AH - Você | 06 de fevereiro de 2016

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FIM DE SEMANA, 6 E 7 DE FEVEREIRO DE 2016 EDIÇÃO Nº 15

Férias e verão pedem leveza


Eu curto

Meditação ANDERSON LOPES

Com a meditação (...) você se torna mais altruísta, positivo e criativo.”

Jeferson Queiroz Profissão: arquiteto Inspire-se Por que pratica? Porque a meditação traz a possibilidade da escolha de desacelerar. Trata-se de aprender que se pode viver em meio à correria do mundo, trabalhando, se integrando, e ao mesmo tempo em um ritmo mais tranquilo. A meditação é uma dissolução dos pensamentos, de coisas que podem estar interferindo no seu processo de vida. É quebra de hábitos, motivos que impedem nossa evolução. Quando se aprende a fazer isso, a mente fica tão livre que seu dia não é mais contado em horas. O que proporciona? Proporciona qualidade de vida. As minhas escolhas, por exemplo, foram de trabalhar em meu escritório de arquitetura ou desacelerar, e trabalhar em casa. Eu preferi a segunda opção.

QUEM FEZ ESTA EDIÇÃO voce@jornalahora.inf.br

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Se concentrar no momento presente e perceber o mundo e as pessoas de maneira diferente são objetivos alcançados com a meditação. O arquiteto Jeferson Queiroz, 48, descobriu a prática há cerca de 15 anos. Desde então, a meditação faz parte de sua vida. Com a desaceleração da rotina, o profissional consegue fazer seu dia render mais, além de sentir melhora na qualidade de vida.

E hoje eu produzo muito mais nessas condições. Enquanto meditamos, percebemos que estamos pensando o que já passou ou projetando o futuro, que ainda não chegou. Então é preciso parar. Dizer à mente e ao corpo “esteja aqui agora”. Quando esse exercício é realizado, você se dá conta do mundo. Foi assim que escolhi viver, e penso ser uma escolha sensata. Como concilia com a rotina? Não uso relógio para despertar. Quando sinto que o corpo está descansado, levanto. Sempre até no máximo 5h estou totalmente desperto. No quarto mesmo, faço primeiro um alongamento de yoga por conta da postura, para acordar o corpo. A primeira meditação é para estabilização corporal. O tempo de duração

depende da necessidade que sinto. Geralmente, vai até 40 minutos. Depois vou para fora de casa e medito um pouco mais, sentado, em pé ou realizo tai chi chuan. A partir das 6h já estou trabalhando. É quando começo a produzir. Como iniciou a atividade? Na infância, quando morava em Passo Fundo, cidade onde nasci, tinha um amigo de família japonesa, seguidores do budismo. Esse foi meio primeiro contato com a meditação. Como sou de família de religião católica, despertava a curiosidade. Mas comecei a meditar mesmo fazendo yoga, há cerca de 15 anos. O processo todo, de postura, acaba sendo meditação, pois ficamos introspectivos, tendo consciência do corpo. Durante as aulas, também se tem al-

guns minutos de meditação. Esse foi o primeiro contato com a prática de maneira disciplinada. Aconselharia outras pessoas a praticar também? Por quê? Participei de um curso de neurociência recentemente. Em três dias, a conclusão foi a seguinte: a neurociência não está mais tão preocupada em como turbinar o cérebro ou entendê-lo totalmente. A grande ideia hoje é conseguir fazer com que a mente pare e descanse. Então, eles estão buscando as respostas na meditação. Com a meditação, passamos a perceber as pessoas de uma forma diferente. Você se torna mais altruísta, positivo e criativo. Trata-se de não ficar ligado a conceitos e pessoas. Com a meditação e a consciência da vida, percebe-se que é possível fazer tudo o que quisermos.

Direção Editorial e Coordenação: Fernando Weiss - Produção: Tammy Moraes - Arte: Gianini Oliveira Tiragem: 7.000 exemplares. Disponível para verificação junto ao impressor (ZH Editora Jornalística) - Foto de capa: Anderson Lopes | Créditos: macacão Farm, sandália rasteira Tabita e chapéu, da Amaró.

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ARQUIVO PESSOAL

Cultura

Coluna

Oscar: uma premiação para brancos Início de ano é época de aposta e torcida para muitos cinéfilos. A temporada de premiações começa nos primeiros dias de janeiro, com o People’s Choice Awards, seguido do Globo de Ouro, Sag Awards, Bafta e outros. O Oscar, sem dúvidas, ainda ocupa o posto de mais conhecido, aguardado e assistido prêmio cinematográfico. Marcada para o dia 28 deste mês, a 88ª edição causou alvoroço desde a divulgação dos indicados. Pelo segundo ano consecutivo, todos os 20 atores e atrizes são brancos. Para o diretor Spike Lee, é hora de boicotar. Em sua conta no Instagram, afirmou não participar da cerimônia este ano como forma de protesto. Mas, para ele, o foco da luta deve estar nos escritórios executivos dos estúdios de Hollywood. Esses têm o poder de realizar projetos e contratar profissionais. Se formos levar merecimento em consideração – o que não é a fonte do problema aqui –, lembremos do incrível Idris Elba, que estrelou a produção do Netflix, Beasts Of No Nation. O veterano Samuel L. Jackson esteve em Os Oito Odiados, dirigido por Quentin Tarantino. Ambos não foram indicados à nenhuma categoria. Um Homem Entre Gigantes e Creed: Nascido para Lutar “pecaram em refinamento”, deixando os atores Will Smith e Michael B. Jordan de fora. Mesmo assim, Sylvester Stallone foi indicado à melhor ator coadjuvante por seu papel em Creed. A presidente da Academia, Cheryl Boone Isaacs, expressou descontentamento com a falta de diversidade dos indicados. Por isso, implementou mudanças para dobrar o número de mulheres e pessoas de diversas etnias entre os membros da instituição até 2020. Ainda neste ano, passa a valer prazo de dez anos para o status de votante de cada participante da Academia. Dados do Los Angeles Times apontam que 93% dos acadêmicos hoje são brancos e 73% são homens com idade média de 63 anos. Mas, como dito por Spike Lee, a verdadeira batalha não está na premiação da Academia. Para traduzir toda a situação de representatividade de minorias no cinema e na televisão, cito o memorável discurso de Viola Davis. Ela venceu como melhor atriz na categoria Drama do Emmy 2015. “A única coisa que separa mulheres de cor de qualquer coisa é oportunidade. Você não pode vencer um prêmio por papéis que simplesmente não estão lá.”

Tammy Moraes

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tammy@jornalahora.inf.br

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As amigas Joana Immich, Laura Mallmann, Julia Blume, Jessica Mantovani, Larissa Mallmann e Alessandra Scherer

Diversidade musical marca

Planeta Atlântida 2016 Em dois dias de festival, grandes atrações nacionais e internacionais animaram os planetários

E

m aniversário de 20 anos, a edição 2016 do Planeta Atlântida foi marcada pela diversidade. O maior festival musical da Região Sul ocorre desde 1996 na praia de Atlântida e atrai público fiel, os intitulados planetários, vindo de todo o RS. Para subir ao palco, a organização busca por grandes estrelas do pop brasileiro, internacional e revelações das paradas de sucesso. Os shows ocorrem em meio a ambientes temáticos, brincadeiras e presença garantida de celebridades nos camarotes. Hoje, a soma de público resulta em dois milhões. Wesley Safadão foi a grande atração do primeiro dia, ao lado de Thiaguinho, Racionais MCs, Valesca Popozuda, Mc Guimê, Papas da Língua e Magic!. Na segunda noite, os ritmos foram do rap ao sertanejo, funk e pop. Quem deu a largada foi o rapper Criolo. Na madrugada, Luan Santana subiu ao palco. O rapper norte-americano Wiz Khalifa encerrou a 20ª edição do Planeta Atlântida.

Planetários do Vale do Taquari Laura Mallman, 19, de Lajeado, participou pela segunda vez do Planeta Atlântida. A primeira foi no ano passado. “O festival é diferente de qualquer outro show.” O sentimento de participar e ter os amigos perto é de realização, conta. Neste ano, alugou junto das amigas um apartamento em Capão da Canoa, tudo para ficar o mais próximo possível de Atlântida. “Foi uma boa maneira de

fugir da rotina.” Nesta edição, os shows foram divididos em quatro palcos, o que resultou em mais opções de bandas. “Tinham muitos shows legais ocorrendo ao mesmo tempo. Isso nos deixou divididas.” A preferência era sempre pela banda preferida do grupo ou pelo show esperado pela maioria. Esta edição reuniu diversidade de ritmos, considera Laura. A atração mais esperada pela lajeadense foi a banda Strike, que tocou no Palco Atlântida (palco secundário). “Acompanho a banda faz seis anos e para mim os shows deles são especiais.” O rapper Wiz Khalifa também criou expectativa por ser atração internacional. A estrelense Julia Blume, 16, participou pela primeira vez do evento. “As atrações foram diferenciadas, tinha para todos os gostos.” A jovem aguardou mais para ver os shows da Natiruts e de Wesley Safadão. “Estava curiosa, pois foi a primeira vez que o Safadão se apresentou no Planeta.” Curtir o Planeta Atlântida com os amigos é compartilhar momentos únicos, considera Julia. Além disso, os shows contaram com boa estrutura para receber o público.


INFORME COMERCIAL

África do Sul. Adorável FOTOS ARQUIVO PESSOAL

Praias da África do Sul

Blyde River Canyon

E

m praticamente qualquer lugar do país, são possíveis ótimas combinações de natureza, vida selvagem, cultura, aventura e tradição. Em um momento em que o euro e o dólar estão altos, uma excelente opção é viajar para África do Sul, onde os preços permitem pequenas extravagâncias mesmo aos viajantes mais econômicos, além de ótimas compras. Comer e beber é muito mais barato do que no Brasil.

Sowetto – Maior bairro negro da África do Sul. Kruger Park – A casa dos “big Five”: elefante, leão, rinoceronte, leopardo e búfalo. Parque onde são feitos os melhores safaris na África do Sul. Árvores: marula (fruta que faz o licor amarula) e baobá (conhecida como árvore da vida).

Cape Town Drakensberg, canyon do Rio Blyde

Curiosidades * Tem três capitais: Pretória (administrativa), Cape Town (legislativa) e Bloemfontein (judiciária). * 11 línguas oficiais. A mais falada é o inglês. * As estações do ano são as mesmas do Brasil, com invernos moderados e verões quentes. * Moeda: rand (hoje um dólar americano corresponde a cerca de 15 rands).

Cabo da Boa Esperança

Johanessburg Capital financeira e o portão de entrada para todos que visitam a África do Sul. Locais para visitar: Praça Nelson Mandela – Foi criada em homenagem a Nelson Mandela, o homem que pôs fim ao apartheid. Ponto de encontro de turistas de todo o mundo. Complexo com shoppings, bares e restaurantes.

Cidade vibrante, bonita com muitos restaurantes excelentes. Conhecida como uma das mais bonitas do mundo. De um lado, é banhada pelas turbulentas águas do Oceano Atlântico e de outro, protegida pela espetacular Montanha de Mesa (Table Mountain). A partir de Cape Town, pode-se ir ao Cabo da Boa Esperança (Cape of Good Hope), ponto onde os oceanos Índico e Atlântico se encontram. O rei D. João II chamou-o de Cabo da Boa Esperança, pois finalmente o caminho para a Índia pelos oceanos havia sido encontrado.

Kruger Park

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Praça Nelson Mandela, em Johanessburg

Aos amantes de vinhos: Visitar as vinícolas ao redor de Cape Town é um dos programas mais deliciosos da cidade. Apesar de ser possível fazer esse passeio em um dia, algumas pessoas aproveitam para dormir nessa área bucólica e desfrutar um pouco mais da paz e tranquilidade que a região oferece. Se você quer essa experiência, existem algumas cidadezinhas boas para lhe receber. A cidade universitária de Stellenbosch é uma delas.

Vera Riediger vera@freeturismo.com.br


Na cozinha

Refeições refrescantes ajudam a hidratar o corpo As saladas são a pedida porque, além de saudáveis, contêm alto teor de água, baixas calorias e auxiliam na perda de peso

O

verão é uma das épocas que mais demanda cuidado com alimentação. O calor faz o corpo perder água e por isso a ingestão de alimentos leves e ricos em líquido é importante. Fonte de vitaminas e minerais, frutas como melancia, melão e

a água do coco são ideais. Para complementar a hidratação, é importante consumir água em sua forma pura. O consumo de saladas aumenta nesta época. Combinadas a carnes magras, como peru, frango e peixe, podem se tornar prato principal da refeição. Aposte

na salada refrescante de peito de frango, ideal para a estação. A combinação certa de alimentos pode saciar a necessidade de ingerir açúcar. A gelatina, por exemplo, é prato certeiro para o verão. A Gelatina Mosaico ajuda a variar, além de atrair a curiosidade e o paladar das crianças. DIVULGAÇÃO

Salada de peito de frango Ingredientes – 200 ml de creme de leite (ou maionese) – 200 g de peito de frango (ou peito de peru defumado) – 180 g de abacaxi fresco cortado em pedaços pequenos – 3 talos de aipo

– 100 g de nozes picadas – Uma colher (chá) de curry em pó (opcional) – 100 g de rúcula – 6 tomates – Vinagre – Azeite – Sal

Modo de preparo Corte o peito de frango em cubos pequenos. Arrume o aipo, retirando os talos exteriores danificados. Lave sob água corrente e retire os filamentos duros cortando cada folha pela base e puxando os filamentos no sentido contrário. Depois, pique finamente ou rale. Em uma tigela, coloque o aipo e acrescente o abacaxi e as nozes picadas. Reserve. Em outra tigela pequena, ponha o creme de leite e o curry. Misture bem. Adicione aos ingredientes reservados, envolvendo-os delicadamente. Leve à geladeira por cerca de duas horas. No centro de um prato grande, coloque a salada de frango. Em volta, ponha as folhas de rúcula ligeiramente temperadas com azeite e vinagre. Decore com tomates cortados em gomos. Sirva a salada polvilhada com um pouco de nozes picadas.

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ANDERSON LOPES

Viver

Segundo a make up artist, Liz Ruesga, coral fúcsia está entre as cores tendências da estação. O protagonista deve ser o batom

Cuidados garantem maquiagem duradoura

no verão

Os produtos de efeito matificante estão entre os favoritos para a estação, pois dão acabamento opaco e duram mais

F

ica difícil usar maquiagem no verão. Por conta do suor, os produtos têm menos fixação na pele. Muita pessoas também sofrem com acne, resultado da obstrução dos poros. Mas alguns cuidados básicos podem fazer o make durar muito mais. Segundo a esteticista e make up artist do Espaço Glamour Santuário do Corpo, Liz Ruesga, para manter a maquiagem em bom estado ao longo do dia, basta higienizar o rosto de maneira correta. Também é necessário usar um tônico. Esse tem função de evitar a obstrução dos poros, retirar a sujeira não eliminada pelo sabonete, equilibrar o pH da pele e auxiliar na penetração dos cremes de hidratação. O primer também ajuda. O item evita o contato danoso dos

produtos da maquiagem. Isso diminui a oleosidade e faz o make durar mais. Vale ainda utilizar bases à prova d'água. “O fixador de maquiagem para finalizar sempre é bem-vindo”, diz Liz. Ela ainda completa: se manter hidratada evita o suor. Para quem tem a pele oleosa, a dica é utilizar produtos matte e livres de óleo. O acabamen-

to opaco, conhecido por efeito matte, está em produtos para maquiagem e em esmaltes. Nos cosméticos, a diferença entre os convencionais cremosos está na quantidade de pigmentos. Por conter mais cor, o matte resulta em visual seco, com pouco brilho. Vale colocar pouca base e apostar mais no pó. “O tônico matificante também ajuda.”

Os tons da estação Quem tomou sol e mudou o tom da pele deve utilizar o bronzer por cima da base e do pó. “O produto auxilia a acertar o bronzeado do rosto,” diz Liz. Também vale misturar uma base nova à tradicionalmente utilizada. “É sempre bom ter uma base extra, de um ou dois tons acima do normal.” Tomar banho de piscina ou mar não significa ficar sem maquiagem. A dica de Liz é usar protetor solar com filtro e tonalizante, para o rosto não ficar branco. O rímel e blush à

prova d'água são os ideais. O gloss matte ficou famoso entre as mulheres, pois permanece nos lábios mesmo quando se mergulha, come ou bebe. As cores tendência da estação na maquiagem são vermelho, coral fúcsia e rosa. O estilo pede olhos menos carregados e mais esfumados, com cores neutras. “O protagonista é o batom”, diz Liz. Se não quiser errar, os olhos escuros e boca em cor nude são estilo de maquiagem atemporal. “Boca neutra cai bem em qualquer evento e estação.”

Coluna

Onde o zika vírus e a oncologia se cruzam? Quem já não passou por provações? Elas verdadeiramente nos impulsionam na vida. Essencial é não assumir a postura da inércia. Nos últimos tempos, a humanidade parece ter de provar constantemente que tem direito de viver em um lugar tão belo quanto o planeta Terra. Tempestades, frios extremos, ondas de calor avassalador, tsunamis, o câncer, e agora, como se tudo isso não fosse suficiente, o zika vírus. As suas implicações de ordem emocional e social serão enormes nas próximas décadas. Guardadas as devidas proporções, tudo indica que padeceremos muito mais do que foi com a aids na década de 80. Controlamos o HIV e as pessoas passaram a viver normalmente. Hoje, século XXI, ano de 2016: os indivíduos vitimados pelo zika vírus estão fadados a viver o resto de suas vidas enclausurados na escuridão da deficiência mental. O que temos de concreto hoje é que há mais incertezas do que fatos científicos compreendidos. Por exemplo: em um número muito pequeno das crianças que nasceram com a microcefalia, conseguimos encontrar o vírus. De alguma forma, esse microrganismo insere o seu código genético no DNA do feto ou embrião humano e desencadeia uma série de mudanças moleculares nas quais um dos seus subprodutos vemos hoje: a microcefalia. Mas onde entra a oncologia nessa temática? Alguém já se perguntou se no futuro essa mesma potencialidade viral for capaz de desencadear outras doenças como o câncer, por exemplo? A possibilidade não é tão remota quanto parece. Sabidamente vírus como o da hepatite B e do HPV são capazes de desencadear tumores. Um micro-organismo que consegue alterar a expressão do nosso código genético de forma tão dramática como esse pode perfeitamente ter outras armas adormecidas. Por enquanto, só nos resta atuar sobre os hábitos do mosquito de forma a diminuirmos o risco de contágio. Diurnos, diferentemente dos demais mosquitos, o uso dos mosquiteiros à noite pouco contribui para o combate dessa doença. Qual a melhor alternativa para a população neste momento? O uso de repelentes. É uma das poucas armas que temos no momento. Uma coisa é certa: “um exército vitorioso primeiro realiza as condições para a vitória e só depois procura travar a batalha. O exército derrotado luta primeiro e só depois procura a vitória”. Como sempre digo, mais do que nunca, é preciso serenidade nos planejamentos sociais. ossos É preciso investir nos nossos cientistas.

Leandro Brust oncologista

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Sem erro

sala de aula DIVULGAÇÃO

O

momento de comprar o material escolar chegou. Então, aproveite para voltar à sala de aula cheio de estilo. As mochilas são as mais diversas. Para as românticas, estampas de coração e âncoras são a pedida. As mochilas listradas combinam com qualquer look. As estampas com os personagens favoritos do momento encantam independentemente da idade. Vale procurar itens funcionais para ajudar na rotina, hoje encontrados em todos os formatos e cores.

N LO PES

deixar as peças corte a fio, encurtar ali, apertar lá, colocar uma renda na barra pra deixar a peça mais comprida. E, muitas vezes, tudo isso feito em casa. Cada um por si, buscando cada vez mais mostrar a personalidade nas suas peças. Ser único onde tudo parece igual parece difícil, mas é interessante ver esse movimento pessoal de cada um. Uma macrotendência que vem se estendendo e ganhando força ano a ano. Pensar como atender e entender esse público é que pode ser o “pulo do gato”. Cada um por si, por suas preferências, e suas particularidades. Proporcionar não só a compra, mas a experiência da compra, ou a experiência de todo processo. Como fazer isso? Como lucrar com isso? Bom, aí é outra questão a ser analisada. Com uma tendência tão forte confirmada, vale inovar nos processos, buscar alternativas e pensar em novos caminhos. Sair da zona de conforto ou ampliá-la pode fazer a grande diferença.

RSO

É... Cada vez mais o dentista também dá consultoria de marketing, o fotógrafo fala de mecânica, o frentista fala de economia, enfim... Todo mundo sabe de tudo, todo mundo tem opinião sobre tudo e parece que todos têm algumas profissões secundárias. E sim, é normal. É o resultado de uma internet que larga informação atrás de informação, onde se aprende a consertar a máquina de lavar pelo vídeo do YouTube, ou a fazer aquele prato que parecia ser superdifícil. Todo mundo é um pouco chef, um pouco estilista, um pouco costureira... Programas de televisão ensinam cada vez mais a fazer um pouco de tudo, dão as dicas que só se encontrava em cursos. E cada vez mais as pessoas buscam a personalização de roupas, talvez por isso se tornaram tão fortes as peças mais artesanais, únicas e customizadas. Customizações que se faziam só nos abadás de Carnaval agora perduram o ano inteiro. Se compra uma peça básica, se aplica um bordado. Compra outra peça lisa e faz recortes para parecer mais moderninha. Sim, vamos rasgar as calças jeans,

NDE

Cada um por si

De volta à

FOT OS A

Coluna

Co Snoo po térmic p Im o da St aginariu m ock S hop ,

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Junto Tudo mixer Imaginao p o o C hop turad e Miis da Stock S rium,

a, chil p Mo k Sho toc S a d Moc h da St ila Uatt, ock S hop

E Imag stojo inar Stoc ium, da k Sh op

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Mo Imag chila in da St arium, ock S hop

hos Hub docin m, da Imaginariu Stock Shop


Sociedade FOTOS DULCE LANNER

Bate papo entre bules As nutricionistas Angelita Ewald (esq.) e Tânia Gorgen aproveitaram uma das muitas tardes de calor da última semana para aproveitar um refrescante chá na Casa de Chá Christiana Garcia (foto 1). Quem também passou por lá e aproveitou para lanchar foram as amigas Lis Falkowski (esq.) e Giovana Teixeira (foto 2).

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FOTOS ENTRE A GENTE

As amigas Vaneza, Sabrina e Geórgia aproveitaram o fim de tarde para curtir o Happy Hour Cultural do Clube Tiro e Caça (foto 1, da esq. para a dir.). Ao som de Marco Guimarães e seu Quiet Songs, Betânia (esq.) e Ana também estiveram por lá (foto 2). O casal Melissa Sell e Gian Bazzo aprova a iniciativa cultural (foto 3).

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No embalo das canções

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ANDERSON LOPES

Apenas o necessário: estilo de vida prega consumo consciente

Com início na Europa, o lowsumerism se caracteriza por preocupação com qualidade de vida e futuro do planeta. No Vale do Taquari, a ideologia ganha força

C

onsumir conscientemente, buscar alternativas de menor impacto aos recursos naturais e viver apenas com o necessário. Esse é o lema da tendência de estilo de vida, lowsumerism (junção das palavras low -baixo- e consumerism -consumismo-). A preocupação é com o resultado danoso do consumismo desenfreado causado ao planeta e às pessoas. Segundo a empresa de pesquisa Box1824, especializada em tendências de comportamento e consumo, adotar postura lowsumer é entender que pequenas atitudes podem gerar grande impacto. O lowsumerism surgiu como maneira de ir contra a corrente criada no fim do século 19, com o crescimento do consumo ocasionado pela Revolução Industrial. Com início na Europa, o movimento se espelha em conceitos como a yoga, o slow food (preza pelo preparo do próprio alimento) e slow fashion (oposto de grandes lojas de departamento de roupas). E agora ganha força. Segundo Douglas Petry, jornalista de moda, as pessoas começam a buscar e valorizar essa vivência como maneira de equilibrar suas vidas. Conforme estudo da Box1824, é necessário quebrar velhos hábitos. Para isso, pergunte-se se o item que comprará é realmente necessário. Depois, questione-se se pode pagar por ele. Saber a origem do produto e para onde ele vai depois de descartado também é importante. Por fim, procure saber se a compra prejudica o planeta. A lajeadense Carolina Leipnitz se tornou uma lowsumer antes mesmo de saber sobre o conceito. A mãe, terapeuta holística, e o pai tiveram grande influência por meio de sua criação. Ele tem padaria, o que despertou o gosto e o interesse pela gastronomia em Carolina. Mas a figura da avó materna foi o que traduziu o estilo de vida. “Ela era uma guardiã da natureza.” Por ter cinco filhas, o orçamento da família era pequeno. Com isso, passou a plantar os próprios alimentos e a produzir sabonetes, xampus e outros itens necessários à sobrevivência. “Depois de sua morte, percebi a grandeza de seus conhecimentos”, conta Carolina. Segundo Petry, a fabricação desses itens de forma artesanal ainda é considerada sinônimo de pobreza por muitos. “Por isso, desprezam esse tipo de produção.” Mas a ideia vem sendo mudada aos poucos. Hoje, é comum


ver priorização aos produtos feitos de forma caseira, pois apresentam mais qualidade, diz.

Mudança e evolução Carolina sempre teve contato com a natureza, mas a consciência de preservação ao ambiente só foi desenvolvida com o tempo. Foi uma mudança gradual, que passou a figurar em todos os âmbitos de sua vida. Primeiro, surgiu o interesse por alimentação saudável. Foi então em busca de grupos de plantadores dos próprios alimentos, para aprender mais. O grande marco de sua mudança foi a saturação da vida burocrática. Resolveu pedir demissão do último emprego fixo. “Eu adorava trabalhar onde estava, mas não tinha mais tempo para mim.” A epifania veio da fala de um professor do curso de Design de Permacultura. “Ele perguntou o que mais valia para nós e chegamos à conclusão que era tempo e conhecimento.” Com essa vivência, de outros cursos e experiências em comunidades alternativas, Carolina se sentia transformada. Decidiu ir morar com o namorado em um sítio, e ali passaram a plantar os próprios alimentos. Aprenderam sobre a terra e se envolveram com grupos de agroecologia do Vale do Taquari. Carolina realizou cursos de aprendizagem rural sobre compotas, frutas cristalizadas, massa caseira e outros. “A sensação

de autonomia é o mais realizador.” Depois de saírem do sítio, viveram por um período na Patagônia. Foi quando deixaram parte de seus ideais para trás e se urbanizaram novamente. Era uma necessidade à época. Segundo Carolina, é preciso se livrar de rótulos. “Se você leva um determinado estilo de vida, é comum as pessoas te julgarem por não seguir à risca.” A fonte de renda de Carolina hoje vem do trabalho com fotografia e das aulas de yoga que ministra. Apesar de atender a todas as áreas, a tendência é trabalhar somente com fotografias de parto. A corrente do parto humanizado cresce na região, com o grupo Nascer Sorrindo. Para isso, realizou curso de doula, para entender melhor todo o processo e refleti-lo em suas fotografias.

A sensação de autonomia é o mais realizador.” Carolina Leipnitz, Fotógrafa e professora de Yoga

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Comportamento

A preocupação com o ambiente é norteador do estilo de vida lowsumerism, seguido por Carolina

Corrente de ideais Segundo Carolina, o estilo de vida atrai cada vez mais pessoas na região. “Muitas querem mudar, mas falta coragem.” Cada pequeno grupo formado, com seu ativismo próprio, é um movimento válido, opina. As correntes são iniciadas, mesmo sem intenção. Carolina, por exemplo, passou a produzir granola e desodorante em casa. Isso chamou a atenção dos amigos. “É importante passar adiante o que se aprende.” A consciência ambiental pode ser aplicada nos mais diversos âmbitos, opina Carolina. “São detalhes, como levar uma sacola de pano ao mercado, separar o lixo, levar um copo retrátil sempre dentro da bolsa.” Muitos se sentem desencorajados por esse ser um comportamento diferente ao da maio-

ria. “E fácil tirar a culpa de si mesmo. Mas as pequenas mudanças são importantíssimas”, opina ela. O cenário atual do planeta e do comportamento humano é desanimador. Mas, para Carolina, é preciso ver por outros ângulos. O crescimento de comunidades alternativas é significativo, por exemplo. “Trata de enxergar com esperança.” Se o mundo está caótico, o movimento para melhorar a qualidade de vida das pessoas e salvar o planeta só cresce, diz. Para quem não pode plantar os próprios alimentos, a dica é apoiar o mercado local. Nas cidades do Vale do Taquari, é fácil encontrar pequenas feiras com alimentos orgânicos, conta Carolina. “O alimento natural tem sabor inconfundível, além de prover segurança a quem come.

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Objetos de desejo

Um toque de luxo

P

oltronas e estofados são parte importante da decoração. Têm o poder de contrastar ou complementar os móveis do local. A dica é montar a sala com pelo menos uma poltrona. A peça servirá para mudar a linearidade

dos outros estofados. A beleza é parte importante, mas lembre que a peça deve ir além do visual. Preze pelo conforto, ergonomia e sustentabilidade. As camas luxuosas para pets são inovações que também complementam a decoração mantendo o estilo.

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FOTOS DIVULGAÇÃO

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1| Cama pet com tecido sustentável Alexandre Herchcovitch, da Brava Forma 2| Poltrona Wow com capa removível e tecido exclusivo

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Casa Rima, da Brava Forma 3| Pufe em veludo patch, da Brava Forma 4| Pufe em couro natural (cria-

ção Brava Forma e designer Guto Schneider), da Brava Forma 5| Tapete geométrico em pelo natural, da Brava Forma



Moda

Casualidade estampada C om muita cor, a moda verão é ideal para combinar ao período de férias. Os tecidos leves ajudam na hora de se refrescar. A época pede mais casualidade. O floral marca presença nos vestidos e regatas. A dica é abusar das estampas com folhas verdes, super em alta nesta estação. As mais divertidas, como as de bananas, também entram na onda. Para quem curte básico, o branco é atemporal. Para se proteger do sol, o chapéu é o acessório ideal, além dar charme ao look.

Vestido Farm e sandália rasteira Tabita, da Amaró

Créditos: Loja participante desta produção: Amaró (3714-3048) Modelo: Melissa Petry Produção: Tammy Moraes Fotografia: Anderson Lopes Beleza: Bel Room – Betina Lenhard (9944-7612)

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Moda

Vestido Farm, rasteira Schutz e chapéu, da Amaró

Vestido Farm, bolsa Ellus e sandália rasteira Tabita, da Amaró

Blusa e short Farm e rasteira Schutz, da Amaró

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