Viver cidades - 21/12/23

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LUCIANE ESCHBERGER

CADERNO ESPECIAL DEZEMBRO | 2023

O QUE GERA GEE EM UMA CASA A convite do Viver Cidades, biólogo calcula quantas toneladas de gás de efeito estufa (GEE) uma família de quatro pessoas emite de por ano. Nas empresas, eventos, prefeituras, como fazer a compensação e alcançar o carbono neutro. Além da possibilidade de comercializar créditos.

OS PERIGOS DO PRODUTO GLIFOSATO Pesquisadora testou substância em anfíbios para saber os efeitos causados em ambiente externo ao que é aplicado. Nas lavouras, o produto tem a finalidade de exterminar espécies invasoras no entorno da plantação cultivada a partir de sementes transgênicas.

QUALIDADE DA ÁGUA

De 62 análises, 72% têm resultado ruim Em dois anos de monitoramento da qualidade da água de rios e arroios da região, os resultados não saíram das duas piores faixas. Das 62 amostras, 45 têm índice ruim e 17, péssimo, em uma escala que ainda tem regular, bom e ótimo. Rio Taquari, em Encantado está na faixa ruim.


INOVAÇÕES buscam melhorar práticas e reduzir passivo ambiental

O

projeto Viver Cidades, ao final do seu segundo ano, apresenta aos leitores mais uma etapa de análise da qualidade da água de dois rios e 13 arroios da região. Apresentamos as condições dos mananciais em abril e outubro de 2022, abril de 2023 e agora neste mês de dezembro. Os resultados foram pouco variáveis, ficando nas faixas ruim e péssimo em todas as etapas. Considerando que o Índice de Qualidade da Água (IQA) ainda tem os níveis regular, bom e ótimo, é óbvio que nossos mananciais pedem socorro. E aqui, estamos falando de análises físico-químico e biológica, que nos mostram, principalmente, a carga orgânica presente dos cursos d’água. Inevitável dizer que as duas últimas enchentes só fizeram piorar a situação. Ainda não temos os resultados das últimas coletas, feitas no início de dezembro, mas o rio se mostra completamente diferente. É triste percorrê-lo de Arroio do Meio a Cruzeiro do Sul – trajeto feito de barco para coleta de amostras (veja página - A mata ciliar se foi...As margens têm outros contornos e até mesmo as pequenas ilhas agora estão com formatos diferentes. Se a qualidade da água era ruim e péssima, agora soma-se ao rio um cenário devastador. A quantidade de lixo pendurado na vegetação que sobrou é impressionante. Cabem, neste momento, reflexão, planejamento

‘‘

Se a qualidade da água era ruim e péssima, agora soma-se ao rio um cenário devastador provocado pelas enchentes. e ação, não apenas de entes públicos, mas de cada cidadão. O Viver Cidades tem entre seus objetivos mostrar as mazelas e também destacar as boas iniciativas na vasta área ambiental. Nesta edição, caro leitor, apresentamos uma pesquisa sobre os impactos dos agroquímicos. Outro tema abordado é a preservação de reservas naturais. E, neste caminho, exemplos de

PRODUÇÃO

EXPEDIENTE

2

TEXTOS

Luciane Eschberger Ferreira

ARTE E DIAGRAMAÇÃO

Lautenir Azevedo Junior

empresas que transforma os resíduos sólidos em combustível e que dão os caminhos para neutralizar a emissão de gases de efeito estufa, seja de uma grande organização ou de uma pequena unidade familiar. Boa leitura!

FOTOS

IMPRESSÃO

Luciane Eschberger Ferreira

Grafica Uma/ junto à Zero Hora


3


Resultados das análises Encantado

Estrela

Rio Taquari antes do ponto de captação da Corsan

Arroio Estrela – após a Cascata Santa Rita

Data da coleta

Resultado

Data da coleta

Resultado

abril de 2022

27,3

ruim

'abril de 2022

29,84

ruim

outubro de 2022

26,6

ruim

outubro de 2022

32,45

ruim

abril de 2023

29,73

ruim

abril de 2023

30

ruim

outubro de 2023

33,19

ruim

outubro de 2023

32,95

ruim

Arroio Jacaré - depois da ponte de Jacarezinho abril de 2022

27,8

ruim

outubro de 2022

24,93

péssimo

abril de 2023

27,73

ruim

outubro de 2023

29,93

ruim

Arroio Lambari – próximo da ponte João Sana 'abril de 2022

22,46

péssimo

outubro de 2022

19,31

péssimo

abril de 2023

11,61

péssimo

outubro de 2023

18,47

péssimo

Colinas Arroio da Seca – ponte entre Colinas e Imigrante 'abril de 2022

21,96

péssimo

outubro de 2022

30,66

ruim

abril de 2023

28,9

ruim

outubro de 2023

28,39

péssimo

Arroio do Meio Arroio Grande – próximo à ponte da Rua Dom Pedro II

Santa Clara do Sul Arroio Saraquá – próximo da ponte na Rua das Flores 'abril de 2022

23,85

péssimo

outubro de 2022

24,55

péssimo

abril de 2023

18,6

péssimo

outubro de 2023

30,16

ruim

Teutônia Arroio Boa Vista – próxima a ponte do bairro Boa Vista 'abril de 2022

28,32

ruim

outubro de 2022

32,54

ruim

abril de 2023

29,71

ruim

outubro de 2023

33,77

ruim

'abril de 2022

26,98

ruim

outubro de 2022

30,43

ruim

abril de 2023

27,85

ruim

outubro de 2023

34,23

ruim

Arroio Boa Vista – depois da cidade

Qualidade da água: das 62 amostras analisadas, 45 estão na faixa ruim Venâncio Aires * Arroio Castelhano – antes do ponto de captação da Corsan

Arroio Posses – ao lado da ponte da ERS-128

'abril de 2022

29,62

ruim

outubro de 2022

24,86

péssimo

abril de 2023

26,32

ruim

'abril de 2022

26,82

ruim

outubro de 2023

29,37

ruim

outubro de 2022

31,93

abril de 2023 outubro de 2023

Data da coleta

Resultado

ruim

abril de 2023

21,18

péssimo

27,05

ruim

outubro de 2023

31,32

ruim

33,77

ruim

Marques de Souza

Forquetinha

Rio Forqueta - Depois da ponte Marques/Travesseiro

Arroio Forquetinha - ao lado da ponte da Vila Storck

'abril de 2022

30,61

ruim

'abril de 2022

30,6

ruim

outubro de 2022

28,52

ruim

outubro de 2022

28,79

ruim

abril de 2023

30,35

ruim

abril de 2023

26,01

ruim

abril de 2023

31,43

ruim

outubro de 2023

35,55

ruim

outubro de 2023

35,64

ruim

outubro de 2023

33,55

ruim

Arroio Castelhano – depois do ponto de captação da Corsan abril de 2023

22,4

péssimo

outubro de 2023

32,02

ruim

Rio Taquari – na santinha em Mariante

* começou monitoramento em 2023

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Coletas em mananciais da região revelam também que 17 pontos estão com índice péssimo. Testes foram realizados nos meses de abril e outubro de 2022 deste neste ano

O

monitoramento da qualidade da água de rios e arroios da região apresentou o resultado da quarta etapa de análises. Desta vez, a coleta de amostras ocorreu em 17 pontos, em outubro. Outros nove foram realizados na segunda semana de dezembro por conta da oscilação no nível do Rio Taquari, causada pelas fortes chuvas. Neste tipo de acompanhamento, é importante que os mananciais estejam com as características semelhantes a cada etapa para que os


entrevista

“Cada um precisa fazer a sua parte, nada adianta ter leis se não são cumpridas” Viver Cidades - Todas as análises apontam para as duas piores faixas do IQA. Você já esperava por estes resultados? Lucélia Hoehne – As análises anteriores já apontavam essa classificação para as amostras. Até pensei que, com as chuvas de setembro e de outubro, poderiam ter piorado, em função da lixiviação de tudo que foi parar nos rios da nossa região. Mas ,pelo menos, não foi isso que aconteceu. A que você atribui estes índices? Lucélia - Provavelmente devido ao lançamento de esgotos domésticos ou de processos agroindustriais, gerando principalmente aumento na concentração de coliformes termotolerantes e decréscimo no oxigênio dissolvido, como pode ser visto justamente nos pontos que ficaram com o IQA péssimo.

O que representa cada parâmetro Coliformes termotolerantes São bactérias encontradas no aparelho digestivo de animais de sangue quente e são indicadores de poluição por esgoto doméstico. A bactéria Escherichia coli (E. coli) é a principal representante deste grupo e é o melhor indicador da contaminação da água por fezes.

comparativos sejam fiéis. Os resultados dos últimos nove pontos, percorridos de barco, serão divulgados em meados de fevereiro. A qualidade da água nos 17 pontos ficaram nas faixas ruim e péssima, numa escala que ainda tem regular, bom e ótimo. O pior índice, 16,53, foi registrado no arroio Encantado, que passa por dentro do Parque Professor Theobaldo Dick, em Lajeado. Na sequência, o arroio Lambari, em Encantado, com 18,47. Estes dois locais tiveram classificação péssima nas quatro etapas de análises feitas até agora (confira tabela).

Quais são os principais reflexos – ambientais, sociais e econômicos – provocados por águas com índices baixíssimos de qualidade? Lucélia - Na verdade, a água de todos esses pontos que foram analisados não chegam dessa forma nas torneiras das nossas casas. Há um tratamento eficaz para que recebamos uma água com qualidade. Mas claro que nesses locais, sem tratamentos, devido aos índices de IQA ruins, podem contribuir para a diminuição da biodiversidade local, especialmente animais e plantas aquáticas. E também a acentuação do processo de eutrofização dos corpos hídricos. Tivemos duas enchentes que transbordaram os mananciais. Na primeira, a correnteza foi muito grande. Quais foram os principais impactos? Lucélia - Todos sabemos que as enchentes devem ter arrastado muito esgoto, muitos produtos químicos, que eram devidamente armazenados ou tratados e demais materiais que nunca vamos saber realmente em tudo o que foi parar nos rios. Não vamos conseguir medir o impacto real, mas devido à alta correnteza e ao alto volume, pelos resultados, isso foi diluído. O que é um bom resultado. Pois os dados mostram que os valores continuam parecidos com os dados analisados em junho deste ano. Que caminho tomar para melhorar a situação hídrica da região? Quais medidas cabem aos cidadãos, ao poder público, às entidades civis organizadas e à iniciativa privada? Cada um precisa fazer a sua parte, nada adianta ter leis se não são cumpridas. Temos que fazer pequenas

Classificação de E-coli Ponto

Coliformes termotolerantes (E-coli)

Rio Taquari Encantado - antes do ponto de captação da Corsan

130

Venâncio Aires - no acesso da santinha, em Mariante

230

Rio Forqueta Lucélia Hoehne

Marques de Souza / Travesseiro - depois da ponte entre os dois municípios

79

professora doutora

Cada um deve olhar para suas atividades e pensar no presente, como eu posso fazer pra ajudar a melhorar a qualidade das águas... pois a mãe natureza já está doente e se não cuidarmos, vamos adoecer com ela.

Arroio Saraquá Lajeado – sob a ponte do bairro São Bento

790

Santa Clara do Sul

4900

Arroio Boa Vista Teutônia - próximo da ponte do bairro Boa Vista

210

Teutônia - antes da ponte Osterkamp

280

Arroio Castelhano Venâncio Aires – antes do ponto de captação da Corsan

1100

Venâncio Aires - depois do ponto de captação da Corsan

1300

Arroio Jacaré Encantado – depois da ponte 3300 de Jacarezinho

Arroio Lambari Encantado - próximo da ponte João Sana

160000

Arroio da Seca ações no nosso dia a dia para realmente transformar em uma grande ação em conjunto. E isso não é nada extraordinário, basta incorporar atitudes diárias em nossas vidas como: evitar o desperdício de água, ficar atento quanto aos vazamentos internos, trocar a mangueira pela vassoura para a limpeza de áreas externas, não jogar lixo em rios, lagos e praias, observar os dias em que passam os caminhões de coleta de resíduos, praticar e incentivar o consumo sustentável. Para os agricultores, respeitar o uso de pesticidas, para os criadores de animais, ter um tratamento de resíduos orgânicos adequados. Ou seja, cada um deve olhar para suas atividades e pensar no presente, como eu posso fazer pra ajudar a melhorar a qualidade das águas...pois a mãe natureza já está doente e se não cuidarmos, vamos adoecer com ela. Temos que fazer nossa parte agora para melhorar a nossa qualidade de vida!

Colinas / Imigrante – ponte entre os dois municípios

7000

Arroio Grande Arroio do Meio – próximo da ponte da ERS-130

2400

Arroio Encantado Lajeado – Parque Professor Theobaldo Dick

54000

Arroio Estrela Estrela – depois da Cascata Santa Rita

700

Arroio Posses Teutônia - próximo da ponte da ERS-128

470

Arroio Forquetinha Forquetinha – próximo da ponte da Vila Storck

330

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Qual a pegada de carbono você quer deixar?

Média per capita Emissões (tCO2e)

6,2 11,1 12,66

Média mundial Média Brasil (2021)

Emissões da simulação (família de 4 pessoas)

Queima de combustíveis fósseis é grande geradora de gás de efeito estufa

C

ada pessoa, em sua rotina diária, emite gases de efeito estufa (GEE), embora a grande maioria não saiba disso. Ações simples e habituais, como aquecer água para o chimarrão, torrar o pão, tomar café, usar carro para se deslocar ao trabalho são apenas alguns exemplos de emissão. No trabalho, no clube, na escola, na academia e tantos outros locais cada pessoa tem participação na emissão de GEE. A reflexão é: Qual pegada você e sua empresa querem deixar? Pegada ecológica ou pegada de carbono? Por enquanto, observa o mestre em biologia e proprietário da empresa GlobalEco Consultoria Ambiental, de Teutônia, Cristiano Steffens, as atitudes para cuidar do meio ambiente, mais especificamente da emissão de GEE, são motivadas pela preservação da natureza. Somado a isso, no caso das empresas, funciona como fortalecimento de marca perante o mercado e os clientes. O biólogo observa que já existem países que estão taxando a emissão de gases de efeito estufa nos produtos importados, como uma espécie de compensação ambiental. Desta forma, as empresas que se adequarem às novas regras de mercado, mais exigente com a questão ambiental, poderão ter vários benefícios, dentre eles financeiros e até mesmo de concorrência com relação às empresas que ainda não se adequaram ao novo modelo mais sustentável.

6

Cristiano Steffens mestre em biologia e proprietário da empresa Global-Eco Consultoria Ambiental, de Teutônia

“Hoje, no Brasil, o inventário de emissão do GEE e a compensação são voluntários. Mas quando o projeto de lei (PL 412), que tramita no Congresso, for aprovado, serão obrigatórios.” Steffens refere-se à legislação que determina às empresas que emitem de 10 mil a 25 mil toneladas/ano de CO2e a fazer o inventário de emissões, criar metas para reduzir, seja revendo seus processos para gerar menos ou fazendo a compensação. “As empresas vão ser obrigadas a reportar isso.” Atualmente, destaca, o licenciamento ambiental é uma exigência. “Mas não ocorrem muitas transformações, porque ainda hoje a fiscalização não é 100% eficiente, então vejo que a realização dos inventários de GEE e a implantação de ferramentas como ESG nas empresas, serão aliados e cada vez mais necessários para o futuro, não só do planeta como também para a sobrevivência das corporações em um mundo cada vez mais globalizado”. Ele revela que hoje existe um mercado voluntário. “Faz quem quer. Entretanto, muitas empresas têm acionistas, investidores, ou vendem para mercados

estrangeiros, que já cobram há algum tempo este tipo de prática.” O mestre em biologia observa que muitos de seus clientes querem ser mais sustentáveis. “Preocupam-se com as questões socioambientais.” Desta forma, aproximam-se do conceito ESG e dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs). Com a mesma pegada está a GlobalEco. A empresa ampliou seus serviços. Depois de estudos e capacitações, agora faz inventários de emissão de GEE e elabora metas e estratégias para reduzir e compensar a fim de alcançar o status de carbono neutro. Há possibilidade de buscar certificação, assim como colocar em rótulos ,o status daquela empresa ou produto. “Muitos consumidores são conscientes sobre isso e quando vão escolher um produto, serviço, optam por aqueles que cuidam da sustentabilidade.”

Alternativas de ganhos Os créditos de carbono entram também como um negócio, uma “moeda de troca”. Uma pessoa, empresa ou até mesmo um evento, como por exemplo a Expovale, ou outro, que precise ou queira compensar as suas emissões, pode optar em neutralizá-las por meio da implantação de projetos de reflorestamento, do plantio de árvores nativas, ou pela compra de créditos de carbono, de áreas que foram destinadas para essa

finalidade, ou de empresas que geram créditos pela redução de emissões. Para ambas as situações, a empresa Global-Eco Consultoria Ambiental está habilitada para o desenvolvimento de projetos, tanto para a realização de inventários de GEE, como também para a realização de projetos que visem a neutralização de emissões, como também para a realização de projetos que visem a geração de créditos de carbono, assim como projetos ESG. Atualmente, o valor do crédito de carbono está em torno de US$ 10,00 (dez dólares) / tCO2e , dependendo do tipo de projeto. Há projetos com créditos sendo vendidos a 50 dólares / tCO2e, mas são raros os casos. Um levantamento preliminar indicou que os municípios de Estrela, Lajeado e Teutônia possuem uma cobertura florestal, entre floresta primária e secundária de aproximadamente 62.000 hectares, com um potencial de sequestro de CO2e total de aproximadamente 554.200 tCO2e. Desta forma, os municípios de Teutônia, Estrela e Lajeado, possuem um potencial de renda de aproximadamente US$ 5,54 milhões, o equivalente a aproximadamente R$ 26,9 milhões, somente com a preservação de florestas nativas. “Sem falar nas empresas que possuem um potencial de geração de créditos de carbono evitando a emissão de GEE.” Os próprios municípios possuem um alto potencial de gerarem créditos de carbono nos aterros sanitários por meio da redução da emissão de gás metano, que é atualmente aproximadamente 25 vezes mais poluente que o gás carbônico (CO2), com possibilidade de comercializarem os créditos de carbono. “As possibilidades são infinitas, basta desenvolver um projeto bem elaborado e bem estruturado.”

segue


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Uma família de quatro pessoas emite 12 toneladas de CO2e/ano Efeito estufa Alguns gases, como vapor d’água e gás carbônico (CO2), funcionam como o vidro do ônibus, deixando entrar a radiação ultravioleta, mas dificultando o retorno do calor para o espaço. Quando aumenta a concentração de gases na atmosfera (por exemplo, do gás carbônico), o efeito estufa fica mais intenso e, portanto, fica mais difícil o calor ir para o espaço. Essa diferença causa o aquecimento da baixa atmosfera, elevando a temperatura média da Terra e causando mudanças climáticas.

tCO2e A sigla tCO2e significa toneladas de CO2 equivalente e inclui não apenas o dióxido de carbono como também outros gases de efeito estufa convertidos em CO2.

Gasto detalhado 3 chuveiros elétricos 1 toneira elétrica forno micro-ondas, forno elétrico, duas cafeteiras, torradeira, airfrai, geladeira, freezer, máquina de lavar louça, três TVs, máquina de lavar roupa, secadora de roupa, roçadeira.

Energia elétrica/ano

Gás de cozinha 1 botijão 13 kg a cada dois meses

78 kg

Carvão mineral – 1 pacote 5kg/semana

240kg

Dois carros: consumo de 4 tanques de combustível/mês (tanque com 53 litros de capacidade).

2.544 litros gasolina/ano

Resíduos sólidos per capita/mês 15kg 15x4 = 60

720 kg/ano

6.360 Kwh

Resultado do inventário Fonte de emissão

Emissões de GEE totais (tCO2e)

Emissões biogênicas (tCO2)

Gás de cozinha (GLP)

0,23

0

Carvão vegetal

0

0,69

Automóveis (2)

4,28

1,05

Manutenção de 4 ar condicionados

4,41

0

Energia elétrica

0,271

0

Resíduos sólidos

2,09

0,079

Esgoto doméstico

0,41

0

1° Porto Alegre - Fortaleza

0,52

0

2° Porto Alegre - Maceió

0,45

0

TOTAL

12,66

1,82

8

A convite do Viver Cidades, o biólogo Cristiano Sttefens fez a simulação de emissão de gases de efeito estufa de uma família de quatro pessoas. Cálculo leva em conta a emissão resultante de ações simples do dia a dia que envolvem uso de energia elétrica, gás de cozinha e gasolina, assim como a geração de resíduos. Confira.

Efeito estufa Energia solar, veículos elétricos, biodigestor podem colaborar da redução de emissões. Hoje no Brasil, a tonelada de gás carbônico está em torno de U$ 10 dólares

Porcentagem Automóveis (2) 3%

Energia elétrica Manutenção de 4 ar condicionados Resíduos sólidos

4%

4% 2%

17%

34%

Esgoto doméstico 2%

1° Porto Alegre - Fortaleza 2° Porto Alegre - Maceió Gás de cozinha (GLP)

35%


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“Não geramos resíduos” Todos os resíduos recebidos pela empresa Folhito são transformados em composto orgânico, biogás e biometano

entrevista

Alexandre S. da Rosa

“A

Folhito não gera resíduos.” A afirmação do engenheiro de Bioprocessos e Biotecnologia, Alexandre S. da Rosa, diz muito sobre a missão da empresa na qual trabalha: “Processar materiais orgânicos, de forma segura, gerando mais vida para a terra.” Perto de completar 30 anos de fundação, a Folhito, sediada em Estrela, começou com a produção de fertilizante orgânico. Hoje projeta duplicar a capacidade produtiva de biogás e biometano nos próximos anos. O que para a maioria das empresas é um grande desafio, para Folhito é a matéria base do negócio. Resíduos de incubatório de aves, varreduras de processos industrias, cama aviária, lodos de estações de tratamento de efluentes e cinzas de caldeiras industriais são alguns dos componentes (veja quadro) para compostagem e produção de fertilizante orgânico. Além de contribuir para o meio ambiente, devolve a capacidade produtiva do solo, proporcionando maior rentabilidade na lavoura. Há cerca de 10 anos, a empresa percebeu que poderia fazer mais em termos de sustentabilidade. Então começaram os estudos sobre biogás e biometano. No processo de transformação da matéria orgânica há a possibilidade do tratamento anaeróbio, que gera o biogás. A possibilidade de usá-los para a geração de calor, eletricidade e biocombustível, quando purificado, abriu novos horizontes, reforçando o compromisso com a sustentabilidade, a economia circular e a neutralização de carbono.

engenheiro de Bioprocessos e Biotecnologia

Instalada em Estrela, empresa se aproxima dos 30 anos de fundação

Saiba mais - As empresas que enviam seus resíduos para a Folhito recebem um certificado com a quantificação de carbono evitado e também atende oito dos 17 ODS (Objetivos do Desenvolvimento Sustentável) da ONU. - Além de auxiliar nos processos industriais, o biometano é destaque na redução dos impactos ambientais com captura de carbono na digestão anaeróbia e contribuição na mitigação das mudanças climáticas. - A Folhito comercializa anualmente mais de 100 mil toneladas de fertilizante orgânico, sempre buscando soluções ecológicas, econômicas e rentáveis para desenvolver a vida da terra melhorando o rendimento do solo.

Resíduos para compostagem • Cama de aviário • Resíduo de incubatório de aves • Restos de alimentos em geral, incluindo refeitórios, cantinas, restaurantes de indústrias preocupadas com o meio ambiente • Varreduras de processos industriais • Cama aviária • Lodos de estações de tratamento de efluentes e água; • Resíduo verde (podas de árvore, restos de biomassa e afins) • Pó de processos industriais (pó de fumo, pó de erva-mate, ração, farinha e afins) • Cinzas de caldeiras de combustão de biomassa • Óleos e gorduras vegetais • Alimentos vencidos ou avariados • Outros resíduos orgânicos, após análise de classificação e viabilidade.

Viver Cidades - Quando e por que a Folhito decidiu investir em biodigestores? Alexandre da Rosa - O tema biodigestão vem sendo estudado pela Folhito há mais de 10 anos. Muitos modelos construtivos e análises de viabilidade foram considerados até a adoção do modelo hoje construído. A produção de biogás e biometano reduziu em quanto por cento o custo de energia e combustível? Alexandre - A produção de biogás reduz em 50% dos custos em energia. Apesar de poder suprir 100% da carga energética com o biogás, a Folhito está conectada ao sistema de energia, onde há custos de demanda e impostos. Esse modelo traz flexibilidade à operação, onde é possível comprar energia limpa e também comercializar o excedente produzido pela nossa planta industrial conforme a necessidade. Com a produção de biogás e biometano, é possível fechar um ciclo de transformação da matéria recebida pela Folhito? Alexandre - A Folhito emprega as melhores tecnologias existentes em escala industrial para o aproveitamento das matérias-primas. A Folhito não gera resíduos, todo o material recebido é aproveitado para produção do biogás, biometano e composto orgânico.

Atualmente, a Folhito produz diariamente

18 mil m3 de biogás e

10 mil m3 de biometano. Essa energia limpa é utilizada nos processos industriais e no abastecimento da frota própria da empresa. Por meio de biodigestores são produzidos biogás e biometano

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Engenheiro explica o processo de inovação da empresa para gerar biogás e biometano

Há planos para ampliar e comercializar a produção de biogás e biometano? Alexandre - Sim. A Folhito conta com processo de melhoria contínua e está previsto, em breve, uma expansão que duplicará a produção de biogás e biometano.


11


O

Jardim Botânico de Lajeado (JBL) está em busca de uma certificação internacional. Para tanto, vai associarse à Botanic Gardens Conservatios International (BGCI). A instituição visa a promoção e o desenvolvimento por meio de abordagens mais eficientes, rentáveis e racionais para a conservação de plantas em jardins botânicos. A BGCI também promove editais para financiamento de projetos inovadores e estratégicos, ampliando as ações dos jardins botânicos e possibilitando projetos relacionados à conservação de plantas para associados. O acesso a plataformas de treinamento é outra vantagem. Nela estão disponíveis capacitações relacionadas a banco de sementes, horticultura, educação ambiental, gestão de jardins botânicos, gestão de coleções biológicas entre outros temas. De acordo com a coordenadora do Jardim Botânico de Lajeado, Edith Ester Zago de Mello, esta filiação à entidade internacional é importante para captação de recursos, já que os associados têm acesso à participação de eventuais editais de seleção para financiamento de projetos relacionados à preservação de espécies.

Jardim Botânico Ambientes Lajeado busca do JBL reconhecimento internacional • Estacionamento gratuito; • Pórtico; • Auditório; • Alameda dos Jerivás;

Coleções Botânicas: Árvores da Mata Atlântica; Bromélias, Cactos e Orquídeas; Árvores Ameaçadas de Extinção e Coleção de Árvores Exóticas; Horto Etnobotânico;

• Jardim Sensorial;

Herbário; Coleção abelhas nativas; Horto Florestal; Alameda dos Ipês-amarelos;

• Trilhas de interpretação

ambiental: Trilha autoguiada; Trilha da Cascata; Trilha do Tatu, Trilha do Sabiá e Trilha Especial (pesquisa científica apenas);

• Parquinho. • Visitas guiadas e vivências ambientais

As visitas guiadas e oficinas podem ser agendadas por escolas e qualquer grupo de pessoas interessadas em conhecer o jardim botânico de uma maneira mais aprofundada e aprender um pouco mais sobre o mundo que nos cerca. As visitas e oficinas devem ser agendadas previamente por meio do telefone (51) 3982 1107.

SAIBA MAIS O Jardim Botânico de Lajeado tem por finalidade a proteção e conservação das espécies, a pesquisa, educação e lazer, comprometendo-se na conservação e pesquisa de espécies vegetais nativas da região.

A associação à Botanic Gardens Conservatios International viabilizará o acesso a ferramentas de treinamentos e oportunizará a busca de recursos por meio da participação em editais

Uma área de 110 hectares, no bairro Conventos, em Lajeado, deverá ser transformada em Unidade de Conservação (UC). Para tanto, tramita no Legislativo Municipal o projeto de lei nº 119/2023. Se aprovado, oficializa a criação da UC, e abre a possibilidade de desapropriar os imóveis particulares incluídos na área. De acordo com o biólogo André Luiz Bruxel, da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Saneamento e Sustentabilidade, o local já é arborizado. “Em relação a recursos hídricos, sabe-se que na área existem, pelo menos, três nascentes que originam pequenos cursos d’água.” O biólogo destaca que a manutenção da área como Unidade de Conservação (UC) poderá minimizar o risco de ser prejudicada pelo avanço de atividades agrícolas, bem como por práticas resultantes de negócios imobiliários

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FONTE: ESTUDO TÉCNICO REALIZADO EM 2023 PELA CCR VIASUL)

Área de 110 hectares em Alto Conventos será Unidade de Conservação Sobre o local

77,7 % da área compreende floresta em estágio avançado 21,1 % em estágio médio 0,8 % em estágio inicia l, constatando haver no mínimo Mais de 156 espécies vegetais arbóreas, 149 nativas elevada diversidade de espécies da fauna.

Diversidade de espécies de fauna está entre as características do local como a fragmentação de imóveis sob a forma de pequenos sítios de lazer. A criação de um grande parque ambiental público iria ao encontro dos propósitos so Jardim Botânico de Lajeado. Para Bruxel, o JBL, tornou-se referência regional como espaço de

lazer e é a sede do Centro de Educação Ambiental de Lajeado onde são realizadas inúmeras atividades que visam promover a conscientização, por meio da educação ambiental, da importância do reconhecimento da relação entre o meio ambiente e o

cidadão. “Nesse sentido, a área em Alto Conventos poderá representar significativo incremento às atividades já realizadas pelo JBL, de maneira a contemplar aspectos atualmente carentes como o contato direto com áreas com características ecológicas próximas às originais.”


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Pesquisa revela danos causados por produto usado na agricultura Estudo de mestrado possibilita entender o que os agrotóxicos estão causando no meio ambiente externo

Edema de intestino, enrolamento intestinal (reduz a absorção de nutrientes); olhos foscos (reduz a visibilidade), ausência de serrilha bucal (prejudica a alimentação e respiração), desvio de coluna e tortuosidade da cauda (prejudica o nado e corre mais risco de ser predado). Qualquer alteração corporal pode prejudicar o sucesso reprodutivo e consequentemente a continuação da espécie.

São danos a nível celular, irreversíveis. Geram problemas na célula e podem ser passados para gerações futuras. Podem ser indícios de câncer, são danos genéticos, a nível de DNA.

bioindicadores de poluição aquática”. A partir de então, é possível entender o que os agrotóxicos estão causando no meio ambiente externo.

Como agem produtos a base de glifosato O glifosato é sistêmico e não seletivo e, desta forma, atinge uma grande quantidade de plantas, assim a aplicação em uma lavoura vai matar todas as plantas, menos os cultivares de milho e soja, por exemplo. “Mata uma grande quantidade de plantas e só não vai matar as que são geneticamente modificadas”, conhecidas como transgênicas. “Então, o objetivo principal da pesquisa é descobrir e mostrar quais efeitos o glifosato pode causar em espécie que não são o alvo dele, por exemplo, os anfíbios.” Várias concentrações a base de glifosato foram testadas. Produtos tal qual são vendidos no comércio e utilizados na agricultura. Jéssica observa que hoje existe uma grande quantidade de plantas transgênicas. “Se é transgênico é porque foi modificado para suportar uma determinada quantidade de agrotóxicos misturados, claro que testei somente um agrotóxico, que já foi capaz de causar efeitos negativos, o que mais preocupa é que nas lagoas, habitat principal da espécie, existem vários misturados, imagina-se

Desovas de anfíbios eram coletadas na natureza e levadas ao laboratório para testes

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Danos morfológicos

Danos genotóxicos

A

nfíbios expostos ao glifosato, substância presente em diversos agroquímicos usados no mundo inteiro, apresentaram alterações morfológicas e genéticas, ainda que expostos a concentrações consideradas baixas. A descoberta ocorreu durante a pesquisa de mestrado da bióloga Jéssica Samara Herek dos Santos. O trabalho “Glifosato e seus efeitos sobre duas espécies de anfíbios nativos da América do Sul” rendeu publicações de artigos em revistas científicas internacionais. Mais que que isso, acende novamente um alerta sobre o produto, que tem venda e uso liberados, conforme legislação brasileira. A escolha de anfíbios se deu, conforme Jéssica, porque estão em declínio populacional desde 1980, e muitas espécies estão se extinguindo. “Essas perdas populacionais estão diretamente ligadas as suas características, como pele permeável e ovos sem casca. O fato de passarem as fases mais críticas de vida na água os torna bons

SAIBA MAIS

Trabalho de pesquisa da doutoranda Jéssica Herek rendeu artigo publicado em revistas científicas internacionais

que o efeito seja ainda pior”, reflete. Outro ponto que a pesquisadora destaca é o teste em um tipo de animal, que é sensível. E alerta: “claro que não podemos generalizar, extrapolar isso para o ser humano, mas se levar em conta a cadeia alimentar, podemos dizer que, se está fazendo mal para os anfíbios, possivelmente fará para os peixes, e, possivelmente estamos comendo peixes contaminados. Assim vai chegar na escala humana, de forma indireta.”

A pesquisa A pesquisadora retirava as desovas de açudes e lagoas em regiões distantes das lavouras para garantir que não estivessem expostas ao agrotóxico. A retirada ocorria em menos de 24 horas de oviposição. Neste período, as desovas são envolvidas com uma espuma e não entram em contato direto com a água, desta forma se reduz qualquer tipo de contaminação do ambiente. Os ovos eram colocados em aquários,. Quando chegavam em um estágio que já comiam e nadavam bem, eram colocados em testes. “Quanto maior a concentração de glifosato, maior a gravidade dos efeitos.” A pesquisadora relata o prejuízo não só da sobrevivência, mas também ficar no cardume, o convívio em sociedade é prejudicado. “Dificilmente estes animais conseguiriam sobreviver na natureza com as alterações que tiveram nas concentrações que foram testadas.”

Importância dos anfíbios O anfíbios têm papel importante: são considerados controladores de pragas, se alimentam de insetos, aranhas, moscas, ou seja, limpam o ambiente, ingerindo, inclusive, o mosquito da dengue. As substâncias encontradas em sua pele podem ser usadas para fazer medicamentos. O habitat natural de sapos, por exemplo, são lugares úmidos, próximos de rios, lagoas, florestas. Por isso também a necessidade de preservação da água e da vegetação no seu entorno.

Em busca da biodegradabilidade Jéssica é Mestre em Ciência e Tecnologia Ambiental pela Universidade Federal Fronteira Sul, campus Erechim, sua cidade natal, onde fez a pesquisa sobre os impactos do glifosato nos anfíbios orientada pela professora doutora Marília Hartmann. Atualmente, cursa doutorado no Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia na Univates. Sob a orientação da professora doutora Lucélia Hoehne, trabalha com imobilização de enzimas para degradação de micropoluentes da água. O trabalho se segue na mesma linha, buscando minimizar os impactos negativos de micropoluentes, como por exemplo agrotóxicos, em animais e ecossistemas aquáticos, prevenindo também a saúde humana.


APRESENTADO POR

O

O Grupo FASA, em Cruzeiro do Sul, contribui com a reciclagem animal, que transforma matéria crua, que em excesso contaminam o meio ambiente, em produtos que colaboram com diversas cadeias

Brasil é o segundo país que mais abate animais para consumo no mundo, com um total de 7,4 milhões de toneladas de carne exportada nos últimos 2 anos, segundo a EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). Contudo, cerca de 35% do peso de cada animal não é processado para consumo. O que fazer com o que sobra? Essa questão ressalta a importância do trabalho realizado pelo Grupo FASA, que atua na transformação de matéria crua em proteínas, gorduras e minerais para diversos fins.

Se não existisse o setor de reciclagem animal no Brasil seriam necessários mais 800 aterros sanitários.” Cristiano Theisen, gerente do Grupo FASA

Segundo Cristiano Theisen, gerente do Grupo FASA, a Reciclagem Animal é um importante nicho de produção do agronegócio brasileiro e essencial para os processos

www.fasa.ind.br

de sustentabilidade tão necessários para o país. Tanto é que esta é a única indústria 100% reciclável da região - até a água vai para dutos e vira fertirrigação dos eucaliptos em torno da empresa, “Esta é uma prática sustentável dentro da pecuária e uma fonte de nutrientes essenciais para a alimentação pet e de outros animais. Além disso, conserva a saúde da sociedade, já que retira do ambiente gases nocivos e dá uma destinação correta a produtos não aproveitados”, explica. Para se ter uma melhor noção da proporção da atividade, açougues e supermercados geram cerca de 2,4 bilhões de quilos de ossos, gorduras, aparas e produtos vencidos e que podem ser reciclados. “Já imaginou o que aconteceria se não existisse o setor de reciclagem animal? No Brasil, seriam necessários mais 800 aterros sanitários, por exemplo”, analisa Theisen.

O trabalho do Grupo FASA

Com 16 unidades espalhadas pelo Brasil, o Grupo FASA tem sua sede no Vale do Taquari na cidade de Cruzeiro do Sul. Sua intensa produção colabora a cada dia com a região e com todo o país. Afinal, cerca de 12% de toda a reciclagem animal no Brasil é feita pela empresa.

@grupofasaind

@grupofasa

grupofasa

Por que a reciclagem animal é importante? • Hoje, são abatidas cerca de 85 milhões de cabeças de bovinos, caprinos, ovinos e suínos; • Enquanto isso, de frangos e perus são 5,9 bilhões de cabeças; • Deste total, 34% não chega ao consumidor e segue direto para a reciclagem; • A carcaça de uma vaca, em média, libera 1,2 tonelada de gás carbono na atmosfera; • Este montante equivale a 6.025.557 carros em circulação; • Com a reciclagem, essas substâncias são transformadas em fonte de matéria prima segura para utilização em outras cadeias; • Assim, a reciclagem animal retira da natureza nutrientes como carbono, nitrogênio e fósforo, que em excesso contaminam o meio ambiente. Entre os itens produzidos, estão a produção de diversos ingredientes para rações pet, de aves, suínos, peixes, camarões, assim como fertilizantes orgânicos e até sabões e lubrificantes. “Os produtos que fazemos, quer seja a farinha de osso ou de sangue, são ingredientes essenciais da

indústria da ração. Além disso, 90% da gordura gerada pelo Grupo FASA também é aplicada na fórmula de combustíveis biodiesel. O que é uma grande prova de como colaboramos com os processos de sustentabilidade tão necessários no mundo contemporâneo”, conclui Theisen.

Rua João Eckert, 1000 - São Rafael – Cruzeiro do Sul

(51) 3714-9800

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