Caderno Você - 21 e 22/01/2023

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SEM LIMITES para a melhor idade

Solidão e falta de propósito são fatores para a depressão na terceira idade, que teve o cenário agravado a partir de 2020. Como combate e prevenção à doença, estão as boas relações com a família e amigos, assim como momentos de lazer. Páginas 8 e 9

FIM DE SEMANA, 21 E 22 JANEIRO 2023 edição nº 375

Nossas flores de cerejeira

Li em um livro de Tillie Cole sobre as flores de cerejeira. Por aqui elas não são tão comuns. Mas, se você já as viu pelas cidades, com certeza vai lembrar. Uma flor com vários tons de rosa misturadas com algumas poucas folhas verdes escondidas entre as pétalas. Em geral, em uma árvore sequinha, com galhos miúdos, mas compridos.

As flores de cerejeira chamam a atenção por sua beleza, mas todo o contentamento dura pouco, porque elas só costumam aparecer entre o fim de março e o início de abril. No livro, a autora faz uma ligação das flores de cerejeira com pessoas que trazem alegria para nossas vidas mas que não ficam nelas para sempre.

Para mim, elas são como meus avós. Não de um jeito triste e melancólico. Pelo contrário, pela beleza, pela vida e pela vontade de ver as flores de cerejeira sempre que elas aparecem. Mas com entendimento de que elas também podem partir.

As flores de cerejeira que

vejo na mãe da minha mãe e na mãe do meu pai são cultivadas com muito amor pela minha família. Elas estão sempre com a casa cheia de filhos e netos e fazem questão da presença.

A partir de uma certa idade, é permitido que elas façam apenas o que tiverem vontade de fazer. Minha avó gosta de estar na cozinha, de fazer pães, cucas e bolos. Recebe os netos sempre com a mesa cheia e um chimarrão no canto da sala. A outra avó gosta de nos contar dos filmes e programas de viagens que assistiu. Gosta de assistir séries e não abre mão de nos convidar para tomar um sorvete na casa dela durante a tarde, sempre que um de nós está por perto.

De um modo ou de outro, nossas flores de cerejeira devem ser admiradas enquanto estão floridas nos galhos das árvores. A flor de cerejeira não exige muito esforço para o cultivo. Não deve ser exposta ao sol forte do verão, mas o local deve ser sempre muito bem iluminado.

Nossas flores de cerejeira também não nos pedem muito. Mas nossa companhia faz diferença para que elas possam florir. Dividir nosso tempo para cuidar de nossas flores, ou apenas parar para observálas não nos custa nada. No fim das contas, a escolha para manter suas pétalas sempre cor de rosa é mais nossa do que delas. Afinal, é pra gente que elas costumam florir. Boa leitura!

cultural

O horror em primeira pessoa: Los

divinos,

de Laura Restrepo

Apalavra “feminicídio” teria sido pronunciada pela primeira vez nos idos dos anos de 1970, por Diana Russel, no Tribunal Internacional de Crimes contra Mulheres, na Bélgica. Desde lá, o termo ganhou força com movimentos contra práticas sistemáticas de abusos físicos e psicológicos contra as mulheres por parte de seus parceiros ou de homens que sequer as conhecem. Nos anos de 1990, a América Latina reforçou essa luta com denúncias sobre os frequentes desaparecimentos e assassinatos de mulheres na cidade de Juárez, no México. Este fato chamou atenção também pelo evidente descaso da polícia e consequente impunidade dos criminosos. Embora a violência contra as mulheres não seja algo novo, surpreende dolorosamente perceber que, com o tempo e com as conquistas femininas, com os avanços dos direitos humanos, com a educação democratizada, tal truculência continua avançando em números assustadores.

E a literatura com isso?

O crítico literário Antônio Cândido (19172018) afirma que a literatura está intimamente relacionada com a luta pelos direitos humanos, pois é um instrumento de educação e de potencial intelectual e afetivo. Para ele, a literatura serve ao desmascaramento, já que traz à tona situações que mostram a restrição e/ou a negação dos direitos humanos, como a servidão, a miséria, a mutilação espiritual.

Com isso, chegamos ao último romance de Laura Restrepo, premiada escritora colombiana, traduzida em mais de 25 idiomas. Com Los divinos, de 2018, ela mantém sua linha crítica e atenta à realidade. A obra baseia-se em um caso de feminicídio que estremeceu a Colômbia em 2016, quando uma menina indígena de sete anos foi sequestrada, torturada, seviciada e morta por um arquiteto da alta sociedade de Bogotá.

Segundo depoimento da própria autora, o romance foi escrito em apenas quatro meses. Era impossível, para Restrepo, deixar passar tal horror. Em Los divinos, acompanhamos a história de cinco amigos (Hobbit, el Muñeco, Duque, Píldora e Tarabeo), os Tutti Frutti, rapazes ricos de Bogotá que, juntos, perpetram um crime muito semelhante ao do arquiteto que executou a menina.

Laura Restrepo vive na Espanha e, para escrever o livro, não enveredou por uma pesquisa extensa a respeito dos acontecimentos. “Conozco a mi gente”, disse a autora e, com isso, chama a atenção para a impunidade que existe em seu país em relação às pessoas da classe alta, a jovens que creem que tudo podem porque, por mais crimes que cometam, serão protegidos pela lei e pela família. Não foi o caso. Conforme percebem os críticos que acompanharam o caso, existe uma nova Colômbia que não se cala diante injustiças.

O crime é denunciado graças à irmã do narrador e o capítulo “La niña” funciona como o momento em que a voz da criança se impõe ao seu próprio algoz. É neste capítulo que Hobbit questiona: teria sido a entrada na escuridão um processo tão longo e tão lento que não nos demos conta?

Não é simples nem fácil ler Los divinos. Não é simples porque Restrepo, como grande escritora que é, ressignifica a palavra e faz uso de recursos narrativos que exigem intensa concentração do leitor. Não é fácil – ou, pelo menos, não foi para mim – porque o tema exige que se tome fôlego de vez em quando, na medida que, como leitores, vamos interagindo com os Tutti, ao mesmo tempo em que o horror começa a nos dominar: “conhecemos” esses sujeitos, essas pessoas que são gente e monstros ao mesmo tempo. O crime foi a suprema celebração de um longo ensaio. Não há como sair-se incólume disso.

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Bibiana Faleiro
DICA
Rosane Cardoso professora de literatura O horror em primeira pessoa: Los divinos, de Laura Restrepo

Práticos e artesanais: acessórios para todos os momentos

De forma artesanal e familiar, as irmãs Ana Paula Feldens Gerhardt, 27, e Samanta Feldens Gerhardt, 30, criaram a marca de acessórios Sis Presilhas. Ao lado da mãe Sandra Feldens Gerhardt, os produtos para cabelo são produzidos em casa, e todo o processo é feito de forma manual.

A ideia de criar a marca surgiu em agosto do ano passado, quando as irmãs tinham em casa uma caixa de acessórios de uma amiga que vendia brincos e anéis. Entre os produtos, também estavam presilhas.

“Como gostamos desse acessório, percebemos que era uma demanda do mercado e, ao mesmo tempo, procurávamos algum hobby na época”, conta Ana. O passatempo também serviu para distrair as irmãs enquanto passavam por um momento de hospitalização do pai, em Porto Alegre. Foi naquele período que decidiram comprar materiais e produzir os acessórios para elas mesmas, mas já com a ideia de evoluir no negócio.

Depois de alguns testes, Samanta, que atua como designer, criou a marca e o Instagram @sis.presilhas. O uso do acessório pelas irmãs no dia a dia

chamou a atenção do público feminino e os primeiros pedidos começaram a surgir, com compras pelas redes sociais.

Além disso, as vendas também são pelo “boca a boca” e as irmãs já trabalham em um site que es tará no ar em breve. “Também participamos de feiras quando temos oportunidade. É um mo mento bem legal e que expande nosso público”, comenta Ana.

De acordo com ela, o nome “Sis”, vem da palavra “sister”, que significa irmã em inglês. “Sis tam bém significa doce em alemão, era uma brincadeira que nosso pai sempre fazia”, recorda.

Em pedraria

No catálogo das irmãs, estão presilhas em pedrarias para cabelo adulto e infantil. O pedido por laços de cabelo também fez surgir um novo acessório para a marca. Na Sis Presílhas a busca por novidades na hora de criar os produtos é constante, além de melhorar os modelos já criados por elas. “Nosso trabalho é artesanal e totalmente manual.

Acaba sendo bem exclusivo. Nós duas escolhemos todas as pedras e produzimos do zero cada modelo”, destaca Ana. De acordo com ela, desde as primeiras vendas o feedback foi positivo e incentivou a produção. Para quem tem dúvida sobre como utilizar o acessório, as irãs também dão dicas para as clientes.

Cada peça tem o valor de R$ 20. A ideia de criar a marca surgiu em agosto do ano passado,

Moda e estilo
ARQUIVO PESSOAL
FOTOS
Retorne 2kg de jornais e ganhe 1kg de Erva-Mate Ximango. *A troca é feita na recepção do Grupo A Hora, em horário comercial. Os jornais devem estar secos e em bom estado.
Vai um aí?

Retrospectiva CTC

Os meses de maio e junho foram marcados por eventos, torneios e muitos momentos em família. Na terceira parte da nossa retrospectiva vamos lembrar algumas das atividades que reuniram os sócios e marcaram história no CTC.

MAIO

Desafio aceito

A equipe do Clube Tiro e Caça também entrou no clima do Dia do Desafio e se movimentou. Na manhã do dia 25 de maio os funcionários se reuniram para realizar alongamentos e caminhadas pelo Clube.

O Dia do Desafio é uma campanha mundial de incentivo à prática de atividade física e esportes. A 28ª edição marcou a retomada das atividades presenciais.

Tênis para mães e filhos

Para celebrar o Dia das Mães, o departamento de Tênis preparou um torneio especial de integração entre mães e filhos. Os jogos aconteceram no dia 14 de maio e foram disputados em três categorias, conforme o ano de nascimento das crianças.

Clubinho

JUNHO

de São João

Os amantes de festa junina puderam aproveitar o dia 11 de junho para participar do Clubinho de São João. O evento aconteceu no salão Social e foi aberto para toda a comunidade.

Entre as atrações para a criançada, teve brinquedos infláveis, pescaria, brincadeiras e recreação com o professor Paulinho. Bebidas e comidas típicas também fizeram parte da festa.

7ª Festa de Maio

tem ingressos esgotados

Pela primeira vez, a tradicional Festa de Maio do Clube aconteceu no mês de junho, no dia 04. Ainda assim, o sucesso da sétima edição foi garantido, tendo os ingressos esgotados para a grande noite. As atrações ficaram por conta da banda Moog de Porto Alegre, seguida do embalo de DJs.

Juntos em prol do meio ambiente

Torneio nacional movimenta quadras.

Entre os dias 25 e 29 de maio o CTC sediou o 3º Aberto Nacional de Tênis Infantojuvenil. O torneio, que pontua como Grupo 1 pelo Ranking da Confederação Brasileira de Tênis, reuniu 190 atletas, de 14 estados brasileiros, em 23 categorias.

Os jogos foram disputados nas categorias Tennis Kids, 12 a 18 anos, masculino e feminino, Simples e Duplas. O 3º Aberto foi uma parceria entre o Clube Tiro e Caça e a Federação Gaúcha de Tênis, com o apoio de Hotel Imperatriz.

Reformas do Campo A

Para 2023, o Campo A passa por melhorias, que incluem a troca do gramado, manutenção da cerca e aperfeiçoamento das áreas do entorno.

A previsão de término das obras é para final de março. Durante este período, pedimos a compreensão e colaboração de todos os sócios.

Em alusão a semana e ao Dia do Meio Ambiente, lançou-se a campanha de coleta de tampinhas e vidros de conserva. O material foi destinado à Liga de Combate ao Câncer de Lajeado.

Diferente dos demais anos, a campanha se estendeu por todo o mês de junho e, além disso, durante o ano outras ações em prol do meio ambiente também foram realizadas pelo Clube. A exemplo do treinamento sobre gestão de resíduos com os funcionários do Clube.

Finais do Campeonato Veterano e Master

Os campos do CTC ficaram movimentados com as finais do Campeonato Veterano e Master de Minifutebol do CTC. O evento aconteceu no dia 30 de junho, no Campo A, e terminou com a vitória do Amnésia na categoria Veterano e do Coroas Mirim Velha Guarda pelo Master.

A primeira edição do Campeonato contou na categoria Veterano com as nove equipes inscritas foram divididas em dois grupos, sendo o primeiro formado por cinco equipes e o segundo por quatro.

Já no Master, teve um grupo com quatro equipes. Parabéns a todas as equipes que participaram desta edição.

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cultura

Museu Histórico Municipal de Lajeado ganha réplica de uma espaço escolar dos anos 1920

Relíquias de uma sala de aula

sitados de forma gratuita.

O material estava armazenado no Parque Histórico. Conforme a coordenadora da Casa de Cultura, Ana Paula Vieira Labres, o objetivo de montar a sala de aula é aproximar a comunidade de sua história e cultura escolar.

“Em nossos registros, não encontramos informações sobre a origem dos objetos, mas este espaço apresenta a reconstrução de uma sala de aula de época não especificada, inspirada em modelos das décadas 20 e 50 do século passado. Com essa reconstituição desejamos que a comunidade lajeadense mergulhe na sua própria história”, explica.

Classes simples e duplas, conhecidas como “carteiras”, mini lousa, mesa do professor, estojo de material escolar de madeira, livros e demais objetos antigos podem ser conferidos no Museu Histórico Municipal Bruno Born, junto à Casa de Cultura de Lajeado. Os objetos retratam uma sala de aula do início do século passado e podem ser vi-

O museu estará aberto no período das férias escolares. A visitação pode ser feita de segunda a quinta-feira, das 8h às 11h30 e das 13h30 às 16h45, e na sexta-feira das 8h às 14h, sem fechar ao meio-dia.

A comunidade pode agendar a visitação guiada, com duração de 45 minutos, para grupos acima de cinco pessoas. Mais informações pelo telefone (51) 3982-1081.

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Amigos, afeto e saúde na terceira idade

Pessoas acima dos 60 anos estão entre as que mais sofrem com ansiedade e depressão. Entre os motivos, a falta de propósito e o abandono familiar. Para manter a saúde mental em dia, o papel é também das famílias, e a busca por boas relações e atividades de lazer são fundamentais

Afórmula de dona Iva Araújo Huber, 81, para se manter ativa e feliz inclui encontros com os amigos e a família.

Ler o jornal e jogar cartas também fazem parte do pacote.

Por anos, ela liderou o grupo de idosos Sempre Felizes, que se encontra duas vezes por mês para cantar, dançar, dar risada, organizar viagens. Uma festa que mantinha a energia vibrante e o espírito jovem.

Iva faz parte das mais de 30 milhões de pessoas acima de 60 anos no Brasil. Mas, por se preocupar com a saúde mental e viver em condições externas positivas, está fora dos índices de ansiedade e depressão na terceira idade no país, que se

agravou a partir de 2020.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2019, a população entre 60 e 64 anos era considerada a mais afetada pela depressão. Entre os principais motivos estava o abandono familiar e a falta de propósito após a aposentadoria.

O isolamento social, o medo, o luto e a insegurança durante a pandemia agravaram o cenário e essa faixa etária continua em foco de campanhas como Janeiro Branco, que busca incentivar, já no início do ano, o cuidado com a saúde mental.

Ombro amigo

Atividades como as desempe nhadas por Iva ajudam a man ter a mente equilibrada. Hoje, com dores no joelho e proble mas no coração, ela já não con segue mais ir às reuniões todos os meses. Mesmo assim, segue como conselheira do grupo.

“Eu olho nos olhos e já sei quem tá precisando de uma palavrinha. Sabe que a gente, idosa, é complicada, porque tem dias que a gente não está de bem com a vida, né? Tudo incomoda, é uma dor ali e aqui, e às vezes a gente desanima”, comenta.

Mesmo antes do isolamento social, Iva já percebia as dificuldades emocionais dos amigos da mesma faixa etária. Há seis anos, soube que um integrante do grupo estava com depressão profunda. Mas Iva acredita que os encontros animados do Sempre Felizes ajudaram a aliviar a dor do amigo e recuperar a vontade de viver.

De volta ao violão

A última Pesquisa Nacional de Saúde, publicada em 2019, aponta que a depressão atinge

cerca de 13% da população brasileira entre os 60 e 64 anos de idade. Para que a doença seja amenizada, a família tem importante papel de cuidado. Além disso, a busca por atividades de lazer é responsável por incentivar o idoso a se manter saudável.

Aos 71 anos, é isso o que o aposentado Sirio Giovanella procura. Acostumado a tocar violão quando mais novo, o morador de Lajeado mantinha, inclusive, uma banda com os

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Eu olho nos olhos e já sei quem tá precisando de uma palavrinha.”
Iva Araújo Huber aposentada
Eu vejo que ser um pouco mais velha me favoreceu muito. Tenho mais liberdade.”
Cynara Arenhart psicóloga
Bibiana Faleiro bibianafaleiro@grupoahora.net.br
Sirio, 71, começou a frequentar as aulas de violão no início do ano passado, ao lado do neto Pedro, 10. Além da convivência Aposentada, Iva gosta de ler jornal, jogar cartas e se encontrar com a família e os amigos JULIA AMARAL

amigos. Com o tempo, a prática foi deixada de lado. Mas, no ano passado, começou a frequentar aulas de música ao lado do neto Pedro, de 10 anos.

“Há mais de 30 anos, aprendi a tocar de ouvido. Hoje, meu neto sabe melhor do que eu as notas e acordes. Ainda estou meio sem agilidade nos dedos, mas a gente vai seguindo”.

O aposentado conta que ele e a esposa queriam voltar a morar no interior, mas a saudade dos netos fez com que voltassem à cidade. “A gurizada faz muita falta pra nós. Dois, três dias tu ficar lá, tudo bem, mas depois sente saudades”, diz.

Idosa aos 60 anos?

Com seis décadas de vida, a psicóloga Cynara Arenhart, passou a integrar o público da terceira idade faz pouco tempo e acredita que, hoje, ser idoso não implica em ter limitações. “Anos atrás uma pessoa de 60 anos era mais debilitada mesmo. Hoje eu corro, faço academia, ando de moto, tenho uma vida super agitada. Pretendo, se a saúde permitir, ir até os 75 anos andando

de moto”, destaca.

Para ela, a idade está longe de ser um problema. “Eu vejo que ser um pouco mais velha me favoreceu muito. Tenho mais liberdade”, conta.

O envelhecer só se tornou uma preocupação quando, aos 50 anos, percebeu que precisava buscar por atividades físicas para garantir a saúde e bem-estar. Foi nessa época que Cynara começou a correr e até hoje frequenta a academia. Além das atividades físicas, a psicóloga salienta a importância das boas relações para envelhecer com saúde.

O QUE PODEMOS FAZER PARA ENVELHECER BEM?

Se conhecer é um ótimo caminho. Para se respeitar, é importante saber o que gosta e o que não gosta;

Psicólogos ou grupos terapêuticos, que promovem o acolhimento e a escuta são boas alternativas;

COMO A FAMÍLIA PODE AJUDAR UM IDOSO COM SINTOMAS DEPRESSIVOS?

Promover encontros, viagens e passeios simples podem ajudar a mudar um pouco a rotina e trazer mais alegria;

Ouvir com atenção é fundamental. Nesse período, ser ouvido e se sentir parte de um grupo é muito importante;

COMO É POSSÍVEL ESTABELECER UMA ROTINA SAUDÁVEL?

Alimentação equilibrada e que atenda às necessidades do organismo;

Colocar o corpo em movimento por meio da atividade física; Investir na qualidade do sono;

Dedicar tempo e atenção aos vínculos afetivos;

Desenvolver habilidades para lidar com os conflitos e estressores do dia a dia;

Oferecer espaços de cuidado para si, por meio de atividades que geram prazer e conexão.

promovemos saúde mental, também estamos prevenindo agravos”

Nesta época do ano as pessoas começam a fazer metas e ver o que não fizeram no ano que passou. Como você avalia esse momento?

Os inícios parecem ter esse poder de gerar na gente a sensação de “uma nova oportunidade” e, com isso, podem nos motivar a mudanças que estejam mais alinhadas à vida que queremos viver. O início de um novo ano parece ser um convite à uma reflexão necessária a todos nós de tempos em tempos: o que eu desejo para mim agora? Este é um movimento importante de cuidado, no qual podemos, por um momento, parar e pensar sobre a vida que estamos vivendo, olhar com mais gentileza para a nossa história e para os lugares que queremos ocupar.

Quais as principais causas de desequilíbrio na saúde mental hoje?

Cada vez mais as pessoas têm buscado auxílio para lidar com demandas relacionadas à saúde mental. O que se observa, em geral, é que esta busca vem acompanhada por sintomas clínicos importantes, principalmente, de ansiedade, depressão e esgotamento. Mesmo antes da pandemia, o Brasil liderava o ranking como o país com os maiores índices de ansiedade e depressão. Sem dúvidas, a experiência da pandemia contribuiu para o agravamento desses quadros. Embora não possamos apontar um fator específico que cause o adoecimento, podemos supor que nossos modos de vida podem nos deixar mais vulneráveis a esse processo. A sobrecarga de trabalho e de tarefas, o ritmo acelerado a que somos expostos, o cenário de constante insegurança e instabilidade financeira, a ausência de investimentos em cuidados básicos como alimentação, sono e atividade

física são alguns exemplos de como temos gerido nossas vidas e que certamente podem influenciar nossa saúde mental.

A questão da saúde mental também varia de acordo com a idade das pessoas. Qual é a melhor forma de lidar com possíveis doenças nesse sentido ou evitá-las, tanto para jovens quanto adultos e idosos?

Saúde mental é um grande guarda-chuva que inclui ações de promoção e prevenção e não se restringe à presença ou não de um transtorno mental. Quando promovemos saúde mental, também estamos prevenindo agravos. E isso é possível nos diferentes estágios de vida e de diferentes formas. Estamos cuidando da saúde mental quando ensinamos as crianças sobre o reconhecimento e a expressão das suas emoções, quando acolhemos as angústias dos adolescentes e oferecemos oportunidades para que eles se desenvolvam de forma segura, quando questionamos os adultos sobre a forma como tem gerido suas vidas ou quando os incentivamos a romper ciclos de violência e a buscar ajuda. Ainda, quando garantimos que as pessoas idosas estejam em ambientes protetivos e acolhedores. Tudo isso contribui para uma cultura que valoriza a saúde mental e a reconhece como uma dimensão essencial da vida.

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ENTREVISTA | Larissa Líbio, Psicóloga clínica e mestre em psicologia
“Quando
Cada vez mais as pessoas têm buscado auxílio para lidar com demandas da saúde mental.”
BIBIANA FALEIRO
com o menino, o aposentado gosta de encontrar os amigos na Casa de Cultura.

Sorrentino de espinafre com ricota da Joceane

Queijos, pães e massas não precisavam ser comprados no mercado quando Joceane Lenhart era criança. Tudo era feito em casa. Ver a família envolvida com a cozinha e a mãe empolgada com as funções foi o que gerou o interesse pela culinária. Os programas de televisão e o curso de gastronomia internacional da Univates ajudaram a aprimorar as receitas. Por meio do curso, Joceane teve a oportunidade de conhecer alguns grandes Chef’s da região e se inspirar neles. “Além disso, tive a oportunidade de trabalhar em uma cozinha profissional em novembro, no jantar de encerramento da Bienal do Mercosul, no Farol Santander em Porto Alegre, a convite dos Chef’s Jhonatan Marko e Vitor Nascimento da Signature Cook”, conta.

Entre os pratos preferidos, estão os risotos e massas recheadas com molhos. Durante o dia, a rotina corrida permite pouco contato com a cozinha. O encontro fica para a noite, quando recebe amigos e famíliares. “Acabo sendo a cozinheira da rodada quase sempre. Mas eu adoro! Cozinhar, bebendo um vinho estando entre família e amigos, é o que me faz bem”, destaca. O talento também faz com que Joceane esteja com frequência na organização de jantares, montando tábuas de frios e indicando locais e pratos dos restaurantes que costumo frequentar em Lajeado, na serra gaúcha, em Porto Alegre e até em São Paulo. No futuro, ela pretende ter um pequeno bistrô. “Cozinhar é a minha terapia, pois me relaxa, além de ajudar a pensar melhor. Me faz manter o foco durante o preparo de alguma receita e ainda me desafia a improvisar, tomar decisões e cumprir várias tarefas ao mesmo tempo”.

O Sorrentino é uma massa bastante popular na Argentina, que pode ser feita com diversos recheios e possui um formato de chapéu gordinho

Cozinhar é a minha terapia, pois me relaxa, além de ajudar a pensar melhor. Me desafia a improvisar, tomar decisões e cumprir várias tarefas ao mesmo tempo”

Camarão: Ingredientes: 6 camarões grandes, dois dentes de alho, pimenta, salsinha e limão.

Modo de preparo: tempere os camarões com alho, sal e limão, frite na manteiga com um fio de azeite e finalize com pimenta e salsinha.

Farofa de Abacaxi: Ingredientes: 1 abacaxi picado em cubos; ½ xícara de bacon picado, 10 ml de conhaque, manteiga, farinha de mandioca, sal e cebolinha a gosto.

Modo de preparo: cozinhe o abacaxi na manteiga e, quando começar a caramelizar, coloque o conhaque. Flambe e reserve. Frite o bacon na mesma panela. Assim que estiver dourado, coloque de volta o abacaxi e misture com a farofa. Ajuste o sal e finalize com a cebolinha.

Molho de Limão: Ingredientes: 1 creme de leite fresco, 1 limão siciliano, cachaça, sal a gosto.

Modo de preparo: misture todos os ingredientes em uma panela e mexa até formar um molho cremoso, ajuste o limão aos poucos para não ficar ácido.

Sorrentino de espinafre com ricota:

Ingredientes: Recheio: 250 gr de queijo ricota, 250 gr de muçarela ralado, 200gr de requeijão cremoso e 1 fio de azeite.

Modo de Fazer: misture os queijos e amasse até fica uma mistura de queijos uniforme, para o recheio.

Massa: 4 folhas de espinafre, 5 ovos inteiros, 500gr de farinha de trigo, 2 col de sopa de manteiga, azeite e sal.

Modo de Fazer: dê uma pré cozida nas folhas de espinafre. Misture no mixer os ovos, o espinafre, o alho e azeite. Misture com a farinha e deixe a massa uniforme. Abra com um rolo e deixe em uma espessura fina. Use um molde redondo, recheie os sorrentinos com a ricota e deixe descansar por 30 minutos. Para servir cozinhe em água fervente, temperada com sal e retire quando a massa subir à borda da panela. Finalize com o molho de limão e queijo parmesão ralado.

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MINHA DICA
Receita

CÂNCER DE COLO DO ÚTERO: VOCÊ SABE COMO PREVENIR?

Estamos no Janeiro Verde. Um mês de conscientização para a prevenção do câncer de colo do útero. No Brasil, trata-se do terceiro tipo de câncer mais frequente entre as mulheres, excluindo-se o câncer de pele não melanoma. No ano passado, no RS, foram registrados cerca de 620 novos casos e, para 2023, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima que em torno de 17 mil novas pacientes sejam diagnosticadas em todo o país.

Os números, segundo a Oncologista do CRON, Dr. Camila Dagostim Jeremias, são um alerta para que as mulheres não abram mão de saber mais sobre a doença e de cuidar da saúde. “Nos países desenvolvidos, a incidência de câncer de colo do útero vem caindo. No entanto, a quantidade de mulheres diagnosticadas com a doença ainda é alta e alarmante nos países em desenvolvimento e subdesenvolvidos, especialmente devido à precariedade de acesso aos serviços de saúde e exames preventivos”, destaca.

SEGUNDO O INCA, EM 2023 CERCA DE 17 MIL MULHERES SERÃO DIAGNOSTICADAS COM CÂNCER DO COLO DO ÚTERO NO BRASIL, O QUE REPRESENTA UM RISCO CONSIDERADO DE 13,25 A CADA 100 MIL CASOS.

Fatores de riscos

O principal fator de risco é a infecção persistente por alguns tipos oncogênicos do Papilomavírus Humano (HPV). Conforme a Dr. Camila, a infecção genital pelo HPV é muito frequente e, na maioria dos casos, assintomática e autolimitada. “Mas, em alguns casos, pode haver persistência do vírus nas células de revestimento do colo do útero e alterações celulares que podem progredir para o desen-

volvimento do câncer”, alerta.

Os HPVs são transmitidos sexualmente e o risco de infecção é maior em quem inicia a vida sexual precocemente e mantém relações sexuais sem preservativo. “Infecções que cursem com imunodepressão, especialmente infecção pelo HIV, e tabagismo também representam fatores de risco para o desenvolvimento da doença.”

Principais sintomas

Secreção vaginal; corrimento ou sangramento vaginal incomum; sangramento vaginal fora do período menstrual; sangramento ou dor durante a relação sexual.

Importância da vacinação

Estes sintomas não significam que você tenha o câncer de colo do útero, mas alertam para a necessidade de buscar orientação médica.

Como diagnosticar o HPV?

Os tratamentos incluem desde procedimentos pouco invasivos até cirurgias para a remoção do colo de útero, quimioterapia, radioterapia ou braquiterapia. A oncologista do CRON cita os inúmeros avanços em relação aos tratamentos.

- A principal forma de proteção contra o câncer de colo do útero é evitar a contaminação pelo HPV. Por isso, o uso de preservativos (masculino ou feminino) nas relações sexuais é fundamental.

- Além disso, desde 2014, existe a recomendação da vacina contra o HPV. Ela está disponível na rede pública e privada de saúde, e é recomendada para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos, em duas doses.

- Existe, também, a recomendação para vacinação em portadoras de HIV e indivíduos transplantados, entre 9 e 26 anos, com três doses.

com menos efeitos adversos.”

“Sobretudo com o desenvolvimento de medicações que impedem a formação de novos vasos sanguíneos para o crescimento do tumor, e agentes imunoterápicos, que permitem que o sistema imunológico reconheça a doença e elimine as células tumorais. Houve ainda aprimoramento das técnicas de radioterapia, permitindo tratamentos com menos efeitos adversos.”

11 a 13 anos 9 a 13 anos

No Brasil, o Ministério da Saúde recomenda que mulheres entre 25 e 64 anos realizem o rastreamento do câncer de colo do útero por meio do Exame de Papanicolau. Conforme a Dr. Camila, ele permite a identificação de lesões pequenas e ainda assintomáticas, detectando alterações pré-cancerosas causadas pelo Papilomavírus Humano (HPV), obtendo uma amostra com células do colo do útero por meio de uma leve “raspagem”. Estima-se que o HPV seja responsável pelo câncer de colo do útero em cerca de 99% dos casos.

FIM DE SEMANA, 21 E 22 JANEIRO 2023 | Você. | 11 51 3748.0063 51 98170.6785 | cron.med.br @centrocron crononcologia Rua Coelho Neto nº 263, Centro Comercial 300, B. São Cristóvão - Lajeado/RS
APRESENTADO POR Produzido por
Dr. Camila Dagostim Jeremias ONCOLOGISTA DO CRON A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou a estratégia global de eliminação do câncer de colo do útero: vacinação, rastreamento e tratamento da doença. A implementação bem-sucedida destas três etapas poderia reduzir em mais de 40% o número de novos casos da doença até 2050.” Mundial
Avanços nos tratamentos

riência diferenciada aos usuários, explica a profissional.

é a grande aposta do projeto da arquiteta recém-formada pela Univates, Débora Caterine Costa, para o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). O prédio, pensado como uma nova sede para as três empresas que formam o Grupo Popular, também possui espaço para abrigar outros empreendimentos.

Fprojeto desenvolvido pela arqui teta formada pela Univates em 2022/A, Denise Andréia Führ, para o trabalho de conclusão do curso.

UA ideia foi inserir o centro na cidade de Estrela, como um espaço adequado para diversas atividades. Assim, o Criar Centro de Desenvolvimento Cultural e Educacional também propõe ofertar eventos e atividades diurnas, para os idosos, crianças e jovens, em especial, no turno inverso escolar. Para os adultos, as atividades serão concentradas nos turnos vespertino e noturno.

A construção busca ampliar a visibilidade e a interação das empresas com a comunidade, por isso, o projeto também prevê uma cafeteria no andar térreo. “A ideia é atrair tanto o público que trabalha e fre quenta o prédio, como a co munidade em geral”.

Sacadas e visuais foram adotados para garantir uma expe -

nir uma das atividades mais antigas da história com o cotidiano do Vale do Taquari. Esse é o objetivo do “Mercado Público de Encantado” projetado para o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) da arquiteta e urbanista Keila Turatti. Para ela, o comércio e a produção rural se cruzam no momento em que os produtores decidem comercializar os bens que produzem e precisam de um local adequado para isso.

Além disso, ocorrerão diferentes eventos abertos ao público, como palestras, encontros gastronômicos e pequenos eventos musicais. A ideia é que o espaço se torne referência para os municípios e atraia moradores de toda a região.

Parcerias

Denise destaca que para a viabilização do projeto, foi pensado em uma parceria público-privada, com o objetivo de ofertar oficinas gratuitas, em especial, às pessoas carentes e alunos de

Na parte externa, cores neu tras como cinza, preto e tom de madeira foram escolhidas para transmitir sensação de aconchego, destaca Débora.

A ideia é que o espaço tam bém sirva como locação para eventos e palestras de empresas e pessoas interessadas. O centro contará com salas comerciais, cafeteria, e abrigará a biblioteca pública em um ponto de fácil acesso e visibilidade.

Nos espaços internos, cada ambiente foi projetado conforme as necessidades dos usuários, mas a partir da mesma estratégia de cores da área externa.

A cafeteria possui tom de concreto, laje e esquadrias escuras. A madeira, utiliza

para trabalhar.

Comércio, gastronomia e lazer no mesmo espaço

Entre as texturas, destaque para o equilíbrio entre os brises de madeira e o concreto aparente. Na parte interna, também foram adotados carpetes para ajudar no conforto acústico, além de painéis em MDF para compor cada área, conforme a finalidade.

Segundo a profissional, a escolha dos materiais conside rou a disponibilidade no mer cado, beleza, funcionalidade, custo-benefício e qualidade acústica e térmica.

“Os materiais também se destacam pela durabilidade. O carpete, por exemplo, tem uma durabilidade média. Pode ser substituído com facilidade, se necessário, mas com o devido cuidado, dura bastante tempo”.

Por fim, para destacar a fa

PATROCINADORES

“Este projeto tem como objetivo principal fornecer aos produtores e comerciantes da região um local adequado para a venda de suas mercadorias”, reforça. Mais do que isso, o Mercado Público de Encantado também busca ser um local atrativo para os moradores e turistas. “A partir de entrevistas com atuais feirantes do município, com moradores locais e com turistas, foi apresentado o programa do mercado, com espaços gastronômicos, de comércio, cultura e lazer”, explica Keila.

Para ela, um diferencial do projeto é o espaço educacional com a Escola de Gastronomia, no segundo pavimento do

“O propósito do centro cultural é realizar o encontro de pessoas, indiferente de raça, cor e classe”, destaca a arquiteta.

Materiais utilizados

Quanto à estrutura, além do uso de Laje nervurada, o projeto optou por deixar os ângulos de 90º arredondados com aplicação de madeira no pavimento térreo, de modo a facilitar o trajeto do pe-

prédio, com uma sala de aula e um ambiente para oficinas. Assim como praças, parques, ruas, praias e avenidas, o Mercado não é cercado, não possui fechamentos laterais, como paredes e esquadrias nos locais de acesso do público, apenas guarda corpo de vidro quando necessário. Conforme a arquiteta, a proposta é que o local se torne uma extensão da calçada e assim seja mais convidativo.

polímero e estrutura metálica para a ventilação, com aumento, também, da inércia térmica e diminuição da entrada de calor.

Cristo Protetor de Encantado, as atividades propostas para o local e as vegetações do Vale do Taquari.

“Esta materialidade exige pouca manutenção, apenas a sua higienização”, destaca a arquiteta.

A cobertura conta com a impermeabilização e colocação de argila expandida para uma melhor eficiência térmica. Assim como espelhos d’água e vegetação para o resfriamento evaporativo.

Há apenas uma grande fachada ventilada no pavimento superior feita em chapa metálica perfurada na cor branca, onde as perfurações formam desenhos que representam o município onde a obra está inserida, como a Igreja Matriz, o

“Sobre a materialidade do Pavimento Mercado, que é o coração da edificação, vale ressaltar que ele é acessado por uma ampla calçada em rampa através da avenida de maior fluxo de pessoas e de veículos. Ele é de basalto, mesmo material da calçada, que foi levado para dentro do mercado, e assim não se percebe onde termina a calçada e começa a edificação”, explica Keila.

REALIZAÇÃO

O forro é feito em alumínio anodizado colorido, com o intuito de barrar parcialmente a visão das tubulações e propor-

cionar mais beleza ao local, gerando curiosidade aos visitantes. O acesso é facilitado pela escolha do terreno que possui frente para três vias, sendo duas delas vias principais do

município e uma via local, além de uma intervenção no perfil viário, priorizando o pedestre. Todos os acessos são facilitados por rampas ou elevadores.

12 | FIM DE SEMANA, 30 E 31 DE MAIO DE 2020 12 | Você. | FIM DE SEMANA, 21 E 22 JANEIRO 2023 APRESENTA APRESENTA 12 | FIM DE SEMANA, 30 E 31 DE MAIO DE 2020 12 | Você. | FIM DE SEMANA, 12 E 13 FEVEREIRO 2022
12 | Você. | FIM DE SEMANA, 6 E 7 DE FEVEREIRO DE 2021
PATROCINADORES REALIZAÇÃO
Projeto busca ampliar visibilidade das marcas e possibilitar maior interação entre público interno e visitantes
APRESENTA
IMAGENS JEANDRES ROSA
escolas públicas. Além de pro porcionar apresentações teatrais e músicas por meio de editais e leis de incentivo à cultura.
PATROCINADORES REALIZAÇÃO
Julia

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