Ano IV - n 41 - abril de 2016 - Ilha de Paquetรก, Rio de Janeiro
Editorial
O que v ai p ela Ilha
As coisas têm que ser vistas como um todo. Tudo está interligado. É um ecossistema. Numa comunidade fechada numa ilha, isto vale mais ainda.
Enxada solidária
Era uma vez um pântano que tinha muitos sapos. Os sapos coaxavam a noite inteira e incomodavam algumas pessoas. Outras não se importavam, gostavam de morar num lugar com sapos. Os primeiros se incomodaram tanto que deram um jeito de acabar com a saparia.
Só que aí o zumbido fino dos pernilongos foi substituído pelo uivo agudo das máquinas. O cientista garantiu que não haveria problemas, os sons só seriam sentidos por insetos, mas não era verdade, no fundo do ouvido das pessoas ficava um ruído de giz arranhando quadro-negro.
Adelsone Janaina
Sem sapos, veio a infestação de mosquitos. Aí todos viraram incomodados. Como resolver aquilo? Trazer os sapos de volta? Já tinham ido todos para a Fábrica de Pernas de Rãs Modelo. Um dia veio um cientista da empresa OBA com uma solução genial. Ele vendeu 17 aparelhos elétricos, que, instalados pelo brejo, emitiam um som agudíssimo e que espantava todos os mosquitos.
Se quiserem, podem copiar o exemplo, porque vai pegar bem: os ecotaxistas Tadeu e Chorão arregaçaram as mangas e limparam o terreno da escola onde seus filhos estudam - e que andava mesmo precisando de uma boa geral, que nunca acontecia. Com a ajuda de alguns amigos, a dupla aparou a grama, tirou o mato e a sujeira, e deixou a área com o visual que as nossas crianças merecem. Palmas pra eles!
Não dava mais para andar no meio da rua sossegado, as máquinas elétricas atazanavam com seu apito. Pra tentar escapar do barulho, as pessoas passaram a correr para lá e para cá em alta velocidade. O pântano, que fora um lugar pacato, tranquilo, virou uma agitação, uma tensão, parecia até uma cidade. Começou a bater saudade dos sapos e até dos mosquitos. Mas era tarde. É como num jogo de pega-varetas. Você mexe numa vareta e balança várias. Há que ter muita habilidade, pensar na frente, e avaliar consequências. Às vezes caem todas e você perde o jogo. Acabar com as charretes foi a primeira vareta. (Ricky Goodwin)
Expediente A Ilha é um jornal comunitário mensal organizado, elaborado e mantido pelos moradores da ilha de Paquetá. Mentor e fundador: Sylvio de Oliveira (1956-2014) Equipe: Ana Pinta, Claudio Marcelo Bo, Cristina Buarque, Flávio Aniceto, Ialê Falleiros, Ize Sanz, Jorge Roberto Martins, Julio Marques, Márcia Kevorkian, Mary Pinto, Ricardo Cintra e Ricky Goodwin, Xabier Monreal. Programação Visual: Xabier Monreal Jornalista responsável: Jorge Roberto Martins - Reg. Prof. 12.465 As informações e opiniões constantes nas matérias assinadas são de exclusiva responsabilidade de seus autores.
Feirinha Ecológica na praça A Feirinha Ecológica de Paquetá, iniciativa que está em sua sétima edição, a partir de abril passou a acontecer na Praça Bom Jesus. A estreia ao ar livre foi no dia 9 de abril. A Feirinha tem o objetivo de promover hábitos alimentares saudáveis e estimular uma relação harmônica com a natureza, além de incentivar a produção e as trocas entre produtores locais. O evento ainda está em fase de implantação e deve crescer com a possibilidade de se realizar na praça. O projeto começou a funcionar em outubro, por iniciativa de uma moradora, Iale Falleiros, que fez a primeira edição em sua casa. Logo alguns dos expositores passaram a colaborar na organização e estruturação da feira, dividida em quatro eixos:venda de produtos orgânicos e naturais, gastronomia artesanal, não-comestíveis (reciclados, recicláveis, reutilizados, bazares, trocas diretas etc) e produção do conhecimento, com oficinas e palestras. A Feirinha acontece sempre no segundo sábado de cada mês, das 10h às 17h.
Impressão: Gráfica e Editora Cruzado Ltda / Tiragem: 2 mil exemplares Fale com a gente: cartasjornalailha@gmail.com Anuncie: comercialjornalailha@gmail.com Ano 4, número 41, abril de 2016. Capa: Toni Lucena Este número de A Ilha foi possível graças à participação dos anunciantes e às contribuições financeiras de • • • • • • • • • • • • • • • •
Adilson Martins Aline Souza Lima Ana Cristina de Mello Bernardo e Cisinha Bruno Jardim Carla Renaud Claudio Marcelo Cris Campos Cristina Buarque Cristina Monteiro Flavio Aniceto Isa e Claudio Motta Isabel da Luz Jim Skea Jorge Roberto Martins Júlia Menna Barreto
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Julio e Sandra Leonardo Couto Lourdinha e Rubens Luciana Palma Lula Mendes Lurdes e Rubens Márcia e Ricardo Bichara Marcilio Freire Marcio Miranda Maria Helena Ferreira Maria José de Oliveira Mary Pinto Nadja Mara Barbosa Padre Nixon Ricardo Saint Clair Sylvio Sá e Marília
Rede de proteção Muito bom de se ver na ilha a preocupação e solidariedade das pessoas com os donos de animais desaparecidos. Tivemos recentemente vários casos com final feliz. Facebook do jornal A Ilha, fotos nos murais do comércio e o famoso boca a boca costumam funcionar. Seu animal pode estar perdido, com frio, fome e medo, mas alguma pessoa talvez encontre e o devolva.
Semana da Paixão... pela música
Em março, um grupo de 30 mães, pais e responsáveis por bebês de 0 a 2 anos de Paquetá encaminhou à 1ª Coordenadoria Regional de Educação um abaixo-assinado para apresentar a demanda urgente pela abertura de turmas de berçário e maternal 1 na creche da Escola Municipal Joaquim Manoel de Macedo.
Paquetá realmente é um lugar onde se respira música. Nos feriadas da Semana Santa, por exemplo: entre Sexta da Paixão e Domingo de Páscoa teve show de Los Gumbas na Casa Amarela, apresentação de Fernanda Cunha na Casa de Artes, festa de rua com Trio Lanay no Cerqueirão, rock do Fernando Canibal na Casa Flor, João Guedes cantando no Zeca´s, serestas do Serestial na Igreja Bom Jesus, karaokê no Recanto dos Amigos, baile no Quintal da Regina e samba de roda no Iate Clube. Além das pessoas com instrumentos e vozes tocando e cantando nas suas casas e pelas ruas.
Não há atendimento em caráter assistencial ou educacional para esta faixa etária em nossa ilha.
Para embasar a solicitação, encaminhou-se, ainda, uma declaração da Unidade de Saúde Manoel Villaboim, evidenciando o quantitativo expressivo de 70 crianças de 0 até 2 anos cadastradas na Estratégia Saúde da Família. Aguardemos notícias!
Los Gumbas - Foto: Irinea Ribeiro
A assistência social prestada pelo Preventório Rainha Dona Amélia a crianças a partir dos dois anos não vem suprindo numericamente todas as necessidades da ilha, e tem uma lista de espera cada vez maior (atualmente com cerca de 17 crianças).
Baile no Quintal
Queremos creche!
Fernando Cunha
Os bougainvilles estão de volta!
Trio Lanay Samba no Iate Clube
Márcia Kevorkian
Fernanda Canibal - Foto: Ricardo Cintra
Quem lembra dos bougainvilles que enfeitavam o ponto das charretes e durante anos foram o cartão de visitas de Paquetá, deslumbrando quem descia das barcas? Perdidos com o passar do tempo, eles logo vão voltar a florir a porta de entrada de nossa ilha. No dia 28 de março, o grupo Plantar Paquetá replantou oito mudas de bougainvilles, de cores diversas, nas colunas de pedra projetadas por Pedro Bruno especialmente para serem adornadas por essa espécie. O plantio foi um pedido dos charreteiros, que ajudaram na atividade e agora estão cuidando das novas árvores, doadas pela Fundação Parques e Jardins ao Plantar Paquetá.
Foto: Sonia Ferreira
Aviso ao comércio
Cuidado ao receber dinheiro, pois há muita nota falsa de 50 circulando aqui na ilha.
AMORES DA ILHA
Eudúcio Ricky Goodwin
•ARTICULANDO E DIVULGANDO NOSSAS INICIATIVAS CULTURAIS •APOIANDO ARTISTAS LOCAIS •PRESERVANDO NOSSO PATRIMÔNIO, MEMÓRIA E IDENTIDADE •PROMOVENDO O TURISMO CULTURAL
A COMUNIDADE PROTAGONISTA E BENEFICIÁRIA Próximas iniciativas apoiadas pelo Ponto
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FOTO DO MÊS
Patricia Eloan
Poesia na Praça
Dia 11 abril - segunda - 20h - Acordes ao Luar
ABR
Informações: 3397 2024 Ingressos: Entrada franca
Cineclube PQT Terças - 20h - Quintal da Regina.
05 ABR
PROGRAMAÇÃO DIA 05 abril
“Citizenfour"
19 ABR
Direção: Laura Poitras DIA 19 abril
“A revolução não será televisionada” Direção: Kim Bar tley e Donnacha O’Br iain
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Plantar Paquetá – Cursos de Jardinagem DIA 10 – DOMINGO – 10H00 – CASA DE ARTES “O PLANTIO NO SEU JARDIM E O CONTROLE DE PRAGAS E DOENÇAS”
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ABR
TÚNEL DO TEMPO o passatempo deste mês
Instrutor: Lucas Oliveira Vagas limitadas! Inscrições abertas e grátis Informações: plantarpaqueta@gmail.com ou www.facebook.com/
Domingo no Darke – Dia 01 – Parque Darke de Mattos Dançarinhos do Passinho fazem flashmob ao meio-dia na saída das barcas e se apresentam no Darke às 15:00.
01 MAI
O historiador Luiz Antônio Simas dá uma aula sobre São Jorge, o santo carioca (às 13:00) Mais: oficinas, aula de dança, show de música, barraquinhas e atividade para crianças. De 10h30 às 17h00 no Parque Darke e nas ruas da ilha
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Continuando a nossa série de pinturas com paisagens de Paquetá, trazemos uma aquarela de Azeredo Coutinho, feita na década de 50. A brincadeira, você já conhece: identificar, pela imagens de sua memória, ou por referências que aparecem no quadro, aonde fica esse local. Se souber, escreva para cartasjornalailha@gmail.com. Resposta do desafio anterior: o quadro de Di Cavalcanti retrata a Praia do Buraco, na descida da Maestro Anacleto. Já nossa leitora Wilma Leitão identificou corretamente a foto antiga de carnaval como sendo um baile no Municipal e reconheceu 10 pessoas entre o grupo de foliões fantasiados de empregadas e de mordomos.
Jim Skea
Paquetá: o tempo e as utopias Zeca Ferreira (com a colaboração de Iale Falleiros) Minha primeira relação com Paquetá, como com grande parte dos cariocas, se deu na infância. Filho de pais separados e com muitos irmãos, a ilha representava um programa seguro e garantido nos fins de semana com meu pai: ele comprava o jornal de domingo, alugava uma bicicleta para cada filho e deixava que percorrêssemos por nós mesmos as ruas, ladeiras e perigos (em boa parte imaginários) de Paquetá. No fim do dia, cansaço, sorriso estampado no rosto e um machucado tatuado em cada joelho. Décadas se passaram até que iniciasse, já adulto, uma nova relação com o bairro. Depois de anos de namoro, resolvemos, eu e minha família, fazer a mudança definitiva para a ilha, o que significa, obrigatoriamente, uma mudança de estilo de vida. Muitos fatores podem ser apontados como determinantes para isso, mas nenhum é tão central quanto a ausência de automóveis nas ruas (exceção feita aos veículos de serviço), que resulta numa relação com o tempo bastante diferente da que encontramos na cidade, onde a cadência da vida se liga à velocidade do trânsito. São muitos os forasteiros que, a cada nova temporada, vêm para Paquetá em busca de mudanças mais significativas na sua própria existência. Com isso, são também muitos e diversos os olhares sobre a ilha. Mesmo para quem já está aqui há anos, Paquetá não permanece a mesma, sempre é tempo de repensar, rever, “re-conhecer” a ilha a partir de novos e insuspeitos ângulos. Se, num primeiro momento, chegar à ilha dos amores é como viver a possibilidade de ajudar na construção de uma utopia, uma nova forma de convívio, de pensar o comum, logo vem a fase da decepção, do desgaste, do cansaço diante das dificuldades que o cotidiano aqui também apresenta, sobretudo para quem vem acostumado ao lado confortável de uma vida na metrópole. Assim como, a cada ano, muitos vêm, outros tantos se vão. Perdem o que me parece a melhor parte, a possibilidade de conhecer uma ilha de Paquetá que existe por si e não para representar o papel de um lugar ideal, de ilha utópica para existências cansadas. Um lugar que tem história, que forjou um modo de vida próprio, o seu mais caro patrimônio. Entre o amanhecer na Praia dos Tamoios e o anoitecer na Praia da Guarda, as flores e as frutas da estação, as pedras e as árvores centenárias vão preenchendo o espaço e inspirando a rotina dos moradores com suas bicicletas, dos visitantes com suas câmeras fotográficas, dos poetas e demais artistas atraídos aos montes pelo perfume que desce ao cair da tarde e pela cantoria dos pássaros na alvorada.
Ilha de contradições Paquetá, como todo território habitado por humanos, é uma ilha de contradições. Aqui, por exemplo, reclama-se o tempo todo. A começar pelas barcas: reclama-se do serviço, da pontualidade, da grade de horários, da qualidade e da velocidade das embarcações; reclama-se, sobretudo, do próprio habitante de Paquetá, que, por supostamente reclamar menos do que deveria, acabaria sendo obrigado a conviver com todos esses problemas. “Pergunta se o pessoal de Niterói admite um negócio desses?!” é um exemplo de frase repetida todos os dias, nos horários de pico do transporte. Reclama-se do cheiro de esgoto e da sujeira das praias causados pelos empreendimentos na Baía de Guanabara. Reclama-se da falta d’água, da internet lenta, do celular que não dá sinal, da dificuldade de comprar cigarro após as dezoito horas e de uma infinidade de pequenas e grandes coisas, com justiça. Ainda que os limites visíveis e a segurança de andar por suas ruas pudessem sugerir a ideia de um condomínio fechado – crença comum a muitos moradores -, essa é uma definição que não compreende a ilha. Em Paquetá, por mais que reclamemos e muitas vezes não nos entendamos, há uma necessidade incontornável de encontrar soluções que atendam ao coletivo. Não há na ilha, por exemplo, opção privada de saúde e de educação. Isso resulta em um obrigatório e mais do que saudável convívio entre diferentes classes sociais, em espaços fundamentais como o centro de saúde e a escola – que estão longe de ser perfeitos, compartilhando boa parte dos problemas assistenciais e do ensino públicos em todo o país. Por mais que esse tipo de desenho possa sugerir uma ideia um tanto falsa de espaço democrático, ao menos parece possível afirmar que, em Paquetá, as contradições de todos nós se deixam ver melhor, o que já é um passo enorme na construção de qualquer diálogo e qualquer solução.
(publicado originalmente no portal Forum Rio)
Correios reduzem efetivo em Paquetá
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Cláudio Marcelo Desde 2010, os Correios não fazem novas contratações de carteiros. Os funcionários que saem por diversos motivos (aposentadorias, mortes, demissões espontâneas, etc) não vêm sendo substituídos. Resultado óbvio: sobrecarga de trabalho e queda na qualidade dos serviços. Paquetá vem sentindo isso há tempos. A ilha era dividida em três distritos, três conjuntos de ruas atendidos cada um por um carteiro, além de um quarto carteiro motorista, conduzindo uma van para entrega de volumes maiores, como o Sedex, que vinha aqui quase todos os dias. Como cresceu o número de reclamações pelo atendimento ruim no Centro do Rio - com grandes clientes, como gigantes privadas e estatais, além das poderosas ALERJ, Câmera Municipal, Tribunal de Justiça, e outros - sobrou para o lado mais fraco. Um dos carteiros de Paquetá foi transferido para o Rio, ficando toda
a ilha atendida por apenas dois carteiros. Por isso, a visita a cada rua, que era feita diariamente, agora acontece a cada dois ou três dias. E quando um carteiro não dá conta da grande quantidade de entregas, as correspondências ficam para a próxima visita. A viatura do Sedex também passou a vir bem menos à ilha, como podemos notar no dia a dia. No último dia 7 de março, o jornal A Ilha enviou aos Correios uma mensagem solicitando mais informações sobre isso (recebida com o protocolo nº 43851769), mas a empresa não respondeu. Nota do editor: a resposta deve estar vindo pelo correio.
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Na Praia de Guarda, com fachada em platibanda de inspiração art decô, tem no salão azulejos até meia parede, como ditavam a estética e higiene de então. Até pouco tempo mantinha o mobiliário interno original, com as cadeiras e mesas de madeira, típicas dos botequins cariocas dos anos 40/50. Acredito que foi construído nessa época. Época em que as pessoas vinham a Paquetá por causa de suas águas (e não apesar delas). Como ele, existiam outros, com cabines para banho e troca de roupas. O Nacional oferecia também um agradável restaurante, com área arborizada polvilhada de mesinhas. Seu proprietário o manteve aberto até o fim da vida. Vinha capengando, sempre vazio, mas tinha uma batata frita deliciosa e abria religiosamente aos finais de semana.
Como todos devem saber, na ilha viveram, e ainda vivem, muitos pintores, poetas, jornalistas, escritores e compositores que criaram, e ainda criam, obras-primas sobre Paquetá que fazem muito sucesso na literatura e no cancioneiro popular. Ana Pinta
Este foi morador ilustre da ilha por muitos anos - sua família ainda reside aqui e recebe muitos visitantes em sua casa. Ele tinha o hábito de se refugiar em Paquetá para escrever, compor e curtir a tranquilidade que o local lhe proporcionava. Naquela época, os furtos e pequenos delitos eram muito raros no bairro. Mas, um dia, o poeta se viu obrigado a usar os serviços da polícia local (Paquetá tinha uma delegacia e até delegado de plantão, que era seu amigo e admirador). Ele notou que a jaqueira, que ainda existe em sua propriedade, a cada dia ficava com menos frutos que no dia anterior. Ficou muito possesso, já que usava aquelas frutas ao receber seus convidados, e citou o fato em conversa com o delegado. O policial então, como não tinha mesmo muito o que fazer por aqui, resolveu investigar o sumiço das jacas. Uma noite, ficou de campana no terreno em frente à casa e pegou o gatuno. No dia seguinte, com o larápio atrás das grades, chamou o poeta e perguntou qual castigo deveria impor ao meliante. Depois de muito pensar, ele decidiu que o pior castigo seria fazer com que o salafrário comesse toda a fruta de uma só vez, não poderia parar nem pra respirar.
Após sua morte os herdeiros venderam o que podiam e o fecharam, tia Lloydd o arrendou, fez uma pequena reforma, mas não conseguiu reabri-lo. Pena. É o último dos balneários em estado razoável de conservação, retrato de um tempo em que a baía tinha águas limpas. P.S.: Vale lembrar que estamos em 2016, ano olímpico e data prometida para a despoluição da baía de Guanabara. Sqn.
O coitado teve uma indigestão alimentar, ficou internado no hospital por vários dias e viveu muitos anos com a pecha de ladrão de jaca. Quando alguém lhe perguntava: “Vai uma jaquinha aí?”, ele xingava, partia pra briga e só acalmava o ânimo quando o delegado ameaçava levá-lo para a cadeia e servir-lhe jaca por três dias. Obs.: Apesar dos fatos narrados acima serem verídicos, preservei os nomes dos personagens para evitar pilhérias sobre familiares do “comedor de frutas roubadas”, que ainda vivem em nossa maravilhosa ilha e são pessoas muito queridas.
Ana Pinta
ILHA DOS Escondidinho de Caponata da Jô SABORES Ana Pinta
J
oziete, a Jô, chegou aqui em casa sorridente e animada. F fomos direto para a cozinha e trocamos muitas figurinhas culinárias. Eram muitas as ideias de receitas para o jornal, mas optamos por esta porque é fácil, gostosa e muito saudável. Ideal para aliviar a culpa depois dos excessos da Páscoa. Jo , nascida em Pernambuco , chegou em Paquetá com sua família aos treze anos de idade. Logo depois já começava a trabalhar na pensão do Jacques Azicov , como aprendiz. Fez muitos cursos , mas não gosta de seguir as receitas à risca , prefere cozinhar com a intuição e o coração. Mulher Maravilha , multitarefas . Jo olha para o relógio e sai correndo , é hora de fazer o almoço do pai . E eu fico aqui , já antecipando a delícia do escondidinho e feliz de ter recebido uma visita tão leve e de bem com a vida !
Ingredientes :
Modo de fazer:
Para a base e cobertura: 1 quilo e meio de aipim 1 ovo Manteiga ou margarina
Cozinhe o aipim descascado, com um pouco de sal, até ficar desmanchando. Amasse com um garfo e coloque na batedeira (se tiver). Bata uma clara em neve e acrescente ao aipim, misturando com delicadeza. Reserve.
Recheio: Azeite 2 abobrinhas 2 berinjelas 1 cebola 1/2 xicara de azeitonas pretas sem caroço 1 xicara de cogumelo shitake, paris ou champignon 1/2 xícara de tomate seco 1 pitada de sal 1 pitada de tomilho 1 pitada de orégano
Numa panela ou numa wok (panela chinesa), faça um refogado dos ingredientes (cortados em tiras pequenas) do recheio, cozinhe até ficarem “al dente“. Monte o escondidinho numa forma refratária ou pirex grande, untado (base de aipim, recheio de caponata e topo de aipim. Pincele uma gema na parte superior.). Leve ao forno médio, pré-aquecido, até a gema ficar sequinha e dourada (cerca de 20 minutos). Bom apetite!
Entrando de Carrinhos Rick y Goodwin
A questão do fim das charretes foi uma polêmica que dividiu a ilha, com grupos penalizados com a situação dos cavalos, e pessoas defendendo os veículos como uma tradição da cultura e incentivadores do turismo que é a mola mestra da economia local. Já a questão dos carrinhos elétricos é praticamente uma unanimidade entre os habitantes do nosso bairro: quase ninguém quer esses carros circulando em Paquetá. Não tenho visto, ouvido ou lido alguém daqui defendendo os carros elétricos, com exceção dos próprios charreteiros e uns poucos preocupados com o destino dos destituídos de suas charretes. Aos 17 charreteiros foi prometido, a título de desapropriação por perderem seus cavalos e ficarem sem função, que receberiam 17 carros elétricos para formarem um transporte substituto e terem um ganha-pão. Estes, evidentemente, estão interessados na vinda dos carrinhos (embora nem todos, alguns começam a perceber como isto será uma furada). As únicas outras pessoas a defenderem os carros usam o mesmo argumento: “Mas, coitados, como vão fazer para sobreviver?” Gente, os carrinhos elétricos, além de representarem uma série de transtornos e de modificações para pior em nosso estilo de vida (leiam o artigo da Nadja), não são uma solução eficaz para a vida dos charreteiros. Quando se aborda a implantação de carros elétricos em Paquetá é preciso pensar em todos os detalhes. Um deles é: para se habilitar à condução de veículos elétricos como os planejados para Paquetá é preciso tirar carteira de motorista série B. Entre nossos charreteiros, temos excelente condutores de cavalos, mas quantos conseguirão passar pelos testes e se tornarem motoristas? Temos pessoas de mais idade, pessoas com problemas de visão, ou com problemas de saúde, etc. Alguns são jovens e aptos, e os outros? Vão ganhar o carrinho e não vão poder dirigi-lo, por não conseguirem tirar a carteira? A não ser que se mande as leis às favas, entreguem os carros sem exigirem testes ou exames nenhuns. Já estão fazendo isso mesmo, pois pela legislação em vigor esses carrinhos não poderiam circular em Paquetá. Isto é um dos exemplos do que, para mim, é a questão maior nesta história (além do lado cultural, abordado pela Nadja). Está se introduzindo uma grande mudança numa comunidade sem o devido planejamento. Foi feita alguma avaliação sobre o impacto da introdução dos carrinhos? Foi realizado algum estudo técnico sobre os seus desdobramentos? A OAB, que gosta tanto de consultas populares, realizou alguma com a comunidade de Paquetá para ouvir a população? Foi feito algum levantamento com turistas para calcular se haverá interesse por passeios na ilha em carros elétricos? Se houve algo, não chegou aqui, ficou pelos gabinetes. O que se depreende é que vão passar carrinhos elétricos para Paquetá – com todas as variáveis resultantes – apenas para facilitar a proposta de retirada das charretes (e beneficiar quem está vendendo os veículos). Algo imediatista. Vamos pensar em outros detalhes (já que as autoridades não parecem pensar neles). >> Aonde vão ficar estacionados os carros elétricos quando não em uso? As casas aqui não têm garagem. Na rua, em frente à casa de cada um? Vão demolir a cocheira para fazer um estacionamento? Vão criar um estacionamento em outro lugar? Realmente, é algo de que Paquetá precisa muito, e que tem tudo a ver com nossa ilha: um estacionamento. >> Como vai ser feita a manutenção dos carros? Está previsto algum sistema de manutenção e de reposição de peças; ou os carrinhos vão ser simplesmente entregues e os motoristas que se virem para mantê-los? Terá alguém na ilha habilitado para esse serviço? Ou terá que se levar os carros ao continente para serem consertados (pagando a balsa, que é cara)?
Este ponto da manutenção é importante porque as nossas ruas são inadequadas para a circulação desses veículos, feitos para andar em grama ou asfalto plano. A polícia local adotou por um tempo um carrinho elétrico e desistiu porque ele sofria para andar pelas buraqueiras. Novas perguntas: >> Existem planos de recapeamento ou conserto das ruas para adequá-las aos novos elétricos? Ou acabarão por asfaltar certas ruas, para os carros passarem com tranquilidade? Vão reformar as calçadas? Vai ter mão e contramão, sendo que nas ruas daqui, abauladas, os veículos grandes transitam pelo centro da via? >> Existe um plano para fornecer, além dos carros, a substituição constante das baterias? Os carros são elétricos e consomem baterias recarregáveis. O tempo de vida médio de cada bateria é de um ano. Os modelos previstos utilizam oito baterias. Cada uma custa R$ 3 mil. É um gasto médio de R$ 24 mil por ano. Os ex-charreteiros terão condições de arcar com isto? >> O que será feito com as baterias depois de sua vida útil? São tóxicas e não podem ser simplesmente descartadas.
>> Qual o planejamento previsto para a fiscalização da velocidade com que trafegam esses veículos? E - sendo Paquetá – das condições etílicas de seus motoristas? O que vai impedir que os condutores autorizados e que tiraram carteira passem a direção para outras pessoas, inclusive menores de idade? São perguntas pertinentes porque em Paquetá não há fiscalização nenhuma e controle algum. Haja vista o que aconteceu com as bicicletas elétricas, inicialmente a serem usadas como ecotáxis, hoje nas mãos de diversos particulares, alguns dos quais andam alucinados pelas ruas outrora calmas e de pedestres. As motos elétricas – totalmente ilegais – agora proliferam pela ilha, sem que nenhuma restrição tivesse sido adotada. O serviço de ecotáxi também virou bagunça, nunca houve a regulamentação e o cadastramento tão falado. Têm crianças pilotando veículos elétricos. O que nos leva a mais perguntas: >> O que impede um ex-charreteiro que recebeu carro elétrico de vender ou passar o veículo a outros, para uso particular ou que não seja de transporte público? É uma porteira se abrindo. Quantos vão passar por ela? E se alguém além dos 17 contemplados quiser trazer um carro elétrico para Paquetá? Ah, sim, certamente irão impedir isto... como aconteceu com as motos elétricas?
Existem várias outras questões a considerar - como a necessidade de maior equipe no hospital (já desfalcado) especializada em politraumatismos – mas quero voltar ao argumento que ensejou a entrada dos carrinhos: isto vai realmente resolver a vida dos charreteiros “demitidos”? O que se prevê são companheiros nossos, moradores da ilha, tentando trocar uma profissão por outra e ficando sem nenhuma. Carros quebrados e sem manutenção, ou sendo passados adiante por quem acreditou nas promessas e sonhou com um trabalho mais tranquilo do que manter e lidar com cavalos. Nossas ruas cada vez mais cheias e disputadas. Não teria sido melhor uma indenização em dinheiro para os ex-charreteiros investirem num novo trabalho, como ecotáxi, ou se aposentarem? É isto, senhoras e senhores. Nem os charreteiros e as famílias que dependem deles. Muito menos você que está lendo este artigo. Os únicos beneficiados com essa história serão os donos da empresa que vende os carros elétricos. Tampouco o serão os políticos que buscarem tirar proveito político da façanha, pois o que existe aqui é um pensamento forte contra esses veículos. O que terão conseguido é seu lugarzinho na História como tendo ajudado a afundar Paquetá, um lugar privilegiado onde as pessoas viviam sem automóveis.
Ricky Goodwin / Xabier Monreal
Qual Paquetá queremos para viver ? Nadja Mara Barbosa Um milhão e cento e trinta e nove mil reais! Esse é o valor a ser gasto para infernizar a vida de uma comunidade e descaracterizar um lugar bucólico e aprazível. Um milhão e cento e trinta e nove mil reais para que a Prefeitura se livre da responsabilidade por tirar o sustento de 17 chefes de família, charreteiros. Esse é o valor estabelecido para a compra dos carrinhos elétricos que substituirão as charretes. E tome motor num lugar em que, por decreto, é proibido o trânsito de veículos motorizados de qualquer espécie. Mas parece que aqui é normal desobedecer à legislação. As próprias autoridades ignoram as leis de acordo com sua conveniência. Algumas indagações me ocorrem quando penso sobre esses carros elétricos: onde serão guardados, haverá algum horário estabelecido para rodarem, os donos poderão usá-los para sair com a família, ir ao mercado? São perguntas que devemos nos fazer porque estão diretamente ligadas aos direitos de cada cidadão morador de Paquetá. Carros precisam de manutenção e não será diferente com os elétricos. As ruas da ilha estão cheias de buracos que são preenchidos com cacos de telhas e de tijolos. Que o digam os ecotaxistas que gastam muito com a conservação e o conserto de seus veículos. Não será diferente para os donos dos tais carrinhos. Já sabemos onde tudo isso vai dar: desgaste, falta de manutenção, pouca margem de lucro e os donos acabam perdendo seu ganha-pão. E não adianta a prefeitura dizer que vai se responsabilizar pela manutenção porque disseram o mesmo da cocheira e não cumpriram. A Ilha de Paquetá é um bairro do Rio de Janeiro, o único onde não existem problemas de trânsito, onde os moradores se locomovem a pé ou de bicicleta. O modo de vida é diferente dos outros cariocas. Não há pressa, é possível parar para conversar ou para admirar as belezas naturais. O tempo passa mais lentamente. Quem visita nossa ilha vem para desfrutar desse sossego e das belas paisagens. Esse modo de vida faz parte da cultura do local, protegido por uma APAC – Área de Proteção ao Ambiente Cultural. Ele não existe no continente e é exatamente isso que faz de Paquetá um lugar especial.
As charretes são um atrativo e o turista paga pelo pitoresco que é passear como faziam nossos antepassados. Por que alguém pagaria para andar de carrinho se a pé, de bicicleta ou de triciclo é mais barato? Paquetá é uma ilha pequena que não precisa de carro para ser visitada, eles são uma opção para percorrer grandes distâncias. Nosso modo de vida, que encanta a quem vive a loucura diária do resto da cidade, está ameaçado. A Ilha de Paquetá vai perdendo suas características e se igualando a qualquer outro lugar. As autoridades não consideraram o impacto que esses carros vão acarretar no dia a dia do paquetaense. Sequer consultaram os moradores! Agora, o que se questiona é qual Paquetá queremos para viver. Carros e motos não são opções modernas. Cidades como Paris, Londres, Amsterdã, Barcelona, Berlim incentivam o uso de bicicletas para os afazeres do dia a dia. Alguns lugares no Brasil, como a cidade de São Paulo, investem em ciclovias. A prefeitura do Rio de Janeiro investe numa malha cicloviária extensa e incentiva o uso da bicicleta, inclusive em parceria com uma instituição bancária, instalando bicicletários em que se pode alugar uma magrela e sair pedalando pela cidade. Infelizmente, para o prefeito e para o secretário de Transportes do município do Rio de Janeiro, Paquetá não faz parte dos bairros a se preservar a cultura e a qualidade de vida. A população não foi consultada sobre o impacto desses veículos elétricos em nossas vidas. Poderemos continuar a andar tranquilos nas ruas, as crianças continuarão a ter liberdade para brincar? Vai ter “Operação Lei Seca” em Paquetá? Sinais para pedestres e, finalmente, asfalto para garantir o trânsito? A imposição desses carrinhos e a tolerância com as motos e bicicletas elétricas em Paquetá seguem destruindo o que nos diferencia do continente e também o modo de vida que tanto encantou aqueles que escolheram esse pedaço do paraíso para viver. A população tem o direito de opinar e participar das decisões que lhe afetam. Aceitar a chegada desses veículos será o início da decadência de um bairro diferenciado que faz parte das lembranças de quem por aqui já passou.
A Prefeitura alocou um milhão e cento e trinta nove mil reais para a compra de carrinhos elétricos para serem usados em Paquetá.
O que poderia ser feito aqui na ilha com esse mesmo dinheiro? Levantamento Ana Pinta (com equipe do jornal) Sabemos que a verba destinada para uma coisa não pode ser usada em outra, mas se a Prefeitura do Rio de Janeiro estiver mesmo interessada em fazer algo por Paquetá, temos algumas sugestões, dentro dos mesmos custos.
Plantar ou replantar 5.695 árvores, de flores, de frutas, reforçando a vegetação e a beleza da ilha.
Reforma completa do Colégio Pedro Bruno, instalando banheiros para os alunos (que hoje não existem), recuperando as instalações comidas por cupins, transformando o porão em área útil – e sobraria verba para construção de quadra de esportes ou algo que os alunos sugerissem. Quem sabe uma piscina?
Com um sétimo dessa verba se poderia adquirir uma ambulancha para transporte emergencial ao continente, com atendimento médico inicial, salvando vidas. Ou, com a verba toda, aquisição de duas ambulanchas especiais aparelhadas com serviço completo de UTI.
Reforma das instalações da Cocheira, adequando-a totalmente às necessidades dos cavalos. E sobraria verba para a contratação de profissionais que supervisionassem e exigissem o bom tratamento aos animais. E para realização de cursos instruindo charreteiros sobre procedimentos adequados. Cobertura de saibro nas ruas de Paquetá com trator passando e batendo a terra, duas vezes por ano, durante cinco anos. Realização de metade das obras necessárias para reformar e colocar novamente em funcionamento o Solar del Rey, prédio historico, com espaço para shows, teatro, cinema, festas populares, voltando a abrigar a excelente biblioteca que existia ali.
PARA SABOREAR
Obs: a rede de esgotos pertence à Cedae e portanto é de âmbito estadual, outra história. Não obtivemos dados sobre os custos de uma boa reforma no sistema, mas, com esta quantia, bem administrada, certamente seria possível fazer algo melhor do que a tal empresa (não) fez com mais de dois milhões.
PAQU E TÁ TEM DISSO
Ruas tranquilas
Cristina Buarque
Todos os dias ao amanhecer agradeço aos deuses, sentadinha na soleira da porta da cozinha, defronte ao quintal, por ter vindo parar nessa ilha. Um café, um cigarro e uma voz: “BOM DIA!!!” É que moro ao lado da garagem dos ecotáxis, esses valentes guerreiros que pedalam carregando gordos, casais com compras e totós, todo tipo de tralha e de gente, serviço pra lá de puxado, no pedal: tração humana. A voz que me deixa feliz todos os dias é de Kethelyn, cara e jeito de menina, barrigão de grávida, que carrega todo mundo no pedal, na força e na alegria. Abre o bar do Zaru e eu escuto: “Fala, chifrudo!”
Em algumas terças-feiras o bar não abre porque é dia de faxina. Lá pelo meiodia, Baiano vai na minha porta e chama: “Madrinha, já tem carne!” A galera que faxinou queima uma carne (Saudade de Badalada) e Zaru (que pra mim sempre foi Paulão) libera o goró. Aí rola o babado, a amizade e a alegria. E os totós de rua abanando rabo e ganhando carninha. E a hora do rush? Como é bom ficar ali naquela esquina vendo as crianças uniformizadas pedalando pra lá e os taxistas pedalando pra cá. A gente acha que eles vão trombar, mas não trombam porque não têm pressa, porque olham para os outros (dá tempo), porque todos se respeitam. Ai, gente. Foi mal. Desculpem. Isso foi há 8 anos.
(Aqui eles sempre repetem o começo da frase). Eu ouço os passos das pessoas no chão, chinelas arrastando, as conversas e fofocas. Aqui, os humanos são humanos. Todo o mundo se conhece e malandro não se cria, que as pessoas descobrem o malfeito e malfeitor ligeirinho, ligeirinho. A PM anda num carrinho elétrico, desses tipo Videoshow, com Dunga, cachorrão lindo e querido por todos, personagem central do Claudio Marcelo nesse jornal, também conhecido como X9 (porque fareja o chamado tóxico no bolso das criaturas) deitado no banquinho de trás. Contam que uma vez um cara foi preso e seguiu a pé até o distrito, algemado, atrás do tal carrinho de golfe da TV Globo/PM, e que X9/Dunga foi deitado no banco de trás. Na cantina do Fernando tem relógios marcando os horários de várias capitais do mundo e tem um marcando o horário de Paquetá - não tem ponteiro, mas um comunicado embaixo: “Em Paquetá o tempo não passa”
>>P T
N IGht DE DIA!
fotos: Ricky Goodwin
Aproveitando a Sexta Santa, Luiz Pião, do Salgueiro, ofereceu uma pescada para o bota-fora do Ranzen, que vai para Israel. O cantor João Guedes animou a festa, que tinha umas 80 pessoas.
Ana Pinta
O “Bom dia, bom dia”, com muito carinho, rola direto. E “Tua mãe melhorou, tua mãe?”
O ploc ploc ploc dos cavalos passando, o pen, pen das buzinas das charretes. Alguns reclamam do cheiro de cocô, mas nem dão bola pros cocôs de cachorro. O cocô do cavalo do mocinho até nos remete a alguma coisa como roça, mas deixa algumas pessoas com vergonha. Talvez Paquetá deva mesmo ser um lugar como tantos outros iguais do primeiro mundo, né? Vida que segue, a calmaria, a prosa no meio da rua, a falta de pressa, a amizade, a solidariedade, a verdade, a mentira, a vergonha na cara e a falta desta, Paquetá tem disso.
PARA CURTIR
JORGE CAPADÓCIO Estalagem
(antigo Recanto São Jorge) sob nova direção
- Diárias com café da manhã - Alugamos espaço para eventos Rua Maestro Anacleto, 258 – Campo
3397 2007 / 2274 5613
oliveiragg@terra.com.br
Batuquemos Paq u et á é "s ó e v e nto " Flavio Aniceto
A sentença cortou o frio de uma manhã chuvosa. Era um feriado. Daqueles marcados em vermelho na folhinha, feriado para uns, dia de “bronca” para outros. Inclusive para um certo produtor e consultor cultural que, como tantos outros pobres das mais variadas especialidades e serviços, precisa pegar a primeira barca. Ele iria para o interior do Estado falar sobre... eventos e projetos culturais. Era feriado, mas dia de trabalho. Mas barca com horário de feriado. E tradicional, saindo às 6h. Entre contratempos e os “tradicionais” problemas técnicos, atraca de fato lá pelas 7h30 na Quinze. Razões existem para reclamar. Muitas. É a obra de uma vida, o reclame. Mas não parece justo que o reclame seja desacatar outros trabalhadores que provavelmente saíram de casa lá nos longes do mundo por volta de 3h da noite para pegarem no trampo, e no trampo, por questões não totalmente controladas por eles, serem desacatados. 8h de jornada diária, 8h de desacatos, possivelmente. Deixa rolar, né? Cada um sabe do seu gogó. Mas duvido que alguns célebres desacatantes não engulam sapos em seus empregos em defesa do salário, faz parte do jogo. Ou do joio? Pra comprar o trigo. O Capital ganha quando o mundo do trabalho xinga, não o dono do capital, mas o próximo. Com um ódio que. Quem leu um barbudo velho chamado Marx ou ouviu um rap ou viu uma simples pichação-cabeça em algum muro sabe disso. Mas voltando à manhã friorenta de feriado: “Paquetá é só evento!” foi desacato com endereço certo. Bala perdida pra achar - consciente ou insciente – pessoas que os desacatantes acham que não entram na onda do desacato ou não priorizam as mesmas brigas ou formas de briga, ou achem cedo demais – na ida, por não estarem totalmente acordados – ou tarde demais – na volta, por estarem cansados – para gritarem desacatos ou proclamações. Essa e outras são balas perdidas querendo achar as mufas de quem não berra junto (naquela situação, mas berra muito em outras. Cada bode e cada cabra berra conforme a precisão). Aliás, a moda de hoje em dia é berrar por aí ou em redes sociais: “Mas fazer Carnaval com essa crise?”
“Mas comemorar Réveillon quando não temos Ambulancha?” “Mas fazer festivais, saraus, encontros, congraçamentos quando estamos à mercê da Chicungunha Dengosa da Zica?” “Com tantos problemas para resolver e você/s aí fazendo festas?” Completem as frases, caso queiram aproveitar e berrar, “Com ...... e vocês fazendo ......?”. Existe uma linha imaginária entre a ignorância – que é perdoável, ninguém pode ser cobrado por não saber algo –, a má-vontade - que é até tolerável, quando não é raivosa - e o desacato desabusado. Desacatar é bom, muitas vezes. Mas nos alvos certos, ou que achamos certos, não podemos afirmar que são ou não. Mas talvez não seja valoroso desacatar o próximo apenas para desopilar um pouco o que somos ou o que não somos. Para limpar a barra das nossas frustrações. Mas aí cada um sabe onde o calo aperta. Ou afrouxa. Convém, por justeza, registrar que temos direitos à Saúde, à Educação, à Cultura, à Habitação, ao Transporte, à locomoção, ao lazer, ao nada fazer. E até acredito que umas das formas de defende-los pode ser o desacato. Mas esses direitos não são nem conflitantes e nem competem entre si. E desacato, e muxoxo, e calões baixos são iguais aos ai-lóvis-iús, convém usar na hora certa. Com a pessoa certa. Com parcimônia. Sem desperdício. Podemos precisar muito em uma hora e faltará crédito. Outra hora vamos falar sobre a relação entre eventos e projetos culturais e o desenvolvimento social, educacional e econômico de um lugar. Justamente o que aquele consultor e produtor cultural estava indo fazer naquela manhã de trabalho/ feriado. Felizmente, há os que acreditam nessa ideia, praticam e alguns até pagam o moço por um dia ou umas horas de consultoria sobre isso. Eventos... #Batuquemos
Flavio Aniceto, produtor e consultor cultural.
Cantinho do meio-ambiente O esgoto que nos cerca Carlos Coelho
Amigos do Cantinho do Ambiente, estamos de volta nas conversas sobre as coisas que nos cercam, em todos os sentidos (e direções). Na última coluna, começamos a conversar sobre Saúde, já que existem muitas reclamações a respeito, o que afeta diretamente nosso bem-estar e dia-a-dia. Como não sou profissional especializado da área (nas visões mais retilíneas), fiquei de me informar a respeito, apurando o que incomoda as pessoas e procurando saber o que é e o que não é, o que pode e o que não pode, e, por fim, o que mais interessa: o que podemos fazer! Então entendi que para saber como as coisas funcionam deveria procurar desde as pessoas que trabalham no hospital até autoridades locais e de controle. Consegui conversar com Diego, diretor do posto, junto com Ivo, nosso administrador, num bate-papo bastante esclarecedor. Já adianto que precisamos humanizar os números para ver o que eles nos revelam. Dizem que os números não mentem, mas é preciso saber lê-los. Nesta conversa, o que mais me chamou atenção (dentro do que reclamam as pessoas) foi o cuidado que a prefeitura como um todo tem em relação à Emergência. Parece ser realmente preocupante, embora a Gestão em si da unidade seja considerada bastante satisfatória. Vamos debater estes números nas próximas edições do Jornal A Ilha. Precisamos agora voltar a um assunto bem específico sobre nosso ambiente ilhéu: o lançamento de esgoto in natura nas praias e algumas ruas. Problema histórico e crônico que cada vez mais se agrava e nos desalenta. Eu gostaria de fazer um resumo do nosso estado da arte e, para isso, peço a colaboração de quem quiser, alertando se está faltando algo (ou sobrando), o que aconteceu ou não aconteceu. Assim poderemos avaliar qual será nosso futuro próximo e a longo prazo.
Para começar, lembro que o problema não é de hoje nem da “semana passada”. Nos meus 44 anos de ilha - só para falar a partir de meus próprios olhos - , este assunto sempre nos cercou! A diferença parece ser mesmo a quantidade de detritos e a capacidade de renovação cada vez menor. Afinal, não estamos desconectados do restante da Baía da Guanabara. Um exemplo claro é a quantidade de lixo orgânico e inorgânico (balseiras e artefatos de plástico, por exemplo) a cada período de chuvas como estas de meados de janeiro. O lixo encosta em nossas praias e os garis daqui é que têm a tarefa de retirar o lixo que não é originariamente “nosso”. Em 2011, mais precisamente no dia 11/11, uma obra de grande porte para nossa realidade foi anunciada pela CEDAE e o governo do Estado. E o que aconteceu depois? A seguir cenas dos próximos capítulos!
PARA SABOREAR
SERVIÇOS & QUETAIS
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MESMO NA CRISE DÁ!
Almoce em frente ao mar A melhor sardinha da Ilha
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Praia da Moreninha, 5 Tel: 3397 2199
AÇAÍ DA
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O melhor açaí da ilha
Petiscos • Peixe frito • Bebidas Açaí • Sorvete • Picolé Praia José Bonifácio, 181 (Praia da Guarda)
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Profª Vera Castro segundas e quartas, das 17 às 18h
Clube Municipal
ESPORTES
Glênio Maciel
Futebol
Paquetá é Seleção
Novos campeões de jiu-jitsu Paquetá está virando celeiro de campeões de jiu-jitsu. No dia 3 de abril, três atletas da equipe Brazil-021 conquistaram quatro medalhas para nossa ilha no Circuito Baixada de Jiu-Jitsu – I Etapa 2016: João Lucas Perillo, ouro no peso e absoluto; Vinicius Silva, ouro em peso e bronze no absoluto; e Davy Araújo, prata no peso..
Campeões do Circuito Baixada Em 19 de março, lutadores da Brazil-021 e da outra equipe da ilha, a Soul Fighters, já tinham arrasado na VIII Copa Grande Mestre Hélio Grace, disputada no Rio de Janeiro. Pela Soul Fighters, trouxeram medalha Erick Jorge, Lucas, Pippo, João Miguel, João Felipe, Arthur Vinícius, Carol e Ana Carolina (ouro) Gildo Jorge (prata), Milena Sorriso e Vitória (bronze). Pela BRA021, Leticia, Mauricio Magno Marques, Wagner Jr, Vinicius Silva (ouro), Joao Lucas, Matheus da Cunha Perillo e Juan Penetra (prata).
Aos fãs de Lucas Paquetá, uma notícia maravilhosa... Agora teremos o jogador que vem conquistando seu espaço na Seleção Brasileira. Parabéns L. Paquetá! Toda sorte do mundo. (Fã-Clube de Lucas Paquetá)
Equipe Brasil 21
Lucas assinando a renovação de contrato com o Flamengo até 2020. Equipe Soul Fighters
Vôlei
Da Moreninha para Copacabana
A n a C a r o l i n a S i l va
Paulo Henrique Gabrielli com os campeões Matheus e Gabriel Pires.
Artur Amorim
Milena Sorriso
A dupla Matheus e Gabriel Pires foi campeã invicta do Campeonato de Intercâmbio de Duplas de Vôlei de Praia, realizado no dia 2 de abril, em Copacabana, representando o nosso vôlei da Moreninha (Projeto Educacional Vôlei de Praia da Moreninha Cras Dodô da Portela).Tivemos mais de cinco horas de bola em jogo, sob sol escaldante, mas os meninos foram vencendo todas as partidas até chegar à final contra o Projeto Geração Craque Só na Bola. Outro destaque foi Júlio César, jogando tão bem que foi indicado para testes no Botafogo. Parabéns aos meninos e a todos os envolvidos nesse trabalho tão bacana!
Eu ia falar do menino, inteligente mas bobo, que queria ser menina e foi pro Rio atrás da vida e acabou morto aos 17 anos, mas preciso dar voz a um grande artista, criador do desenho ao lado, que dá vida a esta coluna.
crônicas de paquetá
Com vocês Mello Menezes, mas antes digo: NÃO VAI TER GOLPE.
Então o conjunto recomeçava, espalhando música pela Baía de Guanabara.
" MENINOS, JURO QUE VI.
E assim as férias passavam com intensas atividades e histórias para contar.
Nas décadas de 1950/60, estenderam uma rede de vôlei entre duas jaqueiras e ali começou o Jaca's Society. A casa ficava em Paquetá e pertencia à família Ajuz. Foi residência do patriarca José Bonifácio e é patrimônio histórico. Já o patrimônio do Jacas Society era a empolgação e a vibração de uma juventude que aglutinava em suas brincadeiras centenas de bicicletas a pedalar para diferentes prazeres: pelas manhãs, na praia Grossa, disputa de frescobol, vela, esqui e water-polo nas estacas da antiga estação das barcas. Nas tardes, todos bronzeados pelo sol da manhã, vôlei na sede esportiva, entre as jaqueiras do Jaca's. Nas noites, o restaurante do Teixeira na praça Bom Jesus era um salão de bar todo decorado. O nosso diretor social, Luiz Belo, promovia bailes inesquecíveis ao som do maestro Sodré, com o crooner que Jamelão mais gostava, Pedrinho Rodrigues. A juventude balançava nos sambas, foxes, rock, jazz e boleros até o início da manhã, quando todos da festa levavam os músicos até a primeira barca, às cinco e meia, e ela se despedia apitando: Phuuuuu! phuuuuu!
Numa tarde de janeiro, centenas de bicicletas lotavam a sede esportiva do Jaca's para assistir ao jogo JACA'S X VISITANTES, quando aconteceu uma jogada incrível que entrou para os anais do voleibol. As belas meninas Milady Ajuz, Ieda e Marilda animavam a nossa torcida e o Vaninho, grande caráter e coração de capitão, era o nosso craque maior: sacava, recebia, bloqueava e cortava. O juiz faltou, então improvisaram o diretor social, Luiz Belo, como juiz da partida. O jogo estava 14 x 12 para os visitantes, quando então Negrito defendeu e Edinho levantou na medida. Vaninho subiu 4 metros e cortou mirando e derrubando uma jaca, e ele, no alto e no tempo, a jaca também cortou. (cantores repentistas): "Aí instaurou-se a maior confusão Vibração e apupo Porque nesse conto maluco O juiz Luiz Belo Decretou PONTO DUPLO"
Quando a confusão acalmou, o nosso juiz Luiz Belo solenemente explicou: "Meus queridos visitantes, como já disseram os nossos poetas, músicos, pescadores, pintores, escritores, aqui na ilha a poesia é tanta que naturalmente a fantasia permeia a realidade. O Vaninho cortou, no tempo, a bola e a jaca, portanto o ponto é duplo. Declaro então empate técnico poético e todos ao bar brindar!" Mil brindes, os visitantes concordaram. etc e em entrevista para as rádios e TVs o nosso juiz Luiz Belo assim concluiu : "Fatos como esse atestam que, através dos tempos, muitos dos que vieram apenas como visitantes hoje pedalam pela ilha' Nessa crônica, eu, Mello Menezes, brinco
Bom, aqui me despeço do Mello.
Julio, com pena dos charreteiros tolamente enganados, com dó dos cavalos que certamente virarão sabão e triste porque Paquetá ficará mais feia.
um passeio em pqt
O contorno do litoral pode ser feito a pé em 45 minutos, sem correria nem paradas. De bicicleta, leva cerca de 25 minutos. AÇ
AD
OS
BO
MB
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OS
Logo na saída da estação das barcas na ilha, à direita, um painel oferece algumas opções de roteiros turísticos.
Paquetá > Praça XV
Pontos turísticos
e homenageio o amigo Luiz Belo, que sempre foi generoso e preocupado com Paquetá. Como jornalista e cronista social do jornal Última Hora, atuou ao longo do tempo em algumas entidades da ilha, sempre somando esforços para a solução dos problemas, demonstrando seu amor a Paquetá. Luiz Belo, seus amigos da ilha, do Rio, do Brasil e do Mundo querem envolvêlo num grande abraço. "
PR
Paquetá está no município do Rio: não é preciso DDD nas ligações para a capital.
a v i d a é com o ela é Julio Marques
Dias Úteis 05:30 > 06:20 06:30 > 07:20 07:30 > 08:20 09:30 > 10:20 11:30 > 12:20 14:30 > 15:20 16:30 > 17:20 18:30 > 19:20 19:30 > 20:20 21:00 > 21:50 23:10 > 00:00 FdS e feriados 06:00 > 07:10 08:30 > 09:40 10:00 > 11:10 11:30 > 12:40 13:00 > 14:10 14:30 > 15:40 16:00 > 17:10 17:30 > 18:40 19:00 > 20:10 20:30 > 21:40 22:00 > 23:10 23:30 > 00:40
Praça XV > Paquetá Dias Úteis 05:30 > 06:20 06:30 > 07:20 08:30 > 09:20 10:30 > 11:40 13:20 > 14:10 15:30 > 16:20 17:30 > 18:20 18:30 > 19:20 20:00 > 20:50 22:15 > 23:05 00:00 > 00:50 FdS e feriados 04:30 > 05:40 07:00 > 08:10 08:30 > 09:40 10:00 > 11:10 11:30 > 12:40 13:00 > 14:10 14:30 > 15:40 16:00 > 17:10 17:30 > 18:40 19:00 > 20:10 20:30 > 21:40 22:00 > 23:10 00:00 > 01:10
Igreja Bom Jesus do Monte Caramanchão dos Tamoios Canhão de Saudação a D. João VI Árvore Maria Gorda Praças e parques Preventório Rainha Dona Amélia Pedro Bruno Escola Pedro Bruno Fernão Valdez Telefones úteis Poço de São Roque Atobás (Quadrado da Imbuca) Barcas (estação de Paquetá) - 3397 0035 Coreto Renato Antunes Tiês Barcas (central de atendimento) - 0800 7211012 Capela de São Roque Lívio Porto (Ponta da Ribeira) Bombeiros - 3397 0300 Cedae - 3397 2143 (água) / 3397 2133 (esgoto) Casa de Artes Mestre Altinho Comlurb - 3397 1439 Pedra da Moreninha Bom Jesus do Monte Farmácia - 3397-0082 Ponte da Saudade Manoel de Macedo Gás (fornecimento de bujão) - 3397 0215 Pedra dos Namorados São Roque Hospital (UISMAV) - 3397 0123 / 3397 0325 Casa de José Bonifácio Ex-Combatentes Light - 0800 282 0120 Mirante do Morro da Cruz Alfredo Ribeiro dos Santos Oi Telemar - 3397 0189 Cemitério de Paquetá Pintor Augusto Silva PM - 3397 1600 / 2334 7505 Em negrito, horários com barcas Cemitério dos Pássaros Parque Darke de Mattos Polícia Civil - 3397 0250 abertas (tradicionais). Em itálico, os horários previstos de chegada. Farol da Mesbla Parque dos Tamoios XXI R.A. - 3397 0288 / 3397 0044
Localidades
Viracanto Levas-Meio Rua dos Colégios Ladeira da Covanca Morro do Buraco
(Morro do Gari)
Pau da Paciência Árvore do Sylvio Colônia Cocheira Morro do Pendura Saia Morro do PEC
(Morro da Light)
Rua Nova Colônia da Mesbla Curva do Vento Beco da Coruja
Serviços
Banco Itaú Banco do Brasil e Caixa Econômica (Loja lotérica)
Hospital (UISMAV) (3397.0123 / 0325)
Aparelhos de ginástica (jovens e maduros)
Aparelhos de ginástica (idosos)
Mesas para pic-nic ou jogos Mictórios Farmácia (3397.0082) Brinquedos infantis