AH - Você | 05 de março de 2016

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FIM DE SEMANA, 5 E 6 DE MARÇO DE 2016 EDIÇÃO Nº 20

Somos todas iguais Páginas 10 e 11 Pági


ANDERSON LOPES

Eu curto

Coluna

Programa de milhagem A Finnair, companhia aérea da Finlândia, anunciou a troca de milhagem por implantes de silicone. Tudo é possível e tudo é válido para conquistar clientes. Pois essa é mais uma estratégia no mercado de marketing da empresa que inflaria o número de passageiras nos seus aviões. As que somassem mais pontos ganhariam bônus para a cirurgia. Existiria, ainda, a flexibilidade. A passageira decide: mais horas de voo ou pontos para colocar seios novos. Esta é a primeira companhia aérea a conciliar programa de milhagem com cirurgia plástica. Será que os pontos valeriam para neurocirurgia, cirurgia ortopédica, tratar uma úlcera? Acho que não. A cirurgia plástica exerce um certo fascínio e, por isso, é tão banalizada. Mas o que conta é a “estética”. De qualquer maneira, se troca pontos por tudo: fogão, geladeira, máquinas, brinquedos, qualquer objeto. Por que não trocar por uma cirurgia? Resta saber quantos voos as futuras pacientes, ou utentes, no politicamente correto, terão que faarem “aptas” apta tas” s” à troca. ttro roca. E, zer para estarem onhecer por final, conhecer o cirurgião. A que amos! ponto chegamos!

QUEM FEZ ESTA EDIÇÃO voce@jornalahora.inf.br

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aula, Judite já foi encarregada de prestar serviços. A rapidez assustou a jovem de 16 anos na época. Mas por ter facilidade com desenho, realizado curso de costura e praticado por conta própria o atendimento aos primeiros clientes deu certo. Logo, a estilista ganhou destaque. “Estava faltando alguém para fugir do trivial, e as mulheres perceberam isso no meu trabalho.”

Mulher empreendedora Judite Mallmann Profissão: estilista

Ser mulher Fita métrica na mão e imaginação à solta são os requisitos necessários para estilistas criarem peças sob medida. O profissional não pode ser apenas um vendedor. Ele precisa conhecer a fundo interesses e necessidades do cliente. Ao se tratar de vestidos de noiva, o serviço alcança nova fronteira, pois mexe com os sonhos mais profundos das mulheres. É assim que a tradicional estilista do Vale do Taquari, Judite Mallmann, 51, define seu trabalho. “É entender os pensamentos e necessidades da mulher.” A empatia precisa dominar nessas horas. Por ter experiências inerentes ao uni-

verso feminino, o trabalho flui de maneira natural. “Sei o que passam. Sinto na pele.” Por conta disso, trabalhar com o público feminino foi o objetivo desde o início da carreira. Durante o primeiro emprego, aos 15 anos, Judite passou a interagir com pessoas que gostavam de criar os próprios vestidos. A função de costureira estava entre as mais populares. Os estilistas vindos de Santa Maria eram acompanhados de perto pelo olhar atento de Judite. Percebendo o interesse, o dono da loja onde ela trabalhava ofereceu-lhe curso de especialização. Depois da segunda

Os atendimentos no ateliê de Judite aumentavam a cada dia. Dividir o tempo com o emprego fixo na loja de confecções ficou difícil. “Senti precisar dar o passo de iniciar minha própria empresa.” Abrir mão do salário fixo para apostar em si mesma requereu muita coragem, relembra. Além das confecções, Judite passou a oferecer locação de vestidos de noiva. Na época, todos os disponíveis na região seguiam a linha clássica. As profissionais não apostavam em grandes mudanças e nem atentavam às tendências. “Minha ideia era inovar.” O sucesso veio logo no início, como mostrado no caixa ao fim do primeiro mês de negócio. Em maio, o ateliê de Judite, Costur’Art, completará 29 anos. Com aperfeiçoamento na área de noivas, a estilista mantém o trabalho “a todo vapor”. Durante a Exponoivas deste ano, lançará grife própria, com confecção de vestidos de festa, noivas e debutantes.

Direção Editorial e Coordenação: Fernando Weiss - Produção: Tammy Moraes e Daniela Maronesi - Arte: Gianini Oliveira e Fábio Costa Tiragem: 7.000 exemplares. Disponível para verificação junto ao impressor (ZH Editora Jornalística) - Foto de capa: Anderson Lopes

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Turismo religioso em

RODRIGO MARTINI

Caminhos

meio à natureza Com economia sustentada pela agricultura família, o município de Doutor Ricardo atrai visitantes em busca de tranquilidade ou aventuras

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e você estiver pela região alta do Vale do Taquari, reserve algumas horas para curtir o município de Doutor Ricardo, cujo nome homenageia um famoso clínico-geral do passado. Pequeno e bem arborizado, Doutor Ricardo tem uma das mais belas grutas do estado e apresenta aspectos culturais marcantes. A simplicidade e espírito trabalhador de seu povo tornam o lugar hospitaleiro. Sua economia é sustentada pela agricultura familiar. O principal ponto turístico fica a pouco mais de três quilômetros da RS-332. Bem si-

nalizada e com acesso asfaltado, a Gruta Nossa Senhora de Lourdes é de uma beleza rara. No caminho, é possível apreciar singularidades naturais do município, como uma minicorredeira sobre as rochas, no lado direito da estrada. Para chegar até a gruta, é preciso encarar uma grande escadaria, sem acessibilidade. Mas o local tem a boa infraestrutura e segurança. O visitante se depara com um “grande salão” formado por rochas e plantas. O espaço é imenso e tem uma cortina d’água caindo entre a mata verde e a rocha. O visitante aprecia a paisagem de dentro da gruta. Bancos e uma imagem de Nossa Senhora de Lourdes, santa tradicional entre os municípios vizinhos, são indicativos de que o lugar é destinado à espiritualidade. A cascata tem mais de 75 metros. Uma

visão estonteante com vales e montanhas ao fundo completa o cenário. Para os mais aventureiros, vale a pena descer a trilha até o poço formado pela cascata. Com certa dificuldade, o caminho requer preparo físico, principalmente para a volta. Em alguns pontos, o trajeto exige técnica de escalada em rocha ou mesmo equipamentos específicos. Não é recomendado se aventurar sozinho. Existe o risco de queda e lesões. Próximo da estrada, na área acima de onde se localizam a gruta e a cascata, há boa infraestrutura para campings e eventos. Churrasqueiras a céu aberto ou cobertas, salão e mesas em quiosques proporcionam um dia agradável entre amigos ou familiares. O silêncio, em dias de pouca visitação, remete a um lugar pacato, ideal para o descanso.

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Cultura

Coluna

Março de 2016 finalmente chegou e com ele a estreia de Batman vs Superman: A Origem da Justiça. Marcada para o dia 24, vem cheia de expectativas por mostrar Ben Affleck pela primeira vez no papel de Batman. A responsabilidade é grande, visto o legado deixado por Christian Bale, que encarnou o morcego vigilante nos longas dirigidos por Christopher Nolan. Em meio às lutas e frases de efeito do trailer da franquia agora comandada por Zack Snyder, outro personagem chamou a atenção. A Mulher-Maravilha, vivida pela israelense Gal Gadot, passa a figurar nas telonas junto dos colegas da Liga da Justiça. Apesar de ainda não ter o nome no título, a promessa é que em 2017 estreie seu tão esperado filme solo. Desde o nascimento, a personagem tem importância na história. Criada nos anos 40, surgiu como “um refresco” em meio a quadrinhos dominados por personagens masculinos. A intenção de seu criador, Dr. William Moulton Marston, era construir perfil forte de feminilidade, servindo de exemplo para jovens meninas. Hoje, a Mulher-Maravilha é um dos símbolos do feminismo dentro da cultura pop. A indústria das histórias em quadrinhos, outrora grandiosa, se vê estreita para manter os lucros. Com público alvo majoritariamente masculino, a saída foi desenhar personagens, como Mulher-Maravilha, de maneira hipersexualizada. Mas, assim como em outras áreas, o público feminino conquista espaço. Porque, pasmem, mulher também lê quadrinhos. A única concorrente à altura da DC Comics mostrou iniciativa e saiu à frente. Marvel lançou recentemente no Brasil a nova Miss Marvel, já considerada um marco na história dos quadrinhos. A paquistanesa Kamala Kahn é a protagonista dessa história tipicamente adolescente, ocorrida nos anos 2000. Mesmo com o ar clichê e a simplicidade da trama, o fato de Kamala ser muçulmana abre espaço para abordagem de representatividade na história. E a autora G. Willow Wilson faz com maestria, causando no leitor identificação e aceitação imediata da personagem. Vale conferir a edição caprichada em capa dura da Panini. O Dia Internacional da Mulher está chegando. Apesar do cunho comercial, serve também para lembrar dos objetivos conquistados até agora e dos que ainda faltam. A cultura pop em geral caminha a passos lentos. Mas poder contar boas – e verossímeis – representações da figura feminina contemporânea me faz pensar que estamos no caminho certo.

Tammy Moraes

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tammy@jornalahora.inf.br

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ANTONIETA PINHEIRO / DIVULGAÇÃO

Super-heroínas de verdade

Ospa abre

temporada artística em Lajeado Com regência de Evandro Matté, a programação terá presença da solista convidada, soprano Eiko Senda

A

Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (Ospa) escolheu Lajeado para a primeira apresentação do ano. Evento ocorre neste domingo, às 18h, no Centro Cultural Univates. Evandro Matté, diretor artístico da orquestra, assume a regência da apresentação. A soprano Eiko Senda, japonesa radicada em São Paulo, é a solista convidada. Conforme Matté, a ideia de abrir a temporada artística da Ospa com concerto na cidade foi do secretário estadual de Cultura, Victor Hugo. “Historicamente, a Ospa sempre valorizou o interior do estado.” Entra os destinos seguintes, estão Taquara, Guaíba, Santa Cruz do Sul, Canoas, Santa Maria, Santa Rosa e Passo Fundo. Os compositores do repertório da apresentação são de distintos períodos da história da música e foram destaque de suas gerações. Para a solista Eiko, o mais interessante e desafiador do trabalho de Mozart,

cujos solos ela interpreta durante o evento, é o equilíbrio e o controle sobre as medidas de cada música. “Tecnicamente falando, é um trabalho difícil de realizar.” Mas, com o trabalho dos profissionais da Ospa, tudo é possível, considera. A parceria com Eiko já foi realizada antes. “Ela é um dos principais nomes do canto lírico da América do Sul, com carreira internacional”, considera Matté. A expectativa para o evento é das melhores. “Queremos apresentar a Ospa ao público neste ano especial, em que a orquestra completa 66 anos de história.”

Repertório e atrações O concerto começa com Abertura Festiva, de Dmitri Shostakovich, compositor da Rússia Soviética. A obra foi escrita por encomenda do Teatro Bolshoi, na ocasião do aniversário da Revolução de Outubro. Na sequência, ganham destaque trechos de óperas de Wolfgang Amadeus Mozart, com-

Evento está marcado para este domingo, às 18h, no Centro Cultural Univates. A regência da Ospa está sob comando de Evandro Matté

positor cujo legado contempla algumas das mais famosas obras do gênero. Eiko Senda sobe ao palco para interpretar Dove sono i bei momenti, de Le nozze di Figaro, Come Scoglio e Fiordiligi de Cosí Fan Tutte. As aberturas das duas produções também serão tocadas. Para fechar a noite, a orquestra executa a Sinfonia nº 5, de Ludwig van Beethoven. Segundo Matté, é uma das composições mais conhecidas em todo repertório sinfônico. A sinfonia, moderna para a época de sua composição, não foi rapidamente assimilada pelo público. O sucesso mundial ocorreu somente décadas após a estreia.

Programa – Shostakovich, D.: Abertura Festiva – Mozart, W. A.: Le nozze di Figaro | Abertura – Mozart, W. A.: Le nozze di Figaro | Dove sono i bei momenti – Mozart, W. A.: Cosi fan Tutte | Abertura – Mozart, W. A.: Cosi Fan Tutte |Come Scoglio | Fiordiligi – Beethoven, L. V.: Sinfonia Nº 5


INFORME COMERCIAL

Amazônia. Aventura encantada FOTOS ARQUIVO PESSOAL

á poucos lugares no mundo com tanta magia e encanto como a Amazônia. Uma riqueza incomparável e que está tão perto de nós.” O Amazonas é o maior estado do Brasil, ocupando uma área pouco menor que toda a Região Nordeste. Sofrendo influência de fatores como precipitação, vegetação e altitude, a água forma na região a maior rede hidrográfica do planeta. O Rio Amazonas é o maior do planeta, tanto em volume de água quanto em extensão (6.992 km). Tem sua nascente na Cordilheira dos Andes, no sul do Peru, e deságua no Oceano Atlântico junto ao Rio Tocantins no grande Delta do Amazonas, na Região Norte. O segundo rio mais importante do estado é o Negro. Sua nascente fica na Colômbia e tem 1.551 quilômetros de curso.

“H

Manaus É o portão de entrada para a maior floresta tropical do planeta: a Floresta Amazônica. Manaus convive com um extraordinário estoque de recursos naturais, representado por 20% da reserva de água doce do mundo, um banco genético de inestimável valor e grandes jazidas de minérios, gás e petróleo. Privilegiada pela posição geográfica, a cidade destaca-se pelo desenvolvimento socioeconômico e ambiental. O ecoturismo assume um papel de destaque, sinalizando novos caminhos para a autossustentabilidade da região. Não deixe de ir ao Teatro Amazonas, principal patrimônio artístico cultural do estado. Em qualquer época do ano, pode-se visitar o Amazonas. Quando os rios estão cheios, é possível percorrer, em barcos ou canoas, os igarapés que

Comunidade São Thomé

Árvore sumaúma

avançam nas matas de igapó pó e várzea e contemplar a pai-sagem alagada da região. Naa época da seca, é mais fácill avistar animais, como capivaras e jacarés, que se concentram em um espaço mais reduzido de água. Nesses meses, aparecem também praias fluviais, que transformam a paisagem das áreas alagadas em vastos corredores de areia branca.

Pescaria de piranha

Boto cor-de-rosa no Rio Negro

Hotéis de selva Hospedar-se em um hotel de selva (também chamado de jungle lodges)

para curtir a floresta mais de perto é uma experiência interessante. A partir daí, você pode fazer vários passeios como pescaria de piranha, focagem de jacaré, nadar com o boto cor-de-rosa e ainda visitar uma comunidade. Para quem busca a experiência de conviver com a simplicidade de uma comunidade no meio da floresta, São Thomé é o indicado. A comunidade ficou famosa no Brasil inteiro depois de ter participado dos quadros Lata Velha, Lar Doce Lar e Agora ou Nunca do programa Caldeirão do Huck. Em função disso, a comunidade toda foi beneficiada com reforma das casas, da Pousada do Jacaré e áreas de lazer. Para quem prefere mais requinte há opções excelentes de navios que fazem as rotas do Rio Negro e Solimões.

Conhecer a Amazônia no navio-hotel Iberostar Grand Amazon é uma experiência única, um momento incomparável de encontro com a natureza em um mar de conforto e elegância.

Vera Riediger vera@freeturismo.com.br


Sem erro o

O charme dos elementos naturais Os materiais em seu estado natural são muitas vezes associados a projetos que remetem a uma proposta rústica, como em casas de campo. Os troncos de madeira se transformam em pilares, o forro é de madeira à vista e o piso, de pedra. Ou quando pedras brutas sem revestimentos se fazem de paredes de antigas edificações, como as de origem italiana. Esses elementos naturais são utilizados também em projetos contemporâneos. Mesmo que o uso e aplicação desses não seja uma inovação, a ideia é atualmente uma tendência. Principalmente quando o rústico dos elementos naturais é aliado ao contemporâneo, onde juntos podem formar uma composição harmoniosa e elegante. Fazer uso dos materiais em seu estado natural significa que esses elementos irão aparecer em sua forma original, sem nenhum tipo de interferência (pintura ou reboco) que altere seu aspecto – com exceção da impermeabilizações e tratamentos para que esse material não se deteriore.

A proposta de utilizar os materiais na condição natural pode ser aplicada em inúmeros tipos de projetos, tanto residencial quanto comercial, assim como funciona bem em ambientes internos e em detalhes nas fachadas. As paredes moldadas em concreto, com o aspecto rugoso totalmente à mostra, os tijolos maciços aparentes, as pedras brutas em detalhes ou formando grandes planos, a madeira em forros e até mesmo o gabião (estrutura feita com aço e preenchida com pedras) são algumas propostas que atendem a essa tendência. Todos esses elementos criam texturas interessantes e podem formar composições harmoniosas no ambiente quando usados isoladamente ou quando misturados entre si. Em qualquer situação, o emprego deles traz charme ao projeto. Quando bem equilibrados, os elementos naturais combinam perfeitamente com as linhas retas características das edificações contemporâneas, assim como valorizam muito bem um mobiliário refinado. De um modo geral, trazem sensação de aconchego, têm uma textura única por serem naturais, e jamais se repetirão. Além de darem personalidade e vida ao ambiente. *Carolina Knies é nova colunista mensal do caderno Você, abordando assuntos como arquitetura e decoração.

Carolina Knies / arquiteta e urbanista carolknies@gmail.com

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FOTOS ANDERSON LOPES

DIVULGAÇÃO

Coluna

e ante , diam Anel nte negro i ll a diam rda Maio a u d E da Joias

Brin péro co flor m la co adr jade m rubi e e Edua vermelha base rda M , aiolli da Joias

com folha Anel te fosco e an da diam da Eduar , o s d li ia po lli Jo Maio

Presente cheio de brilho Joias são presentes atemporais, sendo sempre bem-vindas. Para as mulheres de estilo clássico, vale apostar nas gargantilhas menores, que passam seriedade. As chamativas também têm sua vez, ideais para ocasiões especiais. Nesses casos, os brincos grandes são a pedida. O importante é seguir à risca a personalidade da presenteada.

Gar bran gantilha o co u e saf com diam ro ira, d ante a Maio Eduarda lli Joia s

o a our antilh diaGarg m o c co na bran rmali e e tu a, da t n a m raíb da Pa a Maiolli rd a u d E Joias

Brinco chande lier quartzo fumê e safira indiana, da Edua rda Maiolli Joias


Viver Coluna

Depilação com linha diminui

crescimento de pelos Utilizado principalmente no rosto, o método promete não causar alergias e retira até os menores fios e penugem facial ANDERSON LOPES

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técnica milenar da depilação com linha surgiu no Egito. Apesar disso, outras populações de países árabes e orientais são conhecidas por utilizá-la. Bastante usada para a depilação facial, ela remove pelos das sobrancelhas, buço, testa, bochechas, queixo, nariz e orelhas. Segundo a profissional da Santuário do Corpo, Cristiane Lorenzini, não há contraindicações, pois não utiliza produtos na pele. Tem funcionamento simples: o fio é entrelaçado ao pelo, removido junto de seu folículo. Os pelos são arrancados em carreiras, ao invés de um a um, o que agiliza o processo. O procedimento é doloroso, diz Cristiane. “Mas o incômodo varia de pessoa para pessoa.” Com a eficácia do resultado, muitos acabam nem se importando com o desconforto, relata. Por ser uma iniciativa nova para a região, alguns clientes hesitaram no início, com receio do procedimento e seu resultado. Mas a aceitação tem sido boa. “Muitos aprovaram e voltaram para fazer novamente.” A cera e outros métodos já começam a serem deixados de lados em prol da

Depilação com linha é uma técnica milenar que surgiu no Egito

linha, conta Cristiane. O intervalo entre as sessões são longos. Isso porque, com a técnica, são retirados os pelos mais curtos e esses demoram a crescer novamente, diz a profissional. Mesmo com a vontade de fazer em casa, o ideal é dei-

xar um profissional realizar o procedimento. É técnica diferenciada e exige muito cuidado, diz Cristiane. Mesmo já conhecendo a depilação com linha, a profissional teve de aperfeiçoar o método da depilação com linha durante a faculdade.

Retinopatia diabética e cegueira 2 O diabetes pode resultar em doença vascular sistêmica que compromete os vasos, propiciando tromboses e aumento da permeabilidade vascular. A SBRV (Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo) e o laboratório Bayer desenvolveram pesquisa com diabéticos nas cinco regiões do país. Dos 932 pacientes pesquisados entre homens e mulheres, entre 20 e 65 anos, 69% informaram desconhecer a retinopatia diabética. A maioria (60%) era portadora de diabetes tipo 2. Os do tipo 1 (insulino-dependente) constumam acompanhar mais de perto a sua doença. Sabemos que seis em cada dez diabéticos tipo 2 desenvolverão lesões de retina ao longo da vida, o que indica que todo diabético deve ser acompanhado periodicamente por um oftalmologista para reduzir o real risco de cegueira. Entre as alterações com risco real de perda visual, encontramos a retinopatia diabética, edema (inchaço) macular diabético, descolamento de retina, trombose venosa de retina e degeneração macular relacionada à idade (DMRI).

Os sintomas predominantes relatados na pesquisa foram de: visão embaçada (37%), dificuldade para ler (19%), mudanças rápidas nos graus das lentes (17%), moscas volantes e flash (14%), perda súbita de visão (14%), alteração da visão periférica (6%) e visão dupla (4%). A contenção do diabetes requer mudanças de hábitos como controle da glicemia, alimentação saudável e prática de exercícios físicos regulares que minimizam não apenas os danos oculares, mas sobretudo os cardio-vasculares. Quando já é necessário o tratamento, a oftalmologia dispõe de fotocoagulação a laser, medicações injetáveis intraoculares (antiangiogenicos e corticoides), além das modernas microcirurgias. O que mais preocupa é que nosso país, com sua população de doentes que não reconhecem sequer a possibilidade de estarem doentes, não tem projeto de saúde de tipo algum.

Nédio Castoldi oftalmologista FIM DE SEMANA, 5 E 6 DE MARÇO DE 2016

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Sociedade

Stones até com chuva

CTC dá show O entardecer no Clube Tiro e Caça tem ganhado um toque de confraternização. No dia 2, foi a vez da apresentação de Conrado Vier, o Cardápio Gastro Bento CTC e atendimento da Excellence Garçons. Confira as presenças dessa edição: Francine Muller e Maico Arend (foto 1), Bibiana Ferreira e Laura Sudbrack (foto 2), Mariela Portz e Pedro Dornelles (foto 3), Conrado Vier (foto 4), Christie Severo e Janaina Duarte (foto 5), Jenifer e Roberto Munhoz Leal, Marco Aurelio e Daniela Munhoz(foto 6).

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O show dos Rolling Stones movimentou Porto Alegre, nessa quarta-feira, no Estádio Beira-Rio. A vitalidade de Mick Jagger, Keith Richards, Charlie Watts e Ronnie Wood impressiona qualquer um. Fãs do Vale do Taquari fizeram questão de prestigiar esse show inédito na capital gaúcha. Claudine Becker e Robson Spohr (foto 1), Lia Dullius e Ana Maffassiolli Dullius (foto 2), Rafael Grün, Alessandra M. Santos, Natália W. Vogel e Fernando L. Bertoglio (foto 3)

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Sociedade 4|

Shopping e encontros A praça de alimentação do Shopping Lajeado sempre foi ponto de encontro. O espaço é ideal para amigas, como Djane Berner e Carla Pinheiro colocarem o papo em dia. Carla Pinheiro, Djane Berner e Nathan Berner (foto 1), Marina Cogo, Débora Sonda e Suelin Petter (foto 2), Guilherme Valer com Maria Tereza Tonini Ritta (foto 3).

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Comportamento

Lugar de mulher é na... “Luta”. Aline dos Santos, 33, representa o perfil dessa mulher, que aprendeu a lutar em todos os sentidos. Igual à maioria das outras, ela tem uma disputa diária. Escolheu ser mãe, atleta, competidora e profissional de luta.

O

verbo lutar consegue “traduzir” a vivência da mulher desta nova era. Deixou de ser só a dona de casa e mãe para conquistar um espaço mais profissional, podendo exercer ainda habilidades artísticas: música, teatro, dança e literatura. O indiano, líder religioso e mestre na arte de meditação e do despertar da consciência, Rajneesh Chandra Mohan Jain (in memmorian), mais conhecido como Osho, esmiuça na obra Livro das Mulheres, da editora Best Seller, os múltiplos papéis dela na sociedade e o quanto são oprimidas e sacrificam seus próprios sonhos e desejos em prol de algo que um dia lhes foi ensinado. No livro, Osho consegue traçar uma visão de ser humano que vai além da diferença entre sexos. Ser masculino ou feminino perpassa muito mais uma questão psicológica do que fisiológica, segundo ele. A

mulher tem um potencial nato de criatividade e entrega. De forma natural, ela é o caminho mais seguro para que os que estão ao seu redor consigam uma boa convivência. Aline, como qualquer outra mulher, encontrou percalços, em especial na saúde. Desde pequena, sofria crises de asma. Aos 13 anos, conheceu a arte marcial e desde lá a dedicação à prática nunca findou. Mesmo forçada a se afastar do tatame por três anos, quando descobriu um câncer no útero, se esforçou para manter aquilo que as artes marciais lhe ensinaram: a superação. Precisou passar por cirurgia e tratamentos. Nada que tirasse a fé pela vida e amor pela “luta”. Para ela, a superação se torna a “marca” dentro do tatame ou fora dele. Há um ano, Aline descobriu que estava grávida de Yasmin (foto), que nasceu saudável. “Estava desenganada quanto à fertilidade.” A gravidez era de risco devido aos problemas causados pelo câncer e pela

insuficiência respiratória. Mas Aline acredita que as dificuldades daquele momento foram superadas graças à filosofia das artes marciais, que sempre prepara o corpo e a mente.

A mulher nunca n pode ser libertada, a menos que se compreenda isso: a e enda mulher tem m que deixar esse padrão ão do passado. Osho em o Livro das da Mulheres

Uma visão do posicionamento Confira a opinião da psicóloga Márcia Werner sobre a mulher e a “luta”.

As mulheres têm buscado a prática das artes marciais, talvez, para se sentirem seguras ou para se sentirem mais fortes perante a sociedade? Creio que por ter aumentado a procura das mulheres por esse esporte em específico tem algo de novo aí sim. Para algumas delas pode ser para se sentirem mais seguras, porém buscar mais segurança não as classifica como inseguras, apenas informa que querem melhorar nesse aspecto. Também pode ser para autode-

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fesa, como para seu empoderamento. A mulher conquistou direitos, dentre os quais ao voto e seu espaço no mercado de trabalho. Porém a realidade que a circunda ainda não mudou tanto quanto deveria.

Quer dizer que a sociedade ainda a exclui? A desigualdade de gênero é ainda brutal e cotidiana. Equiparação salarial, divisão do trabalho doméstico, inserção na vida pública, ascensão no mundo do trabalho e o término da violência contra a mulher são direitos não alcançados. Nesse cenário, o aumento de mulheres

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que procuram a luta como atividade física pode ser entendido como um movimento, uma mudança no comportamento feminino. Por isso, pode significar também empoderamento.

Isso pode não representar todas a mulheres que optaram pelas artes marciais, certo? Como se trata de algo que está acontecendo, faço a ressalva de que essa é uma hipótese e de que ela explica o cenário, mas talvez não se aplique individualmente a todas. Então, a mulher contemporânea quer ser de direito e de fato emancipada. Quer ser respeitada. Quer

demarcar espaço não só no mundo do trabalho, adentrando em outros mundos e outras práticas dantes ditas masculinas como a luta.

A prática de arte marcial tem m uma representatividade no limodo de como encarar a realidade e percalços? A força que o esporte proporciona é também a força para enfrentar olhares desconfiados lançados quando, por exemplo, ela assume um cargo de liderança. É a força der para se posicionar e defender ão seus direitos quando esses são ameaçados.

Praticar uma arte marcial se torna uma competição sadia. Ainda mais quando a mulher consegue ser forte, mantendo toda a feminilidade. Com a gravidez, Aline engordou 24 quilos. “Nunca me preocupei com isso.” Sabia que os anos de dedicação às práticas e o retorno lhe garantiriam o peso ideal e o reconhecimento do próprio corpo. Para ela, as mulheres que praticam muay thai se sentem felizes com o corpo, aproveitam os benefícios da mente, desenvolvem ainda mais o lado feminino, aumentando a autoestima e se sentindo completas em si.


Quando uma atleta chega à academia, quase sempre, está cansada, preocupada e estressada. Devido a toda correria e exigência do dia a dia, diz o professor Alex Trovão, faixa preta de jiu jitsu e grau preto de muay thai. No momento em que ela assume turnos de trabalho e de vida familiar, o desgaste se torna ainda maior. Mas ao pisar no tatame, aos poucos, todo mal-estar desaparece. Ela faz daquele momento uma extensão da própria vida, incluindo trabalho, estudo e família, acredita Trovão. Aprender técnicas de luta não é sinônimo de briga. A aprendizagem ocorre até para uma defesa pessoal, além de acalmar a mente e o espírito. A arte marcial, se bem aplicada, consegue transformar uma vida, garante Trovão. A cada treino e com dedicação, o nível de concentração aumenta, ocorre queima de calorias e o equilíbrio e a filosofia do muay thai, por exemplo, começam a pertencer à atleta. Ela recupera a paz interior, diz Trovão. Segundo ele, a mulher tem se interessado pela prática das artes marciais porque percebe

a calma na alma e, quando desafiada no dia a dia, consegue blindar os problemas e toma as melhores decisões com equilíbrio. É uma forma de canalização da energia, defende. Por isso, a luta se tornou o mecanismo de bem-estar que ela tanto procura. Para Trovão, homem e mulher precisam desenvolver o lado espiritual. “Isso pertence a todos. Ninguém está pronto.” A rigidez do treinamento do

Mas eu gostaria que a mulher soubesse que [...] Ela está competindo com o homem e não precisa competir porque ela já superior. Osho em o Livro das Mulheres

FOTODANIELAMARONESI

Paz de corpo e mente

muay thai, segundo Trovão, traduz a filosofia da arte marcial. Quando uma aluna busca a prática, ele procura trabalhar com ela o “resgate” da autoconfiança, do amor próprio, da autoestima como um todo (corpo e mente). Manter a dedicação, concentração e equilíbrio em diferentes esferas se torna um desafio. O muay thai preenche esse “vazio” da mulher. Para ele, elas precisam trabalhar o físico, as técnicas das artes marciais, a filosofia e então saírem do treino

preenchidas de bons preceitos. Para serem supermulheres, além de estarem presentes em atividades, precisam estar com a mente bem equilibrada. Quando isso acontece, elas se sobressaem às atitudes dos homens, porque estão mais calmas e confiantes, diz.

Igualdade entre elas O ser humano busca a igualdade, mas no dia a dia enfrenta a competitividade. Para Trovão,

Para Alex Trovão, as atletas precisam receber o mesmo treinamento. “Todas são iguais.” Sempre priorizando a filosofia da arte marcial. Assim considera que elas estarão prontas para manter corpo e mente em equilíbrio

a igualdade no tratamento e preparação de uma atleta garante o bem-estar de todo grupo. Os gritos durante os treinos são para estimulá-las e levá-las à superação e jamais para humilhá-las. Todas merecem o mesmo respeito e treinamento, diz.

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Moda

Blusa e calça Hering, da Malha Brasil, e tênis feminino Moleca, da Dullius

O

Dia da Mulher foi criado para lembrar e celebrar suas conquistas. A figura feminina hoje representa diversidade, indo além da maternidade para conquistar seu lugar no mercado de trabalho. Ela também não abre mão da sexualidade, que, combinada aos momentos de lazer, vaidade e atenção à saúde, forma a personalidade da mulher contemporânea.

Top Rola Moça, saia Praxis e tênis Puma, da Vanusa Esportes

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Brinco Flora Darde, vestido risca de giz e blazer, da Maçã com Canela, e pasta profissional Caramella, da Luggage


Daniela veste: t-shirt Capullita, bermuda Ellus, sapatilha Reisen e brinco cereja, da Dullius. Mariah veste: vestido floral Momi e sandália sugar dourado Klin, da Universo Infantil

Lojas participantes desta produção: Malha Brasil (3709-2601), Dullius (3714-4469), Framboesa (37143011), Universo Infantil (3748-3984), Maçã com Canela (9784-6805), Vanusa Esportes (3714-1030) e Luggage (3710-1073). Modelos: Daniela Heissler e Mariah Tavares / Produção: Tammy Moraes Fotografia: Anderson Lopes / Beleza: Bel Room – Betina Lenhard (99447612) Locações: Florense (3748-1444), Sun Kiss (3726-4700), All In Pub (37298770) e Academia Podium (3710-2009)

Lingerie e hobby renda, da Framboesa

FIM DE SEMANA, 5 E 6 DE MARÇO DE 2016

| Você. | 13


Coluna

Moda

O mundo muda. A moda também A moda tem como característica principal adiantar o que vai acontecer daqui a meio, um, dois anos. Os desfiles mostram o que estará na loja seis meses após ser apresentado. A empolgação da compra dessas peças tem meio ano para ser adormecida. Como explicar para um mundo do imediatismo que não pode ter as roupas que tanto se admira? Como falar que a novidade não está disponível? Como convencer que, quando estiver disponível, ela já não é mais novidade? Afinal, nem mesmo o desfile terminou e todas as fotos já estão rodando pela internet. Modelos, estilistas, público, fotógrafos, enfim, todos estão postando em tempo real o que aconteceu em cada desfile. As peças fazem os olhos brilharem, porém, a compra deve esperar. Os desfiles sempre foram focados em apresentar para os compradores (falo do profissional que compra para as lojas e não do consumidor final), e eles precisavam deste tempo para fazer os pedidos e essas peças chegarem às lojas. Porém, a internet mudou o jogo. Cada desfile tem sido assistido por milhares de pessoas que passam a desejar os modelos apresentados. Em função disso, este pensamento está mudando. A nova proposta é apresentar hoje o que estará na loja amanhã. Valorizar cada tendência, o gosto do consumidor, o desejo de compra, enfim, tornar-se imediato, acompanhando assim o comportamento atual entre as pessoas. Com isso, as marcas buscam ter uma venda maior, atender ao desejo do consumidor de forma rápida, proporcionando-lhe vestir as novidades e não algo que foi apresentado meses atrás. Algumas marcas também estão falando em evitar usar os nomes das coleções como inverno e verão, visto que elas estão tão globalizadas que ao mesmo tempo a mesma coleção pode ser vendida em países diferentes, onde um país vive o inverno e outro passa pelo verão. Outro detalhe importante. Já falamos sobre coleções cápsulas, ou seja, coleções menores dentro de cada estação. Agora, para valorizar cada uma delas, elas devem ser apresentadas em momentos diferentes. Eventos menores buscando maiores resultados. Enfim, um ramo tão cíclico, cheio de mudanças deve sim mudar, buscar acompanhar a globalização. Toda mudança traz incertezas, porém, nada melhor que tentar mudar para melhor, alcançar um maior número de pessoas, e propor novas formas de fazer o comum. Nenhum negócio sobrevive sem se reinventar, sem buscar melhorar a cada dia. E cada um deve buscar as melhores alternativas para seu negócio. Vamos nos acostumar a essas mudanças?

Blusa Waldorf, saia Innocence e brinco Carlota Maricota, da Maçã com Canela




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