FIM DE SEMANA, 11 E 12 DE JUNHO DE 2016 EDIÇÃO Nº 33
Eternos namorados Páginas 12 e 13
ANDERSON LOPES
Eu curto
Artes plásticas Marcos Gomes, 36, nasceu em Ijuí, mas mora em Lajeado. Em uma noite de insônia, assistiu a um documentário sobre o artista referência no movimento do expressionismo abstrato, Jackson Pollock. “Logo vi que era aquilo que queria fazer.” A partir dali, Gomes passou por mais dois anos de pesquisa. Encontrou então a técnica de dripping. Resolveu ir além. Misturou o estilo figurativo ao dripping, criando um método próprio, com controle da queda da tinta, que passa por imagens abstratas e desenhos elaborados e definidos.
Marcos Gomes Profissão: artista plástico e técnico em Segurança no Trabalho
QUEM FEZ ESTA EDIÇÃO voce@jornalahora.inf.br
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Por que pratica? As artes têm linguagem universal, mas a pintura permite que as pessoas deem forma aos seus sentimentos e pensamentos. Pode servir para fazer você se acalmar ou melhorar sua concentração (quando se trabalha com figuras elaboradas, as quais precisam de atenção aos detalhes). Também serve para extravasar sentimentos em uma pintura abstrata.
algo mesmo que inconscientemente. A pintura só entrou para valer em minha vida em 2004, quando conheci a artista lajeadense Nara Maia. Quando soube de seu ateliê, manifestei meu interesse pela pintura. Durante a visita ao local, ela colocou uma tela em minha frente e disse “pinte”. Na hora ri, mas ela insistiu. Foi minha primeira tela e depois dessa não consegui mais parar.
O que proporciona? Pintar é como sair de mim e ao mesmo tempo ser eu mesmo. A pintura permite que coloquemos na tela nosso verdadeiros sentimentos. Podemos usar a artes para extravasar o estresse da rotina ou para dar voz a nossas emoções. É minha forma de expressar o que sinto, o que penso, em uma cacofonia de cores que podem dizer tudo ou nada. Depende de quem vai admirar a obra.
Como concilia com a rotina? Tenho uma rotina de trabalho com a arte de pelo menos uma a duas horas por dia, seja estudando, criando ou pintando alguma tela. Porém há aqueles momentos de pura inspiração em que, independente do dia ou horário, uma ideia surge ou a tela me chama para ser pintada. A criação toma conta e normalmente só paro quando a tela está pronta.
Como iniciou a atividade? Minha história com o desenho e a pintura vem desde sempre. Não me lembro de uma fase de minha vida em que não estive riscando
Aconselharia outras pessoas a praticar também? Por quê? Sempre, seja por hobby ou por amor à arte, a pintura é para a mente e a alma o que o esporte é para o corpo.
Agenda de eventos Até
30/6
Exposição Desenho: ato contínuo Local: Sala de Exposições do Sesc Sob a técnica de desenho com grafite, pastel e aguada sobre o papel, Luciano Teston retrata um estilo realista com traços contemporâneos em meio a objetos variados, móveis, eletrodomésticos, folhagens, verduras, silos industriais e até animais.
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Exposição Memórias de Infância Local: Espaço Arte 3 da Univates A exposição é realizada pelos alunos de Pedagogia, sob coordenação das professoras Cláudia Horn e Fabiane Olegário. A atividade integra a disciplina Seminário Educação e Infância e está vinculada ao projeto de extensão Formação Pedagógica e Pensamento Nômade.
Direção Editorial e Coordenação: Fernando Weiss - Produção: Tammy Moraes - Arte: Gianini Oliveira e Fábio Costa Foto de capa: Tiago Bortolotto - Tiragem: 7.000 exemplares. Disponível para verificação junto ao impressor (ZH Editora Jornalística)
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Sem erro FOTOS TAMMY MORAES
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cheio de amor 2|
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ara não deixar passar o Dia dos Namorados em branco, às vezes, um presente basta. Na hora de escolher o mimo, pense no funcional, algo que será útil na rotina. Mas esse também é momento de presentear com aquele item que o amado sente vontade de ter há mais tempo. Vale tudo para agradar nesta data tão especial.
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1 | Perfume individual e perfume Dudalina, da Don Juan 2 | Carteiras Don Juan, da Don Juan 3 | Cueca Dudalina, da Don Juan 4 | Cueca Dudalina, da Don Juan 5 | Bolsa marrom, da Zara 6 | Cinto, da Zara 7 | Gola de inverno com franjas, da Zara
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Fala Doutor
Implantes dentários renovam sorrisos O procedimento de substituir a raiz do dente por um parafuso de titânio melhora a mastigação e aparência e tem durabilidade garantida DIVULGAÇÃO
C
om o avanço de aparatos tecnológicos, a implantodontia se tornou procedimento consolidado dentro da odontologia. O implante serve para substituir dentes perdidos, com parafuso de titânio que fica no lugar da raiz do dente. Quando ainda se tem raiz forte o suficiente para suportar uma prótese (conhecida como pivô), não é necessário realizar o procedimento. Segundo o cirurgião-dentista e traumatologista bucomaxilofacial, Jamal Barghouti, os planejamentos restauradores variam sendo os implantes: unitários, por região, formadores de estruturas para “overdentures” (próteses móveis com encaixe sobre implantes) e implantes do tipo protocolo de Branemark, que restabelecem toda arcada com dentes fixos. Existem diversas técnicas e marcas reconhecidas mundialmente. Os novos métodos chegaram para ajudar e individualizar cada vez mais os tratamentos, diz Barghouti. “A tomografia computadorizada tornou-se quase indispensável para um planejamento mais fiel.” Muitos casos são aliados aos enxertos ósseos e gengivais para reconstruir todo arcabouço que fica em volta do dente.
Qualquer pessoa adulta pode fazer implantes, diz o cirurgião-dentista. Mas é necessário ter idade óssea completa e não ter doenças sistêmicas severas ou descontroladas que contraindiquem procedimentos cirúrgicos. O tabagismo diminui muito o
Apoiadores
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sucesso da osseointegração, principal processo da implantodontia, que chega a ser de 95 a 97%, ressalta Barghouti.
Detalhes O implante é peça fixa que suporta um dente sobre ele, sal-
vo os realizados para suportar próteses móveis. Nesses casos, os implantes servem para sustentar uma estrutura em formato de barra ou estruturas em formato de bola, onde a prótese móvel será encaixada. São casos em que a oferta de osso é escassa ou em
que os protocolos fixos são contraindicados por problemas de dificuldade de higiene. Ter prótese sobre implante em vez de dentes não exclui a prática de escová-los e limpar os espaços entre eles, ressalta Barghouti. “A higiene e manutenção com o
Coluna dentista são fundamentais para que o implante e o dente sobre ele tenham vida duradoura.” Esse tempo de duração depende de cada caso. “Se for bem cuidado, pode durar o resto da vida.” O preço varia a cada caso. “É preciso pensar que é um tratamento definitivo.” Implantes unitários saem mais barato, com valor de mercado razoável, diz o cirurgião-dentista. Protocolos que restabelecem arcadas inteiras são mais onerosos. “Mas seu sorriso, eficiência mastigatória, fala, deglutição, mordida vão melhorar”. Devolver tudo isso aos pacientes traz muita satisfação ao profissional e aos pacientes, conta o cirurgião-dentista. “Não vendemos apenas sorrisos e dentes, e sim saúde bucal e qualidade de vida.”
Procedimento necessário Segundo Barghouti, na maioria dos casos de pacientes que necessitam de implantes, há maus hábitos de higiene dental. Não usam fio dental, dispensam boa escovação, uso de flúor e acompanhamento regular do dentista. Também há casos de pacientes que sofreram acidentes de trânsito. “Ao quebrar a raiz, o implante se torna necessário.” Por que o implante é considerado um dos maiores avanços da odontologia? Porque, ao se perder um dente, pode-se repor com um parafuso. Esse processo substitui as raízes dentárias. Aquela pessoa que usa prótese total (dentadura) pode ter seu sorriso de volta com os implantes. Com a dentadura, muitos não conseguem mastigar bem, falam com insegurança e essa prótese não tem boa estética. Dura por quanto tempo? Depois dos dois anos com o implante, se ele durou até ali, vai se manter por bastante tempo. Em caso de complicações, para retirada do implante, é uma cirurgia complexa. Por que em fumantes esse tempo pode diminuir? Porque o osso fica menos oxigenado. Isso prejudica a vascularização da gengiva. A indicação é ficar sem fumar um mês antes e um mês após o procedimento. Com isso, muitos dos meus pacientes deixaram de fumar, o que é melhor para a saúde e garante a durabilidade do implante. Quem pode receber um implante? Há pré-requisitos. Ao chegar no consultório, o paciente se torna um candidato ao procedimento. Depende da saúde geral, se tem problemas cardíacos ou outros. Isso pode ser resolvido com o aval do médico, que envia uma carta liberando o paciente. Na hora da cirurgia, se o paciente for hipertenso, o sangramento é maior, por mais dias, e isso dificulta o procedimento. Quem tem diabetes é o contrário, não sangra muito. Esse sangramento é necessário, pois há cálcio no sangue.
Os problemas costumam começar ainda na infância, com as cáries.” Jamal Barghouti , Cirurgião-dentista
Quais os cuidados necessários após o implante? O cuidado após colocar o implante é com a higiene. Além do acompanhamento com o dentista de seis em seis meses. Se ocorrer algum problema nesse período, é possível consertar. Se necessário, coloca-se enxerto ósseo e de gengiva. Depois de um tempo com o implante, esse acompanhamento pode ser uma vez ao ano. Na alimentação, não há restrições.
Doutor Jamal Saleh Barghouti CRO - 10.945
Menos é mais Uma frase do consultor financeiro americano Dave Ramsey levou-me a questionar sobre o que de fato importa na vida: “Compramos coisas que não precisamos, com dinheiro que não temos, para impressionar pessoas as quais não gostamos”. Desde a Revolução Industrial no século 18, nosso sistema econômico é baseado no consumo. Os gênios do marketing desenvolveram fórmulas para nos transformar em compradores mecânicos que sempre querem mais e mais novo. Economistas veem no crédito e no consumo saídas para o atoleiro da nossa economia. Disse o Papa Francisco: “O consumismo incentivou-nos o hábito do desperdício. A comida que se deita fora é como se fosse roubada aos pobres e aos famintos”, usando a fé para alertar o seu rebanho sobre o consumo sem limites. Estudos de organizações internacionais oficiais ligadas ao meio ambiente dizem que em 2010 a Terra precisava de 1,5 ano para produzir os serviços ecológicos que seus sete bilhões de habitantes utilizavam em um ano. Hoje, seis anos após, é necessário 1,6 ano. Ou seja, precisamos retardar o consumo desses serviços, sob pena de esgotamento e entrar em sintonia com o meio ambiente e a ecologia. Nem tudo está perdido. As novas gerações já se preocupam com isso. Pesquisa da consultoria americana Harris, realizada em 2014, dá uma ideia de quanto o verbo “ter” vem perdendo espaço para o “vivenciar” na cabeça dos “millenials”, jovens entre 18 e 34 anos estudados. Do grupo de pesquisados, 78% preferem gastar em experiências (cursos acadêmicos, morar em outro país) em vez de adquirir um bem material palpável, e 55% investem cada vez mais em eventos (viagens, intercâmbios). Estudos do cientista australiano Robert Crocker, diretor de Zero Waste AS (Centro de Pesquisa para o Designs sustentável da Universidade Sul da Austrália) recomendam novas formas de desenhar, produzir e usar produtos e utilizar serviços. A receita passa pela concepção da durabilidade, reutilização e reciclagem. Tudo feito para que a vida continue a ter um sentido mais verdadeiro.
Nédio Castoldi oftalmologista
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Sociedade FOTOS LISIANE DA SILVA
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Casa Nostra realiza Encontro do Vinho
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O proprietário da Casa Nostra, Dornei Delazeri (foto 5), recepcionou o público que acompanhou o Terceiro Encontro do Vinho, no dia 3. Entre os convidados, os casais Jandir e Tania Neves (foto 2), Vera e Luís Plein (foto 1), André Mallmann e Juliana Tarter (foto 4). Os amigos Galiardo Fornari e Alexandro Weber (foto 3) também marcaram presença. O evento contou com a participação do presidente da Confraria do Vinho Amigos do Baco, José Paulo Wedig (foto 5).
FOTOS LISIANE DA SILVA
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CTC promove Semana do Meio Ambiente O casal Leticia Vargas Wendt e Evandro Anschau (foto 1) acompanhou a abertura da Semana do Meio Ambiente do Clube Tiro e Caça (CTC). A atividade ocorreu no dia 5, no Salão Panorâmico. A descontração ficou por conta da
Orquestra do Sesi. As amigas Aline Eick Lopes, Fernanda Bucker e Mirian Bucker (foto 2) também prestigiaram a apresentação. Na plateia, estavam ainda Marciano Polido, Patricia Link, Carlos Henrique Hickmann e Elaine Gerhard (foto 3).
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EDUARDO AMARAL
FOTOS LEILA FRANZ
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Arte com gravuras no Sesc Betina Duraiski (foto 1) conferiu a exposição Desenho: Ato Contínuo, do arquiteto Luciano Teston. A arte com gravuras em grafite foi apresentada na exposição do Sesc de Lajeado. Amélia Brandelli (foto 2) também prestigiou.
Dia sem Carro na Univates Família reunida no Arte na Escadaria em Estrela
Estimular práticas saudáveis foi o objetivo do Dia sem Carro na Univates. A mobilização incentivou o deslocamento da população a pé ou de bicicleta. Entre os atuantes da iniciativa, estavam os casais Jorge Schnack e Catiane Haas (foto 1), Camila Reiter e Eduardo Darde (foto 2). A animação da atividade ficou por conta da atração musical banda Jon&Rock, no palco Amigos da Rádio Univates. FOTOS FERNANDA TAVARES
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O casal Marcelo Petry e Kátia Barbieri Becker Del Wing passeou com Pietra Petry no Arte na Escadaria, em Estrela. O evento, que reuniu apresentações musicais, trabalhos artesanais e a venda de comidas em barracas, ocorreu no dia 5. A atividade é realizada no primeiro domingo do mês, das 10 às 17h.
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FOTOS ANDERSON LOPES
Comportamento
Amor à
prova de distância Neste Dia dos Namorados, muitos apaixonados comemoram longe de seus pares. O namoro a distância tem percalços, por isso, o diálogo, a confiança e a perseverança são importantes para manter o relacionamento saudável
A
comunicação virtual e a popularização das redes sociais facilitam a preservação dos relacionamentos a distância. Mesmo longe, os casais conseguem encurtar a lonjura ao se comunicar todos os dias. Ciúmes e desconfiança fazem parte das dificuldades enfrentadas, mas é preciso medir os sentimentos. Com a recompensa da companhia, o amor e a força de vontade falam mais alto. Depois de dois anos de namoro e companheirismo, a chamada para servir ao Exército assustou os namorados Felipe Fucks e Jéssica Mallmann. “Passávamos todos os fins de semana juntos, estávamos acostumados”, conta ela. A primeira vez que o casal se viu foi em uma festa. A identificação foi recíproca e logo trocaram as primeiras palavras. Depois daquela noite, o contato foi pelo Facebook. Jéssica deu o primeiro passo, enviando um convite de amizade na rede social. Quanto mais conversavam, mais percebiam o quanto tinham em comum. Se conhecer melhor antes de qualquer coisa foi o mais importante. Logo
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após um mês, Fucks fez o pedido. Queria ser namorado de Jéssica. “Foi rápido, mas eu não tive dúvidas. Aceitei”, relembra. Em fevereiro deste ano, veio o chamado: Fucks deveria ir para o quartel em São Gabriel. Logo depois da mudança, os namorados ficaram mais de um mês sem se ver. “Foi estranho. Senti muitas saudades”, comenta Jéssica. Hoje, os dois se veem a cada 15 dias, quando Fucks é liberado. O contato, antes constante, agora ocorre só à noite, via telefone. “Ele não é autorizado a mexer no celular durante o dia”, conta ela. As redes sociais são aliadas do relacionamento a distância. Se não fosse por isso, se falariam ainda menos. No fim
Assim como a distância pode ser necessária para algumas relações, para outras, pode ser destruidora psicóloga, Rebeca Katz
de semana, quando Fucks vai à casa de Jéssica, aproveitam para matar a saudade e colocar o papo em dia. A relação aberta e sincera garante a amenização dos percalços. “É preciso confiança e diálogo, falar para o outro o que pensamos e sentimos.” Da parte de Jéssica, a maior preocupação é se ele está bem e como foram as atividades rotineiras no quartel. O ciúmes faz parte, diz. A família apoia o namoro,
enquanto alguns amigos questionam o motivo de continuar o relacionamento a distância. “Mas isso se resolve com conversa”, pondera ela. Não há receita mágica para fazer o namoro dar certo. A vontade de continuar é o que move. “Quando se gosta de alguém, não importam as dificuldades. Tem que querer.” Segundo Jéssica, não é fácil, mas no final a recompensa do amor vale a pena.
Um olhar aprofundado Segundo a psicóloga Rebeca Katz, para superar a distância em um relacionamento depende da vontade de cada um. Em alguns casos, estar separado até melhora a relação. Para manter a união, não há regras e a perseverança para estar junto é o que conta. Jornal A Hora – Afinal, namoro a distância funciona? É possível dar essa resposta ou depende de cada caso? Rebeca Katz – Não acredito que numa relação a distância se trate de funcionar ou não. É relativo e o que dá certo para um casal pode não dar para outro. É impossível compreender como se mantém um elo entre um par sem conhecer os indivíduos. No entanto, podemos divagar nas motivações de cada um em optar por um compromisso a distância. É compreensível que todos dirão que primeiro se apaixonaram e depois descobriram que a lonjura seria necessária. Porém, será que só o amor mantém uma relação a distância ou há outros incentivos internos? Jornal A Hora – A maneira como a relação começou (de perto ou de longe) influenciará em como esse relacionamento ocorrerá a distância? Rebeca – A forma que cada um se vincula ao outro para formar um casal, sem dúvida, é a parte mais importante. Contudo, o que existe dentro da pessoa é o que tornará a distância suportável. É preciso considerar o momento em que os futuros namorados decidem ficar juntos. Eles sabem desde o início que será um relacionamento só de encontros marcados, ou foi preciso se separar após um período de namoro? Certamente influencia as motivações internas de cada um. Assim como a distância pode ser necessária para algumas relações, para outras, pode ser destruidora. Deve assustar pensar que estar longe pode ser bom para alguns casais, já que convencionalmente as pessoas acreditam que o vínculo só se dá pela aproximação, mas aqui estamos falando de humanos, em que todas as formas de amor são aceitas.
Agenda programada Foi em uma festa em São Paulo que João Vieira e Letícia Heisler tiveram o primeiro contato. Ela, de Lajeado. Ele, de Matinhos (PR). Depois de muita conversa, Vieira anotou o telefone de Letícia e garantiu que entraria em contato. Ela duvidou da promessa dele de viajar ao RS para visitá-la. “Eu não acreditei nele.” Depois de dois dias, a tela do celular de Letícia se acendeu com uma mensagem SMS de Vieira. Ele perguntava quando poderia vir. Combinaram uma data, ele comprou passagem e embarcou rumo a Lajeado. No mês seguinte, se encontraram novamente. Entre uma visita e outra, o interesse de um pelo outro crescia. Depois de três meses, veio o pedido de namoro. Letícia aceitou e assumiu o desafio de manter o relacionamento a distância. Após quatro anos, mesmo longe um do outro, o casal mantém o namoro firme e forte, cheio de planos para o futuro. Com
a agenda programada, as visitas ocorrem a cada três semanas. “A vantagem é que não é tão longe”, diz Letícia. Por ter um trabalho com horário flexível, Vieira consegue passar até seis dias perto da amada quando vem a Lajeado. O casal se reveza, e Letícia também viaja ao Paraná regularmente. Vieira chegou a se mudar para a região e morou quase um ano em Lajeado. A vida juntos foi sem percalços, conta ela. “Nos demos muito bem morando juntos.” Mas, em função da pouca demanda de trabalho, ele teve que voltar para Matinhos. “Por enquanto estamos considerando como vamos fazer para ficar juntos novamente.” Para Letícia, o ciúme deve ser deixado de lado em um relacionamento a distância para não atrapalhar o namoro. É importante cada um ter sua liberdade e para isso é preciso muita confiança. “Para finalizar, o companheirismo é essencial.”
Jornal A Hora – O que o casal precisa fazer para manter a saúde do relacionamento a distância? Rebeca – Não há regras para manter uma união, nem perto, nem longe, tampouco, receitas milagrosas ou medicamentos. Para estar junto, basta querer. O conflito só será um problema se alguma das partes não estiver feliz, se houver algum prejuízo do funcionamento da relação ou se o que é suficiente para um não for mais para o outo. Então, se questionar, pensar e repensar, sozinho e com o par, conversar e se expressar, não há outra forma saudável de lidar com as dificuldades. FIM DE SEMANA, 11 E 12 DE JUNHO DE 2016
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Moda
Amor e estilo
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Dia dos Namorados, apesar ser em um mês frio, promete esquentar os corações dos gaúchos. Roupas e acessórios de inverno são presentes sempre bem-vindos. Para ele, aposte nas camisas sociais, suéteres e roupas de manga longa. Os coletes são peças práticas e essenciais. Enquanto isso, os vestidos de tecidos mais grossos garantem o aquecimento e estilo dela.
Ela: casaco Alpelo e vestido Ellen Detoi, da Star Modas Ele: Calça jeans Sawary, camisa estampada Pacific Blue e colete, da Star Modas
Créditos: Loja participante deste editorial: Star Modas (3748-6168) Modelos: Jairo Dhein (Agência Four Models) e Jocelaine Bogner Fotografia: Tiago Bortolotto Produção: Tammy Moraes Beleza/Assistente de produção: Ana Laura Munhoz
Ela: jaqueta branca Alpelo, camisa cropped com mangas e calça Anselmi, da Star Modas Ele: suéter masculino Broken Rules, calça jeans Sawary e camisa, da Star Modas
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Ela: Blusa Anselmi e saia bicolor camurça Stazione, da Star Modas Ele: camisa Dixie Jeans, suéter Broken Rules e calça Ellus, da Star Modas
Ela: capa feminina Anselmi e vestido canelado ombro tricot Ellen Detoi, da Star Modas Ele: camisa Pacific Blue e calça Ellus, da Star Modas
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Cultura
Apresentação do Ballet Russo
marca Dia dos Namorados
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espetáculo Stars of the Russian Ballet – A Excelência do Ballet Russo toma os palcos do Teatro do Centro Cultural Univates neste domingo, 12. Ocorre às 20h e os ingressos variam de R$ 60 a R$ 200. A apresentação busca manter a tradição do ballet, adicionando toques de contemporaneidade. Apresenta os melhores momentos de O Quebra-Nozes, A Bela Adormecida, Spartacus, Cinderela, Carmen, Romeu e Julieta, O Lago dos Cisnes, Scheherazade, Corsário, Tarantelle, Dom Quixote e Bolero de Ravel. A apresentação tem duração de uma hora e 40 minutos. Em 2016 a companhia passa por quatro regiões do Brasil. Mais de 50 profissionais se revezam, divididos em dois grupos, na programação entre as cidades. A iniciativa de trazer a companhia ao Brasil é do produtor Augusto Stevanovich, com apoio do Ministério da Cultura da Rússia. Sua intenção é popularizar o ballet russo em todo o Brasil e preservar a herança da coreografia e da Europa Ocidental. “Levar o espetáculo do Amazonas ao Rio Grande do Sul é um grande desafio.” Segundo ele, a emoção fica marcada para toda vida e fideliza público, diz Stevanovich. Para ele , o espetáculo é inesquecível, apresentado em um novo formato de ballet clássico que faz parte do projeto cultural da Rússia no Brasil. “A cada cidade onde vamos levamos sentimento ao público. Essa emoção fica marcada para toda vida.”
Missão de vida Augusto Stevanovich, diretor da turnê na América Latina, é descendente da família Bouglione, com tradição artística na França. Segundo ele, seu objetivo é incentivar a arte e popularizar a dança clássica
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FOTOS DIVULGAÇÃO
Teatro do Centro Cultural Univates recebe espetáculo. Turnê busca manter tradição do ballet
no Brasil, trazendo uma das mais tradicionais companhias de ballet do mundo, o Ballet Nacional da Rússia.
Por onde já passaram no país neste ano? Esta configuração de solistas principais é exclusiva para a programação latina. Iniciou pelo Brasil, depois segue para todos os países latinos, com o objetivo de popularizar a cultura russa e o ballet clássico.
Como foram as apresentações? Iniciaram em São paulo, no dia 24 de abril. Depois, passaram por Campinas, Ribeirão Preto, São José dos Campos, Santos, Rio de Janeiro, Vitória, Salvador, Teresina, Fortaleza, Maceió, Recife, Porto Velho e Rio Branco. No fim de semana passado, tiveram casa lotada em Porto Alegre e seguem para as 20 cidades, além das 27 capitais onde estarão todos os anos com novos artistas de diferentes teatros da Rússia.
O espetáculo ocorre a partir das 20h, no Teatro da Univates. Ingressos variam de R$ 60 a R$ 200.