AH - Você | 04 de junho de 2016

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FIM DE SEMANA, 4 E 5 DE JUNHO DE 2016 EDIÇÃO Nº 32

Bem aquecida: sobreposição fashion Páginas 8 e 9


Eu curto

Inspire-se Por que pratica? Para mim, andar a cavalo é a melhor maneira de esquecer dos problemas diários e renovar as energias. Sempre tive forte ligação com esses animais. Eles fazem me sentir mais leve. Eu até brinco que meu único amor até então são os cavalos. O que proporciona? É um sentimento recíproco, e os cavalos transmitem muito amor e paz. Um simples olhar basta. Não existem palavras para traduzir o que sinto por eles. Andar a cavalo me proporciona bem-estar e felicidade. Como iniciou a atividade? Comecei a andar a cavalo aos 7 anos, por influência do meu pai. Ele sempre praticava com os amigos, além de ter alguns animais. A ligação com os cavalos vem desde muito pequena. Quando andei pela primeira vez, me encantei.

Martina Zagonel Profissão: modelo

Andar a cavalo O tiro de laço passou a fazer parte da vida de Martina Zagonel, 23, ainda na infância. O amor pelos cavalos a motivou a acompanhar a irmã no esporte. A participação em rodeios veio depois e o primeiro troféu, conquistado em Capitão, incentivou ainda mais. Hoje, Martina foca no Freio de Ouro. “Amo acompanhar, é um esporte lindo.” As competições reúnem toda a família. “Poder conciliar isso tudo com meu animal favorito não tem preço.”

QUEM FEZ ESTA EDIÇÃO voce@jornalahora.inf.br

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Como concilia com a rotina? Hoje, ando a cavalo quando vou até a cabanha do meu cunhado. Antes, mantinha minha égua em uma hotelaria, mas, quando parei de laçar, nós a deixamos no local. Além de adorar a fazenda, posso estar perto das pessoas que amo. Aconselharia outras pessoas a praticar também? Por quê? Sem dúvidas. Andar a cavalo é muito bom por diversos fatores. Além do bem-estar, acaba sendo um esporte que trabalha os músculos do corpo. Do meu ponto de vista, cavalos são seres que transmitem um sentimento muito bom e verdadeiro.

Agenda de eventos Até

30/6

Exposição Desenho: ato contínuo Local: Sala de Exposições do Sesc Sob a técnica de desenho com grafite, pastel e aguada sobre o papel, Luciano Teston retrata em suas obras um estilo realista com traços contemporâneos em meio a objetos variados, móveis, eletrodomésticos, folhagens, verduras, silos industriais e até animais.

7/7 Show Nando Reis e Os Infernais Local: Clube Tiro e Caça. Horário: 21h30min Em comemoração ao centenário do CTC, Lajeado recebe no palco do Salão Social do clube o rockeiro Nando Reis. Os maiores sucessos do artistas prometem agradar todas as gerações. Reis ficou conhecido como um dos maiores compositores de sua geração, compondo canções como Diariamente, em parceria com Marisa Monte, All Star, O Segundo Sol e Relicário, gravados por Cássia Eller.

Direção Editorial e Coordenação: Fernando Weiss - Produção: Tammy Moraes - Arte: Gianini Oliveira e Fábio Costa Foto de capa: Tiago Bortolotto - Tiragem: 7.000 exemplares. Disponível para verificação junto ao impressor (ZH Editora Jornalística)

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Fala Doutor

Cirurgias plásticas:

estética e necessidade Rinoplastia, lipoaspiração e cirurgia redutora e reposicionadora da mama estão entre os procedimentos mais realizados no país

A

cirurgia plástica, seja reparadora ou estética, é motivada por diferentes fatores. A primeira serve para corrigir alguma deformação congênita ou adquirida. A segunda, para melhorar algo que não agrada. No Brasil, a procura pelas cirurgias plásticas cresce. Em 2014, o país ultrapassou os Estados Unidos e se tornou líder em número de cirurgias plásticas no mundo. Segundo a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (Isaps), a maioria das operações é de lipoaspiração e colocação de prótese de silicone nas mamas. Em seguida, vêm redução de mamas, abdominoplastia e blefaroplastia (ci-

rurgia na pálpebra). Muito além da vaidade, a busca pelo físico ideal tem motivos particulares. Estudo realizado pela Sociedade Americana de

Cirurgiões Plásticos (Asps) com mais de 600 homens e mulheres concluiu que 75% dos entrevistados acreditam que melhorar a aparência significa desenvolver o viés emocional, psicológico e social de suas vidas.

Nas redes sociais

Em 2014, o país ultrapassou os Estados Unidos e se tornou líder em número de cirurgias plásticas no mundo.”

Segundo dados da Academia Americana de Plástica Facial e Cirurgia Reconstrutiva, um em cada três cirurgiões plásticos registrou aumento nos pedidos de procedimentos por preocupação dos pacientes de como são vistos nas redes sociais. O total corresponde a crescimento de 10% no número de rinoplastias, 7%, em implantes de cabelo e 6%, em cirurgias da pálpebra em relação aos anos de 2012 e 2013.

Rinoplastia em detalhes Cirurgia plástica indicada para correção estética do nariz, a rinoplastia tem diversas possibilidades. Entre elas, estão o aumento ou diminuição do nariz, projetar a ponta, afinar as asas nasais e diminuir o popularmente conhecido como “osso” do nariz (giba óssea). A principal indicação é para quem está insatisfeito com o formato natural do nariz.

Apoiadores

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A cirurgia é comumente associada a outros procedimentos, como correção do septo nasal e a retirada de parte dos cornetos nasais (carne esponjosa), que aumenta de tamanho quando há alergias como rinite. O procedimento é indicado na idade em que o desenvolvimento facial esteja concluído, a partir dos 15 anos de idade.


Coluna

Cirurgia redutora O procedimento de redução das mamas é indicado quando essas são de tamanho e peso acima das características anatômicas do tórax. Além do tratamento de reconstrução da mama, há a preocupação com a estética dos seios grandes, que podem gerar incômodo nas mulheres. Entre os cuidados antes da cirurgia, está parar de fumar. Isso porque o fumo aumenta o risco de necrose tecidual. Para realizar a cirurgia, o ideal é que o desenvolvimento da mama esteja completo. Isso ocorre por volta dos 17 anos. Caso o período não seja respeitado, a paciente pode ter de se submeter à segunda cirurgia quando os seios estiverem completamente desenvolvidos. Essa exceção ocorre em caso de dores nas costas e desvio da postura.

As cirurgias plásticas no Vale do Taquari Na região, a rinoplastia e a cirurgia redutora e reposicionadora das mamas estão entre os procedimentos mais comuns. Segundo o médico Wilson Dewes, tanto homens quanto mulheres buscam a rinoplastia. Dewes é especialista em Otorrinolaringologia, qualificado em Cirurgia Crânio-facial pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvicofacial e Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço. É membro internacional da American Academy of Facial Plastic and Reconstructive Surgery e membro titular da Academia Brasileira de Cirurgia Plástica Facial.

Jornal A Hora – Quais os procedimentos de cirurgias plásticas mais comuns em Lajeado? Wilson Dewes – A rinoplastia é procurada por homens e mulheres por conta de insatisfações estéticas com o nariz. Também querem corrigir anomalias de crescimento, desvio de septo, problemas respiratórios e distorções causadas por traumatismo. A cirurgia redutora e reposicionadora da mama entra na lista de procedimentos mais comuns. Junto a essa, a lipoaspiração é bastante popular no Brasil. Quais são os cuidados necessários e os riscos? Dewes – Toda cirurgia plástica é um procedimento cirúrgico, ou seja, envolve riscos. O paciente precisa se submeter a uma avaliação completa e criteriosa. Não realizamos plástica em quem não apresente boas condições de saúde, por exemplo. Os anestesistas avaliam todas as condições dos pacientes.

A plástica é uma cirurgia como as demais.” Wilson Dewes, especialista em cirurgias

Qual é o intervalo ideal para que seja feita nova plástica? Dewes – A plástica é uma cirurgia como as demais e inclusive apresenta os mesmos riscos. Para que seja feita uma cirurgia simultânea (mais de uma ao mesmo tempo), é preciso avaliar o quadro do paciente. Realizamos muitas dessas cirurgias como redutora e reposicionadora da mama e lipoaspiração. Mas o recomendável é que ocorra um intervalo de cicatrização natural, com período de 10 a 12 meses.

Doutor Wilson Dewes Clínica Dr. Wilson Dewes

Entre médicos e vizinhos Comumente nossos pacientes com câncer, mesmo com aquela convicção de cura, voltam para a consulta de revisão tomados de ansiedade, expectativa e dúvidas. Dormir na noite anterior um sono leve e relaxante é um verdadeiro ato de heroísmo. Entre as consultas, os dias que antecedem esta revisão são os piores. Neste meio tempo, o paciente encontra um amigo, que por sua vez teve um parente, que por sua vez fez um tratamento e tudo deu errado ou foi desgastante. Também sempre tem um vizinho, que tem um amigo ou parente, que fizeram uma quimioterapia e ele quase morreu de tanto efeito colateral. Não adianta, na maior das boas intenções as pessoas que nos cercam tentam nos ajudar, as vezes de uma forma inadequada. O câncer é uma doença que, invariavelmente, carrega mitos, temores, crenças e, não menos frequentemente, deixa cicatrizes físicas e emocionais. Neste mundo tão informatizado a internet costuma ser um local para procura de informações que possam minimizar angústias. Muito cuidado! Sites de instituições e até mesmo blogs de pacientes realmente podem ajudar, podem ser confiáveis, mas o câncer não é uma doença padronizada. Quero dizer que cada caso tem sua particularidade. As ciências humanas caminham para a personalização dos tratamentos. Ao lançar um olhar sobre cada caso e nuanças, estamos em contraponto ao fato de que toda e qualquer informação genérica pode ser reproduzida para qualquer um. Podemos encontrar uma tendência geral, mas tanto os médicos quanto os pacientes precisam estar atentos para as demandas de cada indivíduo. Em outras palavras, todo apoio é bem-vindo, mas ninguém melhor do que o seu médico de confiança para tirar as dúvidas. O horário da consulta tem de ser aquele momento em que tudo é esclarecido, na maior das transparências e sem barreiras. A escrivaninha é e deve ser apenas uma barreira física, não mental. Só assim caminharemos juntos em direção à cura do câncer. Você tem medo de esquecer algum detalhe, surge aquele branco na hora mais crucial e aguardada da consulta? Por que não fazer um bloco de anotações? Não tenha medo, a consulta é o seu momento, e nessa relação médico e paciente não há palavras erradas, existem sim conceitos e ideias a serem corrigidas.

Leandro Brust oncologista

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Moda

Sobreposição de inverno

N

Calça disco pants, blusa Amícia e jaqueta da Sintonia da Moda

Saia Shop 505, blusa e colete da Sintonia da Moda

a época mais fria do ano, o importante é ficar aquecido. Para manter o look em dia, as sobreposições bem pensadas podem ajudar. Aposte na mistura de elementos rotineiros, clássicos e glamurosos, tanto em tonalidades próximas quanto em cores diferentes. Não esqueça de combinar texturas. Tudo vai depender da ocasião.

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Calça jeans Crocker, camisa jeans Pitchfork e colete da Sintonia da Moda

Vestido e casaco de lã Julia’s Closet da Sintonia da Moda Calça jeans Crocker, blusa La Qualité e colete franjas Top Orange da Sintonia da Moda

Créditos: Loja participante deste editorial: Sintonia da Moda (3748-9134) Beleza: Bel Room – Betina Lenhard (9944-7612) Modelo: Lauren Dexheimer Fotografia: Tiago Bortolotto Produção: Tammy Moraes Assistente de produção: Ana Laura Munhoz

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Beleza

Procedimento repara

marcas na pele DIVULGAÇÃO

A técnica reconstitui cicatrizes e deformidades resultantes de cirurgias médicas e estéticas micropigmentação paramédica é o processo de implantar pigmentos na derme. Dessa forma, é possível desenhar sobrancelhas, delinear olhos e preencher lábios. Também é possível cobrir falhas na pele, couro cabeludo e repigmentar mamilos após reconstrução da mama. Para a micropigmentadora da Clínica Santuário do Corpo, Vanessa Dadall, o procedimento tem o poder de devolver a autoestima aos pacientes. “Lidamos com pessoas com forte carga emocional.” Segundo Vanessa, há casos em que a micropigmentação é utilizada depois de uma cirurgia plástica, em que o resultado desejado não foi alcançado totalmente. “A pessoa fica frustrada por conta das expectativas de ficar tudo perfeito pós-cirurgia.” Às vezes, o corpo não se recupera como o esperado, ressalta a profissional. No caso de pacientes com câncer de mama ou outras

apto. Procedimentos em pacientes pós-cirúrgicos são feitos somente com autorização médica, ressalta a profissional. Vanessa também realiza a micropigmentação de sobrancelhas, olhos e lábios.

Técnicas

A

– Repigmentação ou aumento de aréolas. – Restauração de complexo mamilo-areolar pós-cirurgia de mastectomia. – Camuflagem de cicatrizes brancas e planas. A técnica da micropigmentação pode ser utilizada de forma estética para desenhar sobrancelhas e preencher lábios ARQUIVO PESSOAL

doenças que deixaram marcas físicas, o paciente passou por processo doloroso e traumático. “Lido diretamente com o resgate da autoestima e o procedimento representa a possibilidade de retomar a rotina.” A quantidade necessária de sessões de micropigmentação depende do caso e da região do corpo. “A pele de cada paciente reage de forma diferente.” Durante a cicatrização, é comum uma parte do pigmento ser expelida. Caso aconteça, é necessária nova aplicação. A média é de três a quatro ses-

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A micropigmentadora Vanessa Dadall é especialista na técnica

sões, com intervalo de, no mínimo, 30 dias. Durante o procedimento, são usados anestésicos, por isso, o desconforto é mínimo, diz Vanessa. Segundo ela, a recuperação é tranquila e entre os cuidados necessários estão não se expôr ao sol nos primeiros dias e hidratar bastante a região. O primeiro retoque é feito após 45 dias. O efeito do procedimento dura em média três anos. Antes da micropigmentação, é feita avaliação do paciente, para definir se está

– Diminuição da tensão de cicatrizes retraídas. – Estímulo da melanina em pequenas manchas de leucodermia. – Repigmentação de acromias (vitiligo passivo). – Reposicionamento e simetria da vermilha em sequelas de lábios leporinos ou fendidos. – Reposicionamento de sobrancelhas em sequelas de queimaduras.


Beleza

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Sociedade FOTOS TAMMY MORAES

ARQUIVO PESSOAL

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Foco no veganismo 1|

Queli (esq.) e Bruna Radavelli marcaram presença na primeira edição da Feira Vegana de Lajeado. O evento reuniu expositores de todo o estado (foto 1). Também estiveram por lá Luana (esq.) e Césinha Wollinger (foto 2).

Em busca de conhecimento Emanuele Battisti (esq.) e Djane Rodolf Berner, proprietária da Santuário do Corpo, participaram do Congresso Estética In Rio. Para Djane, é importante sempre buscar atualizações e novos conhecimentos dentro da profissão.

Mulheres empreendedoras As amigas Elis Manara, Ani Garbin e Amanda Koth estiveram no evento Vai Lá e Faz, promovido pela Confraria do Batom (foto 1, da esq. para a dir.). Reuniu as mulheres

empreendedoras da região. Verenice Immich (esq.) e Jeanine Richard também estiveram por lá (foto 2). Mara Ranzi prestigiou o evento (foto 3). FOTOS FERNANDA TAVARES

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FOTOS ENTRE A GENTE/DIVULGAÇÃO

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Noite cultural Ana Paula Martins, Fernanda Klein e Júlia Gregory marcaram presença na última edição do Happy Hour Cultural do Clube Tiro e Caça (foto 1, da esq. para a dir.). O evento retornou em edição de sucesso, com apresentação da Bico Fino Brothers Band. Jaqueline de Almeida, Angela Kafer e Janaína Duarte prestigiaram o evento (foto 2, da esq. para a dir.).

De olho nas tendências

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FOTOS LEILA FRANZ

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Kiko Sulzbach, Francéli Ferreira e Carine Reiter palestraram em uma roda de conversa realizada pela Têxtil Home, em parceria com a Univates (foto 1, da esq. para a dir.). Na ocasião, foram apresentadas tendências e novidades sobre a Feira Isaloni, de Milão, e Mostra Casa Cor, de São Paulo. Os arquitetos Marta Peixoto e Luís Gonzaga Bersch estiveram presentes (foto 2). Os anfitriões César e Diana Künzel receberam os convidados (foto 3). Ivana Lazzaron Pereira (esq.) e Jamile Maria Weizenmann prestigiaram o evento (foto 4). 4|

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Comportamento

Meus gatos são

parte da família Em cima do armário, dois olhos brilhantes. Embaixo da escada, uma brincadeira instintiva. Na cama, outros sete dormem. O espaço pertence aos bichanos

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cachorro até pode ser o melhor amigo do homem, mas o gato tem mais personalidade. Isso pelo menos na visão dos apaixonados pelos bichanos. Hoje, com a propagação de vídeos das peripécias e piruetas dos felinos, mais pessoas têm escolhido criar esses animaizinhos. Independentes, curiosos e preguiçosos, os gatos já ocupam espaço em pelo menos 17 milhões de casas no país. Domesticados pelos egípcios,

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os felinos foram perseguidos durante a inquisição e queimados em praças públicas junto com mulheres condenadas por bruxaria. Envolta em mistérios e misticismo, a peculiaridade de ter gatos tem uma relação direta com o estilo de vida, a identidade, gostos e preferências dos seus donos. A lajeadense Ana Endler tem as primeiras memórias com gatos na casa da avó materna, no interior de Colinas. Lá, os animais ficavam soltos e não costumavam se relacionar com humanos. Depois de adulta, conheceu um casal de amigos que tem dois gatos. Foi quando a paixão surgiu. Junto com o marido, decidiu abrigar dois filhotes. Os nomes compostos chamavam a atenção: Jesse Roberto e Emily Maria. Com 25 dias de vida, Gregory Catutinha foi acolhido por Ana. A gata Rebekah Pequena foi adotada já adulta. Foi depois dela que Ana e o marido perceberam a necessi-

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dade de mudar de apartamento. O lugar ficou pequeno. O quinto gato foi nomeado Ted Antônio. “Levei-o para casa sem intenção de ficar, mas a identificação foi grande.” Anya Beatris foi um dos resgates mais difíceis para Ana. A gata estava embaixo de um carro e para fazê-la sair foi necessário tempo e paciência. Depois veio Ralfh Cato, que também deveria ficar na casa de Ana apenas temporariamente, mas se tornou parte da família. Os dois últimos, com os nomes provisórios de Coto e Babu, foram adotados após uma devolução. “Hoje, meus gatos são parte da família.” Os animais ajudaram Ana a manter a rotina e as responsabilidades quando esteve doente. Foi por meio deles que fez amigos e conheceu pessoas. Do amor aos animais, surgiu a Sociedade de Apoio a Gatos Abandonados (Saga), em dezembro do ano passado. Com a ajuda de mais cinco voluntárias, Ana recolhe gatos da rua e os coloca em lares temporários.


ANDERSON LOPES

Michele Marin, Júlia Tende, Ana Endler e Tatiane Groff (da esq. para a dir.) fazem parte da Sociedade de Apoio a Gatos Abandonados (Saga). Juntas, elas disponibilizam lares temporários para os animais, além de dispor de projeto de castração. As doações podem ser feitas em contato com a página da Saga no Facebook. As voluntárias também aceitam jornais, cobertores, caixas de areia e camas para gatos.

Ajuda aos felinos O grupo surgiu da necessidade de ter símbolo e marca para representar ajuda aos gatos da região. Segundo Ana, é comum ver grupos de auxílio a cachorros, enquanto os gatos são esquecidos. As voluntárias são pessoas que costumavam resgatar os animais na rua. “Sem o grupo oficial, não tínhamos os termos de adoção e nem como controlar as castrações.” A atuação da Saga ocorre em cidades do Vale do Taquari, onde as voluntárias conseguem se deslocar usando veículos próprios. Apesar de não dispor de sede, os lares temporários para gatos resgatados são na casa das integrantes da Saga e de amigos. O grupo dispõe de projeto de castrações, ao custo de R$ 85 para o macho e R$ 110 para a fêmea. O valor é usado para pagar veterinários e arcar com gastos do grupo. As fêmeas, em número de 15 por vez, são levadas até a Associação Rio Grandense de Proteção Animal (Arpa), em Porto Alegre. Os machos são castrados em Lajeado em grupos de dez. A principal dificuldade da Saga está relacionada aos custos, conta Ana. “Recebemos poucas doações porque as pessoas ainda não nos conhecem.” Por meio de uma página no Facebook, o grupo tenta sensibilizar as pessoas à causa animal. Qualquer ajuda é bem-vinda, diz Ana. Desde jornais, cobertores, caixas de areia, camas para gatos e dinheiro para comprar ração. “Pedimos ajuda financeira porque compramos alimentos em larga escala com desconto. Também para sempre darmos a ração da mesma marca.” Até agora, o número de adoções intermediadas pela Saga chega a 150. Quem quiser conhecer os

gatos para doação pode comparecer às feiras que, por vezes, ocorrem no evento Arte na Praça.

Bichano saudável Segundo a médica-veterinária, Caroline Bersch, é normal os gatos dormirem cerca de 18 horas por dia. Geralmente escolhem lugares inusitados. “Nem sempre será na cama deles.” O mais importante em relação à higiene não é o banho, mas a escovação do pelo, afirma. Os gatos se lambem regularmente e isso é o suficiente para a higienização. A escovação é essencial para os gatos mais peludos. Isso fará com

que o animal engula menos pelo ao se lamber. “Também é preciso ter cuidado para não formar nó.” Se, mesmo assim, o dono quiser dar banho, o intervalo deve ser de mais de um mês.

Eles estão sempre do meu lado, na alegria e na tristeza.” Bibiana Horn

Autonomia e carinho Nina e Tião são os xodós da estrelense Bibiana Horn. O amor pelos bichanos é tanto que resolveu marcá-lo na pele. “Eles estão sempre do meu lado, na alegria e na tristeza.” A opção por ter gatos veio devido ao pouco espaço no apartamento onde mora. A primeira adotada foi Nina. Depois de um ano sendo o centro das atenções, chegou Tião, ainda filhote. “No início, demoraram a se acostumar, apesar de serem filhos da mesma gata.” Hoje os dois não se desgrudam. A adoção de Tião ocorreu no intuito de arranjar companhia para Nina. Bibiana e o marido passam o dia no trabalho, por isso, temiam que ela se sentisse solitária. “Mesmo sendo menos carentes que cachorros, os gatos não gostam de ficar sozinhos sempre.” Antes do filhote chegar, a gata costumava se isolar com frequência. Hoje, se tornou mais sociável. Para Bibiana, a história dos gatos é fascinante. Apesar de alguns acreditarem que gatos pretos são sinônimo de azar, na antiguidade eram tidos como amuletos de sorte. Ela também acredita que os felinos tirem as “energias negativas” do ambiente e das pessoas. “Assim com todos os animais de estimação, eles só fazem bem aos donos.”

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DIVULGAÇÃO

Objetos de desejo

Coluna

Como ganhar espaço em ambientes pequenos Os apartamentos estão cada vez menores e os ambientes com pouca metragem vêm dominando o mercado imobiliário. Tanto apartamentos quanto salas comerciais pequenos fazem parte da vida de muitas pessoas que vivem ou trabalham em um local com área restrita. Porém, ambiente pequeno não significa falta de espaço. A desagradável sensação de aperto pode diminuir com uma decoração bem pensada aliada a truques certeiros, garantindo que mesmo um pequeno ambiente tenha conforto sem deixar de ser prático. Neste primeiro momento, as dicas estão relacionadas ao piso, parede e forro de ambientes compactos. A recomendação a respeito do piso é definir um modelo e aplicar o mesmo tipo em todos os ambientes, desde a sala de estar até os quartos e, se possível, na cozinha e banheiros, para integrar os espaços. E quando a escolha for de um piso cerâmico, quanto maior a medida da peça, maior será a sensação de amplitude do ambiente. Já as paredes servem para compartimentar ambientes, que consequentemente, dão a sensação de aperto, o qual se intensifica conforme o número de cômodos aumenta. E como a intenção é justamente ganhar espaço, a solução é derrubá-las para criar ambientes integrados. Além disso, a própria parede ocupa um espaço físico que pode ser valioso. A sensação de aperto de um ambiente tende a se intensificar quando a altura entre o piso e o forro diminui, ou seja, quando o pé-direito é pequeno. Um pé-direito mínimo para garantir conforto ao usuário em um ambiente de permanência prolongada (que inclui salas de estar e jantar, dormitórios e escritórios) é de 2,60 metros. Por isso, é necessário estar atento quando houver a intenção de instalar forro de gesso. Se o mesmo não garantir essa altura, é melhor descartá-lo. Sendo assim, vale fazer uso de pendentes (sem exageros, esses devem usados com moderação, pois podem pesar o ambiente) e se o ambiente necessitar de mais luz, recomenda-se utilizar iluminação indireta, como as luminárias de chão ou de mesa. Já as luminárias embutidas são grandes aliadas para criar um ambiente espaçoso quando o pé-direito permitir que o gesso seja aplicado. Todos sabem que tons claros fazem o ambiente parecer maior, e essa dica vale para ser aplicada no piso, na parede e no forro. Para reforçar ainda mais a ideia, a solução é usar a mesma cor nas paredes e no forro. A escolha por tonalidades suaves vale para os objetos de decoração e também para os sofás, as almofadas, as colchas e as cortinas. Já os móveis e outros itens ideais para compor um ambiente pequeno devem ser cuidadosamente escolhidos e serão tema em um próximo momento.

por Carolina Knies

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arquiteta e urbanista carolknies@gmail.com

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Cozinha preparada

para o frio

O

inverno está próximo e os alimentos aquecidos ganham a vez na cozinha dos gaúchos. O fondue, prato de origem suíça, é um dos favoritos. O vinho é bebida recorrente. Para garantir a água do chimarrão e o chá quente, bules e garrafas térmicas são bem-vindos. Todos são ótimas opções de presente nesta época do ano.

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1| Porta-vinho metal bicicleta e cálices chardonnay Blumenau 2| Estojo para vinho em couro com acessórios 3| Aparelho fondue para queijo 4| Conjunto para fondue 17 peças 5|

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5| Rechaud para gratinar queijo provolone 6| Rechaud para queijo brie com espátula 7| Bule para chá Joyland com rechaud 8| Garrafa térmica inox Lilac

Artigos da Arla

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