AH - Você | 13 e 14 de agosto de 2016

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FIM DE SE SEMAN SEMANA, MANA, MAN A, 14 DE DE 13 E 14 AGOSTO DE 20 2016 16 AGOSTO EDIÇÃO EDI ÇÃO Nº 42

Estilo de pai para filho Páginas 12 e 13


DIVULGAÇÃO

Objetos de desejo

FOTOS TAMMY MORAES

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Para todos os

tipos de pai

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Dia dos Pais chegou e com ele a hora de presentear. Os sapatos são agrados certeiros, e a escolha depende do estilo. Para enfrentar o inverno com os pés aquecidos, as botas forradas com lã são a pedida. As bolsas e pastas executivas são essenciais para deixar a rotina cheia de estilo. As camisas polo são coringas do guarda-roupas masculino e opção de presente para quem não quer errar. Para os papais cozinheiros, há diversas opções de presentes para otimizar o momento de preparar o churrasco para a família.

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1 | Sapato masculino Polo, da Don Juan 2 | Sapato masculino Polo, da Don Juan

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3 | Bota com forro de lã, da Don Juan 4 | Sapato masculino Democrata, da Don Juan 5 | Pasta masculina executiva Bonnemann, da Don Juan 6 | Camisas polo individual, Dudalina e Docthos, da Don Juan

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7 | Tábuas de madeira art wood, da Arla 8 | Porta-retrato super pai, da Arla 9 | Churrasqueira carvão e churrasqueira carvão com tampa, da Arla

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10 | Caneca bristol pai presente, da Arla

QUEM FEZ ESTA EDIÇÃO voce@jornalahora.inf.br

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Direção Editorial e Coordenação: Fernando Weiss - Produção: Tammy Moraes - Arte: Gianini Oliveira e Fábio Costa Foto de capa: Tiago Bortolotto - Tiragem: 7.000 exemplares. Disponível para verificação junto ao impressor (ZH Editora Jornalística)

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FIM DE SEMANA, 23 e 24 DE JULHO DE 2016

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ANDERSON LOPES

Caminhos

Turismo ecológico

em alto relevo Herveiras é um município que convida a belas paisagens na subida da serra. Quem prefere iniciar o tour pelo interior, pode entrar por Sinimbu erveiras, formado por descendentes alemães e portugueses, fica a 48 quilômetros de Santa Cruz do Sul. O principal acesso é a RSC153. Herveiras leva esse nome devido à vegetação encontrada pelos colonizadores em busca de araucárias e ervas gigantes. No início, a produção era tímida, mas com o passar dos anos aumentou e impulsionou o desenvolvimento local. Apesar de uma zona rural diversificada, o cultivo da erva-mate e do fumo predomina. O turismo rural é o atrativo principal. Em Linha Fernan-

H

des, há nove hectares de reservas ambientais com araucárias centenárias e erva-mate nativa. Alguns ervais são gigantes. Arbustos se transformaram em árvores de três a quatro metros de altura. Há duas belas cascatas para banho. É importante manter cuidado, pois não há salva-vidas. Uma fica em Linha da

Os rodeios são a principal atração durante o ano.

Barra. Para quem vem de Sinimbu, em direção a Herveiras, pela RSC-153, no km 288, existe um acesso à direita. Pela estrada de chão, é só seguir cinco quilômetros até a propriedade de Solange Appel, onde é possível o acesso. É preciso tênis adequado, pois cerca de 1,5 quilômetro da caminhada é por dentro do córrego, chamado de lajeado, pelos moradores. Os rodeios são a principal atração durante o ano. Não existe data definitiva, por isso, podem ocorrer em qualquer época do ano, conforme agenda de eventos do município. Destaque para a farta gastronomia campeira. Para evitar surpresas, a sugestão é contatar a prefeitura, onde se concentram as principais informações sobre o município, inclusive de eventos. A maior festa é realizada no fim de setembro: HerveiFest.

Herveiras leva o nome por conta da vegetação encontrada por colonizadores

Shows estaduais, bailes, rodeio e atividades artísticas movimentam a cidade durante os

três dias o que multiplica a população de quase três mil moradores.

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Fala Doutor

Ansiedade: angústia desconhecida Sintoma de diagnósticos psicológicos, muitos ainda não sabem nomear a ansiedade. Condição pode levar ao desequilíbrio e descarga emocional

U

m discurso, uma reunião importante ou a espera do resultado de uma prova. Essas situações da rotina podem causar um sentimento conhecido por muitos: o “frio na barriga”. A emoção é comum do ser humano. Mas, quando essa ansiedade, em excesso ou falta, pode passar a afetar a vida de quem sente, é o momento de procurar ajuda. Segundo a psicóloga Rebeca Katz, a ansiedade é um dos principais sintomas em vários diagnósticos. Nos consultórios, é recorrente a reclamação de que a emoção ocorra no ambiente de trabalho. Mas essa pode ser apenas a gota d’água. “Para ganhar essa força, a ansiedade pode estar ligada a algo que não está resolvido.” Quando a angústia se acumula, é de se esperar que em algum momento “transborde”. A falta de ansiedade também é motivo de preocupação. Ela pode ser um motivador, mas é necessário equilíbrio. Atenção à produção excessiva. Quando as pessoas trabalham demais por conta da ansiedade, é comum pensar que

por isso estão bem, quando na verdade estão escondendo o que sentem. “Pode ser quando passam o dia no trabalho e não querem voltar cedo para casa no final do turno.” A tensão muscular também pode ser um sinal de ansiedade, quando se aperta a mandíbula, punhos ou flexiona outros músculos do corpo repetidamente. O sintoma é persistente e quem convive com ele pode parar de perceber depois de um tempo. Em um nível normal de ansiedade, pode sentir angústia quando, por exemplo, quer comprar alguma coisa. “A pessoa passa na frente da vitrina, vê promoção, resolve voltar depois e passa o dia pensando naquilo. Isso é normal.” Os ataques decorrentes da ansiedade denotam incapacidade de lidar com os sentimentos. “Entre os sintomas estão a perda ou excesso de sono, comer mais ou não comer e demonstrar raiva não habitual.” A forma como isso acontece diz muito sobre o quão grave é o caso. A angústia é muito desconhecida, diz Rebeca. Por isso, é um sentimento ruim, que dá sensação de vir “do nada”.

Apoiadores

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“O desequilíbrio acontece por conta do medo de não saber o que está acontecendo.” Se a pessoa não se trata, dificil-

mente para a fim de analisar o motivo de estar passando por aquilo. O corpo acaba reagindo com crises. É quando

se passa do sofrimento psíquico e aparecem as doenças e os sintomas no corpo. A pessoa que passa a ter um compor-


fica paralisado. O princípio é o mesmo: autocontrole.

Tratamento DIVULGAÇÃO

A psicanálise entende a cura por meio da palavra, compreensão e entendimento. Quando o paciente entende pelo que está passando, se torna menos ameaçador e mais controlável. “O profissional não o repreende o paciente por ter tido um ataque de fúria, e sim busca o motivo daquilo ter acontecido.” Métodos como yoga e meditação são válidos nesses casos, diz. “Isso nada mais é que pensar, se voltar para si.” O analista não passa práticas ao paciente, pois pela compreensão da psicanálise o problema está dentro da pessoa. Ir à meditação, yoga ou procurar ajuda psicológica é um momento para pessoa, e isso faz diferença, diz Rebeca.

trabalho, opina. Com toda essa rapidez, não se permite lidar com a ansiedade. “Formam-se adultos que não conseguem enfrentar nem a primeira negação.” Por isso, é importante o incentivo de brinquedos didáticos e pedagógicos na infância. Os blocos de madeira são exemplo. “Eles exigem tempo para montar.” O papel dos pais é imprescindível nesses momentos, pois o exemplo dado à criança pode ditar seu comportamento.

Infância: influência para a vida toda A infância tem papel importante, pois é quando se aprende sobre controle, diz Rebeca. Se-

Nova era

tamento mais agressivo ou destrutivo no ambiente de trabalho, pode ter as mesmas dificuldades de alguém que

A ansiedade causa medo a muitas pessoas, pois é um sentimento desconfortável e desconhecido. Para elas, é importante nomear a condição, para que haja compreensão e melhora

Uma das maneiras mais efetivas para aprender a lidar com a frustração está se perdendo com o avanço da tecnologia, alerta Rebeca. As gerações anteriores aprenderam a usar aparelhos digitais conforme cresciam. “As crianças de hoje praticamente nascem com um celular em mãos.” E o uso desses aparelhos está cada vez mais enraizado nas escolas e ambiente familiar. “Os próprios pais influenciam.” Dessa forma, é difícil aprender a lidar com a frustração porque todo acesso é facilitado. Segundo Rebeca, esse estímulo torna a criança incapaz de se frustrar. Por isso, os jovens hoje têm dificuldade em se adequar ao ambiente de

Para ganhar essa força, a ansiedade pode estar ligada a algo que não está resolvido.” Rebeca Katz, psicóloga

gundo ela, a criança não nasce sabendo de tudo. Ela só aprende porque os pais nomeiam: fome, sono, dor de barriga e de cabeça. “Muitas mães sabem diferenciar os tipos de choro do bebê.” Aquela que não entende o que a criança quer e acha que todo choro é fome, dá de mamar mais que o necessário. “Esse bebê pode crescer e se tornar um adulto que pensa que comer resolve seus problemas quando estiver ansioso.” Durante o tratamento, a pessoa aprende a nomear os sentimentos e compreender o motivo de suas ações, diz Rebeca. “Ela sabe que sente um desconforto e, quando o profissional identifica isso, fica aliviada.” A psicóloga atenta que, mesmo que exista semelhanças, o motivo de cada um é sempre diferente. A Hora – No ambiente de trabalho, o quão válido as pessoas acham que é explicar ao chefe que estão se sentindo ansiosas? Rebeca Katz – Os chefes muitas vezes aceitam bem isso. A questão é que as pessoas estão pouco dispostas a se conhecer. Isso assusta, dá medo. Se ela mesma não entende, logo não consegue explicar ao outro. Do pouco que entende, pensa em não contar com medo de ser chamado de louca. Mas o que elas sentem pode ser muito comum e disso elas não se dão contam. Em muitos casos, é mais fácil para ela culpar os outros, a família, os colegas. Ela não se volta para si para encontrar respostas. Se falar de si é coisa de louco, o que essas pessoas estão com medo de descobrir? É uma condição muito difícil, e por isso compreensível de chegar em um ponto de ruptura.

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Sociedade EDUARDO AMARAL

FOTOS FERNANDA TAVARES

LEILA FRANZ

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Noite de samba André Bücker (centro), presidente do Clube Tiro e Caça (CTC), ao lado da irmã Fernanda Bücker, curtiu a noite de sábado passado ao lado dos tios da família Vier (foto 1). O evento Feijoada, Samba e Caipirinha foi ao som de Demônios da Garoa. Quem aproveitou para conhecer os ídolos do grupo de samba foi Andreia Medeiros e Rodrigo Villa (foto 2). Monica Chiamulera e Cristiano Jacques prestigiaram o evento (foto 3).

Viés artístico A gerente do Sesc Lajeado Betina Durayski e o artista Dione Martins deram as boas-vindas aos apreciadores de arte na terça-feira durante a abertura da exposição “Elementos Urbanos – Xadalu”. Consiste em fotografias do cenário urbano de Porto Alegre sob o olhar de Martins. A mostra ficará disponível para visitação até o dia 24 de setembro.

LISIANE DA SILVA

A boa mesa Cultura musical Moisés Bitencourt e Thaisa Ayessa curtiram o melhor do rock, pop e disco nessa quarta-feira à noite, durante o Pratas da Casa Acústico. A banda Prô&Bídu’S animou o público no evento que ocorreu no Sesc.

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FERNANDA TAVARES

Os sócios Mateus Domeneghini, Bruna Feil e Felipe Feil comemoraram na quarta-feira a inauguração do novo restaurante mexicano: Padrísimo. Com projeto arquitetônico assinado por Bruna, o empreendimento segue o movimento de slow food, que tem como objetivo a maior apreciação da comida.


TAMMY MORAES

Dia de sucesso Os amigos e sócios Juliano Schwanbach, Kiko Decker (centro) e Fernando Henz recepcionaram amigos e clientes na inauguração de seu mais novo espaço, a Torden pizza-pub. O local chama a atenção dos amantes de pizza e cerveja artesanal, tudo isso ambientado pela temática viking. FERNANDA TAVARES

Lançamento Kittiana Giovanoni Dahlke e Ana Beatriz Giovanoni se reuniram aos amigos na quarta-feira na Livraria Nobel Lajeado durante o lançamento do livro Reinventar a Liderança – Um Desafio Diário, fruto da parceria das irmãs.

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Comportamento

O pai da contemporaneidade ARQUIVO PESSOAL

Como resultado da mudança do papel da mulher na sociedade, a paternidade ganhou novas características. Além de assumir parte das funções em casa, o homem tem a responsabilidade de ser um pai cada vez mais presente Pai enfrenta desafio em dobro ao cuidar de Milena, 17, e Arthur, 4. Os filhos enchem Sehnem de orgulho

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imagem do pai provedor, chegando do trabalho, calçando um chinelo mais confortável e sentando na poltrona para ser atendido pela mulher faz parte do passado. Só ajudar no sustento da casa é insuficiente na família moderna. O pai de hoje precisa ajudar no processo de aprendizado, da educação e formação do caráter dos filhos. Com responsabilidades divididas, homens e mulheres se alternam nas tarefas de casa e mostram aos filhos o

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novo formato das famílias. Éder Sehnem sempre quis ser pai. Segundo ele, a única herança que deixará no mundo são os filhos. Orgulha-se do casal Milena, 17, e o xodó da casa, o pequeno Arthur, 4. Apesar da filha crescida, o cuidado do pai permanece constante. A vida mudou com a chegada dos filhos. Depois de se tornar pai, Sehnem passou a se preocupar com a imagem e o exemplo dado. “Quando faço algo errado, perco autoridade de cobrar atitudes

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positivas deles.” O ideal é os pais maximizarem as melhores características, para que os filhos possam se espelhar no que veem de bom, ensina. Segundo a psicóloga Rebeca Katz, a criança tem muita necessidade de encontrar identificação. Os traços da personalidade vêm todos dos pais, que agem como formadores durante o desenvolvimento. Ela acrescenta que é comum os adultos alterarem o comportamento ao se tornarem pais, pois, até então, ainda são filhos. “É quan-

do essa barreira se rompe e tudo muda.”

Sehnem cuida do filho Arthur, 4

Desafio em família Arthur foi diagnosticado com autismo faz menos de dois anos. Para enfrentar as dificuldades, a família toda precisa se ajudar. A rotina inclui consultas com fonoaudiólogo e visita na Apae uma vez por semana. Arthur ainda frequenta a creche de forma integral durante a semana. Foi a professora do pequeno quem apontou o comportamento. Isso fez os pais buscarem ajuda médica. Mas, desde cedo, Sehnem percebia sintomas de autismo no filho, como o comportamento arredio. Em contrapartida, Arthur sempre foi uma criança amorosa, o que confundia as suspeitas do pai. A convivência com o filho fez Sehnem desmistificar o conceito de autismo que tinha ao descobrir que a doença tem diferentes níveis. Na rotina, as atividades são todas divididas. Por ter horário de trabalho menos flexível, muitas funções ficam com a mulher Carla enquanto Sehnem estende o dia de trabalho. Quando consegue

A filha de Alves, Nathaly, mora em Arroio do Meio e ambos se veem a cada 15 dias. Mesmo assim, o pai acompanha o desenvolvimento e avanço escolar da pequena como pode

se liberar mais cedo, quem assume o cuidado de Milena e Arthur é o pai. Para a antropóloga e professora da Univates, Margarita


TAMMY MORAES

Parceria sempre O planejamento em ter um filho ocorreu de forma natural depois do casamento de Estevan de Moraes com Eliane. “Eu acredito que isso completa o casal.” O nascimento de Júlia, há dois anos, mostrou o lado mais prazeroso da paternidade, e também a necessidade de muita responsabilidade. Depois de se tornar pai, Moraes passou a reconhecer o valor dos próprios pais. “É preciso muita dedicação.” Em casa, as tarefas são divi-

enquanto a mulher realiza outras atividades. O tempo dedicado ao pequeno é cheio de aprendizado e diversão

ARQUIVO PESSOAL

Paternidade a distância

Mejía, é comum na família contemporânea existir uma divisão justa de tarefas entre marido e mulher. O papel do pai, antes de somente provedor, mudou. O empoderamento da mulher está totalmente ligado a essas mudanças. “Hoje ela também trabalha e ajuda nas despesas, por isso, as obrigações são compartilhadas em casa.”

Ramon Alves mal pode conter a expectativa durante a sexta-feira que antecede o encontro com a filha, Nathaly, 2. A cada 15 dias, ele a busca em Arroio do Meio para passar o fim de semana. Perto da data, começa o planejamento. O horário de saída deve ser marcado, para evitar o trânsito intenso entre as cidades. A menina volta à cidade natal na segunda-feira, quando Alves a leva à creche. Durante o fim de semana em que Nathaly está em Lajeado, a rotina de pai e filha envolve passeios e brincadeiras. Mesmo durante a semana, quando perdem contato direto, Alves busca acompanhá-la de perto. Monitora as atividades na creche e a mãe o deixa atualizado quanto ao estado de saúde da menina. Segundo a psicóloga Rebeca Katz, o papel do pai participativo é de suma importância no desenvolvimento de

uma criança. “É tão necessário que, quando ela não tem, precisa transferir para o avô ou um professor.” Diferentemente da mãe, o pai tem contato com a criança depois que ela nasce. Ela não o tem como pai, e sim como um homem. O vínculo se fortalece aos poucos, e depende totalmente da presença.

Quando faço algo errado, perco autoridade de cobrar atitudes positivas.”

didas. Com o tempo, o casal criou sintonia e os dois fazem o necessário para a manutenção da casa e cuidados com a filha. Para a antropóloga Margarita, são essas atitudes que fazem a desigualdade entre os sexos diminuírem. “Ainda vivemos em uma sociedade patriarcal, mas é possível construir um futuro melhor aos poucos.” O casal deve agir em parceria, reconhecendo o valor um do outro, finaliza.

A Hora – Como se dá o papel do pai em outras áre-as da sociedade? Margarita Mejía – Na classe operária, os filhos não convivem com o pai ai e nem com a mãe durannme te o dia. Ambos trabalham a criança fica de forma integral ut na escola. Nesse caso, outras pessoa s assumem o papel de pai. Não se entende por pai só quem tem autoridade pelo filho, mas sim quem socializa, educa e ajuda a criança a crescer como pessoa e como profissional. Nas áreas rurais, a figura do pai ainda é de respeito absoluto. Toda a família trabalha, mas a renda é recebida e distribuída por ele, da forma que acha mais adequada. Por isso, os jovens do meio rural estão buscando mais autonomia.

A Hora – O pai também foi criança cr um dia. O quanto a criação cr dele influencia na forma como educará os filhos? Rebeca Katz – A influência é grande. Ele traz tudo de seu desenvolvimento, dese seus aprendizados, expectativas e e o que não quer repetir. ti As A pessoas dizem que querem ser pais para fazer diferente da forma como foram criadas. Essa questão de “dar tudo o que não pude ter” vai formar a identidade daquela criança e os pais precisam encontrar um equilíbrio nessa ideia.

Éder Sehnem, autônomo

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Moda

Pai: exemplo de estilo

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roupa social é obrigação na rotina de muitos papais. Para não errar na hora de escolher a combinação perfeita, lembre-se que o caimento do traje deve ser na medida correta. Para um look mais descontraído, aposte na camisa abotoada sem gravata. Evite as de colarinho muito largo. A de modelo slim fit se ajustam bem ao corpo e são tendência na moda masculina.

Créditos: Loja participante deste editorial: Estilo Moda Masculina (3712-1727) Modelos: Douglas Cicceri (pai) e João Gabriel Soletti Cicceri (filho) / Fotografia: Tiago Bortolotto. Produção: Tammy Moraes / Assistente de produção: Lisiane da Silva

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Douglas: camisa slim W. Albann, calça Pierre Cardin e sapato Saullo, da Estilo Moda Masculina / João: camisa Carinhoso, da Pequeno Polegar


Moda

Pai: exemplo de estilo

A

roupa social é obrigação na rotina de muitos papais. Para não errar na hora de escolher a combinação perfeita, lembre-se que o caimento do traje deve ser na medida correta. Para um look mais descontraído, aposte na camisa abotoada sem gravata. Evite as de colarinho muito largo. A de modelo slim fit se ajustam bem ao corpo e são tendência na moda masculina.

Créditos: Loja participante deste editorial: Estilo Moda Masculina (3712-1727) Modelos: Douglas Cicceri (pai) e João Gabriel Soletti Cicceri (filho) / Fotografia: Tiago Bortolotto. Produção: Tammy Moraes / Assistente de produção: Lisiane da Silva

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Douglas: camisa slim W. Albann, calça Pierre Cardin e sapato Saullo, da Estilo Moda Masculina / João: camisa Carinhoso, da Pequeno Polegar


Douglas: traje Luiz Eugenio e sapato Saullo, da Estilo Moda Masculina João: camisa Tigor. T. Tigre, da Pequeno Polegar

Douglas: camisa, calça jeans Chopper e suéter Primo Santo, da Estilo Moda Masculina João: suéter Lacoste e sapato Bibi

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Cultura

Vinil: nostalgia e som único Mesmo com a digitalização da música, mídia criada nos anos 40 encontra espaço entre colecionadores TAMMY MORAES

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ntre as primeiras memórias do carioca radicado em Lajeado, Leonardo Alcântara, está o pai chegando em casa com discos de vinil embaixo do braço. Tanto ele quanto a mãe, residentes no subúrbio do Rio de Janeiro, apreciavam o melhor do samba e MPB. A infância de Alcântara foi marcada por shows inesquecíveis: Caetano Veloso, Milton Nascimento, Gal Costa. O vinil sempre esteve presente na casa da família e, mesmo com a popularização do CD e da música digital, nunca consideraram jogar os discos fora. Parte da coleção veio com Alcântara durante a mudança para o Vale do Taquari. Segundo ele, ouvir os discos de vinil é questão de nostalgia. Apesar de também consumir CDs e mídia digital, o disco é especial pelas memórias que traz. Ele também destaca o trabalho gráfico mais caprichado, que tem o tamanho como vantagem. Das duas vitrolas que tem em casa, uma foi encontrada no lixo. Reparada em Lajeado, Alcântara conta ter demorado a encontrar profissional apto a consertá-la. O cuidado com manuseio é necessário tanto com a vitrola quanto com os discos. Alcântara também ostenta na coleção discos de relançamento.

ver turistas que viajam com o objetivo de completar a coleção. Os japoneses, fãs de samba e bossa nova, são os maiores concorrentes e levam vantagem por comprar em dólar. Quando viaja, Alcântara reserva um dia somente para “garimpar” discos de vinil. Entre os estilos musicais favoritos, estão blues, jazz e samba. “Entro nos lugares mais

loucos atrás das raridades.” Se o preço está alto, o jeito é pechinchar. “Com o tempo, aprendemos o jeito certo de comprar.” Segundo ele, é possível encontrar amantes de discos de vinil no Vale do Taquari. A comunicação é por meio de grupos no Facebook, onde combinam trocas e disponibilizam discos para a venda. “Lajeado é muito ativa culturalmente.” Para Alcântara, a popularização dos discos de vinil ocorre por conta da busca pelas memórias afetivas.

Demanda

O trabalho gráfico do disco de vinil tem vantagem no tamanho maior que o CD

Garimpo por raridades Para o colecionador, Porto Alegre é hoje a melhor cidade brasileira para comprar discos

de vinil. Em comparação com Rio de Janeiro e São Paulo, os preços são mais baixos, relata. No Rio de Janeiro, é comum

[...]ouvir os discos de vinil hoje é questão de nostalgia.” Leonardo Alcântara, colecionador de discos de vinil

Os discos de vinil passaram a ser disponibilizados na Livraria Nobel Lajeado há menos de 20 dias. O sucesso de venda surpreendeu. Segundo Stella Maris Reckziegel, proprietária, a ideia de trabalhar com os discos veio da demanda. Por conviver muito com músicos, descobriu o mundo dos colecionadores. O material vem de uma distribuidora, que apresenta até discos de vinil importados. Entre os estilos musicais disponibilizados, o rock nacional e internacional é o favorito.




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