AH - Você | 21 de maio de 2016

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FIM DE SEMANA, 21 E 22 DE MAIO DE 2016 EDIÇÃO Nº 30

Inverno de tendências Páginas 12 e 13 Pági


Klaus Anton Bersch Profissão: estudante

Violão Do sertanejo ao pagode, samba e rock and roll. O lajeadense Klaus Bersch, 15, tem gosto eclético na hora de escolher o que aprender a tocar no violão. Desde os 9 anos, comparece obstinadamente às aulas na Escola de Música Jóselia Jantsch Ferla. Para ele, a maior recompensa do aprendizado é se assemelhar aos seus ídolos musicais.

QUEM FEZ ESTA EDIÇÃO voce@jornalahora.inf.br

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Agenda de eventos 25/5 Exposição “Cansada de ser ilha” Local: Espaço Arte 8 da Univates Há anos, Chana de Moura desenvolve trabalhos artísticos em diversas plataformas. Muitos são voltados para questões do interior, relacionadas ao ambiente e seres da natureza. Em desenhos, mistura técnicas de colagem, aquarela e aguadas. Como resultado, trabalhos que retratam a natureza e as pessoas como se nunca tivessem deixado de fazer parte do mundo natural-natureza.

Inspire-se Por que pratica? Porque o violão é fácil de se aprender a tocar. Além disso, ele desperta interesse de conhecer outros instrumentos. Meu plano para o futuro é estudar algum instrumento de sopro.

Quando quero tirar o foco do que me chateia, tento aprender uma música nova sozinho.”

TAMMY MORAES

Eu curto

O que proporciona? Me proporciona fugir um pouco do estresse. Quando quero tirar o foco do que me chateia, tento aprender uma música nova sozinho. Funciona como uma ferramenta de fuga do que está acontecendo ao meu redor.

Como iniciou a atividade? Foi aos 9 anos. Meus primos sempre tocaram instrumentos musicais e isso foi uma grande influência. Mas quando vi conhecidos tocarem violão, fiquei fascinado. No início, tive dificuldade, como toda criança. Mas consegui evoluir bastante. O apoio dos pais foi importante. Como concilia com a rotina? Minhas aulas de violão são nas sextas-feiras à tarde. A prática ocorre em

casa vez ou outra. Por estar em nível avançado e por conta da rotina corrida, pratico mais em fins de semana. É de momento, pela minha vontade. Aconselharia outras pessoas a praticar também? Por quê? Desde que comecei a tocar, consegui fazer dois amigos se interessarem pelo violão. Aconselho sempre. Muitas pessoas que me veem tocar ficam com vontade. E eu digo: aprenda porque vale a pena.

31/5 Exibição – O Menino e o Mundo Local: Teatro do Sesc. Horário: 19h Um garoto mora com o pai e a mãe em uma pequena casa no campo. Diante da falta de trabalho, o pai abandona o lar e parte para a cidade grande. Triste e desnorteado, o menino faz as malas, pega o trem e vai descobrir o novo mundo onde seu pai mora. Para sua surpresa, encontra uma sociedade marcada pela pobreza, exploração de trabalhadores e falta de perspectivas.

Direção Editorial e Coordenação: Fernando Weiss - Produção: Tammy Moraes - Arte: Gianini Oliveira e Fábio Costa Foto de capa: Estúdio Objetivo - Tiragem: 7.000 exemplares. Disponível para verificação junto ao impressor (ZH Editora Jornalística)

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Na cozinha

Coluna

Sem Título … foram publicadas, em 2014, por Sérgio Mello Jaeger e Samuel Dexheimer, as crônicas de Francisco Merino Filho, conhecido como Paquito. … a reunião de textos espalhados em jornais e revistas é fascinante. Há algum tempo, terminei Carlos Reverbel: textos escolhidos, verdadeiro calhamaço. … claro que, em se tratando de escritos reunidos a critério dos organizadores, sempre desconfio de faxinas. Podem ter sido descartados justamente os que mais (me) interessariam. Nem as obras ditas completas costumam corresponder ao divulgado. A Obra Completa: Simões Lopes Neto, da Editora Copesul, por exemplo, deixou de incluir a peça teatral O Boato. Só descobri porque era meu foco de pesquisa. … mas existe algo mais complicado, o extravio de originais inéditos. À introdução, José Alfredo Schierholt informa sobre a possibilidade de tornar públicos os datilografados do radialista Lauro Muller. 35 anos de atividade. Adoraria. É o tipo de material que desaparece. … não impressos em livro, esses papéis ficam por aí. Digitalização resolveria, mas os arquivos públicos locais estão desacreditados. A coleção de fotos de Sebaldo Hammes, depois de sua morte, é uma das que passam de mão em mão. As pessoas morrem, os herdeiros fazem triagens, ficam com o que lhes chama a atenção e descartam o resto. No lixo. … deve faltar incentivo (R$), sempre penso. Bons tempos, anos 1970, quando até um clube de futebol financiava projetos. O Internacional devolveu ao público o escritor Zeferino Brasil, seu patrono, que andava esquecido. … pela iniciativa, pelo resultado, Sem Título é ótimo. Poderia ter sido incrementado com as correspondências existentes entre autor e parentes (talvez). Esses documentos existem. ... cinéfilo, Paquito descreveu os cinemas de Lajeado, os frequentadores e seus costumes, esses influenciados pelos telões. As mudanças eram sinais de evolução para alguns, enquanto outros se queixavam de corrupção moral. ... apesar de não ser assunto de sua predileção, o colunista fazia várias críticas à política nacional e aos administradores locais. ... os organizadores o retratam como pessoa muito querida. Tenho cá para mim, por suas alfinetadas constantes nos administradores dos cinemas sem infraestrutura e mal organizados, suas reivindicações insistentes para que fosse erguido um teatro para os lajeadenses e as cobranças a políticos, que deve ter sido um tanto odiado também. Faz parte. nhece ... vale a pena para quem não conhece o passado regional.

por Jandiro Koch jandiro@jornalahora.inf.br

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Culinária vegana é destaque em feira A programação ocorre das 10h às 17h, com bancas expositoras, rodas de conversa e pocket shows musicais

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primeira edição da Feira Vegana de Lajeado ocorre neste sábado, a partir das 10h, no Criah Coletivo. Inicia com pocket show de música indiana, com Matias Oliva. Às 14h, 15h e 16h ocorrem rodas de conversa de assuntos relacionados ao veganismo. O evento encerra às 17h, com pocket show do artista Alessandro Cenci. Em caso de chuva, a feira será transferida. O evento tem entrada gratuita. Durante todo o dia, dez bancas expõem artigos de gastronomia, cosméticos, roupas e literatura. Os profissionais vêm de Santa Cruz do Sul, de municípios do Vale do Taquari e de Florianópolis (SC). Alguns são empresas consolidadas e outros são apenas pessoas que querem expor produção caseira artesanal. Jéssica e Odilom Surya, or-

ganizadores do evento, contam que de início pensaram em buscar expositores fora da região. “Mas não foi necessário pois muita gente daqui se dispôs a participar.” A aceitação do

O mais difícil em ser vegano é encontrar pessoas para compartilhar receitas, experiências e receber apoio.” Jéssica Surya, organizadora

público tem sido boa, contam. “Parece que faltava um evento assim na cidade.” Segundo Jéssica, o mais difícil em ser vegano é encontrar pessoas para compartilhar receitas, experiências e receber apoio. A também organizadora, Carolina Leipnitz, diz que a feira não tem como público-alvo somente veganos e vegetarianos, mas toda a comunidade. “Serve para quem quer experimentar novos sabores e descobrir maneiras de se alimentar melhor.” No evento, haverá espaço para troca de mudas. Os organizadores ressaltam ainda a importância de levar sacola de pano para as compras.

Programação – 10h: abertura – 14h: roda de conversa sobre agroecologia e o Roteiro Turístico Caminhos da Forqueta, com Márcia Ferrari e Helena Weizenmann – 15h: roda de conversa sobre alimentação desintoxicante, com Cloé Schneider – 16h: roda de conversa sobre 12 anos de veganismo, com Roger de Oliveira – 17h: encerramento da feira com pocket show de Alessandro Cenci O espaço Criah Coletivo se localiza na rua Julio May, 339, no centro. TAMMY MORAES


MACIEL DELFINO

Viver

Em ambiente fechado, não há perigo em tirar o casaco, mas em lugares externos pode ocorrer choque térmico

Prática de exercícios no frio requer cuidados A temperatura ideal do corpo para realizar atividades é alcançada com aquecimento prévio que, em baixas temperaturas, deve ser prolongado

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anter a frequência de atividades físicas mesmo em épocas frias ajuda a passar pelas estações com saúde e se manter no peso ideal. Para isso, é necessário atenção a alguns cuidados especiais. Segundo Mateus Winter, da academia Atlética de Teutônia, é necessário priorizar aquecimento prolongado durante os dias mais frios. Isso porque a temperatura ideal e segura para a prática de exercícios físicos demora mais a ser alcançada pelo corpo. Utilizar a esteira e a bicicleta por até 12 minutos, com progressão de intensidade, é boa alternativa. Para quem costuma suar e tirar o casaco durante os exercícios, Winter diz que em ambiente fechado não há perigo. Durante as atividades, a frequência cardíaca e a temperatura corporal aumentam, e com isso a produção de calor sobe. Mas, se os exercícios forem em ambiente

aberto, Winter não aconselha se despir quando a diferença de temperatura for grande. “Isso pode gerar um choque térmico.” Não existe uma atividade física mais indicada para esta época do ano. Segundo Winter, cada pessoa deve ser avaliada como indivíduo único. O profissional de Educação

Física é o mais competente para prescrever exercício específico e adequado, diz. Não esqueça de beber água. A hidratação antes, durante e depois é tão necessária como no verão, lembra o profissional. “O corpo tem perda de líquido devido à transpiração.” Opte por ingerir líquido em temperatura ambiente, pois o corpo troca calor com o ambiente externo.

Coluna

Dia da Luta Antimanicomial O dia 18 de maio é uma data comemorativa para o campo da saúde mental, pois é quando se comemora o Dia da Luta Antimanicomial. Neste ano, esse movimento completa, no Brasil, 29 anos. Tudo começou na Itália, no dia 13 de maio de 1978, há 38 anos, quando o Parlamento Italiano aprovou a Lei da Reforma Psiquiátrica Italiana, Lei 180, que representava o reconhecimento da luta pelos direitos dos usuários dos serviços de saúde mental por meio de um movimento que marcou a contemporaneidade com uma nova forma de lidar com a loucura. Essa data inspirou a criação, no Brasil, do Dia Nacional da Luta Antimanicomial, que passou a ser comemorado no dia 18 deste mesmo mês, data convencionada no Encontro Nacional de Trabalhadores da Saúde Mental, em 1987, em Bauru, que tinha como lema: “Por uma sociedade sem manicômios”. O movimento denominado Psiquiatria Democrática Italiana reunia ações e debates em torno dos direitos humanos, sociais, culturais, entre outros, que ocorriam em várias partes do mundo após a II Guerra Mundial, quando as atrocidades dos campos de concentração nazista vieram à tona. A garantia pelas liberdades individuais e coletivas se tornou o eixo das lutas políticas que se seguiram após a II Guerra. No Brasil, o modelo de atenção à saúde mental também foi reformulado. Em 2001, sancionou-se o projeto de Lei Paulo Delgado (Lei Federal 10.216), que impôs novo impulso e novo ritmo para a Reforma Psiquiátrica. Impulsionadas pela luta antimanicomial e pela Reforma Psiquiátrica, muitas transformações foram feitas, principalmente na lógica de atendimento. Criou-se alternativas, construiu-se novos locais e incrementou-se novas ideias para a substituição dos hospitais psiquiátricos. A partir da luta antimanicomial, concretizou-se um novo modelo de cuidados, marcado pela criação de uma rede de atendimentos multissetorial e multidisciplinar. Rede, essa, que é composta pelos vários setores que lidam direta ou indiretamente com portadores mo os Caps, os ESFs, os leitos psiquide transtornos mentais, como átricos e para dependência de álcool e outras drogas dentro dos hospitais gerais, ambulatórios de saúdee mental, cooperativas de trabalho, residência para ex-egressos dos manicômios, ômios, ações culturais, entre outras situações ões e setores públicos.

Fábio Vitória psiquiatra

Sem mau humor

A hidratação antes, durante e depois é tão necessária como no verão.” Mateus Winter, educador físico

A prática de exercícios físicos aumenta a concentração e endorfina, substância que promove o bem-estar. É preciso tempo até os níveis subirem. Estudos mostram que a endorfina é liberada até 48 horas após o treino. Por isso, para sentir os benefícios, o ideal é praticar atividades físicas com frequência.

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Sociedade FOTOS EDERSON KAFER

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FOTOS LISIANE DA SILVA

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Dia de comemoração André Dahmer, Bruna Zart e Lovani Ely Zart receberam clientes e amigos no aniversário de cinco anos da nova loja do Super Zart, em Teutônia (foto 1, da esq. para a dir.). Silfredo Lagemann e a mulher Ligia Dörr Lagemann posam com Lovani (foto 2, da esq. para a dir.). Também esteve por lá Carlos Diedrich, que posa com Bruna (foto 3).

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Apreciadores de chás Leo Camargo e Adriana Sbaraini Arend aproveitaram uma tarde fria da semana passada para saborear chás na Casa de Chá Christiana Garcia (foto 1). Rosangela Faedo (esq.) e Fabiane Delazzeri também estiveram no local (foto 2).

Primeiro aniversário Tatiana Medeiros (esq.) e Sandra dos Anjos tiveram motivo especial para comemorar neste mês (foto 1). A Loja Adão & Eva, em Teutônia, festejou o primeiro aniversário. Amanda Drebes e Car-

los Olwheiler prestigiaram a programação especial, com acústico e champanhe (foto 2). A proprietária Tatiana (esq.) fotografa com a cliente e amiga Juliana Silveira de Ávila (foto 3). FOTOS EDERSON KAFER

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Sociedade FOTOS TAMMY MORAES

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Conquista festejada Claiton Fernandez e Astrid Lenhart confraternizaram com amigos nessa quarta-feira à noite, durante a posse de Fernandez na Academia Literária do Vale do Taquari (Alivat) (foto 1). O evento ocorreu em Arroio do Meio, município onde ele nasceu. O presidente da Alivat, Márcio Marquetto Caye, posa com Ana Cecília Togni (foto 2). Fernando Bildhauer e Fabrícia Dietrich prestigiaram o evento (foto 3). Marcelise Halmenschlager e Lúcio Bersch estiveram por lá (foto 4). Kiko Sulzbach marcou presença (foto 5).

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FOTOS ARQUIVO PESSOAL

Comportamento

Família se aventura em

viagem de 111 dias ANDERSON LOPES

Sem roteiro definido, Cristina, Fernando e a filha Sara, de 5 anos, colocaram as mochilas nas costas. Em busca de aventuras, conheceram culturas exóticas e tiveram experiências marcantes para toda a vida.

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sofá cinza reluzente onde Cristina Leohardt, 37, senta com a filha Sara, 5, e o marido Fernando Pedroso, 33, na sala do apartamento recém-alugado em Lajeado simboliza uma nova fase à família. Depois de sair de Lins (SP), o trio viajou durante 111 dias sem rumo planejado. A ideia era tirar a família da zona de conforto. Antes de partir, venderam parte dos móveis da casa. Nas malas, só o necessário. Entre as paisagens inesquecíveis, a culinária diferente e as novas amizades inesperadas, guardam na memória todos os aprendizados. A partir de agora, a prioridade

para o trio de expedicionários é a dedicação mútua. Passar mais tempo juntos e valorizar a formação cultural, psíquica e intelectual ao invés de bens materiais. Pedroso é natural de São Paulo, capital, mas criado em Itupeva. Cristina nasceu em Porto Alegre e morou durante

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a adolescência em Lajeado. Por conta de uma oportunidade de trabalho, escolheram Lins para estabelecer família. Enquanto Pedroso trabalhava como vendedor, Cristina exercia função de gerente de empresa. A rotina era corrida. Foi na volta de uma viagem a trabalho que decidiu pedir demissão.

Quando comunicou ao marido, ele a questionou o que fariam depois. A resposta de Cristina foi decidida: “Vamos viajar, mas desta vez para onde realmente quero ir.” Em fevereiro do ano passado, decidiram explorar o mundo. Tinham dinheiro guardado e Cristina decidiu manter o tra-

A aventura da família seguiu da Alemanha para a China, depois passaram pelo Vietnã, Camboja, Tailândia e encerraram a exploração em Cingapura. O retorno ao Brasil ocorreu em dezembro do ano passado


FOTOS ARQUIVO PESSOAL

balho por mais tempo, para aumentar o valor da poupança. No fim de abril, uma surpresa. Cristina foi demitida. Apesar de inesperada, a saída foi como uma alavanca para a viagem. Antes de partir, o trio aproveitou para rever a família. No fim de agosto, compraram passagem só de ida para a China. Antes, uma parada: fizeram escala na Alemanha, onde reside uma prima de Cristina e outros amigos. Depois de uma breve estadia na Europa, iniciaram a viagem aos países exóticos do sul da Ásia.

China desafiadora O choque cultural atingiu a família logo na chegada à China. A linguagem foi uma das maiores barreiras. O mandarim era língua desconhecida e durante a viagem encontraram poucas pessoas que falavam inglês. Costumes chineses causaram muito estranhamento. Os cabelos loiros de Sara chamavam a atenção por onde passavam. “Para eles, ela era como um amuleto.” Por isso, muitos queriam acariciá-la e tirar fotos. Os jovens pediam permissão aos pais, enquanto os mais velhos aproximavam a câmera no rosto de Sara. No começo, acharam curioso, mas com o tempo passou a ser um incômodo.

Uma maneira de superar o choque cultural foi se entregar inteiramente à experiência. A comunicação falada quase não era opção, então usavam mímicas e desenhos. Uma experiência importante para ampliar a visão de mundo e a tolerância.

Vietnã: preparado para receber turistas A diferença entre a China e o Vietnã impressionou. País arrasado pela guerra contra os EUA entre 1955 e 1975, deixou um legado cultural. Todos do ramo de turismo falavam inglês. A viagem se tornou mais fácil, pois era possível se comunicar, escolher comidas específicas e destinos turísticos. Começaram em Hanói, depois foram para Halong Bay, um local à beira-mar considerado uma das maravilhas naturais do mundo. De lá, partiram para um povoado chamado Tam Coc, onde existe rio que passa dentro de montanhas. Os passeios de barco eram dentro de cavernas. A água transparente e vegetação compunham cenário inesquecível. Em Hué, a primeira capital do Vietnã, visitaram palácios e mausoléus. A cidade foi percorrida toda de motoclicleta, veículo alugado facilmente.

Localizada no centro do Vietnã, as marcas da guerra ficavam à vista em diversas ruínas. De Hué, Cristina, Sara e Pedroso foram para Hoi An, cidade portuária e, para Cristina, uma das mais charmosas visitadas. A multiplicidade de culturas era grande, com vários mochileiros. Por ser uma cidade plana, a família conseguiu se locomover de bicicleta. Seguiram também para Chau Doc, a última parada no Vietnã, de onde viajaram de lancha para o Camboja.

Últimos destinos Ao chegar no Camboja, a família ficou dois dias na capi-

O choque cultural atingiu a família logo na chegada à China.”

tal Phnom Phen. De lá, foram para Siem Reap, onde se localiza o complexo arqueológico de Angkor Wat com templos grandiosos e cachoeiras. Para percorrer o caminho até Bangkok, na Tailândia, a família escolheu um ônibus. Marcada por praias paradisíacas, a cidade de Krabi compôs o roteiro. A vibrante Chiang Mai é conhecida por ter mais de 200 templos. A cidade recebe sempre muitos turistas. Com um carro alugado, eles partiram de lá para a província de Mae Hong Son, onde viram as montanhas mais altas do país. Sem turistas, a parte rural da Tailândia é conhecida por poucos. Depois do retorno à Chiang Mai, o trio foi para Sukhothai, uma cidade cheia de ruínas. A saudade da família e a vontade de voltar para casa começaram a tomar conta de Cristina, Pedroso e Sara. Era dezembro quando decidiram retornar ao Brasil. Na escala do voo, ainda passaram uma tarde explorando Cingapura. A viagem completou 111 dias quando, em 21 de dezembro do ano passado, surpreenderam a família de Pedroso no interior de São Paulo. A emoção foi grande e o choro inevitável, lembram. O trio chegou a Lajeado no dia 24 de dezembro, a tempo de passar o Natal com a família de Cristina.

A vida vista por novos olhos Lajeado foi a cidade escolhida para morar depois da volta ao país. O aprendizado da viagem será aplicado na rotina, garante Cristina. Antes, ganhar cada vez mais dinheiro era o lema. E para isso teve de abdicar o tempo com a família. Depois dos 111 dias passados juntos, ficou claro que é assim que devem permanecer: unidos. Para isso, será necessário aprender a viver com menos dinheiro e bens. O sofá cinza reluzente adquirido na semana passada só foi comprado depois de muitas considerações. “Procuramos algo funcional, que supra nossa necessidade. E isso é uma metáfora para tudo na vida”, diz Cristina. O objetivo da família agora é substituir o “ter” pelo “ser”. Para Pedroso, a viagem serviu também para repensar as carreiras. Antes, especialista na área de qualidade e processos, hoje encara o desafio de ser vendedor técnico e comercial. Cristina aproveita os conhecimentos de engenharia de alimentos na escrita, seu foco no momento. Para isso, criou o blog Cuore Curioso, onde relata detalhes da viagem. No site Senhora Inovadeira, ela fala sobre inovações para a indústria de alimentos.

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Moda

Na baixa temperatura

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frio chegou e com ele a hora de renovar o guarda-roupa. As cores coringas da estação são as básicas, como marrom, bege, azul e preto. A exemplo do inverno passado, as peles invadem os looks em detalhes localizados. Os sobretudos e capas dão toque moderno. As estampas mais alegres são versáteis e aparecem em calças, camisas e casacos. Para os homens mais despojados, a aposta é no xadrez, um clássico do inverno.

Créditos: Loja participante desta produção: Dullius (3714 4469) Locação: Casa do Morreto Beleza: André Schenkartczuk Modelos: Leonora Weimer e Jonas Sulzbach Fotografia: Estúdio Objetivo

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