Você

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DIVULGAÇÃO

FIM DE SEMANA, 21 E 22 OUTUBRO 2023 edição nº 409

A arte de rir A vinda de grandes nomes da comédia nacional fortalecem o gênero do stand up comedy no Vale do Taquari, que coleciona cada vez mais adeptos. Nos palcos da região, além de humoristas consolidados, estão os novos comediantes locais que se aventuram em meio ao humor. Páginas 4 e 5


OPINIÃO

Bastidores

Válvula de escape

S

entar na poltrona do teatro e esperar o riso aparecer, porque ele vem, tem que vir, todo mundo está ali para isso. As luzes da plateia estão apagadas e ninguém consegue ver a cara de ninguém, graças a Deus, isso dá o conforto necessário para não rir e se constranger em paz se for o caso. Nada além do artista para enxergar, só o som do riso como termômetro. Sempre tem alguém que se atrasa em entender a piada e vira alvo. A risada cresce em cima da própria risada. Outro momento clássico de contágio é quando o público se identifica com a história contada no palco. E aí se entrega. Lembra da sogra, do cunhado, do amigo, do vizinho e, claro, de si. Nessa brecha, a única pessoa iluminada na sala exagera no absurdo até que o pessoal que assiste no breu, pronto para mostrar os dentes, explode na gargalhada. Não vou entrar no mérito dos limites do humor, do quanto o exagero do absurdo tende a passar dos limites estabelecidos hoje em dia. Meu interesse é no ambiente. Essa cena de gente, muita gente, esperando só pra rir com uma única pessoa em pé com um microfone

O riso tem função terapêutica. Ele ajuda a aliviar a tensão, a oxigenar o cérebro e a dar um tempo dos problemas” na mão, acontece com frequência na cidade. Às vezes nem é no conforto de um teatro. É na cadeira gelada do bar, com uma cerveja ainda mais gelada. O riso tem função terapêutica. Ele ajuda a aliviar a tensão, a oxigenar o cérebro e a dar um tempo dos problemas. São quase duas horas sentados completamente entregues à vontade genuína de dar risada. Esqueci de responder um e-mail? Fica para amanhã. Preciso de dinheiro? Agora não. E mais gargalhadas da plateia. A cena é tão cativante que tem gente que sai da cadeira e vai para o palco. Na região, temos um grupo de rapazes que se encorajam no desafio de contar histórias e fazer rir. E nessa edição do Caderno Você, falamos com eles e nos debruçamos sobre esse fenômeno que tem feito tanto sucesso entre os moradores da região. Há técnica, estudo e seriedade na arte da piada. Mas isso fica para a reportagem.

Tempo: um sábio professor

V

ocê já deve ter ouvido falar que o tempo tudo cura e converge em melhoria. Pois bem, o tempo parece ser mesmo um instrutor permanente na caminhada desta vida. Cada um de nós leva consigo a experiência de ter tido algum momento em que o tempo foi crucial para aliviar alguma angústia, serenar os pensamentos, aliviar dores internas, enfim. Um aliado que, nem sempre, é percebido como tal. Vivemos tão freneticamente na nossa rotina de afazeres, mediados pelo tempo, que não o aproveitamos da maneira saudável que ele requer. Viver no aqui e agora, eis a questão e o desafio. Aproveitar a experiência de se estar vivo como se fosse única oportunidade. Nada simples, porém factível para quem quer estar conectado consigo e com a pulsão de vida, o decurso, o porvir. Na antiguidade, os filósofos gregos especulavam incessantemente sobre a origem do mundo e a substância a partir da qual todas as outras eram formadas. Viam o tempo como um juiz. O pressuposto básico era que o tempo sempre descobriria e vingaria qualquer ato de injustiça. Se pensarmos no momento atual, todos nós estamos submetidos ao tempo, pois é ele que define o período de existência de cada um, sob a égide de Deus ou a força superior que cada um acredita. O tempo não é um vingador, como os gregos pressupunham,

mas simplesmente algo que devolve exatamente aquilo que fazemos, ou seja, se doamos amor, recebemos logo ali na frente amor também, e assim por diante. É uma lei moral, mas que serve para a nossa conduta no planeta Terra. Além disso, o tempo é escolha, sendo que não ter ou ter tempo em relação a algo é questão de prioridade. Estar por inteiro em algo pressupõe essa prioridade. Portanto, se pararmos para pensar, o único tempo possível é o tempo presente, isto é, decorre que passado e futuro são igualmente carentes de significado, sendo que o único tempo é um tempo presente contínuo, e o que existe é não criado. O importante, diante disso, é o que fazemos com o tempo, ou seja, como significamos o tempo que temos na vida diante de tantas opções e escolhas. Como tornamos o nosso tempo algo do qual iremos nos orgulhar? O quanto impactamos positivamente a vida e o tempo de outras pessoas? Como tornamos o nosso tempo um momento único de conexão com o transcendente? Tantas questões para velhos paradigmas. Tempo, tempo, tempo.

Boa leitura!

Júlia Amaral

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Caroline Lima Silva

Mestre em Psicologia – UFRGS


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Palco aberto para a arte de fazer rir HUMOR

Grandes nomes do stand up comedy trazem à região a força do gênero e dão espaço para que artistas locais também se destaquem no meio do humor Bibiana Faleiro

bibianafaleiro@grupoahora.net.br

Júlia Amaral

juliaamaral@grupoahora.net.br

C

om a vinda de grandes nomes da comédia nacional para a região, o Vale do Taquari vê

crescer a cena do stand up comedy. Na quinta-feira, 19, o humorista Rodrigo Marques se apresentou pela segunda vez em Lajeado. Afonso Padilha e Gio Lisboa também subiram ao palco do Teatro da Univates em 2023. Uma programação de humor ainda é prevista até o fim do ano e fortalece, cada vez mais, o consumo e a produção da comédia na região. O crescente movimento dá espaço aos novos artistas. Na região, um dos grupos que se destaca é o “Vale uma comédia”, de Lajeado, que, inclusive, é responsável por abrir shows nacionais da Univates. O grupo foi criado em 2021, com os integrantes Rodrigo Sivinski e Jonas Fontoura. Naquele ano, o pub All In organizava noites de comédia promovidas pelo humorista Gio Lisboa. Sivinski se envolveu na produção de forma voluntária,

para entender como funcionava o gênero e conseguir se apresentar. A ideia era aprender por meio de cursos e escrever textos para outros humoristas. O contato próximo com Gio Lisboa foi um incentivo para que ele se dedicasse à área e formasse o grupo, hoje, composto por ele, Jonas Fontoura, Rodrigo Becker e Cassiá Araújo. “A gente identificava que Lajeado ainda era uma cena em formação, teríamos que trabalhar de forma regional e em outros municípios e começamos a fazer isso”, conta Sivinski. Assim, se apresentaram em Encantado, Taquari, Teutônia, Lajeado e Bom Retiro do Sul. “Isso era bom porque fazíamos ao menos um show por mês e

íamos nos aprimorando”. Para os bares, também era positivo, porque movimentava os estabelecimentos, mesmo em dias mais parados. DIVULGAÇÃO

A gente identificava que Lajeado ainda era uma cena em formação, teríamos que trabalhar de forma regional e em outros municípios e começamos a fazer isso” Rodrigo Sivinski, humorista

Reconhecimento

Grupo “Vale uma Comédia” é composto por Jonas Fontoura, Rodrigo Sivinski, Cassiá Araújo e Rodrigo Becker

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No domingo, 15, dois integrantes do Vale uma Comédia, Becker e Fontoura, abriram o show de Gio Lisboa na Univates. Para o dia 29 de novembro, o quarteto também já têm uma apresentação marcada no Gato da Praça, em Estrela, com participação no show solo de Eva Mansk. Becker destaca que o grupo já abriu shows de Afonso Padilha, Diogo Portugal, Renato Albani, Maikinho Pereira, entre outros. A história dele também vai ao


O trabalho do grupo também pode ser conferido na página do Instagram @valeumacomedia.

Pelos bares

Artistas nacionais como Gio Lisboa, Afonso Padilha e Rodrigo Marquesboa subiram ao palco do Teatro Univates este ano

Estamos formando plateia que consome humor presencialmente na região, movimento que vem se consolidando nos últimos 20 anos no cenário global” Mariana Heemann Betti,

coordenadora do setor de cultura e eventos da Univates

encontro da de Sivinski. Desde criança, assistia a programas na TV, tinha CD de piadas do Paulinho Mixaria, e até fazia imitações de personagens de novelas e apresentadores para a família. Becker conheceu o stand-up pela internet, entre 2010 e 2011, quando o Custe o Que Custar (CQC) ganhou notoriedade, à época, com Danilo Gentili, Rafinha Bastos e Oscar Filho. Natural de Venâncio Aires, ele não via a cena do stand-up com espaço na cidade. Foi quando se mudou para Lajeado

e quando viu as noites de comédia do Gio, que conheceu Sivinski e os dois organizaram a primeira noite de stand up. A primeira apresentação oficial do “Vale uma Comédia” foi no Gato da Praça, em agosto de 2021. “Foi junto com a Ursa Malgarizi, que consideramos a madrinha do nosso grupo por vir da capital e apostar nessa primeira noite com a gente”, destaca Becker. Depois disso, os shows continuaram. E a preocupação deles passou a ser com iluminação adequada, bom áudio, assim como estrutura de copa e bar. Hoje, o principal palco do grupo é o Gato da Praça. Em Lajeado, há algumas semanas, também se apresentaram no Moinho 41, ao lado de Tiano Ott.

Em evolução O grupo criou o hábito de gravar as apresentações para depois estudá-las, ver o que foi bom e o que pode melhorar. Ao longo dos anos, a mudança é nítida. “Ainda temos muito a evoluir, porque o aprendizado é constante, mas já vejo uma melhora significativa na postura no palco, no modo de entregar a piada, com mais cadência e ritmo, e nos próprios textos”, ressalta Becker.

Quando Luís Carlos Cardias de Freitas, um dos sócios do Gato da Praça, em Estrela, recebeu a proposta de fazer uma noite de comédia no bar, sabia que a iniciativa não era popular na cidade. Mesmo assim, resolveu apostar na ideia. “O público reagiu de forma positiva, sempre buscando informações de quando seria o próximo evento. Ao longo de 2021 e 2022, foram feitas mais 12 apresentações”, conta. Pelo palco do Gato da Praça já passaram nomes como Marcito Castro, Fantini Adms, Billy Jhoe, Eva Munsk, Ursa Malgarizi e Gio Lisboa, esse com shows consecutivos e lotação. “Nosso espaço acabou ficando pequeno para essas feras, sempre procuramos incentivar a cultura local, nosso palco sempre está aberto ao stand up comedy, assim como aos artistas regionais, pois acreditamos no potencial da nossa região”. Em Lajeado, o Volúpia Bar e Espaço Cultural também já promoveu eventos destinados ao stand up, com foco nas mulhe-

Nosso espaço acabou ficando pequeno para essas feras, sempre procuramos incentivar a cultura local, nosso palco sempre está aberto ao stand up comedy, assim como aos artistas regionais, pois acreditamos no potencial da nossa região” Luís Carlos de Freitas, sócio do Gato da Praça

res. No ano passado, recebeu as porto-alegrenses Betinna Camara, Thais Pinto e Nelly Coelho.

Uma cena crescente O gênero tem ganhado força e colocado a região no circuito de artistas nacionais. Só em 2023, o Teatro Univates recebeu oito sessões de comédia, com um total de 6.722 espectadores. Coordenadora do Setor de

Cultura e Eventos da Univates, Mariana Heemann Betti diz que muitos consideram o gênero um fenômeno da indústria do entretenimento. “Enxergamos o novo cenário crescente em todo o país e buscamos parcerias externas de produtores que trabalham com comedy para que a comunidade tenha a oportunidade de estar frente a frente com artistas que costumamos acompanhar nas redes sociais”, ressalta. Mariana destaca que artistas regionais pioneiros que trazem o cotidiano do interior e das cidades gaúchas, como Badin, Cris Pereira e Jair Kobe ajudaram a difundir o humor e o stand up para diferentes públicos. Assim, afirma que, quanto mais oportunidade das pessoas acessarem os shows de comédia, mais este tipo de público vai crescer. “Estamos formando plateia que consome humor presencialmente na região, movimento que vem se consolidando nos últimos 20 anos no cenário global”. reforça. Outro fenômeno que fez o gênero despontar foi a pandemia. Já que, no período, muitos artistas migraram para as redes sociais. Ainda, os que já utilizavam estes canais, ganharam força.

A história do Stand up comedy 1890 a 1930 Surge o vaudeville nos Estados Unidos, tipo de arte que mistura improviso, canto, acrobacia e mágicas;

1935 O norte-americano Mark Twain, autor de “As Aventuras de Tom Sawyer”, começou a palestrar pelo país com falas cheias de humos e diálogo com o público;

1938 Em Nova York, homens começam a criar monólogos inspirados em estereótipos familiares;

1950 O stand-up começa a ganhar a forma que é conhecida até hoje, com piada ácidas. Um dos principais nomes da época é Lenny Bruce;

1960

2010

O “show de um homem só”, que permite também a criação de personagens, foi introduzido no Brasil por José Vasconcellos;

Durante a década, o stand up se estabeleceu e vários clubes de comédia surgiram em São Paulo e pelo Brasil;

2005 Estreia no Brasil o Comédia em Pé, o primeiro grupo de stand up do país, formado por Cláudio Torres Gonzaga, Fábio Porchat, Fernando Caruso e Paulo Carvalho;

2020 Em função da pandemia, alguns comedy clubs fecharam as portas. Agora, o gênero retorna com notoriedade em todo país.

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Leila Franz

Bibiana Faleiro

Lente Social

Lisi Costa

Rodrigo Marques na Univates

Para qualificar o setor

Inovação e negócios

Com o tema “Conhecimento e negócios para alimentar o amanhã”, a 5ª edição da Jornada Técnica do Setor Alimentício – AlimentaAção, ocorreu entre os dias 16 e 19, no Clube Tiro e Caça, em Lajeado. A abertura do evento, organizado pela Acil, contou com a palestra “Game of Tastes: como as diferentes gerações estão redefinindo o consumo de alimentos”, ministrada por Vilma Mendes, da Takasago. A programação seguiu com outras palestras, workshops, seminários e Meeting Empresarial.

O comediante Rodrigo Marques foi atração do Teatro da Univates mais uma vez na quinta-feira, 19. O roteirista e humorista retornou à instituição com o stand up “Estamos Vivos”, que reflete a respeito dos instintos mais básicos do ser humano e aborda a perspectiva da sociedade sobre eles. O show vem à cidade para reforçar o cenário do humor percebido na região nos últimos anos.

Andréia Zwirtes Kich, Aline Deparis, Patrícia Brochier e Aline Magalhães Krabbe da Cacis Mulher

Kelvin da Costa, Simone Boni e Tiago Johann

Leonardo Bettio Werner e Carolina Motta

Ivone Villa, Verenice Immich, Aline Deparis, e Giselda Hahn integrantes do Fórum da Mulher Empresária da Acil

“Desafios da Inteligência Artificial” foi o tema da reunião-almoço da Câmara de Comércio, Indústria, Serviços e Agronegócio (Cacis) de Estrela, que ocorreu na sexta-feira, 20. Em uma parceria com a Cacis Mulher, o evento recebeu como palestrante, a CEO da Privacy Tools, analista de sistemas e empreendedora, Aline Deparis. Paola Ávila e Evandro Cardoso

Palestrante da abertura, Vilma Mendes, com Tânia Gräff e Gilberto Soares

65 anos do Lions Lajeado Centro Em clima de festividade e amizade, a presidente do Lions Clube Lajeado Centro, Caroline Lima Silva, recebeu os associados e familiares do clube no Frame Garden, na quinta-feira, 19. O momento foi para prestigiar a Noite do Leão e celebrar os 65 anos da entidade. A noite foi marcada por companheirismo. A presidente agradeceu o empenho dos colegas durante o ano leonístico.

Hans e Edilene Johann com Márcia Scherer e Paulo Rogério Medeiros

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Jaqueline Bottoni, Caroline Lima Silva, Lucy Lima Silva, Norma Einloft e Maria Cecília Maciel da Silva


LAJEADO

Jovens têm oportunidade de fazer intercâmbio voluntário na Alemanha

Por meio do programa AFS Intercultura, são oferecidas oito bolsas parciais. Inscrições podem ser feitas até 12 de novembro, com embarque em 2024 Bibiana Faleiro

bibianafaleiro@grupoahora.net.br

U

ma oportunidade de ser voluntário na Alemanha é oferecida pelo programa AFS Intercultura, ONG internacional que possibilita diferentes modalidades de intercâmbio. O edital aberto é para oito bolsas parciais de um ano. Para se inscrever, é preciso ter entre 18 e 27 anos, e o desejo de fazer trabalho voluntário. Os embarques para as terras alemãs são em julho e agosto de 2024, com duração de um ano. Coordenadora do programa em Lajeado, Raquel Barriatto destaca que o comitê AFS na cidade abre

Acesse o QR code para se inscrever na bolsa para a Alemanha

Morador de Lajeado, Lucas Becker Delwing foi intercambista na Alemanha entre agosto de 2018 e agosto de 2019

a seleção para o trabalho voluntário na Alemanha todos os anos. A instituição é parceira do governo alemão desde 2015. Entre as atividades desenvolvidas, estão o auxílio de professores e alunos em escolas e creches, trabalhos voltados à conservação de fazendas ecológicas e parques nacionais, assim como o trabalho com idosos ou pessoas com deficiência.

Oportunidades As inscrições para concorrer às bolsas vão até 12 de novembro de 2023, de forma gratuita. Nesta fase, os candidatos deverão preencher todos os campos do formulário online, enviar uma carta motivacional em português e um vídeo em alemão. “O aprendizado intercultural e o aperfeiçoamento do idioma alemão são as grandes vantagens dessa experiência”, diz Raquel. A instituição também tem disponíveis programas escolares anuais e semestrais, programas de intercâmbio de férias de curta duração e programas de intercâmbios para adultos, com cursos de idiomas. Os candidatos podem entrar em contato com Raquel para tirar dúvidas. Mais informações podem ser conferidas pelo e-mail comite.lajeado@afs.org ou telefone/whatsapp (51) 981405019. Uma vez selecionados, o custo será de cerca de 2 mil euros, mais o processo de visto.

Mudança de vida Morador de Lajeado, Lucas Becker Delwing, 27, participou da bolsa em outras edições. Ele viajou entre agosto de 2018 e agosto de 2019. O primeiro mês foi em Hamburgo. Os outros 11 meses em Munique. Ele conta que o primeiro passo é se inscrever no processo seletivo por meio da AFS. “É um intercâmbio de trabalho voluntário. Então eu lembro que foi preciso mandar um vídeo de apresentação, currículo no modelo europeu e os certificados de cursos do idioma alemão”. Quando foi selecionado, teve que arcar com uma porcentagem pequena dos custos. O restante foi pago por meio da bolsa parcial. “Chegando lá, eu recebia moradia, alimentação e um salário em euros, que eram fornecidos pelo local de trabalho por conta da bolsa”. Delwing diz ter sido uma experiência importante para o desenvolvimento pessoal e amadurecimento. Na época, ele já morava sozinho. Mas conta que morar em outro país, com outra cultura e língua foi transformador. “Estive novamente na Alemanha nas últimas férias e foi muito emocionante reencontrar amigos e colegas de trabalho, revisitar os locais onde morei, trabalhei e vivi tantas histórias”.

ONCOFERTILIDADE: NÃO SOMENTE NO OUTUBRO ROSA E NO NOVEMBRO AZUL

O

Institudo Nacional de Câncer (INCA) estima 704 mil casos de câncer ao ano no Brasil até 2025, cada vez mais em homens e mulheres em idade reprodutiva. As taxas de sobrevivência após o diagnóstico e tratamento do câncer têm aumentado nas últimas décadas. Atualmente, a oncofertilidade representa uma estratégia útil para mulheres e homens em idade reprodutiva afetados pelo câncer para preservar sua fertilidade e sua oportunidade de planejamento familiar. Além de técnicas mais difundidas, como criopreservação de espermatozoides/ de óvulos e/ou embriões, uso de medicamentos que se ligam a estruturas que impedem ação de alguns hormônios, a criopreservação de tecido ovariano vem sendo muito enfatizada com grandes perspectivas futuras. Sendo que a criopreservação do tecido ovariano, que contém 90% da reserva folicular, e seu transplante posterior representam uma estratégia possível para casos de oncofertilidade, buscando com segurança uma gravidez após o câncer. A criopreservação neste contexto está indicada, principalmente, em casos de urgência do tratamento oncológico, crianças pré-púberes, mulheres com tumores hormônio dependentes, transplante de medula óssea e condições genéticas com risco de falência ovariana e testiculares. Contudo, os pacientes com câncer devem se concentrar e se dedicar ao seu tratamento do diagnóstico de câncer. A equipe que assiste estes pacientes deve aconselhar sobre os potenciais ameaçadores a fertilidade feminina e masculina o mais cedo possível no processo de tratamento, de modo a permitir o mais vasto leque de opções para a preservação da fertilidade. Para muitos, ter filhos após o câncer é um componente-chave do bem-estar psicológico e da qualidade de vida. Vale salientar que algumas empresas e alguns planos de saúde já custeiam o congelamento de óvulos para pacientes oncológicas.

Sandra Weber - CRM 36634, RQE 32639 Ginecologista e Obstetra Medica do centro de Reprodução Humana Bruno Born FIM DE SEMANA, 21 E 22 OUTUBRO 2023 | Você. | 7


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