FIM DE SEMANA, 18 E 19 DE JUNHO DE 2016 EDIÇÃO Nº 34
Preto no branco Páginas 12 e 13
ARQUIVO PESSOAL
Eu curto
Fabricio Meneghini Profissão: representante comercial
Inspire-se Por que pratica? Ciclismo é um esporte prazeroso, que permite ver belas paisagens no caminho. Quando passamos de carro, acabamos não reparando. Diferentemente do futebol, vôlei, basquete em que se pode perder no fim do jogo, no ciclismo, sempre se ganha. Seja pelo prazer de ver uma paisagem, vencer uma montanha ou fazer uma quilometragem grande. O que proporciona?
QUEM FEZ ESTA EDIÇÃO voce@jornalahora.inf.br
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Com certeza, o ciclismo proporciona sair da rotina e extravasar energias, pois é esporte extremamente prazeroso. Pedalando poucos quilômetros, o corpo já solta endorfina, o hormônio do bem-estar. Como iniciou a atividade? Sempre gostei de bicicletas, mas pratiquei pouco, pois jogava futebol e basquete. Em 2012, sofri uma lesão muito grave jogando futebol. Tive que operar o joelho e fiquei seis meses parado. Foi quando comecei a prati-
car o ciclismo. Como concilia com a rotina? Pedalo três vezes por semana, sempre às terças e quintas à noite e sábados de tarde. Meu objetivo é pedalar pelo menos 150 quilômetros por semana. Aconselharia outras pessoas a praticar também? Por quê? Aconselho sim. É um esporte divertido e prazeroso. Nenhuma pessoa que conheço começou a pedalar e se arrependeu.
Ciclismo O lajeadense Fabricio Meneghini, 35, passou a dar atenção à bicicleta depois de uma lesão que o impediu de jogar futebol. Agora, o ciclismo faz parte da rotina. Ele participa de provas de resistência, chamadas de audax. A última foi em maio, com 300 quilômetros de Bagé até Mello, no Uruguai, O grupo de ciclismo que Meneghini participa, o ValeCiclismo, foi fundado em 2014. Um ano depois, organizaram o 1° Desafio ValeCiclismo, que reuniu 160 ciclistas. Em 2016, ocorreu a segunda edição do evento, com 230 ciclistas. No Natal, ocorre a quarta edição do Natal Solidário ValeCiclismo.
Pedalando poucos quilômetros, o corpo já solta endorfina, o hormônio do bem-estar.
Agenda de eventos Até
29/6
Exposição Pelos Peludos Local: Espaço Arte 11 da Univates O objetivo da exposição é chamar a atenção para o abandono e os maus-tratos aos animais. As fotos em preto e branco destacam expressões de cães encontrados nas ruas, que hoje esperam por um lar em abrigo. Os olhares registrados revelam histórias, mesmo que o jeito brincalhão tente esconder as marcas.
Até
7/7
Palestra Inovação – Uma Espiada no Futuro Local: Soges. Horário: 19h30min A Cacis de Estrela promove a palestra “Inovação – Uma espiada no futuro”, ministrada pelo comunicador Marcos Piangers. Com base no maior festival de tendências do mundo, o SXSW, Piangers discorre sobre oito tendências para os próximos anos e mostra como as marcas vencem em um ambiente disputado e cheio de ruído.
Direção Editorial e Coordenação: Fernando Weiss - Produção: Tammy Moraes - Arte: Gianini Oliveira e Fábio Costa Foto de capa: Tiago Bortolotto - Tiragem: 7.000 exemplares. Disponível para verificação junto ao impressor (ZH Editora Jornalística)
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ANDERSON LOPES
Caminhos
Moinhos originais fazem parte das opções turísticas. A produção de biscoito e de erva-mate é fundamental para a economia de Itapuca.
Belas cascatas
Belezas naturais na
terra do biscoito Tradição de fazer bolachas artesanais surgiu em 1972
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rquitetura típica italiana, taipas de pedras, belas cascatas e mirantes com vistas incríveis dos rios Ferr eira e Pulador são atrativos indispensáveis para um agradável passeio. Moinhos originais fazem parte das opções turís-
ticas. A produção de biscoito e de erva-mate é fundamental para a economia de Itapuca. A cidade expressa potencial na fabricação de bolachas de forma artesanal. A tradição começou em 1972, por um grupo de mulheres coordenado pela funcionária da Emater, Dalva Borsatto. Ela propôs uma produção maior de biscoitos para vender em Arvorezinha. O alimento caiu no gosto da população local e a procura
aumentou significativamente. Hoje, o grupo produz cerca de seis vezes ao ano, em eventos realizados na região, tornando a cidade conhecida como Capital do Biscoito. O passeio pode começar no centro, na igreja de São Miguel de Arcanjo, uma construção de 1917. A obra preserva os traços originais da arquitetura e é símbolo da fé dos moradores descendentes de italianos.
Os principais pontos turísticos estão em propriedades particulares do interior. Duas belas cascatas escondidas nas áreas rurais permitem banho e descanso à sombra, apesar da falta de infraestrutura. É importante pedir autorização e orientação para os donos. A mais bonita fica no Rio Pulador, quase na divisa com Arvorezinha, na Linha Nona. São duas quedas d´água com altura de, no máximo, cinco metros, formando um lago propício para o banho. Numa das quedas, a água abriu uma fenda na rocha, tornando o lugar ainda mais belo. A outra cascata é a do Rio Ferreira, na Linha Sétima. A queda de cerca de 30 metros é outra bela pedida para se refrescar no verão ou mesmo apreciar a beleza e registrar bonitas imagens. Na mesma localidade, casarões antigos mantêm o cenário de estilo italiano. Muitas residências
ainda são habitadas por descendentes de italianos. Na maioria das vezes, são cercadas por taipas de pedras, que dividem os grandes gramados devidamente cuidados – cultura herdada dos primeiros imigrantes da Itália. Na parte mais alta da cidade, a vista do Rio Pulador é impressionante. É possível visualizar a curva do rio e o esplendor da mata nativa ao redor. Embora os italianos predominem, Itapuca tem uma história ligada aos portugueses. No princípio, os índios caingangues habitavam o lugar. Os primeiros lusos chegaram em 1880. Eles formaram o então distrito de Maurício Cardoso, sucedidos mais tarde pelos italianos. A zona rural é imprescindível para a economia da cidade. Mais de 600 propriedades representam 80% do faturamento anual. A agricultura diversificada está baseada na produção de leite, soja, milho, aves e fumo. No entanto, a cultura da erva-mate está muito arraigada na economia local. Itapuca faz parte da região de Guaporé, no alto do Morro do Botucaraí, e integra a consolidada Rota da Erva-Mate.
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Fala Doutor
Proteja sua visão e evite doenças Oftalmologista alerta para hábitos que podem prejudicar a visão DIVULGAÇÃO
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ados do IBGE identificaram que 24.6 milhões de pessoas têm deficiência visual. Desse total, 80% delas são cegas ou têm baixa visão grave. Isso representa mais de 10% da população brasileira. Chama a atenção o fato de os dados mostrarem que a maioria dos casos de cegueira poderia ter sido evitada se o diagnóstico fosse feito em tempo hábil. Entre as medidas preventivas, estão as consultas regulares com o oftalmologista. Nelas, são feitos exames rotineiros em equipamentos de alta resolução óptica que permitem detectar alterações das estruturas teciduais ou mesmo das células do olho, determinadas por doenças oculares assintomáticas, inclusive aquelas com potencial de evolução para perda parcial ou total da visão. De todos os órgãos do corpo, o olho é o mais acessível ao exame direto em grande aumento, inclusive na sua parte interna, onde é possível visualizar os vasos sanguíneos e parte do sistema nervoso central (nervo óptico). Isso permite identificar e classificar por índices de gravidade alterações vasculares sistêmicas que se reproduzem no coração, rins
e cérebro, por exemplo. Entre as doenças visuais mais frequentes, existem os defeitos da formação da imagem, como astigmatismo, miopia e hipermetropia, que incidem predominantemente na fase adulta e que necessitam de correção óptica.
Apoiadores
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Após os 40 anos, ocorre a denominada “vista cansada”, dificuldade de leitura para perto. Sendo um dos primeiros sinais da senescência ocular, é resultante da incapacidade de focalização. É comum o aumento da dependência ao óculos para dis-
tâncias intermediárias e longe também. Nas faixas etárias mais avançadas, a presença da catarata aumenta muito em frequência. Também é preciso considerar a presença de DMRI (Degeneração Macular Relacionada a Idade), mais prevalente em olhos claros e após
As consultas regulares ao oftalmologista são importantes formas de prevenção. Quanto mais cedo for diagnosticada a doença de visão, maior é a chance de cura.
Coluna os 50 anos. Suas causas ainda não são bem definidas, embora algumas se apresentem associadas com mais frequência, como a exposição à luz solar, o tabagismo, dieta pobre em ômegas 3, 6 e 9 e altos níveis de substâncias oxidantes celulares e alimentos ricos em gordura trans.
Prevenção infantil Um primeiro exame (teste do olhinho) é feito pelo pediatra logo após o nascimento. Também no primeiro ano de vida, é importante uma avaliação minuciosa do oftalmologista, que pode revelar anormalidades congênitas que indicam a presença de anomalias em outros locais do corpo e necessidade de investigações complementares. Nos primeiros anos de vida, a acuidade visual deve ser avaliada como parte do exame geral da criança. Os bebês com 3 meses de idade conseguem fixar e acompanhar estímulos luminosos. Aos 4 a 6 meses, conseguem fixar e acompanhar o movimento de objetos ou a face de conhecidos. Por volta dos 3 anos, torna-se possível, em crianças colaborativas e pais motivados, um teste de acuidade visual de resposta confiável, utilizando-se figuras ou desenhos.
Sinais de alerta Os oftalmologistas, muitas vezes, são chamados a avaliar crianças com distúrbios de aprendizado. Pais e educadores atribuem essa dificuldade a anormalidades visuais, o que, na maioria das vezes, é verdadeiro. Na faixa etária dos jovens, também podem surgir proble-
mas relacionados com a fadiga pelas atividades que demandam alto desempenho visual. As alterações da lubrificação ocular decorrentes da atividade profissional em ambientes climatizados e, especialmente no uso de computadores, a redução da frequência do piscar, são comuns e geram desconforto ocular. Do mesmo modo que a radiação solar pode causar danos à pele humana, também pode ocasionar ou intensificar problemas e doenças nos olhos. Quanto mais quantidade de energia possuir a radiação (ou seja, quanto menor o comprimento de onda) maior o dano causado às estruturas oculares. É por essa razão que a radiação ultravioleta é mais nociva do que a luz visível ou a infravermelha. Os danos causados podem se distinguidos pelo tempo de exposição e intensidade. Em curto tempo de exposição, porém, com alta intensidade, que é o caso dos soldadores, temos as queimaduras agudas (fotoceratite). Longas exposições com baixa ou moderada inten-
sidade (trabalhadores rurais por exemplo) produzem cataratas, pterígeos, carcinomas dos olhos ou da pele palpebral e degeneração da retina. A radiação chega aos olhos de forma direta e indireta (radiação difusa), essa forma é ainda mais importante na radiação UV. Os filtros empregados na fabricação dos óculos devem filtrar comprimentos de ondas menores que 400nm (nanômetros) e maiores que 700nm. Os cristais transparentes reduzem a exposição em 16% e os orgânicos em apenas 0.2%. Os famosos “óculos de camelô”, com lentes plásticas, praticamente não oferecem proteção alguma e ainda podem apresentar distorções que prejudicam o funcionamento visual. O uso de chapéus, bonés e viseiras oferece proteção de até 50%. As lentes adequadas devem eliminar entre 99 e 100% da radiação UV, eliminar entre 75 e 90% da radiação visível e não apresentar imperfeições ou distorções.
Dr. Nedio Castoldi Clínica Castoldi Oftalmologia
Tratamento As lentes adequadas devem eliminar entre 99 e 100% da radiação UV, eliminar entre 75 e 90% da radiação visível e não apresentar imperfeições ou distorções. Portanto, é fundamental a avaliação do oftalmologista e o aviamento em ópticas certificadas e de confiança, além da conferência das lentes após o aviamento. As crianças merecem atenção especial, pois recebem, em média, três vezes mais exposição a raios UV em um ano
do que um adulto. Portanto, é importante a proteção UV. Lentes finas e resistentes a impactos são as mais indicadas. O uso correto e regular nessa faixa etária nem sempre é tarefa fácil. Não há um número mágico. Alguns aceitam mais cedo, outros relutam. As crianças apresentam a pupila mais dilatada em relação ao adulto e a íris tem menos pigmentos capazes de proteger os olhos. A participação dos pais é fundamental.
Uma em cada cinco meninas engravida até os 18 anos no mundo Publicação recente da Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta para o grande número de mães adolescentes em todo o mundo. Estima-se que uma em cada cinco meninas fica grávida até os 18 anos. Anualmente, cerca de 16 milhões de adolescentes, entre 15 e 19 anos, dão à luz a um bebê. Em muitos locais do mundo, as mulheres são pressionadas a casar-se e ter filhos com pouca idade, o que colabora para justificar os altos índices de gravidez na adolescência. Nos países pobres, mais de 30% das jovens casam-se antes de completar 18 anos. A pouca escolaridade também contribui para a gravidez precoce. As taxas de gestação entre mulheres com menos estudo é maior em comparação à das mulheres com mais anos de educação. De acordo com a OMS, muitas adolescentes não sabem como evitar uma gravidez ou não têm acesso aos métodos contraceptivos. Uma significativa preocupação diz respeito aos problemas de saúde provocados por uma gestação na adolescência. Complicações na gravidez e no parto são a primeira causa de morte entre meninas de 15 a 19 anos em países pobres. Ter bebês durante a adolescência traz sérias consequências para a saúde da garota e da criança, especialmente em locais onde os sistemas de saúde são deficientes. Inclusive, em alguns países, as adolescentes recebem menos cuidados durante e depois do parto em comparação às adultas. As garotas também se sujeitam mais a abortos ilegais. Cerca de três milhões de adolescentes de 15 a 19 anos fazem abortos inseguros todos os anos. No mundo, estão ocorrendo transformações nos mais diversos campos: cultural, econômico, político, social. E essa situação favorece o surgimento de uma geração cujos valores éticos e morais encontram-se desgastados. O excesso de informações e liberdade recebido pelos jovens os levam à banalização de assuntos como o sexo, por exemplo. Essa liberação sexual, acompanhada de certa falta de limite e responsabilidade, é um dos motivos que favorecem a incidência de gravidez na adolescência. Outro fator a ser ressaltado é o afastamento dos membros da família e a desestruturação familiar. Seja por separação ou pela correria do cotidiano, os pais estão cada vez mais afastados dos filhos. Isso, além de dificultar o diálogo entre les, dá ao adolescente uma liberdade sem responsabilidade, que passa, muitas vezes, a não ter a quem dar satisfações da rotina diária, vindo a procurar os pais ou responsáveis apenas quando o problema já se instalou. Portanto, diante de todas as inferências sobre o assunto, ratifico que se deve considerar a gravidez na adolescência como mo um problema de saúde pública ca e, assim, mobilizar alternativas nativas e políticas adequadas para ra abordagem, prevenção e atenção tenção a essa tema.
Fábio Vitória psiquiatra
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Sociedade FOTOS LISIANE SILVA
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Ballet da Rússia animou plateia no Teatro da Univates O casal Nathalie Plein e Vicente Breyer (foto 1) acompanhou a apresentação do Ballet da Rússia. O evento ocorreu no domingo passado, 12, no Teatro da Univates. Na plateia, estavam Mozart Constantin, Juliane Delazeri, Margarete Delazeri e Fernando Vitorio (foto 2). Sonia e Luciana Becker Delving (foto 3) também prestigiaram o espetáculo.
FOTOS EDUARDO AMARAL
Imec promove evento de degustação
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O casal Egon e Mercedi Schmidt (foto 1) marcou presença na noite de degustação de queijos e vinhos do Imec, que ocorreu no dia 9. A família de Redes, Clarice e Sophia Brietzke (foto 2) também acompanhou a iniciativa. A renda adquirida será revertida
para a Liga Feminina de Combate ao Câncer de Lajeado. Tamires Gerhardt, Alessandra Glufke, Fernanda Lermen e Bárbara Glufke (foto 3) aprovaram a ideia. Entre os participantes, estavam Wilson e Neuri Edelésia Gabe e Liane Paaschen (foto 4).
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FOTOS LISIANE DA SILVA
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Richter Gruppe apresenta projeto
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O casal Daniel Dullius e Ana Paula Quinot (foto 1) acompanhou o evento promovido pela Richter Gruppe, no dia 9, no Salão Panorâmico, do Clube Tiro e Caça (CTC). As amigas Camila A. Ritter, Nega Heineck, Lu Brandão e Juliana Bergesch (foto 2) marcaram presença. Na confraternização, foi apresentado o inovador projeto Conventos Urban Center. O empreendimento começa na BR386 até a estrada geral de Conventos. Os amigos Damião Becker, Daniel Becker, Marcelo Delazeri e Heloisa Labres (foto 3) aproveitaram para conhecer as novidades da obra. Dirce Iorra, Alice Iorra Schmidt e Mauro Schmidt também prestigiaram (foto 4). Josi Birckheuer Richter e José Paulo Richter (foto 5) conduziram o encontro de negócios.
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Comportamento
Exercícios mentais apresentam melhora cognitiva Em uma época que se discute o uso de pílulas da inteligência para melhorar o rendimento do cérebro, a neuróbica se torna alternativa para alcançar resultados melhores. As práticas são voltadas ao tratamento e prevenção de doenças degenerativas, facilitando inclusive o aprendizado escolar.
O
s exercícios de memória utilizados no tratamento e prevenção de doenças mentais como o Alzheimer podem ser a saída para pacientes com problemas de concentração e aprendizado. Desde 2015, uma parceria entre duas professoras preocupadas com a educação inclusiva tem possibilitado a melhora de pacientes na região. A ideia da neuróbica surgiu como alternativa à prática da educação inclusiva. A intenção foi contribuir para a melhora no desempenho de crianças e idosos com deficiência. Desde os primeiros pacientes, os bons resultados trouxeram empolgação. Interessados em prevenir doenças comuns na terceira idade também pro-
curaram os serviços. Para especialistas, esse interesse é reflexo de uma sociedade cada vez mais acelerada, em que a preocupação com as faculdades mentais está em alta. Junto aos avanços tecnoló-
Fisgar a atenção deles por outro viés é complicado. O uso de numerais, fichinhas, palitos e brinquedos diversos são recursos eficazes.” proprietária da Academia do Cérebro, Andreia Kreutz
gicos, doenças desconhecidas da mente humana desafiam a ciência. Além da aplicação correta de fármacos no trato de patalogias do cérebro, o trabalho de prevenção é visto com bons olhos pelos psicólogos. A proprietária da Academia do Cérebro, Andreia Kreutz, afirma que a aplicação do estímulo cognitivo abarca métodos simples e atinge todas as idades. Os clientes que buscam essas atividades geralmente trabalham com jogos de computador e atividades desafiadoras. Crianças autistas ou com pa-
ralisia cerebral buscam complementar a aprendizagem escolar. Com crianças, o foco é a escola, por isso, há atividades extraclasses. Com fácil domínio de celulares e tablets, a geração touch tem carências. “Fisgar a atenção deles por outro viés é complicado. O uso de numerais, fichinhas, palitos e brinquedos diversos são recursos eficazes.” Os adultos procuram auxílio para melhorar a concentração e o foco no trabalho. “Muitos se descobrem com deficit de atenção depois da meia idade.” Os idosos recorrem à neuróFOTOS TAMMY MORAES
bica como forma de prevenção e tratamento de doenças da terceira idade. Nessa faixa, a busca é, acima de tudo, por companhia. “Em um grupo comum, quem tem reduzidas as capacidades lógicas é excluído. Por isso, jogos de carta ou o bingo são importantes.” Segundo ela, muitas pessoas com Alzheimer precisam de práticas simples que ajudam a manter a memória sadia. Lembranças por meio de fotografias são enfatizadas. Muitas vezes, a troca do relógio, de um pulso para outro, retarda os efeitos dos apagões. “É preciso sair da zona de conforto.” A procura por explicação e solução dessas dificuldades não pode ser amparada em uma pequisa rápida na internet. Quem faz a avaliação é o psicólogo. Mas dentro do tratamento os jogos de computadores, desafios, situações-problemas que a pessoa precisa resolver são ações que exigem concentração e se somam ao tratamento tradicional. O resultado é uma melhora na atenção, concentração, memória de curto e longo prazo e organização. “Não é em
“Torço para o grupo. Tem bastante criança que se encontra na mesma situação.” professora Andrea Formiga
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uma apostila que todos vão seguir as mesmas atividades”, ressalta Andreia.
que seja uma adolescente feliz e uma adulta respeitada, com seus direitos sociais.” Prepará-la para ser resolvida e independente é o objetivo da mãe. A escola regular não tem espaço para atender a todas as necessidades especiais. Diz que não pode cobrar da professora, porque em algum momento vai
Concurseiros recorrem Alguns clientes procuraram a Academia do Cérebro para melhorar o desempenho cerebral com exercícios. “Pensamos nos concurseiros e tivemos clientes que registraram bom rendimento. Passaram em todas as provas que fizeram.” Os reflexos de tais atividades trouxeram reconforto a quem procurou diminuir os reflexos de doenças degenerativas.
Em busca de evolução A mãe da Maria Eduarda, 15, buscou algo fora do senso comum para contribuir no aprendizado da filha, uma adolescente com deficiência cognitiva. A professora Andrea Formiga procurou a linha de pensamento com a qual concorda. “As profissionais seguram o lápis na mão da Duda para fazer o traçado, mas não fica só insistindo, pois isso gera um gasto de ener-
Da esq. para a dir.: Andreia Kreutz, Bruna Martinez, Janete Inês Birck, Paula Simonetto Marin, Gerty Zielke, Gislaine Hauschild e Paula Daniela Bavaresco
gia. Então não fica só focada naquilo. Faz outros exercícios.” De acordo com mãe, a filha ainda não está alfabetizada devido à patologia. Segundo ela, o trabalho coletivo melhorou o desempenho depois dos exercícios. “Torço para o grupo. Tem bastante criança que se encontra na mesma situação.” O Caso de Maria Eduarda é tratado como paralisia, apesar de não ser. É que o diagnóstico não aponta ao certo qual é a doença. A garota tem boa memória e controla as necessidades fisiológicas. Tanto que, segundo a mãe, deixou de usar as fraldas aos 2 anos. A única coisa que lhe restringe é a falta de equilíbrio e de controle so-
bre os movimentos. Nos exercícios, ao identificar uma letra tremida, pode-se imaginar o esforço que se faz. “Não sei se quero mais descobrir o nome da doença, quero mais o bem-estar dela. Quero
ter que continuar a aula. Mesmo assim, quer que a filha continue dentro da sala com aquele grupo. Trata-se de uma forma de inclusão. Ter a memória, o diálogo, a noção do tempo e das pessoas e para onde está indo é o mais importante. “Não é um mar de rosas, mas temos que tentar.”
Ginástica para o cérebro A capacidade intelectual é fruto da carga genética e de influências do convívio social. Neurologistas alertam que desatenção e esquecimento, bem como redução da capacidade de raciocínio e da criatividade, são problemas modernos. O ritmo imposto pelo sistema não melhora o rendimento cerebral, pelo contrário. O principal erro que leva à queda do rendimento é a sobrecarga de estímulos. É necessário pausa. Em tempos de pouco descanso, estresse, preocupações e ansiedades, existe a necessidade do exercício. O cérebro precisa de desafios, ser tirado da zona de conforto, criar soluções, testar hipóteses, errar e acertar. Métodos que afastam o sedentarismo cerebral e potencializam a capacidade cognitiva. Criatividade, concentração, memória, atenção e foco podem ser trabalhados em grupo. As formas de fazer o cérebro se exercitar se diferenciam em virtude dos objetivos pessoais. Não é uma receita pronta. Para cada praticante, uma forma de melhorar o desempenho tanto escolar quanto de redução de danos em doenças mentais degenerativas.
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Moda
Inverno em branco
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inverno vem chegando e com ele as maiores tendências para o estilo dos gaúchos. Além das novidades, há cores e peças atemporais, que combinam com qualquer estação. O jeans continua presente nos looks. As cores preto e branco também servem para qualquer época e rendem a mistura certa.
Créditos: Loja participante deste editorial: Drops de Menta (30117676) Beleza: Bel Room – Betina Lenhard (9944-7612) Modelo: Vanessa Fell Fotografia: Anderson Lopes Produção: Tammy Moraes
Manta franjas e blusa vny color Drops de Menta e calça jeans flare Racolako, da Drops de Menta
Saia de couro Cor Doce e blusa com laço, da Drops de Menta
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Calça marrom e casaco pele Drops de Menta e blusa de alça em crepe bicolor Linny, da Drops de Menta
Calça, blusa preta e casaco off white Drops de Menta, da Drops de Menta
Calça, blusa com laço e colete preto Drops de Menta, da Drops de Menta
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Cultura
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