Jornal a ilha 45

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Ano V - n 45 - outubro de 2016 - Ilha de Paquetรก, Rio de Janeiro


O que v ai pela Ilha

Editorial O Jornal A Ilha está de novo nas ruas, e as ruas estão cheias de histórias para contar. A Festa de São Roque foi mais uma edição inesquecível e marcante. A comemoração, que esteve ameaçada de não acontecer, acabou se estendendo por dois finais de semana. Dentre tantas imagens interessantes, ficou difícil escolher. O Jornal A Ilha traz duas páginas com fotos que mostram a força do padroeiro em nossa Ilha, tradição, cultura e diversão. A rua também foi palco de encontros políticos, como as reuniões de retomada das atividades da MORENA, a nossa Associação de Moradores, na Praça Bom Jesus, que agora resultam na eleição de uma nova diretoria, em assembleia, no dia 22 de outubro. Um debate entre candidatos a vice-prefeito, que ouviram e falaram sobre as questões que afligem moradores da Ilha, também ocupou a Praça Bom Jesus. Dois dos que compareceram estão no segundo turno e um deles se elegerá sabendo o que nós pensamos sobre o futuro do lugar. Uma carta-compromisso circulou na internet e foi entregue no ato. Tão importante, e também simbólica, foi a ocupação das calçadas e dos corredores do Solar Del Rey para reivindicar as prometidas obras de preservação e recuperação do imóvel histórico. O OcupaSolar teve todos os ingredientes de uma virada cultural, mostrando o vigor dos movimentos culturais em Paquetá.

Alô, alô, Paquetá! O processo de revitalização da Associação de Moradores de Paquetá está em andamento. O calendário tem duas datas confirmadas: Dia 01/10 Assembleia geral extraordinária, no Salão Paroquial, às 14h. Pauta: - alteração do estatuto e do regimento interno para permitir que os associados votem e sejam eleitos sem a carência de seis meses - permissão para a eleição da nova Diretoria neste mês. Dia 22/10 - horário e local serão divulgados no dia 17/10 Assembleia geral extraordinária Pauta: - eleição da Diretoria. Venha se associar, precisamos de todos!

E tivemos “Vamos passear na praça”, uma edição diferente do “Domingo no Darke”, e ainda a Feirinha Ecológica, além da tradicional feirinha de artesanato na praça Pedro Bruno.

Comissão Eleitoral

Mais singela, e crescente, é a escolha de Paquetá como destino de circuitos de lazer nos bairros, que vêm incluindo nossa Ilha nos roteiros, seja para passeios de bicicleta, gincanas, jogos de orientação e outros. O Jornal foi conferir de perto o charme de um grupo de cachorrinhos chiuaua que participava de uma “Cãominhada Cultural”, provavelmente e pauta mais fru-fru de todos os tempos.

Deu um branco na Marinha?

Para não ficar para trás, Cosme e Damião também tiveram dupla comemoração: no domingo, entrega de doces, cachorro-quente e brinquedos no Cerqueirão; e na terça, dia 27, aquela correria gostosa da criançada e suas bicicletas para todo lado. As ruas de Paquetá têm vida própria.

( Marcelo Ficher )

Expediente A Ilha é um jornal comunitário mensal organizado, elaborado e mantido pelos moradores da ilha de Paquetá. Mentor e fundador: Sylvio de Oliveira (1956-2014) Equipe: Ana Pinta, Claudio Marcelo Bo, Cristina Buarque, Flávio Aniceto, Ialê Falleiros, Ize Sanz, Jorge Roberto Martins, Julio Marques, Marcelo Ficher, Mary Pinto, Ricardo Cintra e Ricky Goodwin, Taís Mendes. Programação Visual: Xabier Monreal Jornalista responsável: Jorge Roberto Martins - Reg. Prof. 12.465 As informações e opiniões constantes nas matérias assinadas são de exclusiva responsabilidade de seus autores. Impressão: Gráfica e Editora Cruzado Ltda / Tiragem: mil exemplares Fale com a gente: cartasjornalailha@gmail.com Anuncie: comercialjornalailha@gmail.com Ano 5, número 45, outubro de 2016.

. Este número de A Ilha foi possível graças à participação dos anunciantes e às contribuições financeiras de

Adilson Martins Ana Cristina de Mello Cizinha e Bernardo Cristina Buarque Helena e Cavalcante Jim Skea Julia Menna Barreto Julio e Sandra Leila e Jorge Roberto Leonardo Couto Lula Mendes Maria Holanda Ferreira

Grafite x Pichação Por Rodrigo Machado

Capa: Toni Lucena

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O mausoléu da Marinha, no Cemitério de Paquetá, foi criado pelo escultor italiano Benevenuto Berna, para homenagear os mortos da Revolta da Armada, ocorrida no final do século IXX, e é tombado pelo patrimônio histórico. Ou seja, é protegido contra qualquer intervenção que modifique suas características originais. Não faz muito tempo, um grupo de fuzileiros navais chegou ao cemitério e, armado de baldes de tinta e pincéis, "embelezou" a escultura pintando-a totalmente de branco. Não se sabe de quem partiu a ordem para o serviço, mas seria ótimo que os responsáveis devolvessem à ilha, e à própria Marinha do Brasil, a obra de arte tal qual foi concebida pelo autor.

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Marcilio Freire Marilia e Silvio Mary Pinto Mauro Celio Melo Menezes Nadja Mara Barbosa Padre Nixon Ricardo Bichara Ricardo Saint Clair Sandra Souza Sylvio Sá e Marília Toni Lucena

O homem pré-histórico deixava seus registros nas paredes. O homem contemporâneo também. Os desenhos (abaixo) foram criados pelos alunos da Tur ma 2001 – Colégio Estadual Augusto Ruschi a partir das provocações nas aulas de Artes, com o professor Rodrigo Machado, discutindo a história do grafite, grafiteiros brasileiros e estrangeiros, a diferença entre grafite e pichação, a Lei 9.605/98, que considera pichação vandalismo e crime ambiental, cores e alguns termos estrangeiros usados pelos grafiteiros.


Círio

Acidente à vista.

A oitava edição do Círio de Nazaré no Rio de Janeiro teve novamente como um dos seus pontos altos a visita da Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Nazaré à Ilha de Paquetá. Trazida de barca por Dom Orani Tempesta – pessoa muito ligada à cerimônia do Círio, por ter sido Arcebispo em Belém – a imagem foi recebida aqui por nosso Padre Nixon Bezerra e uma mu l t i d ã o d e f i é i s. A p r o c i s s ã o seguiu da estação das barcas para a Igreja Bom Jesus do Monte. Que Nossa Senhora de Nazaré abençoe Paquetá, do que muito precisa, nesses tempos de transformações.

A foto que você está vendo é de uma das pilastras de sustentação da ponte de embarque dos catamarãs “JumboCat”, que emporcalham a paisagem da Praia dos Tamoios. Há pelo menos outras três pilastras no mesmo estado, apodrecendo perigosamente por falta de manutenção. O desabamento da estrutura é só questão de tempo. E o pior é que há pessoas trabalhando e até dormindo ali.

Fotos: Cláudio Santos

Paquetá – As Garças Ernani S. Bessa, cineasta e fotógrafo de Paquetá resolveu enfrentar um tema óbvio e fotografar sistematicamente as garças de Paquetá durante pouco mais de um ano. Após quatro meses editando as fotos (selecionadas entre quase duas mil), vem apresentando as cópias numa exposição, aberta nos fins de semana e feriados, no seu próprio ateliê. As cópias foram impressas e produzidas em Fine Art Photography, com papel 100% alfa-celulose, da Harman Professional Inkjet by Hahnemühle, apresentando uma qualidade e durabilidade do maior nível tecnológico. Local e horários: Rua Príncipe Regente, 46, bem em frente ao Solar Del Rei.

"Vamos passear na Praça?" No domingo, 11/09, a Praça Bom Jesus do Monte foi ocupada por um montão de gente feliz, inventadeira de moda, integrantes dos grupos culturais e comunitários de Paquetá e outros convidados. O evento "Domingo no Darke", que é fruto do Prêmio de Ações Locais da Prefeitura e do Ponto de Cultura Paquetá na Rede, teve uma edição especial e fora da sua "casa" original. Tinha diversão para todas as idades: pula-pula, oficina de pintura, contação de histórias, shows musicais e um palhaço equilibrista que encantou a todos. A Feirinha Ecológica de Paquetá e vários artesãos locais puderam vender seus produtos. Um dia de trocas incríveis e muita alegria. Os organizadores do evento agradecem o apoio e contribuições de comerciantes como Seu Zeca "Zeca´s Bar", Conrado "Acordes ao Luar" e Tia Loíde, além de inúmeros moradores e amigos".

Abre aos sábados, domingos e feriados, das 10hs às 13hs e das 15hs às 19hs. Durante a semana visitas podem ser agendadas pelo telefone 9.6843-6816.

Prefeito não cumpre as promessas que fez na visita ao Solar

Eduardo Paes

Aqui está uma foto do Prefeito Eduardo Paes, quando esteve em Paquetá, incentivando e prometendo várias ações, inclusive que iria fazer de tudo para a recuperação do Solar Del Rey. A memória é curta? Isso foi em 2013!

Fotos: Neusa Matos


•ARTICULANDO E DIVULGANDO NOSSAS INICIATIVAS CULTURAIS

FOTO DO MÊS

Ernani S. Bessa

•APOIANDO ARTISTAS LOCAIS •PRESERVANDO NOSSO PATRIMÔNIO, MEMÓRIA E IDENTIDADE •PROMOVENDO O TURISMO CULTURAL

A COMUNIDADE PROTAGONISTA E BENEFICIÁRIA P RO G R A M AÇ ÃO

06

OUT

Em outubro homenageando o diretor Yasujiro Azu

TÚNEL DO TEMPO o passatempo deste mês

Cineclube PQT Terças - 20h - Quintal da Regina. PROGRAMAÇÃO DIA 06 - terça

“Pai e filha" Direção: Yasujiro Azu

20

OUT

DIA 20 - terça

“Café Lumiere” Direção: Yasujiro Azu Informações: http://cineclubepqt.wix.com/cineclubepqt .

Todos os eventos gratuitos e livre para todos os públicos.

CONTE SUA HISTÓRIA PARA ENTRAR PARA A HISTÓRIA envie para a redação do jornal ou para a casa de artes paquetá sua fotografia antiga de paquetá acompanhada de seu depoimento sobre a foto: um ambiente, uma família, uma construção, uma paisagem, uma lembrança. as fotos e depoimentos que vierem a ser coletados farão parte de um acervo para consultas grátis, do jornal e da casa de artes.

note que você não perde sua foto, pedimos apenas autorização para digitalização. CUIDE BEM DE NOSSA ILHA. VALORIZE E PRESERVE SEU PATRIMÔNIO ARQUITETÔNICO, AS PRÓXIMAS GERAÇÕES TAMBÉM MERECEM PAQUETÁ CADASTRE-SE E RECEBA O BOLETIM PAQUETÁ VIVA! paqueta@ilhadepaqueta.com.br www.facebook.com/paquetanarede

Ninguém conseguiu descobrir onde fica a paisagem mostrada no número passado, mas nosso colaborador Alberto Marques identificou precisamente a imagem do mês anterior: “A imagem reproduzida nesta tela de Pedro Bruno é a do “Morro da Cruz”, visto do Darke de Mattos, onde hoje fica o heliporto.

cartas@jornalailha.com.br

AMORES DA ILHA

Joao Bosco Cristina Buarque

Algumas serão publicadas no jornal e algumas farão parte de uma exposição na casa de artes no segundo semestre de 2016. Os critérios para a publicação ou exposição serão definidos pela editoria do jornal e pela curadoria da exposição.

Vocês já sabem. O desafio deste passatempo é conseguir identificar qual o local retratado nesta fotografia antiga.


ENCANTOS ARQUITETURAIS

Iate Clube Ricardo Cintra O nosso PIC foi construído praticamente sobre o mar. Seguindo o padrão estético dos anos 50, sua boa arquitetura nos dá um generoso terraço em volta de seu salão envidraçado, que se abre sobre o mar, tendo linda vista para a Serra dos Orgãos. Arejado, claro, convidativo, tem tentado se manter em pé nos últimos anos. Foi fundado por um grupo grande de amantes de Paquetá, gente que sempre amou a ilha, que lutou por ela, mas na maioria absoluta, veranista. Fazia sentido na época, muita gente mantinha uma casa na ilha e religiosamente vinha passar finais de semana e férias. A vida mudou, o Rio mudou, Paquetá mudou, e o clube foi perdendo espaço. Foi perdendo sócios. Sendo na sua origem frequentado por quem não era morador, ficou estigmatizado como clube de elite. Bobagem. O nosso PIC também mudou. As catracas foram abertas, todos podem frequentar seu restaurante e seu excelente salão é franqueado a todas as atividades culturais da ilha. Mas os ilhéus têm de acreditar que o PIC é de todos para que ele continue a existir. O Paquetá Iate Clube está de portas abertas a todos, vamos frequentá-lo! Vamos preencher de gente este espaço tão agradável.

Ricky Goodwin

Todos são bem vindos. TODOS.

Paquetá na rede Claudio Marcelo As redes públicas de Wi-Fi (internet sem fio) vão pouco a pouco cobrindo as cidades brasileiras. Em 2014, dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontam que mais de 1/4 dos 5570 municípios do país já contavam com sinal de internet gratuito em alguma praça ou rua importante. A Avenida Atlântica, em Copacabana, por exemplo, é inteiramente conectada. Prefeituras de municípios do interior tomaram a iniciativa de oferecer o serviço há alguns anos, como forma de compensar os problemas da dificuldade de acesso e pouca oferta de serviços, como bancos, farmácias, livrarias etc. Alguma semelhança com uma certa ilha que você conhece? Paquetá tem todas essas características e mais algumas que a fazem merecer a sua rede pública de Wi-Fi: baixa qualidade e alto custo da internet paga, poucas opções de lan houses, e ainda a tranquilidade de se poder utilizar smartphones e notebooks com segurança nas ruas. As eleições municipais estão aí, o que é um ótimo momento para se reivindicar a implantação desse sistema. Um bom começo já seria contar com internet nos catamarãs e nas estações de embarque. O jornal A Ilha perguntou à CCR Barcas por que a empresa não abria o seu sinal da internet. Resposta enviada pela Ouvidoria: "A CCR Barcas informa que as redes Wi-Fi (Internet sem fio) que são visualizadas pelos usuários nas estações e embarcações não pertencem à Concessionária, e sim às lojas, que, muitas vezes, utilizam-se do nome da empresa para identificar suas conexões." Hum… tá bem. Vou fazer de conta que acredito. Enquanto isso, os donos de restaurantes e bares da ilha vêm se mostrando mais sensíveis e antenados. Já descobriram que oferecer o Wi-Fi é um sinal de bom atendimento e pode ser um bom negócio. O jornal A Ilha visitou alguns desses lugares abertos a você. Paquetá Iate Clube - No restaurante do clube náutico, também se navega na web. Talvez pela grande extensão da varanda, o sinal nem sempre está 100%. Quintal da Regina - O restaurante da chef Regina Linhares já nasceu com Wi-Fi e o sinal é excelente. Até com a casa fechada, dá para tirar uma casquinha. Casa de Artes - Um dos primeiros a oferecer o serviço, que funciona muito bem. Um lugar muito agradável para navegar. Todo dia, das 10 h as 17 h. Cantina ViraCanto - A nova casa da família Zaru trouxe, entre outras novidades, um ótimo Wi-Fi. Que com um chopinho fica melhor ainda. Bodega - A loja das delícias de chocolate também tem, além de ar refrigerado e música ambiente, Wi-Fi aberto para os clientes. Bibi Lanches - O animado bar e lanchonete do Fabiano, da música ao vivo e das transmissões de futebol, agora oferece Wi-Fi grátis. Lido - O tradicional hotel não parou no tempo e entrou na onda do Wi-Fi para os clientes do restaurante, aberto para café da manhã e almoço. Balneário Moreninha - A outra casa do conectado Jorge, na esquina da Praia da Guarda com Furquim Werneck, tem sinal Wi-Fi que chega até a praia. Açaí da Ilha - Uma boa surpresa. A pequena vendinha que serve açaí e sandubas nos fins de semana, ao lado da Casa de Pedro Bruno, não tem nem mesinhas, mas tem Wi-Fi. Zeca's – o maior restaurante da ilha e o mais frequentado pelos turistas ainda não tem. Se liga, amigo Zeca!


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Neusa Matos

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ar Ocupa Sol

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Moradores se mobilizam pela restauração do Solar Del Rey Ialê Falleiros

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Ocupa Sola r

No último dia 20 de agosto, moradores e amantes da Ilha de Paquetá fizeram mais um protesto para reivindicar a imediata restauração do Solar Del Rey, patrimônio histórico, que abrigava a Biblioteca Pública até ser interditado, em 2012, e a sua transformação em centro cultural. O evento chama a atenção para a urgência das providências, devido às graves condições em que se encontra o imóvel.

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O OcupaSolar começou ainda pela manhã e teve programação até a noite, com uma pegada de virada cultural e centenas de participantes. Na programação, havia exposição de fotografias, oficina de pintura para crianças, ciranda e leitura de poesia, apresentações do coral Viracanto e de peças teatrais, a 11ª Feirinha Ecológica de Paquetá e outras atividades, culminando com a ocupação simbólica do corredor de acesso ao Solar Del Rey, ao som dos Gumbas e outros músicos.

Ricky Goodwin

Solar está interditado há quatro anos Muita gente que veio morar em Paquetá nos últimos anos nunca havia entrado no Solar, interditado desde 2012. A surpresa foi grande, tanto pela beleza do espaço quanto pelo estado de abandono em que se encontra. A situação é ainda mais grave visto que a ilha não possui cinema, teatro ou outro centro cultural público. As pressões da população de Paquetá para recuperação e reativação do Solar Del Rey têm sido constantes. Em março de 2013, aconteceu o “Abraço ao Solar”, registrado na 9ª edição do Jornal A Ilha, e tem havido reuniões entre agentes culturais, associação de moradores, um advogado da ilha e o poder público municipal.

Andamento do processo administrativo municipal da obra de restauração do Solar Del Rey Ricardo Bichara Resumidamente, cumpre infor mar que o processo administrativo relacionado à restauração do Solar tem o nº 01/006.690/2014, e pode ser consultado pela internet no link http://www2.rio.rj.gov.br/sicop/. Basta clicar em “consulta processo” e digitar o número acima, sem barras ou pontos. Este processo foi aberto em 2014, por ordem do Prefeito, quando esteve em Paquetá, juntamente com diversos secretários, dentre eles o Secretário Municipal de Cultura, o Secretário de Patrimônio à época (a Secretaria do Patrimônio foi transformada em Instituto Rio Patrimônio da Humanidade) e que se mantém até hoje no cago, Sr. Washington Fajardo, bem como o Presidente da Rio Urbe. Foi elaborado um projeto arquitetônico pela Rio Urbe, e enviado ao IPHAN/ RJ, por se tratar de bem tombado nacional - BTN (desde 1938, inscrito no Livro de Belas Artes n. 1). No IPHAN/RJ, o projeto foi examinado e aprovado com ressalvas a serem observadas na elaboração do projeto executivo. O projeto arquitetônico retornou para a Rio Urbe, entrando em fase de orçamento e elaboração do projeto executivo. Esta fase demorou mais de um ano. Sempre alegaram que, por se tratar de obra especial de restauração de prédio tombado (BTN), deveria ser reposto o mesmo

material já existente (janelas, pisos, ladrilhos, etc.), dentre as obras normais de reconstrução do que sofreu degradação. O tal projeto executivo/orçamento foi finalmente concluído pela Rio Urbe em junho de 2016. Foi encaminhado para análise e aprovação do Instituto Rio Patrimônio da Humanidade, onde deu entrada no protocolo aos 06/07/2016 e, imediatamente, foi encaminhado ao gabinete do Presidente/Secretário, Sr. Washington Fajardo. Cabe agora pressionarmos junto a este instituto e ao seu Presidente para que dê a sua aprovação e para que o reencaminhe, urgentemente, para o IPHAN/RJ, a fim de obter nova análise. Estando em acordo com as ressalvas feitas anteriormente, que possa obter aprovação deste órgão, pois, uma vez aprovado pelo IPHAN/RJ, ainda teremos que exigir aprovação da Prefeitura para alocação das verbas necessárias às obras de restauração (segundo informado em reunião na Rio Urbe em junho deste ano, estavam orçadas em cerca de dois milhões e novecentos mil reais), bem como para o encaminhamento dos editais de licitação da obra - a ser executada no prazo determinado no edital. Portando, ainda temos alguns passos a conquistar neste processo e precisamos de toda a força da comunidade paquetaense, para exercermos toda a pressão possível, pois, somente unidos chegaremos a êxito na realização desta obra grandiosa. É importantíssima nossa presença maciça nos atos de ocupação do Solar, como o ocorrido recentemente, e que devem se multiplicar. (Ricardo Bichara é advogado e morador de Paquetá)

Vamos continuar essa luta. Nossa energia é Solar!


Prestígio de São Roque traz de volta a mobilização comunitária e o retorno da programação esportiva da festa. Este ano a Festa de São Roque teve ingredientes que tornaram a homenagem ao padroeiro da Ilha de Paquetá ainda mais interessante. Depois de muitos anos, a programação musical e a infraestrutura voltaram à decisão da comunidade, que se mobilizou para garantir a realização da festa, quando parecia que as Olimpíadas iriam atrapalhar tudo, porque a prefeitura só tinha olhos para o megaevento esportivo. Por fim, acabamos por ter duas festas, na visão de uns, ou uma festa só, em dois tempos, na visão de outros. Tanto faz!

Maratona Volta à Ilha de Paqueta - Largada - Maria de Souza Lima

Torneio de Vòlei Mirim - Mario JUnior

Fotos de Jim Skea

Moradores e visitantes se esbaldaram por quase 10 dias, com o melhor das bandas e artistas locais de sexta a terça (!) e com as atrações trazidas de fora no fim de semana seguinte: samba, MPB, pagode, forró, rock, orquestra, apresentações de dança e do coral, havia opções para todos os gostos. E, naturalmente, mais uma belíssima edição de Auto de São Roque, que homenageou os afrodescendentes da Ilha. A Família Real veio direto da África para se acabar de dançar na praça. Como nós.

Campeoes do futevolei Andre Silva

Campeã feminino - Mario Junior

Torneio de Futvolei na Praia - Mrario JUnior

Corrida das Crianças - Maria de Souza Lima


Bambo de Bambu - Foto de Thiago Deejay

Roda de samba com Marcos Santos - Thiago Deejay

Ballet Vera Castro - Foto de Neusa Matos

Sexteto Sucupira - Foto de Neusa Matos

Bambo de Bambu - Foto de Neusa Matos

O pĂşblico - Foto de Neusa Matos

Clareou - Foto de Gustavo Donola

Fabiano & Bonato - Foto de Gustavo Donola

Banda 40 Graus - Foto de Lara Galante

Pura Coincidencia - Foto de Thiago Almeida


E quem ganhou o debate foi ... Paquetá!!! Ialê Falleiros e Leonardo Couto No sábado, dia 3 de setembro, na Praça Bom Jesus, tivemos o debate com os candidatos a vice-prefeito da cidade do Rio de Janeiro. E foi incrível! Estiveram presentes Fernando Mac Dowell, vice do Marcelo Crivela (PRB); Luciana Boiteux, vice do Marcelo Freixo (PSOL); e Rodrigo Amorim, vice do Flávio Bolsonaro (PSC). Foram convidados também os vices de Pedro Paulo (PMDB) e Jandira Feghali (PCdoB), que não atenderam o convite. A proposta era uma fazer uma discussão a partir da cartacompromisso construída coletivamente e das questões apresentadas pela comunidade durante o debate. As regras previam não que os candidatos fizessem perguntas entre si. Assim, Paquetá e suas questões foram o centro da discussão. Paquetá não é bairro como outro qualquer Além dos inúmeros temas abordados (veja quadro ao lado), uma ideia boa surgida foi a de repensar a especificidade do nosso bairroilha. Atualmente somos tratados pela prefeitura como um bairro igual a qualquer outro da cidade, mesmo sendo tão diferente. Somos uma ilha, aonde só se chega por barca, com um hospital, uma escola para cada segmento, tudo isso público, com ruas de saibro, sem carros e prédios. Somos o único bairro do Rio que é inteiro uma Área de Proteção do Ambiente e da Cultura (APAC), pois temos árvores centenárias, uma vegetação nativa preciosa, casas de diversas épocas, além de termos preservado o paisagismo construído pelo artista Pedro Bruno, bem como a memória viva da presença de tantos artistas que por aqui viveram ou passaram. Mais de um candidato tocou neste assunto. Hoje, nossa administração é ligada à subprefeitura do centro, o que dificulta o cuidado mais específico que a ilha requer. Um dos candidatos chegou a propor a transformação de Paquetá num distrito municipal; outro propôs construir junto à comunidade um modelo de gestão mais autônoma. É, sem dúvida, um caminho bem interessante para nós. A conversa foi respeitosa e rica. Muitas ideias surgiram e, com certeza, vão guiar nossas demandas e ações em relação ao próximo governo, seja ele qual for. Pode nos dar mais força nos diálogos que teremos que ter com o poder público. E a retomada da associação de moradores é fundamental para essa caminhada.

Debate com candidatos a vice-prefeito

Os temas abordados a falta de especialidades e equipamentos de saúde; a interdição do Solar Del Rey; a não-regulamentação dos transportes na ilha e a ausência da Guarda Municipal; o incentivo ao tur ismo e a geração de emprego e renda na ilha; a memória carinhosa que todos os cariocas têm da ilha de Paquetá;

Luciana Boiteux, vice de Marcelo Freixo (PSOL)

a preservação do patrimônio e a especificidade de Paquetá ser uma APAC (Área de Proteção do Ambiente Cultural); o respeito à diversidade de gênero e às diferenças sexual e afetiva; a urgência de uma creche para os bebês de 6 meses a 2 anos; a ausência de investimentos em Paquetá no orçamento da cidade previsto para o próximo ano.

O debate continua

Fernando MacDowell, vice de Marcelo Crivella (PR)

Por falta de tempo, nem todos os presentes c o n s e g u i r a m fa ze r s u a s p e r g u n t a s. A organização se comprometeu a repassá-las aos candidatos, que ficaram de responder por email. Alguns assuntos ficaram de fora, dentre outros: a reestruturação da escola Pedro Bruno; a demora na nomeação dos profissionais de educação especial concursados; o saneamento básico; a coleta seletiva e a pré-reciclagem do lixo (na própria ilha); os cuidados com os animais pela prefeitura. Rodrigo Amorim, vice de Flávio Bolsonaro (PRP)

Iale Falleiros, uma das organizadoras

Ana Claudia, Gondim , mediadora do debate


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O melhor açaí da ilha

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Parabéns, Hely!

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Amigos aprontaram uma big fe s ta s ur pr e s a p a r a He ly F e r r e i r a comemorar seu aniversário na p o u s a d a A c o r d e s a o L u a r. M u i t a gente boa reunida, capricho e música ao vivo com João Guedes.


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BY D AY

* Domingo no Darke *

CÃOMINHADA em PAQUETÁ Cosme e Damião em dose dupla

fotos Neusa Matos / Flavio Aniceto

veja mais fotos no Face do jornal A Ilha


Cãominhada Cultural em Paquetá * **

Eles vieram na barca de 08:30h, circularam pelos principais pontos turísticos de Paquetá até chegar à Praça São Roque, onde conheceram a Capela. Roteiro nada comum para um grupo de 09 cachorrinhos, Chiuauas em grande maioria, que participaram da Cãominhada Cultural em Paquetá, no dia 24/09. Aqui mais dois se juntaram ao grupo. - Foi o ponto alto da Cãominhada, porque os cãezinhos puderam entrar na igreja. Foi a prova de que Paquetá é totalmente pet friendly, comemorou Karla Krajcsi, da agência Turiscão, organizadora dos passeios. “Fomos tão bem recebidos, que voltaremos em breve com certeza”, diz ela, agradecendo também a amiga e moradora Dione Lucas, que recebeu os pequenos turistas na estação e se integrou ao roteiro cultural dos pequenos aventureiros.

JORGE CAPADÓCIO Estalagem

(antigo Recanto São Jorge) sob nova direção

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Profª Vera Castro segundas e quartas, das 17 às 18h

Clube Municipal

- Diárias com café da manhã - Alugamos espaço para eventos Rua Maestro Anacleto, 258 – Campo

Tel. 3397 2007 / WPP. 96766 94441 oliveiragg@terra.com.br

Dr. João Carlos Acupuntura

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Terças e quintas Tel: 7985 5049 e 8150 9882


Memórias de um Clube Histórico

A FUNDAÇÃO Wilma Leitão O Municipal Futebol Clube foi fundado em 1918 por um grupo de jovens moradores da “Lagoa”, como era conhecido o último trecho da rua Alambari Luz, e adjacências das ruas Cerqueira e Dois Irmãos. Eles gostavam de jogar futebol, sueca e de fazer festas, como blocos carnavalescos, festas juninas. No início os encontros ocorriam no terreno arenoso, debaixo de uma figueira muito grande que tinha ali, dizia tia Quinha. O campo de futebol ficava em uma disposição diferente, como que atravessado ao campo que conhecemos hoje e a entrada era mais ou menos onde depois foi construída a casa de Dona Zoraide, uma senhora adorada pelos pequenos, e até hoje lembrada, pela qualidade dos doces que distribuía nas festas de São Cosme e Damião. Mas isso é outro assunto.

BATUQUEMOS

Viver em tempos mortos? Viver sem pontos mortos! Flavio Aniceto

Simone de Beauvoir foi uma feminista, filósofa e escritora francesa que nos deixou um bom legado intelectual e afetivo no caminho de um mundo mais justo e igualitário, entre mulheres e homens e para a humanidade como um todo, buscando a justiça social. Esse céu na terra que tanto buscamos e que mobilizou e ainda mobiliza – com toda morbidez dos tempos golpistas que vivemos – milhares de corações mundo afora. Certa vez nos disse em poema: “(...) Não desejei e nem desejo nada mais do que viver sem tempos mortos ”.

Aquilo tudo era um areal, com muitas pitangueiras e cajueiros. Não havia todas as casas que foram aparecendo depois e, em determinado momento, com o clube já um pouco mais organizado, decidiram adquirir o terreno para formalizar sua sede. A vontade era grande, mas faltava o dinheiro, pois eram todos trabalhadores, com parcos recursos e muitos já com família. A solução seria pedir emprestado e a única pessoa que o grupo conhecia com condição financeira de arcar com a empreitada era Julio Mota, casado com a irmã de Sr. Antenor França, pai de Altinho (Walter) e avô de Nelson França. Assim foi o grupo, com a cara e com a coragem, pedir o dinheiro. “Quem falou foi Lulu (Luiz Baptista), que falava bem” e na decisão de conceder o empréstimo pesou a seriedade de propósitos de Alfredo Ribeiro dos Santos, desde sempre conhecido como Alfredo Brasil e que ficou responsável pelo ressarcimento dos 13:898$400 (treze contos oitocentos e noventa e oito mil e quatrocentos réis), acrescidos de juros. A maior parte desse montante foi arrecadada por meio de jogos de víspora, o predecessor do Hoje, nos parece que além de viver sem tempos mortos, os nossos esforços cotidianos são para viver sem pontos mortos fazendo com que cada ação desde a mais simples que seja – em nosso bairro, no caso a querida Paquetá, na escola, nos espaços religiosos ou não, no trabalho, na família, no lazer, no amor – seja uma reativação da vida. Dando-nos as doses diárias para seguirmos. Alimentamos e somos alimentados. Assim ninguém passa fome de vida e na vida. Parece meio “filosofia de botequim” – e gostamos muito disso – mas na verdade é um chamamento, uma convocação coletiva e também uma autoconvocação: para fazer fazendo e seguir adiante adiantando. Reclamar fazendo. E não reclamar reclamando – como é tão comum na ilha e na vida...

bingo e assim conseguiram honrar o pagamento da dívida, inclusive quitando o saldo com antecedência de dois anos e cinco meses, como atesta o “Relatório Sobre a Compra do Campo” publicado na revista Rio Ilustrado, em dezembro de 1936.

Campo do Municipal leva o nome de "Praça de Esportes Alfredo Ribeiro dos Santos".

Quem quiser contribuir com contribuir com fotos, histórias e outros documentos sobre o Municipal, mande para wilmaleitao@gmail.com Ajude-nos a contar a história de nosso clube querido!

Não nos faltam motivos, meios, causas, tipos, formas e fôrmas, todos nós estamos cheios de pontos mortos a serem ativados. O que podemos fazer para isso? Deixar um livro em uma geladeira cheia deles, ler, passar adiante. Ensinar uma criança a fazer um brinquedo artesanal – na contramão desse mundo exageradamente digital que se impõe às crianças de hoje, vivas/mortas. Gastar um dia na semana com alguma ação simples e voluntária para melhorar qualquer realidade. Passar uma tarde com um enfermo. Plantar uma árvore. Pintar um muro. Microações. Micropolíticas. Fazer uma placa com uma inscrição qualquer. Decorar uma rua. Colocar bandeirinhas. Levantar bandeiraços. Consertar uma cerca. Descercar a vida. Viver é melhor que postar!

PÉROLAS DA GUANABARA

– Sei lá, pô! A praia fica cheia e eu só sei que vou conferir a Rose com aquele shortinho curto... que pernas!”

“ – Pô, cara, o que foi aquilo??? Foi demais! Você viu que poesia, que música!? E ele, caladão.

Mello Menezes

Resolvi também conferir a seresta. Às oito horas da noite, enquanto o sol se deitava no outro lado da ilha, na praia dos Coqueiros uma enorme lua subia e se deitava prateando o mar para o Luau. A areia era tomada por casais jovens que gostavam de boa música e alguns como Marcão viam na seresta somente um fundo musical para o sarro. No meio da turma, uma dupla de compositores desconhecidos:

– Pô, qual é cara?! Você não gostou?

Aldir Blanc

Comemorando os 70 anos do compositor Aldir Blanc, figura muito ligada a Paquetá, publicamos uma história escrita pelo Mello Menezes, figura ainda mais ligada a Paquetá. Zeca é artista plástico famoso (vide a abertura da novela Velho Chico) mas é conhecido mesmo, mundialmente, pelo retrato do cronista Júlio que sai na última página deste jornal.

Paquetá, nas férias das décadas de 1950, 60 e 70, o clima da Ilha fervilhava. Os moradores tradicionais, intelectuais, poetas, músicos, passavam para os mais jovens a cultura da preservação da ilha, de suas ruas, árvores, praias, praças e história. Nas férias de 1967, acontece na praia dos Coqueiros uma memorável seresta de jovens. Marcão, um amigo meio tosco, veio correndo cheio de alegria e falou:

– Pô, Zeca, consegui. Tô há um mês tentando sair com a Rose, aquela coxudinha... A mãe vinha embarreirando, mas até que enfim permitiu levá-la logo mais na seresta que vai ter na praia dos Coqueiros. – Que seresta?

Aldir Blanc e Silvio da Silva Júnior.

– Não, é o seguinte: Tô há um mês tentando sair com a moça. Quando consigo, levo-a a uma seresta. Preparo a areia da praia, toalha, etc, puxo ela pro aconchego. Aí, lá no meio da turma, o poeta comprido começa a dizer umas coisas, uns versos. Tento então dar uma bitoca nela, e vejo que ela está emocionada.

O Silvinho é um músico extraordinário, violonista e compositor, compôs junto com o Aldir, inclusive “Amigo é pra essas coisas”.

Ôpa , legal emocionei a moça.

A música da dupla, que fazia sucesso na seresta, era o Poema dos Navegantes. Após a introdução do violão, Aldir começava a cantar com sua voz bonita, no meio recitava poemas, e finalizava cantando.

E ela, chorando, diz:

Era incrível ver como uma música conseguia emocionar e calar uma praia inteira de jovens. Após a seresta, me apresentei à dupla. No dia seguinte, encontro o Marcão e vibro:

Então, dou um tempo e tento outra vez.

– Esperaí só um instantinho, ouve só a poesia... - PÔÔÔ!!!........ESSE POETA É UM EMPATA FODA!!!” Quando a poesia impede até a libido, é porque, o poeta é bom. E assim, começou a amizade entre um pintor e um poeta.


crônicas de paquetá A VIDA É COMO EL A É, mas FORA TEMER

Julio Marques

E vamos nós, firmando parceria com Aldir e cantando : "Por um bloco que sacuda esse momento, com passistas à vontade que dancem até o minueto. Por um bloco que esculhambem o julgamento". Ora direis: ouvir estrelas! Sei que é isso e prá isso é preciso antever o futuro.

Uma era sobre o Roberto Carlos, ilustre desconhecido, que passava fins de semana em sua casa e tinha mania de enterrar o Erasmo numa cova de areia. Um dia ele esqueceu de desenterrar e as crianças pensaram que o berreiro era aparição de fantasma. Ah! como se conta estórias em Paquetá.

Xô "tampinha", aquele que nunca aparece nas fotos.

Flora Maria me fala sempre que sente saudades da Tia Pequenina por ter podido ver o filme "Enterro da cafetina".

Mas o Luis Belo me contava, outro dia, se lembrando da grama em frente a casa da Lea Di Franco, onde ele deitava e rolava, que a Nazaré tinha pernas lindas, mais bonitas que as da Bundinha Feliz.

Claro que eu já tinha dito isso antes mas deixei de contar que Claudio Marcelo e a Anjinha também sentem falta do tempo do confete e da lança-perfume, quando ela tomava conta da portaria do Iate.

O Birulinha (aquele que dava passo cruzado, nas festas do Jaca"s, ao som do Ray Conniff e que, nunca, ninguém jamais repetiu), dizia, em tempos idos, que as meninas mais lindas moravam na Colônia.

Tempos bons esses que até o Nando se recorda, embora ainda usasse chupeta.

A Ilha é cheia de mistérios e encantos. Barbara, filha do Carlos Renato, aquele que aparecia na televisão e que tinha, na sua casa no Campo, um jumento que, como todo jumento se excitava se alguma dama sentava no seu lombo, me contou antigas estórias da Praia dos Coqueiros.

É uma Ilha engraçada essa que a gente vive. Cheia de memórias e pedras jogadas no mar.

Foi emocionante ver, na TV do Vira-canto, junto com o Nando e o Claudio, a Martine Grael ganhando o ouro em uma regata e caindo nos braços do povo, correndo com a bandeira do Brasil. De qualquer maneira nos modernizamos. Hoje, com charretes elétricas desfilando em ruas que já perderam todo o saibro, o pessoal se empanturra com hambúrguer vegetariano ao som de musica japonesa. Como fuga, mergulho na minha saudade e monto um curta metragem, copiado de um filme de Fellini, com moças de maiô pulando em um teclado de maquina de escrever, ao som de "Cadê Zazá, cadê Zazá ".

Olhando o cenário, ao redor, tem-se o mar à direita, mar à esquerda e à frente e prédios baixos e altos atrás. É uma visão perfeita da minha infância e adolescência. E vamos nós, cheios de esperança porque, embora, no fundo da memória, Clementina cante "Piedade, ô mãe de Deus, piedade.." (essa musica machucada que machuca muito) sempre vem o Chico dizendo que "nunca se viu tanta beleza, como é lindo o meu Brasil" Julio, dando um viva às mulheres brasileiras.

um passeio em pqt

O contorno do litoral pode ser feito a pé em 45 minutos, sem correria nem paradas. De bicicleta, leva cerca de 25 minutos. AÇ

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Logo na saída da estação das barcas na ilha, à direita, um painel oferece algumas opções de roteiros turísticos.

Paquetá > Praça XV

Pontos turísticos

Daí, em sequencia, nos atiramos na areia fina aos risos - eu, Iara, Bete e Sandrinha Martinelli - com o Carlos Tadeu tocando acordeom, bem baixinho, bonito como um cançoneta do Nino Rota.

PR

Paquetá está no município do Rio: não é preciso DDD nas ligações para a capital.

Vejam vocês como são as coisas. Outro dia, depois do show na Casa do Choro, aquele do filme do Zeca onde o Bolão aparece, animadíssimo, rebolando de costas, o Déo Rian me contou das suas aventuras em Paquetá na casa do Nelson da Magdala, tocando com o João Nogueira e com o Bené Venuto.

Mudando de assunto, a Olimpíada foi linda, a do Brasil de Lula e Dilma. Um contraste com a rotina da televisão, sempre tão tacanha.

Dias Úteis 05:30 > 06:20 06:30 > 07:20 07:30 > 08:20 09:30 > 10:20 11:30 > 12:20 14:30 > 15:20 16:30 > 17:20 18:30 > 19:20 19:30 > 20:20 21:00 > 21:50 23:10 > 00:00 FdS e feriados 06:00 > 07:10 08:30 > 09:40 10:00 > 11:10 11:30 > 12:40 13:00 > 14:10 14:30 > 15:40 16:00 > 17:10 17:30 > 18:40 19:00 > 20:10 20:30 > 21:40 22:00 > 23:10 23:30 > 00:40

Praça XV > Paquetá Dias Úteis 05:30 > 06:20 06:30 > 07:20 08:30 > 09:20 10:30 > 11:40 13:20 > 14:10 15:30 > 16:20 17:30 > 18:20 18:30 > 19:20 20:00 > 20:50 22:15 > 23:05 00:00 > 00:50 FdS e feriados 04:30 > 05:40 07:00 > 08:10 08:30 > 09:40 10:00 > 11:10 11:30 > 12:40 13:00 > 14:10 14:30 > 15:40 16:00 > 17:10 17:30 > 18:40 19:00 > 20:10 20:30 > 21:40 22:00 > 23:10 00:00 > 01:10

Igreja Bom Jesus do Monte Caramanchão dos Tamoios Canhão de Saudação a D. João VI Árvore Maria Gorda Praças e parques Preventório Rainha Dona Amélia Pedro Bruno Escola Pedro Bruno Fernão Valdez Telefones úteis Poço de São Roque Atobás (Quadrado da Imbuca) Barcas (estação de Paquetá) - 3397 0035 Coreto Renato Antunes Tiês Barcas (central de atendimento) - 0800 7211012 Capela de São Roque Lívio Porto (Ponta da Ribeira) Bombeiros - 3397 0300 Cedae - 3397 2143 (água) / 3397 2133 (esgoto) Casa de Artes Mestre Altinho Comlurb - 3397 1439 Pedra da Moreninha Bom Jesus do Monte Farmácia - 3397-0082 Ponte da Saudade Manoel de Macedo Gás (fornecimento de bujão) - 3397 0215 Pedra dos Namorados São Roque Hospital (UISMAV) - 3397 0123 / 3397 0325 Casa de José Bonifácio Ex-Combatentes Light - 0800 282 0120 Mirante do Morro da Cruz Alfredo Ribeiro dos Santos Oi Telemar - 3397 0189 Cemitério de Paquetá Pintor Augusto Silva PM - 3397 1600 / 2334 7505 Em negrito, horários com barcas Cemitério dos Pássaros Parque Darke de Mattos Polícia Civil - 3397 0250 abertas (tradicionais). Em itálico, os horários previstos de chegada. Farol da Mesbla Parque dos Tamoios XXI R.A. - 3397 0288 / 3397 0044

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