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FIM DE SEMANA, 2 E 3 DEZEMBRO 2023 | edição nº 414

Os rostos por

trás da Liga

Instituição sem fins lucrativos, a Liga Feminina de Combate ao Câncer completa 18 anos de voluntariado e amor ao próximo


Bastidores

OPINIÃO

Conexão Cor de Rosa

T

ransformar a dor em força é uma façanha admirável. Não é necessário escrever sobre as dificuldades enfrentadas por pessoas com câncer. Todos nós sabemos que receber um diagnóstico como esse é, no mínimo, doloroso. No entanto, existem formas diferentes de lidar com isso. Uma delas é encarar como uma oportunidade para reavaliar a vida. Difícil, mas possível. Entender que, muitas vezes, pedir ou aceitar ajuda pode transformar uma trajetória. Formar uma rede que se estende para além da dor, além da doença. Uma rede capaz de criar uma Liga. A Liga de Combate ao Câncer de Lajeado é uma das instituições mais admiráveis da cidade. Chegar aos 18 anos é a prova de que se trata de um grupo sério, consolidado e que sabe se organizar. Se em algum momento apenas mulheres participavam, hoje todos os lajeadenses que precisam de amparo podem procurar a Liga. De alguma forma, todos já fomos impactados. Seja pelos

A Liga de Combate ao Câncer de Lajeado é uma das instituições mais admiráveis da cidade” guarda-chuvas, pelas camisetas, pelos brechós... Todo mundo sabe o que é a Liga. E mesmo quem não é de Lajeado encontra um ponto cor de rosa em sua cidade. A instituição tem braços por todo o país. O que as pessoas que participam do grupo fazem é justamente transformar um período que poderia ser traumático em força, não apenas para si, mas também para pessoas que muitas vezes nem conhecem. Fazem isso porque sabem o quanto é importante ter uma mão amiga, que vai ajudar a reconhecer os caminhos da própria potência em busca da cura. Existem muitas formas diferentes de lidar com a dor. Nenhuma delas é fácil, é verdade. Mas algumas abrem trilhas lindas, coloridas e fortes. E quem passa por lá atesta que é impossível não sair transformado. É isso que registramos na reportagem deste fim de semana. Boa leitura!

Júlia Amaral

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izem que Mário Sergio Cortella disse: “Se aprende, sim, com o que é dolorido, mas pior é nada aprender.” Digo que dizem para fugir do diz que diz que virou a internet. Vai que nem foi ele. Mas tentei me certificar minimamente e, mesmo que não seja o criador da ideia, a repete com certa constância. E o Vale do Taquari, cortado pelo sinuoso e, doravante, perigoso rio homônimo, segue seus eventos de coach-empreendedorismo, mesmo que a água tenha passado da bunda de muita gente, chegando às cabeças. Não que empreender não seja relevante, é. Mas como ler o empresário que, junto ao poder público, obtém licença para construção em área de cota de enchente, vendendo as casas por preço “popular”? Estamos passando por um El Niño que, resumidamente, é caracterizado pelo aquecimento anômalo das águas do Oceano Pacífico, “lá longe”. O que acaba impactando em mudanças climáticas na Ásia, “lá longe” onde ocorrem estiagens. Na Oceania, deveras “lá longe”, há secas. Debaixo dos nossos narizes – aqui, no Rio Grande do Sul - chuvas intensas. Várias pesquisas científicas associam o fenômeno do El Niño, que é natural, e o aquecimento global, um fenômeno da natureza, mas largamente acelerado pelas ações do homem. A reunião de um e outro pode criar o Super El Niño, que levaria à possibilidade de eventos de dimensões catastróficas. Desastroso também é ter um presidente, um governador, um prefeito negacionista em questões climáticas. Já foi feito muito deboche sobre o assunto. O novo chefe-mor argentino salienta que não há interferência humana no clima, o que ele conclui com base em um batido e tosquíssimo discurso de que se trata de “mentira do socialismo”. Aqueles que acreditam um pouquinho na ciência, relativizam. Se a Terra mais quente resultará em elevação do nível dos mares, pensam que há pouco para se preocupar. Afinal de contas, o mar é “lá longe” - ao me-

Jandiro Adriano Koch

nos para os vale-taquarienses. Até que veio a dor. E não foi “lá longe”. Duas inundações. E a dor, como se diz que o Cortella disse, pode ensinar muito. Sobre empresariado inescrupuloso. Sobre negociatas da iniciativa privada com o poder público. Sobre empreendedorismo irresponsável. Sobre a péssima opção por lideranças políticas que desprezam a relevância do cuidado com o meio ambiente. A dor de trabalhar com afinco na prevenção e na redução de danos, para que possamos desacelerar a velocidade do aquecimento global, pode ser bem menor do que a de nada aprender com o sofrimento que se espalhou pelo Vale.

Desastroso também é ter um presidente, um governador, um prefeito negacionista em questões climáticas. Já foi feito muito deboche sobre o assunto”

escritor


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Pelas mãos dos

voluntários A Liga de Combate ao Câncer de Lajeado se consolida como uma instituição de apoio aos pacientes com câncer no município. Entidade celebrou 18 anos em novembro

SOLIDARIEDADE

Bibiana Faleiro

bibianafaleiro@grupoahora.net.br

Júlia Amaral

juliaamaral@grupoahora.net.br

A

Liga de Combate ao Câncer de Lajeado chegou à maioridade em novembro. O objetivo sempre foi amparar pessoas portadoras de câncer e atuar na prevenção. Hoje, a entidade, que começou apenas com mulheres, expandiu e conta com o trabalho de 20 voluntários, incluindo homens. O clima é de comemoração, com o aniversário celebrado no dia 17. “É um trabalho maravilhoso. É gratificante para quem trabalha e para quem recebe a ajuda”, destaca a presidente da Liga, Íris Scherer. Ela lembra que passou pela doença no fígado com o apoio da Liga, já que participa do grupo desde a segunda reunião, em 2005. “Eu tive câncer há 18 anos e não contei para ninguém. Saia de salto e maquiada para ninguém perceber. As pessoas se afastavam da gente, achavam que era contagioso. Agora é bem mais fácil”, destaca. Além do apoio aos pacientes, a Liga também auxilia

no pagamento dos exames e prótese, além de oferecer os suplementos alimentares e um vale para a feira do produtor. A assistente social Patrícia Cauduro, afirma que hoje não é possível mensurar quantas pessoas acessam os serviços da instituição. “Temos atendimento na sala da Liga, dentro do Hospital Bruno Born (HBB). Ali são atendimentos mais pontuais, que se desdobram para dentro da Liga. Por ali, temos uma média de 80 atendimentos mensais”, conta. Patrícia lembra também do serviço da Casa Rosa, sede da instituição, que recebe um grupo pessoas que participam todas as semanas das atividades. “Nosso forte é o grupo dentro do serviço de convivência

Nasceu a vontade de fazer parte desse grupo maravilhoso, não só como paciente, mas como voluntária” Maida Arlete Ullrich paciente e voluntária

Doações e fortalecimento de vínculos. Temos um momento de troca, de integração. São pessoas de diferentes situações, juntas, na mesma atividade”, reforça Patrícia. O atendimento se estende também aos familiares.

O espaço que a Liga tem no HBB é cedido pela casa de saúde. Além do apoio do governo de Lajeado, a instituição também se mantém com o projeto Troco Solidário, com doações por Pix, bazar mensal e venda

de sombrinhas e camisetas. Recentemente, o grupo também foi incluído no programa Nota Fiscal Gaúcha.

Trabalho de prevenção Vice-presidente da Liga, Marion Hoppe destaca o trabalho de prevenção que também é feito pela instituição. Com o convite de empresas, os voluntários visitam as corporações para falar sobre os cuidados de saúde e hábitos que podem salvar vidas. Ao fim de cada palestra, é sempre apresentada a história de alguém que passa ou já passou por um câncer. “Sempre dizemos, cuide de quem você ama. É importante esse momento porque mostra na prática como é a doença”. Marlisa Lenz, 63, é uma das pacientes que conta sua história nos encontros. Ela passou pelo câncer de mama há cerca de 10 anos e diz que o apoio da família foi essencial. “A gente chega em casa e está pra baixo. Eles nos incentivam. Meu marido me ajudou muito, meu filho também”, conta Marlisa.

A Liga também recolhe e vende tampinhas plásticas para comprar suplementos alimentares e exames aos pacientes do HBB

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FOTOS BIBIANA FALEIRO

Sobre a Liga - Liga Feminina de Combate ao Câncer de Lajeado foi fundada em 17 de novembro de 2005, com o objetivo de atender de forma gratuita pessoas com diagnóstico de câncer, em situação de vulnerabilidade social.

Saiba mais sobre congelamento de óvulos

E

m maio deste ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu em um relatório sobre infertilidade, que mostra que, em todo mundo, um em cada seis casais é infértil. A infertilidade - Apesar de ser conhecida atinge cerca de 18% da população e a idade materna é a como Liga Feminina de principal causa. Combate ao Câncer, a Nesse contexto, vale salientar a importância da preservaentidade atende homens e ção da fertilidade através do congelamento social de óvumulheres de todas as faixas etárias. los, em que a mulher pode minimizar riscos de infertilidade. Sendo uma ferramenta importante capaz de permitir - Entre os objetivos, maior liberdade de posicionamento feminino a cerca do também estão serviços de melhor momento para a maternidade. Que pode estar reassistência social e ações O uso de injeções lacionado a planos pessoais, profissionais,na ou por motivos suicida. ria”, ressalta De acordo com o méparaoapsiquiatra. promoção mento da saúde e Um movimento semelhante também pode ser Moreno explica dico psiquiatra Rafaprevenção do câncer. como preservação da fertilidade por problemas oncológiFertilização in Vitro que o suicídio é um percebido nas universidades, el Moreno, esta é a cos, cirurgias de doenças benignas como cistos em ovários uma vez que, hoje, elas não fenômeno multifasegunda principal - Em dezembro de 2005, baixa reserva ovariana em pacientes ou endometriose, torial, que envolve garantem mais emprego, ou causa de morte enUma das técnicas pam antes do tempo, com a Liga já contava com questões genéticas, felicidade. Isso resulta em uma tre adolescentes e jode reprodução o que resultaria histórico familiar de menopausa precoce e, ainda, para pla30 personalidade, integrantes ativos. A massa de jovens com formação de vens adultos no mun humana assisna liberação dos nejamento de fertilizações in vitro futura. presidente Maria Antonieta traumas infantis, pre- superior e desempregados ou Ns países desenvoltida oferecida óvulos antes da fez um apelo à trabalho em outra áreaO congelamento com sençaLenz de transtornos vidos, o suicídio é mais pelo Centro de de óvulos consiste em um sua procedimento coleta e, ascomunidade parafora quedetodos sua formação. mentais, entre oufrequente a partir dos Reprodução Husim, a interrupção realizado em clínicas especializadas em reprodução huma“Estudar e tirar boas notas temos umà causa. 50 anos, e em países subdesen- tros. “Geralmente mana do HBB é prematura do tratase juntassem Então, na, pela técnica denominada vitrificação. Em um primeiro não agarante como uma volvidos, como o Brasil, o nú- fator precipitante, a fertilização in mento. a iniciativa foi levada Porto nada para ninmomento, apóstécnica uma avaliação minuciosa por especialisguém. Ser feliz briga onde familiar, mero é maior entre os jovens. separação, uma vitro. Esta Noum Centro de Alegre, foi aprovada pelaé a grande preocupação do jovem do século Só que na Os dados também mostram um endividamento. depende da estiReprodução Huta, se inicia a estimulação ovariana, com administração de Liga Feminina de Combate ao maior número de homens que maioria das pessoas, o estresse XXI, não é ter dinheiro para mulação ovariana mana, através Câncer do Hospital Santa Rita. hormônios e monitoramento através de exames de ultrascometem suicídio em relação não leva a uma tentativa de sui- comprar um terreno e construir por meio de medide aulas práticas, sonografia crescimento dos folículos ensina-se ovários, para posteuma família”, acredita. cídio. Em indivíduos predisposàs mulheres. No Rio Grande do caçõesdo específicas. como - Asim”, entidade passouCom a receber poucos projetos riormente de destaca. Sul, os casos mais comuns são tos, no entanto, Paraagendar tanto, se utilizam medica-desses aplicar as devidas injeções. a captação óvulos. Após, o embriorecursos financeiros por na meio região, o médico enEntre os adolescentes, o psi- apoio de homens a partir dos 40 anos. estimulam o cresci- Entre tantos papeis da enlogistamentos fará oquepreparo dos óvulos para o congelamento, em daque venda de chás, jantares, tende que o assunto deve ser o bullying “A taxa relativa de suicídios quiatra ressalta mento dos folículos ovarianos, fermagem, está o de incenlíquido – 196 ºC, e dos doações. já pressão pro- abordado com menos tabunitrogênio em idosos também assusta, nas escolas e abazar que são pequenasacavidades do aonde tivar as ficarão pacientesarmazenados a serem sendo uma das as principais cau- fessores e pais por notas são fa- na educação, desde a formação ovário, preenchidas líquido, de uma das Entre ações desenvolvidas pelo tempo necessárioporaté que a protagonistas mulher deseja engravidar. escolar às universidades. de risco -para o comportasas de morte nessaestá faixaa confecção etá- toresde onde cada óvulo se encontra. etapas determinantes para pela Liga, Hoje, a Liga possui dois A Sociedade Brasileira de Reprodução Humana (SBRA) Na grande maioria dos ciclos o sucesso do tratamento. bolachas para os pacientes espaços físicos. Um deles é preconiza a idade limiteesponpara congelamento demesmo óvulos de em tratamento no HBB menstruais humanos É desafiador e, ao uma sala, cedida pelo Hospital tâneos (sem tratamento), o tempo, gratificante. O desafio 35 anos de idade. Mas se houver óvulos em quantidade e Bruno Born (HBB), com cerca organismo promove o cresci- é fazer com que as pacientes qualidade necessárias para o congelamento, ele pode ser de 9 metros quadrados, no mento de somente um folículo passem a ter segurança e setor de oncologia do hospital. feito em qualquer idade. Porém, quanto jovem e a liberação do seu respectivo autonomia na mais aplicação das for No espaço, são atendidas, em óvulo.maiores No entanto, em ciclos deinjeções, proporcionado um Arlete Ullrich, 48, entrou na a mulher, as chances uma gravidez no futuro. média, 60 pessoas ao mês. Em Lajeado, em ajuda “empoderamento” duLiga depoisa Univates, de receber Cadaestimulados vez mais,(em os tratamento) avanços dacerto medicina reprodutiva dão parceria com a Unisc e Uergs, são prescritas injeções de uso rante essa etapa. Em alguns das voluntárias, decidiu reà mulher e ao casal, maior autonomia a maternidade organiza o projeto Vale ea Vida, subcutâneo, denominadas de casos, aspara pacientes aplicam - Outro espaço é uma casa com um grupo de pesquisadogonadotrofinas. a primeira dose conjunto tribuir o apoio que recebeu na em relação ao chamado relógio biológico. Ememque se busca chamada “Casa Rosa”, na res apoiados pela Secretaria de Tal estimulação tem como com a equipe e é notório o Rua Alberto Torres, 393, instituição. desmistificar o tema do congelamento social de óvulos que Inovação, Ciência e Tecnologia objetivo fazer com que os ová- crescimento da autonomia, no centro de Lajeado. Um conta que ao receber o ainda ériosumproduzam tabu namais sociedade do Ela estado. óvulos, atual. bem como o fortalecimento imóvel de cerca de 52 O projeto atende pessoas do aumentando as chances de desse papel. diagnóstico de câncer de mama metros quadrados, cedido Vale do Taquari Rio Pardo. desenvolver mais embriões e, É enriquecedor para nós, em março de e2017, ela e a famípela Igreja Evangélica de As inscrições vão até outubro consequentemente, propiciar enquanto equipe, ver o cresciliapara ficaram abalados, sem saber o Confissão Luterana do Brasil e, participar, basta entrar maior probabilidade de gravi- mento delas e a desmistifica(IECLB), onde ocorrem os que emclicar conversa com no sitefazer. do ValeFoi a Vida, em dez. Esta etapa dura entre 8 e ção desse processo de auto “Quero Participar”, preencher 12 dias e, durante a mesma, aplicação das medicações. atendimentos particulares, um amigo, também voluntário os dados, concordar em fazer monitora-se o crescimento dos Essa autonomia é positiva grupos de Convivência e da Liga, que ela parte do projeto de conheceu pesquisa a sala folículos através de ecografias. por sentirem-se capazes de Fortalecimento de Vínculos oncologia da instituição. ede marcar uma consulta com o dastraram no e projeto. Os prinAo alcançar o tamanho ade- algo que antes lhes parecia demais atividades da Dados no RS psiquiatra. paciente voluncipais motivos que levaram à quado, programa-se a coleta além da sua capacidade. Em “NesseDepois, dia, oconheci entidade. passa por quatro sessões virtu- procura das consultas são sindos óvulos, também chamada alguns casos, esse papel é em 2019 tárias que haviam passadotomas porde ansiedade, depressão ais de psicoterapia com profisde aspiração folicular. desempenhado com maestria todo capacitados. o processo do câncer, e sionais e irritabilidade. - Estado é o segundo Em complemento às gona- pelos próprios companheiros. Entreme os ajudaram pesquisadoresa do “Os resultados têm sido óticom mais casos de mordotrofinas são associados me- Assim, o binômio se fortalece elas entender projeto, está a médica psiquia- mos, as pessoas estão aderindo te pela causa no país; dicamentos bloqueadores da no apoio durante essa etapa. ume psicoterapeuta, pouco de mestranda tudo que bem teriaàs sessões de psicoteratra - Faixa etária com ovulação, também injetáveis, que enfrentar”, lembra.pia”,E, urgência. da Pós-graduação em Ciências destacaexames, Luiza. que eram de mais casos foi entre 40 e que têm a função de tentar evitar Médicas Os dadosComo serão publicados 59 anos; que os folículos ovarianos romdepois da da Univates cirurgiaLuiza e de cada paciente, ainda lembra Lucas. Ela explica que são co- em periódicos científicos in- No ano, Lajeado requimioterapia, as voluntárias de ter participado gistrou do projeto letados dados sobre como os ternacionais e nacionais. 15 óbitos. Dados estavam lásepara confortar. “Ali “Levando Amor”, em parceria participantes sentem anmostram que em cada tes, durante e após os de atendi100 mil habitantes, nasceu a vontade fazer Como parte ajudar com a Univates. mentos, para estudar como as 19,01 cometem suicídesse grupo maravilhoso, Onão “Em função dessa história tele-psicoterapias afetam as dio; primeiro passo para ajusó como mas como linda psíquico de amoré com a- ALiga e a é a causa pessoas. “Por paciente, exemplo, se elas depressão dar um paciente melhoram de sintomas de an- não deixar gratidão mais frequente, que ele abandone voluntária”. que sinto, passei a ser seguida Patricia Weber Oliveira de Oliveira siedade, depressão e irritabi- o tratamento. Além de entenpor problemas de relaSandra Algum tempo depois, em voluntária para que mais pessolidade, como isso ocorre, em der que são problemas crônicionamento e de saúde. Ginecologista e Obstetra Coren 127051 2019,pessoas Maida teve melhor, complicações as que estão quais funciona cos, sem cura. Por isso, é im-nessa luta tão árCRM 36634 etc”, explicae, Luiza. a conviver Fonte: Governo no útero mais uma vez, aportante Liga aprender dua que é o câncer possam serdo Estadi e Medica Coordenadora do centro deCentro de Desde março, quando ini- com as doenças ao invés de Reprodução Humana Instituto Geral de perícias. Reproduçao Humana do ajudou e pagou, inclusive, os auxiliadas”. ciou, mais de 550 pessoas se ca- escondê-las.

Comum entre os jovens

Homens voluntários Apesar de se chamar Liga Feminina de Combate ao Câncer no início, a entidade também atende homens e conta com voluntários como Nilo Cortez, 75, engenheiro agrônomo aposentado e presidente do Conselho da Liga. Ele conta ter começado a participar do grupo há cerca de oito anos. “Em um momento me convidaram, vim meio ‘desconfiado’ no início, porque não tinha muitos homens. Mas foi indo, virou prazer. Aqui me sinto em casa, aqui trabalha, se faz, se diverte. Passou a fazer parte dos meus dias”, destaca. Além de ajudar na montagem dos kits de bolachinhas distribuídos no HBB, ele também auxilia no artesanato e confecciona, em especial, peças de madeira, como casinhas, casas de passarinho, entre outros objetos.

Ajudar e ser ajudada Moradora do bairro Jardim do Cedro, em Lajeado, Maida

BIBIANA FALEIRO

Vale a Vida

Bruno Born

FIM DE SEMANA, 11 E 12 DE SETEMBRO DE 2021 | Você. | 7

FIM DE SEMANA, 2 E 3 DEZEMBRO 2023 | Você. | 5


Lente Social Leila Franz

Bibiana Faleiro

Lisi Costa

Poemas e ilustrações Depois do lançamento em Porto Alegre, Farroupilha e Rio de Janeiro, a escritora Silvana Rossetti Faleiro organizou uma noite especial no Ceat, em Lajeado, para apresentar aos amigos, familiares e comunidade, a nova obra literária chamada “Aspargos e Pitangas”, na quinta-feira, 30. Com 50 poemas sobre a vida e as memórias, o livro marca o retorno da pesquisadora e historiadora ao mundo literário. A obra também conta com ilustrações da filha de Silvana, Pâmela Cristina Faleiro, que estreia como artista publicada.

Tributo a Amy Winehouse no Pratas da Casa Quase no fim da edição de 2023 do projeto Pratas da Casa, quem subiu ao palco do auditório do Sicredi, no bairro São Cristóvão, foi a Banda Mr Soul, com um show tributo à cantora britânica Amy Winehouse. A iniciativa é do Grupo A Hora, em parceria com o Sesc Lajeado. A última apresentação do ano ocorre no dia 6 de dezembro, com a banda Dead Masters, em tributo a Belchior.

Alini Feyh, Viviana da Costa e Claudia P. Souza

Secretário de Cultura, Carlos Reckziegel, e Silvana Rossetti Faleiro

O livro também será lançado em Progresso, cidade natal da escritora, neste sábado, 02, à tarde, durante a Expofeira.

Filhas e marido com a escritora: Dalana, Pâmela, Silvana, Flávio e Tábata Faleiro

Marina Libio, Guilherme Pochmann, Rosangela Libio, Denise Weisheimer, Claudete Pochmann e Iara Barros

Ivane Helena Sartori, Bianca Martini e Eliane Brenner

Marla Bonzanini e Joel Brandt

Espaço Lounge Gourmet

Jaqueline Bevilacqua, Petra Renck, Janaina Duarte

Vera Inês Tirp, arquitera e decoradora responsavel pelo projeto e execução, Daiane e Paulo Scholler

Com música ao vivo e drinks exclusivos, o Meu Escritório Gourmet inaugurou na quinta-feira, 30, o Lounge Bar, espaço ao ar livre que promete movimentar o chamado “novo centro de Lajeado”.

Localizado ao lado do restaurante, o ambiente é ideal para um happy hour. Sócio do estabelecimento, Paulo Scholler diz que ideia é proporcionar uma experiência diferenciada aos clientes.

6 | Você. | FIM DE SEMANA, 2 E 3 DEZEMBRO 2023

Anderson Blaco (bartender),Evandro Finatto, Paulo e Daiane Sholler


FIM DE SEMANA, 2 E 3 DEZEMBRO 2023 | Você. | 7


APRESENTA

Diana Eidelwein e Larissa Schulte

Arquitetas e urbanistas Cativa Arquitetura E-mail: contato @cativaarquitetura.com.br Instagram: @cativarquitetura Bibiana Faleiro

bibianafaleiro@gmail.com

A

conchego e funcionalidade são as principais características do projeto chamado

Integração com afeto

“Integração com afeto”, criado para um jovem casal de Lajeado, que acaba de aumentar a família com a chegada do primeiro filho. Os clientes sonhavam com a primeira casa e desejavam que esse espaço recebesse com conforto os amigos e familiares. Esta foi a proposta do projeto criado pelas arquitetas Diana Eidelwein e Larissa Schulte, da Cativa Arquitetura, que também usaram a materialidade para criar o aconchego. A madeira, o cinza e a textura de mármore branco contrastam entre si e amarram o ambiente integrado, já que os elementos se repetem. “O tom amadeirado quente proporciona muito aconchego enquanto se equilibra com os tons de cinza e branco que buscam suavidade”, destacam Larissa Schulte. A sala conta com uma lareira ecológica e uma base de porcelanato marmorizado, o mesmo utilizado na cozinha. O espelho amplia o ambiente e o móvel ripado esconde os aparelhos da tv sem interromper a conexão dos controles remotos.

PATROCINADORES

Você. FIM DE SEMANA, 2 EMAIO 3 DEZEMBRO 128 || FIM DE| SEMANA, 30 E 31 DE DE 2020 2023

O tom amadeirado quente proporciona muito aconchego enquanto se equilibra com os tons de cinza e branco que buscam suavidade” Larissa Schulte arquiteta

Diana e Larissa destacam que o elemento principal da cozinha é a caixa em porcelanato com textura de mármore, que foi executada e inserida no módulo com acabamento amadeirado. A iluminação também possui papel importante no projeto, principalmente no espaço do jantar, onde inicia no painel amadeirado até encontrar o forro formando um efeito diferenciado. Ainda, o espaço embaixo da escada da residência foi aproveitado para acomodar uma cristaleira com adega para bebidas.

REALIZAÇÃO


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