Caderno Você - 07 e 08/01/2023

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Novas gerações reencontram os livros

Mesmo em meio ao avanço tecnológico, os livros não perdem relevância. Obras destinas ao público infantojuvenil se destacam entre as mais procurados no ano nas bibliotecas da região Páginas 6 e 7

FIM DE SEMANA, 7 E 8 JANEIRO 2023 edição nº 373

TikTok, sim. Mas não apenas

Quando comecei a montar a pauta para esse fim de semana, vi ela mudar aos poucos e fiquei ainda mais feliz. A ideia inicial era falar sobre as obras mais lidas em 2022, mas uma informação belíssima cruzou o caminho: jovens e crianças são os que mais frequentam a Biblioteca Pública de Lajeado e de Estrela.

Eu nunca li “Diário de um Banana”, a obra mais lida da Biblioteca, mas não esqueço das histórias hilárias da Thalita Rebouças. Aos 11 anos, um livro com o título “Fala sério, mãe” parece a coisa mais legal - e rebeldedo mundo. Depois da série adolescente, eu passei por George Orwell, pelo Érico Veríssimo, pela Jane Austen. Então, como podem perceber, viajei por países e tempos diferentes. Uma bagagem que sigo enriquecendo e que muito me orgulha.

O que eu nunca fiz, no

entanto, foi escrever um livro. Durante a pandemia eu li mais do que o normal, na tentativa de fugir do caos que se consolidava. Mas teve quem, mais do que ler, criou a sua própria história. E aos 9 anos! Uau! Mais do que criatividade, é preciso coragem para escrever e publicar um livro. Se isso ocorre ainda na infância, imaginem o que vai acontecer depois. As minhas expectativas são as melhores. Pautas como essa me revigoram. Ainda mais porque é comum escutarmos falas que tratam os jovens com desdém, afirmações como “a juventude está perdida”, “essa gurizada não tem jeito” ou o clássico e triste “no meu tempo não era assim, era muito melhor”. Ora, o tempo passou, vai continuar passando, e não tem nada que possamos fazer para reverter isso. Me desculpem aqueles que amam o passado, mas o novo sempre vem.

Se olharmos com carinho e atenção, há muita coisa bonita no novo. Incentivar a leitura, a arte, celebrar os jovens e crianças que se envolvem com esse mundo é muito melhor do que reclamar de quem, muitas vezes, nem conhecemos. A literatura é uma das melhores coisas do mundo. A juventude também é. Aqui, eu sempre vou defender as duas coisas. Se juntas, melhor ainda.

Boa leitura!

Expressão e orgulho na Casa de Cultura

Dica de leitura

As exposições ficam disponíveis até o dia 31 de janeiro. A visitação é gratuita e aberta à comunidade

ACasa de Cultura de Lajeado recebe a exposição Untitled. Produzida por Maria Iolanda Carrera Casara, 23, as obras abstratas ficam à dispo sição do público até o fim do mês. Maria Iolanda é autista e encontra na arte uma forma de se expressar. “Acho que o que me motiva a pintar é a frustra ção de saber que a maioria das pessoas não me entendem. É difícil explicar isso, mas é como uma meditação pra mim, como um refúgio”, conta a artista.

Com obras inspiradas pelo artista Jean-Michel Basquiat, Maria Iolanda tem o sonho de viver da sua arte. “Ver minhas pinturas expostas é bem diferente de quando vejo elas no meu quarto logo depois de pintar. Olhando a exposição, senti que aquilo é real e que eu sou uma artista e amo o que eu faço”, enfatiza.

Mãe da artista, Rosibel Carrera Casara, lembra que ela já participou do mês artístico na Brincasa, em

acompanha Maria desde criança, mas se intensificou a partir de 2015.

A ideia de organizar a exposição, no entanto, partiu da psiquiatra de Maria, a doutora Clarissa Barbosa. "Ela já comprou várias pinturas dela e tem elas expostas no consultório”, comenta Rosibel. Depois disso, a família entrou em contato com a Casa de Cultura. As obras também são publicadas no Instagram @negativequeer.

Mais exposições

“Lajeado 130 anos”, da Prefeitura Municipal de Lajeado e “Ruas de Lajeado, arborizadas e floridas”, do historiador Wolfgang Collischonn também estão em exposição.

As mostras apresentam fotografias e desenhos e podem ser visitadas de segunda a quinta-feira, das 8h às 11h30min e das 13h30min às 16h45min, e na sexta-feira, das 8h às 14h, sem fechar ao meio dia.

2 | Você. | FIM DE SEMANA, 7 E 8 JANEIRO 2023 Bastidores
Julia Amaral Júlia Amaral juliaamaral@grupoahora.net.br

Estudantes produzem curta metragem sobre

a Primeira Guerra Mundial

A história acompanha o Batalhão 17 da Entente em busca do soldado que desapareceu em patrulha nos campos de batalha

Alunos do 8º e do 9º ano da Escola Estadual de Ensino Fundamental (EEEF) Valentim Schneider, de Poço das Antas, descobriram uma nova forma de aprender sobre a Primeira Guerra Mundial: por meio da produção de um curta metragem. O material tinha como objetivo entender as motivações das alianças formadas na guerra e compreender a rotina dos militares durante os confrontos.

Para o estudante João Erbes, a ideia foi inusitada, mas cumpriu com o propósito.

A inspiração

A ideia surgiu com a leitura das cartas escritas por soldados e enviadas para suas famílias durante o conflito. Nesse momento, eles precisavam, em sala de aula, relacionar a rotina dos campos de batalha com as motivações para a permanência na

guerra e os sentimentos dos militares em batalha.

Como parte da préprodução e dentro do processo de pesquisa, as turmas realizaram uma visita ao Museu Militar do Sul, em Porto Alegre, para aprender como os batalhões

O projeto foi desenvolvido nas disciplinas de História e Geografia, com 11 alunos envolvidos em produção e atuação. “Além de atuar como General Erbes, que foi uma pequena cena, eu fui câmera, produtor, diretor, roteirista e editor do curta”, conta João. O estudante conta também que projetos como esse devem ocorrer novamente.

Pelas pesquisas, os alunos identificaram os países que foram cenários dos principais combates e, a partir disso, determinaram o local onde a história se passava, considerando a geografia europeia e a de Poço das Antas.

militares se organizam em épocas de conflitos. Para produção do roteiro, além de passar por inúmeras revisões, incluindo históricas, foi necessário organizar os figurinos, objetos de cena, mídias do curta e todos os processos da filmagem.

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cultura Para assistir ao curta metragem, acesse o QR Code Júlia Amaral juliaamaral@grupoahora.net.br

CTC: Um Clube para aproveitar o ano inteiro

Desde sua criação, o CTC visa ser um espaço para toda a família aproveitar bons momentos e criar belas memórias. São bailes, shows, eventos, campeonatos esportivos, ações sociais… inúmeras atividades pensadas para que todos possam aproveitar o melhor do Clube ao longo do ano e desfrutar deste refúgio da natureza, em meio ao centro de Lajeado.

Em 2022, incontáveis ações foram realizadas, das quais lembraremos alguns momentos nos próximos finais de semana. A retrospectiva é uma forma de agradecer aos sócios pelo engajamento e participação no último ano, e ainda preparar este espaço para contar as novidades de 2023.

JANEIRO / FEVEREIRO

Torneio de Férias CTC/Construtora Diamond

Entre os dias 11 de janeiro e 15 de fevereiro a bola rolou nos campos de futebol do CTC, na disputa do Torneio de Férias CTC/Construtora Diamond de Minifutebol. No total, 17 equipes encararam a disputa, que consagrou o 100 Pressão e Lesionados B como os campeões pelas séries Ouro e Prata, respectivamente.

Carnaval Enterro dos Ossos

E não foram somente as crianças que fizeram a folia. Na festa de Enterro dos Ossos, realizada em 5 de março, os adultos puderam curtir uma noite animada com a presença dos integrantes da Escola Imperadores do Samba, Bloco Castaca, Grupo Samba D’Boa e o DJ Everton Fabri.

Sunset CTC

O Sunset CTC ocorreu ainda em janeiro, no dia 30, embalado pelo grupo Samba D’Boa. A programação gratuita rolou no Complexo de Piscinas, com público limitado e atendendo aos protocolos de prevenção à Covid-19.

Carnaval Infantil

Em 2022, a garotada também pode preparar a fantasia para pular o Carnaval no CTC. No dia 19 de fevereiro muita música, serpentina, confete e diversão fizeram parte do Carnaval Infantil, que ocorreu no Salão Social. O show ficou por conta da Companhia Aprendiz com a atração “Sambando a Gente se Entende”. A criançada também pode aproveitar a tarde com brinquedos infláveis, recreação e brincadeiras conduzidas por monitores.

O Sunset 2023 já tem data marcada. Será no dia 22 de janeiro, a partir das 18h, no Complexo de Piscinas, com show do Grupo de pagode Samba D’Boa. O evento é exclusivo para sócios, com entrada gratuita.

Ranking e Qualifyng de Tênis

A temporada de tênis 2022 começou com o Ranking e Qualifying de Tênis, eventos apoiados pela Engemori Construtora e por Água da Pedra.

Entre os dias 4 e 6 de março foram realizados os jogos do Qualifying, com disputas nas categorias 1ª, 2ª, 3ª e 4ª Classe Masculino e 1ª Classe Feminino. Já no dia 12 de março iniciou o Ranking, que se estendeu por todo o ano, com jogos em oito categorias: 1ª, 2ª, 3ª, 4ª e 5ª Classe Masculino, Categoria Iniciantes, 1ª e 2ª Classe Feminina.

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Livros destinados ao público infantojuvenil são os mais retirados nas bibliotecas de Lajeado e Estrela. O incentivo dos pais e conteúdos sobre literatura produzidos na internet aparecem como motivações do novo cenário

“A sensação incrível um mundo nas

Sobre a Biblioteca Pública de Lajeado

Livros mais retirados em 2022:

1º - Diário de um Banana, de Jeff Kinney

Foi pela insistência do pai que Talyssa da Silva Führ, 17, deixou o celular de lado e deu uma chance ao livro esquecido na mochila. Já tinha sete dias desde a escolha por “Harry Potter e a Câmara Secreta” na biblioteca, mas o desinteresse quase a fez perder uma das histórias mais famosas da literatura infantojuvenil.

Depois das aventuras do bruxo Harry Potter, um novo universo se apresentou para a estudante. Os livros físicos

Raíssa Tainá Weis dos Santos estudante

sentir aquela sensação incrível de ter um mundo nas mãos e poder se sentir dentro dele enquanto leio”, comenta.

Assim, a frequentadora assídua da Biblioteca Pública Municipal João Frederico Schaan, de Lajeado, Talyssa admira o acervo e a paz do ambiente. Hoje, a trilogia “Nunca Jamais”, de Colleen Hoover, está no topo da lista de suas histórias preferidas.

Já a amiga Raíssa Tainá Weis dos Santos, 16, gosta mais da obra que mistura suspense, mistério e romance: “Mentirosos”, da E. Lockhart é o livro preferido. A paixão surgiu durante o isolamento social.

2º - Harry Potter e a Pedra Filosofal, de J.K. Rowling

3º - Quarto de Despejo, de Carolina Maria de Jesus

4º - Diário de Rowley: Um garoto supimpa, de Jeff Kinney

5ª - O Ladrão de Raios, de Rick Riordan

- A Biblioteca Pública de Lajeado oferece a caixa para sugestão de obras que devem ser adquiridas;

- Hoje, são cerca de 30 mil obras no acervo;

- Em 2022 foram 735 novos livros;

- Em 2022, foram mais de 29 mil empréstimos e devoluções e 33 mil pessoas circularam na Biblioteca.

mundo totalmente diferente, onde saímos um pouco da realidade para conhecer diversos universos”, destaca.

A Biblioteca e os adolescentes

O gosto literário das jovens não é uma exceção. Os livros de Colleen Hoover, preferidos de Talyssa, aparecem na lista dos mais retirados na Biblioteca de Lajeado. O primeiro lugar é do “Diário de um Banana”, obra também dedicada ao público infantil ou jovem.

“De uns anos para cá, a biblioteca está sempre cheia de adolescentes e crianças. Quando tem aula, então, o movimento é

muito grande”, comenta a coordenadora do local, Kelen Battisti Giongo. A mudança ocorreu há poucos anos e fez o público mais velho, em busca de literatura espírita, perder o primeiro lugar da lista de frequentadores. Em Estrela, o fenômeno se repete. Para a bibliotecária Ana Cristina Prates da Silva, uma possível explicação é o alto investimento das editoras em livros para essa faixa etária.

Incentivo em casa

A cada 15 dias, o policial militar Charlí Faria Corrêa, 40, escolhe um novo livro na biblioteca. Mas, para os filhos, os empréstimos ocorrem ainda mais rápido, a cada três ou qua-

tro dias. Entre os preferidos da Clara, de 11 anos, e Heitor, de 8, estão coleções como “Diário de Um Banana” e “Diário de Uma Garota Nada Popular”. A pequena Helena, de 4 anos, ouve as histórias dos gibis que o irmão escolhe. “Acho muito importante incentivar a leitura porque amplia o vocabulário, desenvolve o raciocínio, melhora a escrita, estimula a imaginação”, reforça Charlí.

A percepção é compartilhada pelo casal de professores, Adriano Azevedo, 49, e Ermides Azevedo, 42. No escritório destinado ao home office, os livros de contabilidade e de educação-física se misturam com os contos da Disney, dos filhos Lucas, 5, e Mateus, 9. “Eles crescem ven-

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É uma válvula de escape, um mundo totalmente diferente, onde saímos um pouco da realidade para conhecer diversos universos”
Incentivados pelos pais, Lucas e Mateus exibem a sua biblioteca com orgulho

incrível de ter mãos”

do os pais lendo, então, sempre têm esse incentivo, o que também faz com que eles cuidem dos materiais”, conta Adriano.

De leitor a escritor

Quando Mateus e seus colegas trabalharam no “Livro da

crescem

Turma”, uma nova possibilidade surgiu. Durante a pandemia, o estudante do Centro de Educação Básica Gustavo Adolfo escreveu o próprio livro, com ilustrações também autorais. Lançado em outubro, “O menino na quarentena e suas histórias” já tem tiragens em audiobook e braille. A primeira versão, no entanto, foi manual. “Colamos a capa, fizemos tudo. Depois, ele me pediu como as outras crianças fariam para ler o livro também”, lembra Adriano. Foi então que a família contatou a Lume Organização de Eventos, em busca de patrocínio. Ao todo, 3 mil unidades foram impressas, todas destinadas à doação.

“Alguns colegas leram o livro no primeiro dia que entreguei”, conta Mateus. Até lançar a obra, o estudante não conhecia outra criança que já tivesse feito o mesmo. Mas, no mês em que ocorreu a publicação, Giovana Morais Rigo, 16, também lançava seus livros para o público infantil: “Sarali e a Magia dos Doces em uma Aventura em Alto Mar”. A jovem ainda não sabe qual profissão vai seguir, mas de uma coisa não abre mão. “Tenho certeza de que a leitura sempre fará parte da minha vida”.

“Qualquer incentivo ao manuseio de obras literárias é positivo”

Existem livros infantis que são feitos de plásticos ou de materiais que podem ir para água. Ou seja, são destinados a um público que vai utilizar o livro para brincar. Qual o benefício disso na vida de uma criança, ainda na primeira infância?

Uma das práticas de maior relevância para o futuro escolar da criança é a leitura compartilhada de histórias, ou leitura em voz alta feita por um adulto para a criança. Qualquer ação nesse sentido só traz benefícios: amplia o vocabulário, desenvolve a compreensão da linguagem oral, estimula a imaginação, promove o gosto pela leitura e, o mais importante, estreita o vínculo afetivo com aquele que conta a história, ou seja, com pais ou responsáveis. Então, qualquer incentivo ao manuseio de obras literárias é positivo.

Entre os jovens que não se interessam pela leitura, é possível reverter esse quadro? Como?

Se a criança ou o jovem vê que os adultos com quem convive leem com frequência, serão naturalmente estimu-

lados ao hábito. Como professora de literatura de ensino médio que fui durante anos, costumava ler oralmente textos menores, como contos, por exemplo, para os alunos conhecerem o autor ou o período histórico em que os textos foram escritos. E a tarefa não ficava só nisso. Desafiava os alunos a transformarem os textos literários em roteiros de cinema, o que os levava a se interessar ainda mais pelas narrativas. A partir daí, eventos como festivais de cinema e literatura se tornavam um outro desafio aliado à tecnologia. Cabe também ao professor propor alternativas interessantes e criativas para promover a leitura.

“Ler mais” é item frequente na lista de metas de ano novo. Quais as dicas para quem quer ler mais em 2023?

Se determinado assunto é do interesse, acredito que se pode partir daí. Atualmente temos uma infinidade de possibilidades ao buscar na internet sugestões sobre determinadas temáticas. O filme que olhei é baseado em uma obra literária? Por que não conhecer a fonte? Por que não conhecer o autor da obra original? Por que não conhecer as resenhas críticas sobre o livro e sobre o filme?

Mensalmente, já pelo segundo ano consecutivo, a Univates vem promovendo virtualmente o Literando*, que busca trazer à discussão diferentes autores e gêneros literários para debater não só com a comunidade acadêmica como também com a comunidade externa, a fim de incentivar a leitura. A ação continuará em 2023 e o convite já está feito aqui. Inscrições totalmente gratuitas.

FIM DE SEMANA, 7 E 8 JANEIRO 2023 | Você | 7 ENTREVISTA
de Letras da Univates
GRASIELA KIELING BUBLITZ • Professora do curso
Eles
vendo os pais lendo, então, sempre têm esse incentivo”
Talyssa ocupa o topo da lista de jovens que mais frequentam a biblioteca. Para ela, o ambiente é calmo e acolhedor FOTOS JULIA AMARAL
Se a criança ou o jovem vê que os adultos com quem convive leem com frequência, serão naturalmente estimulados ao hábito

Ator, atriz e a atuação

Faz quase um ano que eu não atuo. Atuo de atuar, como atriz mesmo. Fico tentando entender o que acontece com um corpo que fica um ano sem entrar em cena. No meu caso é um corpo que trabalhou demasiadamente nesses últimos meses, mas não como atriz. Você que me lê e não faz parte desse ofício deve achar essa questão estranha. Entendo.

É que pra quem atua, às vezes dá uma sensação de que quando fora de cena, as vidas outras que vivemos ou poderíamos viver, por meio de personagens, começam a comichar dentro do corpo querendo espaço pra nascer, vazar, transbordar. Papo estranho, eu sei. Mas eu me sinto um pouco assim. Um quase sufocamento de histórias que não foram contadas.

Alguns amigos que não são deste universo, às vezes me perguntam sobre ele. Esses dias recebemos uma mensagem curiosa através da rede do teatro o qual eu dirijo em POA. Era algo assim: “para me tornar ator, preciso aprender a dar beijo técnico?” Senti vontade de responder: estude e aprofunde as técnicas do ofício e depois viva e aproveite o tal beijo. Rs. Outro dia me perguntaram “qual o melhor caminho para chegar lá”. Já ouvi essa pergunta diversas vezes, porém, infelizmente, não sei responder. Primeiro porque não cheguei lá e nem consigo entender muito sobre onde é esse lá; segundo porque minha busca incessante é por estar aqui, e não lá; e terceiro porque, na minha opinião, o caminho é o mesmo,

exatamente o mesmo do que em qualquer outra profissão. Estudar. Tornar-se um operário da profissão.

Agarrar-se em sua ética durante toda a travessia. Não parar de estudar. Observar as pessoas e o mundo intensamente.

Encontrar e escolher pessoas que te impulsionam e andam de mãos contigo.

Batalhar por ter as rédeas da sua própria vida. E divertir-se, claro.

O que eu não tenho certeza - no comparativo com outras profissões - é sobre o acontecimento que se dá em níveis de alegria, realização, gozo, principalmente em relação à troca com o outro, ao encontro, ao jogo.

Spinoza, filósofo holandês, fala sobre os bons e maus encontros. Um bom encontro se dá no aumento de potência entre dois corpos. Pode ocorrer no encontro do corpo com a chuva, com um alimento, com a natureza, com o ar. O encontro do ator/ atriz com o acontecimento teatral é um fenômeno que merece ser infinitamente estudado e aprofundado em suas sutilezas e sofisticações. Há muito a se pensar ainda sobre esse ofício tão curioso quanto envolvente, há quem diga cármico, orgásmico, catártico.

Enquanto reflito sobre isso, me indago, animada: que dia mesmo volto à cena?

Profissão: organizadora

Para muitos, a função de personal organizer pode causar estranhamento. No entanto, há quem conte com um profissional de arrumação há anos. Entre os ganhos, a melhora na qualidade de vida

cultura

Chegar em casa e não ter nada para organizar. Todos os objetos estão no lugar correto, as roupas postas de melhor forma, os ambientes parecem até maiores. O trabalho para fazer tudo isso ser realidade, no entanto, pode não ser empolgante para todos. Nesses casos, um personal organizer pode ajudar.

O termo pode até parecer recente, mas a função não é. Claudia Bisolo, 45, começou a trabalhar como personal organizer ainda em 2008. Apaixonada por organização, ela estava de férias em São Paulo quando descobriu um curso que ensina as melhores técnicas para deixar os espaços ordenados.

Desde então, começou a atender famílias e empresas que precisam de ajuda para manter os ambientes em ordem. “Minha função é sempre descobrir o melhor lugar para cada coisa, otimi-

zar os espaços e acabar com as bagunças seja onde for e qual for”, explica Claudia. Conforme a profissional, closet, biblioteca, quarto de brinquedo, cozinha, despensa, depósito, escritórios e garagens são os que mais precisam de ajuda para serem organizados.

Dicas para manter o quarto mais organizado:

Minha função é sempre descobrir o melhor lugar para cada coisa, otimizar os espaços e acabar com as bagunças seja onde for e qual for”

“Também surgem trabalhos para organizar uma casa inteira, geralmente depois de mudanças”, conta. Como personal organizer não é o único emprego de Cláudia, ela concilia as visitas aos locais com os trabalhos como design de moda. “Tenho meus clientes fiéis, que troca de estação me chamam ou então quando precisam organizar o quarto das crianças, de brinquedo”, lembra.

Para Cláudia, seu trabalho é capaz de melhorar a qualidade de vida das pessoas. “Viver em um ambiente bagunçado reflete na vida pessoal também. É uma transformação que acontece depois que passo pelos lugares”, enfatiza. A profissional fala sobre seu trabalho no perfil do Instagram @claudiabisolo

Use cabides iguais e sempre viradas com o gancho para o lado de dentro do armário. Essa regra padroniza o espaço e deixa tudo mais organizado;

Agrupe objetos por famílias: camisetas, moletons, calças;

Empilhe camisetas respeitando a tonalidade. Fica mais fácil de visualizar as escolhas na hora de se vestir;

Guarde as peças que não foram usadas durante a estação em grandes caixas;

Pendure as bijuterias (colares principalmente) e separe por cores;

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OPINIÃO
Organização dos espaços internos facilita escolha pelo look, seja à rotina ou para festas

Entre as passarelas,

comportamento

Família de Lajeado acompanha o desenvolvimento da carreira de modelo da filha de 7 anos. Cuidados com o agenciamento e ganhos comunicação em público fazem parte do processo

Ocarisma e a simpatia sempre foram características fortes da pequena Mikaela Morais Gonçalves, de 7 anos.

Os pais Tanise Braga Morais, 34, e Pedro Manuel Correia Gonçalves Junior, 38, estavam acostumados a ouvir elogios sobre a filha e comentários sugerindo a carreira de modelo quando a primeira agência entrou em contato com a família.

Primeiro, veio a desconfiança. Foi preciso muita pesquisa sobre o histórico da empresa e materiais que já haviam sido produzidos para poder confiar nos trabalhos. Depois disso, foram oito

meses de curso em Porto Alegre e, hoje, Mikaela já tem em seu portfólio propagandas do Banco Bradesco, das Lojas Renner e da GWM, de carros elétricos.

Em abril, a pequena completa um ano sendo oficialmente agenciada pela Studio Models de Ré-

gis Cavalheiros, de Porto Alegre, onde ocorrem todas as gravações e testes. Conforme Tanise, a filha sonha em seguir com a carreira. Agora, Mikaela começou o curso de teatro na Elite Acting Filmes, onde, segundo ela, “aprende brincando”.

Trabalhos

O primeiro trabalho foi para o Banco Bradesco. A estreia foi ao lado de Pedro, já que a propaganda celebrava o Dia dos Pais. “Depois ela recebeu um convite da professora na escola em que estuda para contar como foi participar desse trabalho e ficou emocionada com os elogios que recebeu dos colegas”, conta Tanise. Para a Renner, Mikaela precisou ensaiar uma coreografia. Alguns testes ocorreram durante a pandemia e, por isso, os materiais precisavam

ser encaminhados pela família. “Sempre antes de aceitar um trabalho, pesquisamos sobre a empresa. A internet ajuda já que tem muito material para investigar”, salienta a mãe. Para os pais, os principais ganhos deste tempo trabalhando como modelo foi a desinibição e a facilidade para falar em público. Para Mikaela, o que vale é a diversão. Quando terminar o curso de teatro, deve atuar em um curta-metragem produzido pela escola. A obra ainda não tem data de lançamento.

FIM DE SEMANA, 7 E 8 JANEIRO 2023 | Você. | 9
Mikaela, 7, há um ano começou a ser agenciada por um estúdio de modelos da capital O serviço de ressonância magnética em Teutônia é credenciado CONSISA para os 40 municípios do Vale do Taquari. AGENDAMENTOS: (51) 99999-3450 | (51) 37621663 novaimagem_ser novaimagemser Informações Ressonância: (51) 99910-7148 Rua Santos Dumont, 957 salas 104 e 105 Languiru - Teutônia - RS Anexo ao Hospital Outo Branco

“Risoto de tomate seco vegano” da Júlia

Durante a infância, enquanto a mãe de Júlia Heineck cozinhava, podia contar sempre com uma fiel espectadora. Foi assim que ela criou gosto pela culinária e, depois que parou de comer carne, há mais de cinco anos, passar mais tempo na cozinha se tornou algo ainda mais frequente.

Hoje, é bem-vindo todo tipo de fonte para descobrir novas receitas são bem-vindas. “Gosto bastante de inventar também, testar mistura de sabores e buscar receitas de outras regiões”, conta a lajeadense. As preparações salgadas são as suas preferidas, porque permitem a adição de temperos e quantidades com mais facilidade.

Em meio à rotina corrida, ela sempre procura um momento da semana para preparar algumas receitas e deixar tudo mais prático. “Na minha família, todos cozinham bem, então geralmente cada um fica responsável por um prato. Como sou vegetariana e evito derivados, sempre levo algum prato diferente, mas o que mais sai é risoto e torta de legumes”, comenta. Júlia já produziu tortas e cookies para vender e, por isso, não descarta a possibilidade de empreender na área. “Cozinhar me ajuda a relaxar e a ficar mais presente, além de poder me mimar em um dia mais caótico, ou preparar algo gostoso para os amigos ou família”, enfatiza.

INGREDIENTES

• 1 xícara de arroz para risoto;

• 1 cebola;

• 2 dentes de alho;

• 2 colheres de sopa de azeite;

• 100 ml de vinho branco;

• 150 gramas de tomate seco;

• 1 litro de caldo de legumes;

• 100 gramas de creme de leite de soja (ou outro creme/leite vegetal);

• Sal, pimenta e temperos a gosto (a indicação de Júlia é adicionar ervas finas, pimenta calabresa, alecrim e páprica defumada);

MODO DE PREPARO:⁣

Pique fino a cebola, o alho e corte o tomate seco no tamanho que desejar;

Coloque o caldo de legumes em uma panela e leve ao fogo alto. Quando começar a ferver, deixe no fogo baixo;

Em fogo médio, refogue a cebola com a alho, o azeite, o sal e os temperos que escolheu usar;

Quando a cebola estiver transparente, acrescente o arroz e frite por 2 minutos, misturando sempre. Em seguida, ponha o vinho branco e mexa até evaporar;

Acrescente o caldo de legumes aos poucos. Primeiro coloque uma concha de caldo e mexa o arroz até o caldo secar, depois repita, até o arroz cozinhar; O ponto ideal é 'al dente', o arroz não fica nem muito mole e nem muito duro.

Quando terminar de preparar o arroz, adicione o tomate seco picado e misture bem;

Desligue o fogo, finalize com o creme de leite de soja e mexa até incorporar;

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MINHA DICA

“Deixar para trás a rotina da cidade grande e vivenciar a união entre passado e presente, em meio à leveza da natureza”. É assim que começa o vídeo de apresentação da Villa Jena, de Santa Clara do Sul.

A propriedade da família Konig abriu as portas para o público e, agora, recebe visitantes em grupos, eventos e até mesmo ensaios fotográficos. “Quando iniciamos os projetos na Villa Jena já víamos a beleza da propriedade e as lindas lembranças no salão de festas da família, onde aconteceram bailes, casamentos, encontro de mulheres e bolão de mesa”, lembra a proprietária Silvia dos Santos.

Com o intuito de resgatar essas memórias e belezas locais da propriedade, além de valorizar o interior de Santa Clara do Sul, os proprietários buscaram restaurar o local e resgatar as culturas e tradições alemãs. Com previsão de ser finalizada em março, uma capela também está sendo construída no local.

HISTÓRIA, CONTEMPLAÇÃO E DESCANSO em

um mesmo ambiente

O que a Villa Jena oferece

17 hectares, com direito a arroio próprio

2

km de trilha pela mata

Vista para plantação de palmito, onde há o fruto da região, o açaí juçara Ensaio fotográfico Tee Alemão

Visitação padrão Visitação com mini ensaio Poço dos desejos Objetos antigos restaurados Adega e bar subterrâneo

Origem do nome

Jena é uma cidade da Alemanha, que passou por diferentes guerras, mas conseguiu se reerguer. A Villa Jena, que era um salão antigo, foi reformado e manteve a sua originalidade e estilo enxaimel, que também se vê na Alemanha.

FIM DE SEMANA, 7 E 8 JANEIRO 2023 | Você. | 11 ENCONTRO
No interior de Santa Clara do Sul, em Linha Sampaio, um novo empreendimento busca preservar a cultura alemã e oferecer descanso em meio à natureza

Educação e cultura para todos

Para a vida moderna e sustentável

projeto da arquiteta recém-formada pela Univates, Débora Caterine Costa, para o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). O prédio, pensado como uma nova sede para as três empresas que formam o Grupo Popular, também possui espaço para abrigar outros empreendimentos.

Eteta formada pela Univates em 2022/A, Denise Andréia Führ, para o trabalho de conclusão do curso.

ficiência energética e ambiental para moradias. Isso é o que propõe o “Habitat: eco living e lifestyle”, projetado em Estrela, para o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) da arquiteta e urbanista Rafaela Bergesch Diedrich.

A ideia foi inserir o centro na cidade de Estrela, como um espaço adequado para diversas atividades. Assim, o Criar Centro de Desenvolvimento Cultural e Educacional também propõe ofertar eventos e atividades diurnas, para os idosos, crianças e jovens, em especial, no turno inverso escolar. Para os adultos, as atividades serão concentradas nos turnos vespertino e noturno.

riência diferenciada aos usu ários, explica a profissional. A construção busca ampliar a visibilidade e a interação das empresas com a comunidade, por isso, o projeto também prevê uma cafeteria no andar térreo. “A ideia é atrair tanto o público que trabalha e fre quenta o prédio, como a co munidade em geral”.

Sacadas e visuais foram adotados para garantir uma expe -

Para proporcionar experiências diferentes, a arquiteta trouxe luz natural e espaços verdes acolhedores para dentro do edifício. Além disso, áreas de convivência que propiciam a interação e encontro entre os vizinhos, além de espaços comerciais e áreas de lazer com vegetação e mobiliário urbano.

Além disso, ocorrerão diferentes eventos abertos ao público, como palestras, encontros gastronômicos e pequenos eventos musicais. A ideia é que o espaço se torne referência para os municípios e atraia moradores de toda a região.

Na parte externa, cores neu tras como cinza, preto e tom de madeira foram escolhidas para transmitir sensação de aconchego, destaca Débora.

A ideia é que o espaço tam bém sirva como locação para eventos e palestras de empresas e pessoas interessadas. O centro contará com salas comerciais, cafeteria, e abrigará a biblioteca pública em um ponto de fácil acesso e visibilidade.

“O propósito do centro cultu ral é realizar o encontro de pes soas, indiferente de raça, cor e classe”, destaca a arquiteta.

mobiliário, busca proporcio - Segundo a profissional, a escolha dos materiais conside rou a disponibilidade no mer cado, beleza, funcionalidade, custo-benefício e qualidade acústica e térmica.

Parcerias

Denise destaca que para a viabilização do projeto, foi pensado em uma parceria público-privada, com o objetivo de ofertar oficinas gratuitas, em especial, às pessoas carentes e alunos de

“A ideia central é qualificar os espaços de morar, com incremento de espaços abertos para qualificar as áreas associadas à moradia e, assim, criar espaços de respiro e descompressão para as pessoas que vivem na cidade”, explica Rafaela.

O projeto do edifício adota alternativas de arquitetura sustentável como o uso de painéis solares, reutilização de água da chuva, aproveitamento de iluminação e ventilação natural, dentre outras estratégias bioclimáticas e de gestão de consumo de energia e ma

Materiais utilizados

Quanto à estrutura, além do uso de Laje nervurada, o projeto optou por deixar os ângulos de 90º arredondados com aplicação de madeira no pavimento térreo, de modo a facilitar o trajeto do pe-

pouca manutenção, apenas a sua higienização”, destaca a ar quiteta.

nejo de resíduos, com espaços de compostagem.

A cobertura conta com a im permeabilização e colocação de argila expandida para uma me lhor eficiência térmica. Assim como espelhos d’água e vegeta ção para o resfriamento evapo rativo.

“A sustentabilidade também se reflete nas fachadas e cobertura verdes, com vegetação irrigada automaticamente com água de reuso”, ressalta. O projeto propõe tipologias de apartamentos studio, dois e três dormitórios que podem ter suas divisórias em drywall modificadas para acompanhar as etapas da vida familiar e diversos perfis de moradores.

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riais como o concreto e revesti - escolas públicas. Além de pro porcionar apresentações teatrais e músicas por meio de editais e leis de incentivo à cultura.
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