É como querer usar lampião enquanto os concorrentes têm eletricidade”, afirma.

Aumentar a produtividade

O ex-ministro da Fazenda e atual diretor do Banco Safra, Joaquim Levy, fez uma análise das duas principais economias mundiais (EUA e

China), da Argentina, e como os indicadores posicionam o Brasil para 2024 e 2025. Ele apresentou um cenário otimista para o país. “Felizmente, a economia não está ruim. Primeiro, a inflação despencou bastante, puxada por fatores globais. A taxa de juros está em queda. O preço dos alimentos vem caindo, o que faz com que a inflação industrial também caia,” afirmou Levy. Ressaltou que a queda na inflação aconteceu sem o Brasil enfrentar uma recessão e que o mercado de trabalho se manteve mais alto do que antes da pandemia. “Está dentro da faixa de tolerância da meta, e o risco imaginado de 4,6% de inflação pode ser menor, se o combustível continuar caindo e o dólar estiver estável. Isso dá fôlego para queda dos juros e para o crescimento.”

Nas exportações, Levy destacou os avanços nos principais produtos, como petróleo, soja, milho e ferro. Esses números devem se repetir nos dois próximos anos. Para ele, mesmo com a queda do PIB no ano que vem, o cenário é estável, pois há muitos estoques para serem comercializados. Em cima disso, ressaltou que para o Brasil conseguir cobrir o rombo fiscal é necessário manter um crescimento entre 2% a 3% do PIB nos próximos anos. “Assim é possível cobrir o deficit público sem majorar impostos.”

Para o conselheiro de empresas Carlos Rossi, é necessário unir o conhecimento científico à veia empresarial para bem administrar
ISABEL CORNELIUS
“Se estagnar, perde mercado”

No painel de encerramento do EmpreInove, três diretores de empresas consolidadas apresentaram detalhes das estratégias de gestão e como buscar a profissionalização de processos, tanto no escopo da liderança quanto na equipe de funcionários. Eles destacaram pilares de uma administração atenta ao presente, com um olhar sobre cenários futuros e necessidades dos consumidores.

“Na Neugebauer, fizemos uma reestruturação na última década e hoje ocupamos a terceira posição entre chocolates no país. Para conseguir isso, é investimento e muito trabalho. Se estagnar, perde mercado”, aponta Vontobel.

Para Camile, na gestão das empresas, mesmo as familiares, é preciso um olhar profissionalizado, com foco nos valores da organização. “Sem dúvida temos de nos atualizar. Se tiver que mudar processos, áreas de atuação, que se faça, mas sempre mantendo os princípios e valores da empresa.” Neste sentido, Heineck enalteceu a necessidade de aprendizado. “Vamos errar. O bom seria aprender com o tombo dos outros. Mas não é assim. É quando erramos que aprendemos”, co-

menta. Para ele, empresa sólida no futuro se faz hoje. “É o trabalho de agora que fará o amanhã.

É fundamental agregar pessoas com inteligência para podermos crescer”, conclui.

Um dos palestrantes foi o ex-presidente do Banco Central, Joaquim Levy

Vale revive trauma com terceira maior enchente em 100 anos

Pouco mais de dois meses depois de cheia que levou destruição e mortes à região, novo evento climático trava processo de recuperação. Além do aumento no nível do Taquari, que chegou aos 28,94 metros, vendavais e chuvas de granizo causaram estragos em municípios longe das margens do rio

VALE DO TAQUARI

Exatos 75 dias separam 4 de setembro e 18 de novembro de 2023. Duas datas que ficam marcadas na história da região pelos desastres naturais que deixam cicatrizes físicas e emocionais na população. Em dois meses, o Vale do Taquari passa pela segunda e terceira maiores enchentes dos últimos 100 anos, sem que houvesse tempo para recuperação plena entre elas. A preocupação com uma possível enchente começou na semana passada, com a previsão de um grande volume de chuvas, em especial nas cabeceiras da bacia Taquari-Antas. A chuva que iniciou na quinta-feira se tornou enxurrada na noite da sexta, o que sinalizou a grande possibilidade de transtornos. Rios e arroios ligados ao Taquari, como Forqueta, Fão,

Maiores enchentes da história

Maio de 1941 29,92 metros

Setembro de 2023 29,62 metros

Setembro de 1873 28,97 metros

Novembro de 2023 28,94 metros

Abril de 1956 28,86 metros

Saraquá e Boa Vista, tiveram elevação nos níveis e causaram os primeiros transtornos. As precipitações na região

da Serra e Norte Gaúcho contribuíram para a saturação do Taquari. Durante o sábado, o nível do rio aumentou de forma gradual. O volume mais alto apontado na régua do Porto de Estrela foi por volta das 7h do domingo, quando o manancial alcançou 28,94 metros. Foi a terceira maior enchente desde 1941 e a quinta vez que as marcas superam os 28 metros desde que existem registros de medição.

Cidade ilhada

Estrela enfrentou uma série de impactos devido à cheia. Desde a necessidade de reabrir o ginásio municipal Dr. Ito João Snel para receber desabrigados (leia mais na página 12) até a falta de comunicação quase generalizada em alguns momentos, o município se viu ilhado no fim de semana. Os bairros mais atingidos voltaram a ser Centro, Moinhos,

dades da fábrica de rações da Languiru, ficou alagado e exigiu desvios por Teutônia ou Venâncio Aires.

Limpeza e críticas

Oriental e das Indústrias, mas localidades do interior também tiveram problemas. A área central da cidade ficou isolada durante algumas horas, entre a noite do sábado e a tarde do domingo. As ruas Coronel Müssnich e Coronel Brito voltaram a registrar alagamentos, assim como o acesso pela ponte baixa, na rua Tiradentes, foi interditado – e permaneceu assim até o fechamento desta edição. O Moinhos foi outra localidade que ficou sem entrada e saída, com a fechamento das ruas Augusto Frederico Markus, São Roque e dos Marinheiros. Em determinado momento, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) avaliou a possibilidade de interromper o tráfego na BR-386 na ponte sobre o Rio Taquari, no limite com Lajeado. O trecho da rodovia no quilômetro 355, nas proximi-

Moradora do bairro das Indústrias, em Estrela, Irani Castro conta que parte dos vizinhos pensa em deixar a localidade

Com a baixa no nível da água, na madrugada da segunda-feira, 20, o trabalho de limpeza pôde iniciar na parte da manhã. A rua José Leopoldo Keler, no bairro das Indústrias, foi uma dos mais afetadas. Irani Castro, 64, tentava tirar o lodo da residência que alugava até o início do mês. Hoje moradora do distrito de Glória, ela relata que o sentimento geral da comunidade é de resignação. “Ninguém mais quer ficar aqui”, diz. Muitos moradores haviam mudado de bairro, após a enchente de setembro. Os que são proprietários dos imóveis demonstram preocupação sobre o que será feito. A família de Irani, por exemplo, é dona do terreno há cerca de 40 anos. Alguns tentaram alugar as casas, mas o contexto de duas cheias de grandes proporções dificulta a situação. Outra reclamação da comunidade era sobre a falta de suporte do poder público para a limpeza. “Estamos sem água e não trazem um caminhão-pipa para nos ajudar.” No bairro Moinhos, o cenário era ainda mais complicado.

Trecho da BR-386, nas proximidades do bairro Pinheiros, ficou alagada e foi interditada pela PRF
JHON WILLIAN TEDESCHI

Parte da rua São Roque, única ligação com o bairro Oriental, ainda estava submersa na manhã da segunda, enquanto os primeiros moradores voltavam para casa no trecho onde era possível a circulação. Morador da rua Soledade, outra bastante afetada, Oziel Rodrigues da Silva não conseguiu tirar nada da residência. “Nem um caminhão particular conseguimos, ficou tudo debaixo da enchente”, lamenta.

Entre os vizinhos, o sentimento é de impotência. As dificuldades passam desde a alegação de abandono por parte do município, até a limitação para alugar imóveis fora do localidade. Sem soluções imediatas, os moradores até cogitaram invadir alguma área para fugir das inundações. “Ninguém sabe mais o que fazer, assim fica complicada a coisa”, conclui Silva.

Permanecer ou não?

No fim da tarde do domingo, 19, o casal Jair do Anjos, 50, e Carla Elise dos Anjos, 42, tentava retornar para casa, na rua Henrique Uebel, no bairro das Indústrias, em Estrela. Para eles, a diferença entre as cheias está no tempo para preparação. No início de setembro, a família estava em Três Passos, e retornou

para casa no meio da madrugada, após receber notícias da elevação do rio. Mesmo assim, conseguiram salvar poucas coisas de casa na oportunidade. Além da residência, Carla mantinha um salão de beleza no local, ao lado do campo da Associação de Moradores do Bairro das Indústrias (Ambi). Com os prejuízos da enchente anterior, ela decidiu pela mudança de endereço – hoje, o estabelecimento funciona no centro da cidade. Para lá, o casal levou alguns dos móveis que conseguiram comprar em dois meses. “Agora vamos pensar se seguimos morando aqui”, comenta Anjos.

Dois dias

fora de casa

Em Bom Retiro do Sul, um dos principais acessos à localidade da Beira do Rio ficou fechada por mais de 48 horas. Alguns moradores deixaram as residências no início da tarde do sábado, 18, e até o fim da segunda-feira, 20, não haviam

De barco

No sábado, dia 18 de novembro de 2023, por volta das 17h, o nível do Rio Taquari chegava aos 26 metros. Junto com dois funcionários da prefeitura de Estrela, utilizamos uma embarcação para passar por alguns pontos alagados no bairro Moinhos. As imagens são das ruas São Roque, Soledade e Santo Antônio.

conseguido retornar. O alagamento da ERS-129 já dificultava a passagem, mas um contêiner atravessado na rodovia inviabilizou qualquer tipo de trânsito. Outro bloqueio ocorreu próximo dali, onde uma árvore de grande porte impediu o acesso à localidade de Faxinal. A maior preocupação era sobre a situação dos animais, uma vez que a região tem como principal fonte econômica a criação de gado leiteiro. Por outro lado, muitos dos moradores que precisaram ser salvos pelos Bombeiros e pela Defesa Civil em setembro, conseguiram deixar o local a tempo.

O trajeto foi para verificar se ainda havia algum morador nas residências, diante da perspectiva de uma subida maior do rio. Uma moradora ainda relutava em sair de casa – acabou sendo retirada com apoio da Defesa Civil nas primeiras horas do domingo. Chamou a atenção a quantidade de entulho sobre as águas, ainda resquício da enchente de dois meses atrás. Muitas das residências estão construídas em um nível mais alto, para evitar as cheias, mas com quase três metros a mais de elevação das águas, até a marca dos 28,94 metros na manhã seguinte, parte delas ficou submersa. A maioria dos moradores da localidade conseguiu deixar suas residências e foi acolhida no ginásio Doutor Ito João Snel, ou em casas de

amigos e familiares. Diferente do que ocorreu na enchente de setembro, a saída dos moradores foi mais tranquila, sem a necessidade de resgates dramáticos, com pessoas em cima dos telhados de casa. Por outro lado, os relatos são das dificuldades em conseguir caminhões e locais para retirada dos pertences. Tanto é que três abrigos foram abertos, somente em Estrela. O processo de retomada promete ser desafiador, uma vez que muitas famílias e empresas sequer se recuperaram da cheia anterior. Muitos voltaram a perder os poucos bens materiais readquiridos desde então. A esperança e força da comunidade deve ser o impulso para o recomeço, enquanto o poder público tem a responsabilidade de buscar soluções para as próximas enchentes.

Veja imagens da passagem pelo Moinhos

Inundação na rua Coronel Müssnich deixou o centro de Estrela sem acesso a partir da ponte alta
FELIPE NEITZKE
JHON WILLIAN TEDESCHI
JHON WILLIAN TEDESCHI

Empresários estudam alternativas para minimizar perdas com a enchente

Opresidente da Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul), Rodrigo Sousa Costa, esteve no Vale do Taquari na segunda-feira, 21, visitando as sedes das associações comerciais locais dos municípios afetados pela enchente do final de semana. A primeira parada foi na Câmara do Comércio, Indústria, Serviços e Agronegócio de Estrela (Cacis) de Estrela. No local, Costa ouviu empresários que relataram os prejuízos, reclamaram da falta de linhas de crédito acessíveis para quem enfrenta os impactos das enchentes e a necessidade de rever o Plano Diretor dos municípios. O vice-presidente do Planejamento da Cacis, Pedro Antonio Barth, pontuou que o desafio é grande, com milhares de casas e empresas construídas em área de cota de enchentes. “Como equacionar esse problema?”, questionou. O presidente da entidade, Gerson Strehl, afirmou que a preocupação é com a preservação dos investimentos nas áreas alagadas. “Nós precisamos de solução para pequenas, médias e grandes empresas. As cooperativas e bancos precisam fazer uma análise diferente da que é feita ano inteiro, é preciso uma flexibilização e uma análise local”, observou. Já a vice-presidente da Infraestrutura, Claudia Argiles da Costa, ressaltou que são urgentes as atitudes a curto e longo prazo. “A enchente afetou muito o setor produtivo. Precisamos manter a vontade de trabalhar, ter recursos de menor porte para o comércio e também separar para os maiores. A preocupação que já era grande com mão de obra agora ficou ainda maior”, enalteceu.

O presidente da Câmara da Indústria, Comércio e Serviços do Vale do Taquari, Ivandro Carlos Rosa, acompanhou o trajeto e frisou que a região ainda não tem o respaldo esperado dos governos. “Nesse momento, nosso radar precisa ser o associado, qual demanda para nortear nossas estratégias. Depois de tantos desafios é preciso buscar apoio no associativismo que é o que temos de forte na região”, salientou.

O presidente da Federasul inicialmente viria a Estrela para palestrar na reunião-almoço da Cacis. No entanto, o evento teve que ser cancelado devido às cheias. Mesmo assim, o dirigente entendeu a necessidade de vir ao Vale do Taquari. Ele afirmou que a entidade estadual vai buscar uma aproximação maior com os governos para auxiliar as empresas. “Juntos temos uma capacidade infinitamente melhor de resolver os problemas”, frisou.

Mais de 75 dias depois, município ainda aguarda destino correto dos entulhos

Estrela ainda acumula 100 mil metros cúbicos de lixo depositados em frente ao Porto. Recurso para o envio dos resíduos a Minas do Leão foi repassado ao Estado, que está em fase de contratação do serviço

Karine Pinheiro karine@grupoahora.net.br

Bibiana Faleiro bibianafaleiro@grupoahora.net.br

ESTRELA

“Aquestão do cheiro incomoda muito”. Moradora da rua Augusto Frederico Markus há 24 anos, Renata Paola Castanho reside a cerca de 300 metros do Porto de Estrela, no bairro das Indústrias, onde mais de 100 mil metros cúbicos de entulho das enchentes estão depositados desde o início de setembro.

O forte odor não é o único problema. A moradora também tem medo das doenças que podem surgir com a presença de vetores. Com a promessa do Estado de recolher o lixo e enviar para o aterro sanitário de Minas do Leão, a vizinhança, assim como o governo municipal, acreditava que os resíduos seriam retirados em poucos dias.

Passados dois meses e meio, o problema continua. “Com a nova enchente, a gente achou que viria parar na nossa casa. Ficamos com medo das doenças, porque ouvimos muito a questão de ter restos de animais da outra cheia ali no meio”, destaca Renata.

Ela diz acompanhar a situação e acredita que outros entulhos, que não foram da enchente, também possam estar sendo depositados no local, já que percebeu grande movimentação de caminhões despejando resíduos, mesmo um mês e meio depois da cheia.

Menos lixo, mais lodo

Secretário de Infraestrutura, Osmar Müller destaca que o município ainda estava fazendo a limpeza das vias, quase finalizada, quando a enchente do dia 18 ocorreu. Com a previsão de uma nova cheia que pudesse atingir os resíduos no Porto, as equipes compactaram os entulhos para evitar que se espalhassem.

Em relação à cheia do fim de semana, o secretário percebe que a cidade está mais limpa. Segundo ele, há lodo, mas poucos resíduos. A previsão é recolherem menos da metade do que foi recolhido durante setembro e outubro. De acordo com Müller, o governo já havia investido R$ 4 milhões em limpeza.

À espera

Diretora do Departamento de Meio Ambiente de Estrela, Tanara Schmidt diz que o município vive uma situação semelhante a outras cidades do Vale, que ainda aguardam o recolhimento do lixo por parte do Estado.

“Nós fizemos a limpeza na cidade, colocamos na área pontuada, uma área pública do município que é o que tínhamos como solução emergencial no momento da catástrofe”, reforça. Ela destaca que o local também foi escolhido por ser próximo à BR-386 e de fácil acesso para transportar o material.

Tanara ainda comenta que a retirada dos entulhos deveria ter sido feita entre 40 e 50 dias.

“A orientação do Estado foi essa, que nos auxiliariam com a destinação para Minas do Leão. Entraram em contato conosco, estão tentando agilizar, mas tem a questão da burocracia”,

ressalta a diretora.

De acordo com ela, após a retirada dos entulhos, serão feitas análises dos solo para verificar a necessidade de remoção por contaminação. “Estamos em decreto de calamidade pública, segunda enchente, estamos muito preocupados e fazendo o possível, entrando em contato direto com o Estado e aguardando um retorno.”

Em vídeo publicado nas redes sociais do governo, o prefeito Elmar Schneider diz que esta é uma questão de meio ambiente e saúde pública, e o município pede o destino correto. “O problema vai além do mau cheiro. Nós exigimos a retirada dos entulhos, não aguentamos mais”, diz na gravação.

Resposta do Estado

A Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) ficou encarregada de auxiliar os municípios na destinação dos entulhos das enchentes. As equipes da pasta e da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) fizeram o levantamento dos resíduos nos nove municípios que manifestaram interesse em receber a ajuda.

De acordo com a assessoria de imprensa, a solicitação dos recursos federais foi feita pela Sema ao Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional. O valor total de R$ 26,9 milhões foi liberado pelo governo federal no fim de outubro. A pasta agora trabalha nos procedimentos administrativos para a contratação do serviço de recolhimento, transporte e destinação dos entulhos. O recurso não será repassado diretamente aos municípios.

Entulhos foram depositados no Porto de Estrela como solução emergencial, em setembro

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EmpreInove destina resultado para fundo contra enchente

OGrupo A Hora e a Associação Comercial e Industrial de Lajeado (Acil) decidiram manter o EmpreInove 2023, realizado nesta terça-feira, 21, no Teatro Univates. Diante da sexta enchente do ano no Vale do Taquari, a organização articula ação de ajuda humanitária. Todo o resultado financeiro do Fórum Estadual de Empreendedorismo, Estratégia e Inovação será depositado em uma conta bancária para ser usado na formatação de um Plano de Prevenção e Ações contra enchentes. A ação corrobora com as decisões da Carta do Vale do Taquari, no recente Seminário Pensar o Vale Pós-enchentes, realizado na semana passada. A 3ª edição do EmpreInove reuniu aproximadamente 300 pessoas, entre empreendedores, estrategistas e gestores, de toda a região para discutir as últimas tendências e melhores práticas no mundo dos negócios. A programação

durante a tarde contou com a apresentação da Orquestra Gustavo Adolfo Univates. Em seguida, ocorreu a palestra “Governança Eficaz”, com o professor Carlos Alberto Vargas Rossi, consultor de empresas privadas, públicas e cooperativas nas áreas de estratégia e marketing; palestra Seis lições para o futuro, com Luiz Candreva, Futurista | head de inovação da empresa

EM SINTONIA

- O Seminário Pensar o Vale PósEnchente, realizado no último dia 14 de novembro, reuniu presencialmente em torno de 250 pessoas no auditório 7 da Univates. Os conteúdos na íntegra, acesse pelo endereço: grupoahora.net.br.

- Durante esta semana, no dia 21, a Cooperativa Languiru anunciou oficialmente a venda do Frigorífico de Suínos, em Poço das Antas, à JBS, fruto de grande expectativa, especialmente a partir do plano de reorganização da cooperativa e estágio de liquidação extrajudicial. O acordo prevê investimentos de R$ 200 milhões ao longo de cinco anos e garantirá a manutenção de 400 empregos.

- A 3º Feira de Cursos Técnicos da Escola Estadual de Educação Profissional Estrela, que ocorreria nesta semana foi adiada para o próximo dia 28 de novembro.

- O Hospital Estrela transferiu para a próxima terça-feira, dia 28, a 1ª Jornada da Prematuridade. A programação, que seria no dia 21, segue inalterada. O evento é aberto à comunidade no Salão de Eventos do HE tem inscrição solidária. Os participantes devem contribuir com itens de material escolar.

- O presidente da Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul, (Federasul), Rodrigo Sousa Costa esteve na região visitando as sedes das associações comerciais locais dos municípios afetados pelas inundações, dois meses após o ciclone devastar a região. A primeira parada foi na Câmara do Comércio, Indústria, Serviços e Agronegócio de Estrela (Cacis) de Estrela. No local, Costa ouviu empresários ligados às entidades (Cacis, ACIL e CIC-VT) que relataram os prejuízos, reclamaram da

AGENDA

Dia 24 de novembro

Assembleia Geral da Associação dos Monitores Educação, em Estrela

Dia 26 de novembro

Circuito do Vales, em Teutônia

Dia 28 de novembro

- 1ª Jornada da Prematuridade, no Hospital de Estrela

- 3ª Feira de Cursos Técnicos da EEEPE, em Estrela

Dia 29 de novembro

Assembleia Geral da Cooperativa Languiru, em Teutônia

Dia 1º de dezembro

OPORTUNIDADES da semana

Hospital de Estrela seleciona Técnico de Enfermagem

Altari seleciona mecânico e auxiliar de mecânico

P.A.+ de Estrela seleciona enfermeira e técnico(a) em Enfermagem

Brasilata seleciona operadores para a produção

CIC Teutonia: consulte oportunidades pelo site https:// cicteutonia.com.br/cic-empregos

Minuano seleciona auxiliar de produção

Tangará Laticínios seleciona auxiliar de produção. Contato pelo WhatsApp 3736-0030

Ayoo; palestra com Joaquim Levy, economista, ex-ministro da Fazenda; e o painel “O modelo das empresas do futuro”, com Ricardo Vontobel, CEO Neugebauer, e participação de Ricardo Heineck. diretor da Docile Alimentos, e Camile Bertolini Di Giglio, sócia- diretora da Gota Limpa. O encerramento, após as 19h, proporcionou uma experiência gastronômica e música ao vivo.

Veja as matérias completas no site: jornalng.net.br

falta de linhas de crédito acessíveis para quem está enfrentando os impactos das enchentes e a necessidade de rever o plano diretor dos municípios.

MOVIMENTO DO BEM: A Florestal Alimentos retoma ação em parceria com Hemovale e presenteia doadores de sangue com barras de chocolates! Sob o mote de que “Doar sangue também deixa a vida mais doce”, tem por intuído incentivar a doação de sangue, no período de 20 a 30 de novembro, todas as pessoas que doarem sangue no Hemovale de Lajeado, serão presenteadas com uma barra de chocolate da Florestal. Lembrando que interessados em doar sangue, devem agendar pelo site hemovale.com.br ou pelo telefone (51) 3748-0442, evitando fila de espera ou aglomerações.

FAÇA SUA DOAÇÃO!

- Almoço empresarial, na CIC Teutônia

- Ipa Day da Acerva, em Estrela

Dia 2 de dezembro

Galeto solidário AMBI, em Estrela

Dia 3 de dezembro

Festa anual na comunidade da Porongos, em Estrela

Consulte essas e outras oportunidades no site grupoahora.net.br/ tags/empregos

CURSO

do mês

CEITEQ oferece:

• Curso de Associativismo, nos dias 4 e 5 de dezembro; Inscrições e informações pelo fone 3981-1105 ou (51) 980327267.

ANIVERSARIANTES da semana

25/11 – Associação de Criadores de Suínos do RS (51 anos) 26/11 – Móveis União (28 anos) 1°/12 - CIC Teutônia (24 anos) 3/12 - Dreams Viagens (13 anos)

Sua empresa pode estar aqui! Envie sua data comemorativa PARABÉNS E UM CORDIAL ABRAÇO!

IPCA (% acumulado)

Comércio e indústria se adaptam para evitar danos em nova enchente

Deslocamentos de materiais, mutirões de limpeza e mudanças de endereço estão entre as medidas apontadas para minimizar impactos da enchente

Medidas de contingência e planejamento têm sido a pauta de empresários da região em uma semana que deveria ser o ápice das promoções de novembro. A Black Friday de 2023, no entanto, é um momento de reflexão para gestores de diferentes negócios após a segunda cheia do Rio Taquari em menos de três meses. No começo de setembro, quando o curso d’água atingiu quase 30 metros de altura, os prejuízos à economia estrelense foram de R$ 379,8 milhões, segundo a administração municipal. O esforço dos empresários, agora, é evitar que os prejuízos cheguem a cifras tão grandes. A responsável pela filial das Lojas 50tão em Estrela, Natália Cerpa, afirma que a mudança de endereço da loja evitou novos danos ao estabelecimento. Ela lembra que, na primeira enchente, em setembro, foram mais de 5 mil itens inutilizados. “De fato, transferir a loja para um local mais elevado nos salvou de novos problemas. O imóvel an-

tigo ainda não foi entregue, mas só tivemos que limpar. Nossas atividades sem danos”, aponta. O novo imóvel exige um maior investimento mensal, mas, segundo Natália, a estratégia compensa. “Além dos produtos perdidos em setembro, houve também uma semana inteira de trabalho perdida apenas para a limpeza e organização do espaço”, afirma.

A transferência ocorreu entre o final de outubro e o começo de novembro, semana em que se acumulam os feriados do Dia da Reforma e de Finados. A loja continua instalada na Rua Coronel Müssnich, no centro da cida-

de, apenas em novo número. O local é mais próximo da rótula, junto às ruas Marechal Floriano e Coronel Brito. Em outros pontos comerciais, entretanto, a mudança de endereço não é a melhor opção. É o caso do supermercado Casa Santo Nono, também na Coronel Müssnich. Gustavo Degasperi, sócio-proprietário do estabelecimento, explica que mudar de local poderia ferir a identificação dos clientes com a marca. “Não é algo que pensamos no curto prazo. Esperamos que sejam executadas medidas para diminuir esses danos, como foi feito no passado em outras regiões. Aqui é o centro da cidade, então, uma mudança exige estudo cuidadoso”, pondera.

Nesse caso, a contingência foi

diferente. “No sábado, quando foi confirmado que haveria uma enchente semelhante à de setembro, acionamos a equipe para carregarmos todos produtos e móveis para um lugar seguro. Na segunda e na terça-feira, limpamos e consertamos tudo para poder reabrir na quarta-feira”, lembra Gustavo.

Degasperi também já estuda outras formas de minimizar a necessidade de deslocamento nessas situações. Um exemplo seria o da troca de móveis e estruturas por materiais mais resistentes à força da água e do lodo, com menor uso de madeira e MDF.

A empresa havia arcado com cerca de R$ 1 milhão em prejuízos em setembro. Desta vez, o estabelecimento só teve perdas por conta dos quatro dias fechados para a operação de deslocamento, limpeza e realocação dos bens.

“A

dor ensina a gemer”

O diretor da Rhodoss, Nilto

Scapin, lembra que os prejuízos de setembro pegaram todos os empresários de surpresa. “Lá, foram cerca de R$ 1 milhão em perdas. No último fim de semana, não esperamos ser avisados de que haveria uma cheia do rio”, explica. Segundo ele, a derrubada de muros que estavam em reconstrução, mais a perda de capacidade produtiva somaram R$ 250 mil, ou seja, 75% a menos se comparado com a enchente anterior.

Os escritórios e boa parte da capacidade produtiva já estão em pleno funcionamento, com um mutirão de todos os funcionários que não foram diretamente afetados pela elevação das águas. “Temos uma equipe muito comprometida. Isso, mais as lições aprendidas em setembro, nos permitem um resultado final melhor diante desse cenário”, aponta Scapin. A previsão é de que a capacidade produtiva plena da Rhodoss seja retomada até a segunda-feira, 27. Para o futuro, o empresário afirma que o plano de contingência da Rhodoss, que já estava em elaboração, será concluído o mais rápido possível. “Vamos monitorar daqui de dentro o nível das águas, não apenas aqui, como em Muçum e Roca Sales. Assim, teremos mais tempo para evitar maiores problemas.”

A empresa de implementos rodoviários, com sede em parte do complexo da antiga Polar, já fez um levantamento de quais áreas do terreno são afetadas primeiro. Assim, permite a retirada de produtos, máquinas e matérias-primas de forma eficiente. “Também temos o projeto de doar réguas para o município. Tanto na Escadaria, quanto nas ruas no entorno. Somos uma empresa de Estrela e pretendemos continuar aqui. Não vamos desistir por conta dessas duas cheias”, assegura Nilto Scapin.

Mercados precisaram tirar produtos e organizar limpeza
Lojas que conseguiram mudar para endereços evitaram novos prejuízos
Na sede da Rhodoss, às margens do Rio Taquari, estrutura que estava em reconstrução foi danificada
Marcelo Grisa marcelogrisa@jornalng.net.br
FOTO: MARCELO GRISA

SICREDI OURO BRANCO RS/MG

SICREDI DISPONIBILIZA PLATAFORMA CURSOS PARA COMUNIDADE

Ambiente digital oferece diferentes conteúdos para estimular o desenvolvimento pessoal e profissional de associados e não-associados

Faça o seu cadastro

Para acessar os materiais, basta realizar o cadastro no site sicredi. com.br/nacomunidade/cursos

Após informar dados básicos, você será direcionado até a Plataforma Cursos, onde poderá escolher quais conteúdos deseja estudar, de acordo com a área que deseja desenvolver.

Alinhado ao quinto princípio do Cooperativismo – educação, formação e informação – o Sicredi lançou a Plataforma Cursos, um ambiente digital que oferece à comunidade diferentes conteúdos, que têm como propósito estimular o desenvolvimento pessoal e profissional de associados e não-associados.

Conhecimentos em cinco áreas A jornada de aprendizagem oferece formações segmentadas em cinco áreas do conhecimento: Cooperativismo na Prática, Educação para Transformação Social, Educação Financeira para uma Vida Sustentável, além do catálogo “Para um Mundo Melhor” – que reúne conteúdos sobre sustentabilidade –, e “Para Você e seu Negócio” – que conta com materiais sobre liderança, criatividade e relacionamento interpessoal. No eixo “Cooperativismo na Prática”, por exemplo, é possível acessar um material intitulado Essência do Cooperativismo – curso que pertence ao Programa Crescer e proporciona experiências voltadas à compreensão do modelo de negócio cooperativo, seus valores e princípios. O catálogo também disponibiliza conteúdos voltados à educação do público infantil. As crianças podem aprender sobre sustentabilidade com os Smurfs, e sobre Educação Financeira com a Turma da Mônica.

“A Plataforma Cursos é uma oportunidade de expandirmos conhecimento sobre os benefícios do cooperativismo: uma opção de crescimento econômico que caminha junto com o desenvolvimento social, e é pautada por valores humanos como solidariedade, responsabilidade, democracia e igualdade.”

Produzido por
créditos: divulgação
Neori Ernani Abel, Presidente da Sicredi Ouro Branco RS/MG

Pela segunda vez, famílias temem retorno para as casas

Quase 400 pessoas seguem instaladas em três ginásios do município.

Assistência Social elabora estratégias para atender núcleos familiares diante de poucas doações de alimentos e materiais de limpeza

Karine Pinheiro karine@grupoahora.net.br

ESTRELA

“Não dá mais para voltar para casa”, afirma Alessandra de Oliveira, de 36 anos. Pela segunda vez, ela o marido enfrentem a situação de conviver de forma coletiva no ginásio Ito Snel. Eles retornam para o local após a cheia do dia 18, mas desta vez sem perspectivas de regressar para a residência no bairro das Indústrias. O casal, que está à espera de um filho, encontra dificuldades de encontrar uma nova

casa. A residência atingida pela enchente do Rio Taquari ficou com danos na estrutura. No entanto, Alessandra relata que conseguiram tirar parte dos móveis, diferente do mês de setembro, quando perderam grande parte dos pertences.

“A parede está rachada e também não quero mais morar lá. Ficou um trauma. O que dificulta mais a situação é que não posso trabalhar, somente meu marido”, conta. Na primeira passagem pelo Ito Snel, o casal ficou abrigado pelo período de uma semana. Neste momento, para recebimento do Aluguel Social.

Assim como eles, mais de 180 pessoas estão acolhidas no espaço. Outras 100 estão alocadas no ginásio da Escola Estadual Nicolau Mussich e 70 pessoas no salão da Comunidade São José Operário. A secretária de Desenvolvimento Social e Habitação (Sedeh), Renata Cherini, explica que foram necessários mais abrigos porque as pessoas chegaram com mais pertences.

“Como as pessoas conseguiram sair das casas antes da água chegar, ela se organizaram para tirar os móveis. Os espaços nos abrigos precisa-

vamos voltar e reconstruir tudo de novo”, afirma Nubem.

ram ser melhor estruturados. Conforme a população ia chegando, pensamos até na possibilidade de preparar o quarto local”, comenta Renata.

Novas dificuldades

Segundo a secretária, as famílias encontram algumas dificuldades em retornar para as residências. Entre elas, a busca por fretes. Durante o período de resgate, explica, muitas transportadoras se disponibilizaram para levar os pertences aos ginásios. No entanto, a comunidade não encontra freteiros para o retorno.

É o caso de Nubem Siqueira Bastista, 39, que também está abrigada pela segunda vez. Moradora do bairro Oriental, ela conta que novamente perdeu os móveis, mas recebeu alguns donativos. Ela e a família precisaram ser resgatados pela Defesa Civil em meio às águas.

“Conseguimos organizar para sair, mas não deu tempo de retirar nossas coisas. Estávamos retomando tudo aos poucos. É uma situação muito triste, mas

Vínculos fortalecem o trabalho

Coordenadora do Cras Moinhos, Graziela Neitzke está responsável pela organização do ginásio Ito Snel. Conhecida pelos usuários do serviço de Assistência Social, ela ressalta que os vínculos criados auxiliam no acolhimento das famílias. Neste momento, a pasta faz atendimentos individualizados, que buscam entender das necessidades de casa pessoa.

“Cada família precisa ser acolhida de uma forma diferente. Temos rotina com horários específicos. Mas sabemos que o momento é difícil e buscamos proximidades também com as outras pessoas que não conhecíamos”, afirma a coordenadora.

A Sedeh disponibiliza café da manhã, almoço, janta e lanches durante o dia, bem como instalação de banheiros químicos, limpeza do local e segurança 24 horas.

Pouco voluntariado

Na avaliação de Renata, diferente do que foi visto em setembro, o maior desafio é o auxílio da comunidade.

O Centro de Atendimento à

Comunidade, no antigo prédio do INSS, recebe os donativos de segunda-feira a sexta-feira. Para manter o atendimento às famílias enquanto estão abrigadas, a pasta custeia a compra de cestas básicas e demais materiais de necessidade.

Casas temporárias

Devido à lotação dos ginásios, a instalação de casas temporárias volta a ser discutida em Estrela. Em parceria com o sindicato da construção civil (Sinduscon-RS), o município projeta a instalação de unidades e avança para as tratativas finais junto ao Estado. São avaliados espaços nos bairros Boa União e Pinheiros.

Nos ginásios

Ito Snel

Cerca de 180 pessoas

60 famílias

Escola Nicolau

Mussnich

Cerca de 100 pessoas

35 famílias

São José Operário

Cerca de 70 pessoas

22 famílias

Pela segunda vez, famílias planejam reconstrução de casas pós cheia
FOTOS: KARINE PINHEIRO
Sem previsão de retorno, situação preocupa Alessandra

Secretaria projeta menos volume de entulhos a recolher

Trabalho de limpeza das vias iniciou no domingo, 19. Sem previsão de término, governo ainda contabiliza os danos deixados nas vias públicas. Retirada de lama deve ser finalizada nos próximos dias

ESTRELA

Prestes a finalizar o trabalho de limpeza em decorrência da cheia de setembro, equipes se vêm novamente no desafio de limpar as ruas da cidade. Com ações iniciadas ainda no domingo, 19, funcionários da Secretaria de Infraestrutura Urbana atuam no recolhimento de entulhos e retirada de lama das principais vias. As atividades avançaram de acordo com a descida de nível do Rio Taquari. As frentes de trabalho estão divididas em todos os bairros que foram atingidos. Secretário de Infraestrutura Urbana de Estrela, Osmar Muller diz que as equipes observaram menor volume de entulhos pelas ruas, situação contrária do que aconteceu em setembro. Na avaliação dele, a elevação gradual do manancial resultou em menos estragos.

“O rio subiu devagar e com menos correnteza. As pessoas conseguiram sair com antecedência e sem tanta violência das águas, não houve destruição de casas. O que en-

frentamos a partir de agora, é a retirada de lodo e lama nas vias urbanas. Temos equipes trabalhando 24 horas para dar conta desta demanda que ainda não tem previsão de ser finalizada”, explica Muller. O recolhimento de resíduos maiores deve ser finalizado até a próxima semana. O secretário comenta que a limpeza em bairros mais atingidos ainda não havia sido finalizada devido às pessoas que, nos últimos dias, continuavam com a retirada de entulhos das residências. “Conforme vamos tirando, as pessoas seguem colocando. Uma situação que não podemos controlar”, pondera. Durante o anúncio de recursos do governo municipal para reconstrução da cidade, em setembro, cerca de R$ 4 milhões foram designados para manutenção das vias públicas e reconstrução de espaços de lazer. Embora o trabalho tenha iniciado no fim de semana, a pasta ainda não contabilizou os prejuízos deixados pela cheia. Em contrapartida, o secretário aponta que menos entulhos devem ser recolhidos nos próximos dias. “Vai ser menos da metade do volume total coletado nos últimos meses, que

Traumatologia

e

Ortopedia do HE: quase 3 mil atendimentos em quatro meses

Instituição tornou-se referência em serviço de alta e média complexidade em traumato-ortopedia na região dos Vales

OServiço de Traumatologia e Ortopedia do Hospital Estrela, da Rede de Saúde da Divina Providência, teve início em 6 de junho deste ano, tornando-se referência nos serviços de alta e média complexidade em traumato-ortopedia da Região dos Vales. Assim, beneficiará 360 mil pessoas de 37 municípios.

chegou a 100 mil metros cúbicos. O que mais vai dar volume são as ruas atingidas com mais força”, afirma. Entre elas, a limpeza da Rua dos Marinheiro exigiu a contratação de maquinários extras para continuidade dos trabalhos. Além disso, a via segue interditada devido ao risco de desabamento no local.

Limpeza de bueiros

Com grande volume de detritos em bueiros, resultante das cheias, partes da cidade sofrem com o acúmulo de água em dias de chuva. Junto à limpeza das ruas, as equipes fazem o recolhimento dos resíduos na rede de drenagem. Em períodos de grande volume de água, a situação atrapalhava a locomoção pela cidade e também gerava riscos de alagamento nas residências. Muller diz que há 44 quilômetros de canalização a serem limpos. O trabalho é feito pela administração municipal em parceria com a Corsan. “A limpeza funciona com mangueiras que empurram a sujeira com jato de água”, esclarece. Todos os bairros devem receber esta ação.

A capacidade instalada mensal é de 704 consultas; 42 cirurgias de média complexidade e 16 cirurgias de alta complexidade. Nos quatro primeiros meses, atingiu a marca de 2.790 atendimentos, até o final de outubro. Foram 259 procedimentos cirúrgicos e 2.531 consultas.

Para prestar o atendimento, o HE fez ajustes nas instalações para o ambulatório, que conta com 4 consultórios e uma área de recepção. De acordo com o supervisor Administrativo da Clínica de Especialidades, Guilherme Neuhaus de Oliveira, o HE ainda está buscando, junto ao Governo do Estado e por meio de emendas parlamentares, recursos para aquisição de mais equipamentos para o bloco cirúrgico.

JOELHO

A especialidade com maior procura, número de atendimentos e procedimentos é a do “joelho”. A reconstrução de ligamento de joelho, nesses primeiros quatro meses, tem sido o procedimento mais executado.

100% SUS

As consultas e cirurgias eletivas são realizadas para pacientes 100% SUS. Os atendimentos e procedimento são regulados pela Secretaria Estadual da Saúde (SES).

CIDADES BENEFICIADAS

Compõem as regiões 29 e 30 e fazem parte da 16ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) os seguintes municípios: Anta Gorda, Arroio do Meio, Bom Retiro do Sul, Boqueirão do Leão, Canudos do Vale, Capitão, Colinas, Coqueiro Baixo, Cruzeiro do Sul, Dois Lajeados, Doutor Ricardo, Encantado, Estrela, Fazenda Vila Nova, Forquetinha, Ilópolis, Imigrante, Lajeado, Marques de Souza, Muçum, Nova Bréscia, Paverama, Poço das Antas, Pouso Novo, Progresso, Putinga, Relvado, Roca Sales, Santa Clara do Sul, São José do Herval, São Valentim do Sul, Sério, Taquari, Teutônia, Travesseiro, Vespasiano Corrêa e Westfália.

Equipes trabalham para limpeza das ruas e restabelecimento do serviços básicos nas áreas atingidas pela cheia
KARINE PINHEIRO

Languiru confirma venda de frigorífico para a JBS

Planta produtiva renderá R$ 80 milhões para a cooperativa, mais a projeção de R$ 120 milhões nos próximos cinco anos em investimentos na estrutura. Assinatura do contrato de venda deve ocorrer em até 90 dias

VALE DO TAQUARI

Oplano de reestruturação de uma das maiores cooperativas gaúchas entra em uma nova fase. A venda do frigorífico de suínos da Languiru, localizado em Poço das Antas, foi anunciada nessa terça-feira, 21. A multinacional JBS pagará R$ 80 milhões pela planta produtiva, além da promessa do investimento de R$ 120 milhões em cinco anos, para modernização da estrutura.

A unidade industrial da Languiru no município foi inaugurada em abril de 2012 e teve um investimento de R$ 60 milhões. Os abates foram encerrados no dia 30 de junho deste ano, iniciativa prevista no plano de reestruturação da cooperativa, anunciado em maio. Cerca de 620 funcionários ficaram desempregados. Na época, haviam duas propostas para a aquisição da estrutura, avaliada em R$ 160 milhões.

O fator determinante para o avanço do negócio foi a assinatura do protocolo de intenções entre a JBS e o governo do Estado, para utilização de créditos tributários no pagamento. Com isso, as tratativas avançam para a análise da documentação. A empresa estipula um prazo de 90 dias para concluir o processo e, com a compra oficializada, a unidade deve voltar a operar, por meio da subsidiária Seara Alimentos.

mos buscar todos os colaboradores que antes estavam lá e oferecer para retornar”, diz o CEO da Seara, João Campos.

A projeção é contratar 400 funcionários para a retomada da operação, com o processamento de 1,2 mil suínos por dia, mas com potencial para quase triplicar a quantia – cerca de 3,4 mil cortes diários. O grupo prevê o reinício das

atividades para março do ano que vem.

Números do negócio

R$ 200 milhões será o investimento total da JBS

R$ 80 milhões vão para a compra do frigorífico

R$ 120 milhões estão previstos em melhorias na planta

400 pessoas serão contratadas para retomar as atividades

1,2 mil suínos devem ser processados por dia na unidade

Quando reabrirmos a unidade, nós vamos buscar todos os colaboradores que antes estavam lá e oferecer para retornar”

João Campos

A perspectiva da cooperativa é utilizar o valor para reativar operações como agrocenter, fábrica de rações e produção de frangos, para torná-los lucrativos. A partir disso, deve ser consolidado o plano de pagamento de credores, previsto para ser apresentado no início de 2024.

Volta de 400 empregos

Para a comunidade de Poço das Antas, fica a expectativa da retomada da maior empresa do município e a volta das vagas de emprego fechadas com o frigorífico. “Quando reabrirmos a unidade, nós va-

Sobre a JBS

Fundada em 1953, em Goiânia, a empresa tem cerca de 17 mil funcionários no Rio Grande do Sul e movimenta 1,56% do Produto Interno Bruto (PIB) do estado, conforme dados da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). No Brasil, a multinacional possui 152 mil colaboradores - é a maior empregadora do país.

O governador Eduardo Leite celebrou os investimentos previstos pela multinacional e indicou que o projeto para a utilização dos créditos será votado ainda em 2023. “Estamos felizes com esse desdobramento, que atende a uma grande ansiedade da região”, disse. A aprovação da proposta, encaminhada à Assembleia Legislativa na semana passada, deve oportunizar outros negócios semelhantes, com foco no setor da proteína animal.

União de esforços

O liquidante da Languiru, Paulo Ricardo Birck, garantiu que, a partir da abertura das tratativas, os produtores serão chamados para que a cooperativa apresente a proposta da JBS e debata a negociação. E citou a Cooperativa dos Suinocultores dos Vales (Coosuval) como uma possível aliada na retomada da unidade. “Eles serão importantes, porque detêm os leitões e as matrizes, então também precisarão estar incorporados.” Birck também destacou a participação em outros seg-

mentos, como o de aves. “A Languiru vai ser parceira do grupo JBS na fabricação de toda a ração do segmento de suínos. Já estamos conversando para avançar com uma parceria no setor de frangos, que também vai ser algo importante para região”, acrescentou. A pressa da JBS é um aspecto que o liquidante trata como fundamental para a concretização do negócio. “O frigorífico está parado há quase cinco meses. Quanto mais tempo parado, maior a necessidade de investimento para retomar.” Ele ainda citou que as licenças e autorizações para operação, e as garantias financeiras estão encaminhadas.

Estamos felizes com esse desdobramento, que atende a uma grande ansiedade da região”

Eduardo Leite governador do RS

Jhon
Assinatura de protocolo encaminha definição da venda do frigorífico de suínos para a JBS
GUSTAVO MANSUR/PALÁCIO PIRATINI

Enxurrada e granizo causam danos a municípios da microrregião

Localidades não

são afetadas pelas enchentes do Rio Taquari, mas elevação no nível dos arroios e força das precipitações danificaram residências e vias. Três cidades decretaram situação de emergência

TEUTÔNIA

Aenxurrada da noite da sexta-feira, 17, levou transtornos à microrregião de Teutônia. Com necessidade da retirada de pessoas das áreas próximas aos arroios, os danos também ocorreram na infraestrutura. Teutônia, Westfália e Poço das Antas decretaram situação de emergência e mantiveram mobili-

zação durante a semana para a retomada da normalidade.

Mesmo longe da área do Rio Taquari, os três municípios tiveram prejuízos devido ao volume de chuvas e ao granizo.

Em Teutônia, a elevação dos arroios Boa Vista, Harmonia e Schmidt causaram interrupção de vias e destruição em alguns pontos, além da necessidade de remoção de famílias. Foram distribuídas lonas e telhados para famílias que tiveram residências atingidas, além de feitos levantamentos de custos para recuperação de vias.

O acesso à Linha Pontes Filho teve o asfalto destruído e uma ponte entre a localidade e Linha Clara ficou bloqueada durante a semana. “O prejuízo foi pior que em junho. O arroio saiu do leito e passou por cima da ponte, que também ficou trancada por causa de uma árvore”, diz o prefeito Celso Forneck. Outras vias com problemas foram a ERS-419, nas imediações da Linha Capivara, e a estrada da Várzea, que liga

Granizo leva danos à produção

Em Poço das Antas, a quantidade de granizo foi o maior causador de transtornos, com muitas residências com telhados danificados. O volume de água fechou nove pontos do

município e localidades chegaram a ficar isoladas. “Foi uma das situações mais complicadas dos últimos tempos”, conta a prefeita Vânia Brackmann. Outro prejuízo que a gestora menciona é na produção de milho, “muito castigado”. Em Santa Inês, cerca de 50 propriedades foram atingidas. Ela relata ainda quedas de árvores e desmoronamentos. Por ou-

tro lado, Vânia valoriza o espírito colaborativo da população e que não houve feridos ou desaparecidos. “Ficamos muito felizes porque todos estão bem, com a integridade física preservada. Danos materiais vamos recuperar em seguida.”

os bairros Languiru e Teutônia.
Ponte entre a Linha Pontes Filho e a Linha Clara necessitou de reparos para viabilizar trânsito
DIVULGAÇÃO

Prejuízo de R$ 25 milhões e 200 km de estradas a recuperar

Cerca de 160 famílias foram atingidas. Município inicia recuperação de 200 quilômetros de estradas afetadas e reconstrução de seis pontes destruída. Rompimento de barragem agravou o transbordo em algumas comunidades

IMIGRANTE

Com seis pontes destruídas, deslizamentos e bloqueios em estradas vicinais, Imigrante ainda contabiliza os danos deixados pela enxurrada e transbordamento do Arroio da Seca. O rompimento da Barragem de Daltro Filho na sexta-feira, 17, agravou a situação e causou rápida elevação do

nível da água. Segundo levantamento da administração municipal, a área de infraestrutura foi a mais afetada.

Em decorrência do avanço do arroio, 160 famílias ficaram desabrigadas no município. Além disso, o governo munici-

PREFEITURA MUNICIPAL DE IMIGRANTE

CONCURSO PÚBLICO Nº 24/2023

EDITAL Nº 216/2023 – RESULTADO DO SORTEIO PÚBLICO DE DESEMPATE

O MUNICÍPIO DE IMIGRANTE/RS, Pessoa Jurídica de Direito Público, representado pelo Prefeito Municipal, no uso de suas atribuições legais, em razão do Concurso Público n° 24/2023, regido pelo Edital n° 161/2023, de 10/08/2023, torna público que: 1. Divulga-se o Resultado do Sorteio Público de Desempate. O Edital na íntegra se encontra no site da Legalle Concursos: www.legalleconcursos.com.br. Imigrante/RS, 21/11/2023. Registre-se, publique-se e cumpra-se.

GERMANO STEVENS Prefeito Municipal

pal prevê a recuperação de 200 quilômetros em vias públicas, além da limpeza da rede de drenagem. Em entrevista à Rádio A Hora 102.9, o prefeito Germano Stevens afirma se tratar de uma situação sem precedentes. “Pontes que nunca tiveram

Reconstrução de pontes e limpeza de vias são os desafios pós inundação

problemas foram levadas pela água. Nosso acesso à Rota do Sol teve deslizamento de terra, causando mais uma barreira, interditando o caminho. Foram momentos angustiantes que nunca tínhamos vivido. O estrago do nosso Arroio da

PREFEITURA MUNICIPAL DE IMIGRANTE

CONCURSO PÚBLICO Nº 24/2023

EDITAL Nº 217/2023 – HOMOLOGAÇÃO DO RESULTADO FINAL

O MUNICÍPIO DE IMIGRANTE/RS, Pessoa Jurídica de Direito Público, representado pelo Prefeito Municipal, no uso de suas atribuições legais, em razão do Concurso Público n° 24/2023, regido pelo Edital n° 161/2023, de 10/08/2023, torna público que: 1. Homologa-se o Resultado Final. O Edital na íntegra se encontra no site da Legalle Concursos: www.legalleconcursos.com.br. Imigrante/RS, 21/11/2023. Registre-se, publique-se e cumpra-se.

GERMANO STEVENS Prefeito Municipal

Seca, com o rompimento da barragem, nunca foi visto na história da cidade”, afirma o chefe do Executivo.

Segundo Ernani Schneider, coordenador da Defesa Civil, todas as famílias já conseguiram retornar para as residências. Neste momento, o Centro de Referência de Assistência Social (Cras) faz o levantamento das necessidades das famílias atingidas. Alguns móveis foram doados por comerciantes locais. Os demais itens devem ser solicitados ao Estado e à União. O foco dos trabalhos segue na desobstrução de vias. Durante a inundação, comunidades ficaram isoladas e com acessos bloqueados. Quanto ao fluxo de trânsito na avenida Ito João Snel, na entrada da cidade, a circulação ocorre somente em uma pista devido aos riscos de deslizamento. O acesso à ponte da Seca Baixa já está liberada. No entanto, o governo municipal alerta para o tráfego no acesso à Rota do Sol, que segue bloqueado. O Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) iniciou a remoção das terras de que interditam a via. O serviço deve ser finalizado em dez dias. “Prevemos que, se o tempo colaborar, o trânsito estará liberado em uma pista até sexta-feira”, estima o engenheiro Felipe Pocebon.

Situação de Emergência

O governo municipal decretou Situação de Emergência no dia 18 de novembro. O documento aponta os efeitos climáticos que deixaram danos na cidade, como queda de granizo, queda de barreiras e rompimento da barragem com inundações a partir das 23h30min de sexta-feira, 17. Desta fora, a administração fica autorizada a dispensar licitações aos serviços necessários para minimizar os efeitos da inundação.

Karine Pinheiro karine@grupoahora.net.br
DIVULGAÇÃO

OBITUÁRIO | NG

ANNA SIMILDA SCHNEIDER, 88, morreu na segunda-feira, 20. O sepultamento ocorreu no Cemitério Católico de Linha São José, em Estrela.

LORENA ROSA, 73, morreu no sábado, 18. O sepultamento ocorreu no Cemitério Católico de Barreiros, em Taquari.

Para informar

PAULO ROGÉRIO DA SILVA, 55, morreu na segunda-feira, 20. O sepultamento ocorreu no Cemitério de Barreiros, em Taquari.

• WhatsApp: (51) 9 8650-5460 • Fone: (51) 3712-1250

falecimentos: • E-mail: recepcao@jornalng.net.br

ÁRIES: É hora de sair da passividade e dar seus pulos pra ticar a sua listinha de afazeres, metas e desejos. Corre que ainda dá tempo! 21/03 a

TOURO: Deve esbanjar força de vontade, ambição, energia e determinação para batalhar, fazer o que for preciso e concretizar os seus objetivos.

GÊMEOS: O setor profissional está em destaque e trago notícias excelentes: você tem tudo para superar as adversidades.

CÂNCER: Se depender dos astros, as chances de conseguir um cargo mais alto, receber a tão esperada promoção ou ter aumento salarial são ótimas.

LEÃO: Você tende a ganhar força para ampliar os seus horizontes, seja através de viagem, dos estudos ou sua espiritualidade.

VIRGEM: Se já tem um mozão, momento bom pra apimentar a relação – pique e criatividade não devem faltar.

Ofensas à integridade física de alguém

Falar em voz muito baixa Doença neurológica da qual sofriam os escritores Machado de Assis e Dostoiévski

Parasitas como a lombriga

Árvoresímbolo do Japão

Em priscas (?): no passado

Utilidade do catálogo de vendas

Quintana (?), Estado do SE do México

Filho do Príncipe Valente (HQ)

Base para o cálculo da altitude (Geog.)

HORÓSCOPO

LIBRA: Com os astros trazendo otimismo e um forte desejo de independência, você tende a sair da sua zona de conforto.

ESCORPIÃO: Não faltará energia para trabalhar duro, unir forças com colegas e se esforçar para que os seus desejos se tornem realidade.

SAGITÁRIO: Tudo indica que a sua capacidade de cuidar e se dedicar às pessoas vai ficar mais forte no início da semana.

CAPRICÓRNIO: Se já achou sua cara-metade, pode contar com mais inspiração, vitalidade e gestos bonitos pra dar um up na relação.

AQUÁRIO: Fase de forte energia positiva pra você fazer seus corres, ajustar o que precisar, transformar hábitos e se posicionar.

PEIXES: Com um alto poder de recuperação física e emocional, tem tudo para vencer qualquer perrengue.

CRUZADAS

Inscrição nas notas de real Os compostos com elementos e peso molecular iguais, mas com propriedades distintas (Quím.)

O cheque usado na compra a crédito

Proclamou a República e foi o primeiro presidente do Brasil Barco de recreio

Programação das Paróquias

Paróquia Santo Antônio Sexta-feira, dia 24: 15h30min: Missa na Vovolândia Sábado, dia 25: 10h30min: Missa na Comunidade São Luís 17h: Missa na Capela do Hospital 20h: Matrimônio de Pedro Eckhardt e Maria da Silva Eckhardt Domingo, dia 26: 10h: Missa com Festa Anual na Comunidade São Pedro Apostolo, Delfina 14h30min: Missa e Ordenação Diaconal de Rodrigo Henrique Schneider

Segunda-feira, dia 27: 15h: Terço das Mulheres Santo Antônio Matriz 18h: Terço das Mulheres na capela do Hospital

Check-(?), exame médico preventivo

Terceira pessoa do discurso (Gram.)

Põe em plano superior

Embebeda-se (a esponja)

Recurso típico do astuto

Compilação de documentos históricos

Tinta em pó para impressoras a laser

Verbo (abrev.)

Cidade da Síria arrasada pela guerra civil, iniciada em 2011

Chá, em espanhol Empregada, em inglês Mecânica (abrev.) Caminho estreito

Nina (?), estilista nascida em Turim

Actínio (símbolo) Locução (abrev.)

A Virgem dos Lábios de Mel (Lit.)

Cabeça de gado Decadência (fig.)

2/té — up. 3/arn — roo. 4/maid. 6/códice.

Asas rotativas do helicóptero

Paróquia São Cristóvão Sexta-feira, dia 24: 19h: Terço dos homens na São José 19h30min: Missa com entrega da Lei de Deus e a Cruz para os catequizandos na São José Sábado, dia 25: 15h: Início do Encontro Diocesano da Juventude, na Matriz São Cristóvão 16h: Missa com batizado e entrega da Lei de Deus e cruz para os catequizandos na Sagrado Coração de Jesus, Colinas 18h: Missa com a entrega da Lei de Deus para os catequizandos, na Matriz São Cristóvão 19h30min: Missa com Entrega da Lei de Deus e da Cruz para os catequizandos e batizado na Nossa Senhora Aparecida, bairro das Indústrias Domingo, dia 26: 8h30min: Missa na Matriz São Cristóvão

Paróquia Evangélica Luterana Sexta-feira, dia 24: 14h: Passeio do Grupo Diaconia

Domingo, dia 26: 9h: Culto no Centro 10h30min: Culto Jubileu de Ouro de Confirmação em Novo Paraíso. Após, almoço na comunidade

Terça-feira, dia 28: 14h30min: Encontro da OASE de Estrela nos Bairros Quarta-feira, dia 29: 19h: Assembleia Geral Ordinária da Paróquia de Estrela

Novas ações de enfrentamento às enchentes inclui réguas físicas

Revisão das cotas de inundação e instalação de dispositivos de monitoramento estão entre as ações. Administração aguarda aval da Caixa Federal para a construção de 15 residências pelo programa habitacional voltado à calamidade

as situações encaminhadas, a construção de um conjunto de residências vinculadas ao programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) Calamidade.

Omunicípio reorganiza estratégias para a retomada após a segunda enchente em pouco mais de dois meses. Com um cenário semelhante à cheia de setembro, o poder público avalia os impactos e as medidas de contingência, sobretudo para outros eventos. Entre

Se na enchente anterior, a administração listou 691 pessoas afetadas, desta vez a estimativa da população atingida fica em cerca de 650 moradores. A maior parcela na área rural, sobretudo na localidade da Beira do Rio –133 famílias. Na zona urbana, foram 55 famílias impactadas pela cheia, dez delas proprietárias de comércios.

Um dos principais pontos turísticos da cidade, a Barragem Eclusa ficou quase toda submersa pelas águas do Taquari

A prioridade foi a limpeza, a partir do levantamento de necessidades. As pessoas desalojadas ficaram em residências de amigos ou familiares, uma vez que o município não possui abrigo. No entanto, todos os atingidos conseguiram retornar para casa. A maior parte,

com todos os pertences. “Soubemos tomar a decisão certa, de uma forma mais rápida”, diz o secretário de Administração e Planejamento, Carlos Henrique Dullius.

Algumas ações estão previstas para o pós-enchente. Instalação de réguas nas ruas próximas ao rio e a revisão das cotas de inundação para impedir novas construções em áreas alagáveis estão entre elas. “Além de resiliência, precisamos de um plano de contingência próprio”, destaca o gestor. O nível mais alto do Rio Taquari na medição do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) foi às 13h15min do domingo, 19, com 20,02 metros.

Novas casas

Parte dos moradores ribeirinhos será recolocada em um loteamento pelo MCMV Calamidade. O projeto está na 3ª fase de aprovação para construir 15 residências, com valor máximo de R$ 130 mil cada, entre a Vila Brasília e o Centro Cidade Baixa. O local foi definido nessa

semana, na rua Mathias Vicente Diedrich, em área não alagável. A previsão é que até o fim de dezembro a Caixa Econômica Federal conclua o processo para que o município possa licitar a construção. “Vamos manter esses moradores próximos ao local de origem. Muitos deles são pescadores e dependem de viver perto do rio”, pontua Dullius.

Impactos na educação

Duas escolas tiveram aulas suspensas: Genny de Souza da Silva, no bairro Goiabeira, e Anita Ferreira de Moraes, na localidade do Faxinal. O município mantém os planos de viabilizar um novo endereço para a instituição do Goiabeira, fora das áreas vulneráveis.

Curso na cidade

A Associação Gaúcha de Resgate, Salvamento e Combate a Incêndio (Asgresci) promove, entre os dias 27 e 29 de novembro, um curso de busca e salvamento em cheias urbanas. A formação ocorre em Bom Retiro do Sul e é ministrada pelo instrutor português Francisco Rocha, diretor da Escola Portuguesa de Salvamento.

BOM RETIRO DO SUL
Jhon Willian Tedeschi jhon@grupoahora.net.br
FERNANDO DIAS/DIVULGAÇÃO

aepan.ong@gmail.com

Bruno Schwertner: Rei do Bolão em 1936

Por ocasião do 27º aniversário do clube do bolão Gut Holz, em 29 de setembro de 1936, foi coroado rei do grupo o empresário Bruno Schwertner. A honraria foi concedida em virtude do sócio bolonista ter alcançado os primeiros nove pinos, no Torneio do Rei, realizado na noite das festividades. Os postos de 1º e 2º cavalheiros ficaram com Bertholdo Gausmann e Afonso Ruschel. Além de Bruno (o homenageado), participaram da solenidade sua esposa Florentina e sua filha Olga; o Rei anterior, Albino Müssnich (colocando a coroa) e o presidente do clube, Alberto Dexheimer, que está com o bastão. MEMÓRIAS

Dentista Adolfo

Albino Musskopf

O dentista Adolfo Albino Musskopf, nascido em 7 de junho de 1890, no município de Estrela, possuía seu consultório odontológico na Rua Venâncio Aires, 199, Centro do nosso município.

Recebeu licença para atuar em 20 de fevereiro de 1934, pelo Departamento Estadual de Saúde, através do Posto de Higiene de Estrela.

Assis Brasil e a rivalidade entre Estrela F.C. e Lajeadense

Citação de Luiz

Antonio de Assis Brasil, em 1997, quando recebeu o título de Cidadão Estrelense, falando sobre suas memórias, do tempo em que viveu em Estrela - por 12 anos (1945-1957): “Estrela, tão pacata, tão sonolenta, ficava longe de tudo, mas perigosamente perto de Lajeado, e esse fato chegava ao ponto máximo de conflito nos jogos

de futebol contra a cidade vizinha. Uma catástrofe, uma guerra entre gregos e troianos, um vir abaixo o mundo. Ninguém se sentia seguro nas redondezas do campo do Estrela FC: uma pedra perdida, uma fruta podre, tudo transformava-se em projétil, e sempre havia cabeças disponíveis para recebê-las em meio à testa.

A antiga Rádio Alto Taquari agitava ainda mais

os ânimos, transmitindo a altos pulmões os lances em que o Estrela FC se dava bem. Já os gols do Lajeadense eram narrados num sussurro, como se fossem ofensas pessoais”. Foto do Estrela FC, de 21 de agosto de 1949. Jogo disputado na Baixada, pelo Campeonato Estadual de Amadores, contra o Lajeadense. Vitória do Estrela FC por 2x1, com gols de Pistola e Loi.

Prefeitura venceu a Câmara em 2001

Em 20 de maio de 2001, o time de futebol da Prefeitura venceu a equipe da Câmara de Vereadores de Estrela. O jogo entre os poderes Executivo e Legislativo de Estrela integrou os festejos dos 125 anos do município. A vitória foi por 3 a 1. A Prefeitura fez 1 a 0 através do habilidoso Roberto Lohmann Branco, que marcou o gol de calcanhar. A resposta da Câmara veio dos pés do vereador Joel, que surpreendeu o goleiro Gustavo, assessor jurídico da Prefeitura. No entanto, o Executivo valeu-se de uma de suas armas para passar à frente no placar. Depois de uma confusão na área, o oportunismo e o faro de gol de Ilocir, assessor de imprensa da Prefeitura, levaram os comandados do prefeito Geraldo Mânica ao 2 a 1. Mais tarde, o expert em informática, Fábio Eidelwein, fez 3 a 1, confirmando a vitória.

Na foto: em pé: Moacir, Airton, Dirceu, Roberto, Gustavo e Birck. Agachados: Renato, Paulo, Mânica, Toco, Ilocir e Fábio.

Inundação em agosto de 1997 com 25,60 metros

A inundação do Rio Taquari, em 4 de agosto de 1997, atingiu a cota de 25,60 metros, conforme medição feita na régua do Porto de Estrela. Os locais mais atingidos em nosso município foram os bairros: Imigrantes, Oriental, Moinhos e Pinguela. No interior, as comunidades de Arroio do Ouro e Figueira.

O município recebeu da Defesa Civil Estadual cobertores, roupas e calçados, que foram entregues para as pessoas desabrigadas.O município decretou situação de emergência.

Inundação em setembro de 2007 com 26,25 metros

A inundação do Rio Taquari, ocorrida em 23 de setembro de 2007, atingiu a cota de 26,25 metros. Cerca de 110 famílias foram removidas, totalizando 500 pessoas que foram levadas para ginásios esportivos de Estrela.

No total, 14 caminhões realizaram a remoção de móveis e utensílios das famílias. Com cerca de 50 servidores da Prefeitura fazendo parte da equipe de socorro, agiram também voluntários, Brigada Militar, Corpo de Bombeiros e Patram (que cedeu os barcos).

Cultura na comunidade

Dia 3 de dezembro, em um domingo à partir das 16h,todos que curtem ou desejam conhecer a cultura alemã, poderão ver e sentir em forma de comida, música, dança e muito mais da tradição natalina. Terão uma oportunidade ímpar de estarem com a gente nessas horas agradáveis de cultura. Grupos Folclóricos, orquestra, comidas, e chopp e um bonito momento de fé estarão todos no mesmo lugar. Ingressos livres e ambiente para toda sua família. Reserve e venha festejar a cultura na Comunidade em forma de alegria e fé.

Andréas Hamester

CIRCUITO DOS VALES

Última etapa ocorre neste domingo em Teutônia

O evento que reúne provas de corrida, caminhada, ciclismo e kangoo tem 1.502 atletas inscritos

Um dos maiores eventos de corrida de rua do Rio Grande do Sul, o Circuito dos Vales/Uninter, encerra a temporada neste domingo, 26. A partir das 7h, ocorre a quinta etapa, com largada no Centro Administrativo de Teutônia. A prova ocorre com qualquer tempo.

A etapa de Teutônia supera em 32 pessoas a quarta prova, que ocorreu em outubro, em Travesseiro. São 1.502 participantes inscritos nas cinco modalidades: corrida, caminhada, ciclismo, kangoo e corrida kids.

A largada e a chegada das provas de corrida e caminhada serão nos pavilhões multiúso, no Centro Administrativo, em Teutônia. Elas seguem em direção à estrada antiga para o Bairro Languiru.

Kits de participação

A retirada inicia no sábado, na Uninter, localizada na Rua 25 de Julho, no bairro Flores-

Circuito dos Vales 2023

Programação da 5ª etapa

6h30min - Início da retirada de kits

7h15min - Encerramento da retirada de kits

7h30min - Largada do Ciclismo

8h30min - Largada Corrida

8h33min - Largada Kangoo

8h35min - Largada Caminhada

9h30min - Corrida Kids

10h - Início da premiação da 5ª etapa

11h - Premiação dos Campeões do Ano

tal, em Lajeado, entre 9h e 16h. Quem retirar antecipadamente concorre a brindes. No dia, a retirada ocorre entre 7h e 8h.

Festa dos

campeões

Logo após a premiação dos melhores da etapa de Teutônia ocorre a entrega aos destaques do ano, como os campeões de cada categoria e geral.

Saiba Mais

A temporada 2023 tem cinco etapas. Em março, ocorreu a etapa de Arroio do Meio, em

prova de Travesseiro,

maio, a de Estrela, e em julho a de Lajeado. Em outubro foi a de Travesseiro/Marques de Souza. Neste domingo ocorre a de Teutônia. O evento conta com corridas de 3km, 5km e 10km; caminhada de 3km e 5km; ciclismo com trajeto de 40km; kangoo jump (feminino) de 3km; e corrida kids de 500m e 1km.

O Circuito dos Vales tem o patrocínio de Uninter, Dullius, Mega Compra, Imec Supermercados, Grupo Medical San e Saúde Univates. São apoiadores a Água da Pedra, DMF Esportes e Divine.

Números da etapa

Corrida 3km: 507

Corrida 5km: 331

Corrida 10km: 165

Caminhada 3km: 102

Caminhada 5km: 228

Kangoo: 19

Bike: 49

Kids: 101

Total: 1.502

Ezequiel Neitzke ezequiel@grupoahora.net.br
Após
Teutônia será a maior já registrada na história do Circuito dos Vales
EZEQUIEL NEITZKE/ARQUIVO A HORA

Competição conhece os finalistas neste domingo

Jogos ocorrem nas comunidades de Jacarezinho,

Ezequiel Neitzke ezequiel@grupoahora.net.br

ORegional Aslivata –Copa Certel/Sicredi promove, neste domingo, os jogos de volta da semifinal. Os confrontos que definem os finalistas ocorrem nas comunidades de Jacarezinho, em Encantado, e Linha Berlim, em Westfália. Os ingressos custam R$ 15.

Após vencer fora de casa por 3 a 0, o Serrano recebe o Fluminense, em Jacarezinho, Encantado. A equipe treinada por Remor Bagnara está a um empate de chegar à inédita final. Para o jogo, o time tem algumas dúvidas. O zagueiro Brigalda e o meia Dodô saíram lesionados e podem ficar de fora do confronto. Caso não atuem, Ramon e Josué Almeida são os seus substitutos.

Precisando vencer para levar a decisão aos pênaltis, o Fluminense, do técnico Gilmar Mohr, pode ter retornos importantes, caso do centroavante Marcus Konzen e do meia-atacante Teilor Soares que se recuperam de lesão. Por outro lado, Dadinho e Fogaça sentiram problemas musculares e são dúvidas.

No aspirante, o Serrano também tem a vantagem ,pois venceu o Fluminense no jogo de ida por 1 a 0.

Estudiantes a um empate de nova final

Finalista na temporada passada, o Estudiantes está

em

Encantado, e Linha Berlim, em Westfália

REGIONAL ASLIVATA INTERCOMUNITÁRIOS

Agenda

Titular/Aspirante

semifinal/jogo de ida

Jacarezinho/Encantado

Serrano x Fluminense

Linha Berlim/Westfália

Juventude x Estudiantes

Veterano

semifinal/jogo de ida

Rincão/Taquari

São José x Canarinho

Morro 25/Lajeado

Penharol x São Luiz

Os primeiros finalistas são conhecidos nesta sexta-feira

Jogos ocorrem na comunidade de São Jacó, a partir das 19h

Os Jogos Intercomunitários entram na fase final. Os confrontos semifinais ocorrem nesta sexta-feira, a partir das 19h, e vão definir os primeiros finalistas.

muito perto de voltar para a disputar o título da competição. Após vencer o Juventude por 2 a 0, o time de Lajeado necessita apenas de um empate. Para o jogo, o técnico René Nascimento, o “Naco”, tem o retorno do zagueiro Teco, que cumpriu suspensão na partida de ida. O Juventude, do técnico Valdair Kliks está com problemas para montar o elenco. O volante Joãozinho e o atacante Maiquel

Na partida de ida, em Mato Leitão, Serrano venceu o Fluminense por 3 a 0

Kalkmann saíram ainda no primeiro tempo lesionados e são dúvidas. O time precisa vencer no tempo normal para levar a decisão da vaga aos pênaltis.

No aspirante, o atual bicampeão Estudiantes está a um empate de chegar na

decisão. Já o Juventude tem que vencer no tempo normal e nos pênaltis para ficar com a vaga.

Veterano

Pela terceira semana seguida, a Aslivata tenta promover a partida de ida da semifinal. Os jogos ocorrem em Lajeado e em Taquari.

O primeiro jogo é entre Lenz e Novo Paraíso, pelo voleibol. A rodada segue com Novo Paraíso x Arroio do Ouro no futsal sênior. Já no livre, o Lenz B encara o Delfina, e o São Luiz A joga com o Costão.

Agenda

19h – Lenz x Novo Paraíso (vôlei)

20h – Novo Paraíso x Arroio do Ouro (futsal sênior) 20h50min – Lenz B x Delfina (futsal livre) 21h40min – São Luiz A x Costão (futsal livre)

DIVULGAÇÃO
Jogos desta sexta-feira vão conhecer os primeiros quatro finalistas
DIVULGAÇÃO

MINIFUTEBOL

Competição retorna neste sábado

Soges promove jogos derradeiros da fase classificatória

Após duas semanas, a Soges conhecerá os classificados para semifinal. Faltando uma rodada para o fim da primeira fase, a Copa Soges/ Sicredi promove neste sábado, 25, os jogos que definem os cruzamentos das semifinais nas séries Prata e Ouro nas duas divisões.

Na primeira divisão, os times que jogarão a semifinal da Ouro já foram definidos. Na Prata, o Sombras tem que vencer e torcer por um tropeço do Galácticos.

Apenas um jogo não ocorre na rodada. SPC e Super AFC não tem mais chances de se classificar e optaram em não disputar a partida

Na segunda divisão a situação está mais equilibrada. Knecus, Firma e Celtic

brigam pelas últimas duas vagas da Ouro. Na Prata, a

disputa está entre Tsunami e Manguaça.

Agenda

Primeira Divisão

12h30min – Saidera x Sombras (série Prata) 13h40min – Galácticos x Super 10 (série Prata) 14h50min – Só Resenha x Brocadores (série Ouro) 16h – Xtotz United x Interditados (série Ouro)

Segunda Divisão 12h30min – Sokanelinhas x Celtic (série Ouro) 13h40min – Knecus x Barcabier (série Ouro) 14h50min – Firma x Os Kururus NC (série Ouro) 16h – Cevaria x Manguaça (série Prata) 17h10min – Bud FC x Estrelas do Futuro (séria Prata)

Celtic é um dos times que precisa vencer para classificar à semifinal
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