Ano IV - n 42 - maio de 2016 - Ilha de Paquetรก, Rio de Janeiro
Editorial Em Paquetá convivemos com tantas maravilhas que muitas se tornam rotineiras. Passamos batidos por paisagens onde turistas, desacostumados, se encantam, pasmados. E algumas pessoas, como se o comum fosse ordinário, passam a nem dar valor às preciosidades cotidianas. Ou mais, querem trocar essas joias por falsos brilhantes, porque reluzem mais ao sol ilusório. No mundo inteiro, nas cidades mais avançadas quebram-se cabeças tentando maneiras de reduzir a circulação de automóveis. O carro foi símbolo máximo de uma era industrial que entra em colapso, por seus excessos, e percebe-se agora os problemas resultantes da obsessão pelos carros, nos engarrafamentos, na poluição, no barulho, no consumismo, nas verbas rodoviárias, em estilos de vida. Procuram-se alternativas. Que em Paquetá já temos. De graça. Sem projetos ou pesquisas. Um lugar que é referência internacional pelo fato de aqui não transitar carros. No entanto, isto – o que há de mais moderno, de vanguarda, de saída no mundo – é visto por alguns aqui como um atraso, coisa do passado, emperrando as transformações dos tolos. Então saúdam os carros. Quando uma comunidade perde as suas referências, desengana-se e perde o rumo. Vira um desses logradouros sem cara, com habitantes perdidos uns dos outros e vagando desenraizados. As bicicletas. Enquanto em várias partes do mundo incentiva-se o uso de bicicletas, busca-se uma mudança de mentalidade – pedalar é a grande moda - gastam-se fortunas em ciclovias, e a quantidade de ciclistas aumenta... aqui há pessoas que se cansaram da bicicleta. Acham pouco. Não percebem a dádiva que é já vivermos numa ciclovia natural, total, com todos os benefícios à saúde que vêm do uso de bicicletas. Estamos jogando fora uma benção rara que nos é concedida. Trocamos jacas, pitangas, jabuticabas, mangas, um pomar, para comer maçã, por serpentes atraentes. Quando não houver mais o paraíso, viveremos, Caim e Abel motorizados, numa Paquetá infernal – imitação da metrópole do Rio de Janeiro. (Ricky Goodwin)
Expediente A Ilha é um jornal comunitário mensal organizado, elaborado e mantido pelos moradores da ilha de Paquetá. Mentor e fundador: Sylvio de Oliveira (1956-2014) Equipe: Ana Pinta, Claudio Marcelo Bo, Cristina Buarque, Flávio Aniceto, Ialê Falleiros, Ize Sanz, Jorge Roberto Martins, Julio Marques, Márcia Kevorkian, Mary Pinto, Ricardo Cintra e Ricky Goodwin, Xabier Monreal. Programação Visual: Xabier Monreal Jornalista responsável: Jorge Roberto Martins - Reg. Prof. 12.465 As informações e opiniões constantes nas matérias assinadas são de exclusiva responsabilidade de seus autores. Impressão: Gráfica e Editora Cruzado Ltda / Tiragem: 2 mil exemplares Fale com a gente: cartasjornalailha@gmail.com Anuncie: comercialjornalailha@gmail.com Ano 4, número 42, maio de 2016. Capa: Toni Lucena Este número de A Ilha foi possível graças à participação dos anunciantes e às contribuições financeiras de
Adilson Martins Aline Souza Lima Ana Cristina de Mello Bernardo e Cisinha Bruno Jardim Carla Renaud Claudio Mota Cristina Buarque Jim Skea Jorge e Leila Julia Menna Barreto
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Julio e Sandra Leonardo e Thaiza Lula Mendes Márcia e Ricardo Bichara Marcilio Freire Maria Holanda Ferreira Mary Pinto Mauro Celio Nadja Mara Barbosa Ricardo Saint Clair
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Sylvio Sá e Marília
A Ilha está feliz! Muito bom termos de volta Claudio Santos e sua máquina fotográfica, que não perde uma. O segredo de sua recuperação é a força de vontade, é a vontade de viver. Com você, Claudio, a vida fica bem mais bonita. Vida longa! Vida longa também para nosso parceiro Joaquim Novaes, colunista de Pesca, que logo estará com a gente novamente, com seu sorrisão aberto e suas ótimas dicas de pescaria. Até muito breve, Joaquim!
Geloteca??? O que é isso? É Flávio Aniceto quem explica: “É uma geladeira-biblioteca- centro cultural ambulante. Através dela libertaremos livros e até outros produtos culturais (discos, CDs, DVD´s etc.). Todos recebidos através de doações, serão distribuídos gratuitamente, trocados, escambeados”. A Geloteca Anacleto de Medeiros vai ficar na Ponte nos finais de semanas e feriados e nos jardins da Igreja durante a semana. Grafiteiros do I ♥ Morro do Pinto deixaram a Geloteca nos trinques para a inauguração sábado, 21 de maio, às 16 horas. Vamos lá conhecer essa boa novidade!
Boidaqui tá aqui O BOIDAQUI é um grupo que apresenta músicas e danças do Cavalo Marinho, uma festa popular que vem da Zona da Mata pernambucana. Um coletivo formado por amigos, artistas-educadores- pesquisadores, e que tem como objetivo compreender as manifestações populares brasileiras a partir de seu contexto de realização. Aqui em Paquetá, todo penúltimo domingo do mês, o Boidaqui realiza um ensaio aberto, gratuito. É muito legal. Em maio será dia 22, às 14 horas, na praça em frente ao Parque Darke de Matos.
Praias livres Demorou, mas aconteceu: no início do mês, os muros que criavam praias particulares em Paquetá começaram a ser derrubados - uma cena histórica, já presenciada em vários pontos do país, mas que muitos paquetaenses achavam difícil chegar até aqui. Mas chegou! Em setembro passado, representantes do Ministério Público estiveram na ilha e deram aos proprietários das casas um prazo para a demolição. Na Praia de São Roque, alguns muros já caíram, nos oferecendo uma nova paisagem. A decisão se estende a qualquer construção que impeça o livre acesso das pessoas à praia, devolvendo assim à população um bem que é comum a todos, como define a Constituição Brasileira. M a rc i a Kevo r k i a n
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O que v ai pela Ilha
Ocupa Solar! Essa é uma ideia interessante que surgiu na ilha: já que a prefeitura não reforma e muito menos cuida do jardim do Solar del Rey, bem que podíamos fazer uma ocupação pacífica, com os cavalos “capinando” aquele mato todo que está abandonado.
Crise do Estado deixa Paquetá a (não) ver navios
Paquetá vai receber um grande evento de artes visuais e música experimental. Com a participação de vários artistas, o evento abre no dia 21 de maio, na Casa de Artes, e se espalha pela ilha durante os fins de semana até 26 de junho.
Algumas pessoas têm perguntado, na página do Face do jornal, pela segunda barca nova prometida pelo Governo do Estado para fazer o trajeto Rio-PQT- Rio, com previsão para estar circulando em junho deste ano (ou seja, agora).
Mas não é estranho que um evento de arte contemporânea, com intervenções de vanguarda, aconteça num local de um tempo antigo, ligado às tradições, como a Ilha de Paquetá? A idealizadora do projeto, Fernanda Metello, disse que quer justamente trabalhar com esse inusitado. “Sempre que chego nesta ilha meus pensamentos tendem a observar os contrastes. A natureza preservada envolvida pela poluição vinda da urbanização; os sons da ilha sem carros, andar a pé ou de bicicleta, mudar o ritmo de vida, estas e muitas outras características enfatizam a reflexão sobre as escolhas que fazemos na vida – e isto é um dos questionamentos do mundo contemporâneo.”
Nos papos que o então Secretário de Transportes, o Osório, teve com a população, a Ilha Grande era colocada como uma primeira embarcação exclusiva para Paquetá, definindo-se para ela uma grade de horários provisória (que está em vigor). Entrando em operação esta segunda barca, a Angra dos Reis, uma nova grade seria possível, reforçando as opções de horários. Pois bem. Não se tocou mais no assunto. Sabem onde está esta barca nova? No estaleiro Inace, no Ceará. Nem foi construída ainda. E ninguém garante que será. Sabem por quê? O Estado do Rio parou de pagar os repasses acertados pela compra da embarcação.
Fernanda tem um envolvimento emocional com a ilha, pois já morou em Paquetá. Os símbolos que a marcaram na infância foram o ponto de partida deste projeto e de sua exposição “Previsão da Memória”, que estará na Casa de Artes.
(Um catamarã de nome Itacoatiara, fabricado na China, e que serviria Niterói, ficou pronto. Mas está encostado há três meses, proibido de ser usado, porque o Governo não pagou nem o depósito ao fabricante.
Aos outros artistas foi pedido que criassem também obras ligadas à vida em Paquetá. Vai ser interessante descobrir qual o olhar, qual a percepção, que eles tiveram da nossa comunidade. “Os trabalhos foram sendo escolhidos e desenvolvidos voltados para questões do dia a dia da ilha. Suas casas, animais, conversas, alimentação, rotina. Como estes artistas puderam observar estas situações, como desenvolveram seus processos, e como vão apresentar isto ao público - é o que queremos convidár vocês a experimentar”, diz Fernanda.
Mais um pezão na bunda dos paquetaenses....
Consertaram a Ribeira!
Assim, haverá instalações como orelhões com o barulho do mar, balões de gás na Praia de São Roque, sistemas de som com falas de habitantes da ilha, uma mostra de casas paquetaenses, e muito mais. Criados por Floriano Romano, Regina de Paula, Jorge Menna Barreto, Mayara Redin, Léo Ayres, além da Fernanda.
O Departamento de Conservação de Paquetá finalizou o conserto do cais da Ponta da Ribeira que havia desmoronado e estava um perigo. Agora o Plantar Paquetá poderá continuar o trabalho de reurbanização dessa praça. Parabéns a todos, valeu Ivo Paquetá, Eduardo Silva e Nelson Castro. Fa b i a n a N e t t o
Bandas de renome na música de vanguarda, como Chelpa Ferro, Insone e DEDO, se apresentam dia 21 no Coreto do São Roque. “Na música, a ideia também é experimentar: bandas de sons e ruídos essencialmente urbanos em um local lúdico e rústico como o coreto da praça. Novamente tentar apresentar os contrastes.” A participação dos artistas locais será com uma exposição de fotografias, “Sabores da Ilha”, organizada por Valter Lano, mostrando imagens de Paquetá no Quintal da Regina. A escalação: Ana Pinta, Cecília Fonseca, Claudio Santos, Ernani Bessa, Jim Skea, Márcio Ferreira, Neusa Matos, Ricky Goodwin e Vander Borges.
Um Conto de Fadas Quem é o Cinderelo que foi ao Baile da Ilha Fiscal, e, na pressa de vir embora para não perder a primeira barca, deixou por lá o seu sapatinho? Tem um Príncipe Encantado procurando por ele.
Adeus Quando este jornal chegar a Paquetá, não haverá mais charretes circulando pela ilha.
Fernanda Metello enfatiza: “Na arte contemporânea, a relação entre arte e vida é muito próxima”.
•ARTICULANDO E DIVULGANDO NOSSAS INICIATIVAS CULTURAIS
AMORES DA ILHA
LÚCIA Ricky Goodwin
•APOIANDO ARTISTAS LOCAIS •PRESERVANDO NOSSO PATRIMÔNIO, MEMÓRIA E IDENTIDADE •PROMOVENDO O TURISMO CULTURAL
A COMUNIDADE PROTAGONISTA E BENEFICIÁRIA Próximas iniciativas apoiadas pelo Ponto Domingueira
Dia 29 Maio - Domingo – 18H – Quintal da Regina Informações: 3397 0656 Ingressos: R$ 10,00
07
29 MAI
FOTO DO MÊS
Toni Lucena
Poesia na Praça
Dia 07 Junho – terça - 20h – Quintal da Regina
JUN
Informações: 3397 0656 Ingressos: Entrada franca
Cineclube PQT Terças - 20h - Quintal da Regina.
31 MAI
PROGRAMAÇÃO DIA 31 maio
“Entre os muros da escola" Direção: Laurent Cantet Informações: http://cineclubepqt.wix.com/cineclubepqt .
TÚNEL DO TEMPO o passatempo deste mês
Ingressos: Entrada franca
22 MAI
Plantar Paquetá MAIO DIA 22 – DOMINGO “PALESTRA JARDINS PARA BORBOLETAS”
04 JUN
Informações: plantarpaqueta@gmail.com ou www.facebook.com/groups/148272768653994/
DIA 22 – DOMINGO “WORKSHOP SOBRE COMPOSTAGEM” Informações: plantarpaqueta@gmail.com ou www.facebook.com/groups/148272768653994/
JUNHO DIA 04 – SÁBADO “PALESTRA SOBRE CONTROLE DE PRAGAS E DOENÇAS” Informações: plantarpaqueta@gmail.com ou www.facebook.com/groups/148272768653994/
DIA 04 – SÁBADO “OFICINA ALIMENTO NOSSO DE CADA DIA” Informações: plantarpaqueta@gmail.com ou www.facebook.com/groups/148272768653994/
CUIDE BEM DE NOSSA ILHA. VALORIZE E PRESERVE SEU PATRIMÔNIO ARQUITETÔNICO, AS PRÓXIMAS GERAÇÕES TAMBÉM MERECEM PAQUETÁ CADASTRE-SE E RECEBA O BOLETIM PAQUETÁ VIVA! paqueta@ilhadepaqueta.com.br www.facebook.com/paquetanarede
Na página 7, em sua coluna sobre detalhes da Arquitetura na ilha, Ricardo Cintra menciona as Caieiras que existiam em Paquetá. Aqui temos uma fotografia, bastante antiga – de 1897 - mostrando um local onde funcionava uma caieira e um porto onde as embarcações vinham buscar o cal. Pois bem. Alguém pode nos dizer que local é este? Consegue identificar de onde foi tirada a foto? Este é o nosso desafio do mês. Escrevam para cartasjornalailha@gmail.com. ps. Ninguém solucionou o passatempo da edição de Abril. Qual o cenário da aquarela de Azeredo Coutinho, pintado na década de 50?
PAQUETÁ SE MANIFESTA Não nos imponham carrinhos. Paquetá não precisa deles! A ilha é pequena (cabe dentro da Lagoa Rodrigo de Freitas), as bicicletas e os eco-taxis dão conta da demanda. Gostamos da ilha como ela é, sem carros! Lutaremos até o fim para que os carrinhos não entrem. Já tem fila de denúncias no MP. Indenizem os charreteiros, mas não nos tragam carrinhos!!! Queremos preservar nossa ilha! (Ricardo Cintra) Quem tem direito a ter um carro eletrico, qual lei vai ditar as regras? Quantos carros eletricos poderá ter na ilha? Qual velocidade podera ser utilizada? Quando um tiver direito a carro, todos terão. Eu sou contra qualquer veículo motorizado, tanto elétrico como a explosão. (Ricardo Gomes)
o nosso terreno são sérias e merecem ser bem estudadas, mas eu procurei e não achei nada que dissesse que não suportam. (Sandro Leal) Sou a favor que se indenize os charreteiros e com o valor eles mesmo definam o que vão fazer... Ou compram eco táxi... Ou montam outro negócio pra terem seu sustento... Com isto ainda se evitaria o superfaturamento na compra dos carrinhos. Outra: se pode este carrinho elétrico, abre precedentes para várias pessoas terem.... (Mário Júnior)
Eu fico apavorada só de pensar na ilha cheia desses "trecos". Eu sou totalmente contra os carros elétricos!!! (Gabriela Pinhel)
Eu li a matéria no último jornal e manifestei a minha posição, pois vejo tal chorumelo como choro sobre leite derramado. O tempo de revindicar e lutar já passou. Já foi decidido e Paquetá em breve será inavdido por carros elétricos. Não só os que estão sendo passados aos charreteiros. mas este ato impensado vai facilitar a emissão de liminares para que outras pessoas possam ter o seu carrinho elétrico particular. (Lutero Renato)
Vou logo avisando que sou contra! Isso aqui vai virar um inferno! Tirem os cavalos se é o que incomoda, mas não vamos ser burros. Carro elétrico para substituir charretes é ideia de jerico. (Marco Carvalho)
E os moradores que se lasquem pois a poeira vai ficar insuportável, qdo o carrinho da Polícia passava era brabo, já pensou vários deles? Realmente, até estou pensando em desistir de Paquetá. (Vilma Leocádio)
Carrinho eletrico nao combina com ruas de barro e cheias de buraco! Seria melhor dar ecotaxi mesmo para os charreteiros! (Pedro Guedes)
A tragédia anunciada é a seguinte: Os charreteiros não terão como fazer a manutenção desses carrinhos. Outras pessoas vão se sentir no direito de ter carrinhos particulares. A ilha vai mudar radicalmente e vai deixar de ser um lugar tranquilão como é, para ficar igual a um condomínio de cidade grande, sem a infra de um condomínio de cidade grande. A população daqui não foi consultada e a notícia da vinda dos carrinhos elétricos nos chegou pelo Diário Oficial. Ou seja: foi imposição, sim (Maria Christina Ferreira)
Absolutamente contra carros elétricos em Paquetá!!! (Lila Badasi)
Breve terá algum acidente com alguma criança. Nunca imaginei a ilha com carros elétricos. O bacana de Paquetá sempre foi a tranquilidade, a vida pacata que vem se perdendo. (Amanda Furtado) Gosta de carro? É só ir morar onde tem. Lugar não falta. Muito pelo contrário. Não tá bom morar em um lugar especial como Paquetá? Procura outro e deixa em paz os que escolheram viver aqui justamente pelo que de especial essa ilha tem pra oferecer. (Angela Cristina da Silva) Sou contra tirar as charretes e não dar nada em troca aos charreiteiros. Infelizmente, não tem outro meio a não ser os carrinhos, acredito. Que se tenha uma fiscalização rigorosa em relação aos carrinhos. (Carlos Alberto Ferreira Costa) Se não regulamentaram os eco-táxis, vocês acham que terão controle sobre os carrinhos elétricos? (Antonio Carlos da Silva) Como sempre é escolhida a saída mais fácil e mais publicitária. Fiscalizar, respeitar a vontade da população paquetaense e vê o que realmente é melhor para a ilha, os charreteiros, moradores, e turistas pra quê? (Neyla Durães Quaresma) Como sou veranista e tenho casa na ilha, às vezes venho carregado com bolsas e mochilas, o ecotaxi não dá para carregar tudo. Sou a favor dos carrinhos elétricos só para os charreteiros. (Pedro Barreto) Sou a favor de uma solução alternativa, como a legalização dos eco táxis, melhorar os mesmos e pronto. Eco taxi também é uma peculiaridade da ilha, além de trazer o mesmo benefício que os cavalos, que é o transporte. Podem fazer eco táxis adaptados, com um espaço maior, para os charreteiros. (Raffaela Fonseca) Meu Deus, Paquetá ainda é um bairro tranquilo e por isso estamos aqui, é tão bom essa tranquilidade, essa liberdade esse jeitinho de cidade do interior. Se vc não gosta vá pra outros lugares mais modernos e nos deixe viver aqui do nosso jeitinho. (Neuza Castro) Sou a favor. Já temos motos e vários caminhões na Ilha. Charreteiros têm que trabalhar. (Mário Trindade) Tem ideia de quanto fica à manutenção de um carro elétrico? Fora que o terreno de Paquetá não é adequado para circulação desse tipo de veículo! Pode até funcionar quando é usado de vez em quando, mas transportando passageiros é absurdamente inadequado! Só digo uma coisa, alguém tá levando vantagens nessa mudança absurda! E depois que acabarem as campanhas políticas, ficaremos com a batata assando na mão com sucatas espalhadas pela ilha. As pessoas se deixam enganar por uma cambada de políticos que aparecem por aqui somente em época de companha política! Isso me enoja! Façam pesquisas e vejam que isso é totalmente inviável! (Valéria Falcão) Sou a favor. Veículos elétricos já temos, não vai ser novidade nenhuma, qual a diferença? Uma roda a mais? Os charreteiros precisam trabalhar. Deixa os carrinhos, os charreteiros vão andar devagar, todos os turistas vão adorar os carrinhos, disso não resta a menor dúvida. As questões técnicas sobre se suportam
Engodo. Não vão durar mais que 3 anos de vida útil em Paqueta, com suas ruas de saibro. Isto é dinheiro jogado fora. Todo mundo vai sair perdendo. Só o fornecedor vai ganhar. Nao tenho dúvidas de que os charreteiros têm direito à uma indenização e ou uma aposentadoria especial. Mas esta indenização nao pode se dar com entrega de carrinhos elétricos em prejuizo para todos. (Ricardo Bichara) É interessante que mais uma vez estejamos discutindo esse assunto sem levantarmos a questão da legislação. Motores (de qualquer tipo) são proibidos em Paquetá. A Prefeitura ignora esse fato, e já há algum tempo Paquetá virou terra sem lei, onde cada um faz o que quer. Caberia um mandato de segurança, ou outro instrumento legal, que impedisse a Prefeitura de cometer essa arbitrariedade. (Lucy Linhares) Além de descaracterizar o patrimônio histórico cultural da Ilha esses meios de transporte elétricos provavelmente deverão impor mais tarde a necessidade de mudanças estruturais....por exemplo, já citado, de saibro para asfalto .. e por aí vai... são mudanças que farão uma radical transformação na paisagem singular da Ilha... e assim...mais uma vez o padrão global se instaura!!! Tudo igual!! (Liliane Mundim) Não é possível ter carros na ilha, onde não há sinais, o chão irregular, pessoas andam no meio da rua por preferência... eco-taxis, bicicletas, cachorros... Meu amigo, é muito difícil aceitar carros na ilha. (Irinéa Maria Ribeiro) Eu sou contra qualquer transporte motorizado em Paqueta. Concordo que alguma coisa tem que ser feita para facilitar o deslocamento de muitas pessoas incapazes ou que não sabem andar de bicicleta. Não concordo que um político e seus assessores que não conhecem a Ilha tomem decisões isoladamente. A velha guarda de Paqueta, os comerciantes, as associações, os responsáveis pelos órgãos públicos sediados na Ilha tem que fazer parte de um grupo de trabalho e opinarem sobre o assunto. (Cláudio Borges) Por que não colocar então carros de passeio? Será mais organizado com sinais, semáforo, faixas para pedestres e guardas de trânsito. Pronto! Não se perte mais tempo com essa besteira! Certo? Certo? (Elson Cunha Guimarães) Querem transformar Paqueta num caos? Sinalização de trânsito? Já não basta os caminhões andarem por nossa ilha? Carros? Agora querem carrinhos elétricos? Por que não aproveitam e constroem prédios, cada morador teria um carro, e pronto, aqui vira uma metrópole? Uma cidade como Rio de Janeiro São Paulo Belo Horizonte Porto Alegre, é so escolher. (João Daniel) Não há o que discutir. A Lei é clara. Ela basta para impedir os tais "carrinhos". Ponto final. (Nelma Duarte) Está preocupado com os carros elétricos? Vire a página e veja o que você pode fazer.
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Tem gente que fala, fala, e tem gente que faz: Uma reunião marcada em rede social, por iniciativa de Mário Jùnior, dá início a um movimento de questionamento dos carrinhos elétricos como solução para o fim das charretes em Paquetá.
Sobre carrinhos elétricos, a praça e a democracia
As pessoas chegavam aos poucos, sozinhas ou em pequenos grupos. Cachorros e crianças também compunham a paisagem, assim como o incansável movimento do pula-pula. A tarde foi caindo, os passageiros da barca das 17:30 se despediram, as barraquinhas da feira de artesanato foram desmontadas e o que era pra ser uma praça vazia deu lugar a uma roda de conversa democrática e franca. De início eram poucas pessoas, mas logo foram se somando debatedores atrasados e prováveis curiosos que ali estacionaram para ouvir e quem sabe falar qualquer coisa a respeito do tema em questão. O representante da administração regional teve a palavra, e descreveu os próximos passos previstos a partir da extinção das charretes, com a implementação dos polêmicos carrinhos elétricos. O tema, que surgia como um fato aparentemente consumado, começou a receber questionamentos de todo tipo. A consulta que não fora feita, em momento algum, à população, surgia agora em forma de queixas, quando não de indignação. O questionamento central vinha sob o argumento de que a implementação desse meio de transporte, estranho à ilha, não poderia surgir como a alternativa natural à saída das charretes. A própria forma como se daria a introdução dos veículos – em número de 17, substituindo cada uma das charretes hoje existentes – faz pouco sentido.
Muitas perguntas, poucas respostas. O diálogo que a prefeitura não proporcionou à população surgia agora na forma de uma improvisada e promissora manifestação cívica. Da conversa foram tiradas algumas propostas, como a elaboração de uma carta conjunta, além de uma chuva de reclamações individuais direcionadas ao Ministério Público. A democracia ocupou a praça pública.
O que você pode fazer: Se você acha que a Ilha de Paquetá não deve ter carros elétricos, têm como colocar a sua opinião em prática. É só entrar no site do Ministério Público e preencher o questionário dizendo o que você pensa. Isto formará uma petição solicitando a interrupção do processo dos carrinhos, até que a Prefeitura apresente um estudo de impacto sócio-ambiental, cultural e promova uma escuta oficial da comunidade sobre a questão. Essa petição não pode ser realizada por nenhuma associação. Só cidadãos podem dar entrada. Basta só preencher os dados no site:
Muita especulação também, claro, uma vez que a notícia da chegada dos carrinhos viera na forma de uma licitação repentina (ver matéria do número anterior deste jornal). Quem poderia se beneficiar com a introdução forçada desses veículos em Paquetá? Suportariam esses carrinhos o irregular piso da ilha? Ou representaria um primeiro passo no caminho de uma modernização danosa aos costumes do bairro, com o posterior asfaltamento de vias? Como se daria a transformação dos charreteiros em motoristas de elétricos? Quais as garantias de que, na esteira dessa introdução limitada de elétricos, os veículos não chegariam depois em maior número, fazendo de Paquetá uma “ilha elétrica”?
http://www.mprj.mp.br/cidadao/ouvidoria/faca-sua-comunicacao-aqui A reclamação também pode ser feita através do telefone 127 (tarifa de ligação local dentro do Estado do Rio de Janeiro). Vamos fazer com que a Prefeitura ouça Paquetá!
Encantos arquiteturais
Caieiras
Ricardo Cintra
Caieiras. Já tivemos muitas. Pode parecer mentira, mas Paquetá já foi um pequeno polo industrial, tendo sido a maior fornecedora de cal para a cidade do Rio de Janeiro. Somando a esta indústria existia também um número considerável de pequenos estaleiros. A fabricação de cal exigia conchas para a retirada do caulim, e lenha para fornos no processo de produção. Esta indústria levou à extinção os mangues que nos circundavam. As conchas acho (só acho, não sou técnico do assunto) que diminuíram em virtude da poluição da baía.Mas essa coluna é sobre arquitetura, assim, voltemos ao tema.
Voltaremos ao passado da pior forma, recebendo estes carrinhos elétricos que a prefeitura nos quer impor?
Q
Pasta de ricota com pimenta rosa
uando o verão arruma as malas para ir para o hemisfério Norte e o outono pinta o céu de Paquetá com tons de azul e lilás, ela começa a surgir nas pontas dos galhos da aroeira. É a época da pimenta rosa.
Miudinha, redondinha, perfumada e com uma picância muito suave (ela na verdade é da família da manga e não da pimenta), também é muito versátil e usada na manufatura de cosméticos, além da culinária. É um privilégio passear na ilha e ir colhendo as pimentinhas, já imaginando o que preparar com elas. Ricky Goodwin
Interessante perceber os movimentos econômicos de nossa Paquetá. Já tivemos indústria, já desmatamos, e agora replantamos. Temos ações inclusive de tentar fazer renascer os mangues. Só sobreviveremos se preservarmos e aumentarmos nossa flora, nossa fauna. Os turistas que hoje nos visitam o fazem pela nossa natureza e pelo nosso modo de vida, calmo, sem carros.
Ana Pinta
Ricky Goodwin
Existe aqui na ilha um condomínio de casas remanescente da última das caieiras. É um terreno com grande pátio e construção térrea no fundo do lote. Fica na Praia das Gaivotas, em frente ao Iate Clube, e podemos observar no seu canto esquerdo uma construção com cobertura de telhas capa-canal, fabricadas ainda no século XIX, provavelmente por mão de obra escrava. Não tenho lembrança na ilha de cobertura tão antiga.
ILHA DOS SABORES
Tenho usado a pimenta rosa de muitas maneiras: em cima do peixe grelhado, misturada no arroz, com a salada verde e até nos sucos. Na caipirinha de limão galego fica um espetáculo para o olhar e o paladar. Esta receitinha é simples e gostosa, uma pastinha de ricota com pimenta rosa.
Ingredientes :
Modo de preparar:
Amasse a ricota com um garfo, coloque no liquidificador (em rotação baixa,) 1 cebola pequena junto com a cebola, a maionese, o sal e as pimentinhas. Se quiser mais 1 colher de sobremesa de maionese pastoso adicione azeite. Enfeite com ! colher de sobremesa de pimenta rosa pimentinhas inteiras. Sirva com torradas. Bom apetite! 1 ricota fresca pequena
I Like my Bike
Cláudio Marcelo
fotos: Ana Pinta & Ricky Goodwin -Oh, que lindeza! Ai, que fofura! É bem pouco provável que você veja alguém suspirar dizendo algo parecido, ao se deparar com uma dessas esquisitices e geringonças elétricas que vêm aparecendo pela ilha. Felizmente. A grande maioria da população de Paquetá ainda ama as boas e velhas bicicletas. Aquelas mesmo de pedalar, de sair corrente, de tomar tombo na hora de soltar as mãos. As magrelas de verdade que, mais do que a bola ou a boneca, nunca se esquece do dia em que ganhou a primeira. Paquetá sempre manteve vivo o culto a esses veículos que, desde a segunda metade do século XIX, são seu principal meio de transporte. Mas nos últimos anos, uma onda retrô invadiu nossa praia e o orgulho de desfilar com um belo modelo antigo, preservado há décadas ou restaurado com perfeição, parece um caminho sem volta. Cada vez mais cruzamos no dia a dia com verdadeiras pérolas do design sobre duas rodas. São marcas clássicas como as inglesas Raleigh, Philips e Hercules; as americanas Schwinn e Columbia; a sueca Hermes, a francesa Peugeot, a italiana Bianchi, a alemã Adler; e a brasileiríssima Mercswiss, primeira bicicleta deste repórter, e que rendeu muitas antitetânicas no Hospital Villaboim. Isso é muito bom, principalmente agora que, com a saída das charretes, as bikes vão se tornar talvez a principal identidade da ilha. Quem sabe num futuro próximo sejam também a atração turística que vai trazer gente de todo o Brasil para conhecer a capital brasileira das bicicletas antigas. E ainda visitar o único Museu das Bicicletas do país. Vamos pedalar atrás desse sonho? Está nas nossas mãos. Uma de cada lado do guidão.
O passado sobre duas rodas Ricardo Fontes, o Pica-Pau, é um dos maiores responsáveis pela volta das bicicletas antigas às nossas ruas. Sua loja, a Paquetá Bike, na rua Furquim Werneck, é a tenda dos milagres capaz de transformar um simples quadro, velho e enferrujado de uma marca estrangeira, num modelo novinho 100% original, como os que saíam da fábrica décadas atrás. Filho do também bicicleteiro Josias, que durantes anos manteve uma pequena loja do ramo na Pinheiro Freire, Ricardo foi criado em meio a pedais, guidões e celins. Herdou o gosto pelas magrelas e hoje é uma referência na cidade, em matéria de recuperação e restauração de bicicletas. Vive fuçando a internet, pesquisando em revistas especializadas e garimpando em feiras de bicicletas usadas, atrás de peças, detalhes de acabamento e achados que mais tarde vão fazer a alegria dos seus clientes, muitos deles do continente. Segundo o profissional, são pessoas com um gosto diferenciado, que apreciam e investem num produto praticamente único. Sua loja tem sempre perigosas tentações na vitrine. Mas apesar de recuperar de 10 a 15 bicicletas e vender outras tantas por mês, a principal fonte de faturamento ainda é o aluguel de bicicletas e quadriciclos. Tomara que em breve essa ordem se inverta, porque o trabalho de Ricardo na Paquetá Bike é uma bem-vinda contribuição para se preservar uma das mais valiosas tradições da ilha.
Paquetá realmente é a terra das bicicletas. É impressionante o relacionamento que as pessoas da ilha tem com as suas bicicletas. Algumas são tratadas como um bichinho de estimação, ou "como se fossem alguém da família". Claro, dependemos tanto delas! Aqui estão algumas das bicicletas interessantes de Paquetá.
Bichara é um colecionador de bicicletas antigas. Esta é uma Monark da Alemanha.
na sua bicicleta de estimação, com uma bela pintura.
Márcia Bichara tem esta linda Monark alemã, fabricada na Baviera.
Ricardo Picapau começa a dar um trato no seu novo xodó, uma antiga Caloi Sprint.
A Philips de Ricardo Saint-Clair possui valor histórico para Paquetá: foi comprado, há muitas décadas, pelo escritor Vivaldo Coaracy, como presente para a sua filha.
Quando criança, Eduardo era louco pelo camelo do Tio Ivan, que não deixava ninguem andar nele. Anos mais tarde, acabou comprando de uma senhora a quem Ivan tinha dado a bicicleta.
A bicicleta de Zé Lavrador está há tanto tempo na família que ele nem se lembra mais quantos anos ela tem, nem qual é a marca (acha que é italiana).
Cláudio Motta compôs várias músicas passeando
Isso é que é bicicleta de estimação! Mary Pinto tem esta sueca desde 1948 – e com tudo ainda original.
Enquanto a francesa.
PQT Bike já reformou esta Peugeot
Nando Praça tem esta Hércules inglesa
bastante antiga, mas quem usa é a Célia, quando vai cuidar da farmácia.
Uma Hermes sueca, de Upsala, pertencente a Ricardo Bichara, Ao fundo, à direita, uma Svalan, também sueca, da cidade de Falun.
Seu Ferreira tem esta bicicleta há 43 anos, e quando ele a comprou já era velha. A bicicleta é bonita, já o assento...
A Magreza da Dione Lucas, reformada por Ricardo Picapau.
Edu Lavrador herdou esta Club japonesa do seu A bicicleta personalizada de
Florzinha Lucas.
pai, Antoine, que precisava de uma bike fortona, pois além de ser robusto, era nela que carregava os seus seis filhos.
Sucesso do Comida di Buteco surpreende participantes da ilha
Já na sua 17ª edição, o Comida di Buteco é um mega evento de alcance nacional, que este ano envolveu 500 estabelecimentos de todas as regiões do país, cada um apresentando seu novo petisco, e que pode levar a casa a ser eleita o melhor boteco do país. As regras são rigorosas, como a não aceitação de botequins de rede, a necessidade da presença diária do proprietário, e a obrigação de os garçons oferecerem prioritariamente a marca de cerveja patrocinadora, o que nesse caso pode levar o atendente a receber ou não, na hora, um prêmio em dinheiro dos "clientes misteriosos”, na verdade fiscais que visitam anonimamente os botecos.
Cláudio Marcelo Ainda não há números oficiais. E nem precisa. Uma simples passada na esquina da Furquim Werneck com Pinheiro Freire, onde fica o bar e restaurante M&M Vitória, já dava para entender por que D. Ana andava radiante naqueles dias. Seu petisco Maria Gorda, criado para o concurso Comida di Buteco 2016, gerou uma pequena revolução gastronômica nas calçadas e até no meio da rua, por onde se espalhavam as mesas e cadeiras para uma clientela em tal número que nunca se viu ali, nem no carnaval.
Dona Ana, do M&M Vitória, famosa na ilha por sua carne assada de se comer rezando, batizou de Maria Gorda o seu prato degustação com vários tipos de carne e um molho especialmente saboroso. Ela promete que o petisco vai entrar definitivamente para o cardápio da casa. Marcos Pinto
No Quintal da Regina, o outro participante de Paquetá, não foi diferente. Segundo a chef e proprietária Regina Linhares, seu Caldinho de Arraia trouxe famílias inteiras do Rio, algumas delas marinheiras de primeira viagem à nossa ilha, garantindo casa cheia nos fins de semana, e muitas promessas de "certamente voltaremos". Marcos Pinto
Maria Gorda, prato do MM Vitória
Caldinho de Arraia, do Quintal da Regina
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Já Regina Linhares, do Quintal, queria criar algo dentro do cenário marítimo de Paquetá. Passou por bolinho de bacalhau, resvalou no bolinho de arraia, até chegar ao seu delicioso e revigorante Caldinho de Arraia, animal que os moradores mais antigos temiam tanto encontrar nas nossas praias. E dessa vez foram com muito apetite ao seu encontro.
EVENTOS fotos CLÁUDIO SANTOS
Dia de São Jorge
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Sambas no Iate
fotos CLÁUDIO SANTOS
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EVENTOS
Domingo no Darke edição outono foi no Iate Clube, com feirinha ecológica, exposições de artes, fotografia, moda e artesanato, atividades para as crianças e um animadíssimo aulão de dança afro com Wanja Bastos. O historiador e escritor Luiz Antonio Simas, apresentado pelo cineasta Zeca Ferreira, fez uma palestra sobre “São Jorge, o santo carioca”. A grande atração foi o Passinho do Menor, com dançarinos vindo de vários bairros. Começaram com um flashmob no Centro, dançaram o passinho em vários pontos turísticos e encerraram com apresentações no salão do Iate. Claudio Santos
fotos RICKY GOODWIN
Domingo no Darke (no Iate)
Claudio Santos
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PARA SE SENTIR BEM NO MUNDO
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Profª Vera Castro segundas e quartas, das 17 às 18h
Clube Municipal
Cortes, penteados para casamentos, bodas, reflexo
Com a manicure Marthinha (99517.8189)
Comendador Lage, 93 apto. 101 96811.5582
Dr. João Carlos Acupuntura
Shiatsu
Terças e quintas Tel: 7985 5049 e 8150 9882
ESPORTES
Glênio Maciel
Campeonato Internacional da Confederação Brasileira de Jiu-Jitsu profissional
O cami nho é pelo E s p o rt e ! No ano olímpico muito se fala em esporte e se valoriza o mesmo. É incrível como o esporte, com o Brasil sediando as Olimpíadas desse ano, tem ganho espaço no cenário nacional. E como já dito anteriormente, na minha primeira coluna do jornal A Ilha, Paquetá é um celeiro para o esporte, e dentre eles estão os esportes Olímpicos. Eu gostaria de destacar um esporte Olímpico em especial e que ocorre durante toda a semana na praia da Moreninha: o vôlei de praia. O trabalho da dupla Giba e Ginho ocorre há mais de 10 anos - na realidade, muito mais do que isso! Todos os dias da semana, no fim da tarde e início da noite, tem vôlei para os jovens próximo ao quiosque da praia da Moreninha. Ginho geralmente acompanha as aulas das crianças menores, enquanto Giba fica com os maiores, passando por todos os fundamentos do vôlei, e então formando atletas como Pires e Matheus, que venceram um circuito noticiado aqui no Jornal no mês passado. É importante destacar que os jovens que têm participado da atividade esportiva, também participam das atividades do Serviço de Convivência de Fortalecimento de Vínculos do CRAS Dodô da Portela. Resumidamente, a proposta do CRAS junto ao vôlei de praia da Moreninha é trabalhar temas específicos visando formar cidadãos, desenvolver o senso crítico a respeito desses temas, além de discutir questões importantes para a nossa sociedade. Esse mês foram discutidos os direitos humanos e socioassistenciais, como o conceito de igualdade! Esse grupo de jovens acontece durante as aulas de vôlei, em torno das 18:00 e tem como publico alvo, jovens de 14 a 17 anos; porém não é excludente a jovens de menor ou mais idade. Quem estiver interessado em participar pode chegar por volta do horário combinado, às terças e quintas. Não é preciso jogar vólei especificamente, é permitido apenas participar das atividades. É muito importante que tenhamos essa aproximação entre os jovens para que formemos atletas e principalmente cidadãos. O caminho é pelo esporte! E o Vôlei de praia da Moreninha é um atalho.
Equipe Brazil 021
Mais uma vez a equipe Brazil 021 representou a Ilha de Paquetá. Desta vez os atletas João Lucas Perillo, Vinicius Pica-Pau, Davy Fubarão e Ramon Penetra foram até o Clube Municipal na Tijuca buscando trazer medalhas para a Ilha - e quase todos medalharam. O Atleta João Lucas Perillo ficou em segundo lugar dentre os faixas roxas, enquanto Vinicius Pica-Pau ficou em terceiro lugar nos faixas azuis e Davy Fubarão ficou em primeiro também nos faixas azuis, cabendo detalhar que cada um em seu peso. Ramon Penetra infelizmente não medalhou, mas fez uma boa luta. Gostaríamos de parabenizar a todos da equipe e que venham mais medalhas, tanto da Brazil 021, quanto da equipe Soul Fighters. Ambos são motivos de muito orgulho para a nossa Ilha!
Galera do Vôlei na Moreninha
Davy Fubarão comemora o ouro
Preparativos para o Paquetaense
Você que estava com saudades do campeonato mais charmoso da Ilha matará a saudade do mesmo. Isso mesmo, o campeonato está próximo e brevemente teremos mais informações. O que se pode adiantar é que Silvino, que mais uma vez está na organização, já está nos preparativos para mais um campeonato de sucesso na Ilha. A princípio teremos seis times: Moreninha, Tudo Nosso, Eu+10, PEC, Colônia e Siriji. Grupo do CRAS Dodô da Portela
Aguarde a próxima edição do jornal com um “Completão” sobre o Paquetaense. Segue o jogo...
Como disse o Aldir em uma musica: "Eu gosto quando alvorece porque parece que está anoitecendo e gosto quando anoitece". Nós dois gostamos da boemia. Me recordo que Copacabana tinha muitas galerias, como aquela da Rua Duvivier onde o pai da Dóris, a Monteiro, tinham um barzinho, coisa que o Rui Castro não falou.
crônicas de paquetá
crianças puderam viver seu protagonismo musical, se transformando em seres humanos capazes de enfrentar a vida. Isso a ilha deve a Josie, ao Zé e ao Bruno.
a vida é com o ela é Julio Marques
Pena que o garoto morreu na Furquim atrapalhando o trafego em vez de tocar oboé. Talvez gostasse. Agora basta de mau humor pois a feiúra faz parte da vida assim como os desvios de caráter e escrevo isso com o coração em frangalhos.
Dóris era muito engraçada e adorava o Jango. A Duvivier, naquela época, parecia um parque de diversões. Todos sorriam, ensinando tudo o que valia a pena e o que não valia.
Assim como Copacabana, já disse alguém, começa na minha infância e sobrevive na minha memória, Paquetá sobreviverá com suas charretes e pregões, sua informalidade e sua delicadeza.
Mas, como disse o Chico, cada clarão é como um dia depois de outro dia. Por isso é preciso atenção. Acabo de ler a Zélia Duncan alertar que, mesmo nos momentos em que se abrem represas de ódio e relações de cimento se estabelecem, mesmo nesses momentos, é criminoso fazer a apologia da tortura. Lembro que naquele tempo Copacabana era lotada de boates, com seus boêmios, prostitutas e bêbados. A violência era pouca e a gente sentava nos bancos da Av. Atlântica sonhando com o futuro. Volver aos dezessete depois de viver um século, mas tendo cuidado com a ingenuidade. Às vezes é preciso passar, como agora, por situações extremamente difíceis "pro dia nascer feliz". O fascismo nunca vence.
Sobrará a Praia da Guarda com seus pedalinhos de cisne (aliás viva a PEDALADA) e a musica do Zarur que é muito alta, insuportavelmente alta, mas cria, todos sabem, ambientes de convívio como só ele consegue. É impossível e inútil explicar esse clima
de coisa boa, como também não é possível explicar a gentileza do Birulinha, a realeza da Nega Luiza, a maneira de elaborar a vida do Serginho Cabeleireiro, a profundidade do pensamente do Luis Belo e a percepção do Claudio Marcelo. Inútil explicar. Vendo o filme sobre o Chico percebi que tive a sorte de ter vivido uma época onde construíram uma trilha sonora sábia e harmoniosa. Também tive sorte em ter vindo para Paquetá no exato momento que as
Julio, pedalando feliz pelas ruas e, com muitas saudades da Moça da Saia Curta, da Bundinha Feliz e da Beldade da Comlurb, lembrando que, segundo o Ricky, não há fatos e sim uma coleção de boatos.
um passeio em pqt
O contorno do litoral pode ser feito a pé em 45 minutos, sem correria nem paradas. De bicicleta, leva cerca de 25 minutos. AÇ
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Logo na saída da estação das barcas na ilha, à direita, um painel oferece algumas opções de roteiros turísticos.
Paquetá > Praça XV
Pontos turísticos
Finalmente me despeço alegre porque vi e revi o filme sobre o Chico Buarque do Miguel Jr e foi como um passeio sobre minha própria vida.
PR
Paquetá está no município do Rio: não é preciso DDD nas ligações para a capital.
Perdoem, mas eu uso essas crônicas para disser o que preciso dizer: não virão turistas para desfilar em carrinhos elétricos, nem crianças tirarão fotos sentadas neles. Será como jogar recursos públicos no lixo.
Se tem gente que prefere o Santuário de Fadas pois que elas fiquem com as Bruxas. Como disse o Henrique Cazes : lugar prá juntar chato é botequim. E ele não conhece os catamarãs. E quem disse que eu não gosto de chato?
Dias Úteis 05:30 > 06:20 06:30 > 07:20 07:30 > 08:20 09:30 > 10:20 11:30 > 12:20 14:30 > 15:20 16:30 > 17:20 18:30 > 19:20 19:30 > 20:20 21:00 > 21:50 23:10 > 00:00 FdS e feriados 06:00 > 07:10 08:30 > 09:40 10:00 > 11:10 11:30 > 12:40 13:00 > 14:10 14:30 > 15:40 16:00 > 17:10 17:30 > 18:40 19:00 > 20:10 20:30 > 21:40 22:00 > 23:10 23:30 > 00:40
Praça XV > Paquetá Dias Úteis 05:30 > 06:20 06:30 > 07:20 08:30 > 09:20 10:30 > 11:40 13:20 > 14:10 15:30 > 16:20 17:30 > 18:20 18:30 > 19:20 20:00 > 20:50 22:15 > 23:05 00:00 > 00:50 FdS e feriados 04:30 > 05:40 07:00 > 08:10 08:30 > 09:40 10:00 > 11:10 11:30 > 12:40 13:00 > 14:10 14:30 > 15:40 16:00 > 17:10 17:30 > 18:40 19:00 > 20:10 20:30 > 21:40 22:00 > 23:10 00:00 > 01:10
Igreja Bom Jesus do Monte Caramanchão dos Tamoios Canhão de Saudação a D. João VI Árvore Maria Gorda Praças e parques Preventório Rainha Dona Amélia Pedro Bruno Escola Pedro Bruno Fernão Valdez Telefones úteis Poço de São Roque Atobás (Quadrado da Imbuca) Barcas (estação de Paquetá) - 3397 0035 Coreto Renato Antunes Tiês Barcas (central de atendimento) - 0800 7211012 Capela de São Roque Lívio Porto (Ponta da Ribeira) Bombeiros - 3397 0300 Cedae - 3397 2143 (água) / 3397 2133 (esgoto) Casa de Artes Mestre Altinho Comlurb - 3397 1439 Pedra da Moreninha Bom Jesus do Monte Farmácia - 3397-0082 Ponte da Saudade Manoel de Macedo Gás (fornecimento de bujão) - 3397 0215 Pedra dos Namorados São Roque Hospital (UISMAV) - 3397 0123 / 3397 0325 Casa de José Bonifácio Ex-Combatentes Light - 0800 282 0120 Mirante do Morro da Cruz Alfredo Ribeiro dos Santos Oi Telemar - 3397 0189 Cemitério de Paquetá Pintor Augusto Silva PM - 3397 1600 / 2334 7505 Em negrito, horários com barcas Cemitério dos Pássaros Parque Darke de Mattos Polícia Civil - 3397 0250 abertas (tradicionais). Em itálico, os horários previstos de chegada. Farol da Mesbla Parque dos Tamoios XXI R.A. - 3397 0288 / 3397 0044
Localidades
Viracanto Levas-Meio Rua dos Colégios Ladeira da Covanca Morro do Buraco
(Morro do Gari)
Pau da Paciência Árvore do Sylvio Colônia Cocheira Morro do Pendura Saia Morro do PEC
(Morro da Light)
Rua Nova Colônia da Mesbla Curva do Vento Beco da Coruja
Serviços
Banco Itaú Banco do Brasil e Caixa Econômica (Loja lotérica)
Hospital (UISMAV) (3397.0123 / 0325)
Aparelhos de ginástica (jovens e maduros)
Aparelhos de ginástica (idosos)
Mesas para pic-nic ou jogos Mictórios Farmácia (3397.0082) Brinquedos infantis