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Vidro mais criatividade, igual a upcycling

“Me orgulho muito de todo o processo de confecção dos nossos itens, porque ver materiais, que a princípio seriam descartados, virando algo útil novamente, causa uma sensação fantástica.”

Cada detalhe feito à mão transforma itens brutos em obra de arte e ganha reconhecimento dos clientes. “A receptividade do público de outras regiões e estados é incrível. Fizemos amizades e fechamos negócios em feiras fora da nossa região.” Rocha observa que as pessoas têm um olhar diferente para os cuidados ao meio ambiente. “Recebemos um respeito enorme, algo que acaba resultando em lucros maiores, pois, quando vendemos em outras cidades, temos uma busca muito maior do que aqui na região.”

O artesão destaca o quanto é prazeroso trabalhar em família. “Uma das minhas filhas, a Mariana, me ajuda na divulgação das nossas confecções; a minha esposa, Marta, cuida da plantação de cactos e suculentas; e meus outros filhos, o Leonado e a Luana, que moram em Porto Alegre, dão opinião, ajudam na compra de materiais, além de várias outras coisas.”

A última novidade do Arteliê são peças suspensas com suporte na técnica macramê. E o próximo desafio tem um objetivo: terminar com o pouco vidro que sobra nos cortes. A ideia é dominar a técnica de derreter, formar novas peças e praticamente alcançar o resíduo zero do vidro.

Visite

Conheça o artesanato local nas exposições permanentes: na rua Julio May, Centro, próximo ao Sine, e no Shopping Lajeado, no primeiro piso. Os artesãos também expõem nas feiras das praças da Matriz e do Papai Noel.

osso trabalho básico é com o vidro. Todo o resto é complemento.” As duas frases do artesão Fernando Rocha podem ser resumidas em uma palavra: upcycling. O vidro que chega às suas mãos, em vez de ser descartado, ganha um novo uso, um novo ciclo de vida. “A ideia é sempre reutilizar, porque se você jogar o vidro na grama, ele não vai sumir.”

O trabalho com artesanato em vidro começou há 7 anos a partir de uma demanda da filha, moradora de Porto Alegre. “Ela produziu uma cachaça

"Ne precisou de um copo, que tivesse um conceito mais artesanal.” Desse copo, feito com parte de garrafas de cerveja, começou todo o resto.

As técnicas de corte e acabamento foram aperfeiçoadas e novas peças passaram a fazer parte da produção.

“Hoje, temos cerca de 70 itens.” A madeira passou a dar um toque natural, e as mensagens positivas, de sentimento. “À peça principal, são agregados ferro, pedra, plantas, entre outros materiais.”

Rocha conta que a madeira utilizada é coletada na natureza ou a partir de sobras. “Juntamos galhos caídos e buscamos sobras doadas.” Os troncos viram relógios, porta-chaves e outros objetos.”

Artesão produz 70 itens diferentes e dá continuidade ao ciclo de vida do principal produto usado nas peças

Os cactos e as suculentas passaram a integrar o artesanato da marca Arteliê. O custo da compra de terceiros, lembra Rocha, encareceu as peças. “Então decidimos plantar matrizes, que hoje geram todas as plantas que utilizamos nas nossas confecções, cerca de mil unidades/ mês.” Todo o processo de cultivo ocorre no espaço dividido em loja, estufa de plantas, depósito de vidro e área de produção, no Centro de Lajeado.

Saiba mais

• Por ser um material 100% reciclável, 1kg de vidro oriundo da reciclagem que retorna ao processo produtivo representa 1kg de vidro novo.

• O reaproveitamento traz diversos benefícios como: redução de descarte de resíduos, diminuição da exploração de matéria-prima, aumento da reciclagem, economia de água e energia.

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