AH - Pensar | 25 de janeiro de 2014

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Pensar Lajeado Ê uma homenagem ao município com características singulares: Ê inovador pela proposta jornalística e salutarmente provocativo para a sociedade. Na edição passada, apresentou 50 perguntas dos lajeadenses a Luís Fernando Schmidt, SUHIHLWR UHFpP HPSRVVDGR RXYLX RXWUDV DXWRULGDGHV H HVWLPXORX D UHà H[mR GRV FLGDGmRV Renova-se neste ano com as 50 respostas do diligente prefeito, anålises de questþes de interesse público e ao cumprir a missão de pensar Lajeado.





Editorial

JANEIRO DE 2014

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As primeiras respostas

C

inquenta perguntas formuladas por lajeadenses embasaram o primeiro caderno Pensar Lajeado, editado no ano passado. Nossos jornalistas inverteram a perspectiva: em vez de indagar, ouviram com atenção as questĂľes da população. Em janeiro de 2013, repĂłrteres do A Hora percorreram os bairros da cidade e deram voz aos cidadĂŁos. Entregamos a LuĂ­s Fernando Schmidt, novel prefeito, mas polĂ­tico veterano, uma lista de tarefas da sociedade que o honrou com a distinção de governĂĄ-la. Um ano depois, respostas. Elencados os temas mais citados pela socieÂ†ÂƒÂ†Â‡ÇĄ ˆ‘Â?‘• ˜‡”‹Ƥ …ƒ” •‡ ĥ Â?‡†‹†ƒ• governamentais corresponderam, ou nĂŁo, as inquietaçþes comuns dos ŽƒŒ‡ƒ†‡Â?•‡•Ǥ ‘Â?Ƥ ”ƒǤ Segurança pĂşblica e saĂşde dominaram o questionĂĄrio. Na primeira, melhorias. Os Ă­ndices de assaltos e roubos continuam altos, mas diminuĂ­ram em relação a anos anteriores. Menos carros foram furtados ou roubados nas ruas lajeadenses em 2013. Por outro lado, as tentativas de estancar a disseminação do crack ˆ‘”ƒÂ? ‹Â?‡Ƥ …‹‡Â?–‡•Ǥ ƒŒ‡ƒ†‘ ’‡”…‡„‡ o crescimento da drogadição sem uma clara e concreta polĂ­tica pĂşblica de combate ou controle. Para a segurança nos bairros, anunciou-se o policiamento comunitĂĄrio. Iniciativa do Estado em parceria com o governo municipal. Era para começar em

dezembro, mas travou na Secretaria Estadual de Segurança PĂşblica. Agora o poder pĂşblico acena para um inĂ­cio neste mĂŞs. Sistema de videomonitoramento, com a instalação de 22 câmeras pela cidade foi outro projeto criado no ano passado. Na saĂşde, a promessa de campanha de no primeiro ano diminuir as Ƥ Žƒ• Â?‘• ’‘•–‘• Â?—†ƒÂ?†‘ ‘ ˆ‘”Â?ƒ–‘ de marcação de consultas foi descumprida pelo prefeito. Vieram mais mĂŠdicos, investiu-se em equipamentos para os postos, mas o atendimento continua longe do adequado. O Hospital Bruno Born anunciou novos serviços e residĂŞncias mĂŠdicas. No Pronto-Socorro, as longas Ƥ Žƒ• •‡‰—‡Â?Ǥ …‘Â?Ƥ ”Â?ƒ­ Â‘ †‘ curso de Medicina, na Univates, envaidece a cidade e abre perspectivas de injetar mais mĂŠdicos nos postos. Mas isso, sĂł a partir de 2020. Nas demais ĂĄreas predominantes – planejamento, educação, habitação – bons projetos. O lançamento de um complexo habitacional de 448 apartamentos populares reduz subs–ƒÂ?…‹ƒŽÂ?‡Â?–‡ ‘ †¹Ƥ …‹– †‡ Â?‘”ƒ†‹ƒ• na cidade. Abrir as creches no perĂ­odo das fĂŠrias escolares: histĂłrico pedido dos lajeadenses foi atendido em 2013. Revezamento entre as escolas infantis da cidade garante o serviço em janeiro e fevereiro. AlĂ­vio para os pais. A construção da escola TĂŠcnica Federal avança e respeita o cronograma estabelecido. Deve estar concluĂ­da em outubro.

Fundado em 1Âş de julho de 2002

Publicação do jornal A Hora. Todos os direitos reservados Lajeado - Vale do Taquari - RS

Diretor Geral: Adair Weiss Diretor Editorial: Fernando Weiss Diretor Administrativo: FabrĂ­cio de Almeida Diretor Comercial: Sandro Lucas

Caderno Especial Lajeado, 122 Anos Janeiro de 2013 Jornal A Hora

per guntas essenciais ao prefeito de Lajeado falta de 122 anos em janeiro. Mesmo assim, sente A cidade de maior PIB da regiĂŁo completa – que seja conhecido entre todas as administraçþes um planejamento – mesmo de mĂŠdio prazo lajeadenses de Pela relevância do tema, A Hora ouviu municipais que se sucederam atĂŠ hoje. comandarĂĄ ao prefeito LuĂ­s Fernando Schmidt que todos os bairros e apresenta 50 perguntas expressam e Elas servirĂŁo de base para açþes pĂşblicas o municĂ­pio nos prĂłximos quatro anos. distribuĂ­dos em 90 km². o sentimento de muitos dos 71 mil habitantes,

‘Â?‘• ˜‡”‹Ƥ …ƒ” •‡ ĥ Â?‡†‹†ƒ• ‰‘˜‡”Â?ƒÂ?‡Â?–ƒ‹• …‘””‡•’‘Â?†‡”ƒÂ?ÇĄ ‘— Â? Â‘ÇĄ ĥ ‹Â?“—‹‡–ƒ­Ă™Â‡Â• …‘Â?—Â?• †‘• ŽƒŒ‡ƒ†‡Â?•‡•Ǥ ‘Â?Ƥ ”ƒǤdz Padronização das calçadas, plano de governo duradouro, parque de eventos, restauração do centro antigo e redes de esgoto foram cobranças atreladas ao planejamento. Muitas reuniĂľes, pouca efetividade. A maior cidade do Vale continua a carecer de um planejamento arrojado, Ă altura das necessidades de seu crescimento. Lajeado de oportunidades. O

Redação Av. Benjamin Constant, 1034/201 Fone: 51 3710-4200 CEP 95900-000 - Lajeado - RS ahora@jornalahora.inf.br www.jornalahora.inf.br

caderno tambĂŠm busca estabelecer um nexo entre o modelo das colonizaçþes alemĂŁs e italianas, misturadas as variadas etnias e culturas que a elas se somam anualmente. Os Â?‹Ž ‹Â?‹‰”ƒÂ?–‡• “—‡ Ƥ šƒÂ? ”‡•‹†²Â?ÇŚ cia todos os anos, atraĂ­dos pelas oportunidades de emprego variam costumes e tradiçþes. Colombianos, belgas, argentinos, uruguaios, portugueses, mexicanos, africanos, haitianos transformam Lajeado em cidade de muitas cores e raças. Por outro lado, começa a expor um problema social decorrente dessa migração descontrolada, em especial, de haitianos. Repetem-se casos – que perpassam as fronteiras de Lajeado – em que os imigrantes buscam recomeço mas acabam isolados pelo conservadorismo e preconceito impregnado. A boa notĂ­cia ĂŠ que o governo de Lajeado, mesmo tardio, inicia a elaboração de uma polĂ­tica pĂşblica de proteção, de direitos e de acompanhamento destas pessoas. Â?Ƥ Â?, o Caderno Pensar Lajeado deste ano traduz o compromisso assumido pelo A HoraÇĄ •‡Â?†‘ —Â? Ƥ ‡Ž prestador de serviços Ă sociedade. Assim como neste 123Âş aniversĂĄrio de Lajeado, o jornal se manterĂĄ vigilante Ă s açþes governamentais e ao acompanhamento das respostas sobre as dĂşvidas e reclamaçþes expostas pelos lajeadenses no ano passado. Vamos as primeiras respostas!

Textos: Estevão Heisler, Filipe Faleiro, Rodrigo Martini e Nathålia Braga Arte: Gustavo Tomazi e Gustavo Silva Capa: Agea Marketing e Comunicação

Tiragem desta edição: 7.000 exemplares. Disponível para verificação junto ao impressor (ZH Editora Jornalística) Proibida a venda avulsa


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Respostas

JANEIRO DE 2014

Prefeito responde

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Na comemoração dos 122 anos de Lajeado, no ano passado, o caderno Pensar Cidades deu voz para 50 lajeadenses formularem perguntas ao prefeito. Um ano depois, o chefe do Executivo responde uma por uma. À altura ou não dos desejos dos cidadãos, as explicações demonstram respeito e consideração a cada uma das inquietações dos cidadãos. Mais importante do que as respostas a seguir, são as obras, ações e projetos desenvolvidos pelo governo. Schmidt reassume compromissos da campanha eleitoral e promete melhorias e avanços. Os próximos anos são determinantes para transformar o discurso em prática.

PLANEJAMENTO - Ney Lazzary, reitor da Univates, bairro Americano

O que será de Lajeado daqui a 20 anos, tanto em questões de planejamento como economia? Qual será o foco? Durante a Construmóbil 2013, Univates organizou mesa-redonda para debater a “Lajeado do Futuro: Cenários Urbanos”. E o governo tem se aproximado da instituição, em especial do curso de Arquitetura e Urbanismo e do Escritório Modelo de Arquitetura e Urbanismo, para pensarmos, coletivamente, em um projeto urbanístico ordenado. Temos convênio vigente até 2015, para começarmos a executar projetos que visam o melhor aproveitamento dos espaços urbanos, como o Centro Histórico, as margens, Rio Taquari, bem como as áreas de lazer. Temos que buscar por soluções para a área alagada, evitando que nesses espaços sejam realizados projetos habitacionais, dando outras destinações. Mas, mais do que isso, começamos 2014 com a pretensão de provocar mudanças importantes. Atualizaremos o Plano Diretor; formularemos legislação que disponha sobre o uso dos passeios e atualizaremos a legislação sobre loteamentos. Em termos de mobilidade, estamos iniciando estudo para obter dados e licitar ­ ǡ Ƥ Ƥ Ǧ Ǣ

prática projetos de adequação do trânsito, sinalizando e criando vias de expressão como a Alberto Pasqualini, na altura do São Cristóvão. Temos o Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, que habilita o município a receber recursos federais para projetos. Além da coleta, capina e varrição, solucionamos o destino do entulho verde e dos eletroeletrônicos e dos resíduos volumosos, como sofás e eletrodomésticos da linha branca que eram jogados na rua. Continuaremos in ǡ Ƥ ­ Ǥ Ƥ Ǧ trutura do Distrito Industrial, estabeleceremos uma nova área para indústrias e estimularemos o empreendedorismo no segmento da micro e pequena empresa. Os primeiros passos foram dados com a implementação da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, com a implantação do programa Fornecer Lajeado e com o Microcrédito. O próximo passo é a Sala do Empreendedor. Estamos pensando Lajeado para daqui a 20, 30 anos.

governo para encontrarmos uma solução adequada à cidade. Ainda não temos uma ­ Ƥ ǡ Ǧ lidades são analisadas. Para o parque de eventos esportivos, estamos negociando os terrenos ao lado do parque de rodeios. - Lurdes Persch, dona de casa do bairro Conventos

Há uma lei que padronize as calçadas no município? Se é cobrada a limpeza urbana por que ela não é cumprida nos passeios em frente aos terrenos baldios? O governo está elaborando um projeto para as calçadas do município. Não se trata de uma padronização geral, mas sim, em algumas ruas. Calçadas, sarjetas e terrenos baldios são de responsabilidade dos proprietários. - Ítalo Reali, empresário do bairro Centro

- Alex Schmitt, advogado e empresário do bairro Centro

Qual o planejamento para construção de um parque de eventos no município? Várias reuniões com as entidade e clubes de serviços foram organizadas pelo

(Emau), da Univates, para revitalizar o Campo do São José, anexando a área ao Parque dos Dick. Temos que buscar recursos para executar o projeto. Foram feitas reuniões com o Ministério Público, que cuida do programa Corredor Ecológico, para que, com a Univates, também se estude a revitalização da margem do Rio Taquari.

Desejo sucesso à administração municipal, em especial ao prefeito. Mas, pergunto: o que o prefeito fará para atender ao plano de revitalização do bairro Centro? Para o bairro centro, foi elaborado um estudo, com a colaboração do Escritório Modelo de Arquitetura e Urbanismo

- Adinan A. da Silva, frentista do bairro Universitário

Como podem ser feitas negociações entre proprietários e administração para melhorar o calçamento? ­ Ƥ Ǧ zados pelos engenheiros da prefeitura e passam a ser organizados em processos associativos e comunitários. - Inês Maria Schmitz, comerciante do bairro Centro

O que o prefeito fará pelos comerciantes da Bento Gonçalves? A rua parece esquecida pela Administração Municipal? Fizemos duas reuniões com os representantes do MoviBento. Ainda não temos um projeto para toda a rua, mas a segurança será contemplada com o sistema de monitoramento com câmeras.


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SEGURANÇA - Ronaldo Zarpellon, empresårio (presidente da Acil) do bairro Alto do Parque

O que o prefeito pode fazer, nos prĂłximos quatro anos, para melhorar a vida dos lajeadenses quanto Ă liberdade e segurança, diante dos constantes assaltos? A nova secretaria trabalha sem orçamento nestes primeiros dois anos, mas aguarda abertura de edital do Pronasci, do MinistĂŠrio da Justiça, que prevĂŞ recursos para montagem da guarda municipal. Solicitamos, constantemente, o aumento de efetivo de policiais para Lajeado e recursos ƤÂ?ƒÂ?…‡‹”‘• ’ƒ”ƒ Â?‡ŽŠ‘” ‡“—‹’ƒ” ‘• ה‰ Â‘• responsĂĄveis pela nossa segurança pĂşblica. - Elisabete Kopp,

coletes, pistolas, bikes e rĂĄdios, entre outros equipamentos. Estamos sempre em contato com o Estado, solicitando aumento de efetivo para Lajeado.

nitĂĄrio mudarĂĄ o cotidiano do bairro, aca„ƒÂ?†‘ …‘Â? ‡••ƒ •‡Â?•ƒ­ Â‘ †‡ ‹Â?•‡‰—”ƒÂ?­Âƒ que fazia parte da rotina dos moradores do  Â‘ Â”Â‹Â•Â–Ă—Â˜ Â‘Ǥ

- LotĂĄrio Schonhals,

- Ana FalcĂŁo,

caminhoneiro do bairro Santo AndrĂŠ

vendedora do bairro Moinhos

Nosso bairro carece de segurança. Drogados e bagunceiros fazem arruaça durante a noite. Como o prefeito pensa em resolver isso? ‘Â? ‘• †‡Â?ƒ‹• ה‰ Â‘• †‘ •‡–‘” ‡ ‹Â?‹…‹ƒ–‹˜ƒ Â’Â”Â‹Â˜ÂƒÂ†ÂƒÇĄ ƒ ĠÂ?‹Â?‹•–”ƒ­ Â‘ ‹Â?‹…‹‘— ’”‘…‡••‘ †‡ ‹Â?•–ƒŽƒ­ Â‘ †‡ Â…Â&#x;Â?‡”ƒ• †‡ videomonitoramento no centro, controladas pela Brigada Militar e PolĂ­cia Civil, o que deverĂĄ diminuir este tipo de delito. O bairro tambĂŠm estĂĄ incluĂ­do no policiamento comunitĂĄrio.

O que farĂŁo para melhorar a segurança? E pelas praças do bairro Moinhos? O bairro Moinhos serĂĄ contemplado com um nĂşcleo do Policiamento ComuÂ?‹–ž”‹‘Ǥ ‘„”‡ ĥ ’”ƒ­ÂƒÂ•ÇĄ –‘†ƒ• ‡•– Â‘ •‡Â?†‘ …‘Â?–‡Â?’Žƒ†ƒ• …‘Â? ‘„”ƒ• †‡ ”‡˜‹–ƒŽ‹œƒ­ Â‘Ǥ ƒ”ƒ ‘ „ƒ‹””‘ ‘‹Â?Š‘ǥ ƒ ’”‡˜‹• Â‘ Âą “—‡ǥ ‡Â? fevereiro, a ĂĄrea localizada ao lado do posto de saĂşde seja revitaliza. Paralelamente, no local, serĂĄ construĂ­da uma academia ao ar livre.

comerciante do bairro Florestal

Pretendem ampliar as rondas policiais? ‡•†‡ ƒ …”‹ƒ­ Â‘ †ƒ ‡…”‡–ƒ”‹ƒ †‡ Trânsito e Segurança PĂşblica, em maio de 2013, temos trabalhado para melhorar o trânsito e a segurança pĂşblica. O primeiro ano encerrou com um dado interessante, da Secretaria Estadual de Segurança PĂşblica. O furto de veĂ­culos em Lajeado caiu de 224 em 2012 para 157, em 2013, queda de quase 30%. Logo anunciaremos convĂŞnio com o Estado ’ƒ”ƒ ‹Â?’ŽƒÂ?–ƒ­ Â‘ †‘ ’‘Ž‹…‹ƒÂ?‡Â?–‘ …‘Â?—Â?‹–ž”‹‘Ǥ ‡” Â‘ •‡‹• Â?‡‘•ǥ …‘Â? “—ƒ–”‘ policias militares cada, mais o nĂşcleo volante da Lei Maria da Penha, tambĂŠm com quatro policiais civis, a serem instalados neste primeiro quadrimestre de ͜͞Í?Í ÇĄ “—ƒÂ?†‘ …Š‡‰ƒ” Â‘ Â?ƒ‹• •‡‹• Â˜Â‹ÂƒÂ–Â—Â”ÂƒÂ•ÇĄ

- Gilmar Nascimento,

- Marli Kremer,

industriĂĄrio do bairro CentenĂĄrio

…Šƒ˜‡‹”ƒ †‘ „ƒ‹””‘  ‘ Â”Â‹Â•Â–Ă—Â˜Â Â‘

Como a administração pode agir para instalação de uma guarita policial próximo ao bairro Centenårio?

Por que a BM demora tanto para atender os bairros? O municĂ­pio tem alguma alternativa mais rĂĄpida?

 Â‘ Šƒ˜‡”ž …‘Â?•–”—­ Â‘ †‡ Â‰Â—ÂƒÂ”Â‹Â–ÂƒÇĄ Â?ĥ ƒ ‹Â?•–ƒŽƒ­ Â‘ †‘ ’‘Ž‹…‹ƒÂ?‡Â?–‘ …‘Â?—Â?‹–ž”‹‘Ǥ

A Brigada Militar, em perĂ­odos em que ‘• ’‘Ž‹…‹ƒ‹• • Â‘ –”ƒÂ?•ˆ‡”‹†‘• ’ƒ”ƒ ƒ …ƒ’‹–ƒŽ ‘— ’ƒ”ƒ ƒ–—ƒ” Â?ƒ ’‡”ƒ­ Â‘ ‘ŽƤÂ?Š‘ǥ ‡Â?ˆ”‡Â?–ƒ ‘ †‡•ƒƤ‘ †‡ ƒ–—ƒ” …‘Â? ‘ ‡ˆ‡–‹˜‘ reduzido, especialmente, no inĂ­cio de cada ano. Apesar de a segurança ser responsabilidade dos governos federal e Â‡Â•Â–ÂƒÂ†Â—ÂƒÂŽÇĄ ‘ ‘˜‡”Â?‘ †‡ ƒŒ‡ƒ†‘ –”ƒ–ƒ †‘ –‡Â?ƒ …‘Â? ‹Â?–‡”‡••‡ ‡ †‡†‹…ƒ­ Â‘Ǥ ”‹‘— ƒ Secretaria de Trânsito e Segurança PĂşbli…ƒǤ ‘ „ƒ‹””‘  Â‘ Â”Â‹Â•Â–Ă—Â˜ Â‘ •‡”ž —Â? †‘• „‡Â?‡Ƥ…‹ƒ†‘• …‘Â? ƒ …”‹ƒ­ Â‘ †‘ ‘Ž‹…‹ƒmento ComunitĂĄrio.

- SĂŠrgio JosĂŠ de Vargas, …‘Â?‡”…‹ƒÂ?–‡ †‘  ‘ Â”Â‹Â•Â–Ă—Â˜Â Â‘

O que serå feito para que mais policiais atuem no bairro São Cristóvão? A insegurança faz parte da rotina de todos. Farå isso mudar? Acreditamos que o policiamento comu-

TRANSPORTE

- Marlene Schmitt, comerciante do bairro HidrĂĄulica

Qual serĂĄ a ação que a administração tomarĂĄ para deixar o bairro HidrĂĄulica mais seguro? O bairro HidrĂĄulica, segundo dados Â‡Â•Â–ÂƒÂ–Ă€Â•Â–Â‹Â…Â‘Â• †ƒ Â’Â‘ÂŽĂ€Â…Â‹ÂƒÇĄ Â? Â‘ Âą – Â‘ ’”‘„Ž‡Â?žtico no setor quanto outros da cidade. De qualquer forma, com o inĂ­cio do programa policiamento comunitĂĄrio, teremos um efetivo maior para percorrer o bairro. - Vasconcelos Cezin, aposentado do bairro Santo AntĂ´nio

O Ă­ndice de criminalidade no bairro ĂŠ alto. Precisamos de um posto policial aqui. FarĂĄ isso? O bairro Santo AntĂ´nio terĂĄ câmera de videomonitoramento eletrĂ´nico controlado pela Brigada e PolĂ­cia Civil, e policiamento comunitĂĄrio. Em um primeiro momento, entendemos que ĂŠ •—Ƥ…‹‡Â?–‡ ’ƒ”ƒ •‘Ž—…‹‘Â?ƒ” ‘— Â?‹Â?‹Â?Â‹ÂœÂƒÂ”ÇĄ em muito, o problema da criminalidade na comunidade. - Pedro Kremer, pedreiro do bairro Santo AntĂ´nio

Moradores estão preocupados com a violência. Prefeito, o que pode ser feito para aumentar a segurança? O governo trabalha para instalar 22 câmeras de videomonitoramento na årea central, mais os acessos aos bairros e o cercamento eletrônico. E o bairro Santo Antônio serå contemplado com um núcleo do policiamento comunitårio.

HABITAĂ‡ĂƒO

- Lurdes Prado,

- Neidemar Fachinetto,

cabeleireira do bairro Santo AntĂ´nio

promotor de Justiça do bairro Alto do Parque

O que o prefeito farĂĄ para melhorar o transporte pĂşblico do bairro Santo AntĂ´nio para o bairro Montanha? NĂŁo hĂĄ linhas de Ă´nibus que facilitem o acesso ao posto de saĂşde.

Qual a política que o município adotarå sobre o desenvolvimento da habitação popular? O setor imobiliårio constrói moradia apenas para a classe mÊdia e alta e por falta de opçþes as ocupaçþes irregulares aumentaram.

Â? ƒ„”‹Ž †‡ ͜͞Í?Í ÇĄ –‡”Â?‹Â?ƒ ƒ …‘Â?…‡•• Â‘ Â?• ƒ–—ƒ‹• ‡Â?’”‡•ƒ †‡ Ă˜Â?‹„—• †‡ ƒŒ‡ƒ†‘Ǥ ƒ”ƒ ‹Â?’Ž‡Â?‡Â?–ƒ” —Â? Â?‘˜‘ •‹•–‡Â?ÂƒÇĄ ƒ ’”‡ˆ‡‹–—”ƒ ‹Â?‹…‹ƒ ‡•–—†‘• “—‡ †‹ƒ‰Â?‘•–‹…ƒ” Â‘ ƒ †‡Â?ƒÂ?†ƒ Â?‡•–‡ •‡–‘”Ǥ ’וǥ ƒ„”‹”ž Ž‹…‹–ƒ­ Â‘ ’ƒ”ƒ …‘Â?…‡†‡” ‘ •‡”˜‹­Â‘ †‡ –”ƒÂ?•’‘”–‡ …‘Ž‡–‹˜‘ Â? ‡Â?’”‡•ƒ ȋ‘— ‡Â?Â’Â”Â‡Â•ÂƒÂ•ČŒ “—‡ ƒ’”‡•‡Â?–ƒ” ĥ Â?‡ŽŠ‘”‡• ’”‘’‘•–ƒ•Ǥ ‡” Â‘ adotados critĂŠrios de mais linhas, mais Ă´nibus e horĂĄrios, preço da passagem, acessibilidade e comodidade dos Ă´nibus.

Â?…‡””ƒÂ?‘• ‘ ƒÂ?‘ †‡ ͜͞Í?Í&#x; –‡Â?†‘ …‘Â?‘ Â?ƒ”…‘ ‘ ‹Â?À…‹‘ †‘ ’”‘…‡••‘ †‡ …‘Â?•–”—­ Â‘ †‘ Â?ƒ‹‘” ’”‘Œ‡–‘ Šƒ„‹–ƒ…‹‘Â?ƒŽ †ƒ ÂŠÂ‹Â•Â–Ă—Â”Â‹Âƒ †‡ ÂƒÂŒÂ‡ÂƒÂ†Â‘ÇĄ ƒ •‡” ‡š‡…—–ƒ†‘ ’‘” Â?‡‹‘ †‘ ‹Â?Šƒ ÂƒÂ•ÂƒÇĄ ‹Â?Šƒ ‹†ƒǤ Â? †‡œ‡Â?„”‘ǥ …‘Â?–”ƒ–‘ ˆ‘‹ ƒ••‹Â?ƒ†‘ ‡Â?–”‡ ’”‡ˆ‡‹–—”ƒ ‡ ƒ‹šƒ Federal, viabilizando recursos na ordem de R$ 27 milhĂľes. Dois residenciais, Novo ‡Â?’‘ ‡

ÇĄ ‘ˆ‡”‡…‡” Â‘ Í Í Í¤ Â?‘”ƒ†‹ƒ• Â?• ˆƒÂ?Ă€ÂŽÂ‹ÂƒÂ• †‡ „ƒ‹šƒ ”‡Â?Â†ÂƒÇĄ ˜‹Â?†‘ ƒ •‡ •‘Â?ƒ” Â? Â?‘†ƒŽ‹†ƒ†‡ †‡ …‘Â?•–”—­ Â‘ ‡Â? –‡””‡Â?‘ ’”×’”‹‘ǥ “—‡ ’”‡˜² ƒ …‘Â?•–”—­ Â‘ †‡ Â?ƒ‹• …‡Â? moradias.


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SAÚDE - José Valdir, funcionário público do bairro Santo Antônio

Como atrairá mais médicos para atuar no município? Com a escassez Ƥ concorrência das clínicas privadas, que pagam o dobro do salário? O problema é nacional. Na prática, não faltam médicos em Lajeado. Falta ajustar Ǣ Ƥ remunerados de acordo com critérios Ǥ ± Ƥ lhar por salários baixos, mas não é correto que receba valores fora da realidade social brasileira. O ano de 2014 se iniciou com a contratação de quatro novos médicos em Lajeado. Ao contrário do setor privado, no SUS e nos planos de saúde as remunerações são regularizadas e seguem critérios orçamentários. Importante lembrar que o sistema não é feito só de médicos. É pre Ƥ nais. Em Lajeado, do quadro da Secretaria de Saúde, 10% são médicos. - João Batista Crispin, pedreiro do bairro São Campestre

mês. Isso ocorre, inclusive, na rede privada e em planos de saúde. - Kauê R. Bussmann, atendente do bairro Hidráulica

Como o município pode priorizar os atendimentos hospitalares para a população de Lajeado?

longo de 2013, além de 408 cirurgias. Para Porto Alegre conduzimos duas vans por dia. No âmbito municipal, estamos ampliando ações com o HBB, como o mutirão de cirurgias, que atendeu 130 pessoas. Outras 33 cirurgias estão marcadas. - Cláudio Scherer, açougueiro do bairro São Cristóvão

Todo munícipe que precisa de internação hospitalar é atendido. O Hospital Bruno Born tem contrato com o município para atender uma série de serviços. Por isso, pessoas que vêm de fora têm o mesmo direito de serem atendidas. O SUS é universal. Atendimento é feito conforme critérios de urgência e necessidade (equidade). Por outro lado, recursos próprios de Lajeado, destinados ao hospital, são usados para moradores daqui. De qualquer forma, estamos com medidas em andamento para melhorar e ampliar o atendimento no HBB e outros hospitais, quando necessário. Caso do mutirão de cirurgias. - Sirlei Jung,

Qual o prazo mínimo para atendimento nos postos? É normal uma pessoa ter que esperar um mês para o atendimento?

O que pretende fazer para melhorar o atendimento de consultas especializadas via SUS?

Não há prazo nos postos. Temos situações em que há agendamento via telefone, especialmente para idosos, gestantes e crianças. Atendimentos eletivos são marcados. Mas o que ocorre é que, no atendimento com especialista, o serviço é referenciado e, aí, pode demorar em alguns casos. Se uma situação não é considerada urgente, é natural a espera por um

Ƥ pecialidades. É um trabalho que se realiza em conjunto com a Secretaria Estadual de Saúde, já que há especialidades em que Ƥ Ù pelo SUS. Nesses casos, precisamos buscar fora. Por isso muitos casos são resolvidos em Taquari, Canoas e Porto Alegre. Em Taquari realizamos inúmeras consultas ao

comerciante do bairro Centenário

CULTURA

Por que colocaram um toldo no pátio do posto de saúde (do bairro) se o por Ƥ ± ͧ ǫ O problema é que existem depredações em postos de saúde. Experiências anteriores mostram que algumas pessoas entram nos pátios para quebrar vidros, desligar a chave geral da luz e até roubar. Não há como colocar guardas em todos os postos. Temos situações de alarmes que disparam quando há alguma situação anormal e empresa contratada é acionada para intervir. O toldo é colocado para abrigar pessoas que esperam pelo atendimento. De qualquer forma, estamos tomando medidas para que não ocorram Ƥ ǡ ǡ ǡ Ƥ mento. Por isso, uma das iniciativas é o agendamento de procedimentos/consultas eletivas por telefone.

que houvesse dinheiro reservado para resolver esses problemas. No início de 2013 À Ƥ ­ ͢͠͡ Ǥ Ƥ ǡ Ƥ ͜͠ǡ agendada. Temos, ainda, problemas com Ƥ Ǥ dando um mutirão de exames para acabar Ƥ Ǥ com o HBB e o hospital de Arroio do Meio. São valores altos, podendo chegar a R$ 300 mil. - Irizonia dos Passos, aposentada do bairro Campestre

± Ƥ de saúde. O que o prefeito fará para diminuir a espera para marcar uma consulta pelo SUS? Aumentar a capacidade de atendimento dos postos de saúde. Solicitamos ao Ministério da Saúde oito médicos pelo Programa Mais Médicos. Outra, é inaugurar a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em fevereiro. E acabar a cultura de procurar postos para consultas médicas não necessárias, tirando vaga de quem realmente precisa. - Josiel da Silva, técnico em informática do bairro São Cristóvão

- Darci Bermann, aposentado do bairro Campestre

Há muita demora para conseguir exames pelo SUS. Cheguei a esperar um ano. O que o prefeito pretende fazer para diminuir essa espera? Ƥ esperando por exames e cirurgias, sem

Sobre a sede da Unimed, ela ainda será transferida para o bairro? Há algum prazo limite? Esse assunto não depende da administração. É de competência exclusiva da Unimed. De qualquer forma, a cooperativa médica comprou terreno para a construção de um prédio.

ENERGIA ELÉTRICA

- Guilherme Montavani,

- Edimilson Machado,

professor de dança do bairro São Cristóvão

industriário do bairro Florestal

Há um plano de incentivo cultural no município, principalmente para o tradicionalismo?

De que forma a administração municipal pode interceder junto à AES Sul para reduzir as quedas de energia elétrica no bairro?

Todo o ano o governo repassa valores às entidades tradicionalistas. Para 2014, uma professora de danças gauchescas está sendo contratada para ministrar aulas gratuitas. Será o ano da implantação do Projeto Tchê na Escola. Em algumas escolas, ensaios de música e dança gauchescas são realizadas. A partir de março, o trabalho será mais focado, conforme a vontade de cada estabelecimento escolar.

O governo tem mantido contato com concessionárias, independente do setor de atuação, sempre apresentando pleitos da comunidade, inclusive do bairro Florestal junto à AES Sul. Para 2014, vamos continuar trabalhando nesta lógica, para que os lajeadenses sejam bem


JANEIRO DE 2014

OBRAS - Celeci dos Santos, doméstica do bairro Universitário

Quais as obras de infraestrutura que serão realizadas no bairro, em especial na rua Pará? A rua Pará está inserida na lista de ruas a serem pavimentadas em 2014. - Luis Carlos Crispin,

CALÇAMENTO total da avenida, por se tratar de uma obra grande e cara. É normal executar a abertura de bocas de lobo. Lixeiras novas foram instaladas ao longo da rua para se evitar depósito de lixo em sarjetas e bocas de lobo. São paliativos, mas o governo entende que precisará ser feita obra de porte no trecho. Por isso se avalia a possibilidade de encaminhar projeto para uma próxima etapa do PAC.

mecânico do bairro Campestre

Em alguns bairros novos, se vê quadras e centros de esporte e, em bairros antigos, como o Campestre, não temos nenhuma estrutura dessas. Por que aqui não tem? Demandas como essas, normalmente, ocorrem a partir da mobilização da própria comunidade, através de seus moradores ou da associação de moradores do bairro No bairro Campestre, até o momento, vêm sendo executadas obras estruturais, como pavimentação das ruas Rosalina Schneider e João Gustavo Teixeira da Silva e do acesso lateral a ERS-130, bem como a tão aguardada canalização da João Goulart. - Lúcio Rohr, aposentado do bairro Conservas

Toda a semana é desperdiçado dinheiro tapando buracos da rua que beira o rio e vai até Cruzeiro do Sul. O que fará para terminar com isso? A operação tapa-buracos é feita sempre que necessária. Por enquanto, não há previsão para o recapeamento asfáltico

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- Antônio Eliseu da Silva, presidente da comunidade do bairro Santo Antônio

O bairro Santo Antônio tem cerca de seis mil habitantes, porém faltam opções de lazer aos moradores. Está prevista construção de ginásio ou praça no local? Qual as medidas que serão tomadas para aumentar a segurança dos moradores? Existe a possibilidade, para 2014, da conclusão da obra da quadra já existente na parte alta do bairro. Também tramita projeto que contempla uma quadra nova de esportes para a região baixa da comunidade.

- Flávio Schuster, pintor do bairro Conventos

Quando terminarão o calçamento da rua Guilherme Adolfo Nied e melhorarão as outras ruas do bairro? Existem várias outras, consideradas prioridades, a receberem obras de conclusões e de consertos de calçamento na cidade. Quanto ao bairro Conventos, o maquinário esteve no local há algumas semanas, executando melhorias em todas as ruas. - Guilherme Lima, estudante do bairro Florestal

Problemas no asfalto e paradas de ônibus são queixas comuns e importantes. O que farão para melhorar as paradas e o calçamento no município? Pavimentando mais ruas e reformando as que estão calçadas. E 2014 será Ƥ ǡ ± ǡ Ƥ Federal o repasse de R$ 18,5 milhões. E o Floresta será um dos contemplados com o recapeamento da av. Benjamin Constant. Quanto às paradas de ônibus, estamos licitando novos abrigos que estão previstos para recebimento, também, nesse ano que inicia. - Maristela Emmendörfor, comerciante do bairro Montanha

- Fátima Cristine Bündchen,

Quais as ações serão tomadas para melhorar a limpeza e manutenção do calçamento e iluminação pública?

dona de casa do bairro Conservas

Algumas ruas do bairro estão intransitáveis, pretende dar uma atenção para esse problema? O bairro Conservas recebeu maquinário da prefeitura para manutenção das estradas de chão. Também foram executadas melhorias no acesso ao clube de mães e a limpeza da rua principal.

A varrição segue, atendendo centro e bairros. A capina está sendo licitada, pois encerrou o contrato atual. As coletas domiciliar e seletiva estão sendo muito bem executadas, assim como, novidade em 2013, o recebimento de lixo eletrônico e de entulhos verdes. Quanto à iluminação pública, esse é um dos setores mais ágeis da administração, tanto é que, no momento, não há reclamações relacionados a atraso no atendimento. Quando o contribuinte solicita serviço, no mesmo dia é deslocada equipe ao endereço, à exceção em dias de chuva, pois os eletricistas não podem trabalhar com a rede molhada. E sobre calçamento, o setor responsável projeta lista mensal de prioridades.


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EDUCAÇÃO - Carine Campos, farmacêutica no bairro Montanha

Precisamos de mais vagas na Educação Infantil. Há algum projeto para a construção de uma creche na comunidade? Em 2014, pretendemos ampliar o espaço físico para Ƥ Pequeno Cidadão, no Montanha. Importante ressaltar ǡ ȋ͜͟͞͝Ȍǡ ͤ͝ ­ Ǥ À ǡ ͜͞​͜ foram abertas. - Laércio Ullrich, ï

No Jardim do Cedro, há a possibilidade de criação de projetos de atividades no turmo oposto à escola? Parte dos alunos da escola Dom Pedro I recebem ǡ ± ȋ ȌǤ ± Ø À Ǥ Ƥ ­ de projetos para atendimento no contraturno, neste mo ǡ ǡ ­ À ­ Ǥ ǡ ± ǡ ­ Ǥ - Ricardo Uebel,

Qual a proposta do prefeito para incentivo à cultura em Lajeado? ­Ù ² -

Ǥ ­ Ǣ Ǣ × Ǥ ± ± ǡ ͜͞͝͠ǡ ² Ǣ ² ȋ ­Ù ï Ȍǡ ȋ Ȍ ­ Ǥ - Lauri J. Siebeneichler, ±

Quais são as propostas do governo para contri ­ Ƥ ǫ ± ­ Ǧ ȋ Ȍǡ em 2014. Existem parcerias com a rede do Sistema S ǡ Ǥ ǡ ͜͟͞͝ǡ ͥ͜͡ À Ǥ

TRÂNSITO - Lira Maria Weirich, dona de casa do bairro Olarias

Há projetos para melhorar o trânsito na rua Paulo Emílio Diesel? sito da cidade. Aos poucos, estamos Ƥ ǡ Pasqualini. As melhorias na Pasquali ǡ × ǡ ƪ À ± Ǥ ǡ ǡ ï ǡ Ǥ - Alexandre Passos,

- Fabiana C. Guedes,

O que será feito para ocupar as crianças que Ƥ ǫ ço físico existe, o que falta é projeto. ­ ǡ so de atender as crianças que frequentam o Ensino Ǥ ǡ ­ Ǥ Ƥ À ­ À Ǥ ­ ǡ ­ ­ ±Ǧ Ǥ

ǡ

Quais são os critérios do Departamento de Trânsito para a abordagem dos motoristas? aos motoristas que não respeitam ǡ ­ À Ǥ ǡ ǡ excepcional.


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AMBIENTE - Bruno Arnold Scheeren,

- Analice Vasconcelos,

- Marta Flores,

- Pedro Ewald,

agricultor de Carneiros

cabeleireira do bairro Centenário

aposentada do bairro Santo André

sapateiro do bairro Florestal

O esgoto do loteamento Verdes Vales não é canalizado e passa pelas propriedades, gerando mau cheiro. O que pode ser feito para solucionar o problema? A canalização poderá ser solicitada, mas é importante lembrar que em Lajeado não há canalização, em separado, dos esgotos cloacal e pluvial, sendo que nos loteamentos, via de regra, o esgoto é escoado pelo sistema pluvial. Os moradores não poderiam despejar esgoto na rede pluvial. Em atenção ao Plano Municipal de Saneamento Básico, a Corsan realiza projeto de esgotamento cloacal, atendendo, inicialmente os bairros Florestal e Moinhos, onde existe uma estação de tratamento. Outra estação está sendo projetada e a intenção do governo é que reúna uma grande rede, que atenda a toda a população.

Qual a solução para o problema de depósito de lixo irregular no aterro verde municipal?

Como o Executivo poderia melhorar a limpeza urbana e a coleta de lixo no bairro?

Como regularizar os resíduos de empresas que não prestam contas para a Secretaria do Meio Ambiente?

A solução para o aterro verde é a troca de local, já providenciada. Até pouco tempo o material era destinado a uma área no bairro Santo Antônio, que será utilizada para a construção dos residenciais Novo Tempo I e II, pelo Minha Casa, Minha Ǥ Ƥ para receber entulho verde. Assim que o ­ Ƥ ǡ medidas para impedir o acesso de outras pessoas ao local, como ocorria no Santo Antônio, que levaram para lá todo o tipo de lixo.

Quanto à coleta de lixo no bairro, não temos como adicionar dias de recolhimento, pois o bairro recebe o serviço de segundas a sábados. Em relação à limpeza urbana, abrimos licitação para contratar nova empresas para realizar a capina mecânica ǦƤ Ǥ ± o processo, o serviço poderá ser solicitado na Secretaria da Agricultura e Urbanismo. A coleta de lixo transcorre normalmente, ainda que emergencialmente. A licitação foi concluída e o contrato assinado com empresa de Porto Alegre, a Mecanicapina. Falta, apenas, assinar a ordem de serviço.

Pelo licenciamento ambiental dessas empresas. Quando licenciadas, as empresas devem enviar, periodicamente à Secretaria do Meio Ambiente, o relatório de destinação dos resíduos. O governo dispõe de um sistema que avisa prazos de licenciamento, prazos de vencimentos, condicionantes etc que devem ser observados. Quando não observados esses prazos, ­ Ƥ empresas. Senão a única, Lajeado é uma das poucas cidades do Brasil que dispõe desse sistema.

ASFALTO - André Ten Pass,

- Iraci Martins,

- Olávio Augustin,

serviços gerais do bairro Conventos

aposentada do bairro Morro 25

barbeiro do bairro Olarias

Por que algumas ruas têm os asfaltos pagos pelos moradores e outras pela prefeitura?

Quando melhorarão o asfalto na avenida Beira Rio?

Pavimentação paga pela administração, só quando a renda familiar dos moradores for muito pequena (quando se encaixam no Cadastro Único – pessoas carentes). Caso contrário, deve ser pago pelo contribuinte. Na atual gestão, todas as obras obedecem, criteriosamente, a legislação.

Assim que recebermos verbas para a pavimentação dessa avenida, executaremos o serviço. Enquanto isso a solução é a operação tapa-buracos.

Há algum projeto para asfaltar a rua Júlio Romeu Scherer e instalar rótula na rua João Goulart? Existe e é uma obra do PAC, prevista para 2014. Inclusive há interesse mútuo da administração e dos contribuintes pela pavimentação.


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Saúde

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Bandeira do governo, saúde espera avanços Inauguração da UPA e ampliações de postos de saúde são apostas para melhorar o serviço GUSTAVO TOMAZI/ARQUIVO

E

ntre as prioridades apontadas pelo governo, o atendimento em saúde pública também foi um dos assuntos mais abordados pelos moradores de Lajeado no Caderno “50 perguntas essenciais ao prefeito.” Mais médicos foram contratados, houve investimentos para ampliação de postos de saúde, mutirão para cirurgias eletivas, e a UPA, apesar de pronta, segue fechada. ǣ Ƥ fevereiro, conforme a Secretaria Municipal da Saúde (Sesa). Com a unidade, as consultas de menor gravidade no Pronto-Socorro do Hospital Bruno Born (HBB) serão feitas no novo posto no bairro Moinhos D’água. Esse assunto provocou impasse entre HBB e município. A direção da casa de saúde ameaçou não atender os pacientes, que procuram a instituição devido a problemas de saúde sem urgência ou emergência. Depois de muitas reuniões, pror ± Ƥ março, esperando a abertura da UPA. Construída com recursos da União, Estado e município a unidade tem capacidade para atender até 200 pacientes por dia. Ƥ ͜͞͝͞ǡ administrada pela Fundação Hospitalar Getúlio Vargas. Estima-se que 92 servidores atuarão no local. A equipe médica terá oito médicos clínicos e

À ± ² ï ǡ Ƥ

seis pediátricos, 34 técnicos de enfermagem e um farmacêutico. Em fevereiro, o Ministério da Saúde vistoria o prédio. Depois, a unidade deve receber o selo para funcionar Ƥ ǡ mais verbas para custear os serviços. Pelos cálculos da Sesa, do recebimento previsto em R$ 337,5 mil, a UPA

Lajeado passará a ganhar R$ 600 mil mensais, somando recursos dos governos federal e estadual. Para garantir a funcionalidade, restará pouco a ser investido pelos À Ȃ ͊ ͜͝​͜ Ǥ ­ ­ ͜͜͞͝Ǥ ± ͝ǡ͟ dos e custou cerca de R$ 3 milhões.

͝͠ ȋ tos, três pediátricos, dois individuais e três para pacientes em estado grave). As prioridades englobam atendimento pelo SUS e pacientes com doenças Ø ǡ Ƥ na, quando a rede de atenção básica, postos, unidades e Estratégias de Saúde da Família estão fechados.


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ARQUIVO A HORA

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Mais leitos de UTI Para construção de centro de maternidade, unidade pediátrica e ampliação de vagas em UTI, o HBB projeta investimento de R$ 6,4 milhões. Enquanto aguarda aprovação da Secretaria Estadual de Saúde para construção do prédio para abrigar a UTI Pediátrica, o HBB aumenta a oferta de leitos neonatais. Passa de sete vagas, para dez. Em 2013 a UTI Neonatal e Pediátrica atendeu 151 pacientes, com uma média de ocupação de 95,5% por mês. Deste total, 72% das internações foram pelo SUS. Com a obra da pediátrica, a direção

prevê um investimento de R$ 2 milhões. O Estado deve depositar R$ 1,050 milhão para garantir a obra. A unidade terá ampliações no número de leitos. A previsão é começar a construção em fevereiro. O HBB espera duplicar o número de leitos de UTI para adultos. Há possibilidade de ofertar 20 vagas, sendo 16 pelo Ǥ Ƥ do até março. A instituição aguarda também o reajuste nas diárias pagas pelo setor público para pacientes do SUS. Hoje, o repasse é de R$ 486, podendo aumentar para R$ 800.

Pronta desde a metade do ano passado, governo prevê a abertura da UPA para fevereiro

HBB investe e amplia serviços Filas nos postos O modelo de marcação de consultas tem avarias. Com necessi ± ǡ À Ƥ ver os problemas nos locais com mais procura, como nos bairros Conventos, Santo Antônio, Morro 25 e Montanha. A SES pretende reorganizar o modelo de marcação para evitar Ƥ Ǥ ǡ madrugada. Tudo para garantir uma consulta ou renovação da receita médica.

Pacientes que esperam por um transplante de rins têm disponível uma estrutura de tratamento. A equipe multidisciplinar responsável pelo ͜͠ Ƥ Ǥ Médicos, assistentes sociais, técnicos de enfermagem, nutricionistas e auxiliares. No ano passado, houve um investimento de quase R$ 800 mil. Os serviços de hemodiálise, diálise peritoneal

e transplante renal são prestados em uma área de 700 metros quadrados – 282 a mais do que o espaço anterior – e 38 leitos com máquinas de hemodiálise, resultando uma capacidade de atender 152 pacientes. Desde 2011 há avanço no número de transplantes no HBB. Há três anos, cinco pessoas foram operadas. Em 2012 duplicou. No ano seguinte, outras dez pessoas passaram pela cirurgia.




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Segurança ESTEVĂƒO HEISLER/ARQUIVO

‡…‘””‡Â?–‡• ˆ—”–‘• ‡ ”‘—„‘•ǥ Â?‘„‹Ž‹œƒ”ƒÂ? …‘Â?‡”…‹ƒÂ?–‡• †ƒ ”—ƒ ‡Â?–‘ ‘Â?­ÂƒÂŽÂ˜Â‡Â• ƒ …‘„”ƒ” …‹”…—‹–‘ †‡ Â…Â&#x;Â?‡”ƒ• †‡ ˜‹‰‹ŽÂ&#x;Â?…‹ƒǤ Â? ͜͞Í?Í ÇĄ ’ƒ”…‡”‹ƒ Â’Â—Â„ÂŽÂ‹Â…Â‘Č€Â’Â”Â‹Â˜ÂƒÂ†Âƒ ˜‹ƒ„‹Ž‹œƒ ‹Â?•–ƒŽƒ­ Â‘ †‡ ͞͞ ƒ’ƒ”‡ŽŠ‘•

Criminalidade cresce e força projetos de prevenção Destaque à polícia comunitåria e câmeras de vigilância. Enquanto isso, drogadição segue desenfreada e assassinatos em decorrência assustam

Ă?

ndices de assaltos, roubos e homicĂ­dios seguem altos na cidade, apesar de o policiamento apertar a repressĂŁo e conseguir diminuir os nĂşmeros em relação ao ano passado. A pior situação estĂĄ nas ‹Â?‡Ƥ…ƒœ‡• –‡Â?–ƒ–‹˜ƒ• †‡ ‡•–ƒÂ?…ƒ” ƒ disseminação das drogas, assim como os assassinatos decorrentes delas. O controle Ă drogadição se resumiu em periĂłdicos debates, mas pouca ’”ž–‹…ƒǤ Â?ƒ †ƒ• ƒŽ–‡”Â?ƒ–‹˜ƒ• †‹•cutidas com maior intensidade pelo FĂłrum de Combate Ă Drogadição foi a internação compulsĂłria. Mesmo as•‹Â?ÇĄ •‡ ’”‘…—”ƒ —Â?ƒ ‡ˆ‡–‹˜ƒ ƒ­ Â‘ ’ƒ”ƒ …‘Â?„ƒ–‡” ‘ ƒ˜ƒÂ?­Â‘ †‡•‡Â?ˆ”‡ƒ†‘Ǥ ‘”–‡• ”‡Žƒ…‹‘Â?Ġĥ ƒ‘ –”žƤ…‘ ĥsustam. O caso mais recente aconte…‡— Â?ƒ •‡‰—Â?†ƒ “—‹Â?œ‡Â?ƒ †‡•–‡ Â?²Â•Ǥ PatrĂ­cia Dias, 34, foi assassinada na rua General OsĂłrio, no bairro SĂŁo

JosĂŠ. Ela ĂŠ um dos 131 casos registrados em Lajeado desde 2003. ‘” ˜‘Ž–ƒ †ƒ• Í?ÍœÂŠÇĄ —Â? ƒ—–‘Â?Ă—Â˜Â‡ÂŽ branco, com dois homens, parou na frente da casa dela. Um desceu e ao ‹†‡Â?–‹ƤÂ…ÂžÇŚÂŽÂƒ ’—š‘— †—ƒ• ƒ”Â?ĥ ȋ—Â? Â”Â‡Â˜Ă—ÂŽÂ˜Â‡Â” ‡ —Â?ƒ Â’Â‹Â•Â–Â‘ÂŽÂƒČŒ ‡ ˆ‡œ Í?Í? †‹•’ƒ”‘•Ǥ …”‹Â?‡ †‡‹š‘— ƒ ’‘’—Žƒ­ Â‘ Ž‘…ƒŽ com medo. Segundo testemunhas, foi “—‡‹Â?ƒ †‡ ƒ”“—‹˜‘Ǥ ÂƒÂ–Â”Ă€Â…Â‹Âƒ Šƒ˜‹ƒ •‹†‘ ‹Â?†‹…‹ƒ†ƒ †—ƒ• ˜‡œ‡• ’‘” –”žƤ…‘Ǥ No ano passado, a irmĂŁ de PatrĂ­cia, MaraĂ­sa, foi assassinada no mesmo endereço. De acordo com a PolĂ­cia Â‹Â˜Â‹ÂŽÇĄ ƒ Â?ƒ‹‘”‹ƒ †‘• Š‘Â?‹…À†‹‘• ‡Â? ƒŒ‡ƒ†‘ –‡Â? Ž‹‰ƒ­ Â‘ …‘Â? ‘ –”žƤ…‘ †‡ †”‘‰ƒ•Ǥ Â?ƒ †ƒ• ’”‹Â?…‹’ƒ‹• †‹Ƥ…—Ž†ƒdes para chegar aos autores dos crimes ĂŠ a falta de testemunhas.

Atenção especial ”‡…‘””²Â?…‹ƒ †‡ ˆ—”–‘• ‡ ƒ””‘Â?„ƒ-

mentos a estabelecimentos comerciais Â?‘–‹˜ƒ ‘ ‹Â?…”‡Â?‡Â?–‘ †‡ Â’Â‘ÂŽĂ€Â–Â‹Â…ÂƒÂ• Â’ĂŻblicas. Projetos municipais recebem atenção, sob apoio da recĂŠm-criada Secretaria de Segurança PĂşblica. ƒ‹• †‡†‹…ƒ­ Â‘ •‡ ˜‘Ž–ƒ •‘„”‡ ‘ ’”‘‰”ƒÂ?ƒ †‡ ˜‹†‡‘Â?‘Â?‹–‘”ƒÂ?‡Â?–‘ǥ ’ƒ”ƒ ‘ qual a secretaria destinou grande parte da receita: R$ 100 mil. O custo chega ƒ ÍŠ Í ÍœÍœ Â?‹Žǥ ‹Â?…Ž—‹Â?†‘ Â…Â&#x;Â?Â‡Â”ÂƒÂ•ÇĄ Ƥ„”ƒ

Ă—Â’Â–Â‹Â…Âƒ ‡ …‘Â?’—–ƒ†‘”‡• ’ƒ”ƒ ˜‹•—ƒŽ‹œƒ” as imagens. Quanto ao restante do Â˜ÂƒÂŽÂ‘Â”ÇĄ ƒ ‹Â?–‡Â?­ Â‘ Âą …‘„”ƒ” †ƒ• ƒ‰²Â?…‹ƒ• bancĂĄrias da cidade o custeio de, pelo menos, um aparelho cada. Empresas como Certel, Arla e STR, se ofereceram ƒ ƒŒ—†ƒ” Â?‘ ‹Â?˜‡•–‹Â?‡Â?–‘Ǥ ƒ–‹˜‹†ƒ†‡ …‘Â?‡­Â‘— Â?‘ ƤÂ? †‘ primeiro semestre do ano passado, †‡’‘‹• †‡ —Â?ƒ •‡“—²Â?…‹ƒ †‡ …”‹Â?‡•

’‹‘” •‹–—ƒ­ Â‘ ‡•–ž Â?ĥ ‹Â?‡Ƥcazes tentativas de estancar a disseminação das drogas, assim como os assassinatos decorrentes delas.â€?


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contra lojistas da rua Bento Gonçalves. Empresários, moradores e líderes locais cobraram medidas conjuntas para reduzir a insegurança. Ao lado da Brigada Militar (BM) e das classes interessadas, o governo municipal ajudou a planejar o projeto das câmeras. Após encontros e discussões, se chegou a um consenso, em novembro de 2013, sobre as empresas que fariam a instalação da

rede, o modelo da aparelhagem e o custeio da instalação e manutenção. As empresas Olicenter e Lógica Ƥ talar 15 novos aparelhos em pontos estratégicos e modernizar os sete na cidade, totalizando 22 equipamentos. Serão instalados nas principais ruas do Centro. A torre de armaze Ƥ da BM. DIVULGAÇÃO

Poder público promete instituir o policiamento comunitário ainda neste mês

Cinco núcleos policiais

atingem 21 bairros Inédito no Vale do Taquari, Lajeado lança neste mês o Programa de Policiamento Comunitário nos bairros da cidade. O projeto é desenvolvido pela Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP), com apoio do governo municipal. Por meio dele, policiais da BM e PC são treinados para atuar de forma preventiva na criminalidade local. Por parte da BM, são cinco núcleos, cada um com quatro policiais. Agentes passaram Ƥ Ǥ Ƥ ǡ a SSP fornece ao Comando Regional de Policiamento Ostensivo (CRPO) seis viaturas novas para atender ao projeto,

mais equipamentos de uso individual – pistolas, colete à prova de bala, bicicletas e algemas. Os policiais de cada núcleo Ƥ Ǥ posta é integrar os servidores à realidade comunitária. Passarão o dia, conversando com líderes locais, moradores e visitando entidades, além de atender aos casos de repressão. A polícia espera ser incisiva na prevenção de crimes. Como contrapartida, a câmara de vereadores aprovou À ͊ 600 para cada policial. Será um “bônus” além do subsídio que os servidores recebem do governo, para permanecer instalados na região.

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HABITAÇÃO

Construção de 448 moradias diminui déficit habitacional Governo anunciou para este ano a construção de condomínio para 448 moradias populares

A

construção de mais moradias populares em 2014 ² ­ ±Ƥ habitacional do município. Por meio do Minha Casa Minha Vida, 448 apartamentos devem ser construídos neste mês, no bairro Santo Antônio. A obra se soma a outros dois projetos residenciais com conclusão prevista para este ano. Um dos contratos com a Caixa Econômica Federal (CEF) e empresa licitada, ALM Engenharia e Constru­Ù ǡ Ƥ Ƥ ­ ͤ͝ com 16 apartamentos cada, em uma área de 19,58 mil metros quadrados. O investimento chega a R$ 17,2 milhões. O outro contrato estabelece aplicação de R$ 9,6 milhões na construção de dez prédios com 16 apartamentos em cada bloco, num espaço de 13,71 mil metros quadrados. Conforme a secretária de Planejamento, Marta Peixoto, cerca de duas mil pessoas se mudarão para o condomínio. As obras devem estar concluídas em 18 meses. De acordo com o projeto, os apartamentos dos residenciais Novo Tempo e Novo Tempo II têm 50,76 metros quadrados com dois quartos, banheiro, área de serviço, sala e cozinha conjugadas. Cada um terá direito a uma vaga de estacionamento, e os espaços para motos serão distribuídos na área de uso comum. O condomínio terá uma estação de tratamento de esgoto – local para coleta de resíduos sólidos e orgânicos -, quatro quiosques, salão de festa e quadra de futebol de areia. Alguns apartamentos serão planejadas para Ƥ À ǡ ²

GUSTAVO TOMAZI/ARQUIVO

­ ±Ƥ ǡ ± ͝ǡ͡

Ƥ mento. Ana Paula Karpiuk Seibel, 31, aguarda a seleção dos inscritos no projeto Ǥ Ƥ 3 e 7 anos em residência alugada no bairro Universitário. Para ela, pagar R$ 80 representa alívio no orçamento mensal. Hoje, paga R$ 350 de aluguel. Conhece o Santo Antônio e o considera local acessível para morar devido ao itinerário de ônibus e escola disponível no bairro. Em 2013, o município entregou 55 Ǥ ² Ƥ ciamento de cem casas, pelo programa do governo federal, a proprietários

­Ù Ƥ para construir casas. Com as 548 residências, deve redu ͜͠τ ±Ƥ ǡ chega a 1,5 mil casas no município. As mensalidades terão teto de R$ 80, porém a maioria pagará entre R$ 20 e R$ 50 durante dez anos – 5% da renda familiar.

Entregas atrasadas Das 25 casas populares projetadas para serem entregues em março de ͜͟͞͝ǡ Ƥ e uma iniciada. O atraso nas construções se deve a problemas com a empresa contratada para o serviço.

As pendências serão resolvidas na Justiça. O Executivo auxilia famílias com o Ǥ Ƥ delas. O trabalho ocorre em mutirão com ajuda de amigos. A complexidade do serviço necessita mão de obra da Secretaria de Trabalho, Habitação e Assistência Social (Sthas). Segundo a licitação, as 25 casas populares teriam 45 metros quadrados cada, com valor unitário de R$ 39,9 mil. Até 31 de janeiro de 2013, uma casa estava concluída e 19 em obra. Mesmo com o prazo de entrega para o dia 3 de março do ano passado, não havia previsão de entrega por


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parte da empresa Aguiar e Vanderlei Representaçþes. Na ĂŠpoca, um dos sĂłcios atrelou o atraso Ă s condiçþes meteorolĂłgicas, carga horĂĄria dos ’”‘Ƥ••‹‘Â?ÂƒÂ‹Â•ÇĄ ÂˆÂ‡Â”Â‹ÂƒÂ†Â‘Â•ÇĄ ’”‘„Ž‡Â?ĥ com os registros das casas e falta de liberação ambiental para extração de algumas ĂĄrvores.

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O descumprimento do contrato ”‡Â?†‡ Â?—Ž–ƒ †‹ž”‹ƒ †‡ Íœǥ͢Ď„ †‘ ˜ƒŽ‘” total da obra, orçada em cerca de R$ ÍĽÍĽÍœ Â?‹ŽǤ …ƒ•‘ •‡‰—‡ Â?ƒ —•–‹­ÂƒÇĄ ‡ a responsabilidade pelo material, equipamentos e mĂŁo de obra era da empresa estĂĄ dividida entre administração municipal e moradores.

Habitaçþes irregulares Moradores de ĂĄreas de risco resistem em deixar as residĂŞncias sujeitas a alagamentos. Argumentam a proximidade do centro como motivo para permanecerem. Por outro lado, residentes em ĂĄreas de risco tĂŞm prioridade no Minha Casa Minha Vida. De acordo com o Serviço GeolĂłgico do Brasil (CRPM), sĂŁo 3.324 habitantes de 831 casas sujeitos a desmoronamentos e enchentes. Exemplo do programa habitacional ĂŠ a construção dos blocos do Novo Tempo I e II no bairro Santo AntĂ´nio. O Executivo pretende avaliar outras ĂĄreas com condiçþes de receberem empreendimentos semelhantes. No ƤÂ? †‡ ƒ‰‘•–‘ †‡ ͜͞Í?Í&#x;ÇĄ ƒŒ‡ƒ†‘ ˆ‘‹ ƒ cidade mais atingida pelas cheias que

desabrigaram mais de cem famĂ­lias. O municĂ­pio mapeia as ĂĄreas com possibilidade de deslizamentos e enchentes. As secretarias de Trabalho, Habitação e AssistĂŞncia Social (Sthas) e Planejamento (Seplan) orientam moradores a evitar construçþes nestes locais. Informaçþes do Executivo ƒƤ”Â?ƒÂ? ƒ ’”‘‹„‹­ Â‘ †‡ …‘Â?•–”—‹” moradias abaixo da cota de 24 metros. A partir desse nĂşmero, depĂłsitos de alimentos nĂŁo perecĂ­veis e garagens podem, apenas se as residĂŞncias estiverem acima de 27 metros. A partir da implantação do sistema de geoprocessamento – medição e a caracterização de terrenos –, a Seplan poderĂĄ controlar os tipos de construçþes irregulares e desautorizadas.

Apesar de condenadas pela Defesa Civil, moradias em ĂĄreas de risco continuam habitadas

à reas de lazer e manutençþes Espaços para lazer foram implantados. Desde o ano passado, o bairro Conservas tem uma praça com brinquedos, campinho de futebol, bancos e churrasqueira. Academias ao ar livre integram as açþes do município. Uma delas se localiza no bairro Alto do Parque.

A outra estĂĄ em fase de conclusĂŁo no SĂŁo CristĂłvĂŁo. Para este ano, o Executivo pretende instalar equipamentos equivalentes a dez academias nos „ƒ‹””‘•Ǥ ‹Â?…‘ ‡•– Â‘ †‡ƤÂ?‹†‘•ǣ Moinhos, Montanha, Imigrante, Santo AntĂ´nio e Conservas.



Educação

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Município amplia ofertas de qualificação Entre as mudanças, Lajeado oferece curso de Medicina e creches abrem nas fÊrias

C

aracterizada pela diversidade de opçþes na ĂĄrea educacional, a cidade amplia o leque de ofertas ‡Â? “—ƒŽ‹Ƥ …ƒ­ Â‘ ’”‘Ƥ ••‹‘Â?ƒŽ ‡ ƒ–‡Â?ÇŚ dimento pĂşblico. Projetos discutidos hĂĄ anos pela comunidade lajeadense se concretizam e começam a operar. Em destaque, o curso de Medicina, da Univates, a abertura de creches nas fĂŠrias e o inĂ­cio da Escola TĂŠcnica Federal. Uma das mudanças mais comemoradas ĂŠ a abertura de 25 vagas por semestre para estudantes que buscam a carreira mĂŠdica. Nos primeiros dias †‡ ‹Â?•…”‹­ Â‘ÇĄ …‡Â?–‡Â?ĥ †‡ …ƒÂ?†‹†ƒ–‘• …‘Â?Ƥ ”Â?ƒ”ƒÂ? Â?ÂƒÂ–Â”Ă€Â…Â—ÂŽÂƒǤ ‹Â?‹…‹ƒ–‹˜ƒ promete alterar o quadro de municĂ­pios do Vale, onde quase a totalidade dos governos pena para conseguir ’”‘Ƥ ••‹‘Â?ƒ‹• ’ƒ”ƒ ƒ–‡Â?†‡” Â?‘• ’‘•–‘• de saĂşde. O curso terĂĄ 9.380 horas-aula, divi†‹†ƒ• ‡Â? •‡‹• ƒÂ?‘•Ǥ ƒ”–‡ †ƒ ˆ‘”Â?ƒ­ Â‘ serĂĄ feita nos hospitais de Estrela e Lajeado, tambĂŠm na rede pĂşblica de Â•ÂƒĂŻÂ†Â‡ †‘• Â?—Â?‹…À’‹‘•Ǥ Â?‹˜ƒ–‡• –‡Â?–ƒ˜ƒ †‡•†‡ ͜͞Í?Í? ƒ Šƒ„‹Ž‹–ƒ­ Â‘ ’ƒ”ƒ ‘ˆ‡”‡…‡” ƒ ˆ‘”Â?ƒ­ Â‘Ǥ Lajeado passa a ser a nona cidade gaĂşcha a oferecer o curso. O investimento previsto pela Univates, para os prĂłximos trĂŞs anos, ĂŠ de R$ 5 milhĂľes. Dinheiro destinado Ă estrutu”ƒ­ Â‘ †‡ ÂƒÂ–Âą ͜͞ Â?‘˜‘• ‡•’ƒ­Â‘• ’ƒ”ƒ ‘ aprendizado das especialidades mĂŠdicas, como a pediatria e geriatria. O cĂĄlculo de vagas disponĂ­veis (50 por ano) para estudantes foi baseado no nĂşmero de leitos disponibilizados ’‡Ž‘ Â?ƒ ”‡‰‹ Â‘Ǥ ÂŽÂąÂ? †ƒ ‡†‹…‹Â?ÂƒÇĄ ƒ Â?‹˜ƒ–‡• ganhou manchete estadual ao atingir grandes pontuaçþes no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes em 2012 (Enade). TrĂŞs cursos – Psicologia, ‡•‹‰Â? ‡ ‹²Â?…‹ƒ• ‘Â?–ž„‡‹• Č‚ ‡•– Â‘ entre os 5,4% com nota mĂĄxima (5) Â?‘ ”ƒ•‹ŽǤ ”‡œ‡ …—”•‘• †ƒ ‹Â?•–‹–—‹­ Â‘ foram avaliados no exame. Todos receberam notas consideradas aceitĂĄveis – acima de trĂŞs. Esse ĂŠ o melhor

FILIPE FALEIRO/ARQUIVO

‘Â?•–”—­ Â‘ †‘ ’”¹†‹‘ †ƒ •…‘Žƒ ¹…Â?‹…ƒ Â‡Â†Â‡Â”ÂƒÂŽÇĄ Â?‘ „ƒ‹””‘ ÂŽÂƒÂ”Â‹ÂƒÂ•ÇĄ †‡˜‡ •‡” …‘Â?Â…ÂŽÂ—Ă€Â†Âƒ Â?‘ •‡‰—Â?†‘ •‡Â?‡•–”‡ †‡ ͜͞Í?Í Ç¤ ‡” Â‘ ƒ–‡Â?†‹†‘• Í?ÇĄÍž Â?‹Ž ƒŽ—Â?‘•

resultado obtido pela Univates desde a …”‹ƒ­ Â‘ †‘ Â?ÂƒÂ†Â‡ÇĄ ‡Â? ÍžÍœÍœÍ Ç¤

Creches abertas o ano inteiro ’‡•ƒ” †‡ ’”‘Â?॥ĥ †ƒ ĠÂ?‹Â?‹•nj –”ƒ­ Â‘ Â?—Â?Â‹Â…Â‹Â’ÂƒÂŽÇĄ †‡ …‘Â?•–”—‹” Â?‘˜ƒ• ‡•…‘Žƒ• Â?ƒ Â…Â‹Â†ÂƒÂ†Â‡ÇĄ Â? Â‘ Â•ÂƒĂ€Â”Â‡Â? †‘ papel, pais comemoram avanços no setor pĂşblico. Principal novidade ĂŠ a abertura das creches durante o ano inteiro, propiciando local para familiares deixarem as crianças enquanto trabalham.

Aprovação do Curso de Medicina na Univates foi o principal avanço de 2013.â€?

De acordo com o municĂ­pio, um rodĂ­zio de funcionamento ĂŠ feito entre as 23 escolas. Enquanto parte estĂĄ em Â?ƒÂ?—–‡Â?­ Â‘ ‡ Ž‹Â?Â’Â‡ÂœÂƒÇĄ ‘—–”ƒ• ”‡…‡nj „‡Â? ƒŽ—Â?‘• ‡ ’”‘Ƥ ••‹‘Â?ƒ‹• ’ƒ”ƒ ƒ–‡Â?ÇŚ der a demanda. O modelo começou a operar neste ano. Desde janeiro, pesquisas foram

ˆ‡‹–ƒ• Œ—Â?–‘ Â?• ‡•…‘Žƒ• †‡ †—…ƒ­ Â‘

Â?ˆƒÂ?–‹Ž ’ƒ”ƒ ˜‡”‹Ƥ …ƒ” ƒ †‡Â?ƒÂ?†ƒ †‘ serviço no perĂ­odo. Nela foi consta–ƒ†‘ —Â?ƒ ”‡†—­ Â‘ †‡ ƒŽ—Â?‘• †‡˜‹†‘ Â? ˜‹ƒ‰‡Â?• †ƒ• ˆƒÂ?Ă€ÂŽÂ‹ÂƒÂ•Ǥ †—…ƒ­ Â‘ Infantil de Lajeado tem 2,5 mil alunos matriculados. Todos com idades entre 4 meses e 5 anos e 11 meses.

IFSul prevĂŞ curso para julho ‡•Â?‘ •‡Â? ‘ ’”¹†‹‘ †‘ Â?•–‹–—–‘ ‡†‡”ƒŽ †‡ †—…ƒ­ Â‘ÇĄ ‹²Â?…‹ƒ ‡ ‡…nj Â?‘Ž‘‰‹ƒ —Žnj ‹‘nj ”ƒÂ?†‡Â?•‡ Č‹ Â—ÂŽČŒ ‡•–ƒ” …‘Â?…Ž—À†‘ǥ ‘ …—”•‘ †‡ ‡•– Â‘ †‡ NegĂłcios pode começar em julho. ‹Â?•–‹–—–‘ ‡ ƒ ‡…”‡–ƒ”‹ƒ †‡ †—…ƒ­ Â‘ †‡ ƒŒ‡ƒ†‘ Â?‡‰‘…‹ƒÂ? ‘ —•‘ †‡ ƒŽ‰—Â?ĥ •ƒŽƒ• Â?ƒ ‡•…‘Žƒ ƒÂ?’‡•–”‡Ǥ ‡” Â‘ ͜͞ ˜ƒ‰ƒ•Ǥ Ž‹„‡”‘— Â“Â—ÂƒÇŚ –”‘ †‘…‡Â?–‡• ‡Â? †‡œ‡Â?„”‘ ’ƒ”ƒ ‘ ‹Â?À…‹‘ †ƒ• ƒ–‹˜‹†ƒ†‡• Â?ƒ ”‡‰‹ Â‘Ǥ • ‘„”ƒ• †ƒ •‡†‡ †‘ —Ž …‘Â?‡­ÂƒÂ”ƒÂ? ‡Â? †‡œ‡Â?„”‘Ǥ ‡Â?’”‡•ƒ …‘Â?–”ƒ–ƒ†ƒ –”ƒ„ƒŽŠƒ Â?ƒ ˆ—Â?†ƒ­ Â‘ †‘ ’”¹†‹‘Ǥ ƒ ’”‹Â?‡‹”ƒ Â‡Â–ÂƒÂ’ÂƒÇĄ ‘ …—•–‘ …Š‡‰ƒ ƒ ÍŠ Í&#x;ÇĄÍŁ Â?‹ŽŠ Â‘ÇĄ …‘Â?–‡Â?’ŽƒÂ?†‘ ‘„”ƒ• ‡Â? †‘‹• Â?‹Ž Â?‡–”‘• Â“Â—ÂƒÂ†Â”ÂƒÇŚ †‘•ǥ “—‡ ƒ„”‹‰ƒ” Â‘ ‘ ÂƒÂ—Â†Â‹Â–Ă—Â”Â‹Â‘ÇĄ ’”¹†‹‘ ĠÂ?‹Â?‹•–”ƒ–‹˜‘ Â?—Ž–‹ˆ—Â?…‹‘Â?ƒŽ ‡ •ƒŽƒ• †‡ ƒ—ŽƒǤ ’”‡˜‹• Â‘ Âą †‡ –‡”Â?‹Â?ƒ” ƒ …‘Â?•–”—­ Â‘ ‡Â? ‘—–—„”‘Ǥ O câmpus Lajeado do IFSul terĂĄ investimento de R$ 10 milhĂľes. Os ”‡…—”•‘• • Â‘ ˆ‡†‡”ƒ‹•Ǥ …‘Â?–”ƒ’ƒ”–‹†ƒ †‘ Â?—Â?‹…À’‹‘ ˆ‘‹ ƒ †‘ƒ­ Â‘ †‘ –‡””‡Â?‘ǥ ‡Â?–”‡‰—‡ ƒ‘ ‹Â?•–‹–—–‘ ‡Â? ÂˆÂ‡Â˜Â‡Â”Â‡Â‹Â”Â‘ÇĄ ‡ ƒ ’”‡’ƒ”ƒ­ Â‘ †‘ •‘Ž‘Ǥ ‡•…‘Žƒ –¹…Â?‹…ƒ ˆ‡†‡”ƒŽ Â?ƒ ”‡‰‹ Â‘ –‡”ž —Â?ƒ ž”‡ƒ –‘–ƒŽ …‘Â? Â?ƒ‹• †‡ ‘‹–‘ mil metros quadrados. O câmpus no bairro Olarias terĂĄ capacidade de atender atĂŠ 1,2 mil alunos.


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Planejamento

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Planejar a cidade é o grande desafio Lajeado chega aos 123 anos sem um planejamento a longo prazo. Discussão começou em 2013

A

falta de planejamento perdura há anos. Transporte público, saneamento básico, Plano Diretor defasado e projetos que teimam em não sair do papel são assuntos recorrentes. No ano passado, houve Ƥ áreas. Mas a escassez de investimentos e ações trava o progresso. Os pontos predominantes envolvem mobilidade urbana e saneamento básico. Mas há reclamações também na área da construção civil. A demora na liberação de novas obras Ƥ Ƥ Ǥ Na área da mobilidade urbana, apesar da resolução em problemas herdados da gestão passada, houve polêmica. Os gargalos do trânsito perduram. Mudanças no entroncamento das avenidas Alberto Pasqualini e Benjamin Constant são aplaudidas. No entanto as alterações em outro trecho da Pasqualini em direção à Univates não foram concretizadas e já geram dúvidas entre moradores. O governo não resolveu a questão das ciclofaixas. Decisões de retirar as pistas para ciclistas em alguns pontos e, em outros, transformá-las em estacionamento geraram discórdias e manifestações por parte dos usuários. Até agora, apesar de aprovadas pelo

GUSTAVO TOMAZI/ARQUIVO

A polêmica das ciclofaixas, instaladas sem planejamento por quase R$ 1 milhão em 2012, é exemplo recente da falta de planos duradouros

Legislativo e Conselho Municipal de Trânsito, as mudanças não ocorreram. ­ Ƥcar o serviço de transporte coletivo Ǥ Ƥ com o Ministério Público (MP), que previa lançamento do edital até 15 de janeiro passado, a administração municipal anuncia para depois de setembro o processo licitatório. Até lá, passageiros seguem enfrentando problemas de desconforto, itinerá-

rios limitados e falta de investimento nas frotas de ônibus. O estacionamento público é outro impasse. O Executivo encerrou o polêmico convênio entre prefeitura e Uambla. Além da regularização da lei, o processo licitatório também já foi lançado. Todo o edital foi produzido após análises e visitas a diversas empresas do ramo. Outras mudanças desagradaram a grupos de empresários e constru-

tores. Cobrança de 50% do valor da vaga onde houver bretes com tapumes, e proibição do estacionamento no trecho da av. Alberto Pasqualini entre o trevo da BR-386 e a entrada da Univates são questionadas. Mesmo assim, Executivo mantém convicção nas decisões. Como contrapartida pela retirada de vagas, houve a construção de um espaço público para estacionamento na Av. Décio Martins Costa, área central.


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Saneamento básico

a passos lentos A morosidade dos investimentos da Corsan persiste. Obras inacabadas e buracos nas ruas comprovam a falta de planejamento da estatal. Construção da nova rede coletora de esgoto nos bairros Moinhos e Florestal atrasa. O prazo para o término encerrou e inexiste previsão concreta. Onde já existe a rede, a maioria dos proprietários das residências atendidas teima em não se interligar com a ETE. Não há lei que os obrigue. Em outros pontos da cidade, como nos bairros Jardim do Cedro e Morro 25, por exemplo, os recorrentes cortes na distribuição de água perduram pela escassez dos investimentos. Promessas se acumulam há anos. Para este ano, novamente, a estatal anuncia construção de novos reservatórios e bombas injetoras. Mesmo com apresentação do Plano de Saneamento Básico, o tratamento e recolhimento do lixo urbano ainda preocupam. A construção da nova célula (local onde o lixo é depositado) do aterro sanitário – que iniciou em

2011 – segue inacabada. Atrasos em licitação acabaram saturando o espaço existente. Há risco constante a saúde pública dos funcionários que trabalham no aterro. Acidentes de trabalho são recorrentes na área onde é separado o lixo seletivo. No ano passado, dois trabalhadores sofreram lesões. O Executivo anuncia para fevereiro a inauguração da nova célula. Prevê mudanças no serviço dos catadores com o incremento de maquinários modernos. A falta de planejamento tumultuou o recolhimento de lixo na cidade. Em março do ano passado, a pressa para contratar de forma emergencial uma empresa de Porto Alegre gerou manifestação do MP. Desde então, a administração precisou refazer editais após apontamentos do Tribunal de Contas do Estado (TCE), e, quando o Ƥ ǡ ± na cobrança pelo número de funcionários. Até hoje perdura o contrato sem licitação.

Boas notícias A participação comunitária e da Univates no desenvolvimento de projetos urbanos nos últimos anos é um alento para a escassez de planejamento. São vários bons exemplos. Para a orla do Rio Taquari, se acumulam propostas para reaproveitamento do local. Marinas, canchas de esporte, construção de pousadas e restaurantes são sugestões. Apesar da empolgação popular com a proposta, ela está distante de acontecer. O projeto independe da vontade do poder público. Depende também da iniciativa privada, e, até o momento, há pouco interesse. Um grupo de estudantes de Arquitetura da Univates promete analisar a ideia dentro de outro estudo de mobilidade urbana para aquela região, Outra proposta é a recuperação do centro histórico de Lajeado. Um projeto elaborado por um comitê comunitário. Ao completar 123 anos, inexistem incentivos para que proprietários de casas antigas - que integram o inventário cultural do município - mantenham os prédios em boas condições. Uma das casas mais emblemáticas, localizada na Av. Osvaldo Aranha, na beira do rio, foi invadida por drogados. No ano passado, a residência que já pertenceu a Bruno Born foi parcialmente incendiada. Ao longo dos anos, houve diversas propostas para movimentar o local. Museus, exposições, teatros.

A participação comunitária e da Univates no desenvolvimento de projetos urbanos nos últimos anos é um alento.

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Diversidade

Antiga vila se transforma em

cidade cosmopolita A expansão industrial, o fortalecimento da Univates e as possibilidades de negócios modificam a sociedade local. Da vila formada por açorianos, passando pela colônia germânica, a chegada dos imigrantes modifica o espaço urbano. Novas culturas somam-se às tradições existentes, agregando conhecimentos.

O

crescimento de Lajeado atrai moradores de outras cidades, estados e países. Estima-se que por ano, mil pessoas se mudem para o município. A maioria vem para trabalhar ou Ǥ Ƥcam a cultura local. Há pouco mais de duas décadas, as principais atividades tinham ligações com descendentes europeus. Os laços com os ancestrais germânicos se sobressaem. Estão nos bailes de Kerb, nos grupos de danças folclóricas, nos sobrenomes, na gastronomia, e nas esquinas, as placas com os nomes das ruas. No dialeto falado por muitos netos e bisnetos dos imigrantes que colonizaram a região. Também com a cultura tradicionalista, difundida pelos Centros de Tradições Gaúchas (CTGs) e piquetes reforçam a identidade cultural do município. Diante do desenvolvimento econômico, apesar da preponderância alemã, a interferência de outros grupos étnicos provoca um choque cultural. A cidade se urbanizou. Deixou o caráter rural, do estereótipo do colono germânico, com a enxada e o arado, e passou a agregar diferentes atores sociais. Lajeado de hoje contém miscigenação de etnias, raças, credos e nacionalidades. Na história da cidade que completa 123 anos, os traços da mudança de Ƥ ­ território. Lajeado passou de 1,1 mil quilômetros quadrados para 90,4. Na década de 40, menos de 10% da população vivia em área urbana. Dez anos depois, a população aumentou 1,6%, enquanto que o número de pessoas que migraram à cidade cresceu 3,6%. Ƥ Ǥ cada década, em média, 5% da população passou a viver na cidade, deixando

GUSTAVO TOMAZI/ARQUIVO

Em setembro e outubro, Lajeado sediou a 4ª Conferência Estadual de Cultura. Foi a primeira vez que um município do interior recebeu o evento

À Ǥ ± Ƥ década de 70, Lajeado tinha 68 mil habitantes. Desse total, 23 mil na área urbana. No período, mais de 30% da população deixou o campo. Na publicação “Lajeado e sua Identidade Cultural” (disponível em http:// issuu.com/secultur/docs/lajeado_e_ sua_identidade_cultural), os historiadores André Luiz Bressan Buosi e João Timótheo Esmerio Machado, pesquisaram as mudanças culturais da cidade ao longo dos anos. Co-autor do estudo, Machado percebe que o sentimento de parte dos moradores permanece vinculado à descendência europeia. Lajeado de hoje há umas 15 etnias diferentes. Índios, descendentes italianos, germânicos, portugueses, somados aos outros imigrantes. Nas ruas, são vistos orientais, europeus

e mais recentemente haitianos. Segundo Machado, apesar da força do grupo germânico, essa transformação do espaço público provoca um choque cultural. Ainda que haja pre-

A cidade se urbanizou. Deixou o caráter rural, do estereótipo do colono germânico, com a enxada e o arado, e passou a agregar diferentes atores sociais.”

conceito, acredita que aos poucos essas barreiras tendem a ser rompidas. “Em comparação com anos anteriores, já houve uma redução. Agora há grupos distintos, com mais espaço para exercer suas atividades.” Diante dos problemas contemporâneos (a violência, o trânsito intenso, a rotina do trabalho) os traços provincianos são esquecidos aos poucos. Desde o mais simples, o chimarrão sentado em frente de casa, o conver Ƥ supermercado, somem perante as exigências da cidade moderna. Para o historiador, Lajeado vive um processo de “metropolização”. Com essa realidade cosmopolita vivenciada no município, os pesquisadores concluíram que a cidade tem aptidão para receber as pessoas.


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NATHĂ LIA BRAGA

Dificuldade na comunicação AlĂŠm do dialeto germânico falado por alguns e pela lĂ­ngua portuguesa, poucos conseguem se comunicar pelo inglĂŞs ou espanhol. Conforme o reitor da Univates, Ney Lazzari, esse quadro †‹Ƥ …—Ž–ƒ ƒ ‹Â?…Ž—• Â‘ †‘• ‡•–”ƒÂ?‰‡‹”‘• na sociedade. No quadro de professores, hĂĄ docentes de lĂ­ngua espanhola. Mesmo com a similaridade, houve estranheza nos primeiros semestres de aulas. AlĂŠm dos educadores, os programas de intercâmbio atraem estudantes de outros paĂ­ses. No ano passado, Luz Dary Caicedo Caviedes, 45, de BogotĂĄ, capital da ColĂ´mbia, veio estudar um semestre em Lajeado. Escolheu o Brasil para aprender um pouco de portuguĂŞs. Nas ’”‹Â?‡‹”ƒ• ÂƒÂ—ÂŽÂƒÂ•ÇĄ •‡Â?–‹— †‹Ƥ …—Ž†ƒ†‡•Ǥ Dz ‡Â?•‡‹ “—‡ •‡”‹ƒ ÂˆÂžÂ…Â‹ÂŽÇĄ Â?ĥ Â? Â‘ ˆ‘‹ – Â‘ simples assim.â€? Luz salienta a receptividade que encontrou em Lajeado. “Todos foram muito amĂĄveis, me acolhe”ƒÂ? Â?—‹–‘ „‡Â?Ǥdz ”‡Žƒ­ Â‘ …‘Â? ‘ trabalho surpreendeu a colombiana. Segundo ela, as pessoas aqui dedicam muito tempo Ă s atividades ’”‘Ƥ ••‹‘Â?ƒ‹•Ǥ Dz ‘„”ƒ ’‘—…‘ –‡Â?’‘ para o lazer. Na ColĂ´mbia, as pessoas trabalham menos.â€? Ela voltou Ă cidade natal em dezembro com

muitas histĂłrias para contar. O belga Brice Prignon, 27, abriu um bistrĂ´ em Lajeado. Em 2010 conheceu Elisa Soares Prignon, 28, durante uma viagem para Buenos Aires. Casados desde 2012, vivem em Lajeado desde julho passado. Em funcionamento hĂĄ seis meses, o empreendimento oferece pratos tĂ­picos europeus. O cozinheiro aprendeu com os pais. Trouxe ao municĂ­pio a gastronomia francesa e belga. Cervejas importadas tambĂŠm integram o cardĂĄpio. Arranha algumas frases em portuguĂŞs. TĂ­mido, tenta o dialogar com os clientes. Dentre as diferenças entre o povo de Lajeado e Namur, salienta o costume de sair tarde para jantar e se divertir. Relembra hĂĄbitos da cidade natal e conta que lĂĄ ĂŠ comum sair do expediente de trabalho e ir direto aos bares para alguns momentos de entretenimento. Gosta de viver na cidade e considera Lajeado um lugar tranquilo. …‘•–—Â?ƒ†‘ …‘Â? ‘ ’‡”Ƥ ÂŽ Š‹•–×”‹…‘ †‡ Namur, com diversos teatros e cinemas, observa poucas opçþes culturais. Acredita que crescimento do municĂ­pio motive lajeadenses a frequentar o bistrĂ´. “Procuram alternativas diferentes. Ao meio-dia sempre hĂĄ movimento intenso.â€? O trabalho consome

Receptividade motiva permanĂŞncia ŽƒÂ? ƒÂ?‹‡Ž ‹ƒÂ?’‹‡–”‘ Â‘Â†Â”Â‹Â‰Â—Â‡ÂœÇĄ Íž͢ǥ Ƥ š‘—nj•‡ ‡Â? Lajeado hĂĄ oito anos. É natural de MontevidĂŠu, no Uruguai. De inĂ­cio, morou por quatro anos com o pai, em Colinas. A diversidade de lazer e comĂŠrcio o atraiu para se mudar. “Lajeado tem tudo: cafĂŠs, academias, mercados e livrarias.â€? Saiu do paĂ­s de origem sem planos, apenas com vontade de crescer. Com a vivĂŞncia no Brasil aprendeu a ser persis–‡Â?–‡Ǥ ‘Â?•–”׋ ƒ ˜‹†ƒ ‡Â? ƒŒ‡ƒ†‘ ‡ Â? Â‘ ’‡Â?•ƒ ‡Â? †‡‹šƒ” ƒ cidade. Segundo ele, o destino ĂŠ incerto, mas a proximidade do Uruguai o tranquiliza. Em poucas horas de viagem ĂŠ possĂ­vel amenizar a saudade dos familiares. ‘• ’”‹Â?‡‹”‘• Â?‡•‡• •‡Â?–‹— †‹Ƥ …—Ž†ƒ†‡• ‡ ˜‘Â?–ƒ†‡ de retornar ao Uruguai. Com o tempo se adaptou aos costumes locais e melhorou o portuguĂŞs. “Ainda tenho sotaque, ĂŠ mais fĂĄcil entender o idioma do que alguĂŠm me entenderâ€?, brinca. Considera ampla a oferta empreÂ‰ÂƒÂ–Ă€Â…Â‹ÂƒǤ –—ƒ …‘Â?‘ ”‡–‹Ƥ …ƒ†‘” †‡ Â?‘–‘”‡• ‡ ’‡”…‡„‡ ƒ necessidade de se comunicar melhor.

Brice trouxe para Lajeado cervejas belgas, consideradas as melhores do mundo

maior parte do tempo dos Prignon. Por morar em espaço anexo Ă empresa, o casal costuma sair pouco a outros lugares. Segundo ele, existem apenas trĂŞs horas de descanso Ă tarde. ‹ƒ‰‡Â?• •‡Â?’”‡ Ƥ œ‡”ƒÂ? ’ƒ”–‡ †ƒ vida do belga. No Brasil, conhece Santa Catarina, Rio de Janeiro e Mato Grosso do Sul. TambĂŠm jĂĄ esteve no Peru, Argentina, Uruguai e Estados Â?ܠԥǤ ‘” ‡Â?“—ƒÂ?–‘ǥ ‘• ’ŽƒÂ?‘• • Â‘ continuar em Lajeado.

Google como professor O haitiano Jean Benotti Claude Paul veio para Lajeado trabalhar na …‘Â?•–”—­ Â‘ …‹˜‹ŽǤ ƒŽƒÂ?†‘ ‘ …”‹‘—Ž‘ǥ ‹Â?‰Ž²Â• ‡ ˆ”ƒÂ?Â…²Â•ÇĄ –‡˜‡ Â?—‹–ƒ †‹Ƥ Â…Â—ÂŽÂ†ÂƒÇŚ

de em conseguir se integrar. Sozinho, começou a estudar portuguĂŞs. Pela internet, a ferramenta de idiomas do Google foi o professor. Pesquisava as expressĂľes, formulava frases e traduœ‹ƒ ’ƒ”ƒ ÂŽĂ€Â?‰—ƒ Â? Â‡ †‘• „”ƒ•‹Ž‡‹”‘•Ǥ Dessa forma, hoje consegue entender e conversar. Isso melhorou a ”‡Žƒ­ Â‘ †‡Ž‡ Â?‘ ƒÂ?„‹‡Â?–‡ †‡ –”ƒ„ƒŽŠ‘ e lhe transformou em um intĂŠrprete para os outros haitianos. Com o salĂĄrio de servente, consegue ajudar a famĂ­lia. Envia R$ 400 por mĂŞs. ’‡•ƒ” †ƒ• †‹Ƥ …—Ž†ƒ†‡• †‡ …‘Â?—Â?Â‹Â…ÂƒÇŚ ­ Â‘ÇĄ ‡Â?…ƒ”ƒ ‘ †‡•ƒƤ ‘ †‡ –”ƒ„ƒŽŠƒ” Â?‘ Brasil como uma oportunidade Ăşnica. “Quero continuar aqui. Viver, trabalhar e aprender.â€?

Tempero chinĂŞs no Vale do Taquari RODRIGO MARTINI

A chinesa Cynthia Wu chegou a pouco mais de um ano a Lajeado. Ainda estraÂ?ŠƒÂ?†‘ ƒ ”‡Žƒ­ Â‘ ˆƒÂ?‹Ž‹ƒ” †‘• Â„Â”ÂƒÂ•Â‹ÂŽÂ‡Â‹Â”Â‘Â•ÇĄ ‡Žƒ ‡Â?ƒŽ–‡…‡ ƒ ˆƒŽ–ƒ †‡ ’‘Ž—‹­ Â‘Ǥ Dz ƒ Š‹Â?ƒ Â? Â‘ ‡Â?š‡”‰ƒÂ?‘• ÂƒÂ”Â…Â‘ÇŚĂ€Â”Â‹Â•ÇĄ Â’Ă˜Â”ÇŚÂ†Â‘ÇŚÂ•Â‘ÂŽǤ “—‹ eu vejo que o cĂŠu ĂŠ azul.â€? Ela ĂŠ casada com ‘ ŽƒŒ‡ƒ†‡Â?•‡ǥ ƒÂ?—‡Ž ‡”Â?ƒÂ?†‡•Ǥ Â?„‘• se conhecerem na ĂĄsia, em um restaurante onde ele trabalhava. Ela atua na ĂĄrea de exportaçþes. Pretende abrir um escritĂłrio em Lajeado para enviar carne para a China. PĂŠ de galinha e partes †‘ ’‘”…‘ ’‘—…‘ ƒ’”‡…‹ƒ†ƒ• Â?‘ ”ƒ•‹Ž • Â‘ ‘• principais produtos. Em Lajeado, e tambĂŠm no Brasil, gosta da liberdade que ĂŠ restringida na China. “Aqui a gente sabe o que acontece fora de casa. LĂĄ, sĂł sabemos o que o governo permite.â€? Outros hĂĄbitos tambĂŠm muda”ƒÂ? …‘Â? •—ƒ …Š‡‰ƒ†ƒǤ Â?–‡• ‡Žƒ Â? Â‘ –‹Â?Šƒ ”‡Ž‹‰‹ Â‘Ǥ ‰‘”ƒ ’ƒ••‘— ƒ ˆ”‡“—‡Â?–ƒ” ƒ ‹‰”‡Œƒ catĂłlica com o marido.


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Cotidiano de ritmo e poesia

Sotaque castelhano na noite Nascido em 1955 na cidade de Rio Cuar–‘ǥ Â”Â‘Â˜Ă€Â?…‹ƒ †‡ Ă—Â”Â†Â‘Â„ÂƒÇĄ ”‰‡Â?–‹Â?ÂƒÇĄ ƒ—Ž Oscar Picco ĂŠ quase um lajeadense. HĂĄ 12 anos na cidade, gosta do clima interiorano e ”‡…‘Â?‡Â?†ƒ ƒ …‹†ƒ†‡ ’ƒ”ƒ ƒÂ?‹‰‘•Ǥ Dz ƒŒ‡ƒ†‘ ĂŠ aconchegante, com muitas possibilidades e geração de trabalho. HĂĄ oportunidades de „‘Â?• Â?‡‰×…‹‘• ƒ“—‹Ǥdz Ž‡ Âą ƒ ’”‘˜ƒ †‹••‘Ǥ ‡‹‘ ’ƒ”ƒ …ž ’‘” Dz“—‡•nj –Ù‡• †‡ ”‡Žƒ…‹‘Â?ƒÂ?‡Â?–‘ …‘Â?‡”…‹ƒŽ ‡ ‡Â?’”‡nj •ƒ”‹ƒŽdzǥ †‹œǤ ”‡…‡’­ Â‘ ˆ‘‹ –”ƒÂ?“—‹ŽƒǤ  Â‘ muitas amizades ao longo dos anos. Quase que por acaso, se tornou proprietĂĄrio de uma das mais badaladas casas noturnas da regiĂŁo. Ainda na dĂŠcada passada, inaugurou o ÂƒÂˆÂą ‹”–—ƒŽǤ ”ƒ ’”ƒ •‡” ƒ’‡Â?ĥ Dz“—ƒ–”‘ ‘—

…‹Â?…‘ Â?‡•‹Â?Šƒ• ‡ ƒŽ‰—Â?• …‘Â?’—–ƒ†‘”‡•dzǤ internet recĂŠm havia chegado de forma mais ’‘’—Žƒ” ƒ‘ ”ƒ•‹ŽǤ Dz  Â‘ †‡— …‡”–‘ ‡ ƒ…ƒ„‘— virando uma das noites mais badaladas do ƒŽ‡dzǥ „”‹Â?…ƒǤ ‡•†‡ ‡Â?– Â‘ÇĄ • Â‘ Â?ƒ‹• †‡ †—ƒ• mil festas organizadas no local. Picco relembra que, ao chegar Ă cidade, percebeu uma Lajeado em crescimento. Dz ••‘ ’‡”Â?ƒÂ?‡…‡ Š‘Œ‡Ǥ ‘†ƒ ƒ ”‡‰‹ Â‘ ’‘•nj •—‹ —Â? ’‘–‡Â?…‹ƒŽ ‹Â?Â…Â”Ă€Â˜Â‡ÂŽ Â?ƒ ‹Â?Â†ĂŻÂ•Â–Â”Â‹Âƒ ‡ Â?‘ …‘Â?¹”…‹‘Ǥdz Â…ÂƒÂ”ÂƒÂ…Â–Â‡Â”Ă€Â•Â–Â‹Â…Âƒ †‘ Â?—Â?‹…À’‹‘ “—‡ mais lhe agrada ĂŠ a simpatia das pessoas e a variedade de paisagens que circundam o Vale †‘ ƒ“—ƒ”‹Ǥ ƒ”ƒÂ?–‡ “—‡ ‘• ƒÂ?‹‰‘• ‡ ‘ …ƒŽ‘” Ž‡Â?„”ƒÂ? •—ƒ –‡””ƒ Â?ƒ–ƒŽǤ Dz ĥ Â? Â‘ ‰‘•–‘ †‡ –ƒÂ?–‘ …ƒŽ‘”Ǥdz

Tequila e Guacamole em Lajeado RODRIGO MARTINI

Apenas algumas garrafas de Tequila relembram o MĂŠxico na casa de Paloma Lizeth Ruesga Resing. A mexicana radicada em Lajeado nasceu na cidade de Tepic, capital do estado de Nayarit. Veio hĂĄ cerca cinco anos para acompanhar o marido. Liz, como prefere ser chamada, enfrentou †‹Ƥ …—Ž†ƒ†‡• Â?‘ ’”‹Â?‡‹”‘ ƒÂ?‘Ǥ Dz ‘‹ Â†Â‹ÂˆĂ€Â…Â‹ÂŽ ’ƒ”ƒ me adaptar. Para qualquer estrangeiro ĂŠ com’Ž‹…ƒ†‘ ‡Â? ˆ—Â?­ Â‘ †ƒ ÂŽĂ€Â?‰—ƒǤdz  Â‘ ’‘—…‘• estabelecimentos que possuem atendentes preparados para isso. E os estudos foram levados a sĂŠrio. Logo, se formou em EstĂŠtica e CosmĂŠtica pela Univates. Hoje, atua como esteticista e tambĂŠm leciona para cursos relacionados ƒ „‡Ž‡œƒǤ Dz Â?…‘Â?–”‡‹ Â?—‹–ƒ• ‘’‘”–—Â?‹†ƒ†‡• de trabalho dentro da minha ĂĄrea. Todas Â•ÂƒÂ–Â‹Â•ÂˆÂƒÂ–Ă—Â”Â‹ÂƒÂ•Ǥdz ‘Â?•‹†‡”ƒ ƒŒ‡ƒ†‘ —Â? Â?—Â?‹…À’‹‘ –”ƒÂ?“—‹nj lo. Acredita que falta melhorar em alguns ƒ•’‡…–‘•Ǥ Dz ‡Â?’”‡ Â?‘”‡‹ ‡Â? …‹†ƒ†‡• ‰”ƒÂ?†‡•

Esteticista mexicana encontrou oportunidades de trabalho em Lajeado, onde estĂĄ hĂĄ cinco anos

e caĂłticas. Recomendo Lajeado para quem gosta de um clima agradĂĄvel e de pessoas –”ƒÂ?“—‹Žƒ•Ǥdz …‘Â?¹”…‹‘ Dz‡•–‹Ž‘ ˆ”ƒÂ?“—‹ƒdzǥ …‘Â?‘ ‡Žƒ Â?‡•Â?‘ Â†Â‹ÂœÇĄ Âą —Â?ƒ †ƒ• Â…ÂƒÂ”ÂƒÂ…Â–Â‡Â”Ă€Â•Â–Â‹ÇŚ cas que a faz lembrar da cidade natal. Em contrapartida, critica os pontos de prostituição na ĂĄrea central e o uso indiscriminado de drogas em praças, parques e ruas †ƒ …‹†ƒ†‡Ǥ Dz ‡Â? Â†ĂŻÂ˜Â‹Â†ÂƒÂ•ÇĄ Âą ‘ ’‹‘” ’”‘„Ž‡Â?ƒ †‡ Â•ÂƒĂŻÂ†Â‡ ‡Â? ƒŒ‡ƒ†‘Ǥdz

No espaço urbano de Lajeado, grupos sociais difundem conhecimentos e acrescentam ritmos, danças e poesia Ă interação e ganham espaço na antiga vila coŽ‘Â?‹œƒ†ƒ ’‡Ž‘• ‰‡”Â?Â&#x;Â?‹…‘•Ǥ ‡‰Â?‡Â?–‘• •‘…‹ƒ‹• Ž‹‰ƒ†‘• Ă s artes surgem junto com a urbanização. Movimentos de contracultura, como o hip hop, se misturam com a tradição dos antepassados. ž”…‹‘ †ƒ ‹Ž˜ƒ ”‡‹–ƒ• Â? Â‘ Âą ‡•–”ƒÂ?‰‡‹”‘Ǥ ÂƒĂŻÂ…ÂŠÂ‘ †‡  Â‘ ÂƒÂ„Â”Â‹Â‡ÂŽÇĄ ‡Â?•‹Â?ƒ ƒ†‘Ž‡•…‡Â?–‡• ƒ †ƒÂ?­Âƒ †‡ ”—ƒǤ ‡‰—Â?ÇŚ do ele, a aceitação da sociedade frente ao movimento –‡Â? Â‡Â˜Â‘ÂŽÂ—Ă€Â†Â‘Ǥ ‘Â? ƒŒ—†ƒ †‡ ‘Â?ƒ–ƒÂ? •Â?ƒ‡Ž Â‘Â•ÂƒÇĄ ‡Â?•‹nj na passos de dança de rua no Centro de Cultura. Tudo começou no Parque Professor Theobaldo ‹…Â?Ǥ • ‡Â?…‘Â?–”‘• Â?ƒ …‘Â?…Šƒ ÂƒÂ…ĂŻÂ•Â–Â‹Â…Âƒ ‹Â?‹…‹ƒ”ƒÂ? ‡Â? 2008. Desde entĂŁo, mais de 30 pessoas passaram pelas ƒ—Žƒ•Ǥ ’”‘’ו‹–‘ Âą Â?‘„”‡ǣ Dz Â?ƒ‹• ‹Â?’‘”–ƒÂ?–‡ Â? Â‘ Âą –”ƒÂ?•ˆ‘”Â?žnjŽ‘• ‡Â? ’”‘Ƥ ••‹‘Â?ƒ‹•Ǥ ĥ “—‡ ’‘••ƒÂ? •‡” pessoas de carĂĄter, homens de excelĂŞncia. Esse ĂŠ nossa Â?ƒ‹‘” Â˜Â‹Â–Ă—Â”Â‹ÂƒǤdz Antes de praticar os passos, dedicam tempo Ă conver•ƒǤ ‡‡Â? –”‡…Š‘• †ƒ Â„Ă€Â„ÂŽÂ‹Âƒ ‡ ’”‘Â?‘˜‡Â? †‹•…—••Ù‡•Ǥ projeto ĂŠ chamado de DPD Crew, Dançando para Deus. • ƒ–‹˜‹†ƒ†‡• ”‡ïÂ?‡Â? ‘—–”ƒ• ’‡••‘ƒ• ‡Â?˜‘Ž˜‹†ƒ• …‘Â? ƒ arte. Cantores praticam as rimas ao som do Rap. Como Âą ‘ …ƒ•‘ †‡ Ž‡š ‡””‡‹”ƒ ‡ Â?ÀŽ‹‘ ‘Â?ˆƒÂ?†‹Â?‹Ǥ Nos bairros e periferias da cidade, a cultura hip hop –‘Â?ƒ …‘”’‘Ǥ Â†Â—Â’ÂŽÂƒÇĄ Â?‘”ƒ†‘”‡• †‘ ƒ”†‹Â? †‘ ‡†”‘ǥ ˆ‘”Â?ƒ”ƒÂ? ‘ ‰”—’‘ ƒ‰ƒœ ”‡™Ǥ ‹˜‡”•‘• …‘Â?’‘•‹–‘”‡•ǥ †ƒÂ?­ÂƒÂ”‹Â?‘•ǥ ‡ ‰”ƒƤ –‡‹”‘• ‹Â?–‡‰”ƒÂ? ƒ DzˆƒÂ?Ă€ÂŽÂ‹ÂƒdzǤ ’”‡Â?†‡nj ram a compor sozinhos. Misturaram as poesias ao ritmo ‡Â? —Â? ‡•–‘ ‹Â?’”‘˜‹•ƒ†‘ Â?ƒ …ƒ•ƒ †‡ ‘Â?ˆƒÂ?†‹Â?‹Ǥ ‹ƒÂ?–‡ †ƒ• ‡˜‘Ž—­Ă™Â‡Â• Â•Â‘Â…Â‹ÂƒÂ‹Â•ÇĄ ƒ”‰—Â?‡Â?–ƒÂ? ‡š‹•–‹” —Â? ’‘—…‘ †‡ ’”‡…‘Â?…‡‹–‘Ǥ ƒ”ƒ Â‡Â”Â”Â‡Â‹Â”ÂƒÇĄ Â? Â‘ Âą –ƒÂ?–‘ ”ƒ…‹ƒŽǤ Dz • ’‡••‘ƒ• Â?‘• ‘ŽŠƒÂ? …‘Â? †‹ˆ‡”‡Â?­Âƒ †‡˜‹†‘ ƒ‘ Â?‘••‘ ‡•–‹Ž‘ǥ Â?‘••ƒ ˆ‘”Â?ƒ †‡ •‡ ˜‡•–‹”Ǥdz • …ƒŽ­ÂƒÂ• ÂŽÂƒÂ”Â‰ÂƒÂ•ÇĄ „‘Â?¹•ǥ correntes, indumentĂĄria bĂĄsica dos integrantes do movimento, causam uma certa estranheza. Apesar disso, a †—’Žƒ ˜² ‡˜‘Ž—­ Â‘Ǥ Dz ‘Â?’ƒ”ƒ†‘ …‘Â? ‘ “—‡ –ÀÂ?ŠƒÂ?‘• Šž ƒŽ‰—Â?• ƒÂ?‘•ǥ Â?‡ŽŠ‘”‘—Ǥdz ‡‰—Â?†‘ Â‡Â”Â”Â‡Â‹Â”ÂƒÇĄ ‡••ƒ •‹–—ƒ­ Â‘ •‡ ’‡”…‡„‡ …‘Â? ƒ ƒ„‡”–—”ƒ †‘ †‹žŽ‘‰‘ …‘Â? ‹Â?–‡‰”ƒÂ?–‡• †ƒ ‡…”‡–ƒ”‹ƒ †‡ Cultura e Turismo. Novas ideias surgiram, projetos para ’”‘Ƥ ••‹‘Â?ƒŽ‹œƒ” ‘• ƒ”–‹•–ƒ• Ž‘…ƒ‹•Ǥ


JANEIRO DE 2014

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