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Nas palavras escritas, a preservação da história

Mais de uma vez nesta semana, ouvi falar sobre a importância de documentar fatos da história e também da vida no dia a dia. Seja para contar aos turistas ou às novas gerações, o passado tem uma carga importante demais para ser esquecido. O tempo passa, e as nossas fontes mais antigas que guardam informações apenas nas lembranças, um dia, deixarão seu legado, também somente na memória daqueles que tiveram o prazer de conversar com elas. Mas se não é por isso, muitas passagens da vida por aqui são esquecidas.

Temos os livros dos pesquisadores. As antigas reportagens dos jornais. Mas quem de nós aqui já visitou a biblioteca e o arquivo municipal? Se não há interesse pela história, será que a culpa é de quem? Pode até haver curiosidade, que se perde na promessa de irmos pesquisar depois.

Os casarões de Lajeado contam parte da vida passada da cidade. Eles pertenciam a famílias que povoaram o município e fizeram parte das mudanças décadas atrás.

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Aquilo que nos marca pode ser interessante para gerações que queiram entender a vida de hoje”

E, apesar dos dados como o ano de construção, o sobrenome dos moradores e a materialidade das edificações, a história do cotidiano das crianças que jogavam bola nos quintais, que aprendiam piano na metade do século XIX não está escrita.

Há familiares que ainda lembram do que lhes foi contado pelos pais, avós e primos. Mas não há diários que comprovam aquele passado. Acredito que a maioria de nós tenha tido um daqueles pequenos diários na infância. O hábito se perde com os anos. Mas, hoje, vejo a importância de voltar a ler aquelas páginas escritas com caligrafia de criança. É importante tanto para entender o nosso passado, quanto para compreender o contexto geral daqueles anos.

Não é preciso anotar as banalidades, mas aquilo que nos marca e marca a vida da cidade, um dia, pode ser interessante para gerações que queiram entender a vida de hoje. Parece bobagem. Mas documentar significa preservar a história. A nossa e a de todos que virão depois.

Boa leitura!

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