Ano V - n 56 - janeiro de 2018 - Ilha de Paquetรก, Rio de Janeiro
AMORES DA ILHA Maria Estela de Araujo Thedesco
O que v ai p ela Ilha O menino da ilha Neusa Matos
FOTO DO MÊS
Neyla Durães
O Jornal A ILHA homenageia Sérgio Castelli, seu colaborador pór um bom tempo. Seu maior interesse no jornal era dar espaço para a juventude de Paquetá, e fez várias matérias onde conversava com algum jovem sobre as coisas que lhe interessassem. Foi o organizador do concurso Menino & Menina da Ilha – mais do que isso, foi a alma dos três eventos anuais que coroaram alguns dos garotos e das garotas mais belos do pedaço, em desfiles que eram uns dos pontos altos de cada verão. Lutou bravamente contra uma doença terrível, sem perder o bom humor e o brilho nos olhos. Agora nós sabemos que ele é que foi o verdadeiro Menino da Ilha
E outros que se foram
Dona Coisa começou o ano trabalhando bastante, deixando um rastro de saudade e tristezas. Foram muito sentidas as partidas , por exemplo, de Dona Estelita, a Sueli, Seu Ivo, Mário do Galetinho e Mazinho condutor de charrete elétrica.
Verdureirooooo Antonio Carlos Da Silva
Expediente A Ilha é um jornal comunitário mensal organizado, elaborado e mantido pelos moradores da ilha de Paquetá. Mentor e fundador: Sylvio de Oliveira (1956-2014) Equipe: Claudio Marcelo Bo, Cristina Buarque, Flávio Aniceto, Ialê Falleiros, Ize Sanz, Jorge Roberto Martins, Julio Marques, Marcelo Ficher, Mary Pinto, Ricardo Cintra, Ricky Goodwin, Taís Mendes Toni Lucena e Vitor Matos. Programação Visual: Xabier Monreal Jornalista responsável: Jorge Roberto Martins - Reg. Prof. 12.465 As informações e opiniões constantes nas matérias assinadas são de exclusiva responsabilidade de seus autores. Impressão: Gráfica e Editora Cruzado Ltda / Tiragem: mil exemplares Fale com a gente: cartasjornalailha@gmail.com Anuncie: comercialjornalailha@gmail.com Ano 5, número 56, janeiro de 2018. Capa. Toni Lucena. . Este número de A Ilha foi possível graças à participação dos anunciantes e às contribuições financeiras de • • • • • • • • • • • • • • •
Adilson Martins Carla Renaud Cisinha e Bernardo Cristina Buarque Cristina Monteiro Claudia Mendes Dimas Henriete Araujo Irakitan Guto Pires Guinho Frazão Julia Menna Barreto Julio Marques Leila e Jorginho Leandro Rivas
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Leonardo e Thaiza Ludi e Márcia Lula Mendes Lia Calabre Mauro Célio da Silva Marcio e Mariangela Marcilio Freire Mary Pinto Nadja Mara Barbosa Nilson Sant'Anna Padre Nixon Ricardo e Márcia Bichara Ricardo Saint Clair Sandra Sousa Sylvio e Marilia
A-LÁ-LÁ-ô A ILHA! Não perca o próximo numero do Jornal Edição especial com tudo sobre o Carnaval em Paquetá.
Já tem o seu lunário?
Caraxuê homenageia o jornal
Lunário Perpétuo é o nome pelo qual ficou conhecido um almanaque ilustrado com xilogravuras publicado na Espanha, em 1594, reeditado inúmeras vezes e publicado em português pela primeira vez em 1703, tornando-se muito popular no Brasil, considerado o livro mais lido no nordeste brasileiro durante dois séculos. O Lunário Perpétuo d’A Ilha 2018, inspirado nessa tradição, pretendeu reunir aspectos pitorescos de nossa ilha, personagens, lendas, histórias, conhecimentos e saberes populares que por aqui circulam, com o objetivo de que seja útil e divirta todos os moradores. E que, sendo útil e divertido, tenha vida longa, receba contribuições de moradores para outros números e ajude a contar para os que viverão por aqui, como eram nossas crenças, valores, ideias, enfim, nosso modo de viver nesse bairro tão peculiar da cidade do Rio de Janeiro. É uma iniciativa dos organizadores do Jornal A Ilha e da Morena – Associação de Moradores de Paquetá. A renda gerada pela venda a preço simbólico (2 Reais), será revertida para cobrir os custos da publicação. À venda na maioria dos estabelecimentos comerciais da ilha
O ponto alto do Carnaval 2018 vai ser o bloco Unidos do Caraxuê, Claro, escolheram um tema genial para seu enredo: o Jornal A ILHA! Um trecho da letra:
...Lenda da Ponte da Saudade...
O Caraxuê vem celebrar Belas linhas de uma boa história Realidade que nasceu de bar em bar Inspiração, transpiração e glória. Grandes amigos e um grande ideal: A nova missão de informar Dando ao povo e cultura e alegria Orgulho da gente: "A ILHA"!
Se prepare para o vestibular Nasce mais uma flor no meio das pedras. Assim começa 2018, com mais uma notícia pra encher nosso futuro de esperança. Inicialmente contando com 20 vagas para estudantes de baixa renda, o pré-vestibular comunitário 'Educa PQT' chega para construir um futuro diferente junto a quem se vê negado o direito a uma educação pública, gratuita e de qualidade. Que a universidade se pinte de povo!
....Lenda do Poço de São Roque....
No meio dessa disputa por uma vaga em um curso superior, vemos nossos estudantes sendo tratados como iguais em um mundo que não oferece a mesma igualdade de oportunidades entre estudantes ricos e pobres, negros e brancos, homens e mulheres. A rede particular de ensino superior concentra 75% dos estudantes, transformando o direito a educação em mercadoria e lucro.
Pedra dos Namorados...
Fazendo uma relação com a realidade dos estudantes e a sala de aula, a preparação para o ENEM (e seus correlatos estaduais) se dará de maneira crítica, com respeito à diversidade e em defesa dos Direitos Humanos. Num país marcado por séculos de escravidão e onde uma das maiores concentrações de renda do mundo permanece nas mãos dos poderosos, temos que nos organizar para defender todos os dias direitos básicos como acesso à moradia, educação, transporte, saúde, segurança e outros. Afinal, quem produz a riqueza desse país é o povo trabalhador. "Ou os estudantes se identificam com o destino do seu povo, com ele sofrendo a mesma luta, ou se dissociam do seu povo, e nesse caso, serão aliados daqueles que exploram o povo." Florestan Fernandes
e muito mais...
**** A família Caymmi é conhecida pelos seus dotes musicais. O patriarca
CELEBRIDADES DE PAQUETÁ
é o grande compositor Dorival, e tem também a filha Nana, cantora, e os filhos Dori e Danilo, músicos, compositores, arranjadores. A terceira geração já está presente na música com Alice Caymmi, cantora e compositora. É uma família bastante baiana, mas tem um irmão do Dorival que veio morar em Paquetá. É o Eudúcio, parecido com o Dorival não só na aparência mas no jeito bonachão, boa praça, que gosta de viver a vida, cercado de belas mulheres. Eudúcio só não virou compositor, mas está pensando em se lançar agora como seresteiro..
**************************** Para esse projeto se tornar realidade muita gente boa está nessa construção coletiva. O Curso Pré-Vestibular Comunitário EducaPQT também precisa da sua ajuda, seja como professor, estudante ou colaborador. Algumas disciplinas ainda precisam ser ocupadas. Vem construir com a gente um futuro diferente! "Ser professor e não lutar é uma contradição pedagógica." Paulo Freire
fotos Cláudio Marcelo
Márcia Kevorkian A Príncipe Regente, uma das ruas mais quentes da ilha, ganhou 16 árvores plantadas pelo grupo Plantar Paquetá, no dia 19 de dezembro, em homenagem ao aniversário do nosso bairro. As mudas de sibipiruna, tamboril e escumilha foram escolhidas e doadas pela Fundação Parques e Jardins e, no futuro, vão encher de sombra, flores e beleza o nosso caminho entre a Ponte e o Campo. Além dessas lindas espécies, uma tamarineira agora ocupa o vazio deixado pela emblemática fruta-pão, derrubada por um vendaval em 2006 e inesquecível para muitos paquetaenses. Vários moradores ajudaram no plantio, que também contou com a participação do administrador regional, Ivo Paquetá, e de seus assessores Eduardo e Mauro, do engenheiro florestal da Fundação Parques e Jardins, Isaías Gonçalves, do presidente da Associação de Moradores e Amigos do Jardim Botânico e parceiro do Plantar Paquetá, Heitor Wegmann Jr, e do representante do Inepac, Leopoldo Saboia de Azevedo. A abertura dos berços (como são chamados os buracos para as mudas) foi realizada pela equipe da Conservação de Paquetá e tudo foi acompanhado de perto pela turma da Cedae, que indicava a localização exata da tubulação para evitar qualquer risco na hora de cavar.
PAQUETÁ TEM DISSO Cristina Buarque
Bonito de ver a turma trabalhando. Um sol de queimar os miolos. A vizinhança foi abrindo as portas, foi trazendo água gelada. Amigos empurrando carrinho com terra, com mudas já bem grandes. O sol de torrar os miolos. Aparece um guarda sol pro Isaias, da Parques e Jardins, que comanda, corta os vasos com as mudas, bota folha, gente taca água com as mangueiras emprestadas, água de poço, mangueira emendada em mangueira, bota terra, a pá, a enxada, a retro escavadeira, o carinho, o sol de torrar os miolos, a sede, agora joga mais terra, agora mais folha. Tudo isso pro sol deixar de queimar os miolos e deixar a Príncipe Regente fresquinha pra quem passa, pra quem mora. Teve um morador que reclamou: "Pra quê planta? Eu sou a planta!" Uma moradora disse que não pode, que vai fotografar, que vai botar advogado... "Mas é bom, vai dar sombra..." "Sombra eu tenho na minha casa. Não precisa sombra na rua!" "Mas...e as pessoas que passam?" "Vou fotografar e botar advogado" Administrador do solar abandonado veio reclamar que não pode plantar em frente ao solar abandonado, discussão em baixo do sol de torrar os miolos. As pessoas vão passando. "Que bom!!! Parabéns! Até que enfim!" "Agora veja: Tem que economizar água, eles jogando água fora". "Só em Paquetá! Arvore no meio da rua". "Por quê vocês não vão tapar buraco?!!!" "Absurdo! Essa gente não tem o que fazer???" "Vai é deixar tudo sujo". "Tem que bater, tem que matar", lembro da canção e saio com os miolos torrados dali pra comer e beber umas duas. Na volta, passo pelos nossos heróis que continuam o serviço debaixo do sol de torrar os miolos, pra que, no futuro, ninguém, torre os miolos. Esse pessoal daqui tem mesmo a cabeça quente.
Somos Todos Paquetá Va n d e r B o r g e s Minha mãe, minha avó, minha tetravó nasceram e viveram em Paquetá, eu fui feito aqui e após mudança da família pro "Rio" vivi minha infância entre dois mundos. Vinha às sextas com minha avó Laura e retornava no domingo com muito pesar. Nas férias me juntava com minha prima Cláudia e simplesmente vivíamos dias de luz. Quando retornei há aproximadamente três anos, precisei apresentar credenciais de nativo. Virava e mexia precisava lembrar que meus ancestrais andaram por aqui. Bem, Paquetá sempre foi seletiva, é verdade, mas vamos combinar isso agora tá chaaato. Nesses tempos de redes sociais, isso tá virando pano de fundo para demonstrar o quanto somos imaturos, segregadores, preconceituosos. Toda hora tem alguém (alguns são parentes meus) jogando na cara de quem chega, que o outro não é nativo. Vamos combinar, tirando as pacas e os tupinambás, todos nós somos estrangeiros nessas paragens separados por alguns poucos anos. Sim somos insulanos, e como tal, segregadores, mas vamos aproveitar essa característica para segregar a violência, a poluição, a falta de educação. Vamos aproveitar essa característica para criar uma comunidade real e feliz, afinal, somos todos Paquetá.
comunidade
Lucas Paquetá reaparece na ilha: "Faz parte da minha vida" Atacante aproveita as férias para voltar ao lugar onde nasceu, reencontra os amigos e lembra que quase deixou o Rubro-Negro por não se desenvolver fisicamentee Raphael De Angeli
Gustavo Rotstein e Raphael De Angeli Lucas Paquetá sabe muito bem o que é crescer em tempo recorde. Na adolescência, em três anos espichou de 1,53m para os 1,82m atuais e afastou a possibilidade de ser dispensado pelo Flamengo. Em 2017 foi seu futebol que cresceu e terminou a temporada como titular e um dos destaques da equipe de Reinaldo Rueda - marcando gols nas finais da Copa do Brasil e Sul-Americana. Com a motivação em alta, chegou a hora de voltar à ilha do Rio de Janeiro que o batizou no futebol para rever amigos e familiares.
Má lembrança na barca - Teve uma época em que eu saí de Paquetá e fui morar no Rio e antigamente o mar estava batendo muito, teve um acidente chegando nas barcas. Um senhor caiu entre o lugar onde a gente para e a barca encosta, e a perna dele ficou presa. As pessoas tentaram empurrar a barca. Eu fiquei uns cinco meses sem ir a Paquetá porque eu era pequeno e ficava com medo de sair e entrar nas barcas. Fiquei um pouco traumatizado, mas depois passou e não aconteceu mais.
Nos 17 quilômetros de travessia de barca pela Baía de Guanabara – que duram quase 40 minutos –, Lucas Paquetá lembrou o trajeto que fez diariamente durante alguns anos ao lado do avô Mirão, já falecido, e do irmão mais velho, Matheus, para treinar no Ninho do Urubu e realizar o sonho de se profissionalizar pelo Flamengo. - Houve um tempo que ele não crescia, não desenvolvia de jeito nenhum. Foi do infantil para o juvenil. E nesse momento o Flamengo o afastou um pouquinho. Fomos chamados para conversar e nos falaram: tecnicamente ele é acima da média, mas não maturou, não tem força. Então foi o momento em que o Lucas sofreu mais - contou a mãe Cristiane.
aproveitava pra ganhar um dinheirinho extra e me divertir com os amigos.
Rotina Paquetá-Ninho do Urubu - Meu irmão já era do Flamengo, e a única pessoa que podia nos levar era meu avô. Meu irmão treinava no Ninho às 14h horas e eu treinava às 19h na Gávea. Então eu tinha que descer às 10h pra ir com meu irmão, esperava lá com meu avô, depois ia pra Gávea, treinava no futsal, voltava na última barca, meia-noite, cansado. Chegava em casa à 1h e tinha que descansar para no dia seguinte estar lá de novo. Era bem puxado, mas valeu a pena todo o esforço.
Quase dispensa pelo Flamengo
O técnico Paquetá apresenta os Crias do PEC, time de seus amigos de infância- Gustavo Rotstein
Início nas peladas em Paquetá - O mais badalado era meu irmão (Matheus) e um amigo meu chamado Carlos Henrique. Eu era mais quietinho. Hoje meu irmão joga no Tombense (MG) e foi aqui onde a gente começou a brincar como amigos. Gol eu fiz bastante. Queria saber só de fazer gol. Deixava eles se divertirem, fazerem as brincadeiras, e eu só lá na frente.
- Foi bem difícil. Se não tivesse ajuda da minha mãe e do meu pai, principalmente, não sei se teria conseguido. Porque eu ia treinar feliz, falava: “hoje eu vou superar”, e voltava chorando. Pensava: “será mesmo que vai dar pra mim, que eu vou conseguir?” Então é muito gratificante ver que valeu a pena todo o esforço. Mas sei que é só o início de muitas coisas, de muitos outros sonhos que eu quero realizar e conquistar.
Sob os cuidados do avô nos tempos do clube Municipal
A mãe Cristiane conta como Lucas eram franzino - Edu Bernardes
Ali na ilha ficavam os pais e os amigos com quem jogava pelada nas praias e no clube Municipal e que hoje compõem o time amador treinado pelo próprio Lucas. Se há alguns anos ele era mais um na barca, hoje, da Praça XV à ilha o atacante de 20 anos é celebridade. - Faz parte da minha vida. Meus avós ainda moram em Paquetá e ainda venho vê-los, ver meus amigos também. Fico feliz de sempre voltar, rever todo mundo, bater um papo. É um lugar onde aproveito para descansar, curtir a família.
- Foi basicamente onde passei minha vida. No Municipal meu avô sempre tentou buscar, formar, criar algum atleta, mesmo com as dificuldades. Acho que ele estaria muito feliz de estar me vendo voltar aqui depois de ter conseguido me tornar profissional. E só tenho a agradecer a todo mundo que colaborou com um pouquinho disso tudo dessa história.
Do alto da Pedra da Moreninha Lucas lembra de quando foi guia -Gustavo Rotstein)
A viagem
Guia turístico em Paquetá
- Só de pegar a barca e ir olhando a paisagem já vai acalmando o ânimo. A ilha é um lugar mais tranquilo, devido também a não ter carro, moto. Então, é um clima de paz, tranquilidade.
- Eu apresentava ao pessoal a Ilha de Brocoió, Ilha de Pancaraíba, Ponte de Saudade, Parque Darke de Matos... aí o pessoal aproveitava pra tirar uma foto. Quando tinha carnaval ou uma festa perto, eu
Lucas Paquetá e seu pai Marcelo - Edu Bernardes
Origem do apelido - Rolou uma brincadeira lá no clube com os meninos de quem morava mais longe. Aí não teve jeito, acabei ganhando, e os meninos me apelidaram de Paquetá. Hoje eu levo esse nome, fico feliz também por levar o nome da ilha de onde eu vim, onde eu cresci. Só me conheciam como Paquetá. Muita gente dentro do clube mesmo não sabia que meu nome era Lucas. Só que quando fui passar para o profissional eles falaram que tinham que colocar o primeiro nome. Aí ficou Lucas Paquetá. Tarzan, Mogli... apelido não faltava. Mas que bom que ficou no Paquetá, né? REPRODUZIDO DO SITE DO GLOBOESPORTE
BATUQUEMOS Flávio Aniceto
Vamos pensar e fazer juntos ações e eventos culturais em Paquetá? Culturais todos os lugares são. E por isso não são iguais. Não tem como ser. Mesmo se situados na mesma região. Petrópolis é bem diferente de Teresópolis. Valença, o município com uma cultura riquíssima, tem muito pouco a ver com Conservatória, um dos seus distritos e a chamada “Cidade das Serestas”. (Conservatória, no início, tinha serestas espontâneas, que depois sofreram mudanças provocadas pelo “turismo cultural” - em um caso interessante para pensarmos no que e como queremos ter/ser em Paquetá.) O que faz um lugar, além dos aspectos naturais e sociais, são as questões culturais. Que não sejam limitadas às artes e ao patrimônio histórico, arquitetônico etc. São aspectos culturais, que nos influenciam, e que também influenciamos: as pessoas, as ruas, as cores, as comidas, os conhecimentos gerais ou específicos, os saberes, as crenças e as ideias populares, as formas de ver o mundo, de agir nele e principalmente na sua esquina, e no seu chão.. E até por isso as manifestações e produtos culturais de cada lugar são variados, têm a ver com quem, como e em quais condições o faz. Uma pessoa de Lumiar, ou de Paraty, ou da minha Nova Iguaçu tem diversas influências, meios e modos que uma pessoa de Paquetá não tem, mas tem outras, diversas. E isso não as fazem melhores ou piores. É cultura, tão somente. E diferenças, portanto. Que geram também identidades culturais, mas essas não são únicas ou prisões, “Eu, fulano de tal, sou portador da identidade cultural XYZ”, não, não é assim. Até porque a cultura está sempre em transformação, assim como as pessoas e os lugares. Ainda bem! Festivais, festas, feiras e espetáculos existem desde o início dos tempos, nos diz a História. Os brincantes, os mambembes e depois os circenses, viajavam de praça em praça, de cidade em cidade, se apresentando com um fiapo de enredo às vezes, mas o adaptando ao que viam em cada local e refazendo sempre. Até hoje ainda é assim em alguns espetáculos e brinquedos de rua. Então, se a praça faz e influencia o artista e a sua arte, o agente cultural pode apenas reproduzir - com algumas alterações - os modelos culturais ou turísticos ou de “negócios criativos” de outros locais? Se as pessoas e os lugares são culturais e por isso, diferentes, os seus produtos e artes provavelmente também serão, não é? Mas a cultura também se faz nas trocas entre os diversos chãos. Então o desafio é aproveitar culturalmente essas trocas sem gerar apenas uma cópia de algo, não? Essas são algumas das questões que tratamos como agentes culturais que buscamos a cidadania cultural e o direito básico à cultura, assim como à saúde e à educação. E, portanto, nós, cidadãos, não podemos ser apenas a plateia do que é produzido por outros. Acreditamos que não existem regras, gramáticas ou tabuadas, que usadas aqui ou ali terão sempre o mesmo efeito. Então apostamos na reflexão, no refletir que leva a ação cultural. Aproveitando a deixa colocamos abaixo o convite para o curso livre de projetos culturais que iremos fazer em Paquetá. Faremos juntos. Ou não faremos. Flavio Aniceto, agente cultural
Curso Livre e Gratuito de Eventos e Projetos Culturais Oficineiro: Flavio Aniceto – Agente Cultural/Mestre em Bens Culturais CPDOC/ FGV e trazendo convidados especiais ao longo do curso Carga horária: 60h com certificado para quem a cumprir Local: Salão Paroquial da Igreja do Bom Jesus – Praia dos Tamoios, 45 – Paquetá Serão 15 encontros quinzenais, aos sábados, das 14h30 às 17h30, perfazendo um subtotal de 45 horas. Orientação remota de trabalho de conclusão de curso, 5h para cada participante (atendimento on-line na elaboração de projetos, além das conversas nas aulas. Cada participante poderá escolher um projeto pessoal para elaborar com a orientação do oficineiro). 5h de trabalho prático no Festival da Guanabara para cada participante. 5h de trabalho prático no Festa de São Roque para cada participante. Datas das aulas: 03 e 17 de fevereiro; 03, 17 e 31 de março; 07 e 21 de abril; 05 e 19 de maio; 02, 16 e 30 de junho; 07 e 14 de julho e 04 de agosto. Datas dos eventos: 28 e 29 de julho – Festival da Guanabara; 16 de agosto – Festa de São Roque (data de referência por ser o dia do santo) Inscrições, informações sobre conteúdo etc.: flavio.aniceto.produtor.cultural@gmail.com ou WhatsApp – 99948-5756.
OS DISCOS DO MEU TOCA-DISCOS!!! Ludi Um
Paêbirú - Lula Côrtes e Zé Ramalho (1975) Nosso Santo Graal vinílico e psicodélico
1989, Steven Spielberg lançava o terceiro episódio da saga do intrépido professor de arqueologia e aventureiro destemido, Indiana J o n e s. E u a d o rava a q u e l e personagem! No filme em questão, Indiana Jones e a Última Cruzada, Indy precisava impedir que os nazistas encontrassem o Santo Graal bíblico. E eu boquiaberto assisti pelo menos umas cinco vezes. Corta. 1999, eu já tinha feito às pazes com a MPB (esta é outra história.), já tinha ouvido em cassete a obra amaldiçoada de Lula Côrtes e Zé Ramalho no velho Sony Double 7Bands e também um CDR que rodava na casa de um batera amigo meu, sonhava em poder segurar o disco, o tal LP na minha mão. Corta 2001, num rolé por São Paulo, fui com uns amigos na casa de um DJ e conversa vai, conversa vem, ele fala que tem uma surpresa para todos e... da estante tira um disco meio azulado quase lilás com o perfil de um barbudo na capa e os nomes Lula Côrtes e Zé Ramalho em letras garrafas, hoje caixa alta. Sim, ali estava Paêbirú, o disco que a enchente levou mil das 1300 cópias, e quando finalmente segure-o, me senti o Indiana Jones, na cena em que ele pega o Santo Graal nas mãos, minhas mães tremiam e meus olhos encheram de lágrimas. Sentamos diante daquele que é o vinil mais caro do Brasil e fluímos através das 14 faixas, da Trilha de Sumé à Trilha de Sumé novamente e novamente, novamente, novamente... maravilhosamente deslumbrante, deslumbrados.
EVENTOS
Folia & Auto de Natal
fotos Neusa Matos
Antonio Severino
SIRIJI
SIRIJI É AQUI Claudio Marcelo A história que você está começando a ler parecia não acabar nunca mais. Há alguns meses, o jornal A Ilha decidiu conhecer melhor a principal comunidade de imigrantes nordestinos em Paquetá. Só que você conversava com um, ele indicava mais dois, e os dois sugeriam mais quatro, e os quatro mais dez… Quem foi a primeiro? Ninguém sabe. Sempre houve um amigo, um conhecido, um parente que veio na frente e foi abrindo caminho para o resto da turma. E de onde veio tanta gente? Certamente não foi do minúsculo distrito de Siriji, no planalto de Borborema, a cerca de 78 km de Recife, estado de Pernambuco. Dizer que fulano "é de Siriji" foi apenas uma forma preguiçosa que os paquetaenses inventaram para simplificar a coisa, uma naturalidade genérica, digamos assim. Não significa que se esteja necessariamente falando de um arretado sirijiense de nascimento, mas do filho de meia dúzia de cidades da região, todas muito próximas, geográfica e culturalmente. No caso desta série de reportagens, nossos heróis vêm de São Vicente Férrer, a qual Siriji pertence, além Machados, Macaparana, Orobó e Vicência. Mas há outras, como Bom Jardim e Natuba, esta já na Paraíba, que podem ser o berço de alguém que cruza com você todos os dias.
Nosso primeiro convidado é João Manoel Barbosa, o folclórico Mastiga, um dos veteranos imigrantes da terrinha. Mastiga, que vai comemorar seus 97 anos em 28 março, não pestaneja quanto à sua data de chegada a Paquetá: 9 de setembro de 1969. Pouco menos de dois meses após o astronauta americano Neil Armstrong pisar na Lua, este pernambucano colocava os pés em outro planeta, se comparado à fazenda Ribeiro Seco onde vivia, "a uma légua de Siriji". Veio acompanhar uma jovem sobrinha que iria trabalhar na casa do pintor Pedro Bruno. Não demorou e, ele que jamais mexeu com tintas e pincéis, iria se tornar um exímio pintor de paredes, entre outras atividades com que vem se virando nesses quase 50 anos de ilha. Você vai ver, durante a leitura, que a precisão com a data de chegada à ilha, mesmo que esteja décadas atrás, é comum a vários dos nossos entrevistados. Parece ter sido um forte divisor de águas na vida de cada um deles. A princípio para uma vida melhor. Todos admitem a falta de horizontes
e a dureza do dia a dia por lá, principalmente para os que trabalhavam no roça, desde criança, com descanso apenas aos domingos, numa região de imensas plantações de cana e de banana. Existe inclusive a famosa Festa da Banana, no final de novembro, que agita São Vicente Férrer e redondezas. O 28 de setembro de 1978 é a data inesquecível para José Francisco da Silva, o Zé Pião para os mais chegados, ou o salvador da pátria Zé da Light para todos nós, vítimas de apaguinhos e apagões que sempre nos atormentaram. Como Mastiga, Zé também morou num sítio de Siriji, o Aurora, até os 18 anos. Terceiro de três irmãos homens, fora as seis irmãs, chegou à ilha trazido por um deles. Entrou para a Light em 1982, onde permaneceu até 2009. últimos sete anos já aposentado. "Adorava o meu trabalho. Ainda adoro e faço biscates como eletricista com o mesmo prazer que eu tinha no emprego". Outro sir ijiense com muita garra para o trabalho é José Severino da Silva, cujo apelido é um nome próprio, o mesmo nome do fundador deste jornal: Silvio. Desapontado com a falta de emprego, saiu de casa muito jovem, tentando João Pessoa. Não gostou, voltou a Siriji. Em 1974,
T. Rossini
PAQUETÁ
veio então para Paquetá, onde seu irmão mais velho, também José ("É, no Nordeste é assim…") já vivia há algum tempo, trabalhando na Administração Regional. Como quase todos, começou na obra, até engatar uma longa carreira de garçom, interrompida apenas por três anos no cemitério. A partir de 1979, Silvio nos atendeu em bares e restaurantes lendários da ilha, como o Amarelinho, onde hoje é o bazar Thiago, Charretão, Sereia, Bar Azul, Marcelino, Alcides, e agora na Cantina Vira Canto. Fernando Felix da Silva também nasceu em Siriji e chegou a Paquetá pouco antes de Mastiga, em junho de 1969. Tinha apenas 11 anos, havia perdido a mãe dois anos atrás, a familia já estava quase toda aqui, por lá apenas ele e a irmã mais velha, viúva recente. Uma belo dia a irmã fez duas trouxas, pegou Fernando pelo braço e rumo ao Rio de Janeiro. "Viemos num ônibus caindo aos pedaços, três horas até Recife, que são menos de 80 km". Seu primeiro trabalho foi na padaria do
Raimundo, na Pinheiro Freire. Em 1979 entrou para o hospital, na limpeza, onde ficou por 12 anos. Tornouse motorista de ambulância, depois transferido para os veículos da R.A., onde está até hoje. Luciano Silva, o Puxa, chegou de Siriji no dia 02 de agosto de 2000, após "se aborrecer" no trabalho da fazenda Oito Porcos. E como veio? Simplesmente foi ao prefeito de São Vicente Férrer, pediu uma passagem para o Rio e ele deu do próprio bolso. O tal prefeito se chama Flávio Régis, foi eleito e reeleito várias vezes, ocupa o cargo ainda hoje, e é um personagem tão presente na vida dos sirijienses que estará nesta reportagem mais adiante. Voltando a Luciano, quando este desembarcou na ilha foi recebido por uma frente fria interminável, dias e dias de chuva, temperatura polar para quem nasceu e cresceu na linha do Equador. Quase voltou por causa disso, mas a irmã Denise conseguiu convencê-lo de que no sul também faz sol. Além dela, já estavam na ilha os irmãos Isaías e Claudio. Mais tarde, ele mesmo foi buscar o mais novo, Sandro. Puxa já trabalhou no comércio e hoje é taxista.
nas edições seguintes do jornal A Ilha. Vêm aí Jô, o caseiro taxista Hulk, o garçom Prefeito, o charreteiro Seu José Baptista, o entregador Gustavo, o aposentado Bill Preto, o padeiro Catatau, e outros. Em todas elas, a bravura de deixar para trás sua Siriji natal para recomeçar a vida a 2300 km, com a única ferramenta que tinham em mãos: a disposição para o trabalho. O empresário careca Ademir Moraes, maior empregador privado da ilha, enxergou há tempos a capacidade e a disposição dos nordestinos para a labuta. Anos atrás, quando subiu ao palco no salão do Paquetá Iate Clube para receber mais um prêmio Oscarilha, fez questão homenagear seus funcionários imigrantes do norte. "O que nós construímos foi em grande parte graças a eles; eu até já empreguei mais cariocas, mas parece que eles não eram muito chegados a pegar no pesado", discursou com seu humor ferino, e foi muito aplaudido. Das cerca de cinquenta pessoas na folha do Carecas & Frescos, 90% são nordestinos, quinze deles da região de Siriji. Sorte dele. Sorte nossa.
As cinco histórias desta reportagem vão se juntar a outras,
Esta é a primeira de uma série de reportagens ligadas a Paquetá & Siriji. Em março tem mais! Não percam.
No mês de dezembro, esteve presente no Municipal F.C. o atleta Lucas Paquetá, juntamente com a equipe de reportagem da Rede Globo, a qual gravou imagens para uma matéria sobre seu meteórico início de carreira.
ESPORTES Irakitan
Fica a dica... devemos nas atividades esportivas orientar e priorizar; a inclusão,a interação, a criatividade, a brincadeira e a compreensão pelos alunos de suas próprias possibilidades e limitações, buscando sempre a participação coletiva.
Lucas ainda menino, não teve vida fácil em sua rotina de treinamento no C.R. Flamengo. Em companhia de seu avô Sr. Altamiro, seguia o cansativo trajeto entre barcas e ônibus rumo a Gávea. Nas categorias de base, era visto pelos treinadores e dirigentes como jogador diferenciado. Destacou-se na Copa São Paulo de Juniores, ajudando a levar o Flamengo ao título do torneio. Promovido para o profissional, conquistou seu lugar no grupo, como uma das peças principais da equipe.
Festa de confraternização No dia 09/12/17, foi realizada no Municipal F.C. a festa de confraternização de Natal da escolinha de futebol e do balé. Os alunos da escolinha, através de seus mentores, efetuaram no campo de futebol atividades lúdicas e desportivas com alegria e descontração. As alunas do balé da tia Vera Castro, com belas apresentações, repletas de leveza e suavidade, proporcionaram ao público um verdadeiro show! A cantora Luiza Cavini, com sua voz de encanto, animou o evento levando ao delírio alunos, familiares e convidados. E no final, muitos doces, salgados e refrigerantes.
"No Municipal F.C, sob a regência de seu avô o Sr. Altamiro de Lima, eu sentado na arquibancada alvirrubra em dia de sol caliente, comentava com o seu pai Marcelo, a "intimidade"que o garoto tinha com a redonda. Em meio aos colegas, conduzia com a perna esquerda a pelota com habilidade, chute forte e preciso...e durante o diálogo afirmei: Esse garoto tem futuro garantido. A profecia se concretizou. A nação Rubro Negra com suas bandeiras tremulando no templo do futebol, agradece aos deuses gritando: Lucas Pa-que-tá !!!!"
Velocípede, um veículo da memória em Paquetá Guinho Frazão (...) Foi um velocípede que me trouxe Paquetá (Ainda não a cerveja!). Esse antigo “veículo, de duas ou três rodas, que antecedeu a bicicleta” (...) e “se move impelido por dois pedais ligados à roda dianteira” - como dizem os dicionários-, é um e-terno condutor de sonhos. No tempo em que as charretes ainda reinavam na Ilha dos Amores, em suas variantes e as bicicletas, já impulsionavam o movimento da ilha, aproximando a vitalidade dos cavalos ao chumbo dos anos da Ditadura Militar, uma paixão nasceu. Eu tinha uns quatro ou cinco anos de idade. E a paixão pelo antigo “lugar das pacas” (de saudosa memória) cresceu e correu, anos e anos, pela infância, adolescência e maturidade, de charrete e/ ou bicicleta, rumo ao coração da Ilha. E as charretes a tração animal foram substituídas, recentemente pelas elétricas... E surgiram os ecotaxis, as polêmicas, as discordâncias, os grupos de “forasteiros” que, como eu, intentam contribuir na tarefa de ajudar a ilha a continuar a ser um bom lugar para se viver. E também aumentaram os descasos do Poder público, os falsos-moralismos, o consumo de drogas - transformando sonhos em pesadelos... E... E... Mas, continuando o idílio... O sonho, o primeiro flerte com a ilha de Paquetá se deu sob o glamour de um velocípede, literalmente tomado, emprestado do pequeno amigo Zezinho, filho do meu tio e de minha tia de estimação José Rosa e Laura - que ainda moram no mesmo endereço. Hoje, esse amigo do velocípede, que só reencontrei muito recentemente, pilota um outro veículo, bem mais possante, ajudando a turma da limpeza urbana a deixar a ilha sempre limpa.
Futebol feminino Conforme narrado nas histórias ou "estórias", a primeira partida de futebol feminino no Brasil ocorreu em 1921, entre as senhoritas dos bairros de Tremembé e Cantareira-SP. Em 1986, a Seleção Brasileira feminina disputou sua primeira partida amistosa contra a seleção dos Estados Unidos, e foi derrotada por 2x1. MUNICIPAL NA VANGUARDA. Em Paquetá, no início dos anos 80, entre atividades escolares e torneios realizados nos clubes, um grupo de meninas formaram a equipe de futebol feminino do Municipal F.C. Quando enfrentavam suas adversárias, a cada jogo, sob gritos e aplausos que ecoavam da arquibancada, encantavam a torcida com dribles e jogadas geniais... hoje nos faz lembrar craques como Cici, Pretinha, Formiga e a fenomenal e super premiada Marta.
Olhando da Travessa Dona Polucena, na época, as águas brincavam nas pedras e encontravam um olhar menino que, ainda , não envelheceu. Havia menos areia do que hoje, na praia comprida. Brocoió na imaginação infantil, ficava pertinho do céu. Hoje saboreamos peixe-frito na barraca da Conceição, na Moreninha, admirando esse mesmo céu, ainda extasiados. Eu ainda não havia lido o romance de Joaquim Manuel de Macedo, nem sabia que minha vida era tão bonita quanto a de Drummond e a de Robinson Crusoé. As mangueiras e Flamboyants sombreavam as ruas, os barcos riscavam, lentamente, as horas. E lá estava, próximo à Pedra da Moreninha, o veículo que permaneceu na memória, até se transformar, nos dias atuais, em uma bicicleta branca com o escudo do Glorioso. É a Glória!, poder ter um quintal da poesia (com plaquinha do Bené), recriado sob a luz poética da rua Alambari, para abrigar a Branquinha, bisneta do velocípede. Tio Paquetá, que formava, entre as décadas de 1960 e 1970, com meu pai, o então soldado Frazão, a dupla de policiais “Cosme e Damião”, disse-me, recentemente, que eu, na infância, gostava muito de brincar nas terras do Morro do General, em frente à sua casa. Coincidência? Minha bicicleta e a tricicleta da Lia, hoje, dormem (e acordam) felizes nesse lugar da infância, que a memória torna eterno.
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B al anço de 2 0 1 7 da MO R EN A – A s s oc ia ç ã o de M or a dor e s d e Paq u etá: FALA MORENA (janeiro 2018)
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12 edições do MORENA NA PRAÇA - evento mensal na Praça Pedro Bruno – barcas – em que a diretoria da Morena se reúne com os seus associados para conversar, ouvir e deliberar sobre questões importantes para os moradores da ilha, atualizar as associações e realizar novas associações;
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1 Assembleia das Crianças, na qual estas foram ouvidas e estimuladas a expressar o que desejam para Paquetá;
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2 Assembleias Gerais Extraordinárias, nas quais foram discutidos os temas da tarifa turística a ser praticada pelas barcas e o projeto de lei de transformação de Paquetá numa APA (Área de Preservação Ambiental). Os associados se posicionaram contra a criação de uma tarifa turística para a ilha e contra o projeto de lei.
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saúde, educação, cultura, transportes, conservação e meio ambiente, CCR Barcas e Correios, entre outros. Destacamos aqui o envio de carta ao presidente dos Correios, registro de reclamação na Ouvidoria desta empresa e entrada no Ministério Público do abaixoassinado para o não fechamento da Agência de Paquetá. Destacamos, ainda, a elaboração do vídeo “Tesouro em Ruínas”, sobre a situação de abandono em que se encontra o Solar del Rey, que foi exibido na Câmara dos Vereadores e na audiência pública sobre cultura ocorrida na ilha em dezembro (confira no link https://www.youtube.com/watch?v=HV2DE-TwlBY).
da escola. Para isso, basta apresentar o recibo de quitação da trimestralidade. Para a Festa de São Roque, confeccionamos camisetas e bandeiras que ajudaram a enfeitar as casas da ilha e os participantes da festa. Por fim, em parceria com o Jornal A Ilha, criamos o Lunário Perpétuo d’A Ilha 2018, um almanaque reunindo histórias, lendas, festas, personagens e datas significativas para Paquetá. O Lunário está sendo vendido a preço de custo (R$ 2,00) no comércio da ilha.
1 Assembleia Geral Ordinária (para prestação de contas do 1º semestre)
Para melhorar a comunicação com os associados, • Criamos o email da MORENA (ampaqueta@ gmail.com) • Reestruturamos o grupo do Facebook (https:// www.facebook.com/groups/207658559327397/) • Criamos o instagram da MORENA (https://www. instagram.com/pqt_morena/) • Revitalizamos o Painel da Praça Pedro Bruno; • Elaboramos a página FALA MORENA no Jornal A Ilha impresso, prestando conta e divulgando nossas atividades mensais.
- a participação em uma dezena de audiências públicas, plenárias e reuniões com estes órgãos, bem como a co-organização de dois fóruns sobre saneamento e meio ambiente e duas audiências públicas na ilha, sobre educação e sobre cultura;
- a concessão de entrevistas à CBN, ao Jornal Extra, à Rádio MEC.
- a inclusão de nosso bairro no roteiro turístico da cidade do Rio de Janeiro, no guia da Rio Tur (visit.rio). A ilha se tornou reportagem principal de um dos guias da Rio Tur lançado em 2017; - o fortalecimento da creche pública com berçário na EM Joaquim Manuel de Macedo; - o acordo para o serviço de Coleta Seletiva. Os detalhes da implantação ainda estão sendo acertados. A próxima reunião com os órgãos da Prefeitura envolvidos será dia 16 de janeiro, em Paquetá - no anexo do Salão Paroquial, para o qual todos estão convidados. Além disso, estamos engajados para que Paquetá seja incluído no Velo-City Rio 2018 - evento internacional sobre mobilidade por bicicleta, que terá o Rio de Janeiro como cidade-sede este ano. Sobre nossa atuação junto ao poder público e aos serviços de interesse da população, reivindicando melhorias para a ilha, listamos: - o encaminhamento de mais de 20 ofícios sobre assuntos diversos, a órgãos como as secretarias de
A MORENA durante todo o ano de 2017,
- a mobilização em apoio à manutenção dos serviços de saúde da estratégia de Saúde da Família desenvolvidos na UISMAV- Paquetá;
Os esforços voluntários da diretoria da Morena, somados ao apoio dos movimentos organizados na ilha e dos associados, resultaram em algumas conquistas para a população de Paquetá, entre elas:
Cantinho da transparência
A MORENA ocupou seu assento previsto no Conselho Escola-Comunidade (CEC) da EM Joaquim Manuel de Macedo e da EM Pedro Bruno. Em relação às parcerias com os movimentos organizados da ilha, destacamos o apoio ao Jornal A Ilha, ao Plantar Paquetá, ao Coletivo São Roque, à Roda Materna, bem como o apoio ao Festival da Guanabara, à Feira das Moliéres, à festa junina da EM Joaquim Manuel de Macedo e à FLIPA (Festa Literária de Paquetá), dentre outros.
Efetuamos parceria com o Movimento Baía Viva para realização de dois Fóruns sobre saneamento e meio ambiente na ilha, com a presença de representantes do poder público e de órgãos ligados aos temas em debate. A MORENA fez parceria com a Escola de Dança do Centro Cultural Carioca (CCC) e todos os associados da MORENA tem desconto de 10% nas mensalidades
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recebeu um total de R$ 14.641,02 e usou um total de R$ 10.570,67 assim, terminou o ano com R$ 4070,35 em caixa.
A MORENA recebeu: R$ 1535,00 das gestões anteriores; R$ 1623,25 de caixa do exercício do ano de 2016 de nossa própria gestão; R$ 9761,85 das trimestralidades dos associados, de janeiro a dezembro de 2017; R$ 1629,00 de retorno das camisas e bandeiras da Festa de São Roque (agosto); R$ 91,92 de doação (julho); A MORENA gastou com os seguintes itens: R$ 39,75 de Papelaria (janeiro); R$ 142,00 de bolo e refrigerante para festa no MORENA NA PRAÇA (janeiro); R$ 189,00 de bolo, refrig., pipoca etc. para a Assembleia das Crianças (junho) R$ 438,00 para compra de impressora (abril); Contribuiu com: R$ 5400,00 - Jornal A Ilha (600 reais mensais por 9 meses); R$ 300 (março) - evento "Rap na Pracinha"; R$ 350,00 (abril) - Festa de São Jorge na Praça Pedro Bruno; R$ 600,00 (abril) - Festival da Guanabara; R$ 300,00 (Julho) - Festa Junina da EM Manoel Joaquim de Macedo; R$ 350,00 (agosto e novembro) - Feira das Moliéres; R$ 220,00 (outubro) - Festa do Dia das Crianças na Praça Pedro Bruno; R$ 450,00 (outubro) - Festa Literária de Paquetá - FLIPA 2017; R$ 200,00 (dezembro) - Decoração de Natal da Praça Pedro Bruno. Pagou R$ 91,92 (julho) - Contas de Luz atrasadas da antiga sede - de anos anteriores à nossa gestão; E investiu: R$ 1500,00 (agosto) em camisas e bandeiras para a Festa de São Roque. Fortaleça a MORENA! Associe-se! Atualize sua trimestralidade! Estaremos no MORENA NA PRAÇA, domingo, 28 de janeiro, na Praça Pedro Bruno – barcas, das 10 às 14h.
crônicas de paquetá A VIDA É COMO ELA É Julio Marques
Afinal "POURQUOI PAS"? Porque não podemos viver fraternamente?
Da mesma forma que o azul da água do mar que cercava a ilha nos anos cinquenta dos verões passados.
Já nem digo liberdade e igualdade, embora, talvez, os três sejam irmãos siameses. Parece que essa vontade de tudo possuir não permite esses delírios. É sempre meu whisky, meu conhecimento, minha praia.
Chato é que hoje já não há o azul, se é que houve, e se vive a prepotência do judiciário e a ilusão de coxinhas, sonhando viver em uma Miami que só existe nos próprios sonhos.
Como disse o Pedro Caetano, acho eu, e copiando a Cristina: ´...tudo mais é brincadeira e a verdade é verdadeira “... que caiu na decadência...”. Enfim, podem falar o que quiserem, mas amor ao próximo é fundamental. Como disse uma amiga: "lutemos pelo legítimo direito ao resgate de velhos novos sorrisos". “Me lembro que chamavam certas moças de “sirigaitas”, esse termo antigo que lembra a flauta do Altamiro, sem perceber que isso significava, apenas,” gente de vida airada" (olha que termo lindo e ventilado, parecendo a esquina do Zarur ou da Regina). Mas afeto é o que vale e por isso falo tanto do Birulinha, da Nega Luiza e da Yara, que se foram e ficaram em lenda.
Como diz o Hermínio “a vida não é só isso o que se vê, é um pouco mais ". Quando eu me lembro do ridículo de 2013 e do preço que estamos pagando e ainda vamos pagar me vem no coração um misto de tristeza e raiva. Tudo porque nos iludimos com a queda dos preços do petróleo pensando que se tratava de fenômenos da natureza e imaginamos que certos movimentos ridículos, com garoto japonês à frente, se movimentavam de brisa sem os ventos financeiros do norte.
No final tudo apodreceu. Não só o Brasil, mas também o mundo, porque afinal, o que é o Trump e o Macri argentino ou o maluco francês?.
Comunicadores (que palavra esquisita) prá lá de esquisitos apresentando cantores esquisitos cantando musicas esquisitas.
O positivo é que se pode ver melhor a globalização do capital financeiro que nada produz, mas de tudo se apropria. Agora se sabe do futebol, do petróleo, do Oriente Médio e do tráfico de drogas. Pior é que essa grana escriturada nos paraísos fiscais não existe, é só papel com assinatura fajuta e, por isso, é preciso essa violência toda para continuar a enganação.
Que mundo esquisito esse que se vive no início do século XXI.
Mas vai passar nessa avenida, do mundo, um samba popular. Sei que parece impossível frente a tanta esquisitice e talvez a Globo seja a maior representante da esquisitice nacional, inundando todos nós.
Você não podia ter saído, Dilma, mas vamos lá. Julio, se guardando prá quando o carnaval chegar porque como disse Wilson das Neves, " no dia em que o morro descer e não for carnaval, não vai dar nem tempo de ter o ensaio geral".
um passeio em pqt
O contorno do litoral pode ser feito a pé em 45 minutos, sem correria nem paradas. De bicicleta, leva cerca de 25 minutos. AÇ
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Logo na saída da estação das barcas na ilha, à direita, um painel oferece algumas opções de roteiros turísticos.
Paquetá > Praça XV
Pontos turísticos
Mas, apesar de tudo, vai ser carnaval e, com alegria e raiva, com o Perola desfilando nas ruas, vamos mostrar que, quando derem vez ao morro toda cidade vai cantar.
PR
Paquetá está no município do Rio: não é preciso DDD nas ligações para a capital.
Saibam que, até em Miami, a grana é quem manda e não o fiscal da esquina a quem se dá, às vezes obrigado, uma gorjeta eventual e, dependendo do tamanho da gorjeta, a gente manda até no próprio fiscal.
Dias Úteis 05:30 > 06:20 06:30 > 07:20 07:30 > 08:20 09:30 > 10:20 11:30 > 12:20 14:30 > 15:20 16:30 > 17:20 18:30 > 19:20 19:30 > 20:20 21:00 > 21:50 23:10 > 00:00 FdS e feriados 06:00 > 07:10 08:30 > 09:40 10:00 > 11:10 11:30 > 12:40 13:00 > 14:10 14:30 > 15:40 16:00 > 17:10 17:30 > 18:40 19:00 > 20:10 20:30 > 21:40 22:00 > 23:10 23:30 > 00:40
Praça XV > Paquetá Dias Úteis 05:30 > 06:20 06:30 > 07:20 08:30 > 09:20 10:30 > 11:40 13:20 > 14:10 15:30 > 16:20 17:30 > 18:20 18:30 > 19:20 20:00 > 20:50 22:15 > 23:05 00:00 > 00:50 FdS e feriados 04:30 > 05:40 07:00 > 08:10 08:30 > 09:40 10:00 > 11:10 11:30 > 12:40 13:00 > 14:10 14:30 > 15:40 16:00 > 17:10 17:30 > 18:40 19:00 > 20:10 20:30 > 21:40 22:00 > 23:10 00:00 > 01:10
Igreja Bom Jesus do Monte Caramanchão dos Tamoios Canhão de Saudação a D. João VI Árvore Maria Gorda Praças e parques Preventório Rainha Dona Amélia Pedro Bruno Escola Pedro Bruno Fernão Valdez Telefones úteis Poço de São Roque Atobás (Quadrado da Imbuca) Barcas (estação de Paquetá) - 3397 0035 Coreto Renato Antunes Tiês Barcas (central de atendimento) - 0800 7211012 Capela de São Roque Lívio Porto (Ponta da Ribeira) Bombeiros - 3397 0300 Cedae - 3397 2143 (água) / 3397 2133 (esgoto) Casa de Artes Mestre Altinho Comlurb - 3397 1439 Pedra da Moreninha Bom Jesus do Monte Farmácia - 3397-0082 Ponte da Saudade Manoel de Macedo Gás (fornecimento de bujão) - 3397 0215 Pedra dos Namorados São Roque Hospital (UISMAV) - 3397 0123 / 3397 0325 Casa de José Bonifácio Ex-Combatentes Light - 0800 282 0120 Mirante do Morro da Cruz Alfredo Ribeiro dos Santos Oi Telemar - 3397 0189 Cemitério de Paquetá Pintor Augusto Silva PM - 3397 1600 / 2334 7505 Em negrito, horários com barcas Cemitério dos Pássaros Parque Darke de Mattos Polícia Civil - 3397 0250 abertas (tradicionais). Em itálico, os horários previstos de chegada. Farol da Mesbla Parque dos Tamoios XXI R.A. - 3397 0288 / 3397 0044
Localidades
Viracanto Levas-Meio Rua dos Colégios Ladeira da Covanca Morro do Buraco
(Morro do Gari)
Pau da Paciência Árvore do Sylvio Colônia Cocheira Morro do Pendura Saia Morro do PEC
(Morro da Light)
Rua Nova Colônia da Mesbla Curva do Vento Beco da Coruja
Serviços
Banco Itaú Banco do Brasil e Caixa Econômica (Loja lotérica)
Hospital (UISMAV) (3397.0123 / 0325)
Aparelhos de ginástica (jovens e maduros)
Aparelhos de ginástica (idosos)
Mesas para pic-nic ou jogos Mictórios Farmácia (3397.0082) Brinquedos infantis