Viver Cidades - 22/06/2023

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Mananciais de Venâncio Aires têm índices antagônicos

Análise aponta o parâmetro oxigênio na melhor classe para o rio Taquari, em Mariante (foto), e na pior, ao arroio Castelhano. O Índice de Qualidade de Água (IQA) é ruim e péssimo, respectivamente. Esta foi a primeira etapa de coletas nos dois mananciais do município. A próxima ocorrerá em outubro, assim como nos outros 23 pontos de cursos d’água da região.

Páginas 2 a 8

MOMENTO PARA

CELEBRAR A PESQUISA

O I Concurso Viver Cidades recebeu 76 projetos nas categorias ensino fundamental, médio e escolas. Solenidade especial marcou a entrega da premiação no valor equivalente a R$ 25 para os vencedores. Nesta edição, conheça os projetos premiados.

CADERNO ESPECIAL JUNHO | 2023
JÚLIA AMARAL
Páginas 14 a 20

Qualidade da água melhora, mas segue nas duas piores faixas

Locais de coleta

ARROIO DO MEIO

Rio Taquari, Rio Forqueta

Arroio Grande

COLINAS

Arroio da Seca

CRUZEIRO DO SUL

Rio Taquari

Arroio Sampaio

ENCANTADO

Rio Taquari, Arroio Jacaré

Arroio Lambari

Aterceira etapa de coleta e análise de água de mananciais da região mostram resultados ligeiramente mais favoráveis do que nas duas anteriores, em 2022. Mesmo assim, não houve avanço suficiente para sair das faixas ruim e péssima, as piores em uma escala que ainda tem ótima, boa e regular. Este ano, os testes comprovaram 81% dos pontos no nível ruim e 19%, péssimos. Na primeira amostragem, em abril de 2022, os resultados foram 48% ruim e 52% péssima. Na análise de outubro passado, 74% das amostras apontaram para a faixa ruim e 26%, péssima.

Iniciativa

O monitoramento da qualidade da água é uma iniciativa do Grupo A Hora. As coletas são feitas em dois rios e 13 arroios em onze municípios da região (veja quadro).

Em 2022, ocorreram duas etapas (março e outubro). Neste ano, os pontos de coleta passaram de 23 para 26, incluindo amostras em Venâncio Aires.

ESTRELA

Arroio Boa Vista

Arroio Estrela

FORQUETINHA

Arroio Forquetinha

LAJEADO

Rio Taquari

Arroio do Engenho

Arroio Saraquá

Arroio Encantado

MARQUES DE SOUZA

Rio Forqueta

SANTA CLARA DO SUL

Arroio Saraquá

TEUTÔNIA

Arroio Boa Vista

Arroio Posses

VENÂNCIO AIRES

Rio Taquari

Arroio Castelhano

Venâncio Aires

Rio Taquari

Rio Forqueta

Arroio Castelhano

Diretor Executivo: Adair Weiss

Diretor de Mercado e Estratégia: Fernando Weiss

Diretor de Conteúdo

Editorial: Rodrigo Martini

PRODUÇÃO EXPEDIENTE IMPRESSÃO ARTE E DIAGRAMAÇÃO Marcelo Grisa COLABORAÇÃO Eloisa Silva
TEXTOS Luciane Eschberger Ferreira Grafica Uma/ junto à Zero Hora
Dos 26 pontos analisados na terceira etapa de monitoramento, 81% estão na faixa ruim e 19%, na péssima

Folhito: INOVAÇÃO, TECNOLOGIA E SUSTENTABILIDADE

Há quase 30 anos, empresa é referência ao processar materiais orgânicos de forma responsável e segura, gerando fertilizantes orgânicos de qualidade, biogás e biometano

Uma empresa que alia inovação, tecnologia e sustentabilidade para agregar valor ao meio rural e melhorar a vida nas cidades. Com quase 30 anos de atuação, a Folhito, sediada em Estrela, filiais em Cristal e Almirante Tamandaré, e atuação no RS e Santa Catarina, é referência quando o assunto é processar materiais orgânicos de forma responsável e segura, gerando fertilizantes orgânicos de alta qualidade, biogás e biometano. Em 2022, a empresa, localizada em um complexo de quase seis hectares, no Distrito de Linha Delfina, processou mais de 163 mil toneladas de resíduos vindos de diferentes empresas e propriedades rurais, que resultaram em 120 mil toneladas de fertilizantes orgânicos, licenciados nos principais órgãos do país, como o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Fepam e Ibama

ENERGIA LIMPA

Além dos fertilizantes orgânicos, a Folhito inova na geração de energia limpa, por meio da produção de 18 mil metros cúbicos de biogás e 10 mil metros cúbicos de biometano diários. Atualmente, essa energia gerada é utilizada nos processos de industrialização e abastecimento da frota da própria empresa. A preocupação com a sustentabilidade também se dá com a descarbonizarão que fez com que 125 mil toneladas de CO2 (dióxido de carbono) deixassem de ser emitidas na atmosfera.

INVESTIMENTOS NO BIOGÁS

Em relação à unidade de produção de biogás, o investimento da Folhito foi de aproximadamente R$ 30 milhões, com recursos do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), com repasse da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), que oferece subsídios para iniciativas sustentáveis.

O engenheiro responsável pelo projeto da empresa, Alexandre Souza da Rosa, explica que são aproveitados na atividade materiais agrossilvopastoris como, restos de aviários, lodo de estações de tratamento de efluentes das indústrias da região, entre outros, representando um correto encaminhamento dos resíduos utilizados. “A planta Folhito Estrela é resultado de um projeto inovador e pioneiro que realiza o tratamento de resíduos orgânicos através da digestão aeróbia (compostagem) e biodigestão anaeróbia (sem presença de oxigênio), com aproveitamento do biogás.”

INICIATIVAS SEGURAS E EFICAZES

Além das práticas de ESG (governança, responsabilidade social e com o meio ambiente) estarem alinhadas com a própria atividade da empresa, a Folhito utiliza o biogás gerado a partir do tratamento anaeróbio de resíduos orgânicos como energia elétrica, térmica e biocombustível da frota. Também reaproveita a água da chuva para uso produtivo e é uma empresa aterro zero, ou seja, não envia resíduos para esses ambientes. Na questão social, atua com ações de

conscientização a respeito do descarte correto de resíduos e da preservação ambiental. “Minimizamos o impacto ambiental. Iniciamos comercializando fertilizantes orgânicos, após começamos a trabalhar com processamento de resíduos orgânicos e em Estrela estamos atuando na geração de energia elétrica e produção de biometano, através do biogás. São alternativas seguras e eficazes”, reforça um dos diretores do empreendimento, Rodolfo Lanius.

Produção da Folhito em números:

137.033,51 toneladas de Fertilizantes Orgânicos em 2022

18 mil metros cúbicos de Biogás/dia, utilizando 680 toneladas de resíduos/dia

10 mil metros cúbicos de Biometano/dia

6 mil MW.h de energia elétrica por dia

8 mil MW.h de energia térmica recuperada

163.312,79 toneladas de resíduos em 2022

Produzido por

Est. Mun. Paulo Mallmann, S/Nº Linha Delfina 95880-000 | Estrela | 51 3011.2222 | fb.com/FOLHITO | folhito.com.br Paulo
Mallmann, S/Nº Linha Delfina 95880-000 | Estrela | 51 3011.2222 | fb.com/FOLHITO
Hoje, empresa produz 18 mil metros cúbicos de biogás/dia, que é utilizado nos processos de industrialização e abastecimento da própria frota Complexo da Folhito no Distrito de Linha Delfina, em Estrela, ocupa uma área de quase seis hectares crédito: Alexandre Labres/Matthi Comunicação/divulgação crédito: Aldo Lopes/Estúdio Alfa 125.587,54 toneladas de CO2 evitado em 2022
APRESENTADO POR
folhito.com.br
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Arroio Lambari tem o pior índice de qualidade

Na mesma faixa de IQA estão o arroio Encantado, em Lajeado, Castelhano, em Venâncio Aires, e o Saraquá, em Santa Clara do Sul

Entre os 26 pontos monitorados, o Índice de Qualidade de Água (IQA) mais baixo foi verificado no Arroio Lambari, em Encantado, 11,61. Classificado na faixa péssima (0 a 25), o manancial vem registrando índices cada mais baixos. Na análise de março de 2022, estava em 22,46, em outubro, 19,31.

Na faixa péssima também estão o arroio Encantado, 13,21, o Saraquá, 18, 6, e o Castelhano, 21,18. (veja quadro).

Em todos os demais pontos dos arroios e rios, a faixa de qualidade é a ruim (26 a 50). A escala ainda tem as faixas regular (51 a 70), boa (71 a 90) e ótima (91 a 100).

As amostras com melhor índice são as do rio Taquari, em Venâncio Aires e em Arroio do Meio, ambas com 31,43; rio For-

Faixas do IQA

Ótima - 91 a 100

Boa - 71 a 90

Regular - 51 a 70

Ruim - 26 a 50

Péssima - 0 a 25

MUNICÍPIO CURSO DE ÁGUA RESULTADO IQA CLASSIFICAÇÃO ENCANTADO Rio Taquari 29,73 Ruim Arroio Jacaré 27,17 Ruim Arroio Lambari 11,61 Péssimo ARROIO DO MEIO Rio Taquari 31,43 Ruim Arroio Grande 26,32 Ruim Rio Forqueta 27,72 Ruim LAJEADO Rio Taquari 29,14 Ruim Arroio do Engenho 25,39 Ruim Arroio Saraquá 26,42 Ruim Arroio Saraquá 28,82 Ruim Arroio Encantado 13,21 Péssimo CRUZEIRO DO SUL Rio taquari 29,21 Ruim Arroio Sampaio 30,33 Ruim COLINAS Arroio da Seca 28,9 Ruim MARQUES DE SOUZA Rio Forqueta 30,35 Ruim FORQUETINHA Arroio Forquetinha 26,01 Ruim TEUTÔNIA Arroio Boa Vista 29,71 Ruim Arroio Boa Vista 27,85 Ruim Arroio Posses 27,05 Ruim ESTRELA Arroio Boa vista 30,08 Ruim Arroio Estrela 30 Ruim Arroio Estrela 26,18 Ruim VENÂNCIO AIRES Arroio Castelhano 22,4 Péssimo Arroio Castelhano 21,18 Péssimo Rio Taquari 31,43 Ruim SANTA CLARA DO SUL Arroio Saraquá 18,6 Péssimo
Arroio Lambari, em Encantado, tem o pior Índice de Qualidade de Água, em 11,61 queta, em Marques de Souza (30,35), e Arroio Boa Vista, em Estrela (30,08).

Índice zero de oxigênio pode terminar com a vida aquática

COLIFORMES OXIGÊNIO DISSOLVIDO

O arroio Encantado, que corta o Parque Professor Theobaldo Dick, está com índice zero de oxigênio dissolvido. Na primeira análise, em março de 2022, o resultado foi 1 (um) e nas duas últimas, em outubro do ano passado e março de 2023, foi zero.

De acordo com o biólogo Cristiano Steffens, o fato de estar acima do limite da pior classe compromete a vida aquática no manancial. Ele observa que esta repetição de resultados mostra que a sazonalidade não interferiu na condição da água. Outro ponto com baixo índice de oxigênio dissolvido é o arroio Saraquá, em Santa Clara do Sul. As três amostras apontaram 1,6, 1,2 e 0,99 – todas abaixo da pior classe.

Classe 1

O rio Taquari, nos cinco pontos analisados, está na classe 1, no parâmetro oxigênio dissolvido. Steffens explica que o volume de água e a extensão do manancial facilitam a depuração. Entretanto, observa que os arroios, como afluentes, se estiverem com níveis baixos de oxigênio dissolvido, haverá maior chance de comprometer a qualidade do Taquari.

Esgoto

O parâmetro coliformes termotolerantes, maior indicador de contaminação por fezes, tem pontos com índices exorbitantes. No arroio Lambari chega a 160 mil/100ml, enquanto o limite da pior classe é 3200/100 ml.

Mesmo assim, houve melhora neste parâmetro, comparando a última amostra com as duas anteriores. Em março de 2022, 11 pontos estavam acima do limite da pior classe. Em outubro, este número baixou para seis, e na análise de 2023, para cinco.

SAIBA O QUE SIGNIFICA CADA PARÂMETRO

Oxigênio dissolvido na Água (OD):

representa a concentração de oxigênio na água. É imprescindível para preservação da vida aquática. Concentrações muito baixas comprometem a sobrevivência de peixes e outras espécies. A baixa concentração de OD indica contaminação por esgoto (poluição orgânica).

Coliformes termotolerantes:

são bactérias encontradas no aparelho digestivo de animais de sangue quente e são indicadores de poluição por esgoto doméstico. A bactéria Escherichia coli (E. coli) é a principal representante deste

grupo e é o melhor indicador da contaminação da água por fezes.

Fósforo:

é um parâmetro importante para os processos biológicos. Em excesso, pode causar eutrofização da água (a eutrofização de um corpo de água resulta no crescimento excessivo de algas e plantas aquáticas que, quando mortas, são decompostas por bactérias que consomem o oxigênio da água, tornando-o indisponível para outras espécies.) O fósforo está presente nos esgotos domésticos, devido à presença de detergentes superfosfatados e matéria fecal. A drenagem provocada pelas chuvas em áreas agrícolas (dejetos de animais e uso inadequado de

fertilizantes) e urbanas também contribuem para contaminação dos cursos d’água. Os efluentes industriais também são fontes relevantes de fósforo.

Demanda bioquímica de oxigênio (DBO):

representa a quantidade de oxigênio necessária para oxidar a matéria orgânica, ou seja, oxigênio dissolvido na água que foi consumido por bactérias e outros microorganismos nos processos de degradação da matéria orgânica. Valores altos de DBO indicam o lançamento de carga orgânica, principalmente esgoto doméstico, e também efluentes industriais.

Nitrogênio amoniacal:

a principal procedência é oriunda de esgotos sanitários, os quais lançam nitrogênio orgânico (presença de proteínas) e amoniacal (por meio da quebra de partículas da ureia). Também provém de indústrias químicas, No parâmetro coliformes termotolerantes, os índices estão acima do limite da pior classe em 11 pontos. Este parâmetro indica, entre outros contaminantes, a presença de esgoto doméstico. No parâmetro fósforo, oito locais estão acima do limite da pior classe. E em 15 pontos se enquadram na classe 3, em uma escala de 1 a 4 (pior). O resultado aponta para possível presença de efluentes domésticos, industriais e de atividades agropastoris.

MUNICÍPIO CURSO DE ÁGUA 1º PERÍODO (2022) 2º PERÍODO (2022) 3º PERÍODO (2023) 1º PERÍODO (2022) 2º PERÍODO (2022) 3º PERÍODO (2023) ENCANTADO Rio Taquari 1700 1700 79 11,3 10,2 10,8 Arroio Jacaré 4900 4900 490 11,2 10,7 10,2 Arroio Lambari 92000 92000 160000 7,6 7,1 2 ARROIO DO MEIO Rio Taquari 130 130 79 8,2 7,8 9,7 Arroio Grande 4600 4600 1700 10,1 8,4 8,8 Rio Forqueta 22 22 1100 7 8,8 9,1 LAJEADO Rio Taquari 70 70 490 6,6 7,6 8,6 Arroio do Engenho 17000 17000 5400 2,3 7 8,2 Arroio Saraquá 1700 1700 1700 7,7 7,2 5,9 Arroio Saraquá 1700 1700 330 4,1 7,7 6,5 Arroio Encantado 4300 4300 28000 1 0 0 CRUZEIRO DO SUL Rio taquari 170 170 130 8,4 7,4 9,2 Arroio Sampaio 170 170 46 6,5 7,4 8 COLINAS Arroio da Seca 14 14 490 8,7 6,9 8,9 MARQUES DE SOUZA Rio Forqueta 230 230 79 6,7 8,9 7,1 FORQUETINHA Arroio Forquetinha 540 540 1700 6,2 9,1 6,6 TEUTÔNIA Arroio Boa Vista 15 15 130 6,4 6,6 10,4 Arroio Boa Vista 83 83 490 5 6,3 7,6 Arroio Posses 15 15 1100 4,8 6,2 5,2 ESTRELA Arroio Boa vista 49 49 49 8 7,5 8,7 Arroio Estrela 17 17 170 11,7 5,1 9,9 Arroio Estrela 1700 1700 1400 2,3 7,6 9,6 VENÂNCIO AIRES Arroio Castelhano 4900 2,7 Arroio Castelhano 7900 3,5 Rio Taquari 70 9,1 SANTA CLARA DO SUL Arroio Saraquá 790 3500 170 1,6 1,2 0,99 Parâmetro Classe 1 Classe 2 Classe 3 Classe 4 Acima do limite Oxigênio Dissolvido ≥ 6 ≥ 5 ≥ 4 ≥ 2 < 2 Coliformes Termotolerantes ≤ 160 ≤ 800 ≤ 3200 > 3200

DISIM É REFERÊNCIA EM SISTEMAS FOTOVOLTAICOS NO VALE DO TAQUARI

Empresa, que é pioneira no ramo da energia solar, já entregou mais de 3,5 mil projetos em todo o Brasil

Hcado de automação comercial e há oito no ramo de energia solar, a Disim, empresa sediada em Arroio do Meio, é uma das pioneiras na região neste segmento e já atendeu a mais de 3,5 mil projetos de pequeno, médio e grande portes em todo o Brasil.

Com alta eficiência nos serviços prestados, a Disim comercializa sistemas fotovoltaicos de fabricantes líderes mundiais e presta assistência técnica qualificada antes, durante e após a venda. Além da comercialização de sistemas fotovoltaicos, a empresa oferece o serviço de limpeza e manutenção dos painéis, o que é aconselhável que seja feito a cada seis meses, pois além de

prevenir problemas futuros, ajuda a prolongar a vida útil do sistema.

DIFERENCIAIS

Um dos diferenciais, é que a Disim possui engenharia dentro do time, o

que garante um melhor controle de qualidade dos serviços, bem como a assertividade na entrega de cada projeto. Além da sede matriz com 4.000m², a empresa possui uma loja própria, na qual comercializa linha completa de suprimentos para automação industrial, instalações elétricas, robótica e energia solar, e na qual, recentemente, disponibilizou re-

para a comunidade um ponto de re carga gratuita para carro elétrico.

COMO FUNCIONA A ENERGIA SOLAR?

Conforme dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), a energia solar é hoje a segunda maior fonte da matriz energética do país,

ultrapassando a energia eólica. Esse tipo de energia é gerada através de painéis solares, também conhecidos como módulos fotovoltaicos. Os painéis são compostos por células fotovoltaicas, que convertem a luz do sol em energia elétrica. A energia gerada é enviada para a rede elétrica ou armazenada em baterias para uso posterior.

AINDA VALE A PENA?

Fio B, a energia solar continua sendo vantajosa, afinal o usuário ainda terá economia em sua conta de luz e o custo-benefício é satisfatório, já que a durabilidade de um sistema fotovoltaico é, em média, 25 anos. Também é importante considerar que a instalação de um sistema fotovoltaico valoriza o imóvel e, além disso, o usuário está ajudando o meio ambiente, utilizando uma das fontes mais limpas de energia.

COMO ADQUIRIR UM KIT DE SISTEMA SOLAR?

Atualmente, existem diversas linhas de financiamento para quem deseja adquirir um sistema solar, muitas das quais até permitem pagar a parcela com a própria economia obtida na conta de luz, o que torna a aquisição do sistema fotovoltaico mais acessível para boa parte da população. Além disso, frequentemente a Disim oferece diversas promoções e condições de pagamento facilitadas para que o cliente possa adquirir o seu kit de energia solar e entrar para o rol dos que economizam até 95% na sua conta de luz.

O Finame é o financiamento para aquisição e comercialização de sistemas de geração de energia solar e eólica, aquecedores solares, ônibus e

caminhões elétricos, híbridos e movidos exclusivamente a biocombustível e demais máquinas e equipamentos com maiores índices de eficiência energética ou que contribuam para redução da emissão de gases de efeito estufa. Todos os produtos devem ser novos, -

de fabricação nacional e cre

Sobre o FINAME: denciados pelo BNDES.

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e destaca conjunto de ações Venâncio Aires recebe laudos

Índice de Qualidade da Água do rio Taquari, em Mariante, é ruim e no arroio Castelhano, péssimo

Omunicípio de Venâncio Aires recebeu os primeiros resultados do Índice de Qualidade da Água (IQA). Os dados mostram que os dois pontos do Arroio Castelhano, antes e depois do local de captação da Corsan, são classificados como péssimos. O rio Taquari, em Mariante, está na faixa ruim. A coleta de amostras ocorreu em março. De acordo com o secretário de Meio Ambiente, Nilson Lehmen, os resultados preocupam a equipe técnica da secretaria. “Atribuímos, principalmente, ao déficit de tratamento correto dos esgotos domésticos da área urbana.” Lehmen explica que a rede coletora de esgoto ainda não atende todo o município. Apesar da estação de tratamento (ETE) já estar em operação, ainda existem muitas residências que não estão conectadas à rede. “Por isso, não destinam seus efluentes para o tratamento correto”, reforça.

Outro fator que afeta a qualidade da água é a falta de proteção dos cursos hídricos e nascentes. “Apesar de o município possuir um projeto de recuperação de nascentes, que está proporcionando significativas melhorias em termos de recuperação e preservação, ainda há muitas áreas vulneráveis que têm impacto na qualidade e quantidade das águas que desembocam no arroio Castelhano.”

O secretário acrescenta que este fator, aliado à questão das secas, que têm sido cada vez mais frequentes e intensas, interferem diretamente na diminuição da vazão de água, o que reduz a capacidade de depuração do recurso hídrico.

O índice um pouco melhor apresentado no rio Taquari, em Mariante, é atribuído à distância da área de maior concentração urbana, diferente do que ocorre em muitos outros municípios da Bacia Hidrográfica Taquari-Antas, explica o secretário.

Medidas

Na tentativa de mudar a atual realidade, o município, ressalta Lehmen, tem investido na recuperação de nascentes.

Um grupo de trabalho está revendo e estudando a legislação que trata do parcelamento do solo. “O objetivo é tornar obrigatória a instalação de Estação de Tratamento de Esgotos e canalização individualizada para os novos loteamentos.”

RESULTADOS DAS ANÁLISES

• Os Coliformes termotolerantes (E. Coli) são os maiores indicadores de poluição por esgoto doméstico;

• Até 160/100 ml de água corresponde à classe 1;

• No ponto antes da captação da Corsan a análise apontou 7900/100 ml;

• No ponto após a captação da Corsan a análise apontou 4900/100 ml;

• Os dois pontos estão acima do limite da pior classe que é até 3200/100ml.

Saiba mais

O Laboratório Unianálises é responsável pelo trabalho técnico. Contratado pelo Grupo A Hora, tem feito as análises físico-químicas e microbiológicas desde o ano passado, quanto começou o monitoramento em mananciais da região. Neste ano, o projeto foi ampliado de 23 para 26 locais pesquisados, incluindo o arroio Castelhano e o rio Taquari, em Mariante.

Curso d’água Local de coleta Resultado do IQA Classificação Coliformes termotolerantes unidade/100 ml de água Arroio Castelhano Antes do ponto de captação da Corsan 21,18 Péssima 7900 Acima do limite da pior classe (3200) Arroio Castelhano Depois do ponto de captação da Corsan 22,4 Péssima 4900 Acima do limite da pior classe (3200) Rio Taquari Santinha em Mariante 31,43 Ruim 70 Classe 1 (até 160)
“Atribuímos (a qualidade da água), principalmente, ao déficit de tratamento correto dos esgotos domésticos da área urbana.”
Nilson
Lehmen Secretário de Meio Ambiente Amostras foram coletadas no arroio Castelhano (foto) e no rio Taquari

AONU aponta que anualmente cerca de 11,2 bilhões de toneladas de resíduos são coletados e aproximadamente 931 toneladas de alimentos são desperdiçados. Esses dados colaboraram para que em 2022 o mundo alcançasse o amargo recorde de 36,8 bilhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) lançados na atmosfera.

O setor da reciclagem animal atua para diminuir a emissão de CO2 e outros gases que colaboram com o efeito estufa. E o Grupo FASA é uma das principais instituições à frente desse processo.

Segundo Cristiano Theisen, gerente do Grupo FASA, a pecuária brasileira abate mais de 41 milhões de toneladas de bovinos, aves, suínos e pescados por ano e cerca de 99% dos resíduos são recolhidos e reciclados.

“Nessa jornada de tomada de consciência e efetivo trabalho no processo de transformação do mundo, a reciclagem animal pode evitar a emissão de 1,2 tonelada de CO2. Hoje, cerca de 12% de toda a reciclagem animal no Brasil é feita pela empresa. Temos um papel importante nesse processo”, avalia.

POR UM PLANETA LIMPO

EMPRESA DO VALE COLABORA COM REDUÇÃO DE EMISSÃO DE CARBONO NO MUNDO

O Grupo FASA, em Cruzeiro do Sul, contribui com o meio ambiente e a saúde da comunidade reciclando o material em ingredientes para diversos produtos

A importância da reciclagem animal

O dióxido de carbono (CO2), também conhecido como gás carbônico, é um composto químico gasoso que provoca graves desequilíbrios no efeito estufa do planeta Terra. Ainda que o gás carbônico em si não seja um problema, a quantidade excessiva de gases colabora diretamente com o aquecimento global e gera diversas consequências para o clima, como períodos de seca ou inundações fora de época.

O ciclo da reciclagem animal evita a construção de mais de 800 aterros sanitários que seriam necessários para acomodar o descarte das carcaças e colabora com diversos outros segmentos produtivos.

“Os produtos que fazemos, quer seja a farinha de osso ou de sangue, são ingredientes essenciais da indústria da ração. Além disso, 90% da gordura gerada pelo Grupo FASA também é aplicada na fórmula de combustíveis biodiesel”, conclui Theisen.

Por que a reciclagem animal é importante?

• Hoje, são abatidas cerca de 85 milhões de cabeças de bovinos, caprinos, ovinos e suínos;

• Enquanto isso, de frangos e perus são 5,9 bilhões de cabeças;

• Deste total, 34% não chega ao consumidor e segue direto para a reciclagem;

• A carcaça de uma vaca, em média, libera 1,2 tonelada de gás carbono na atmosfera;

• Este montante equivale a 6.025.557 carros em circulação;

• Com a reciclagem, essas substâncias são transformadas em fonte de matéria prima segura para utilização em outras cadeias;

• Assim, a reciclagem animal retira da natureza nutrientes como carbono, nitrogênio e fósforo, que em excesso contaminam o meio ambiente.

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@grupofasa grupofasa @grupofasaind www.fasa.ind.br Rua João Eckert, 1000 - São Rafael – Cruzeiro do Sul (51) 3714-9800

Conversa Viva leva o tema “água” às escolas

Estudantes se impressionam ao saber o Índice de Qualidade da Água dos mananciais da região

Aprincipal ação do projeto Viver Cidades, do Grupo A Hora, é a coleta e análise de água de dois rios e 13 arroios da região. No intuito de dividir o conhecimento e alertar crianças e adolescentes sobre uso racional do recurso e os meios de preservar os mananciais, o Viver Cidades criou a ação Conversa Viva. Mais do que apresentar o ciclo da água e o grau de contaminantes orgânicos, a atividade abre a discussão sobre o comportamento das pessoas em relação ao meio ambiente. Exemplos positivos

Escola Estadual de Ensino

Fundamental Pedro Scherer

Bairro Montanha, Lajeado

Escola Estadual de Ensino

SEGUE >

e negativos surgem da experiência e do conhecimento de cada estudante, numa dinâmica de conversa viva. Em pouco mais de três meses, a atividade contemplou 12 escolas dos municípios de Lajeado, Estrela, Venâncio Aires, Teutônia e Marques de Souza. Mais de 450 estudantes do 6º ao 9º participaram da Conversa Viva. Em comum, as turmas se surpreendem com a qualidade da água, ao saber que estão nas classificações ruim e péssima. Outra impressão é que todos têm a noção de importância da separação de lixo para contribuir para preservação ambiental.

Fundamental Professora Leontina

Bairro Santa Tecla, Venâncio Aires

Escola Municipal de Ensino Fundamental Cônego Sereno Hugo Wolkmer

Bairro Auxiliadora, Estrela

O projeto já visitou 12 escolas em cinco cidades da região. Mais de 450 estudantes participaram da ação desde março

Escola Estadual de Ensino

Fundamental Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

Linha Travessa, Venâncio Aires

Escola Municipal de Ensino

Fundamental Vida Nova

Bairro Conventos, Lajeado

Escola Municipal de Ensino

Fundamental Odilo Afonso Thomé

Bairro Imigrantes, Estrela

Escola Municipal de Ensino

Fundamental Carlos Gomes

Bairro Cidade d’Água, Marques de Souza

Escola Estadual de Ensino

Escola Estadual de Ensino

Fundamental Severino José Frainer

Linha Atalho, Marques de Souza

Fundamental João Léo Fröhlich

Linha 17 de Junho, Venâncio Aires

Ideias na cabeça e olhos voltados ao meio ambiente

Estudantes das redes pública e privada apresentaram 76 projetos voltados à preservação. Concurso premiou os seis melhores

Entre os propósitos do projeto Viver Cidades estão estimular a pesquisa e dar visibilidade às iniciativas voltadas ao meio ambiente. O I Concurso Viver Cidades vai ao encontro destes objetivos. O desafio lançado às escolas das redes pública e privada resultou em 76 inscrições de alunos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e do Ensino Médio. A diversidade de ideias, de áreas exploradas e de soluções propostas surpreendeu positivamente a comissão organizadora e a julgadora.

Para o doutor em Engenharia Ambiental e Sanitária, Odorico Konrad, as ideias e estratégias para questão do ambiente foram perceptíveis e muito fortes nos trabalhos dos alunos. “De certa forma, o que se enxerga são propostas com algumas tecnologias - de bom uso para nós - e também um pensar muito forte sobre o que realmente se pode fazer para preservação do ambiente natural”, destaca Konrad, que integrou a comissão julgadora.

Os temas revelam, observa ele, um olhar para energia e resíduos. “Existe a preocupação dos jovens em re-

Odorico

Konrad

GANHADORES

Ensino Médio Ensino Fundamental

1º lugar

Projeto: Descarte correto de medicamentos

Alunas: Eduarda Goetz Cardoso, Eloisa Paulina Gregory e Eduarda Gil da Rocha Escola Estadual de Educação

Básica Nicolau Müssnich Estrela

2º lugar

Projeto: Canoa ecológica

Aluno: Lucas Lottermann

Colégio Evangélico Alberto Torres Lajeado

3º lugar

Projeto: Clima e tempo a partir de uma estação meteorológica experimental

1º lugar

Projeto: Carrinho reciclável movido a água

Aluno: Nicolas Koch

Escola Estadual de Educação

Básica São Francisco Progresso

2º lugar

Projeto: Carro de Lançamento

Aluno: Vicente Ribeiro da Rocha, Heitor Aguiar Martins e Murilo Wendt

Colégio Martin Luther Estrela

3º lugar

Projeto: Matemática divertida

lação aos temas da atualidade e que têm ligação direta com questões voltadas para o dia a dia.”

A inovação está presente na pauta e nos trabalhos. “Os alunos querem trazer esta inovação para discussão, vejo isso de forma muito satisfatória.” A inovação, ressalta Konrad, pode ser de cunho comportamental, das pessoas. “Isso sim pode refletir lá na frente em situações muito positivas, de preservar o ambiente natural como um todo.”

A bióloga Edith Ester Zago de Melo, coordenadora do Centro de Educação Ambiental de Lajeado, também participou da comissão julgadora dos projetos. “Me chamou a atenção o trabalho dos alunos em pensar em soluções para os problemas locais.” Edith constatou que as escolas de áreas mais urbanizadas se preocuparam, principalmente, com a questão dos resíduos. E as de áreas mais afastadas dos centros urbanos trabalharam questões relacionadas à recuperação de áreas degradadas, por exemplo. “Foi muito bacana ver a criatividade empregada para a resolução de problemas locais e o engajamento dos alunos e professores na discussão de temas relacionados à sustentabilidade. Quero parabenizar todos os envolvidos no concurso Viver Cidades.”

Alunas: Ana Paula Luzzy Vogt, Daniely Vitória Schwambach e Evelyn Scherer Escola Estadual de Ensino Médio Estrela

Alunas: Yasmin Emabuely Lenhart Oestreicher e Franciele Elisabete Alves

Ensino Fundamental Frei Henrique de Coimbra Santa Clara do Sul

Escolas

Centro de Educação Básica Gustavo Adolfo (GA)

Centro de Ensino Fundamental Leonel de Moura Brizola (Cemef)

Escola Estadual de Ensino Fundamental Severino José Frainer

Escola Estadual Ensino Médio Gomes Freire de Andrade

Escola Municipal de Ensino Fundamental Leopoldo Klepker

“Existe a preocupação dos jovens em relação aos temas da atualidade e que têm ligação direta com questões voltadas para o dia a dia.”
Doutor em Engenharia Ambiental e Sanitária
“Foi muito bacana ver a criatividade empregada para a resolução de problemas locais e o engajamento dos alunos e professores na discussão de temas relacionados à sustentabilidade.”
Edith Ester
Zago de Melo Bióloga e coordenadora do Centro de Educação Ambiental de Lajeado Palestra foi ministrada pela Jornalista Natália Richter

Seminário propõe reflexão sobre o futuro

O seminário “Que ambiente queremos para o planeta?” revelou e premiou os vencedores em cada categoria. O evento ocorreu no auditório 11 da Univates, em 10 de maio.

A programação contou com a pa-

lestra da jornalista Natália Richter sobre o tema “Qual o meu papel enquanto jovem?”. Natália é voluntária na organização não governamental Eco Pelo Clima.

O painel “Estratégias e Ferramentas para Melhorar o Ecossistema Re-

gional, foi conduzido pela jornalista e secretária de Desenvolvimento, Inovação e Sustentabilidade de Estrela, Carine Schwingel. A professora doutora em direito ambiental, Luciana Turatti; a superintendente de sustentabilidade

ambiental da Corsan, Marluza Gorga; e o promotor de justiça titular da Promotoria Regional Ambiental, Sérgio da Fonseca Diefenbach, completaram o painel.

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Estudantes, professores e demais convidados lotaram o auditório 11 da Univates na solenidade de premiação
SEGUE > ASSISTA EM VÍDEO A CERIMÔNIA QUE PREMIOU OS GANHADORES DO I CONCURSO VIVER CIDADES
Estratégias e Ferramentas para Melhorar o Ecossistema Regional foi tema do painel

CATEGORIA ESCOLAS

Escola é lugar de cuidar da natureza e do ambiente

Estudantes foram desafiados a apresentar soluções ambientais e criar peças com materiais recicláveis

No Concurso Viver Cidades, os jovens do ensino médio foram desafiados a apresentar soluções ambientais que pudessem ser aplicadas nas escolas, empresas e instituições. Para as turmas de 6º ao 9º ano, a proposta era criar peças com materiais recicláveis.

Os jurados consideraram inovação, sustentabilidade, ineditismo, originalidade, aplicabilidade, entre outros critérios, para avaliar os projetos.

A premiação totalizou o equivalente a R$ 25 mil: R$ 5 mil para o primeiro lugar em cada categoria de estudantes, R$ 3

Centro de Ensino Fundamental

Leonel de Moura Brizola (Cemef)

Teutônia

Projeto: Cemef Sustentável: cuidando e preservando vamos escrever um novo futuro

O Centro Municipal de Ensino Fundamental Leonel de Moura Brizola (Cemef), em Teutônia, atende crianças de 6 a 12 anos no contraturno escolar. O projeto Cemef sustentável: cuidando e preservando vamos escrever um novo futuro envolve diversas ações com a participação dos mais de 300 estudantes. Horta com temperos, chás e alimentos da estação (alface, aipim, etc), produção de frutas no pomar e plantio de árvores nativas no entorno da instituição são alguns exemplos. As oficinas de artesanato incentivam a reutilização e economia de materiais. Este ano, com a crise hídrica, a atenção foi voltada ao consumo consciente de água, de modo a manter a horta e mais de 40 árvores recém-plantadas. Direção, equipe pedagógica e professores constatam que as ações simples, incorporadas à rotina de cada aluno, tiveram repercussão na vida familiar e criaram hábitos coletivos.

Outro ponto destacado foi a Oficina Meio Ambiente e Práticas Sustentáveis, que tem o propósito de desenvolver nos estudantes o pertencimento à Terra, a reconexão com a natureza e consigo, com práticas de percepção ambiental, conhecimentos sobre alimentação saudável, plantas medicinais para o autocuidado e à saúde.

mil para o segundo e R$ 2 mil para o terceiro colocado.

Na categoria escolas, a comissão julgadora apontou cinco instituições pelas ações ambientas. Não houve classificação, as cinco ganharam prêmios equivalente a R$ 1 mil. Confira os projetos vencedores.

Escola Estadual

Ensino Médio

Gomes Freire de Andrade

Teutônia

Projeto: Dando vida ao isopor

Para contribuir com a preservação do meio ambiente, a escola mantém a prática de recolher e dar a destinação correta a alguns materiais recicláveis. A inserção de disciplinas no Novo Ensino Médio impulsionou a comunidade escolar a ampliar esta ação e incluir o isopor na lista itens reaproveitáveis. O material é considerado um dos maiores poluidores do planeta. Depois de coletar peças nas lixeiras do comércio local, os alunos, com a supervisão dos professores Débora Juffo, de biologia, e Eric Krug, de Língua Portuguesa, começaram a colocar a mão na massa.

O isopor foi ralado com ralador doméstico e escovão de ferro. Depois, misturado ao cimento e à água. Para fazer as formas, o grupo utilizou caixas de leite, potes de nata, copos plásticos e madeira. Depois de uma semana de secagem, as peças foram desenformadas e então finalizadas com pinturas de decorações. Vasos e tijolos decorativos estão entre as peças produzidas.

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Centro de Educação

Básica Gustavo Adolfo (GA)

Lajeado

Projeto: O lugar onde eu vivo

O projeto “O lugar onde eu vivo” foi iniciado no ano de 2022 com as turmas de 1º ano do ensino médio concomitantemente com a implementação do Novo Ensino Médio. Conforme a professora Luciana Fernandes, os estudos começaram com a observação da produção de resíduos sólidos, que resulta na poluição sólida.

O trabalho saiu do ambiente escolar e alcançou a cidade. Conforme o grupo foi avançando nas pesquisas, o trabalho chegou ao impacto do lixo no planeta. As saídas a campo contemplaram a visita à Ecovates (central de resíduos da Univates) e ao aterro sanitário de Lajeado, localizado no bairro Conventos.

A partir das observações nas visitas, o grupo desenvolveu estudos sobre questões sociais emergentes. A professora Luciana conta que, ao saber do impacto causado pelo lixo, os estudantes demostraram preocupação.

Os estudos passaram a abordar a poluição gasosa. Os jovens tinham interesse em saber sobre a emissão dos carros, então realizaram pesquisaram sobre a queima de combustíveis fósseis, movimento e forças, dentre outros objetos do conhecimento. Neste ano, o projeto avançou para o estudo da poluição das águas. O fechamento desse tema será a viagem de estudos no final do ano.

“Muitos debates aconteceram a partir dos temas que estudamos. Os estudantes foram, e são, muito proativos na busca por soluções”, finaliza a professora.

Escola Municipal de Ensino

Fundamental Leopoldo Klepker

Teutônia

Projeto: Leopoldo Klepker Sustentável (LKS)

O planeta vive um momento ímpar em termos de degradação ambiental de todas as ordens. Atinge os mais variados recursos ambientais, como água, solo e atmosfera, além das condições sociais e econômicas da população. A diretora Evanete Inês Horst Grave e o professor e biólogo Evandro Biondo acreditam que aliar e harmonizar o tripé sociedade – meio ambiente – economia é uma das portas de saída para a resolução dos problemas ambientais e sociais. A reflexão levou à criação do projeto Leopoldo Klepker Sustentável (LKS).

A escola se transformou em uma “mini sociedade” Criou-se então uma moeda ecológica para ser distribuída aos estudantes como forma de incentivo às boas ações ambientais. De posse da moeda ecológica, eles podem gastá-la da forma que julgarem mais adequada, adquirindo produtos que estarão à disposição. Dessa forma, os pontos acumulados durante as ações podem ser transformados em prêmios para as turmas e aos estudantes. Recolhimento e venda de recicláveis, por exemplo, somam pontos. A escola contou com diversos parceiros para realizar o projeto, que mobilizou estudantes de todas as idades, cada um fazendo ações de acordo com sua idade e capacidade.

Escola Estadual de Ensino

Fundamental Severino José Frainer

Marques de Souza

Projeto: Amendoim forrageiro: combatendo a erosão

Linha Atalho, onde fica a escola Severino José Frainer, tem uma topografia bastante irregular. A própria escola foi construída em vários pavimentos. Barrancos, subidas e descidas são propícios para erosão. Vendo o problema se agravar, especialmente no entorno da escola, direção e colaboradores começaram a estudar formas de combater a erosão. Para tanto, conta a diretora Simone Zambiazi, foram pesquisadas várias soluções até encontrar uma que se adequasse à escola.

O cultivo do amendoim-forrageiro na área da instituição solucionou o problema. Diante do resultado, o projeto foi ampliado para outras áreas atingidas pela erosão. Direção, professores, alunos e seus familiares colaboraram no cultivo. Além de combater o problema no entorno da instituição e nas propriedades rurais, o amendoim-forrageiro se tornou fonte de alimento para os animais e incentivo ao ajardinamento sustentável.

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SEGUE >

Primeiro lugar rende o sonhado notebook

Estudante do 7º ano criou carrinho reciclável movido a água

Nicolas Koch, 12, estava planejando com a família a compra de um notebook. “Talvez usado, talvez daqui a algum tempo.” Ele não imaginava que o projeto de um carrinho movido a água seria o passaporte para ter um notebook novinho em folha. Nicolas está no 7º ano na Escola Estadual de Educação Básica São Francisco, em Progresso. Ele conta que gosta de criar objetos. “Gosto da área de programação, de criar novas possibilidades, ajudar pes-

soas, acho muito importante.” Para o I Concurso Viver Cidades, ele criou um carrinho com materiais recicláveis movido a água

A ideia surgiu a partir de pesquisas e conversas com mãe, Rosane. O pai, Flávio, ajudou a reunir os materiais. No teste, o carrinho foi reprovado. “O primeiro não deu muito certo. Descobrimos que os canos eram pequenos, não ia funcionar, não ia rodar”, lembra Nicolas.

O modelo inicial não deu certo, mas alguns ajustes foram suficientes para que o carrinho funcionasse

Como todo projeto começado do zero tem chance de erros e acertos, o inventor não desanimou. CDs, canos de PVC, ajustes daqui e dali, e o novo carro funcionou. Não só isso, rendeu o primeiro lugar no concurso.

Sobre o futuro, Nicolas diz que ainda não há nada definido. “Gosto de programação,” revela. O certo é que, com os R$ 5mil de premiação, ele tem o sonhado notebook para continuar suas pesquisas e decobertas.

Desenvolvimento pessoal

A professora de ciências, Bernadete Theves Carissimi, soube no concurso por meio do Jornal A Hora. Logo lançou o desafio aos alunos da Escola Estadual de Educação Básica São Francisco, em Progresso. E as turmas aceitaram bem a ideia. “Criar um projeto e concorrer contribui para o desenvolvimento pessoal e intelectual, sempre buscando

Estudantes da categoria Ensino Fundamental receberam um total de R$ 10 mil em prêmios

preservar o meio ambiente.” Para Bernadete, é na escola que se plantam as sementes de conscientização. Temos a possibilidade de incentivar os estudantes a buscar soluções aos problemas que já existem e aos que vão surgir.”

Sobre o prêmio conquistado pelo aluno Nicolas, a professora conta que recebeu a notícia com grande emoção. “É muito gratificante para toda a escola.”

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CATEGORIA
ENSINO FUNDAMENTAL
Nicolas recebeu o prêmio pela conquista do 1º lugar na categoria ensino fundamental NICOLAS KOCH FALA NA RÁDIO A HORA 102.9 SOBRE O PROJETO VENCEDOR

Construir, reaproveitar e brincar

O carro de lançamento é um brinquedo que induz os competidores a pensar estratégias para alcançar a distância estipulada, sem sair da rampa. O número de jogadores dependerá de quantos colegas quiserem se reunir para participar.

O brinquedo foi criado pelos es-

tudantes Vicente Ribeiro da Rocha, Heitor Aguiar Martins e Murilo Wendt. Eles estão no 7º ano, no Colégio Martin Luther, de Estrela.

O modelo tirou o 2º lugar no Concurso Viver Cidades, categoria ensino fundamental. A rampa e os carros são de madeira. Um anel de borracha

é usado para impulsionar os carrinhos. Vence quem consegue chegar mais longe.

Na ficha de inscrição para o concurso Viver Cidades, os adolescentes citaram como objetivos do projeto: construir uma rampa para carrinhos de madeira; estimular o movimento motor

em crianças até 12 anos; estimular a criação de estratégias e assertividade dos lançamentos; e analisar a possibilidade e a probabilidade de lançamento e deslocamento dos carinhos. A invenção do trio foi lançada longe, alcançou o 2º lugar no pódio do Concurso Viver Cidades.

Matemática pode virar diversão

Essencial para diversas atividades profissionais, a matemática é uma disciplina que, para muitos, é um grande desafio. Introduzir o uso de jogos no ensino da matemática e incentivar os alunos a gostarem da disciplina são alguns objetivos do projeto Matemática Divertida, 3º lugar no Concurso Viver Cidades.

As estudantes Yasmin Emanuely Lenhart Oestreicher e Franciele Elisabete Alves cursam o 9º ano, na Escola Estadual de Ensino Fundamental Frei Henrique de Coimbra, de Santa Clara do Sul. A dupla criou jogos para facilitar a aprendizagem da matemática, despertar o interesse dos alunos e mudar a dinâmica em sala de aula.

Tampas de garrafa pet, caixa de ovos, percevejos e papelão foram utilizados para fazer um tabuleiro, duas roletas e peças móveis. Com o desenho de tabuada, é só começar a jogar. O primeiro jogador gira as duas roletas, multiplica os números indicados e diz o resultado. Se estiver correto, o jogador avança uma casa. Se errar, fica no lugar e consulta a resposta certa na tabuada.

SEGUE >

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Yasmin e Franciele propõem uma modo lúdico para memorizar a tabuada Caixa de ovos e isopor estão entre os materiais utilizados Roleta e peças móveis compõem uma das peças do jogo Vicente, Heitor e Murilo criaram brinquedo utilizando como material base a madeira. Segunda colocação rendeu o prêmio de R$ mil para o trio do CML

CATEGORIA ENSINO MÉDIO

Professora lança o desafio e projeto fica em 1º lugar

Pesquisa aponta o desconhecimento sobre descarte de medicamentos

Em março deste ano, a professora Carmela Collin Caye recebeu um cartaz de divulgação do I Concurso Viver Cidades. Bióloga de formação, viu a possibilidade de envolver estudantes em pesquisa voltada ao meio ambiente. Eduarda Goetz Cardoso, 17, Eloísa Paulina Gregory, 18, e Eduarda Gil da Rocha, 17, aceitaram o desafio. As três alunas estão no 3º ano no ensino médio da Escola Estadual de Educação Básica Nicolau Müssnich, de Estrela.

As jovens, orientadas pela professora, escolheram o tema descarte de medicamentos e logo partiram para pesquisa. Ouviram 50 pessoas: familiares, amigos, colegas. Os grupos de WhatsApp e o fato de as três morarem no bairro Boa União facilitaram a coleta de dados.

O resultado foi surpreendente: 75% dos entrevistados não sabiam como deve ser feito o descarte de medicamentos e suas embalagens, como os blísteres e os frascos. De pronto, confeccionaram caixas coletores com a devida identificação e colocaram na escola. Passadas a surpresa e a euforia do primeiro lugar, as jovens comentam que a pesquisa proporcionou saber quais danos o descarte incorreto pode causar ao meio ambiente.

As sobras que ficam nos blísteres e os medicamentos vencidos ou dentro da validade podem contaminar o solo e a água. Nos mananciais, pode haver um desequilíbrio nas espécies, nascendo, por exemplo, mais anfíbios e peixes machos e menos fêmeas. “Nos Estados

Unidos, alterações hormonais significativas causaram mudança genética e, por consequência, a extinção de determinada espécie”, destaca Carmela.

Classificação

Eduarda Gil e Eduarda Cardoso estavam no evento de premiação e lembram da alegria e ao mesmo tempo da sensação de incredulidade de terem conquistado o primeiro lugar. No trabalho, Eloísa recebeu a notícia pelo Whatspp. “Eu perguntei várias vezes se era verdade mesmo.” Eduarda Cardoso conta que não imaginava ter um destaque tão grande, afinal, separação de resíduos não é uma novidade. Entretanto, as estudantes perceberam que disseminar o conhecimento, orientar as pessoas e evitar poluição ambiental

Eloísa, Eduarda Gil e Eduarda Cardoso se surpreenderam com a primeira colocação

tem grande valor.

Para a professora Carmela Collin Caye, o reconhecimento e o prêmio são importantes. “É o nome da escola pública que tem destaque.”

Também representam grandes conquistas, engajamento à causa ambiental e ao projeto proposto.

Prêmio

As jovens ganharam um vale-compra no valor de R$ 5 mil e dividiram o prêmio. Eduarda Cardoso e Eloísa estão de celulares novos. Eduarda Gil acrescentou um valor e agora tem um notebook.

Frio ou calor, a observação climática é diária

Elas são as meninas do tempo na Escola Estadual de Ensino Médio Estrela. Ana Paula Luzzy Vogt, Daniély Vitória Schwambach e Evelyn Scherer, com a participação de Thaís Roberta Mendes de Lima e Franciele Freitas de Lima, desenvolvem o projeto Clima e Tempo, a partir de uma Estação Meteorológica Experimental. O estudo, a pesquisa e a prática levaram o grupo a conquistar o 3º lugar no Concurso Viver Cidades, motivo de orgulho para a professora orientadora, Bruna Lucia Laindorf.

O trabalho tem os objetivos de compreender o funcionamento dos instrumentos meteorológicos que determinam as variações do tempo. Além disso, busca mensurar os índices de temperatura, pluviosidade, umidade, orientação geográfica, velocidade e direção dos ventos, localmente, por períodos de tempo determinados, inferindo médias climáticas a partir do acompanhamento diário na escola. A temática fica cada vez mais evidente,

Incentivo às primeiras remadas

Um projeto ousado, que, se desse errado, poderia levar o inventor e a invenção ao fundo do rio Taquari. Entretanto, Lucas Lottermann trabalhou na construção da canoa ecológica e se lançou às águas. O resultado foi navegar pelo espelho d’água como se estivesse em uma embarcação convencional. Lucas é aluno do 3º ano no Colégio Evangélico Alberto Torres, de Lajeado.

A canoa ecológica foi feita a partir de materiais reciclados, como garrafas, canos e câmeras de ar. O intuito era auxiliar o projeto Remada Ecológica, para recolhimento de lixos e objetos encontrados às margens do rio Taquari. Além disso, auxiliar os jovens que não têm condições de ter a própria embarcação a iniciar na modalidade e experimentar de se adaptam ou não à canoagem.

O Projeto Remada Ecológica é uma parceria entre a administração de Lajeado, por meio da Secretaria da Cultura, Esporte e Lazer (Secel), e a Associação de Ecologia e Canoagem (AECA). No início, os jovens de 11 a 17 anos aprendem os princípios de natação, a socialização e o espírito de equipe. Depois começa o aprendizado técnico.

As aulas proporcionam atividades físicas, contato com o meio ambiente e com o rio Taquari. Também envolvem a preservação e a conscientização ambiental.

As meninas do tempo do Médio Estrela pesquisam as mudanças climáticas

frente às discussões acerca das mudanças climáticas e a contribuição humana para o atual cenário.

Na defesa do projeto, é citada a Constituição Federal (1988), art. 225. “Todo cidadão tem direito a um ambiente ecologicamente equilibrado, com condições plenas para uma vida saudável e digna.”

Nesse sentido, o acesso às informações sobre o ambiente onde vive é imprescindível para a formação de cidadãos conscientes e atuantes, assim como para consequente construção dos conhecimentos de mundo, tornandoos mais participativos, independentes, responsáveis e preocupados com o meio ambiente.

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CONFIRA A LISTA COMPLETA DOS PROJETOS PREMIADOS NO SITE Lucas criou a canoa para auxiliar o projeto Remada Ecológico

Parceria empresa-escola impulsiona

Além de evitar o descarte de plásticos em aterros sanitários, projeto reverte recursos para equipar instituições de ensino

Na tarde ensolarada de uma quinta-feira, a diretora da escola

Dona Rita, Fabiane Rodrigues da Silva Frölich, aguardava a chegada de um táxi. “Eu disse que não precisava mandar hoje, poderia ser outro dia, quando ela viesse aqui na escola.” Fabiane referia-se à mãe de um aluno que pediu para entregar cinco sacos de 100 litros cheios de recipientes plásticos para reciclagem. O volume lotou o porta-malas e o banco traseiro do veículo, que foi até a localidade de Dona Rita, em Arroio do Meio, onde fica a escola municipal de ensino fundamental.

O material reciclável seria logo agregado ao que estava no contêiner do projeto Re.Ciclo Aqui, uma iniciativa da indústria Girando Sol, com sede em Arroio do Meio. A quantidade era suficiente para chamar a empresa reponssável por recolher e reciclar o plástico.

A Escola Dona Rita aderiu ao Re.Ciclo Aqui no início do ano letivo. Segundo Fabiane, seria a terceira remessa encaminhada à reciclagem. As duas primeiras renderam R$ 100. O destino do recurso é decidido em reunião de líderes – no caso, a aquisição de uma cesta de basquete para ser instalada no pátio.

A diretora conta que praticamente todas as famílias dos 146 alunos colaboram com o projeto. “Enviamos bilhetes e postamos orietações nos grupos de WhatsApp, assim como a prestação de contas.” Ela observa a importância das inciativas voltadas à sustentabilidade. Em casa, as crianças comentam sobre a separação dos resíduos e disseminam as boas práticas. O projeto deu tão certo que a escola agregou a coleta de latas de alumínio e papelão.

A preservação ambiental, a reciclagem e o reflexo social já eram trabalhados há alguns anos na Dona Rita. “Juntamos tampinhas e doamos para Liga Feminina de Combate ao Câncer. Os alunos estão acostumados a trazer as tampas.”

Exemplos de sucesso são inspiradores

A Escola Municipal de Ensino Fundamental São Caetano tem uma caminhada mais longa na reciclagem.

A diretora Andréa Susana Lange Barth conta que, em 2019, a mãe de um aluno propôs instalar um ponto para descarte de embalagens plásticas de produtos de limpeza, de refrigerantes, entre outros. A ação era tema de trabalho de conclusão de curso.

“Chamamos a professora de ciências, que abraçou o projeto”, lembra a Andréa.” Além de disponibilizar o pon-

to de coleta, foram realizadas conversas e palestras com os alunos sobre o destino dos plásticos e os prejuízos que eles podem causar à natureza. As famílias receberam bilhete explicando o benefício ao meio ambiente e também à escola, já que o dinheiro da venda revertia à instituição.

Em maio do ano passado, a São Caetano ganhou reforço na ação ambiental. Na época, instalou o ecoponto com a identidade do Re.Ciclo Aqui. De acordo com Andréa, a maioria das famílias dos 476 alunos aderiu à ação. “Acredito que este projeto veio para ficar.”

Os frutos já estão sendo colhidos. “Este valor reverte para os alunos, conseguimos comprar uma mesa

Entrega do ecoponto na Emef Barra da Forqueta teve conversa com os estudantes

de pingue pongue e um banco de concreto, que têm valores significativos.” Conforme a diretora, a arrecadação deste ano já passou de R$ 2,5 mil. “Vamos decidir junto com os líderes onde investiremos estes recursos.”

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Mãe de aluno da escola Dona Rita, em Arroio do Meio, enviou materiais recicláveis por táxi

ciclo da reciclagem

ENTREVISTA | Patrícia de Aguiar, analista ambiental da Girando Sol

Viver Cidades: O que motivou a Girando Sol a criar um projeto ambiental nas escolas?

Patrícia de Aguiar: A empresa iniciou o projeto com a instalação de um Eco Ponto dentro da unidade, incentivando os funcionários a retornarem as embalagens dos seus produtos. A empresa entrega mensalmente um kit de produtos gratuitos (em torno de 15) para cada funcionário.

Percebeu-se a oportunidade diminuir o impacto ambiental destas embalagens no meio ambiente, fazendo com que cada colaborador devolva os frascos vazios (aproveitando este material como matéria-prima para a fabricação de novas embalagens).

Além disso, Arroio do Meio não

tinha a coleta seletiva estruturada e as embalagens iriam para aterro sanitário sem aproveitamento. A educação ambiental na escola é um instrumento muito eficaz para se conseguir criar e aplicar formas sustentáveis de interação sociedadenatureza. Este é o caminho para que cada indivíduo mude seus hábitos e assuma novas atitudes.

Além de fomentar a educação ambiental, a iniciativa tem por objetivo informar e mobilizar a comunidade para realizar o descarte consciente de cada material, além de transformar o resíduo plástico em recurso para as escolas participantes.

Além do incentivo à separação e reciclagem de resíduos, a

Dados do Re.Ciclo Aqui 2500 alunos

PARTICIPANTES:

Escola Comunitária de Educação Infantil

• Trenzinho da Alegria

• Raio de Sol

impactados

12 escolas que fazem parte do programa

1.875 Kg de resíduos recolhidos para a reciclagem

• São Paulo

Escola Municipal de Ensino Fundamental

• Getúlio Vargas

• Princesa Isabel

• João Beda Körbes

• Bela Vista

• Itororó

• Construindo o Saber

• São Caetano

• Dona Rita

• Barra da Forqueta

Girando Sol tem outras ações com público externo?

Patrícia: A Girando Sol tem várias ações com público interno. Para o público externo ainda estamos verificando outras possibilidades. Somos parceiros da Eureciclo, prestador de serviço que realiza o rastreamento da cadeia de reciclagem com objetivo de ajudar as empresas no cumprimento da lei que trata da Logística Reversa das suas embalagens por meio da compensação ambiental. São realizadas ações de apoio a cooperativas e associações de catadores de materiais recicláveis com o intuito de diminuir a massa total de resíduo sólido reciclável que acaba indo para os aterros.

As ações de sustentabilidade feitas dentro da empresa, com os funcionários, podem refletir

fora da fábrica? Como?

Patrícia: O objetivo principal das ações de sustentabilidade feitas dentro da empresa é encorajar uma mudança de hábito, estimulando-os a pensar de modo mais sustentável, colaborativo e consciente. Essa mudança de hábito reflete na família e na comunidade.

As diversas ações focam na forma que os funcionários enxergam seu próprio consumo, incentivando a doação de itens que não estão sendo utilizados (Brechó Pega e Desapega e Biblioteca), importância da separação e descarte correto dos resíduos (Gerenciamento de resíduos), diminuição do desperdício (Programa 5’S), aumentar o reaproveitamento para a reciclagem (Projeto re.ciclo aqui e demais fornecedores com destinação sustentável), colaboração com as causas sociais (coleta de tampas para a Liga), entre outros.

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“A educação ambiental na escola é um instrumento muito eficaz”
Emef Princesa Isabel instalou ecoponto para receber recicláveis Escola São Caetano ampliou as ações ambientais
Este valor reverte para os alunos, conseguimos comprar uma mesa de pingue pongue e um banco de concreto, que têm valores significativos.”
Andréa Susana Lange Barth Diretora da Escola Municipal de Ensino Fundamental São Caetano

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