Caderno Você - 20 e 21/05/2023

Histórias de quem consolida

tradições

Dos dançarinos do Grupos Folclóricos de Danças Alemãs às origens dos Jogos Germânicos, o aniversário de Estrela é marcado pelo conhecido Festival do Chucrute e tem nas mãos de voluntários, o resgate da imigração. Páginas 6 e 7

Pessoas que contam histórias

Nas margens das ruas de mão única de Estrela, dezenas de casas contam histórias e boa parte de seus inquilinos são a própria história da cidade. Para alguns, pode parecer que aquele centro com edificações antigas não evoluiu. Para tantos outros, isso significa conservar memórias.

Uma delas vive na rua Venâncio Aires, na casa de Erno e Seli. O casal, ambos com mais de 80 anos de idade, foi pioneiro na categoria “casais” dos Grupos Folclóricos de Danças Alemãsde Estrela e, depois de quase 40 anos, já que as pernas não acompanham mais os passos de valsa ou polca, são as fotografias que mostram as décadas de dedicação voluntária a um dos maiores eventos do município: O Festival do Chucrute, que vai de 20 a 28 de maio.

Não é preciso muita experiência pra entender a importância da história daqueles dois senhores. Se não para todos vocês, leitores, para eles mesmos que veem todas as recordações voltando à tona e estampadas nas páginas do jornal.

Ao sair da casa deles e descer as escadas externas até o primeiro andar, a rua Venâncio Aires

O fim daquela manhã me mostrou que a gente sempre encontra a nossa própria história em algum lugar”

trouxe mais uma lembrança. Apesar de passar pela via diversas vezes em tantos anos de visita à antiga casa que minha avó materna viveu na infância, nunca soube que a rua ficava, de fato ali, e que a residência era quase vizinha a de Erno e Seli que, inclusive, conhecem minha avó. Mas peguei a direção errada – por engano, ou talvez sorte – e quando quis voltar, ao olhar para o lado, estava em frente àquela antiga casa da avó.

Eu não sou estrelense mas, de uma forma ou de outra, todas as nossas histórias também se cruzam. A entrevista na casa dos ex-dançarinos não tinha ligação direta comigo, mas o fim daquela manhã me mostrou que a gente sempre encontra a nossa própria história em algum lugar.

Seja por meio dessas edificações antigas, das danças, jogos ou pela culinária, são festivais, lugares e pessoas como essas que fazem a nossa cultura perdurar. São os mais antigos que nos contam as histórias. São os mais novos que tem o papel de continuar.

Boa leitura!

Eventos para toda família no fim de semana

AGENDA

Seja para relaxar ou entreter, as programações no Vale do Taquari recebem públicos de todas as idades

Júlia Amaral juliamaral@grupoahora.net.br

6º Moto Rock Lajeado

Três dias de shows e cultivo ao amor por motos, kombis e carros antigos marcam o evento que começou na sexta, 19, e segue até domingo, 21, no Parque do Imigrante. A programação também contempla gastronomia e cerveja. Os ingressos para motociclistas e donos de carros antigos são 2 kg de alimento não perecíveis ou R$ 10. Para o público em geral, o valor é de R$ 10 e 1 kg de alimento não perecível ou R$ 15.

Encontro Infantil de Danças Alemãs

Brincadeiras e cultivo da tradição germânica. Assim será o domingo, 21, no Parque Histórico. O 15ª Encontro Infantil de Grupos de Dança Alemã deve reunir 300 pessoas, que integram 15 grupos de municípios da região. A programação conta com gincana de ritmos e apresentações individuais dos grupos. A abertura está prevista para às 10h, com uma dança de integração, e o encerramento às 15h. Não há cobrança de ingresso e o acesso é junto ao pórtico do Parque Histórico.

Gramado Cultural

O Núcleo de Cultura da Univates promove mais um Gramado Cultural. O evento, que ocorre todos os meses, terá a próxima edição neste domingo, 21, das 15h às 19h, no gramado ao lado do Centro Cultural Univates. O objetivo é proporcionar lazer e cultura para a comunidade regional. Confira as atrações confirmadas:

- Palco aberto;

- Food trucks;

- Feira com artistas e artesãos regionais;

- Chimarródromo.

Em caso de chuva, o evento será cancelado.

Bibiana Faleiro

FOTOS DIVULGAÇÃO

Acasa Santo Nono começa a produzir carnes premium própria e investe no rastreio do gado bovino, inaugurando um novo ciclo nos próprios açougues. Com isso a família De Gasperi foca o mercado de carnes de alta excelência e dá uma resposta aos consumidores mais exigentes: cortes premium, embalados à vácuo.

O rótulo Degasperi de carnes premium chegará aos 3 empreendimentos com a garantia de gado criado com as mais altas técnicas de conforto animal e rastreabilidade monitorada pela família. Com parceiros especialistas na criação de gado de raças europeias, os De Gasperi entregarão um produto de qualidade superior, com a sua tradicional garantia de segurança dos alimentos e respeito ao consumidor.

“A qualidade e a rastreabilidade da carne é o que mais impacta neste projeto inovador. Nós teremos os animais bem pertos das lojas Degasperi e assim acompanharemos a procedência de todos. É a nossa garantia de um produto premium”, salienta Giovani De Gasperi, responsável pelo marketing e um dos idealizadores do novo produto.

Para realçar a garantia e a importância do projeto, a marca Degasperi aposta na transparência de todo o processo. A novidade será a promoção de visitas guiadas à granja onde estarão os bois confinados. Os consumidores poderão ver o processo e fazer a degustação das carnes no local.

“O cliente verá bois sendo muito bem tratados, com conforto térmico, ambiente limpo, alimentação adequada, em um processo controlado. Quanto maior o conforto animal, melhor será a qualidade da carne”, salienta Gustavo De Gasperi, que também está na linha de frente do produto.

Carnes Premium: da granja até o cliente Para que o Projeto Carnes Premium Degasperi se tornasse realidade, havia também a necessidade de encontrar um parceiro para a parte produtiva. Foi então que surgiu a Granja Recanto da Volta, de propriedade da família Meincke. Localizada no interior da cidade de Estrela, na Linha Geraldo Alto, a granja é conhecida por atuar no ramo da pecuária de corte, modalidade terminação e, também na agricultura. Foca em métodos e práticas de manejos sustentáveis com o objetivo de preservar o agrossistema e o futuro das próximas gerações.

A granja trabalha com um grupo seleto de produtores, capazes de atender os requisitos de qualidade e procedência dos animais. Ao desembarcarem na propriedade os animais passam por um protocolo de adaptação e aclimatação, em torno de 20 dias,

para posteriormente serem alojados no galpão do confinamento por um período de 100 dias. Durante esse período são respeitadas todas as premissas de conforto e bem-estar animal e de sustentabilidade.

Seguindo os mesmos cuidados de qualidade e levando em conta as boas práticas de fabricação, o frigorífico será responsável pela produção dos cortes especiais, embalados a vácuo e entregues em veículos climatizados aos três empreendimentos Degasperi.

Dentre os cortes especiais que serão ofertados aos clientes, estão os tradicionais filé mignon, picanha, costela, chuleta e alcatra. Outros cuja tendência vem se destacando muito no segmento deste tipo de carnes são: Prime Ribe, Bananinha, T-Bone, Assado em Tiras, Entrecot, Shoulder – super utilizados para um saboroso churrasco.

“Nosso objetivo é elevar cada vez mais a qualidade dos produtos oferecidos nas lojas. Queremos que os clientes sintam o sabor, a textura e a maciez da carne. Ofereceremos uma experiência gastronômica na casa do cliente, durante o almoço de família”, salienta Giovani.

Projeto evoluiu com nova geração De Gasperi

O projeto Carnes Premium Degasperi tem o perfil e a criatividade da nova geração De Gasperi: Giovani, Gustavo e Rafael De Gasperi são jovens na faixa dos 20 a 26 anos que foram criados no ambiente empreendedor da família e hoje atuam ao lado dos pais.

A geração persegue o desejo pela evolução da marca da família. “Nossa ideia é aumentar a experiência de compra do cliente. Forneceremos sempre produtos de qualidade superior. No caso das carnes, teremos o produto embalado a vácuo com a qualidade cem por cento garantida e por um valor justo”, declara Giovani.

Giovani e Gustavo: da nova geração De Gasperi, eles zelam pelo marketing e novos produtos.

Desfrute de um Happy Hour Especial no Dia dos Namorados

No dia 12 de junho o Bar do Clube será o cenário perfeito para o Happy Hour de Dia dos Namorados. Em uma noite romântica e animada, com atração principal do Grupo Samba D’Boa, os casais poderão desfrutar de uma atmosfera encantadora, acompanhada de cardápio especialmente preparado para a ocasião. O evento ocorrerá das 19h às 23h.

Os ingressos já estão disponíveis na secretaria do Clube, pelo valor de R$ 30, com direito a consumação. Além disso, os sócios solteiros também estão convidados para participar desse Happy Hour que promete ser inesquecível.

Vem aí o Torneio de Tênis Interno de Simples

A equipe de esportes do CTC se prepara para sediar mais um Torneio de Tênis Interno de Simples, que acontecerá de 30/06 a 02/07, nas quadras de tênis do clube.

Com a abertura das oito categorias do Ranking, este torneio promete envolver e entusiasmar muitos associados. No ano passado, aproximadamente 90 sócios participaram do evento.

O Torneio é uma oportunidade imperdível para os jogadores mostrarem suas habilidades. Além de proporcionar um ambiente de competição saudável e amigável, onde amantes do esporte têm a chance de se reunir, trocar experiências e fortalecer os laços.

Para participar, é preciso garantir a inscrição junto a secretaria do clube. Não perca tempo e garanta sua participação neste grande evento.

Festa de Maio terá música ao vivo e opções gastronômicas irresistíveis

A tão aguardada Festa de Maio acontece neste sábado (20), no Salão Panorâmico do CTC. Marcado para iniciar às 20h, o evento open bar e open food promete ser uma noite repleta de boa música e diversão, com destaque para a apresentação da Banda Moog, diretamente de Porto Alegre.

Com um cardápio de dar água na boca, a festa oferecerá opções de entra-

da e cumbucas, perfeitas para agradar a todos os paladares. O bar terá ainda cervejas geladas, espumantes, vinhos, drinks personalizados, água, refrigerantes e energéticos.

Para casais associados, o valor dos ingressos é de R$450, enquanto os não sócios podem adquirir os bilhetes pelo valor de R$590. Não perca essa oportunidade única de momentos inesquecíveis.

TRADIÇÃO

Nos bastidores do festival

No sábado, 20, Estrela completa 147 anos. Como parte das festividades, a Comunidade Evangélica promove o 56º Festival do Chucrute. Os Jogos Germânicos também fazem parte das comemorações que, por traz das cortinas, envolvem centenas de voluntários

Bibiana Faleiro bibianafaleiro@grupoahora.net

Julia Amaral juliaamaral@grupoahora.net

Quem entra no Centro Comunitário Cristo Rei no sábado à noite, não imagina o trabalho que está por trás de cada detalhe da decoração e organização do 56º Baile do Chucrute, que ocorre entre 20 e 28 de maio. Os mais de mil garfos e facas, por exemplo, passaram pelos cuidados de Lígia Lagemann, 67, Egon Lagemann, 72, Cleiva Bender, 77, e Euclides Bender, 77. Os dois casais aproveitaram a última semana de preparativos para limpar com álcool todos os utensílhos. A organização do salão começou no domingo, depois do Desfile Típico dos Grupos Folclóricos de Danças Alemãs. Desde então, todos os dias o Cristo Rei recebe a visita dos dançarinos para os ensaios. O movimento aumenta durante a noite, depois do horário do expediente. São nesses momentos que são postas as mesas, cadeiras, faixas coloridas e guirlandas com flores, organizadas por mais de 100 voluntários.

Cleiva Bender, aposentada e ex-integrante dos Grupos Folclóricos de Danças Alemãs de Estrela

“Somos todos motivados pelo amor e pela alegria. É a satisfação de ver o evento sair perfeito e todo mundo comentar sobre como estava bonito. Isso é um orgulho”, conta Cleiva que, junto do marido, se envolve com o Festival do Chucrute há 40 anos.

Nenhum dos dois é estrelense, mas o carinho pelo maior

evento da cidade é antigo. “Ele é de Santa Catarina e eu da região da fronteira. Mas desde que chegamos aqui, nos apaixonamos por essa festa”, conta. Ela e Euclides já não dançam mais com os Grupos Folclóricos de Danças Alemãs, mas ainda acompanham a filha mais nova e o neto, de 5 anos, que são participantes assíduos.

Exemplo e respeito

Para Lígia e Egon, o que faz com que o Festival do Chucrute perdure entre tantas gerações é o exemplo. “É uma motivação muito grande ver os jovens trabalhando. Não precisaria. Eles poderiam ficar em casa vendo televisão ou jogando videogame. Mas estão aqui, conosco”, comenta Lagemann.

Os dois dançam juntos na categoria “casais” e já tiveram duas passagens pelo grupo. A primeira foi de 1993 até 1996, ano em que saíram de Estrela. A volta ocorreu em 2012. “A gente se diverte trabalhando. Ninguém ganha nada, é tudo voluntário. Mas a gente ganha amizades, carinho das pessoas. E isso nos enriquece muito mais”, completa Lígia.

Valsa no pé

O grupo de danças para os veteranos surgiu em 1982, por uma iniciativa de seis casais da comunidade, chamados, na época, de “Coroas”. Entre os dançarinos, estavam Erno Feine, 87, e Seli Feine, 83.

A valsa era a dança preferida do casal e, a cada ano, uma nova coreografia era ensaiada. “O grupo é como uma família, fizemos muitas amizades”, conta Erno. Os dois filhos do casal também dançaram por alguns anos e seguiram a tradição da família que, desde 1968, três anos

Somos todos voluntários, motivados pelo amor e pela alegria.

É a satisfação de ver o evento sair perfeito e todo mundo comentar sobre como estava bonito”

Euclides Bender (e), Egon Lagemannm, Lígia Lagemann e Cleiva Bender, fazem parte da equipe que organiza o Festival do Chucrute, de forma voluntária

É uma motivação muito grande ver os jovens trabalhando.

Egon Lagemann, voluntáro

Erno e Seli Feine dançaram na categoria “casais” por quase 40 anos

BIBIANA FALEIRO

depois de Erno e Seli saírem do interior para residir no centro, não faltaram um festival.

Hoje, o casal já não dança mais, mas ainda se reúne com um grupo de ex-dançarinos para participar de jantares, reuniões ou almoços. Fora das pistas faz cerca de três anos, Seli recorda das viagens e dos encontros que faziam até mesmo para fora do estado para se apresentar. Em uma oportunidade, foram para a Alemanha passar 30 dias hospedados em casas alemãs.

Nos jogos, um resgate

A cultura da cidade também está nos jogos, que representam as atividades braçais e momentos de lazer dos imigrantes alemães. Coordenador de Esportes de Estrela, Júlio Saldanha destaca que os Jogos Germânicos, parte das programações de aniversário do município, foram resgatados há 20 anos, durante o 2º Parkchoppfest, como uma brincadeira entre as famílias. Mesmo depois de duas décadas, essa tradição continua viva entre a comunidade e a edição de 2023 espera 10 equipes, um dos maiores eventos até hoje. “O município tem muito forte essa questão da preservação da

história, essa preocupação do resgate, de manter viva essas tradições, por isso os jogos têm esse vigor todo ainda hoje”.

Para inovar, a cada edição são pensados em novos jogos. Este ano, a novidade é o bolão de mesa, um costume dos clubes de mães.

Saldanha ainda destaca que todas as atividades estão ligadas à superação, uma forte característica da imigração alemã. Um exemplo são os desafios de força física e estratégia, como as competições de rachar ou serrar lenha e descascar aipim.

Ao fim, uma grande festa encerra as atividades, marcada por uma polonaise gigante. “Falar dos jogos para quem vivencia tantos anos é bacana. A gente tem um carinho especial. Os Jogos Germânicos têm um legado no município”, afirma.

Anos de competição

Entre as equipes que participam da competição este ano, está a Asinha de Porco,

que tem Camila Sulzbach, 31, como integrante. Ela conta que a primeira vez que competiu foi

em 2012 e, hoje, jogar já se tornou tradição.

Durante os anos, ela participou de diferentes provas e, nas últimas edições, o que mais tem feito é o cabo de guerra e a guerra dos sacos. “Sinto falta de extintas provas como a caça às galinhas, que eu amava participar”, recorda.

Para Camila, este é um momento de descontração e brincadeiras que faz o fim de semana mais leve. Neste ano, a equipe Asinha de Porco leva ao Parque Princesa do Vale 30 pessoas, entre crianças, adultos e idosos.

“Cada um se organizando para dar seu melhor, e no final,

Provas dos Jogos Germânicos

- Apresentação do mascote;

- Desfile com mascote;

- Canastra (duas pessoas de 60 anos ou mais);

- Bolão de mesa;

- Carregar as toras de lenha;

- Serrar e rachar a lenha;

- Cabo de guerra;

- Guerra dos Sacos;

- Arremessar batatas;

- Prova de estafeta germânica;

- Polonaise.

todos saem felizes pela tarde animada e ansiosos pela próxima”, destaca Camila. Neste ano, são mais de 300 jogadores inscritos nas provas.

Aneli Sehn, 70, é presidente da Comunidade Evangélica de Estrela e participa da organização do festival há mais de 20 anos

Jogos resgatam história da imigração e marcam festividades de aniversário do município

Lisi Costa Leila Franz Bibiana Faleiro

Fórum da Mulher Empresária comemora cinco anos

Mais de 100 mulheres participaram de um café da manhã festivo na terça-feira, 16. A data marcou o 5º aniversário do Fórum da Mulher Empresária da Associação Comercial e Industrial de Lajeado (Acil). Com o tema protagonismo feminino, o encontro foi em formato de painel e contou com a fala de quatro mulheres: a presidente da Acil, Graciela Ethel Black; a diretora de Inovação do Governo de Lajeado, Mariela Portz; a mentora e terapeuta sistêmica, Sônia Mara do Nascimento; e a assistente social e co-fundadora da ONG Associação Marinês, Carine Bagestan. As convidadas compartilharam o crescimento pessoal e profissional que conquistaram ao longo dos anos.

Giro pelo Rio Grande

O Teatro do Ceat recebeu, na noite de terça-feira, 16, o Giro pelo Rio Grande, evento promovido pela Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do Rio Grande do Sul (Fecomércio-RS). Com o tema “Brasil 2023: para onde estamos indo?”, o momento foi de posicionamento da entidade frente à realidade brasileira e gaúcha. Os painelistas foram o cientista político Fernando Schuler e o economista Marcelo Portugal, com mediação do presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn, e do gerente de relações governamentais da federação, Lucas Schifino.

Bárbara e Débora Prass, e Karen Beatris Fink

Daniela Mallmann, Bruna Lewis e Gisa Dias

Karina Cenci, Marileide Vieira e Graziela Spohr

Raquel Guerra, Juliana Follmer Lisboa e Leda Follmer

Carolina e Giselda Hahn

Gabriela Stürmer Silva e Diego Florian Roberti

Diego Zagonel, Luiz Müller e Marcos Mallmann

Câncer de colo de útero

Ocolo do útero é a porção uterina que adentra a vagina. É a parte do útero por onde nascem os bebês e a parte visível ao exame médico fisiológico.

No Brasil, em 2023, espera-se 17 mil novos casos, fazendo com que seja o terceiro tumor mais comum entre mulheres, excluindo-se os cânceres de pele. A taxa de óbito está em 4 em cada 100 mil mulheres.

O dado é, de certa forma, alarmante, já que se trata de tumores que podem ser prevenidos.

Sabemos, hoje, que o vírus HPV está fortemente associado ao desenvolvimento da doença. E para este, já existe vacina, inclusive no sistema público. Também, o exame pré-câncer, conhecido como Papanicolau, exame barato, é amplamente difundido na região e no estado e, quando feito regularmente, é ferramenta poderosa no combate ao câncer de colo uterino, já que evidencia alterações pré-malignas, isto é, lesões que, se não forem tratadas adequadamente, vão evoluir para um câncer.

Idas ao ginecologista e/ou ao posto de saúde para este tipo de avaliação devem ser regulares, conforme a idade da mulher. Exames como Colonoscopia são complementares e ajudam a evidenciar a lesão, para auxiliar na decisão terapêutica. Quando uma lesão pré-maligna é identificada, a paciente é submetida à cauterização, que consiste em jogar nitrogênio líquido sobre a lesão, que destrói aquelas células e permite a regeneração dos tecidos. Em casos mais graves, a opção é conização, quando num procedimento cirúrgico, a área suspeita/ doente é renovada, num formato de cone (daí o nome).

Mas há casos em que, ou estes procedimentos não foram suficientes ou já não estão apropriados para a lesão identificada.

Aí, o procedimento para tratamento será a cirurgia, mais ou menos ampla, conforme a situação. Após a remoção do útero, ou parte dele, será definido a necessidade de outros tratamentos. Habitualmente a Radioterapia é uma das escolhas. Radioterapia externa consiste em expor a área doente à radiação emitida por um aparelho próprio. Há também a braquiterapia, procedimento no qual um aparelho é colocado na vagina da paciente e dentro deste aparelho vai pequena capsula de material radioativo, normalmente Césio 137, e este equipamento com a cápsula fica 48 até 72 horas na paciente. Durante este período, a paciente fica isolada.

Casos mais extremos vão requerer quimioterapia, mas os resultados são mais pobres.

Os sintomas da doença costumam ser sangramentos fora do ciclo normal, dor durante o ato sexual, desconforto abdominal baixo e corrimento. Claro que esses sinais/sintomas estão presentes em outros distúrbios ginecológicos, mas sugerem que a busca por atendimento é necessária.

O mais importante, ao meu ver, é que esta doença pode ser evitada ou diagnosticada precocemente. O estímulo ao cuidado íntimo da mulher deve ser feito.

Afinal, a vida é o que importa!

LAJEADO

Mais de 300 novas obras na Biblioteca Pública Municipal

Entre clássicos e contemporâneos, títulos contemplam sugestões de usuários da biblioteca

Ogoverno municipal de Lajeado, por meio da Secretaria da Cultura, Esporte e Lazer (Secel), investiu R$ 18 mil na aquisição de mais de 300 novos livros, que farão parte do acervo da Biblioteca Pública Municipal João Frederico Schaan. Os novos títulos são de diversos gêneros e ampliam o acesso da comunidade à cultura literária.

As obras contemplam romances de época, ficção, contos brasileiros contemporâneos, entre outros. A ideia, conforme a coordenadora da biblioteca, Kelen Giongo, é manter o espaço

atualizado com novidades do mundo literário, mas também oferecer clássicos que ainda não faziam parte do acervo.

“A escolha dos títulos ocorreu, principalmente, por sugestões de usuários da biblioteca, atendendo os pedidos imediatos do município. Lembramos que os leitores têm a oportunidade de solicitar títulos no próprio site da biblioteca ou no balcão de atendimento”, ressalta Kelen.

A coordenadora lembra também que a atualização do acervo é importante para que a biblioteca se torne cada vez mais atrativa e procurada pela comunidade, com obras que figuram entre as mais buscadas nas livrarias.

Como ser sócio?

Para ser sócio da Biblioteca Municipal, o leitor deve residir em Lajeado ou ter algum vínculo com o município, como trabalhar ou estudar na cidade.

Para se associar, o interessado

A escolha dos títulos ocorreu, principalmente, por sugestões de usuários da biblioteca, atendendo os pedidos imediatos do município”

Kelen Giongo coordenadora da Biblioteca Municipal de Lajeado

deve apresentar: documento de identificação, comprovante de endereço atualizado ou comprovante do vínculo com o município e telefone para contato. A contribuição anual é de R$ 7.

Dr. Hugo Schünemann Médico oncologista

O objetivo é manter a biblioteca atualizada com novidades, mas também oferecer clássicos que ainda não faziam parte do acervo

Parque da Orla

APRESENTA

APRESENTA

APRESENTA

Educação e cultura para todos

pela Univates em 2022A

Orientador: Guilherme Osterkamp

Juliana Adriana Mallmann

Débora Caterine Costa debo_costa94@yahoo.com.br

Welter

Arquiteta e urbanista formada pela Univates em 2022/B

Bibiana Faleiro bibianafaleiro@grupoahora.net.br

Acriação de um Centro de Desenvolvimento Cultural e Educacional foi o objetivo do projeto desenvolvido pela arquiteta formada pela Univates em 2022/A, Denise Andréia Führ, para o trabalho de conclusão do curso.

Facilitar a interação com a comunidade e o ambiente externo é a grande aposta do projeto da arquiteta recém-formada pela Univates, Débora Caterine Costa, para o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). O prédio, pensado como uma nova sede para as três empresas que formam o Grupo Popular, também possui espaço para abrigar outros empreendimentos.

Orientador: Merlin Janina Diemer

de Juliana Adriana Mallmann

Welter para o Trabalho de Conclusão do Curso (TCC) foi a criação de um parque urbano para Venâncio Aires. Assim, a arquiteta formada pela Univates em 2022/B desenvolveu o Parque da Orla do Arroio Castelhano.

riência diferenciada aos usu ários, explica a profissional. A construção busca ampliar a visibilidade e a interação das empresas com a comunidade, por isso, o projeto também prevê uma cafeteria no andar térreo. “A ideia é atrair tanto o público que trabalha e fre quenta o prédio, como a co munidade em geral”.

Sacadas e visuais foram adotados para garantir uma expe -

O projeto foi agregado a um grande lago para preservação hídrica e controle de cheias e outros problemas recorrentes da zona central do município.

A ideia foi inserir o centro na cidade de Estrela, como um espaço adequado para diversas atividades. Assim, o Criar Centro de Desenvolvimento Cultural e Educacional também propõe ofertar eventos e atividades diurnas, para os idosos, crianças e jovens, em especial, no turno inverso escolar. Para os adultos, as atividades serão concentradas nos turnos vespertino e noturno. Além disso, ocorrerão diferentes eventos abertos ao público, como palestras, encontros gastronômicos e pequenos eventos musicais. A ideia é que o espaço se torne referência para os municípios e atraia moradores de toda a região.

A proposta é fazer com que o espaço seja frequentado pela comunidade com um conjunto de elementos de entretenimento, a fim de incentivar a cultura, economia e lazer da região.

Parcerias

Denise destaca que para a viabilização do projeto, foi pensado em uma parceria público-privada, com o objetivo de ofertar oficinas gratuitas, em especial, às pessoas carentes e alunos de

O Parque da Orla do Arroio Castelhano foi planejado para contar a história de Venâncio Aires, em um contexto que resgata conquistas, inovações e elementos marcantes, vivos na memória da comunidade.

PATROCINADORES

De acordo com a arquiteta, ao centro do terreno, o lago transmite um ambiente agradável. Os caminhos internos formam um grande elo de ligação entre todos os setores do parque, gerando possibili-

PATROCINADORES

Na parte externa, cores neutras como cinza, preto e tom de madeira foram escolhidas para transmitir sensação de aconchego, destaca Débora.

escolas públicas. Além de proporcionar apresentações teatrais e músicas por meio de editais e leis de incentivo à cultura.

A ideia é que o espaço também sirva como locação para eventos e palestras de empresas e pessoas interessadas. O centro contará com salas comerciais, cafeteria, e abrigará a biblioteca pública em um ponto de fácil acesso e visibilidade.

“O propósito do centro cultural é realizar o encontro de pessoas, indiferente de raça, cor e classe”, destaca a arquiteta.

nar um ambiente acolhedor. Os demais espaços possuem uma paleta de cores seme lhantes, porém mais claras, o que garante mais conforto

destre e trazer maior aconchego. Como estratégias bioclimáticas criou-se recuos proporcionais a cada incidência solar, bem como a perfuração da laje superior para se ter o efeito chaminé, possibili tando a refrigeração dos ambien tes e a entrada de luz natural.

escolha dos materiais considerou a disponibilidade no mer-

mentos metálicos. Esquadrias piso-teto e pilares demarcados também marcam a identida de do prédio e garantem mais personalidade ao projeto.

dades de circulação e interligação.

Além disso, na fachada, foram utilizados painéis em concreto polímero e estrutura metálica para a ventilação, com aumento, também, da inércia térmica e diminuição da entrada de calor.

Materiais utilizados

Quanto à estrutura, além do uso de Laje nervurada, o projeto optou por deixar os ângulos de 90º arredondados com aplicação de madeira no pavimento térreo, de modo a facilitar o trajeto do pe-

Juliana explica que na faixa oeste, ao longo de toda a extensão do lago, está o setor de contemplação, para o descanso dos visitantes, por meio de um ambiente vasto de gramados abertos. O espaço é voltado para as águas calmas do lago e para a vista do pôr do sol.

“Esta materialidade exige pouca manutenção, apenas a sua higienização”, destaca a arquiteta.

A cobertura conta com a im permeabilização e colocação de argila expandida para uma me lhor eficiência térmica. Assim como espelhos d’água e vegeta ção para o resfriamento evapo rativo.

Ao lado do lago, foi criado um caminho que interliga o parque ao acesso Grão-Pará, ciclovia, pista de caminhada, centro de eventos, praça de alimentação com food trucks, quadras esportivas, playgrounds, academia ao ar livre, círculo da fé, entre outros.

Aproposta

O espaço é voltado para as águas calmas do lago e para a vista do pôr do sol