AH - Você | 25 de março de 2016

Page 1


ARQUIVO PESSOAL

Eu curto

Rapel Derivado do alpinismo, o rapel consiste em atividade de descida de paredões e vãos livres. Os itens essenciais para praticar são cordas e equipamentos adequados, combinados a acompanhamento de especialistas. Para o estrelense Brian Dias, 30, prati-

car rapel virou parte da rotina, com o fim de semana sempre dedicado à atividade. A descarga de adrenalina e o contato com a natureza são parte importante. Para Dias, o esporte ajuda até a enfrentar percalços da vida pessoal e profissional.

Inspire-se Por que pratica? Gosto do rapel pela sensação de liberdade proporcionada. Me sinto parte da natureza, com aquele sentimento bom de superação de desafios. A descarga de adrenalina causada pelo esporte é melhor que qualquer remédio. O que proporciona? Me proporciona uma sensação de paz. A adrenalina liberada por essa atividade me faz descarregar todo estresse e esquecer as preocupações da semana de trabalho. É como uma recarga de baterias, para voltar totalmente bem à rotina semanal. Como concilia com a rotina? Trabalho de segunda a sexta-feira. Por isso, aproveito como posso os fins de semana para praticar o rapel e outras atividades ligadas à natureza. Como iniciou a atividade? O primeiro contato com o rapel ocorreu no Exército. Depois de lá, me apaixonei pela sensação de contato com a natureza, de me sentir parte dela. Nunca mais parei. Aconselharia outras pessoas a praticar também? Por quê? Sim. O rapel ensina a encarar desafios, superar limites, interagir com pessoas e respeitar a natureza. Cada montanha, cascata ou ponte dá sensação de superar esses desafios. Isso me encoraja e mostra que sou capaz de enfrentar qualquer tipo de percalço na vida pessoal e profissional.

QUEM FEZ ESTA EDIÇÃO voce@jornalahora.inf.br

2 | Você. |

Brian Dias Profissão: industriário

Direção Editorial e Coordenação: Fernando Weiss - Produção: Tammy Moraes - Arte: Gianini Oliveira e Fábio Costa Tiragem: 7.000 exemplares. Disponível para verificação junto ao impressor (ZH Editora Jornalística)

SEXTA-FEIRA, 25 DE MARÇO, E FIM DE SEMANA



Comportamento

Realeza Expovale: beleza e comprometimento ESTÚDIO OBJETIVO FOTOGRAFIA

cípio de origem. “Foi quando surgiu a vontade de concorrer à corte da Expovale.” Durante o concurso, composto por diversas atividades e estudos, foi necessário comprometimento e dedicação. A ansiedade era grande. Lidar com o sentimento foi a parte mais difícil, conta Paola. “Dei meu melhor e acreditei em

meu potencial.” Como rainha, ela precisa ter conhecimento sobre a feira do Vale. “É necessário saber divulgar todas as potencialidades econômicas, sociais e culturais da região.” Tudo isso com muita humildade, hospitalidade e alegria para convidar e receber o público da feira.

Conheça a rainha Paola Lagemann foi escolhida rainha da Expovale 2016. A mais bela entre as 15 candidatas da final do concurso tem 23 anos e mora em Teutônia.

Pietra Toffani, 19, de Taquari, Paola Sionara Lagemann (centro), 23, de Teutônia, e Ana Júlia Berté, 19, de Progresso SIMONE ROCKENBACH

O

concurso de soberanas da Feira Comercial, Industrial e de Serviços do Vale do Taquari chegou ao seu resultado. A teutoniense Paola Sionara Lagemann, 23, ostenta agora a coroa de rainha da 20ª Expovale, evento que ocorrerá de 11 a 20 de novembro. Para completar a corte, Ana Júlia Berté, 19, de Progresso, foi eleita primeira princesa e Pietra Charão Toffani, 19, de Taquari, a segunda princesa. O evento reuniu mais de mil pessoas de sete municípios da região, no Complexo Esportivo da Univates. A melhor torcida da noite foi de Ana Júlia. A bela também comemorou o anúncio de candidata mais popular, com 1.002 mil votos recebidos no processo via internet. Para Alex Schmitt, presidente da Expovale, as garotas nascidas

4 | Você. |

Como se sente ao assumir um cargo tão representativo para a região? Fiquei com o coração cheio de alegria ao ser eleita. Para mim, foi um presente. Isso porque, junto das princesas Ana Júlia e Pietra, levarei comigo toda a cultura, diversidade e grandeza do Vale do Taquari. Este é um compromisso importante, exercido com orgulho e responsabilidade. Você tem formação em Gestão de Micro e Pequenas Empresas e especialização em Marketing. Por que escolheu atuar nessa área? Minha família é muito empreendedora. Temos empresa faz mais de 20 anos. Desde criança, vejo o trabalho e esforço para o crescimento de nosso negócio. Atuo faz oito anos na empresa e adoro minha profissão. Minha função é de gerente administrativa, porém trabalho em todas as frentes: logística, financeira, administrativa e comercial.

As garotas nascidas em três cidades do Vale traduzem os ideais da feira: uma festa de toda região.” Alex Schmitt, presidente Expovale

SEXTA-FEIRA, 25 DE MARÇO, E FIM DE SEMANA

em três cidades do Vale traduzem bem os ideais da feira, que é uma festa de toda a região. Segundo Paola, o orgulho de representar Teutônia é grande. “Somos um povo trabalhador, educado e hospitaleiro, que valoriza tradições.” O interesse em participar de concursos de beleza vem desde a infância. Em 2013, Paola foi eleita rainha do seu muni-

Pretende continuar estudando? Sempre fui bastante curiosa, gosto de aprender coisas novas. Por isso, pretendo iniciar segunda graduação em Design de Moda, no segundo semestre ou em 2017. Essa área também é uma de minhas paixões. Qual a importância da sua família no seu crescimento pessoal e profissional? Os meus pais, minha irmã e meu namorado são a minha base. São pessoas extremamente importantes para mim. Eles me dão todo o apoio necessário quando estou em busca de meus sonhos e objetivos. Amo muito todos eles.


Caminhos

Coluna

Diagnóstico e tratamento de TDA/H reduz risco de uso de drogas

Sério: turismo rural em morros e paredões DIVULGAÇÃO

A cidade localizada no topo do Vale do Taquari se intitula A Serra do Vale. A beleza natural estimula a visitação de grupos especializados em turismo de aventura

G

eografia diversificada com destaques para morros, vales, pequenos riachos, cascatas e paredões são características do município de Sério. O turismo de aventura ganha adeptos e as trilhas ecológicas aumentam. A qualidade do oxigênio nas matas nativas mais altas, a 600 metros de altitude, faz brotar fungos raros nas árvores. Há vários acessos para chegar à cidade. O principal deles é a ERS-421, passando por Forquetinha. No caminho, dois quilômetros antes da sede, uma pequena gruta e santuário, dedicado à Nossa Senhora da Boa Viagem, é local rústico em meio à natureza, ao pé de um morro. O local fica ao lado da estrada. Belezas naturais em meio às grutas, cascatas e paredões não faltam. Tamanha fartura da natureza estimulou um grupo de adeptos das trilhas a realizar caminhadas frequentes no município. As escaladas e rapel começam a ganhar espaço nos paredões, rochedos e cascatas. Grupos especializados em turismo de aventura miram o município em busca de adrenalina. A ONG Eco Sério tem uma proposta voltada à preservação, consciência ambiental, promoção do turismo de aventura, contribuindo para a

A fartura de natureza estimula grupos a realizar caminhadas e trilhas em Sério

estruturação do setor. Apesar da riqueza natural, o turismo ainda é uma novidade para a maioria dos moradores. Contudo, a hospitalidade e esforço para uma boa recepção são preocupações da comu-

nidade e do poder público. Cursos e treinamentos sobre o turismo rural integram a grade de ações da coordenação do setor no município, com assessoria de empresas especializadas e parceiros.

Destino certo Sério tem 2,2 mil habitantes e a economia se baseia na agricultura, mas o reflorestamento se tornou importante fonte de renda, e o setor de exploração da pedra grés marcou a economia do município. Jazidas nas localidades de Araguari, Porongos e São Francisco estão na lista do projeto turístico do município em fase de elaboração. A gastronomia é farta nos eventos das comunidades, tendo como referência o Filó Italiano que ocorre anualmente envolvendo a gastronomia italiana. Mas é durante a Noite Italiana, evento

bianual, em julho, que a diversidade de pratos típicos se põe à mesa. Visitantes de várias regiões prestigiam o evento realizado no ginásio municipal junto à sede. O cardápio é preparado por voluntários da comunidade. Próximo dali, a Igreja Matriz mostra a imponência e religiosidade do vilarejo e é circundada pela praça da matriz que proporciona uma visão ampla da área urbana e oferece um belo e aconchegante cenário paisagístico, próprio à contemplação ou uma simples roda de chimarrão.

O Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDA/H) é um dos transtornos comportamentais com maior incidência na infância e adolescência. Pesquisas realizadas em diversos países mostraram que o TDA/H está presente em 3 a 5% das crianças em idade escolar. É caracterizado por, principalmente, sintomas de desatenção, desorganização, inquietude e impulsividade. Por ser uma patologia crônica, o TDA/H pode acarretar diversos prejuízos ao indivíduo, como dificuldades na escola, na universidade, no emprego, na vida social, maiores chances de gravidez não-planejada e de envolvimento em acidentes, e maior risco de, no futuro, uso, abuso e dependência de álcool, tabaco e de drogas ilícitas, principalmente a cocaína e o “crack”. A adolescência, por si só, já é um grande fator de risco para o consumo de drogas. Trata-se de uma fase de muitas modificações físicas, psíquicas e comportamentais. É o momento que o jovem vai em busca de sua própria personalidade, identidade, e, por isso, experimenta mais novas experiências, novos riscos e desafios. E nessa fase da vida, por inúmeras motivações, muitos adolescentes acabam usando substâncias psicoativas. Entretanto, os que possuem diagnóstico de TDA/H experimentam drogas mais precocemente, usam-nas em maior quantidade, tornam-se mais dependentes e demoram mais tempo para buscar tratamento. Há também uma menor percepção do abuso, maior dificuldade de cessação do uso e menor senso crítico na escolha do grupo, por esses pacientes. Em recente estudo, desenvolvido por pesquisadores do Centro de Pesquisas em Álcool e Drogas do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, concluiu-se que jovens com Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade têm mais chances de tornarem-se usuários de drogas ilícitas que os demais jovens da mesma faixa etária. Isso significa que, diagnosticar corretamente o TDA/H, e tratá-lo, de forma adequada, pode reduzir consideravelmente o risco de uso de drogas no futuro. Também há fortes evidências científicas que apontam que o risco dos portadores do Transtorno de Déficit de Atenção/ Hiperatividade desenvolverem dependência de álcool e outras drogas é menor entre adolescentes que receberam tratamento dessa doença, durante a infância, em comparação àqueles que não receberam nenhum tratamento. Desta forma, o trabalho de identificação precoce do TDA/H e de suas comorbidades em crianças pode ser uma medida eficaz na prevenção ao uso de substâncias psicoativas na adolescência. Não que o tratamento do Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade impeça o desencadeamento do uso de drogas, uma vez que, como descrito dência química é ocasionada por anteriormente, a dependência erapêutimúltiplos fatores. Mas a terapêutibio pode ca adequada desse distúrbio ente as diminuir consideravelmente chances dos jovens com TDA/H u depense tornarem abusadores ou dentes de álcool e outras drogas.

Fábio Vitória psiquiatra

SEXTA-FEIRA, 25 DE MARÇO, E FIM DE SEMANA

| Você. | 5


DIVULGAÇÃO

Na cozinha

Receitas Salmão com espinafre e cottage Ingredientes: – 500g de salmão em filé – 1 colher (chá) de sal – 150 g de folhas de espinafre – 1/2 xícara de creme vegetal sabor azeite de oliva – 3 colheres (sopa) de uva passa branca – 1 xícara de queijo tipo cottage Modo de preparo: Tempere o salmão com metade do sal. Reserve. Em uma panela média, coloque as folhas de espinafre, tampe e leve ao fogo baixo por 5 minutos. Escorra e pique bem. Reserve. Na mesma panela, aqueça 4 colheres (sopa) do creme vegetal, junte o espinafre reservado, a uva passa e refogue por 1 minuto. Retire do fogo e junte o queijo. Reserve. Em uma frigideira, aqueça o restante do creme vegetal e frite o salmão reservado até dourar dos dois lados. Transfira o salmão para uma travessa e espalhe o espinafre reservado em volta. Se quiser, acrescente nozes picadas ao espinafre.

Sexta-Feira Santa: peixe no cardápio Os recém-pescados garantem receitas saborosas e inusitadas. Frutos do mar também ganham espaço em pratos como risotos e saladas

A

pesar de a carne vermelha de churrasco ser a marca registrada dos gaúchos, na Sexta-Feira Santa, muitos abrem mão do prato. A data cristã ocorre dois dias antes do domingo de Páscoa. Traz a lembrança dos momentos de sofrimento de Jesus Cristo. Peixes e frutos do mar são os mais buscados para a ocasião. Tainha, merluza, bagre,

6 | Você. |

A data cristã ocorre dois dias antes do domingo de Páscoa. Traz a lembrança dos momentos de sofrimento de Jesus Cristo.”

SEXTA-FEIRA, 25 DE MARÇO, E FIM DE SEMANA

salmão e bacalhau estão entre as opções. Para quem não abre mão do peixe fresco, é preciso atentar há quantos dias ele foi pescado. Ao congelar e descongelar, o peixe perde brilho e cor. As escamas brilhosas garantem o sabor. A consistência deve ser firme. Se estiver mole, é porque iniciou o processo de apodrecimento. Aproveite as dicas de receitas para ousar no cardápio do feriado.

Bacalhau à Sexta-Feira Santa Ingredientes: – 1 posta de bacalhau demolhado (já desfiado) – Macarrão – 2 cebolas – 3 dentes de alho – 1 cenoura – 1/2 pimentão vermelho – ½ pimentão verde – 150 ml de azeite – 250 ml de creme de leite – 1 ramo de salsa – Sal a gosto Modo de preparo: Cozinhe o bacalhau. Cozinhe a massa em água temperada de sal. Coloque o azeite em uma panela, junte as cebolas cortadas às rodelas e os alhos picados e deixe refogar. Antes de alourar, junte os pimentões cortados em tiras finas e a cenoura descascada e ralada e deixe cozinhar. Junte as lascas de bacalhau, envolva, adicione a massa, tempere com sal e junte a salsa picada. Adicione finalmente o creme de leite e deixe cozinhar até apurar um pouco. Sirva decorado com mais salsa picada.


Viver

Coluna

Tratamento elimina

Verdades

gordura localizada O DIVULGAÇÃO

rem o “aval” ao método. “Por ser novidade, até bem pouco tempo havia controvérsias pouco esclarecidas.”

A criolipólise congela a região da gordura subcutânea e tem resultado ideal após duas sessões

Resultado desejado

S

em uso de agulhas ou métodos invasivos, a criolipólise virou moda nas clínicas de estética. O público-alvo são pessoas incomodadas com gordura localizada, aquela difícil de perder somente com exercícios físicos. Entre as maiores vantagens do tratamento dermatológico, está a possibilidade de o paciente retornar às atividades rotineiras poucas horas depois do procedimento. Segundo a esteticista cosmecêutica da Santuário do Corpo, Djane Rodolf Berner, a criolipólise funciona por meio de um aparelho de eletroterapia moderna. Essa suga a pele e congela a região da gordura subcutânea. Como consequência, as células do tecido adiposo morrem por falta de nutrientes e oxigênio e passam a não se reproduzir mais em condições normais. Para preservar a pele, uma membrana anticongelante

é utilizada. O item é fator importante para tornar o procedimento seguro e indolor. Quando o procedimento surgiu no mercado, muitos profissionais não foram treinados para compreender a fisiologia do processo. “Nesses casos, alguns pacientes sofreram queimaduras e não atingiram o resultado desejado”, conta Djane. O método é seguro quando realizado por profissional habilitado e com aparelho de boa qualidade, garante. O procedimento só passou a ser realizado na Santuário do Corpo após estudos científicos da-

Durante a avaliação do cliente, a equipe da clínica estética busca desmistificar possíveis receios. “O método pode causar estranhamento inicial, mas basta entender a segurança do funcionamento.” Em cada sessão, é possível reduzir em média 25% da gordura localizada, diz Djane. Normalmente, o resultado ideal aparece após duas sessões, com intervalo definido conforme orientação profissional. A região onde foi realizado o procedimento pode ficar avermelhada, edemaciada e dolorida. Esses efeitos são amenizados com massagem e desaparecem logo nas primeiras horas.

cirurgião-plástico, diziam alguns, era o último dos cirurgiões-gerais. E assim foi durante muito tempo. Hoje as coisas mudaram. E como mudaram! O cirurgião-plástico se posicionou frente aos seus pares não como o “último dos cirurgiões-gerais”, mas restrito a alguns procedimentos cirúrgicos. E a vida médica e cirúrgica de quem ainda atua como o jargão acima e atende as emergências e as catástrofes que fragilizam a vida de todos nós encontra neste caminho os mais diversos tipos de pacientes. Digo isso porque tenho pensado muito a respeito dos últimos e seguidos acontecimentos que abalam e deixam atônitos os cidadãos do bem, neste país ou em qualquer outro lugar do mundo. Certa vez, atendendo um paciente, muito pobre, sob vigilância policial e que apresentava um ferimento no dorso da mão compatível com a utilização de drogas, perguntei a ele de que maneira conseguia dinheiro para satisfazer a sua necessidade química. A resposta foi: “Doutor, o senhor vive em outro mundo. No meu, vale qualquer coisa!” Esta é a verdade dele. Domingo de Ramos, participava da missa na igreja de Gramado. As pessoas reunidas, orando, meditando e cantando, me fez pensar que, ali e naquele momento, elas representavam uma parcela da população do bem, que dão valor ao amor, à convivência entre seus irmãos, o respeito às instituições, à família, aos amigos e uma vida de respeito. Muito diferente do meu paciente. Outro mundo. Mundo da perda de qualquer padrão de conduta. Pois, frente à situação que o país se encontra e o que temos ouvido do e visto nos últimos tempos, considero que a verdade de todos os envolvidos, indistintamente, tamente, é a mesma do meu paciente: aciente: vivem em outro mundo. do.

Francisco Tostes cirurgião- plástico

SEXTA-FEIRA, 25 DE MARÇO, E FIM DE SEMANA

| Você. | 7


Moda

Preparação para Début 2016

evidencia moda festa ANDERSON LOPES

O estilista Vol Fioravantte, de Porto Alegre, palestrou sobre tendências do segmento e atendeu as debutantes em busca de inspiração para o vestido perfeito

E

m comemoração ao mês da mulher, o Clube Tiro e Caça (CTC) preparou evento especial. O estilista Vol Fioravantte, de Porto Alegre, palestrou sobre as tendências e novidades para 2016 no ramo de moda festa. O público variou entre debutantes deste ano e de anteriores, mães e interessadas em aprender sobre o segmento. A ideia da palestra foi das próprias clientes do ateliê de Fioravantte que vivem na região. “Muitas comentavam do clube e que uma parceria entre nós seria produtiva.” O estilista só conheceu o CTC ao ser convidado para uma festa de début. Ficou surpreso com a estrutura do local. “Mesmo não tendo tantas debutantes quanto nos bailes de Porto Alegre, é uma tradição forte e importante.” Bastaram algumas conversas para o estilista e os responsáveis pelo clube perceberem que a parceria renderia frutos. Para Fioravantte, Lajeado é uma cidade em crescimento. As mulheres da região viajam muito e por isso estão por dentro de todas as novidades da moda. “Quando as atendo e vejo os looks que usam dá para sentir que são exigentes e antenadas.” Nas últimas visitas à região, o estilista aproveitou para conhecer Lajeado. Pelas vitrinas das lojas, percebeu que a cidade está em sintonia com as novidades oferecidas no mercado. Já em 2015, Fioravantte ministrou palestra para as debutantes do CTC. Neste ano, o cuidado foi de trazer o evento ainda nos primeiros meses para só depois as jovens desenvolverem as ideias de seus vestidos. “Agora, quero ver todas fazendo bonito durante o baile.”

Modernidade é a palavra-chave A palestra focou nas meninas debutantes, na faixa de 14 anos, que, além

8 | Você. |

do baile, começam a sair à noite para baladas e festas. Fioravantte ofereceu dicas de modelos tendências e de alguns não recomendados. As mães das debutantes também receberam atenção. “Elas têm muitas dúvidas de cor e modelo.” Segundo o estilista, a modelagem de um vestido tem o poder tanto de valorizar o corpo como prejudicar a imagem de uma pessoa. Fioravantte conta que as debutantes hoje não querem mais referências

Agora, quero ver todas fazendo bonito durante o baile.” Vol Fioravantte, estilista

SEXTA-FEIRA, 25 DE MARÇO, E FIM DE SEMANA

antigas, vindas da mãe e das avós. Os vestidos cheios de enfeite, com grandes saias de armação e várias camadas de tecido, parecem ter ficado no passado. A tendência hoje são tecidos fluidos e leves, com transparência, bordados, rendas e fenda. O trabalho do estilista é mesclar tudo sempre tendo a elegância como fator principal. Para as meninas que sonham com o vestido estilo princesa, com saia em formato de “bolo”, vale deixar a imagi-

Os tecidos fluidos são os favoritos das debutantes contemporâneas. As transparências, muito em alta, compõem os looks. Vale apostar na renda e no brilho, itens atemporais em vestidos de début e casamento


nação fluir. “De dez, pelo menos duas pedem assim.” São meninas com perfil mais romântico. O estilo não está fora de moda, somente não é muito procurado, esclarece. A fenda nos vestidos de début representa bem a tendência de hoje. “No début da época das mães, isso era impensável.” A modernidade dos modelitos vem para atrair meninas da nova geração a esse tradicional rito. “O importante é que elas se sintam bem, ao mesmo tempo dentro de seus respectivos estilos.”

Cores e referências As cores em alta para a temporada são as fortes. Entre elas, vermelho valentino, azul bic, royal ou marinho e preto. Essas valorizam as mulheres gordas. “Muitas têm receio de usar preto em um début, mas a cor é muito chique.” No ano passado, a mais procurada foi a marsala. Os dourados são sempre bemvindos, mas é preciso atenção ao biotipo da pessoa. Branco para as mães não é recomendado, diz Fioravantte. Também é preciso ter cuidado com as estampas, pois é comum aparecerem iguais durante um baile. Uma tendência para as debutantes são os vestidos na cor off white, aquele branco “sujinho”, quase puxado para o bege. Mas a maioria das meninas prefere o tradicional branco. Muitas clientes buscam referências no tapete vermelho de premiações de cinema e música. O estilista também acompanha e realiza muitas pesquisas. As referências são de cores, decotes e modelagens. Geralmente as caudas são longas para passar no tapete vermelho, mas na festa fica difícil de andar. Por isso, Fioravantte adapta o conceito das peças.

Profissionalismo O estilista gaúcho Vol Fioravantte é formado em Tecnologia de Confecção Têxtil pela Universidade de Passo Fundo. Trabalha desde os 16 anos com moda, desenvolvendo projetos para fábricas gaúchas em diversos segmentos. Sempre direciona o trabalho à criação e desenvolvimento de produto.

Acessórios

Tendências Vol Fioravantte dá a dica: na hora de pensar o vestido do début, vale procurar referências em sites ou catálogos de vestidos de noiva. A adaptação é simples, sendo retirada a cauda e o véu. Cuidado na hora de copiar modelos. Vale fazer mudanças, para não acabar com o vestido igual ao de alguma debutante do baile.

Para Fioravantte, toda debutante precisa usar luvas na hora do desfile. “Na hora da foto, também é importante não esquecer de colocar.” Para não usar as luvas brancas simples, vale levar o acessório até um estilista. A aplicação de renda ou cristais já diferencia. Quanto aos sapatos, a dica é adquiri-los três meses antes do baile. Assim, a debutante aprende a andar de salto e se acostuma aos sapatos.

FOTOS DIVULGAÇÃO

Decote O decote em estilo coração compõe o vestido da debutante romântica e contemporânea. É indicado a quem tem pouco busto, pois destaca a área do corpo com delicadeza. Pode compor modelos tomara que caia, um ombro só ou com transparências sobrepostas. Vai do gosto de cada uma.

Renda Há muitos anos, todos se “rendem à renda”. A indústria de criações de rendas e texturas traz grandes inovações todos os semestres, com diversos desenhos. A maioria dos vestidos de festa leva renda. Para as debutantes, o uso mais comum é em branco ou off-white. Quando o corte do vestido é de cintura alta, valoriza o corpo da debutante. SEXTA-FEIRA, 25 DE MARÇO, E FIM DE SEMANA

| Você. | 9


10 | Você. | FIM DE SEMANA, 26 E 27 DE MARÇO DE 2016


Objetos de desejo

Inspiração que vem de fora FOTOS ANDERSON LOPES

Torres Ei ffel

Caixa -livro Beatle s

Almo fa Torre da Eiffel

a em Arrob ica cerâm

P

aris, Londres, Nova Iorque. Esses locais mais que inspiradores podem servir de orientação na hora de montar um ambiente. As bandeiras semelhantes ditam o uso

do vermelho e azul em combinação. Para balancear, vale apostar no preto e cinza. Livros-caixa, minitorres Eiffel, pequenos carros e almofadas: no uso de itens de decoração, vale abusar da imaginação.

o orativ e dec Bigod cerâmica em

tivo Baú decora

Produtos da Todeschini

carro ca de Répli metal em

SEXTA-FEIRA, 25 DE MARÇO, E FIM DE SEMANA

| Você. | 11


Sociedade TAMMY MORAES

Bons exemplos Maria Irene (esq.) e Barbara Glufke prestigiaram a palestra dos “Caçadores de Bons Exemplos”, promovida pela JCI nessa segunda-feira (foto 1). O evento ocorreu na Univates. Os palestrantes Iara e Eduardo Xavier posam com Deise Konrad (centro, foto 2).

Por dentro das tendências 2|

As debutantes de 2016 do Clube Tiro e Caça Laura Cardoso Schmidt, Luíza Ramos Colpo, Júlia Scheid Zimmer e Luíza Fernandes Hoppe estiveram na palestra do estilista Vol Fioravantte, promovida pelo clube (foto 1, da esq. para a dir.). Nicole Delazzeri, Fabiani Delazzeri (centro) e Laura Fortuna, intercambista da Itália, também estiveram por lá (foto 2).

FERNANDA TAVARES

1| 1| DIVULGAÇÃO

Belas da SantaFlor As soberanas da SantaFlor Camila Regina Hermes (princesa), Jenifer Simonis Hermes (rainha) e Luana Beatriz Schorr (princesa) recepcionaram o público na feira que encerrou no domingo, 20 (foto 1, da esq. para a dir.). A SantaFlor vem se consolidando no trabalho de incentivo ao setor de produção de flores ornamentais na região. LEILA FRANZ

Especial a elas O Centro Técnico Márcio Santos promoveu uma tarde especial sobre maquiagem profissional em homenagem ao Dia da Mulher no Sine de Lajeado. Na foto, Márcio posa com as profissionais Monique de Lima, Thaeli Mentz e Camila Batista (da esq. para a dir.).

2|

12 | Você. |

SEXTA-FEIRA, 25 DE MARÇO, E FIM DE SEMANA


Sociedade FERNANDA TAVARES

2|

1|

Novo espaço masculino Davi Schwingel recebeu os amigos durante a inauguração da repaginação de seu espaço, a D Homme Barbershop (foto 1). Al-

berto Motta, Fernando Zart e Marcelo Motta (foto 2, da esq. para a dir.) marcaram presença .

Inauguração em grande estilo

Aniversário

ANDRESSA TRAESEL / FOTOGRAFIA

A Loja Sofia completa 20 anos neste mês. Paulo e Mara (esq.) comemoraram com as colaboradoras Lourdes e Sabrina (foto 1). Mara (centro) posa com as clientes Iria e Sônia (foto 2, da esq. para a dir.). DIVULGAÇÃO

1| O Chiyo Sushi Lajeado inaugurou nessa terça-feira com passeio de limousine, DJ Léo Braga e muitos convidados. O evento teve curadoria da agência Vintage Branding e dos empresários Hendyel Jahn e Cristiano Heberts. A noite iniciou com coquetel para imprensa e convidados e seguiu com programação especial para o público. Proprietários Hendyel Jahn e Cristiano Heberts ( foto 1), Renato e Sandy (foto 2).

2|

1|

2|

SEXTA-FEIRA, 25 DE MARÇO, E FIM DE SEMANA

| Você. | 13


Comportamento

Sucesso lajeadense na

terra da rainha Edu Bisogno vive faz oito anos em Londres. Por lá, fez carreira musical e só em 2015 trabalhou com mais de 20 bandas. O artista aproveitou a turnê de seu conjunto, Lowly Hounds, para visitar a família e rever os amigos FOTOS DIVULGAÇÃO

A banda britânica Lowly Hounds realizou shows na região para promover o primeiro EP chamado Roalling Road

C

om o teclado a postos, é hora de tocar rock and roll. Na plateia, rostos conhecidos e velhos amigos vibram ao som das canções autorais da banda britânica Lowly Hounds. Para Edu Bisogno, tecladista, passar por Lajeado em turnê é sempre especial. “Minha família e amigos de longa data vivem aqui.” Há oito anos morando em Londres, faz questão de visitar a região onde nasceu sempre que pode. De preferência, acompanhado dos colegas de banda. A intenção é consolidar a carreira da Lowly Hounds não só por toda a Europa, mas também no Brasil. Depois de ter agitado o Galera’s Rock Bar no sábado passado, a banda ainda marcou presença de forma acústica no Happy Hour Cultural do Clube Tiro e Caça. O interesse pela música acompanha Bisogno desde a infância. Veio como herança de família. O histórico é de gerações de avós e tios que trabalhavam em or-

14 | Você. |

questras e saraus. Os pais, apesar de nunca terem se interessado por instrumentos ou canto, têm vasta coleção de discos de vinil. “Meu pai até trabalhava como DJ em festas.” Quando criança, Bisogno tocou desde flauta a violão, guitarra e órgão. Já na universidade montou por diversão o Projeto Hard Working Band, no qual atuava como tecladista. A história ficou séria e a banda tomou grandes propor-

A produção cultural gerou tanta riqueza que ser músico é considerada uma profissão muito séria.” Edu Bisogno, músico

SEXTA-FEIRA, 25 DE MARÇO, E FIM DE SEMANA

ções. “Quando me dei conta, já estávamos no segundo disco.” Foi quando resolveu se juntar à Video Hits e logo alcançou sucesso. Foram contratados pela Abril Music e lançaram disco gravado em um dos melhores estúdios de música no Rio de Janeiro. Depois de terminada a Video Hits, Bisogno ainda participou de projetos pequenos, quando veio o convite para se juntar à Cidadão Quem. “Peguei o final da temporada elétrica, e entrei na fase acústica.” Em paralelo, trabalhou como músico freelancer na gravação do DVD da banda Papas da Língua. Em 2004, quando a Cidadão Quem deu uma pausa às atividades, Bisogno decidiu viajar. O destino escolhido foi Londres. “Tinha amigos estabelecidos lá.” A ideia inicial era trabalhar e fazer cursos de marketing, área em que também atuava profissionalmente. Mas com a demanda de trabalho no ramo da música “falou mais alto”.

ESTRANGEIRO

Ao chegar a Londres, o repertório conhecido por Bisogno de clássicos de soul foi muito bem recebido. “O estilo é adorado por lá.” A cada show que fazia, surgia nova recomendação. Mas a intenção era se inserir na cena musical de rock. Isso foi possível ao receber convite para se juntar ao projeto de músicas autorais de Nicko Varey. Em paralelo, Bisogno trabalha como músico freelancer, fazendo turnê com diversos artistas. A ampliação do repertório foi parte importante para a aposta na carreira musical dar certo. Capacidade de improvisação e de se ajustar aos músicos com quem trabalha também é essencial. Muitas vezes, conhece os colegas de palco somente na hora do show. “Recebo o repertório e o tom, então, na maioria das vezes tocamos sem ensaio.” Em 2016, Bisogno completou oito anos vivendo na capital da Inglaterra. O trabalho feito é somente musical. O processo foi de construção de reputação, define. “Por ser estrangeiro, temos que provar nosso valor sempre.” Londres tem cena musical forte, conta ele. As chamadas Jams Sessions são boas portas de entrada. No improviso, é possível mostrar que se toca bem. Lá, existe longevidade na carreira de músico. “A produção cultural gerou tanta riqueza que ser músico é considerada uma profissão muito séria.”


O caminho Depois de seis meses trabalhando no repertório solo de Varey, Bisogno propôs montarem uma banda juntos, em que todos tivessem participação criativa. Convidaram então um baterista gaúcho que reside em Londres e um baixista de Oxford. Em setembro de 2014, surgiu a Lowly Hounds. Já em novembro daquele ano gravaram o primeiro EP com cinco músicas, intitulado Roalling Road. Em março de 2015, a banda começou a fazer shows. A ideia sempre foi construir carreira no Reino Unido (expandindo para toda a Europa) e no Brasil. Em novembro do ano passado, os músicos pousaram em solo brasileiro. A convite de Duca Leindecker, a Lowly Hounds abriu os shows da turnê do artista. Alguns amigos acostumados a trabalhar somente como músicos freelancer questionam o motivo de Bisogno insistir em sua banda autoral. Para ele e os outros artistas da Lowly Hounds, há necessidade de criar algo novo e próprio. Nas altas temporadas, quando Bisogno trabalha intensamente

com bandas cover, tocar música autoral é um alívio. “É equilíbrio necessário para mim.” Em passagem pelo Brasil neste mês, a banda tocou em Chapecó, abrindo novamente show de Leindecker. Também se apresentou em festival musical ao lado de bandas gaúchas renomadas. Agora, a Lowly Hounds parte para São Paulo para participar de alguns shows secretos e finalizar a divulgação do primeiro EP. O próximo está sendo feito. A produção ficou por conta do baixista da conceituada banda britânica Supergrass. “Já iniciamos o processo de produção das faixas”, conta Bisogno. Ao retornarem do Brasil, finalizam o segundo EP e dão início ao processo de estratégia para o lançamento. “Isso vai elevar a banda a outro patamar.” Para Bisogno, seu maior sonho já está realizado: viver de música. Agora, torce para que a Lowly Hounds encontre seu nicho de mercado. Por uma questão de princípios, pretende sempre trabalhar como músico freelancer. “Sou eclético e sinto necessidade de

Lowly Hounds Edu Bisogno, Miggy Reynaldo, Nicko Varey e Jacob Roos www.lowlyhounds.com

circular por outros projetos.” Entre os planos futuros, está dar aulas e workshops para dividir experiências.

SEXTA-FEIRA, 25 DE MARÇO, E FIM DE SEMANA

| Você. | 15


Moda

Inspirações

para o frio

O

inverno se aproxima e com ele as roupas quentes começam a aparecer. O outono serve de preparação para a estação mais fria do ano. As cores escuras e fechadas são as favoritas. Mas há quem não abra mão do colorido. Vale combinar e ousar, com a imaginação sempre no comando.

16 | Você. |

SEXTA-FEIRA, 25 DE MARÇO, E FIM DE SEMANA


Looks produzidos pela loja

SEXTA-FEIRA, 25 DE MARÇO, E FIM DE SEMANA

| Você. | 17









Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.