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NEGRA

Seja na música, teatro ou cinema, produções culturais ajudam a manter a cultura viva

FIM DE SEMANA, 25 E 26 NOVEMBRO 2023 edição nº 413


Bastidores

Arte que vira resistência

M

ais uma vez, um mês, uma data, para recordar o que deveríamos lembrar todos os dias. O Mês da Consciência Negra chega ao fim, mas a luta contra o racismo não termina aqui. Tantos erros do passado ainda são presentes e afetam a realidade de muitas pessoas. Desde o momento em que a cor de pele se tornou uma medida de diferenciação dos povos, há muito o que ser feito para essa retratação histórica. Já é possível perceber muitas personalidades negras ocupando cargos importantes e divulgando a cultura nos palcos pelo país. É justamente a arte uma das responsáveis por fazer com que o passado e o presente do povo não se apaguem. E é sobre ela que falamos nesta edição. Se não nossos, os ídolos de muitos de nossos pais ao longo da história são negros. Seu Jorge, Alcione, Elza Soares são alguns dos artistas que fizeram história na música brasileira. Para os jovens, Emicida está entre os mais conhecidos. Mas há muitos outros.

Hoje, novos cantores e atores surgem para continuar esse legado e se misturar a outras produções brasileiras de destaque”

Na Tv brasileira, Taís Araújo foi uma das protagonistas e representa as mulheres negras ainda hoje, com a participação em muitas novelas que acompanhamos na Tv. Também ouvimos falar muito do Grande Otelo que, ao longo das décadas de 1930 a 1950, participou de numerosas peças do teatro de revista e ganhou o público do audiovisual também. Esta história já começa a ser contada lá na década de 1930 e ganha forma ainda antes dos anos 2000. E, hoje, novos cantores e atores surgem para continuar esse legado e se misturar a outras produções brasileiras de destaque. A diversidade ainda está em alta. Que seja sempre assim. Mas é preciso entrar na onda e consumir a cultura, seja a que vem de berço ou a que conhecemos ao longo da vida. Sem julgamentos, de coração aberto e disposto a ver todos, sem distinção, se destacarem. Boa leitura!

Bibiana Faleiro

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DICA

cultural

Rosane Cardoso professora de literatura

Para que tudo não termine em novembro

M

ais um mês de novembro chegou (e quase passou) e estamos às voltas com debates sobre o combate ao racismo. Em muitos casos, vemos ações significativas. Em outros, nem tanto. Acredito que aprendemos a respeitar aquilo que conhecemos. Por consequência, conhecer a estrutura que move o racismo, bem como a discriminação de qualquer ordem, pode ser minimizado na medida que sabemos como tais processos se fundamentam. Nesse sentido, trago como dica de leitura, o livro que resenhei, há algum tempo, e do qual retomo, aqui, alguns excertos. Em 2017, a professora Magna Lima Magalhães, da FEEVALE, publicou o livro Associativismo negro no Rio Grande do Sul, resultado da pesquisa feita durante seu doutoramento, baseado em entrevistas desenvolvidas entre 2002 e 2004. Dividido em três partes: “Democracia racial”, “A música do trabalho, a melodia da máquina, o hino do progresso” e “Associativismo negro no sul do Brasil”, o texto analisa a presença afro-brasileira no Vale dos Sinos, região colonizada, majoritariamente, por alemães. De acordo com os documentos levantados por Magna Magalhães, havia, desde o século XIX, um significativo movimento associativista por parte dos teuto-brasileiros. Mas, evidentemente, não era permitido aos negros desfrutarem das atividades proporcionadas por essas entidades. Em vista disso, começaram a surgir espaços onde as pessoas negras podiam compartilhar “interesses comuns, sedimentados na identidade étnica, nos laços de parentesco, no fomento da coesão e da solidariedade” (p. 122). O movimento também era a forma de oporem-se às adversidades existentes. O associativismo negro, atesta a historiadora, remete ao período escravagista e, ao longo do século

XX, se firmou em diversos locais, como Rio de Janeiro, São Paulo e Bahia. A autora busca, no pretérito, a história de um clube negro – Associação Esportiva, Cultural, Beneficente Sociedade Cruzeiro do Sul – na cidade de Novo Hamburgo, fundado em 1922 e ativo até o final da década de 1960. Mas esse passado não é um “resgate” histórico. Não se trata, em absoluto, de uma história concluída e agora registrada ou de um ponto específico da trajetória de negros e negras de determinada região. A atualidade do livro se dá porque, além levantar e analisar os dados que cabem em uma pesquisa bem alicerçada, como é o caso, também problematiza questões extremamente necessárias à contemporaneidade, no que tange a discutir a visibilidade do negro no Brasil. O livro de Magna Lima Magalhães também se destaca pela linguagem com que o estudo é apresentado. A autora não hesita em colocar-se em um lugar de fala que lhe permite expor suas sensações e sentimentos. Associativismo negro é, também, um livro corajoso, pois desnuda uma realidade muito próxima à autora e a coloca não apenas como historiadora, mas como ouvinte que respeita profundamente o que lhe é entregue: a história de muitas vidas que, a despeito do apagamento a que foram subjugados – e justamente por ele – decidem pela solidariedade como forma de resistência Fonte: Revista Prâksis, Novo Hamburgo, a. 16 | n. 1, jan./abr. 2019.


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Na arte, uma história que MÊS DA CONSCIÊNCIA NEGRA

Por meio da música, de produções audiovisuais e outros registros culturais, o passado do povo negro é resgatado e resiste ao esquecimento Bibiana Faleiro

bibianafaleiro@grupoahora.net.br

Júlia Amaral

juliaamaral@grupoahora.net.br

S

eja por meio da música, da culinária, da dança ou de patrimônio imaterial, como as personalidades de um povo, a cultura afro-brasileira se manifesta de diferentes formas, e é preciso respeito e visibilidade para que ela perpetue. Para que isso aconteça e para homenagear o líder negro Zumbi dos Palmares, o mês de novembro é dedicado à consciência negra e mostra, nas programações pelas cidades, a força da arte como manutenção desse passado. A cultura também está na oralidade e é por meio de entrevistas e produções audiovisuais que parte desta história é registrada. Esta foi a ideia do documentário “Ontem e Hoje” – Histórias Negrejadas do Négo FC”, que conta sobre o clube venancioairense Négo, um dos clubes sociais negros mais antigos do Rio Grande do Sul. A produção foi exibida este mês na Casa de Cultura de Lajeado. O projeto foi contemplado no Edital FAC Expressões Culturais, da Secretaria da Cultura

do RS. A iniciativa é do produtor audiovisual e ator Sérgio Rosa e do fotógrafo, jornalista e professor Emerson Machado. Natural de Porto Alegre, Machado mora em Venâncio Aires desde 2019, e tinha vontade de desenvolver um trabalho concreto sobre a temática. Então conheceu Sérgio Rosa, que escreveu um texto sobre o clube Négo FC, com 88 anos de história. A parceria resultou na elaboração do documentário. “A opção pelo documentário também foi porque a cultura negra no Brasil tem pouca escrita, mas muita oralidade”.

A produção Após a aprovação no edital, em julho de 2022, o projeto foi desenvolvido pela dupla. O lançamento ocorreu em 28 de junho de 2023. “Foi muito legal, porque eles se sentiram reconhecidos. É o primeiro documento audiovisual do clube”, destaca Machado. Para ele, a produção é importante pelo apagamento que os brancos deram à cultura afro. “O primeiro ponto é esse. O segundo é a importância de se ter memória. Às vezes, mesmo com memória, a gente acaba fazendo algo errado. Serve para que a gente possa reconhecer e não cometer os mesmos erros. E ter o relato das pessoas traz à luz a problemática”. O documentário, com 1h25min, está disponível no Youtube.

Documentário conta a história do clube social negro venancioairense Négo, u

buição do negro para a cultura brasileira. Apesar disso, diz que só a partir do século XX, como consequência do ativismo dos movimentos sociais negros que as manifestaçoes culturais de

matriz africanas passaram a ser aceitas como expressões nacionais e permanecem vivas até hoje. “É importante destacar que foram os negros que construíram a civilização brasileira, que conservaram e fizeram roduzir os engenhos, as fazendas e outros empreendimentos que

exigiam trabalhos braçais. O legado africano para o Brasil é imenso”, reforça. Outra contribuição, além do trabalho braçal, são as artes, religiões, ciências e até mesmo a economia. “Para os afro-brasileiros, a música e a dança tinham sentimentos ligados com a espiritualidade, enquanto que

Artistas negros no Brasil

Legado O documentário ainda tem a assessoria histórica do professor Jair Luiz Pereira, que também participa da produção contando parte da história do clube. Licenciado em Estudos Sociais – História, Pereira é pós-graduado em História e Cultura Afro-brasileira, e mestre em Desenvolvimento Regional., além de escritor. O professor destaca a contri-

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1930 Ao longo das décadas de 1930 a 1950, o ator conhecido como Grande Otelo participou de numerosas peças do teatro de revista. Mais tarde se destacou no cinema e Tv;

A partir de 1960

Década de 1960 Elza Soares teve inúmeras músicas no topo das listas de sucesso no Brasil, como “Aquarela Brasileira”;

No teatro desde o final da década de 1960, Zezé Motta fez sua estreia profissional na peça “Roda Viva”, de Chico Buarque. Em 1968 estreou na televisão com um papel na novela da Tv Tupi;

No cinema, Milton Gon estrelou mais de 50 film O ator fez parte do pio elenco formado antes primeira novela ser gra na Tv Globo. Em 1º de fevereiro de 1965, ele contratado pela emiss


e não se apaga Foram os negros que construíram a civilização brasileira, que conservaram e fizeram roduzir os engenhos, as fazendas. O legado africano é imenso”

Emerson Machado

Jair Luiz Pereira

produtor do documentário

historiador

tural Imaterial da Humanidade.

forma de resistir e isso já significa muito. É importante a gente mostrar e ocupar todos os espaços, mas em relação à arte, fazer as referências negras”, ressalta. No início do mês, Zínha lançou o EP “No meu tempo”. A composição de três músicas e o sonho de gravar as próprias produções se tornou realidade depois que ela conheceu o produtor Júnior Sessi.

Representatividade

um dos mais antigos do Rio Grande do Sul

nçalves mes. oneiro da avada e foi sora;

Às vezes, mesmo com memória, a gente acaba fazendo errado. Essas produções servem para que a gente possa reconhecer e não cometer os mesmos erros”

os senhores permitiam essas manifestações por pensarem que ‘quem se diverte não conspira’”. Um exemplo é o samba, o batuque e a capoeira. Mesmo proibida no Brasil durante décadas, a capoeira se tornou Patrimônio Cultural Brasileiro e recebeu, em novembro de 2014, o título de Patrimônio Cul-

1996 A atriz Taís Araújo destacou-se como a terceira atriz negra a protagonizar uma telenovela brasileira em “Xica da Silva” (1996). Foi também a primeira a protagonizar uma trama contemporânea da Rede Globo em “Da Cor do Pecado” (2004), bem como no horário nobre em “Viver a Vida” (2009);

Hoje, esse passado é também levado para os palcos e, apesar das dificuldades, artistas negros ganham destaque, inclusive no Vale do Taquari, como é o caso de Ana Caroline Cézar, 30, a Zínha. A artista começou a cantar aos 13 anos, na igreja. A afinação sempre chamou atenção e ela se apresentou diversas vezes na cidade, em especial com o projeto “Os Alquimistas”. Para Zinha, essa é uma forma de expressar opiniões, sentimentos e lutas. “Viver de música sendo uma mulher negra já é uma

1997 Seu Jorge participou de mais de 20 espetáculos com a Companhia de Teatro TUERJ, como cantor e ator. Em 1997 passou a integrar a banda Farofa Carioca.

Primeira música A música do EP, “Sem pressa”, é a primeira da sequência que deve ganhar continuidade no verão. O som de estreia ainda terá um clipe, com cenogra-

Cantora Ana Caroline Cézar, a Zínha, lançou o EP “No meu tempo”, no início deste mês

fia de Caes – arquitetura Caê –, Dagda Fotógrafa, Talles Makes, Kaa da CASA BEV com os figurinos, Ariela Neumann no marketing, Thomas na dança, e apoio de Volúpia Bar. As próximas músicas do EP serão um reggaeton e um pop funk. As canções falam sobre experiências próprias. “É sobre o tempo que levei pra me ver como artista mesmo, do tempo que levei para gravar, da minha negritude, da sexualidade. Mas fala mais diretamente sobre o tempo que levei para me desvencilhar de um amor platônico e tóxico”. A boa recepção do público é um dos pontos de destaque do primeiro trabalho de Zínha. Para o futuro, a ideia é fazer parceria com DJ, fazer shows e continuar vivendo de arte.

as dificuldades. “Falta incentivo, falta oportunidade, falta orientação, estrutura, representatividade. Ninguém olha, ninguém vê. Falta muita coisa”, conta. A cantora destaca também a apropriação cultural. Conforme ela, há muitas pessoas brancas que tomam a cena e ganham reconhecimento. Apesar dos desafios, Zínha não desiste.

Documentário A Associação Negó Football Club Acadêmicos do Samba foi criada para reunir a comunidade negra, proibida de frequentar clubes e festas tradicionais. Aposte a câmera do celular para o QRcode e confira:

No caminho Sobre ser uma artista negra da região, Zínha não esconde

1999

2000

2015

2016

O artista Gilberto Gil é conhecido por sua relevante contribuição na música brasileira e foi nomeado “Artista pela Paz”, pela Unesco;

Emicida é considerado uma das maiores revelações do hip hop do Brasil da década.

Alcione canta “Juízo Final” na abertura da novela da Tv Globo, “A Regra do Jogo”;

Martinho da Vila ganhou o Grammy Latino com o álbum “De Bem com a Vida”, na categoria Melhor Disco de Samba.

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CULTURA

Humorista Eduardo Christ retorna ao palco do Teatro neste domingo, 26

O

Teatro Univates recebe, neste domingo, 26, o show Badin, o Colono, a partir das 18h. Sucesso de público, esta é a terceira vez que o artista se apresenta na universidade. O personagem é interpretado pelo humorista Eduardo Christ que, hoje, se dedica inteiramente à vida artística. Em suas apresentações e vídeos divulgados, Badin busca resgatar e manter viva a cultura colonial, além de divertir o público por meio de situações cômicas familia-

Badin, o Colono, é atração na Univates res às pessoas do Sul do Brasil. O personagem surgiu em 2015, em um áudio engraçado de WhatsApp, falando sobre situações e lugares da cidade de Erechim, onde Christ residia na época. Meses mais tarde, o sucesso do áudio rendeu convite para um programa de rádio e, aos poucos, começaram as primeiras apresentações ao vivo em eventos na região onde morava. Hoje, Badin lota sessões com shows de humor e conquistando as plateias por onde passa. O espetáculo já passou por mais de 1,3 mil cidades. Mais de 1 milhão de pessoas já assistiram ao show. Em caso de dúvida, contate o Teatro Univates pelo telefone (51) 3714-7000, ramal 5946, ou pelo e-mail bilheteria@univates.br. DIVULGAÇÃO

Domingo de Arte na Praça O espetáculo já passou por mais de 1,3 mil cidades e mais de 1 milhão de pessoas já assistiram ao show

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Com feira adiada duas vezes, a previsão de sol para o domingo, 26, leva os expositores do Arte na Praça para a Praça João Zart Sobrinho, no

bairro Americano, em Lajeado. A programação inicia às 10h e segue durante a tarde. Pequenos empreendedores, artistas e artesãos participam

do evento, que conta com diferentes produtos. Nesta edição, em especial, a temática será natalina. Também haverá sonorização na praça.


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Centro de turismo Educação e com vista à Barragem Eclusa cultura para todos IMAGENS JEANDRES ROSA

APRESENTA APRESENTA APRESENTA

Denise Andréia Führ Arquiteta e Urbanista formada pela Univates em 2022A Orientador: Guilherme Osterkamp

Débora Caterine Costa

debo_costa94@yahoo.com.br

A F

Elementos conectam empresas e comunidade Projeto busca ampliar visibilidade das marcas e possibilitar maior interação entre público interno e visitantes

criação de um Centro de Desenvolvimento acilitar a interação riência diferenciada aos usu- Nos espaços internos, cada para trabalhar. Cultural e Educacio-e ários, explica a profissional. ambiente foi projetado conEntre as texturas, destaque com a comunidade foi o objetivo do A construção busca ampliar a forme as necessidades dos para o equilíbrio entre os brionalambiente externo projeto desenvolvido pela arquiVANESSA MORAES é a grande aposta do visibilidade e a interação das usuários, mas a partir da ses de madeira e o concreto teta formada pela Univates em empresas com a comunidade, mesma estratégia de cores da aparente. Na parte interna, projeto arquiteta DAdaSILVA, 2023recém2022/A, eDenise Andréia também foram adotados car-formada pela Univates, Dé- por isso, o projeto também área externa. Arquiteta urbanista formadaFühr, pela para oUnivates trabalhoem de conclusão A cafeteria possui tom de petes para ajudar no conforto bora Caterine Costa, 2023/Aparadoo prevê uma cafeteria no andar curso. Trabalho de Conclusão de térreo. “A ideia é atrair tanto concreto, laje e esquadrias acústico, além de painéis em Orientadora: Jamile Weizenmann A ideia foi inserir o centro na o público que trabalha e fre- escuras. A madeira, utiliza- MDF para compor cada área, Curso (TCC). O prédio, pencidade de Estrela, como umpara es- quenta o prédio, como a co- da tanto nos brises, como no conforme a finalidade. sado como uma nova sede paço adequado paraque diversas ati- munidade em geral”. Segundo a profissional, a mobiliário, busca proporcioas três empresas formam Bibiana Faleiro vidades. Assim, o Criar Centro escolha dos materiais considenar um ambiente acolhedor. Na parte externa, cores neuo Grupo Popular, também posbibianafaleiro@grupoahora.net.br de espaço Desenvolvimento escolas públicas. pro- Os destre e trazerespaços maior aconchego. demais possuem rou a disponibilidade no mercomo cinza, Além preto de e tom sui para abrigarCultural outros tras e Educacional também propõe de porcionar apresentações teatrais uma Como estratégias bioclimáticas paleta de cores seme- cado, beleza, funcionalidade, madeira foram escolhidas empreendimentos. ofertar atividades e músicas por meio de editaisdee lhantes, criou-se recuos porémproporcionais mais claras,a custo-benefício e qualidade transmitir sensação Sacadaseventos e visuaise foram ado- para m os empreendimento diurnas, para idosos, crianças leis de incentivo à cultura. como acústica e térmica. queincidência garante solar, maisbem conforto destaca Débora. ocada tados para garantir uma expe- aconchego, ligado ao setor hote- A ideia é que o espaço tam- a perfuração da laje superior para e jovens, em especial, no turno leiro ePara umoscentro inverso escolar. adultos,de bém sirva como locação para se ter o efeito chaminé, possibilias atividades serão palestras de empresas tando a refrigeração dos ambienlazer e concentradas turismo em eventos fica oe setor hoteleiro do centro cação, foram utilizados blocos nos Retiro turnos vespertino noturno. interessadas. centro tes de luz natural. Bom do Sul. eEste foi o e pessoas de lazer e turismo,O dividido eme a entrada de concreto, revestimento em Além do disso, ocorrerão de diferencom salas comerciais, Além disso, fachada, foram pedrananatural, esquadrias em objetivo Trabalho Con- contará três níveis: serviço e lazer, admites eventos abertos ao público, cafeteria, e abrigará a biblioteca utilizados painéis em concreto clusão do Curso (TCC) da ar- nistrativo e dormitórios. madeira para o fechamento como palestras, encontros gas- pública em um ponto de fácil polímero e estrutura metálica quiteta Vanessa Moraes da SilNo centro da edificação, endos dormitórios, brise de matronômicos e pequenos eventos acesso e visibilidade. para a ventilação, com aumento, va,musicais. formada pela Univates em contra-se o setor comercial no deira para a proteção A ideia é que o espaço “O propósito do centro cultu- também, da inércia térmica e solar do 2023/A. e, onoencontro segundo pavimensetor se torne referência para os mu- raltérreo é realizar de pesdiminuição da administrativo entrada de calor. do hotel e nicípiosorientação e atraia moradores de soas, de raça, cor e kids, “Esta esquadrias materialidade exige fixo para o to, indiferente organizam-se o espaço de vidro Com da profestodaJamile a região. Weizenmann, o classe”, a arquiteta. pouca manutenção, apenas a sora a saladestaca de jogos e o work space. setor comercial e restaurante. sua higienização”, destaca a artrabalho ganhou o nome Eclu- Na parte mais alta do lote, fica “Foi proposto também uma quiteta. sa- Centro de lazer e turismo, já o centro de eventos no térreoAecobertura paredeconta verde na fachada da com a imque Denise tem adestaca vista voltada à baro restaurante no segundo pavientrada hotel, assim que para a viaQuanto à estrutura, além do permeabilização e colocação de como flomirante no terraço, reiras napara fachada dos dormitóragem. A arquiteta destaca que, argila expandida uma mebilização do projeto, foi pensado usomento, de Lajecom nervurada, o projeto térmica. Vanessa. Assim em da umahospedagem, parceria público-pripor deixar os ângulos de lhor eficiência além enqua- optou voltado à Barragem Eclusa. rios”, destaca A escod’água e vegetavada,como com o três objetivo de ofertar com aplicação drada estrelas, a es- 90º arredondados Os dormitórios foram como di- espelhos lha pelos materiais verdes busca ção paragerar o resfriamento evapooficinas gratuitas, em especial, madeira no trutura também contempla um de vididos empavimento quatro térreo, categorias leveza, aconchego e coneàs pessoas carentes e alunos de de modo a facilitar o trajeto do pe- rativo.

U

Parcerias

“Os materiais também se destacam pela durabilidade. O carpete, por exemplo, tem uma durabilidade média. Pode ser substituído com facilidade, se necessário, mas com o devido cuidado, dura bastante tempo”. Por fim, para destacar a fachada, foram adotados materiais como o concreto e revestimentos metálicos. Esquadrias piso-teto e pilares demarcados também marcam a identidade do prédio e garantem mais personalidade ao projeto.

Materiais utilizados

centro de eventos para confra- para atender as diferentes deternização e business, espaços mandas: Dormitório Standard para atividades de lazer, salas (opção de menor valor), Suíte PATROCINADORES comerciais e um restaurante Luxo PNE, Suíte Luxo e Suíte PATROCINADORES com vista para o Rio Taquari. Master (opção de maior valor). Vanessa explica que a setorização do programa de necessidades 12 do |trabalho foiDEfeita em três | |FIM SEMANA, 12 E 13 FEVEREIRO 2022 | Você. Você. FIM DE 30 SEMANA, E 7 DE DE 2021 1212| FIM DE SEMANA, E 31 DE6MAIO DEFEVEREIRO 2020 eixos. Desta forma, perpendicuDe acordo com a arquiteta, lar à parte mais baixa do lote, para a materialidade da edifi-

A estrutura

PATROCINADORES

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xão com o entorno do prédio. Ainda, a arquiteta optou pelas cores branco e cinza, que são REALIZAÇÃO atemporais. REALIZAÇÃO O ponto forte do empreendimento é impulsionar o desenvolvimento de todas as áreas próximas deste projeto, assim como o desenvolvimento econômico e turístico do município.

REALIZAÇÃO

Projeto desenvolvido para Trabalho de Conclusão de Curso, com possibilidade de ser executado.


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