Jornal A Ilha -63

Page 1

Ano V - n 63 - novembro de 2018 - Ilha de Paquetรก, Rio de Janeiro


Editorial

Valéria Amor

Juntos somos fortes O último mês foi intenso para a MORENA. A lição que tiramos dele foi de que, sem dúvida, nossa força vem da organização comunitária. Não há outro caminho para nós, como comunidade: ou nos mantemos unidos e organizados, ou seremos atropelados por cada vento, onda ou articulação política. Foi lindo ver tantos moradores juntos contra as arbitrariedades de um administrador empossado após jogada política permeada por inverdades, e que nos primeiros dias de mandato se mostrou contrário à poesia, às cores, à beleza, enfim, a Paquetá. Com ameaças fez boas vindas, e com um ato demonstrou desrespeito à ilha e aos seus moradores. Diante disso, cerca de mil pessoas assinaram um abaixo-assinado pelo retorno do administrador anterior, Eduardo. Na mesma semana, realizamos uma assembleia na Praça Pedro Bruno (barcas), com quase duzentas pessoas. Nossa ação teve efeito. Mauro, do quadro técnico da R.A., foi nomeado como novo administrador regional de Paquetá. O que prevaleceu foi o respeito aos moradores, bem como a capacidade de diálogo e compreensão dos reais problemas e das verdadeiras prioridades para a ilha. Continuamos a luta! Queremos viver num lugar de pessoas felizes, respeitadas, onde os serviços públicos funcionem adequadamente. Este é o empenho da MORENA. É para isso que trabalhamos. Quanto mais gente somando, mais fortes seremos. Venha com a gente, associe-se! É bom não esquecermos que juntos somos fortes! Associação de Moradores de Paquetá – MORENA

Expediente

A Ilha é um jornal comunitário mensal organizado, elaborado e mantido pelos moradores da ilha de Paquetá. Mentor e fundador: Sylvio de Oliveira (1956-2014)

Equipe: Claudio Marcelo Bo, Cristina Buarque, Flávio Aniceto, Ialê Falleiros, Jorge Roberto Martins, Julio Marques, Mary Pinto, Ricky Goodwin, Toni Lucena e Vitor Matos. Programação Visual: Xabier Monreal Jornalista responsável: Jorge Roberto Martins - Reg. Prof. 12.465 As informações e opiniões constantes nas matérias assinadas são de exclusiva responsabilidade de seus autores. Impressão: Gráfica e Editora Cruzado Ltda / Tiragem: mil exemplares Fale com a gente: cartasjornalailha@gmail.com Anuncie: comercialjornalailha@gmail.com Ano 5, número 63, novembro de 2018. Capa: Toni Lucena. Foto: Neusa Matos Este número de A Ilha foi possível graças à par ticipação dos anunciantes e às contribuições financeiras de • • • • • • • • • • • • • • • • • •

Adilson Martins Ana Cristina Ana e Samuca Aurea Bete Salgado Carla Renaud Claudio Motta Coronel Paulinho Cisinha e Bernardo Cristina Buarque Cristina Monteiro Dimas Ernani Fatinha Ferreira Souza Guto Pires Julia Menna Barreto Julio Marques Leandro Ribas

• • • • • • • • • • • • • • • • • •

Leila e Jorginho Lia e Guinho Frazão Lula Mendes Magda Mittarakis Márcia e Ludi Marcia e Ricardo Bichara Maria Lucia Martins Marcílio Mary Pinto Maurinho Nadja Barbosa Nenem e Edinho Nilson Sant'Anna Paulo e Joana Ricardo Sant Clair Sandra Sousa Silvio e Marília Washington Araújo

f o to s R i ck y G o o d w i n

Esse é o verdadeiro nome da nossa Rainha do Coletivo, que no dia 15 de novembro emancipou-se da matéria para se tornar eterna em nossos corações. Deixou saudades, mas também deixou sua alma dentro da nossa. Gentil, amiga pra caramba, inclusiva, altruísta, adorável, afetiva, inteligente, inventiva e muito, muito mais. Eu poderia passar a tarde falando desta personalidade que a tanta gente tocou, mas não preciso, porque isso tudo e muito mais será dito “De Boca em Boca” para quem quiser ouvir. Valéria era empática e fazia-nos sentir únicos, especiais e incluídos. Valéria vive em nós e estará sempre presente nos caminhos do Auto de São Roque, na Lenda de João Saudade, no Arlequino garrido e nos Carnavais festivos. Como um poema épico, Valéria Amor também virou lenda em Paquetá.:

Selma Coltro (Homenagem da MORENA a Valéria Maia) Para Valéria... “Amigo é coisa pra se guardar dentro do coração... assim falava a canção”... Que da varanda em comunhão saiu pelas ruas... pelas calçadas, praças, coretos, igrejas... subiu no Poço e acenou da Ponte da Saudade... ...em cantorias iluminadas pelas velas, violões e cavaquinhos... vozes e sussurros...que ecoaram pelos cantos...pelas casas... pelo saibro... entre as estrelas e o mar... ... em bloco...em bando...em cortejo... entre danças, cantos e orações... em folia e carnaval... E foram muitas as conversas... escrituras tecendo tramas e dramas... costurando os panos, fitas, flores, guirlandas, bandeiras e estandartes... dando vida a capas, espadas e cajados... ...em vozes de santos, feiticeiras, benzedeiras, reis, rainhas, arlequinos e mascarados... e quem mais chegasse pra falar ... e até o Diabo e as carolas tiveram vez... em louvor ao Santo Padroeiro... Em roteiros sempre abertos... “Mas quem cantava chorou ao ver seu amigo partir”... E custou a crer, custou a aceitar... teimando em querer voltar no tempo... e recomeçar...cada tom, cada melodia, cada ensaio... cada parte dessa história... “Mas quem ficou no pensamento voou com seu canto”... ... que despertou de madrugada... à espera da primeira claridade... para contar cada ato dessa vida... onde tempo e ritmo se misturam em celebração... ... e os cantareiros brincantes... cantando aos sete ventos... irão transformar a saudade e a dor, em sonho e arte... reinventando o cotidiano desse pedacinho de terra cercado de água salgada... de nome Paquetá... De tudo... só resta uma certeza... Lili. “Qualquer dia, amigo, a gente vai se encontrar”...


O n d e e u t iro o u c o lo c o a s m in h a s p la q u in h a s ? Flavio Aniceto – produtor cultural

Cada um de nós tem as suas queixas, os sons e os cheiros que nos incomodam: vizinhos que brigam o dia inteiro / Crianças que berram “malcriações” de não ir para a aula às 7h /Gente que geme alto (de dor, de muxoxo e de gozo)/ Cachorros que latem! /Gatos que voam e invadem casas / Ô padeirooo! / O caminhão que corre mais do que devia e empoeira sua casa/ Os estalinhos das crianças/ Os fogos nas festas/ Olh’aguaaaaaaaa! Quer Aimpimmmmmm? “- Essa bomba é muito ‘ bomba’, incoooomodagenti!” “- Chegou o carro do gássssss...” - Mas não pode armazenar gás na ilha... -Ah, tá, e como é que a gente faz? Cozinho como, na lenha? ”. “ - Nada contra, mas por que só ela pode vender (....) na barca? ” “ – Esse som da casa/da festa/da igreja/da televisão/do rádio da vizinha está muito altooooo! - gritam altoooo umas e outras – pode isso? ” “ – Eu não tenho problema, eu invado mesmo, no meio do culto, da missa, eu mando parar o som! Eu sou dessas!” “ – Já eu, eu ligo mesmo para a polícia. Eu quero que peçam alvará, 1746, Carioca Digital, autorização dos Bombeiros e das ‘três armadas’. Sem um papel eu não deixo cantar nem parabéns em festa de um ano! ” “ – Hip-hop aqui? Não pode! É muito palavrão que eles falam, P¨&*(#!, por que não vão lá para Madureira?” “ – E eu, com aquelas crianças fazendo algazarra na quadra e na saída da escola, como eu posso viver com isso, como posso, meu Deus! ”. “ – Eu? Sou uma vigilante. Fico na esquina. De espreita. Nada passa desapercebido das minhas olheiras (e orelhas também!). ” “ – Mas eles vêm lá da ‘casa do canário’ com aqueles isopores, não pooode! Tem que aumentar a passagem nos fins de semana, eu quero ir na praia e está cheia de farofeiros”.

“- Eu já eu adoro a farofa deles tem ovo, presunto, milho, ervilha, uva passas, petipoá e bacon. É servidona! Sempre que eu vejo uma turma dessas lá na Praia da Guarda eu já faço amizade... e ainda ofereço um latão!” “- Olha lá aquela reunião, conheço ninguém. Dizem que são moradores. Eu que nasci aqui em 1500 e desde então estou aqui sentada no banco dessa praça não conheço ninguém... ” “-E aquela outra reunião? Quem deu poder de decisão praquelas senhôras?” “ – Eu já eu? Denuncio mesmo, é a norma! ” “ Eu já eu, da minha parte? Não reconheço a senhora, Dona Norma... Quero só sentar à sombra de uma árvore. Embora estão derrubando as árvores pois-sujam-os-quintais, e fazem sombra para vagabundo sentar embaixo, puxar assunto e fumar uma palha. Não pode! ” E tasca falação: é o gari que não varre aquele pedacinho/ E eu tenho que acordar mesmo às 6h da manhã para botar o lixo pra fora ? Não defende gari, não, Fulanim! Ou você tá afim de algum? / E o bar que coloca a mesa na calçada, não poodiii, eu só não ligo agora para o 17, o 1746 que o celular não tá pegando. Essa merda de lugar, que nada funciona nem o celular, eu quero é ir pra montanhas, para um lugar tranquilo! / E ainda tem essas casas aí que fazem coisas mas não são "legalizadas", eu posso falar sou “legalizada pacas!”/ Mas tem também os quitinetes de fundos das casas que também não são e o povo aluga / E o samba alto / O culto berrante / O cocô do cachorro/ O gato e o cachorro presos/ As crianças soltas / O cara que “conserta diumtudo”, só que não / O cara que conserta bem mas não aparece pra consertar? Marcou não veio? Deve tá consertando a cama de alguma mulher casada, marido no Rio / O problema da servidão / O portão que deixam aberto / O portão que deixam fechado, o portão / O eco-táxi / O carrinho / A calçada ocupada / A rua aberta/ A rua fechada... Ufa! Cada um de nós é um chato de plantão. E cada um de nós é um burlador de plantão no que interessa. De modo que: menos, meu povo. Tomem um maracujá, uma Brahma, chupem um sorvete, sentem cadim que seja na Moreninha ou em um banco no Parque Darke e pensem como é que está esse mundo lá fora. E comparem com o “nosso” mundo aqui dentro. #batuquemos

Fotos: Neusa Matos

Publicado or iginalmente em março de 2017 (revisto em 14 de novembro de 2018)


•ARTICULANDO E DIVULGANDO NOSSAS INICIATIVAS CULTURAIS •APOIANDO ARTISTAS LOCAIS •PRESERVANDO NOSSO PATRIMÔNIO, MEMÓRIA E IDENTIDADE •PROMOVENDO O TURISMO SUSTENTÁVEL COM A COMUNIDADE PROTAGONISTA E BENEFICIÁRIA

Foto: Neusa Matos

O M UNDO NEC ES S I TA D E POE SI A

Iniciativas apoiadas pelo Ponto

Gi l ka M a c ha d o

CineClube PQT

(...) O mundo necessita de poesia, (não importem assuadas) cantemos alto, poetas, cantemos! que seja nossa voz um sino de cristal, um sino-guia de perdidos rumos, vibrando no nevoeiro de inconsciência do momento angustioso!

Plantar Paquetá -

Replantando a nossa história.

Auto de São Roque – Grupo Cantareira

Nosso destino, poetas, é o destino das cigarras e dos pássaros: — cantar diante da vida, Cantar para animar o labor do Universo, cantar para acordar, ideias e emoções; porque no nosso canto há um trigo louro, um pão estranho que impulsiona o braço humano, e os cérebros orienta, uma hóstia em que os espíritos encontram, na comunhão da beleza, a sublimação da existência. O mundo necessita de poesia, cantemos alto, poetas, cantemos!

Cortejo de Natal – Feliz Aniversário Paquetá

Festival da Guanabara Exposição A História da Ilha Exposição de Fotografias e Artes Plásticas

Jornal A Ilha

Gilka Machado, moradora de Paquetá, na Praia da Ribeira, foi uma das mais importantes poetas simbolistas brasileiros, fundadora do Partido Republicano Feminino (pelo direito a voto das mulheres), e é a autora da letra do Hino a São Roque (1925)

S e m a n a d o Pa t r i m ô n i o e da Memória Cultural Conte sua história para entrar para a história

(encaminhado pelo Professor Juca)

Informativo Paquetá Viva! ______________________________________ Veja mais em www.facebook.com/paquetanarede _______________________________________________________ CUIDE BEM DE NOSSA ILHA. VALORIZE E PRESERVE NOSSO PATRIMÔNIO, AS PRÓXIMAS GERAÇÕES TAMBÉM MERECEM PAQUETÁ.

Foto: Neusa Matos

A Foliona – Carnaval Comunitário


Foto: Neusa Matos

T ra qu ej os Ri c k y G oodwi n

O primeiro ato de qualquer gestão – de síndico a guardião das galáxias – é simbólico. Prenuncia o que está por vir. Geralmente é um ato de grande impacto – pela magnitude, pela resolução de um grave problema, ou pela quebra de parâmetros anteriores – ou um pequeno gesto que se revelará marcante. A escolha do primeiro ato efetivo do administrador que assumiu recentemente o posto em Paquetá foi, digamos, um tanto infeliz. Quando seria necessário algo que começasse a reverter a impopularidade que recebeu antes mesmo de começar a trabalhar. Sentimentos que surgiram, creio, principalmente por dois motivos, ambos compreensíveis. •

O fato de não “ser da Ilha” (nem como morador nem como frequentador). Por vários anos os administradores foram pessoas de fora da ilha (embora alguns, frequentadores) e ter na RA pessoa da comunidade, a partir da Janaina, é considerada pelo povo como uma conquista. Isto não é pré-condição administrativa, e parece irrelevante, mas pode ser um fator, conforme abordarei abaixo. A gestão anterior (Ivo e Eduardo) era composta por pessoas conhecidas localmente, criadas na comunidade, e que, embora enfrentando críticas, eram queridas pela população, de um modo geral, a quem sua demissão súbita causou espanto.

Comparei, numa entrevista à imprensa, a vinda do novo administrador à entrada em cena de um técnico de futebol recém-contratado, assumindo num lugar de um técnico popular, e que precisa “ganhar” o time e a torcida, promovendo de cara a união dos jogadores. O sentimento adverso foi acentuado quando seu primeiro contato com seus “súditos” foi através de um vídeo postado no Facebook com tons intimidatórios. Quaisquer palavras de apresentação simpáticas foram obliteradas ao ressaltar que vinha com “poder de polícia”, e que estava “monitorando as redes sociais” para ver quem falava mal dele. Num momento em que precisava construir pontes com a comunidade, essa não foi a melhor das argamassas... Em seguida recebeu o público para um papo aberto na sede da Região Administrativa, atitude bastante louvável, que começou num clima fraternal, com o anfitrião relembrando suas memórias de caserna, e colocando algumas propostas, mas onde aos poucos foi mostrando seu viés autoritário. Confrontou a diretoria do Conselho de Segurança, magoado por não ter sido convidado para uma reunião – que não tinha a ver com a CCS e fora um encontro organizado de forma espontânea e não-programada pela população, insegura com a mudança brusca de gestão (e como se movimentos não pudessem acontecer sem a presença ou anuência dele). Houve uma fala da Associação de Moradores (Morena) relatando as diversas frentes em que estão atuando, em prol de melhorias em Paquetá, e convidando-o para somar forças, para juntos conseguirem resultados concretos. O adminis-trator deu de ombros, observando apenas que tinha lido a proposta da Morena para os transportes na ilha e que estava incompleta (citando um dado falso – e asseguro isto pois quem redigiu a minuta da proposta fui eu). Ao final, desmereceu novamente a Associação de Moradores (“Quantos associados vocês tem? Qual a população de Paquetá?), como se a entidade não fosse representativa pelo fato de que a sua filiação pagante não soma metade +1 das pessoas que moram no bairro. (Gostaria que apontasse qual a associação de moradores de qualquer bairro no mundo onde isto acontece.) Vale observar que a Associação é sim o órgão representativo da população local junto às autoridades, tendo a sua diretoria eleita por voto direto e aberto – e no caso da atual com larga maioria dos votos em Paquetá. E que até então a Morena tinha sido ignorada pela nova gestão. O próprio Coronel Paulinho, também militar (e de patente e experiência mais alta do que o paraquedista) ressaltou em discurso a importância e necessidade de se trabalhar junto com a Morena.

Enfim, este preâmbulo é para situarmos a importância do primeiro ato administrativo do Sr. Edson Moreira Brígido. Com tantos problemas urgentes para se tratar em Paquetá, com tantas demandas preementes, foi mandar retirar algumas plaquetas, com versos de poetas famosos, afixadas de forma cuidadosa em árvores da ilha, e que vinham atraindo a simpatia e apoio da maioria dos moradores e dos turistas que movimentam o bairro. Novamente coloco a questão no campo do simbolo. Lidar com esse pequeno detalhe, neste momento, diante da situação de Paquetá. Mexer com algo tão simbólico – e inerente a Paquetá – como a poesia. Nem é preciso falar em insensibilidade, ou pequenez de pensamento, é que do ponto de vista administrativo mesmo foi uma decisão ruim. Ah, mas a lei determina que... Sim, uma coisa é a lei – outra é o bom senso. O que chocou algumas pessoas – e que poderia ter feito a sanção passar mais desapercebida, que fosse menos irritante, tomando a proporção de notas na imprensa carioca – não foi tanto a decisão em si mas a maneira pela qual foi efetuada. É certo que existem normas e códigos regendo a convivência das pessoas e o funcionamento do bairro. Procede o argumento de que “se fosse assim qualquer pessoa poderia sair colocando qualquer coisa em qualquer lugar”, provocando densa poluição visual. Ocorre que não partiu de qualquer pessoa, não era qualquer coisa e não era qualquer lugar – e principalmente não era em qualquer momento. Se tivesse mais traquejo político (e menos traquejo militar) o adminis-trator ao invés de simplesmente mandar a guarda arrancar as placas poderia ter tentado resolver a questão de forma mais comunitária. Mesmo que não estivesse preocupado com a comunidade, deveria ter levado em consideração a sua necessidade de administrar essa comunidade. Haveria vários caminhos. Um deles seria conversar com os artistas que tiveram esta iniciativa, explicar a situação, e pedir que retirassem as placas das árvores. Ou sugerir que expusessem os poemas de outra maneira (como fizeram as pessoas, diante da proibição, querendo coloca-las na fachada das casas). Ou mesmo, auferindo a ampla simpatia pelas placas, encampar a ação, reservando uma área para as plaquetas, propondo uma parceria com os artistas, e colocando a coisa como uma iniciativa oficial (quem sabe um pouco dessa simpatia passaria para a administração). Sem um jogo de cintura, o que resta? Arestas. Qualquer questão exigiria cuidados, mas se fosse conhecedor de Paquetá saberia que é uma tradição local esse relacionamento artístico com as árvores. (E afetivo, as pessoas conhecem as árvores, algumas tem nome, muitas foram plantadas por gente ainda viva, quando morre uma árvore mais querida é uma tristeza...) Isto é antigo: como lembrou o Padre Nixon, o prefeito Pereira Passos colocou uma placa numa árvore no jardim da igreja, em 1904. Cito três exemplos recentes: as poesias que foram penduradas em galhos da Praça Bom Jesus, as placas decorativas colocadas pela família Kirk ao pé das árvores recém-plantadas da Príncipe Regente, a árvore vestida de bordado no Parque Darke. O mesmo ocorre com uma de nossas mais importantes tradições comunitárias: as festas de rua. Retomo então o mencionado no terceiro parágrafo, sobre a importância do Adminstrador Regional ser morador de Paquetá. Se não, que seja um frequentador ou conhecedor da história , da cultura e dos costumes de Paquetá. Caso não, que tenha um espírito afinado com Paquetá. As leis são rígidas e embarcam todo o município (ou estado). Mas a letra da lei demanda análises. Se não fosse assim não precisaríamos ter juízes. As leis são interpretadas. Ou atualizadas. Paquetá é diferenciado. É isto que nos distingue, é isto que nos preserva. Como dizem, Paquetá não é para iniciantes. É para iniciados. Na sua soberba, o adminis-trator pensou passar sobre tudo isto. Fica a dica.


Deu na Imprensa (trechos de notas e reportagens publicados nos jornais, em meio à cobertura que incluiu telejornais e emissoras de rádio)

Direita volver

A votação expressiva de Jair Bolsonaro (PSL) em Paquetá inspirou a Prefeitura do Rio a pôr um integrante das Forças Armadas no cargo de administrador regional. Atendendo ao pedido do grupo “Endireita Paquetá”, foi nomeado Edson Moreira Brígido, militar da reserva da Força Aérea Brasileira com passagem pela Escola de Especialistas da Aeronáutica. O moço assume a administração regional da Ilha de Paquetá no lugar de Eduardo Santos. A resolução 7750 foi publicada quarta no Diário Oficial. (EXTRA, 20 de outubro)

Bolsonarista chega ao poder em Paquetá Estimada em 4.500 almas, a população fixa da pacata Ilha de Paquetá, a 15 quilômetros do centro do Rio, começa a respirar novos ares. Nem bem ali o deputado Jair Bolsonaro (PSL) havia colhido a maior votação de um candidato a presidente da República, o prefeito Marcelo Crivella apressouse a agradá-lo com a nomeação de um novo administrador para ilha. Sai Eduardo Santos, indicado há dois anos pelo próprio Crivella. Entra Edson Moreira Brígido, militar da reserva da Força Aérea Brasileira, apoiado pelo movimento “Endireita Paquetá” que reúne os mais aplicados ativistas políticos da ilha que suaram as camisas para conferir a Bolsonaro todos os votos possíveis. Moreira Brígido não mora em Paquetá, mas isso é o de menos. O novo administrador da Ilha de Paquetá já começou a limpeza política que se esperava dele. Funcionários com viés de esquerda estão sendo trocados por bolsonaristas de raiz. Os dispensados e os que negaram o voto a Bolsonaro se articulam para fazer oposição a Moreira Brígido. A paz na ilha está por um fio. (BLOG DO NOBLAT, 24 de outubro)

Paquetá em pé de guerra Mais de 300 moradores de Paquetá se reuniram, anteontem, para traçar uma estratégia contra o novo administrador regional nomeado para a ilha. O moço resolveu ameaçar quem o caluniar. E dizer ter poder de polícia! Boa parte dos moradores está de cabelo em pé com a nova fama – e jura que a ilha não é direita, nem de esquerda. É feliz e quer continuar assim. Os críticos do novo administrador dizem que ele só é apoiado por uma turma que implica com os blocos de carnaval e com as festas religiosas. Gente que brigou para fechar até o Municipal Futebol Clube – instituição tradicional da ilha que comemora, este ano, seu centenário de fundação. Por causa do barulho do... apito do juiz! (EXTRA, 24 de outubro)

Administrador da ilha de Paquetá manda retirar placas com poesias do bairro e pode ser exonerado

Os moradores da Ilha de Paquetá, na baía de Guanabara, foram sur preendidos na manhã desta quinta-feira (1) por uma decisão do atual administrador do bairro, o militar da reserva da Força Aérea Brasileira, Edson Moreira Brígido: a retirada de placas com poesias. O novo chefe da ilha foi indicado pelo prefeito Marcelo Crivella e passou a ocupar o cargo no final do mês de outubro. Em seu primeiro ato como administrador do local, Edson mandou retirar todas as placas de poesia que enfeitavam um dos trechos da praia principal do bairro. A atitude deixou alguns moradores bastante revoltados. A professora aposentada Cristina Campos, de 57 anos, moradora de Paquetá considerou a decisão "muito agressiva" e disse estar em choque com tudo que vem acontecendo na região depois que o novo administrador assumiu. "É um choque. A gente aqui tenta criar um ambiente diferente da cidade. A gente tem essa sensação de estar seguro e de amizade com todos. Aqui existem muitos artistas e a gente vive junto. Nós vivemos a cultura, a alegria e a beleza. E de repente chega uma pessoa com essa atitude. Isso é muito agressivo para a gente", comentou a professora. Presidente da Comissão de Cultura da Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro, o vereador Reimont (PT), também se manifestou contrário à retirada das placas. Segundo o parlamentar, os moradores precisam ser ouvidos pela prefeitura na hora de decidir quem será o administrador do local. "Paquetá têm muitos moradores artistas. Muitos têm na poesia um motivo para sobreviver. E esse cidadão mandou retirar essas placas. São placas de madeira, que respeitam o meio ambiente. São simpáticas e representam o clima do bairro. É uma atitude ruim", disse Reimont, que prometeu oficiar a Prefeitura do Rio de Janeiro, através da Comissão de Cultura, para reverter a situação. (O GLOBO, Raoni Alves, 1 de novembro)

Poesia numa hora dessa?

Pois é, querem acabar com a poesia logo no mais lírico dos bairros da cidade. O novo e polêmico administrador regional de Paquetá, o militar aposentado Edson Moreira Brígido, de 57 anos, determinou ontem a retirada de 104 placas de madeira com poemas que os moradores da ilha, por iniciativa própria, haviam pendurado em árvores da orla. Brígido alegou que a medida faz parte de uma ação de ordenamento urbano da cidade. Não foi esta a pr imeira polêmica do novo

administrador. Ao tomar posse, Brígido divulgou um vídeo em suas redes sociais avisando aos moradores que tinha “poder de polícia” para pôr ordem na ilha e que havia colocado uma equipe monitorando as redes sociais para processar quem ousasse criticá-lo. “Não é assim que ninguém chega em lugar algum”, comentou o padre Nixon Bezerra, pároco da Igreja do Bom Jesus do Monte, em Paquetá: “A pessoa não pode assumir um cargo e criar problemas desse tamanho. Espera-se de um administrador a capacidade de construir pontes”. Segundo Bezerra, a tradição de se afixar placas em árvores nas praias de Paquetá é antiga, e teria começado ainda nos tempos do prefeito Pereira Passos, que certa vez colocou uma placa em uma árvore no jardim da igreja. A medida do administrador regional revoltou os moradores. Muitos deles pediram as placas aos garis que as estavam recolhendo. A ideia é reunir todas elas, no domingo, às 10h, em um protesto contra Edson Brígido na frente da estação das barcas. Um abaixo-assinado começou a correr entre os moradores e, até o fechamento desta edição, quase mil dos 4.500 habitantes já haviam assinado o documento que pede a exoneração de Brígido. Além das plaquinhas, Brígido notificou também a artista plástica Jhale Jamal, informando que ela não poderia mais reformar os bancos de concreto da Praça do Imbuca. Jhale recuperava banquinhos de concreto quebrados e os pintava com motivos floridos. Em seu perfil no Facebook, Jhale protestou contra as medidas. “Nada fazem por Paquetá e não deixam que ninguém faça algo para revitalizar o bairro. O maior inimigo de Paquetá é o poder público municipal”, afirmou a artista. “A gente compara Paquetá com a Sucupira do Dias Gomes, temos até as nossas irmãs Cajazeiras, que são um grupo de senhoras do movimento Endireita Paquetá”, conta Ricky Goodwin, editor do jornal local “A Ilha”. Segundo ele, o movimento estaria tentando implantar uma agenda conservadora no bairro, que passa pela proibição das festas nas ruas e o desfile de blocos no Carnaval. “São medidas que não fazem nenhum sentido, afinal Paquetá sempre foi considerada um endereço de músicos e artistas”, diz Ricky. No fim da tarde de ontem, o secretário da Casa Civil, Paulo Messina, determinou que o administrador regional de Paquetá, Edson Moreira Brígido, recoloque as placas feitas pelos moradores com poesias e que foram retiradas das árvores na região. Caso contrário o administrador será exonerado. (JORNAL DO BRASIL, 2 de novembro)

Povo unido em Paquetá derruba administrador O primeiro militar da reserva, bolsonarista, a chegar ao poder depois do primeiro turno da eleição passada acaba de ser deposto. Edson Moreira Brígido, 57 anos, ex-oficial da Força Aérea Brasileira, durou menos de um mês no cargo de Administrador Regional da Ilha de Paquetá, que fica a 15 quilômetros do centro do Rio.


A maioria dos 4.500 habitantes da ilha rebelouse contra ele porque um dos primeiros atos do seu governo foi a retirada de mais de cem placas artísticas na orla da Praia da Moreninha. Pintadas de graça pela artesã Tânia Milanez, de 65 anos, as placas continham frases e trechos de poemas e estavam presas em árvores. O exmilitar não gostou do que leu. Antes mesmo da retirada das placas, moradores da ilha haviam colhido assinaturas em um documento endereçado à prefeitura onde pediam a volta do antigo administrador demitido só para dar lugar a Brígido, apoiado pelo movimento “Endireita Paquetá”, formado por eleitores de Bolsonaro. Conhecido também pela alcunha de “Barão de Pontinha”, Brígido foi candidato em 2002 a deputado estadual pelo PSL de Bolsonaro, e perdeu. Em 2010, foi candidato a deputado federal, e perdeu. Só obteve 510 votos, 0,01% do total de votos em disputa. Este ano não concorreu. Sua administração em Paquetá poderia lhe abrir a porta para ser candidato a vereador do Rio daqui a dois anos. Deu errado. (BLOG DO NOBLAT, 4 de novembro)

as leis e mandei fotos das plaquinhas. Pedi que ele as retirasse com cuidado, levasse para a administração e explicasse às pessoas que as placas poderiam ser instaladas dentro de seus terrenos, mas não em áreas públicas”, diz. O que Brígido não esperava era pela reação dos moradores. “Foi horrível, passei a sofrer muitas ameaças e agressões pela Internet. Inventaram até que arrumei problemas com o pároco, só que eu nem o conheço. Disseram que eu estava implicando com os autores das placas por eles serem de esquerda, só que sei que pelo menos 70% dos moradores da ilha são eleitores de Bolsonaro”, alega. Ele admite, porém, que possa ter agido com “inabilidade política”. Mas não se arrepende: “Fiz o que é certo”. (JORNAL DO BRASIL, 4 de novembro )

Treta em Paquetá Até o fechamento desta humilde coluna a Prefeitura ainda não havia escolhido o substituto do Tocha Humana, perdão, do administrador regional de Paquetá Edson Brígido. Como se sabe, em menos de 10 dias Brígido conseguiu brigar até com o pároco daquela pacata região insular da cidade. A associação de moradores espera que dessa vez a Prefeitura os ouça, em vez de nomear outro paraquedista. O problema é que nos dias de hoje, nada mais acontece por acaso. A nova bancada do PSL na Assembléia se reuniu sábado e acabou discutindo a treta de Paquetá. Decidiu que vai apoiar um nome do movimento Endireita Paquetá como novo administrador e tome porrada naquele bando de comunista da associação de moradores. A luta continua! (INFORME JB, Jan Theophilo, 5 de novembro)

Xerife de Paquetá é exonerado do cargo

Foto: Marcos Tristão

A exoneração do administrador da Ilha de Paquetá, o militar reformado Edson Moreira Brígido, foi publicada ontem no Diário Oficial do Município. Aos 57 anos, divorciado e pai de uma filha, Brígido diz que também escreve poesias e é professor de história. Eleitor de Marcelo Crivella, Wilson Witzel e Jair Bolsonaro, ele parece não entender muito bem o que aconteceu. “As árvores são tombadas e fixar placas com arames acabaria por deteriorá-las. Alguém acha que pode pregar uma placa com poesias, daqui a pouco vem outro com o time do coração, ia virar uma bagunça descontrolada e acabou naquela choradeira”, lamenta. Ele diz frequentar a ilha desde jovem e que é amigo de moradores, que o indicaram ao cargo à prefeitura, “justamente pela isenção por não ser morador, para botar ordem”, acrescentou. Brígido assumiu a administração em 19 de outubro e passou o fim de semana seguinte “tomando pé da situação e vendo o que havia de errado”. Diz que já havia recebido mensagens reclamando pelo número “exagerado” de placas instaladas no local e achou no início que elas fossem de uma feira artesanal. “Por uma lei de 1989, Paquetá se tornou uma Área de Proteção do Ambiente Cultural (APAC), que tomba das pedras às árvores. Tudo tem de ser mantido como era no século 19. E tem a lei federal de 2008, que condena a destruição ou deterioração dos bens protegidos por lei. Então orientei um funcionário da Comlurb a cumprir

Paquetá tem carta branca para a poesia

“Morrer ignorante sabendo que tinha capacidade de ter sido sábio. Isto sim, é a maior tragédia humana”. A frase do poeta e dramaturgo inglês William Shakespeare, estampa a primeira plaquinha recolocada por moradores da Ilha de Paquetá, em uma árvore da Praia da Moreninha, na manhã de ontem. Esta foi uma das 108 placas coloridas, com inscrições poéticas, retiradas pela Comlurb, na semana passada, a mando do atual administrador regional de Paquetá, o militar da reserva Edson Moreira Brígido. Autorizados pela Prefeitura a recolocar as placas, moradores da Ilha do Amor fluminense não perderam tempo. Na manhã de ontem, repuseram uma delas. Foi um ato simbólico. Com parte destruída, as demais serão repostas após revitalização. Indignados com a atitude do administrador, os paquetaenses fizeram uma manifestação na manhã de ontem, na Estação das Barcas. O

protesto reuniu cerca de 300 pessoas, incluindo visitantes que aproveitavam o dia ensolarado para curtir os encantos do lugar. “Colocamos as plaquinhas com todo cuidado. Meu marido lixou e pintou os pedaços de caixote de madeira e eu confeccionei com trechos de poesias. Nossa iniciativa foi elogiada não só pelos outros moradores da ilha, mas também pelos turistas”, relembra a artesã Tânia Milanes, de 65 anos. “Fomos surpreendidos pela Comlurb que, sob ordens do administrador, retirou todas as plaquinhas. Ficamos indignados”. Tânia vive em Paquetá desde que se aposentou, há 11 anos, mas já frequenta a ilha há 40. Ela conta nunca ter convivido com uma ordem tão arbitrária. Sua queixa encontrou eco junto aos outros moradores que participaram da reunião da Associação de Moradores de Paquetá (Morena). “É preciso que Paquetá tenha um administrador que conheça e frequente a ilha. Para isso, os moradores precisam ser consultados, principalmente porque trata-se de um bairro que tem suas especificidades por se tratar de uma ilha”, diz Fichel Davit, de 84 anos, contrário à imposição do nome do atual administrador pela Prefeitura do Rio de Janeiro. Durante a reunião, o grupo expôs fotos de uma série de problemas enfrentados pelos moradores, como diversos pontos com esgoto a céu aberto, como na Praia da Guarda e na Praia Grossa. Também houve pedido de revitalização da orla da praia da Guarda. Brígido assumiu a administração regional há menos de um mês. Apesar de recente, sua gestão vem levantando muita polêmica. Foi dele também a ordem para que uma artista plástica não reforme mais os bancos de concreto da Praça do Imbuca. Jhale Jamal recuperava banquinhos de concreto quebrados e os estampava com flores diversas. Desde que Edson assimiu a administração regional, os moradores organizaram um abaixo-assinado solicitando o retor no do ex-administrador Eduardo Silva ao cargo. O documento já conta com pouco mais de mil assinaturas. Os moradores não escondem a preocupação sobre o nome do futuro administrador. (JORNAL DO BRASIL, Maria Luisa de Melo, 5 de novembro)

E a poesia venceu Tinha apenas três linhas a convocatória que a Morena, Associação de Moraradores da Ilha de Paquetá, disparou anteontem à tarde convocando uma assembleia para debater a nomeação de Lucimar Medeiros como nova administradora regional da ilha. Apenas a menção ao nome dela foi o que bastou para unir bolsonarianos e petralhas contra a indicação. Luciana é famosa na vizinhança por ser contra o carnaval do bairro. Mais de 250 pessoas compareceram, um número maior do que o da assembleia do último domingo. Enquanto isso, em outra ponta, o vereador João Ricardo, do (P) MDB da base crivelista costurava junto ao primeiro escalão da Prefeitura um caminho para o fim do imbróglio. A solução agradou gregos e baianos. Foi nomeado ontem o novo administrador de Paquetá Mauro Henrique de Araújo Souza, um servidor de carreira da própria RA. Venceram a poesia das plaquinhas e o


Carnaval. A decisĂŁo foi tĂŁo festejada que um grupo foi atĂŠ a casa de Mauro para levĂĄ-lo Ă reuniĂŁo onde foi aplaudido. No fim da noite, petralhas e bolsonarianos unidos marcharam atĂŠ a Cantina da Ilha, Ăşnico boteco aberto na cidade, comemorar numa cervejada que varou a madrugada. Canta tua aldeia e serĂĄs universal. (INFORME JB, Jan Theophilo, 6 de novembro)

Com o apoio de moradores, prefeitura escolhe novo administrador da ilha de PaquetĂĄ

A prefeitura do Rio de Janeiro nomeou o professor Mauro Henrique Araújo de Souza como o novo administrador da Ilha de Paquetå, na Baía de Guanabara. A decisão foi publicada no Diårio Oficial do Município, nesta terça-feira (6). A mudança acontece após o antigo administrador do bairro, Edson Moreira Brígido, ter sua primeira ordem bastante questionada por moradores e pelo próprio poder executivo municipal. Como resposta aos moradores, Edson publicou em uma de suas redes sociais a frase "Danem-se esquerdistas e prefeitura". Em outra postagem, escreveu "Me arrependo Ê de não ter quebrado as placas todas". A atitude de Edson e a pressão feita pelos moradores da Ilha resultaram na exoneração do servidor municipal, publicada nesta segunda-feira (5) no Diårio Oficial. O militar não ficou nem uma semana no cargo, tendo em vista que iniciou seu trabalho jå no final do mês de outubro. (O GLOBO, Raoni Alves, 6 de novembro)

A polĂŠmica continua

Ainda vai longe a treta de Paquetå. O movimento Endireita Paquetå continua tentando emplacar como nova administradora regional da ilha, o nome de Lucimar Medeiros. Ex-presidente do Conselho de Segurança, ela ganhou notoriedade entre os ilhÊus por tentar mover cÊus e terras para proibir o desfile do bloco carnavalesco PÊrola da Madrugada, que arrasta milhares de foliþes pelas ruas de Paquetå fazendo a alegria do comÊrcio local. (INFORME JB, Jan Theophilo, 7 de novembro)

Tiro porrada e bomba A ala heavy metal do PSL não Ê coquinho. Pôs um x no meio da testa do vereador João Ricardo, que operou como algodão entre os cristais e pôs fim ao imbróglio na treta de Paquetå. Promete deixå-lo à mingua em qualquer pleito na Câmara ou junto ao governo estadual. (INFORME JB, Jan Theophilo, 8 de novembro)

Novo capĂ­tulo

O senador eleito FlĂĄvio Bolsonaro entrou na linha de frente do movimento Endireita PaquetĂĄ, que faz oposição ao grupo da administração regional da ilha, indicada pelo MDB. “Em breve estaremos efetivamente combatendo a desordem perpetuada na Ilha de PaquetĂĄâ€?, postou FlĂĄvio, que ĂŠ do PSL, nas redes sociais. (EXTRA, 11 de novembro)

! Paquetå falaš

Me respondam uma coisa? VocĂŞs que se dizem artistas, sabem o significado de APAC? Acho que nĂŁo. Significa Ă rea de Proteção do Ambiente Cultural. Significa que tudo ĂŠ tombado ou preservado. Praças, mobiliĂĄrio urbano, pedras, saibro e Ă RVORES. Sendo assim, as pessoas NĂƒO tem o direito, julgandose artistas, de colocarem plaquinhas de madeira com poesias de gosto duvidoso. Primeiramente porque vĂĄrias pessoas reclamaram destas placas. Eu fui verificar e elas tinham razĂŁo: ESTĂ ERRADO. Se todos os cidadĂŁos quiserem colocar uma plaquinha, torna-se poluição visual que nada tem a ver com uma APAC. O visual da APAC-PaquetĂĄ refere-se historicamente ao sĂŠculo XIX e essas plaquinhas nĂŁo estavam lĂĄ no sĂŠculo referido. Fui contatado pela Casa Civil a respeito do assunto e me justifiquei. Na verdade nĂŁo sou eu quem deveria pedir licença para retirar as placas, mas sim as pessoas que as fizeram que deveriam pedir licença para colocĂĄ -las. O que estĂĄ havendo aqui ĂŠ uma inversĂŁo de valores. "O poste se acha no direito de mijar no cachorro". A Casa Civil me perguntou da possibilidade de eu recolocar as placas, eu disse que mesmo que pudesse nĂŁo o faria pois eu estava certo. Eles me disseram que se eu nĂŁo recolocasse as placas eu seria exonerado. Minha resposta foi: Meu chefe ĂŠ o Prefeito. Ele apertou minha mĂŁo no gabinete e me disse para por ordem em PaquetĂĄ e estou tentando fazer isso. Se nĂŁo gostaram podem me exonerar, pois nĂŁo preciso deste cargo. NĂŁo estou lĂĄ na RA21 pelo cargo, mas sim para fazer o certo. Se a prefeitura nĂŁo quer o certo entĂŁo que eu seja exonerado. NĂŁo tenho do que me desculpar nem me arrepender, pois fiz o que deveria na posição de administrador e solicitei Ă COMLURB que removesse as placas com cuidado para que as mesmas fossem devolvidas aos donos e colocadas nos portĂľes, muros e ĂĄrvores de suas prĂłprias casas. Acredito que serei exonerado, porĂŠm, se demorar mais no cargo, tomarei outras providenciais das quais muitos reclamarĂŁo. Raciocinem apenas uma coisa: se todos os moradores quiserem ter o direito de colocar placas com seus dizeres preferidos ou pintar bancos com grafite, o que seria um direito de todos, a paisagem urbana se tornarĂĄ uma bagunça. Enfim. NĂŁo abaixo a cabeça quando estou certo e o G1 ĂŠ uma fonte de informação tendenciosa e mentirosa, pois eles publicaram que eu recusei atender as ligaçþes e dar esclarecimentos. Pura mentira pois eu nĂŁo fui procurado por eles. TĂ­pica manobra de esquerdistas mentirosos. (Edson Moreira BrĂ­gido) - Mensagem postada no Facebook Sr. Edson Moreira: Venho escrever esta mensagem sem intuito ou intenção de ofendĂŞ-lo ou gerar nenhum tipo de discĂłrdia. Quando soube que seria o novo administrador, foi atravĂŠs de uma reportagem do Extra que ao meu ver nĂŁo foi nada neutra na minha opiniĂŁo e confesso que nĂŁo gostei. Ao longo do tempo, os comentĂĄrios foram aparecendo a respeito do senhor e tambĂŠm nĂŁo concordava, tendo por base as minhas informaçþes naquele momento. Acredito que antes de qualquer atitude ou comentĂĄrio, deverĂ­amos conhecĂŞlo pessoalmente, dialogar de forma cordial, afinal sĂŁo interesses em comum. Ă€ medida que os acontecimentos foram surgindo, vi o vĂ­deo que postou mostrando um pouco de suas intençþes. Houve a retirada das plaquinhas que alĂŠm de possuĂ­rem autorização para estarem postas nas ĂĄrvores, embelezavam nossa Ilha, eu mesmo parei para ver e achei lindo o carinho e gentileza desta possĂ­vel moradora para com a Ilha. AtĂŠ agora nĂŁo entendi porque foram retiradas, achei essa atitude um tanto radical e desnecessĂĄria.

Em seguida, foram colocadas possĂ­veis postagens do senhor reagindo novamente de forma nĂŁo muito bacana, provocando maiores e mais divergĂŞncias do que esclarecimento, o que deveria ser o objetivo principal. Achei que alguĂŠm que nĂŁo morasse aqui poderia contribuir tanto quanto um nativo e morador, mas ĂŠ preciso amor, respeito, empatia antes de tudo, ainda mais nesses tempos de polĂ­tica. NĂŁo sei como serĂĄ daqui para frente,mas desejo de coração que repense um pouco sobre algumas atitudes independente de sua posição. Aqui nĂŁo hĂĄ esquerdistas, direitistas, aqui somos llha, contexto geral, povo e ĂŠ exatamente isso que faz com que enxerguemos a coisa de uma maneira bem maior. (Patriccia Ramos) Nosso ex-administrador nĂŁo soube chegar...Quando se vai pela primeira vez a uma casa, diz a boa educação, chega-se de mansinho...com bons modos. Talvez tenha se informado mal e nĂŁo entendeu que a turminha aqui ĂŠ amigĂĄvel, afetuosa, solidĂĄria; gosta de ser bem tratada, trata bem aos recĂŠm-chegados...mas tambĂŠm sabe exigir reciprocidade. É pena ...perdeu a oportunidade de conviver com "umas gentes.." bem legal! (Lourdes Mathias) Um tanto quanto arrogante seu tom de voz para um mero administrador regional que pouco conhece da Ilha, seu povo e seus costumes! Aprendi com meu pai, diga-se de passagem, um excelente oficial da Marinha de Guerra do Brasil e autor de livro sobre LIDERANÇA, que a arrogância nĂŁo leva ninguĂŠm a lugar algum! O diĂĄlogo ĂŠ sempre a melhor solução! E mais, vocĂŞ nĂŁo estĂĄ no quartel! EstĂĄ lidando com pessoas comuns e aqui, vivemos uma democracia! NĂŁo me venha falar em cumprir leis quando o que mais temos no Brasil ĂŠ seu descumprimento, e digo como advogada que sou! PaquetĂĄ tem muito o que se fazer mesmo, e nĂŁo ĂŠ a retirada de meras plaquinhas que alegram quem as lĂŞ que vai fazer com que a ordem seja imposta! TĂĄ tudo errado! Aff. Reveja seus conceitos! E se nao faz tanta questĂŁo do cargo, que renuncie e seja colocado um administrador que tenha diĂĄlogo com a população. (PatrĂ­cia Bonnet Delgado) Nooossa foram muitas pessoas a reclamar das plaquinhas, o que fez vocĂŞ tomar uma providĂŞncia tĂŁo rĂĄpida? Tem painĂŠis presos em ĂĄrvores em plena chegada Ă estação da ilha indicando local para comĂŠrcio! A praça Pedro Bruno chegada de todos a ilha , lotada de bicicletas đ&#x;š˛ por todos os lados, a calçada onde idosos circulam, lotada de bicicletas que nĂŁo dĂĄ para passar, as pessoas que trabalham no eco tĂĄxi abordando todos na saĂ­da da barca, as ruas cheias de buracos , precisando de saibro, o cais caindo, caramanchĂŁo esburacado, podendo acontecer um acidente, etc... etc.. e vocĂŞ tinha q começar pelas plaquinhas? Onde posso ver o registro dessa reclamação das plaquinhas? AĂ­ na R. A? Me desculpe sr. administrador, mas o sr. nĂŁo se organizou pra nada!!! NĂŁo priorizou nada! Ou seja, faltou algo na sua gestĂŁo q tambĂŠm estĂĄ bem errada!!!! Mostre seu trabalho de forma clara, sem ameaças, com humildade , que tudo darĂĄ certo! NinguĂŠm chega no seu trabalho ( seja lĂĄ quem for) sem humildade!!! (Izabel Marine) Sr. Administrador. PaquetĂĄ ĂŠ uma Ilha, longe do continente e como tal possui suas diversidades e peculiaridades e costumes ao longo de SÉCULOS. Isso mesmo, SÉCULOS pois a mesma foi descoberta e habitada desde o descobrimento e fundação por EstĂĄcio de SĂĄ e Villegagnon da Cidade do Rio de Janeiro. O gestor aqui,quase sempre foi um morador da Ilha por isso, e quando nĂŁo o ĂŠ, precisa o mesmo ter


mais BOM SENSO E SENSIBILIDADE para conosco, com nossos costumes, nossas manifestações artísticas e culturais. O senhor chegou e a meu ver não percebeu e nem se sensibilizou com isso, inclusive podendo iniciar seu trabalho por outras frentes e principalmente DIALOGAR com NÓS MORADORES. O senhor criou um ambiente e uma relação muito desgastada com suas declarações e atitudes. E outra, aqui, independente da suas ideologias políticas(esquerdistas, direitistas, bolsonarista, cotista, petistas), SOMOS TODOS PAQUETÁ!!! (Alexandre Velho) Se cada um colocar o que gosta, na coisa pública, teremos góticos colocando caveiras, pessoas de outros estados colocando objetos representativos de seu estado e por aí vai. Por essa razão há que ter normas. Obedecer é ser cidadão. Apenas isso. No mais se mobilizem para mudar as leis, se for o caso. (Daisy Luccheti) Sua colocação tem um certo sentido, seria o caos se cada pessoa tomasse uma atitude. Mas o que o poder público tem feito para cuidar e embelezar nossa comunidade? Tenho visto pessoas pintando ou consertando bancos, outras espalhando placas com mensagens lindas, outras espalhando mudas para termos mais sombras e outras organizando mutirões para limpeza das nossas praias. Então o melhor é que façamos nada? Esperemos o poder público? Boas ações e iniciativas não são sinais de baderna e sim formas saudáveis de exercitarmos nossa cidadania. (Maurício Eduardo Ávila) Existem cidades e vilas pequenas pelo Brasil e pela Europa em que os moradores enfeitam bancos, muros, calçadas e postes para tornar o lugar alegre e especial. Isso atrai turistas e cria o hábito na população de conservar o local. Aqui em Paquetá estão querendo que sejamos mais um bairro sem graça do Rio de Janeiro. Esquecem que podemos ser a diferença mais bonita e civilizada do município. Mas preferem que a ilha se assemelhe ao lixo que está a cidade toda. (Nadja Mara Barbosa) A Associação de Moradores da Ilha de Paquetá, representa a população e deve fazer prevalecer os direitos de moradores, veranistas, visitantes e turistas que frequentam esse paraíso. Aqui a liberdade é fundamental, o direito de zelar cuidar, enfeitar, embelezar esse espaço mágico, não pode e nem deve ser motivo de proibição. Aqui é lugar de gente que gosta de gente, gosta da natureza, gosta da paz, gosta de viver, gosta de amar, gosta de se encantar, gosta dos pássaros, dos peixes, das árvores e principalmente de através das placas demonstrar seu amor à ilha e aos seus moradores, não existe espaço aqui para quem não tem sensibilidade e carinho pelo seu próximo. (Roberto Soares) Aquilo o que chamam de "grafite" até que alguns são lindos, entende-se como arte, no meu entendimento em área privada seria até normal desde que autorizado pelo proprietário, já em pública dependeria de autorização prévia. No entanto, não é o que vemos ocorrer, caberia até uma ação por dano ao patrimônio público, mas chegamos em uma era em que está proibido até proibir, e, que cada um faça a seu modo... (Luiz Claudio) Não adianta forçar aproximação tentando uma intimidação, pelo contrário, traga as pessoas para perto vestindo a camisa, arregaçando as mangas e trabalhando, porque administração publica não basta ter palavra e sim técnica com conhecimento de causa.

Temos que ter um gestor e não um ex-oficial tratando o povo como seus subordinados dentro do rancho. (Nascimento Biovet) Alguém apresente para esse senhor administrador regional um bom texto sobre o princípio da razoabilidade! Canja de galinha e bom senso não fazem mal a ninguém! (Lucia Maria Felipe da Silva) Amigos, reconheço que a pintura está bonita no banco. Mas vejam bem. Não concordo com a ideia de cada um fazer o que quer. Uma coloca versos nas árvores outro pinta os bancos. Vem outra pessoa e resolve dar uma pintura de cal nas árvores outro quer que seu barco fique na porta de casa, aí vem outro e resolve fazer o seu jardim do seu jeito na praça Pedro Bruno. Os moradores de PAQUETÁ podem fazer o que quiserem do portão da sua casa para dentro, ainda assim se o imóvel for próprio. Vocês estão colocando política acima da melhoria da Ilha. Ele chegou chegando? Sim. É só saber no que ele está errado. Cá entre nós,estávamos mal acostumados. Precisamos de ordem . Eu entendo que para alguns fica difícil. Que tal o famoso diálogo??? (Clea Guimarães de Barros) “Sou demitido mas não baixo a cabeça para comunista babaca. Me arrependo é de não ter quebrado as placas todas. Não preciso de cargo. “ “Não sou morto de fome como a maioria de vocês esquerdistas de Paquetá. Se jogar uma carteira de trabalho no meio de vocês será uma debandada geral. Vocês tem alergia ao trabalho.” (Edson Moreira Brígido) – dialogando no Facebook Poucas vezes, em minha vida, vi alguém tão despreparado para assumir um cargo público. (Antonio Carlos da Silva) Esse cargo é um dos piores que a prefeitura tem, pode entrar e sair administrador que as coisas não vão mudar sabe por que? Pois não há interesse do prefeito em dar a estrutura necessária para que o administrador faça realmente o trabalho que precisa ser feito, todas as RAs tem problemas seríssimos de estrutura, com prédios condenados pela defesa civil. Pode colocar a melhor pessoa para ser administrador se não tiver o mínimo necessário de estrutura para se trabalhar Paquetá não vai andar rumo ao progresso, infelizmente! (Junior Costa) Se Lima Barreto estivesse aqui pra reescrever o Triste fim de Policarpo Quaresma, desta vez, muita gente terminaria no hospício... Estamos no auge do delírio! (Sabrina Moreira) A Ilha de Paquetá, em minha opinião está acima de qualquer partido. Vivemos num lugar único, andamos, nos encontramos, celebramos, sorrimos e convivemos cotidianamente e nos interseccionamos no amor que temos pelo lugar que vivemos. Direitos só se constrói juntos. Independente de ideologia queremos o melhor e apreciiar esta beleza que é viver em Paquetá. E se não entenderem isto fica impossível administrar nosso paraíso. (Ludi Um) Que isso tudo que aconteceu nos sirva de lição !Um olhar carinhoso para com a nossa ilha!! Parceria, trabalho, partilha, ideias, criatividade... é disso que nosso aconchego precisa! Moramos no 1ºmundo, dentro do mundo caótico do Rio de Janeiro! Vamos valorizar e cuidar! Quem ama cuida! (Izabel Mariné)

Se tivesse uma plaquinha para pendurar numa árvore (ou em outro lugar) o que você escreveria? Regina Cele Cunha: Não tire nada além de fotos. Não deixe nada além de pegadas. Não leve nada além de saudade. Maurício Eduardo Dávila Não sabe brincar, não desce pro play. Vó Fatima Praxedes Se veio para somar, fique, se não, suma. Flávio Loureiro O pequeno poder de pequenos não derruba o amor dos grandes. Morena Morena Sejamos suaves ao entrar no território sagrado do coração do outro, a gente não imagina as dores que já moram lá (Ana Jácomo). André Guerreiro No final de tudo, de tudo mesmo,... o amor sempre prevalece. Natália Távora É melhor tomar atitude do que Fluoxetina. Dinho Botelho Privar a arte é limitar a mente. Mari Ana Você vai ter que ver a manhã renascer e esbanjar poesia (Chico Buarque). Claudia Domingues O mundo é um lugar perigoso de se viver, não por causa daqueles que fazem o mal , mas sim por causa daqueles que observam e deixam o mal acontecer. Lucy Linhares Companheiros me ajudem, que eu não posso andar só. Eu sozinha ando bem, mas com vocês ando melhor! Igor Castelhano Educação nao transforma o mundo, educação muda as pessoas, pessoas transformam o mundo (Paulo Freire) Rafaella Barreto Enquanto os leões não contarem suas histórias, os caçadores serão sempre heróis. Daisy Martins do Amaral Comece por você a mudança que quer ver no mundo. Isabel Troise O pessimista se queixa do vento, o otimista espera que ele mude, e o realista ajusta as velas (William George Ward). Meire Figueiredo Tudo tem seu tempo... A maior das árvores um dia foi semente. Heloisa Rezende Obrigada pela sua visita... Ame Paquetá, mas não jogue lixo no chão...Cuide dele!!!! Fatinha Ferreira Aqui eu amanheço e durmo, um sono sereno e seguro, que a cerca de água me dá. Samuel Aarão Reis O ódio não pode florescer na Ilha dos Amores.



T ân ia e Va ld ec i “P aq ue tá em si é um a po es ia ” A ILHA – Como escolheram os trechos de poemas7 Tânia – Ah, fiz muita pesquisa, comprei livros, conversei com poetisas de

Paquetá, e minha sobrinha, Eliane, que é psicóloga e trabalha com Educação, me ajudou bastante, Ela trabalha com poesias nas escolas e me disse: “Isso tem tudo a ver com Paqueta”. H – Fizemos algumas também com letras de música. No Eudúcio as placas são de músicas.

A ILHA – Por que isso teria a ver com Paquetá7 Tânia – Ah.... Paquetá em si é uma poesia. Eu vim para cá, há 40 anos,

por amor a este lugar , que eu frequentava nas ´férias, menina, na casa da minha tia-avó na Ribeira. Eu amo este lugar! Jamais faria alguma coisa que prejudicasse Paquetá. Mandei uma carta para o Ivo <ex-administrador> falando do projeto das placas. Como não saio muito de casa, eu não sabia que ele tinha saído e que o administrador era o Eduardo.

Entrevista com o casal de artesãos que criou placas com trechos de poemas e colocou em árvores de Paquetá. A ILHA – De onde vocês tiraram a ideia de colocar placas com trechos de poemas7. Tânia - Passei em alguns lugares, em minha viagens, onde vi placas como

essas nas árvores. Em Conservatória, por exemplo, toda as árvores tem placas com letras de música. Gostei muito, pensei em fazer algo parecido em Paquetá, mas fiquei quietinha. Aí fui visitar minha cunhada na Tijuca, na Clovis Bevilacqua, e fiquei encantada. Da primeira a última árvore da rua, toda ela estava enfeitada com placas de madeira com poemas escritos. Meu marido propôs então pendurarmos em algumas árvores aqui, usando um arame fininho, que não prejudica em nada a árvore. Minha principal preocupação era não ter nada que prejudicasse as árvores. E assim começamos a fazer. Inocentemente. Valdeci – Nossa primeira ideia era colocar nas árvores em frente à nossa casa. Mas fez um sucesso tão grande, as pessoas comentavam, perguntavam se não ia ter em outros lugares, então fui fazendo mais placas. Chegamos a montar 108. Tânia - Você não tem ideia do trabalho que deu! As placas foram feitas todas na lixadeira. Ele pega os caixotes, desmonta tudo, lixa as ripas, e monta a placa. Aí entra eu: quando as placas ficam prontas, eu pinto, escrevo e decoro com as flores, as borboletas... Esse é o meu trabalho de artesã. Levamos três meses! Fora o trabalho, teve as despesas com tinta, verniz, canetas permanentes, araminho... Valdeci – E tive que comprar uma lixadeira nova, que a minha não aguentou.

A ILHA – Quando colocaram as primeiras placas, ou quando estavam colocando as outras, alguém se manifestou dizendo que não podia?

H – Não. Só tivemos elogios. Tãnia – Eu não esperava tanta reação. Tive vários depoimentos de pessoas

que adoraram. Os turistas, então, tiravam várias fotos. A Janine, da Comlurb, me contou que uma senhora estava lendo as placas na Moreninha e contou que fazia um tratamento de câncer, e que o maior remédio para ela era vir todos os dias ler as poesias. A Janine então passou a ser seguidora das placas e todo dia postava uma foto no Facebook dando bom dia para as pessoas. Valdeci – É impressionante como os turistas tiravam selfies com as fotos! Tânia – Muitas pessoas me perguntavam como comprar as placas, mas minha prioridade eram as árvores.

Foto: Neusa Matos

A ILHA – Quando entrou um novo administrador, este que proibiu as placas, alguém te procurou7 Tania – Ninguém. Usaram de covardia, pois ao invés de virem falar comigo, mandaram a Guarda Municipal arrancar tudo. Eu soube porque as pessoas vieram me avisar que estavam tirando. Acordei com um povo na porta aqui de casa. Alguém soube, um foi avisando pro outro, todos preocupados com o destino das plaquinhas. Fui falar com a Guarda e me explicaram que não podia, que estava prejudicando as árvores. Aceitei numa boa, pois não quero fazer nada que venha prejudicar Paquetá. Valdeci – Mas isso quem falou foi a Guarda, no ato de arrancarem as placas. A Administração não deu satisfação nenhuma. Não perguntou quem tinha colocado nem porque tinha colocado. Simplesmente mandou arrancar. Parece ser uma pessoa que tem raiva da vida. Tânia – A sorte foi que o pessoal da Comlurb recolheu as placas e guardou para que eu fosse lá depois pegar. Valdeci – Ele declarou que as placas foram levadas para a Administração. Mentira. Não foi nenhuma placa para lá, algumas foram para a Comlurb e outras as pessoas conseguiram tirar e levaram para a minha vizinha. As da Comlurb, fui lá e peguei. Os próprios garis estavam contrariados de ter que tirar as placas. Não sei se a ordem viria para levar pra Administração ou se seriam jogadas fora no lixo. Na Comlurb, ninguém sabia de nada. Tânia – Foi a nossa sorte, porque o administrador ele declarou que se arrependeu de não ter quebrado tudo. Olha, fiquei muito orgulhosa desse povo que se uniu para proteger as placas. Valdeci - Gente que nunca vi na minha vida, correndo pra pegar placas. A ILHA – E qual a opinião de vocês a respeito da proibição? Valdeci – Eu acho que foi coisa que partiu mais do Rio do que de Paquetá.

Gente que não entende de Paquetá. Se eles tem tanta preocupação com as árvores daqui, por que não tratam dos cupins, dos parasitas? Cheio de árvore morrendo... As mangueiras de Paquetá vão acabar. Tânia – O que o novo administrator queria era começar logo a sua ditadura, então foi em cima do mais fraco: uma artesã que queria botar poesia nas árvores. Era o mais fácil.

A ILHA – Vocês acompanharam a repercussão na imprensa? Tânia – Foi impressionante. Você sabe que estão falando disso em Portugal?

Tem gente do comércio lá querendo colocar as placas nas lojas. Valdeci - Boechat, no Jornal da Band, falou: “Já vi de tudo nessa vida, mas placa com poesia derrubar administrador regional nunca vi”. Tânia – Isso mostra a força da poesia.


WALDERI MERCEARIA Frutas, legumes e verduras Congelados e laticínios em geral

Entregamos em domicílio Rua Coelho Rodrigues, 203

3397.0546


Um di a de Gu im ar ãe s Ro sa em Pa qu et á Wa s h i ngton A ra ú jo

A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem Guimarães Rosa

Vivemos em Paquetá, no último dia 05 de novembro, o exemplo da vida a que se refere Guimarães Rosa. Mas antes de falarmos deste dia, recordemos algumas passagens anteriores. No dia 19 de outubro, foi nomeado um senhor para a administração da Ilha. Senhor que se apresentou, para assustar todos os moradores, em vídeo. Impondo o medo, este senhor falou em “poder de polícia”, em restaurar ordem, em processar... Numa Ilha em que todos buscam e convivem com a paz, a fala do ex-militar deixou todos de cabelos arrepiados. Até os carecas. Com o correr de um abaixo-assinado contra, o novo administrador resolveu mostrar o seu “poderio” e atacou as perigosas plaquinhas com poesia, que um solidário casal resolveu colocar em árvores da Praia da Moreninha. A população toda se uniu em torno do casal, pois se fosse diferente, Paquetá não seria mais a Ilha dos Amores, da poesia, do romantismo, da paz. E o homem caiu e as placas subiram novamente para a árvores. Pois bem, chegamos então ao dia 04 de novembro, um dia antes do dia da gangorra. Naquele domingo, um tanto chuvoso, a associação dos moradores, Morena, reuniu o povo na praça das Barcas para uma assembleia. Foi um dia histórico. Às pessoas não só se solidarizaram com o casal das placas poéticas como com a Morena que, vejam só, também foi alvo de menosprezo daquele senhor. Nesta data, a Morena ganhou dezenas de novos associados, o casal foi homenageado com as placas sendo recolocadas e a assembleia ainda decidiu solicitar à Prefeitura que o novo nome do administrador deveria ser apresentado antes aos moradores. Foi com a alma lavada, não só pelos acontecimentos mas também pela chuva que caiu, que fomos dormir de domingo para segunda-feira.

Julio, Eduardo e Mauro, personagens da crônica na página 16

O correr da vida embrulha tudo.

Abrimos os olhos felizes, mas como “a vida é assim, esquenta e esfria”, recebemos pelo “zap” mensagem urgente da Morena, solicitando que comparecêssemos à reunião no Salão Paroquial da Igreja Bom Jesus do Monte, à noite, pois a “mentora” da nomeação do destruidor de placas estava cotadíssima para ser a administradora. O correr da vida nos embrulhou, até o estômago. Na barca e nas ruas, o assunto não era outro. E o que mais se ouvia era que esta pessoa não era a preferida da maioria. Ela não era a pessoa que a maioria pensava para administrar nossa vida pública na Ilha. À tarde, na barca, continuava o murmúrio contra a suposta nomeação. Quando descemos, ouvimos que a senhora em questão teria costas quentíssimas politicamente. E foi com este peso nas costas frias que nos dirigimos, debaixo de chuva, ao salão paroquial. Lá nos animamos em ver que mais de 200 pessoas se aglomeravam. Foi feito um relato dos acontecimentos e o murmúrio foi aumentado para o alto e bom som contra o nome em questão. Pois bem, no meio desta reunião angustiante, surgiu uma notícia que trouxe lágrimas, boas lágrimas. A senhora em questão não seria a administradora. O administrador interino seria Mauro Henrique Araújo, funcionário da administração. Festa, sorrisos, alaridos. E como “a vida aperta e daí afrouxa”, surgiu uma nova notícia: Mauro não seria interino coisa nenhuma. O Diário Oficial do dia 06 de novembro traria que o novo administrador da Ilha de Paquetá seria efetivo. Abraços efusivos. A união, independente do pensar político, a solidariedade, a poesia venceram, pois a vida “sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem”. Fo to s Was h i n g to n A r aú j o

As pessoas acorreram para o reunião e lotaram o Salão Paroquial

Ao final do encontro, aliviado, o povo comemorou a indicação do Mauro

O presidente da MORENA, Alfredo Braga, observado por Iale Faleiros (MORENA) e Padre Nixon


ALFREDO Quentinhas, Tortas, Salgados, Encomendas

Entrega em domicĂ­lio

3397.1773 Cortes, penteados para casamentos, bodas, reflexo

Comendador Lage, 93 apto. 101 96811 .5 5 8 2

Com a manicure Marthinha ( 9 9 517. 8189)


Morena Na Praça - novembro 2018

PARA QUE SERVE A MORENA? A MORENA existe desde 1982. A nossa gestão começou em outubro de 2016, com um mandato tampão. Fomos reeleitos para a gestão 2017-2018 (Alfredo, Gildo, Ialê, Leonardo e Elias Júnior). Conseguimos atuar graças ao apoio e as mil ajudas que tivemos dos associados. Apesar das más línguas dizerem que não representamos os moradores, em dois anos, trabalhamos duro, voluntariamente, buscando representá-los em todas as ocasiões em que fomos solicitados.

Sabe quantos ofícios enviamos ao poder público na nossa gestão? Mais de 40 ofícios, sobre assuntos diversos relacionados a Paquetá. Nós participamos de cerca de 15 audiências públicas e plenárias e de dezenas de reuniões com o poder público. Produzimos e exibimos, na câmara dos vereadores, dois vídeos para reivindicar: o atendimento às crianças menores de 3 anos pela escola (#queroediempaqueta) e a restauração do Solar (Um tesouro em ruínas). Nestes dois anos, demos entrevista a vários veículos da imprensa denunciando o descaso com nossa ilha e informando sobre nossas características e nosso potencial.

Com a ajuda da defensoria pública, conseguimos evitar que em Paquetá vigorasse a tarifa turística, um preço especial e mais caro para não-moradores nas barcas. Ainda, evitamos que os moradores de Paquetá passassem a pagar a passagem das barcas. Em acordo firmado na ALERJ, garantimos que moradores que são isentos no Imposto de Renda continuassem com a gratuidade nas barcas; e moradores não isentos, pagassem metade da passagem. Emitimos, mediante comprovação, dezenas de declarações de morador para a reivindicação de Bilhete Único junto ao Riocard. Conseguimos a inclusão de Paquetá no roteiro turístico da cidade do Rio de Janeiro, no guia da RioTur (visit.rio), fazendo Paquetá virar reportagem principal de um dos guias da RioTur lançado em 2017. Rejeitamos, em Assembleia, o Projeto de Lei que queria transformar Paquetá numa A.P.A., proposto sem o devido diálogo com os moradores. Enviamos carta ao presidente dos Correios, fizemos reclamação na Ouvidoria da empresa, demos entrada no Ministério Público e fizemos um abaixo-assinado para o não fechamento da Agência de Paquetá. E conseguimos que a agência não fosse fechada.

Ajudamos a realizar a festa de São Roque nestes dois últimos anos, tanto financeira quanto logisticamente, além de outros eventos comunitários. Produzimos, junto com o Jornal A Ilha, o Lunário Perpétuo d’A Ilha 2018 e 2019. Apoiamos o Jornal A Ilha, que consideramos uma iniciativa importante para documentar a vida em Paquetá. Além disso, organizamos e contamos com a forte participação dos associados em:

22 MORENA NA PRAÇA 4 Assembleias Gerais Extraordinárias 2 Assembleias Gerais Ordinárias 1 Assembleia das Crianças

Organizamos o Ocupa SOLAR, nos aproximamos do ICMBIO, do Movimento Baía Viva e do MAQUA/ UERJ - e organizamos o Ato em defesa de Brocoió. Muitas frentes foram abertas e outras tantas estão por abrir. Vamos falar delas no próximo FALA MORENA, em Dezembro, o último de nossa gestão

Criamos o email da MORENA (ampaqueta@gmail. com), reestruturamos o grupo do Facebook (https://www.facebook.com/gro ups/207658559327397/), criamos o instagram da MORENA (https://www.instagram.com/pqt _morena/) e mantivemos atualizado nosso painel na Praça Pedro Bruno, com os informes mensais e

Conquistas nestes dois anos as prestações de conta publicados no Jornal A Ilha. Regularizamos em cartório a situação jurídica da MORENA. Conquistamos a Creche Pública com berçário para Paquetá, recebendo crianças a partir de 1 ano de idade. Nossa luta continua, para que a Prefeitura complete o acordado, que é oferecer vagas para crianças a partir de 6 meses, com ampliação do espaço da educação infantil (obra prevista pela Secretaria de Educação para estar pronta para 2019).

Para quem ainda precisa acertar a sua associação, pode acertar com o Gildo, Alfredo, Ialê, Leonardo ou na Bodega com Júnior e Marcela! Lembrando que para se associar, basta: Preencher uma ficha rápida de Associação (tem na Bodega também), e Pagar de 3 em 3 meses R$ 19,08. É só isso mesmo! (2% do salário mínimo atual).

Associe-se!!! Juntos, somos for tes!


crônicas de paquetá A VIDA É COMO ELA É Julio Marques

E aí, comeu ? - perguntou o tupinambá gordinho conversando com um índio magro, que morava mais ao norte, sobre o Bispo Sardinha. Nunca saberemos a resposta porque não havia gravador. A vida é assim.

é um ser humano exemplar, e eu não sabia disso. Estranha a vida. Ele, Eduardo, me contou que ninava o Mauro, ainda bebê, saindo de bicicleta com ele para fazê-lo dormir.

Assim, também, nunca saberemos toda a história das plaquinhas, mas nunca esqueceremos a união de todos contra quem nos quis sacan ..ar. Desta vez, podem acreditar, eu queria escrever uma crônica sem palanque. Entretanto os demônios saíram para passear com os recalques subidos do esgoto, como disseram sei lá onde.

As histórias de Paquetá são fábulas que ensinam a viver melhor e, como presente, temos um belo ser humano como administrador.

Isso gerou, e raras vezes vi em tamanha quantidade, gestos delicados e fraternos. Obrigado Ivinho pelo apoio.

Nessa crônica eu queria falar da alegria de ver a Bundinha Feliz desfilar pela Furquim, de imaginar o Birulinha e a Nega Luiza conversarem sentados na mesa em frente ao Bar Azul como se o tempo não passasse.

Mas o Eduardo foi um exemplo Eduardo dos Santos Silva. A maneira como ele acolheu e ajudou o Mauro Mauro Henrique Araujo de Souza - foi marcante. Nada me fará esquecer. Mais do que paquetaense, Eduardo

Eu queria beber cerveja no Bar do Manel com o Claudio Marcelo, ouvindo o Eduardo, irmão do Zé Lavrador, falar sobre o gringo que administrava um empreendimento de

Eu queria ver o "Silêncio do Amor" (e, claro, o São Roque também) se alongando na avenida ao som do samba do Sereno e o Luis da Gil de porta-bandeira. Eu queria desfilar no Bloco das Crianças com a Valéria encantando o Dragão Chinês e as crianças expondo todas as fantasias antes de se transformarem nos adolescentes de hoje. Acreditem, para lá das fotos que se tire dessa ilha encantada e por mais

Por isso salve Dona Maria, mãe de Aurinha e salve Seu Henrique das Garças e todos os escultores dos nossos melhores sonhos. Enfim, Paquetá, parafraseando o Nassif, é a lembrança de um Brasil gentil. Julio - com saudades da Valéria que, de um jeito agregador, me apresentou ao espírito das pessoas que mudaram minha vida.

um passeio em pqt

O contorno do litoral pode ser feito a pé em 45 minutos, sem correria nem paradas. De bicicleta, leva cerca de 25 minutos. AÇ

AD

OS

BO

MB

EIR

OS

Logo na saída da estação das barcas na ilha, à direita, um painel oferece algumas opções de roteiros turísticos.

Paquetá > Praça XV

Pontos turísticos

gente que se aproxime de nosso cotidiano, o espírito daqui permanece solidário, tal como foi moldado desde sempre.

PR

Paquetá está no município do Rio: não é preciso DDD nas ligações para a capital.

Como disse o Jornal do Brasil : "canta tua aldeia e serás universal" Nós, seres humanos, somos um poço de contradições.

má fama na praça Tiradentes e que, depois de comer o estoque, passou o ponto.

Dias Úteis 05:30 > 06:20 06:30 > 07:20 07:30 > 08:20 09:30 > 10:20 11:30 > 12:20 14:30 > 15:20 16:30 > 17:20 18:30 > 19:20 19:30 > 20:20 21:00 > 21:50 23:10 > 00:00 FdS e feriados 06:00 > 07:10 08:30 > 09:40 10:00 > 11:10 11:30 > 12:40 13:00 > 14:10 14:30 > 15:40 16:00 > 17:10 17:30 > 18:40 19:00 > 20:10 20:30 > 21:40 22:00 > 23:10 23:30 > 00:40

Praça XV > Paquetá Dias Úteis 05:30 > 06:20 06:30 > 07:20 08:30 > 09:20 10:30 > 11:40 13:20 > 14:10 15:30 > 16:20 17:30 > 18:20 18:30 > 19:20 20:00 > 20:50 22:15 > 23:05 00:00 > 00:50 FdS e feriados 04:30 > 05:40 07:00 > 08:10 08:30 > 09:40 10:00 > 11:10 11:30 > 12:40 13:00 > 14:10 14:30 > 15:40 16:00 > 17:10 17:30 > 18:40 19:00 > 20:10 20:30 > 21:40 22:00 > 23:10 00:00 > 01:10

Igreja Bom Jesus do Monte Caramanchão dos Tamoios Canhão de Saudação a D. João VI Árvore Maria Gorda Praças e parques Preventório Rainha Dona Amélia Pedro Bruno Escola Pedro Bruno Fernão Valdez Telefones úteis Poço de São Roque Atobás (Quadrado da Imbuca) Barcas (estação de Paquetá) - 3397 0035 Coreto Renato Antunes Tiês Barcas (central de atendimento) - 0800 7211012 Capela de São Roque Lívio Porto (Ponta da Ribeira) Bombeiros - 3397 0300 Cedae - 3397 2143 (água) / 3397 2133 (esgoto) Casa de Artes Mestre Altinho Comlurb - 3397 1439 Pedra da Moreninha Bom Jesus do Monte Farmácia - 3397-0082 Ponte da Saudade Manoel de Macedo Gás (fornecimento de bujão) - 3397 0215 Pedra dos Namorados São Roque Hospital (UISMAV) - 3397 0123 / 3397 0325 Casa de José Bonifácio Ex-Combatentes Light - 0800 282 0120 Mirante do Morro da Cruz Alfredo Ribeiro dos Santos Oi Telemar - 3397 0189 Cemitério de Paquetá Pintor Augusto Silva PM - 3397 1600 / 2334 7505 Em negrito, horários com barcas Cemitério dos Pássaros Parque Darke de Mattos Polícia Civil - 3397 0250 abertas (tradicionais). Em itálico, os horários previstos de chegada. Farol da Mesbla Parque dos Tamoios XXI R.A. - 3397 0288 / 3397 0044

Localidades

Viracanto Levas-Meio Rua dos Colégios Ladeira da Covanca Morro do Buraco

(Morro do Gari)

Pau da Paciência Árvore do Sylvio Colônia Cocheira Morro do Pendura Saia Morro do PEC

(Morro da Light)

Rua Nova Colônia da Mesbla Curva do Vento Beco da Coruja

Serviços

Banco Itaú Banco do Brasil e Caixa Econômica (Loja lotérica)

Hospital (UISMAV) (3397.0123 / 0325)

Aparelhos de ginástica (jovens e maduros)

Aparelhos de ginástica (idosos)

Mesas para pic-nic ou jogos Mictórios Farmácia (3397.0082) Brinquedos infantis


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.