Ano V - n 65 - fevereiro de 2019 - Ilha de Paquetรก, Rio de Janeiro
O que vai pela ilha Nova Programação do Carnaval
Depois de contarmos no Jornal A ILHA as histórias do Municipal e do Tupy, nesta edição homenageamos outro clube importante de Paquetá: o Barreirinha, que vai completar 70 anos de existência. Viva! O primeiro campo do futebol ficava num terreno cedido pela Dona Adélia dentro de sua propriedade, onde hoje é o Parque Darke de Mattos, entre a floresta e o mar. Ali, a frase habitual dos campinhos “Bola pro mato que o jogo é de campeonato” era complementada pela frase “Bola pro mar, quem é que vai buscar?”
Navegantes Regina Alves
Editorial
Mudaram a programação do carnaval de Paquetá e será obrigatória a participação dos moradores nos eventos abaixo. Dia 02 - Coral de Monges no Parque Darke. Moradores do Campo, entoarão a primeira e segunda estrofes e os moradores da Ponte a terceira e quarta estrofes. Dia 03 - Yoga na Praça em frente às barcas, entoando mantras. Dia 04 - Jornada de autoconhecimento e visões futuras, através de conchas, na Praia do Lameirão. Dia 05 - Contemplação aos astros em local ainda a ser definido. Dia 06 - Atividades livres em silêncio absoluto. (Marcio Paquetá)
Anos depois passou para um campo próximo às paredes de cal, na região da Imbuca, e em seguida para seu local atual perto da Praia Grossa. Hoje, continua na ativa, sem time de futebol, mas com o Centro de Treinamento Ivo Paquetá, formando equipes de boxe e jiu-jitsu. E como local de festas animadas. A Igreja Católica celebrou em fevereiro o dia de Nossa Senhora dos Navegantes. Padre Niixon conduziu uma missa especial, a bordo de uma embarcação, que participou em seguida de uma procissão marítima, com a imagem da santa abençoando os pescadores e demais navegantes de Paquetá.
Na capa, dois craques do Barreirinha erguem mais uma vez o troféu que simboliza o grande conquista no futebol: o título do Campeonato Amador do Estado da Guanabara de 1963. Rick y Goodwin
Encontro saboroso
Expediente
A Ilha é um jornal comunitário mensal organizado, elaborado e mantido pelos moradores da ilha de Paquetá. Mentor e fundador: Sylvio de Oliveira (1956-2014) Equipe: Claudio Marcelo Bo, Cristina Buarque, Flávio Aniceto, Ialê Falleiros, Jorge Roberto Martins, Julio Marques, Mary Pinto, Ricky Goodwin, Toni Lucena, Vitor Matos e Washington Araújo. Programação Visual: Xabier Monreal Jornalista responsável: Jorge Roberto Martins - Reg. Prof. 12.465 As informações e opiniões constantes nas matérias assinadas são de exclusiva responsabilidade de seus autores. Impressão: Gráfica e Editora Cruzado Ltda / Tiragem: mil exemplares Fale com a gente: cartasjornalailha@gmail.com Anuncie: comercialjornalailha@gmail.com
Tres grandes personalidades da gastronomia e da cultura Paquetaense: Neusa Matos (Casa de Noca), Regina Linhares (Quintal da Regina) e Seu Zeca ( Zeca’s).
Ano 5, número 65, fevereiro de 2019. Capa: Arte de Toni Lucena.
Chuvas de verão
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Adilson Martins Ana Cristina Bete Salgado Bichara e Marcia Carla Renaud Coronel Paulinho Cristina Buarque Cristina Monteiro Dimas Edinho e Nenem Guto Pires Julia Menna Barreto Julio Marques Karl e Elma Leila e Jorginho
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Lia e Guinho Frazão Magda Mittarakis Márcia e Ludi Marcílio Maria Lucia Martins Mary Pinto Maurinho Nadja Barbosa Nilson Sant'Anna Padre Nixon Paulo e Joana Ricardo Sant Clair Sandra Souza Silvio e Marília Washington Araújo
Eduardo Wisnesky
Este número de A Ilha foi possível graças à par ticipação dos anunciantes e às contribuições financeiras de
A Brahma estando gelada, deixa o Rio Cerqueirão subir!
Arte Naif em Paquetá
Enfim, policiamento em Paquetá em duas rodas!!
Paquetá se revela no fotoclube
Mistérios de PaquetáAntes Ricky Goodwin
Hoje temos muito a comemorar, ao informamos que o novo Comandante do 5º BPM, Tenente Coronel Luciano de Vasconcellos, membro nato do Conselho Comunitário de Segurança (CCS), atendeu à antiga reivindicação dos moradores, encaminhada pela diretoria do CCS: a partir de agora, o policiamento rotineiro dos policiais militares será realizado com o uso de bicicletas, em vez da viatura. Em tempos de preparação da campanha para melhorar o trânsito em Paquetá, a notícia é motivo de regozijo. Os policiais militares passarão a usar a farda apropriada ao policiamento de toda a orla do Rio de Janeiro: bermudas e camiseta. A bicicleta é mais do que um meio de transporte em nossa ilha. Ela é parte de nossa identidade cultural, é parte da paisagem de Paquetá. Por isso, o policiamento em bicicletas é muito bem-vindo! (Conselho Comunitário de Segurança)
O Quintal da Regina, além de ser um dos melhores restaurantes da ilha, promove também atividades culturais, com shows de músicos excelentes e exposições de artistas, além da biblioteca. Nesse mês sediou uma mostra interessante de arte naif, com quadros de Cora Azedo. Veja esta pintura inspirada em cenas de Paquetá. Cora exibiu também um quadro especial retratando o Quintal e seus fregueses (e com a Regina na porta).
O Pérola vem? O Pérola não vem? Durante Esse bloco é o Pérola? O bloco menor tá melhor? Depois Foi a polícia que acabou com o bloco? Foi a chuva que acabou com o bloco? O Pérola vem?
PROGRAMAÇÃO CARNAVAL PAQUETÁ 2019 01/03 – SEXTA – 20H – PRAÇA BOM JESUS – ABERTURA DO CARNAVAL - VIVA VALÉRIA MAIA! Desfile Infantil, com muito Confete e Serpentina Coroação do Rei Momo e da Rainha do Carnaval Concurso de Fantasias Marioguei & Miquinho – Categorias Individual e Grupo (Troféu Valéria Maia) 02/03 – SÁBADO – 15H – MUNICIPAL – BLOCO SERRAGENS Concentração começa às 11h. 02/03 – SÁBADO – 16H30 – PRAÇA BOM JESUS – DESFILE DO CORSO E Bailinho na Pracinha, com a sensacional Banda A Foliona.
Foi inaugurado em fevereiro o Fotoclube Paquetá. Um varal com belas fotos de 10 integrantes foi montado na na Praça Bom Jesus do Monte. Veja na página 14 dois exemplos. O grupo tem se reunido para trocar fotografias e conversar sobre esta arte. Outras atividades públicas estão por vir. Quem quiser se associar procure a página do grupo no Facebook.
Gol de placa
Finalmente foi tomada uma medida importante no sentido e organizar e fiscalizar melhor o serviço de transportes em Paquetá. A direção da Região Administrativa está realizando o emplacamento dos ecotáxis, com o cadastramento dos condutores e vistoria nos veículos. A RA recomenda que a população dê preferência agora aos ecotaxistas oficiais, que exibem com destaque o seu número na parte posterior dos ecotáxis.
02/03 - SÁBADO - 16H - CERQUEIRÃO - DJ PAINA Carnaval tradicional de rua. 02/03 – SÁBADO – 18H – TIA LLOYDD – BLOCO DO CAMELO Concentração começa às 16h. 03/03 – DOMINGO – 16H – PRAIA DOS COQUEIROS – BLOCO COQUEIROS Concentração começa às 15h. 03/03 - DOMINGO - 16H - CERQUEIRÃO - DJ PAINA Carnaval tradicional de rua. 03/03 – DOMINGO – 19H – PRAIA DA MORENINHA – BLOCO TOMA UMA Concentração começa às 18h. 04/03 – SEGUNDA – 16H – PAQUETÁ IATE CLUBE – BLOCO DAS PIRANHAS Concentração começa às 15h. 04/03 - SEGUNDA - 16H - CERQUEIRÃO - BANDA DOM MARQUES Carnaval tradicional de rua. 04/03 – SEGUNDA – 19H – COLÔNIA – BLOCO DA COLÔNIA Concentração começa às 17h. 05/03 – TERÇA – 16H – PONTE DA SAUDADE - EXPLOSÃO DE PAQUETÁ Concentração começa às 14h. 05/03 - TERÇA - 16H - CERQUEIRÃO - BANDA DOM MARQUES Carnaval tradicional de rua. 05/03 – TERÇA – 17H – PÇA EX COMBATENTES – BLOCO DOS PRIMOS Concentração começa às 16h. 05/03 - TERÇA - 19H - PRAIA DA GUARDA - FECHA BAR Concentração começa às 18h. 05/03 – TERÇA – 21H – TIA LLOYDD – TURMA DO COPO Concentração começa às 20h. 09/03 - SÁBADO - 17H - PRAÇA PEDRO BRUNO - BLOCO PAZ E AMOR Concentração começa às 15h. e o que mais for acontecendo....
Mauro Henrique, o administrador, tem realizado também encontros regulares com os ecotáxis e também com os charreteiros elétricos para conversarem sobre segurança no trânsito.
FONTE: INFORMATIVO PAQUETÁ VIVA! PONTO DE CULTURA PAQUETÁ NA REDE
AMORES DA ILHA P e t e k a R ick y G oodwin
•ARTICULANDO E DIVULGANDO NOSSAS INICIATIVAS CULTURAIS •APOIANDO ARTISTAS LOCAIS •PRESERVANDO NOSSO PATRIMÔNIO, MEMÓRIA E IDENTIDADE •PROMOVENDO O TURISMO SUSTENTà VEL COM A COMUNIDADE PROTAGONISTA E BENEFICIà RIA
Iniciativas apoiadas pelo Ponto CineClube PQT Plantar PaquetĂĄ -
Replantando a nossa histĂłria. Grupo Cantareira
Cortejo de Natal – Feliz Aniversårio Paquetå
Festival da Guanabara Exposição A História da Ilha Exposição de Fotografias e Artes Plåsticas
Jornal A Ilha S e m a n a d o Pa t r i m ô n i o e da Memória Cultural Conte sua história para entrar para a história A Foliona – Carnaval Comunitårio Informativo Paquetå Viva! ______________________________________ Veja mais em www.facebook.com/paquetanarede _______________________________________________________ CUIDE BEM DE NOSSA ILHA. VALORIZE E PRESERVE NOSSO PATRIMÔNIO, AS PRÓXIMAS GERAÇÕES TAMBÉM MERECEM PAQUETà .
BAR DO PAULĂƒO DO BAR DO PAULĂƒO DO BAR DO... E "VICE-VERSAS" Jorge Roberto Martins Conhecido tanto pelo aumentativo do nome quanto pela beleza sonora - PaulĂŁo. E o que dizer da oficialidade nominal - Paulo Roberto Gitsin? AliĂĄs, que sobrenome, hein! Foi no dia-a-dia que ele alegrou, envolveu, encantou . E mais, acrescentou Ă natureza de uma casa comercial e Ă sua tradição boĂŞmia toques de lar comum. É isto, o bar Tia Leleta, sob sua orientação, mudou-se de mesas, cadeiras e copos para a casa de cada um dos seus frequentadores ao tornar-se referĂŞncia para encontros culturais, carnavalescos e, claro, etĂlicos, controladamente, digamos; prazerosamente, registremos. SĂŁo belas recordaçþes os Bate-papos que, de tanta gente assistindo, transformaram aquele pedaço, onde se encontram as ruas Doutor Lacerda e Pinheiro Freire, em um local de histĂłrica referĂŞncia pela participação do pĂşblico e pelos palestrantes. TambĂŠm ali os concursos de fantasia tinham atĂŠ passarela para desfile. Passarela? Sim, feita com engradados de cerveja. Uma das tantas invençþes do PaulĂŁo. Ele nĂŁo se fazia de rogado - cuidava de oferecer liberdade a todos. Mais nĂŁo bastasse, seu bom humor a todos cativava. Ah, sim, ele era tambĂŠm um frasista. Uma delas: - "O pombo pode ser muito bonitinho, mas na verdade sĂł serve pra sujar a casa toda". Outra: "Se cunhado fosse bom...". Aguardem um possĂvel capĂtulo. HĂĄ algumas pĂĄginas do calendĂĄrio paquetaense, mudou-se para a Rua Cerqueira, promovendo uma inegĂĄvel transformação daquela rua e, por extensĂŁo, do prĂłprio Campo. Claro, nos referimos ao CerqueirĂŁo, em frente Ă Padaria do Manduca. PaulĂŁo, nos seus muitos centĂmetros de altura, algo em torno dos 200, continua a movimentar a ilha com seu coração menino e sua alma realizadora.
ADQUIRA JĂ !!!!! Mapa da ilha. Informaçþes turĂsticas. Programação cultural d o a n o t o d o . Tu d o isso e muito mais por apenas 3 reais. Ă€ venda nos melhores estabelecimentos de PaquetĂĄ. Para compras a partir de 10 exemplares ligue para o zap (21) 967392372 đ&#x;’Œ Para compras a partir de 50 exemplares, ganhe desconto de atĂŠ 25%.
Ricky Goodwin
Auto de São Roque –
ardim de afeto
Vítor Meireles
amado Diogo Álvares Correia, Moema se afoga. Sua morte passou para a história como uma das mais belas passagens da literatura brasileira. Já, Iracema, é um dos romances mais conhecidos do romantismo brasileiro. Uma letra do eterno compositor mineiro Vander Lee expressa a bem a inclinação do romance romântico. “Românticos são poucos/ Românticos são loucos desvairados/ Que querem ser o outro/ Que pensam que o outro é o paraíso”.
Paquetá, um convite ao mar da literatura Guinho Frazão Quem sempre me traz Paquetá é a paixão pela literatura... Nas caminhadas recomendadas pelo cardiologista kkk, minha mente é levada ao marulhar, ao som dos pássaros, às belas imagens das ruas, dos quintais, das praias. De repente, a memória, subindo o morrinho, rumo à praia dos Frades, vindo da Curva do vento, adentra na frequência da literatura brasileira... O romance de Joaquim Manuel de Macedo, A Moreninha, é o mais lembrado, quando se fala da relação de Paquetá com a Literatura. Palmas paquetaenses para Macedo. Mas também José de Alencar e Santa Rita Durão são autores lembrados em Paquetá. No caminho, para o Parque Darke de Matos, saindo da Imbuca, em meio à mata, costeando a orla, estão as praias de Moema e Iracema. Moema é personagem da epopeia brasileira Caramuru, escrita no século XVIII. Ao tentar alcançar o navio em que sua irmã, Paraguaçu, partia para a Europa com seu
Iracema era uma sacerdotisa da nação indígena Tabajara, filha de Araquém. A jovem “virgem dos lábios de mel” não deveria utilizar seus conhecimentos sobre uma substância usada nas cerimônias de sua tribo. Mas, por amor, ela usa o sumo da Jurema para ficar com Martim, um guerreiro branco. Depois de beber o líquido alucinógeno, Martim a engravida. Iracema sabia que o estrangeiro não a amava, que tinha inclusive uma noiva no continente europeu. É expulsa de sua tribo e vai morar distante dos seus. Sofrendo pelas ausências de seu amado, morre, mas, antes dá a luz a um menino que, segundo a lenda, seria o primeiro brasileiro. O primeiro brasileiro, seguindo a narrativa, se chamou Moacir, que significa “Filho da dor”. A dor de um amor por um estrangeiro que não se preocupava com ela e sua nação. Coincidências ou não, parece que a atitude de Iracema torna a se repetir, na atualidade. Depender dos estrangeiros pode gerar novos filhos das dores, mas isso são interpretações literárias... Nem se precisa apelar para as questões literárias para que se ame Paquetá, ao primeiro olhar. A Ilha dos Amores tem inúmeros atrativos para que os visitantes a amem, ao andar por suas ruas, conhecer seus moradores, frequentar suas praias. Mas o conhecimento de aspectos da literatura é mais um bom motivo. Iracema e Moema, duas pequeninas, praias que encantam já pelos seus nomes de batismo, aguardam os novos românticos. Vale à pena entrar nessa aventura de se divertir, pensar e caminhar, passar pela Imbuca e, descansar nos braços de Iracema e Moema.
Devagar, você está em Paquetá! Guto Pires
Acidente de trânsito em Paquetá é um contrassenso. Só que eles ocorrem com frequência cada vez maior e indesejável. Nem é preciso lembrar dos acidentes que envolveram veículos da COMLURB, uma criança e um cachorro, em dezembro. Antes disso, a direção do hospital Villaboim já havia criado um código específico para acidentes de trânsito, de forma que tenhamos o registro e monitoramento desses atendimentos, que ocorrem quase todas as semanas. Nos casos menos graves, nos quais as vítimas são cuidadas domesticamente, a estimativa é de que a frequência desse tipo de acidentes seja bem superior aos registros do hospital. A maior vítima, no entanto, é a identidade sócio cultural de nossa ilha. É o nosso orgulho e sentimento de que pertencemos a um lugar raro onde as crianças e animais brincam pra todo lado, sem medo. Onde o pedestre é o Rei da Rua. Toda a comunidade paquetaense quer que continue assim. Por isso tem sido enorme o apoio dos moradores à proposta de realização de uma ampla campanha. A campanha foi aprovada, por unanimidade, sem abstenções, pelos mais de 50 participantes da reunião mensal do Conselho Comunitário de Segurança (CCS) de Paquetá, no início de janeiro. Desde então não param de chegar sugestões, propostas e contribuições de todo tipo, vindas de todos os setores da comunidade paquetaense. Destaque para o apoio da nossa associação de moradores, a MORENA, e da nossa Administração Regional, desde o primeiro momento.
O foco da campanha são os agentes de trânsito: todos os condutores de todos os veículos. Do ciclista comum aos condutores de bicicletas e motos elétricas. Do ecotaxista aos charreteiros. Dos motoristas de caminhões de entrega aos condutores de carros autorizados a circular a serviço. A ideia é base é a de que é totalmente inadequado tanto o excesso de velocidade quanto a chamada direção perigosa. Foi criado um Grupo de Trabalho (GT) para a preparação da campanha, integrado pela Região Administrativa, MORENA, moradores voluntários e a diretoria do CCS, é claro. O GT está realizando reuniões com todos os agentes de trânsito: ecotaxistas, charreteiros, Comlurb, balsa do Ribamar, caminhões de entrega, carros autorizados a circular na ilha, etc. Mas não para aí. Todos os setores da ilha estão sendo solicitados a dar apoio à campanha e firmar compromissos para contribuir de alguma maneira: todas as igrejas (de todos os credos), Guarda Municipal, Polícia Militar, Escolas, Preventório, Hospital Villaboim, comerciantes, etc. Mas o mais importante é que a receptividade tem sido espetacular. Todos os setores procurados não somente apoiam a campanha como tem elaborado propostas de como contribuir para o seu êxito. A ideia é formar um amplo arco de apoio para que a campanha seja iniciada com força total, após o lançamento oficial em evento que será marcado durante a próxima reunião mensal do CCS, no dia 11 de março, às 10h, no Salão Paroquial da Igreja Bom Jesus do Monte.
Paquetá mostra que, se a universidade é pública, é para todos Washington Luiz de Araújo Jovens de Paquetá resistem, remam contra a maré, e entram para a universidade pública. Historicamente, jovens pobres não têm acesso à universidade pública. Este paradoxo foi muito reduzido entre 2003 e 2015, governos Lula e Dilma. No entanto, as dificuldades para os advindos das camadas mais carentes voltaram a ser impostas, mas parte da garotada da Ilha não acredita nesta impossibilidade, estuda e quebra a barreira. Dos vários jovens que estão entrando em universidades públicas neste ano, o Jornal A ilha foi conversar com dois, João Marcos Moreira, 22 anos, do Projeto Bem Me Quer, e Lucas Oliveira Pinhel, 20 anos, do Educa Pqt. O Bem Me Quer conta ainda com mais uma universitária, Patrícia Garcia, que entrou na UniRio, bacherelato em Oboé, mas ela estava viajando no momento em que o jornal fechava esta edição. Ao lado destes jovens promissores, professores idealistas que mostram na Ilha o caminho para um futuro melhor: Josiane Kevorkian, coordenadora do Projeto Bem Me Quer, de formação musical, na Casa de Artes de Paquetá, com mais de 20 anos de existência e persistência, e Mauro Célio da Silva, coordenador do Educa Pqt, curso comunitário pré-vestibular, há um ano instalado no Iate Clube. Do mesmo curso, o professor de História José Antonio Rodrigues Alves Júnior. Jornal A Ilha – Maurinho, como se deu a criação do Educa Pqt? Mauro Célio (Maurinho) – O pré-vestibular de Paquetá chegou no ano passado. Eu tinha organizado algo semelhante em Bangu, experiência de quatro anos, onde a maioria dos que passaram por lá entrou na universidade pública. Funcionava na minha casa e no último ano fomos para o prédio de uma escola de um amigo. Depois, vim morar aqui já com isso na cabeça. Conversando com o Noel (Rodrigo Noel de Souza) e o Ludi (Ludi Um) organizamos o curso aqui, funcionando todos os sábados de oito da manhã às seis da tarde. Jornal A Ilha – E já colhe frutos? Maurinho – Sim, o Lucas passou na UFRJ e a Lua Clara está aguardando resultado da UERJ. Sei que, neste ano, a maioria dos que estão no curso, seis, e os que chegarão terão muitas condições de entrar. É só pegar firme. O caminho a gente aponta.
Lucas e João Marcos Jornal A Ilha – Josiane o que é o Projeto Bem Me Quer? Josiane Kevorkian – É um projeto de formação artística com base em música sinfônica. São muitas crianças que passaram e muitas outras que estão no projeto, que escolheram a música como caminho de vida e outras tantas que não escolheram a música como caminho de vida, mas usufruíram do que aprenderam para escolherem outras profissões. A música, realmente, abre o cérebro, trabalha todos os canais cerebrais. Jornal A Ilha – João Marcos, qual o instrumento que você toca e como foi sua trajetória? João Marcos Moreira – Cheguei no projeto com seis anos e passei neste ano para a UFRJ, bacharelato em flauta transversal. Vi que era o que eu queria e fui atrás. Ralei muito. Tem que estudar muito. Dois dias sem pegar num instrumento já se sente a diferença. Jornal A Ilha – Como se constitui sua família e você trabalha? João Marcos - Minha família veio do Maranhão. Meu pai é pedreiro e minha mãe foi balconista na Padaria dos Carecas. Ajudo o meu pai, trabalho de garçom na Casa Amarela e toco em festas. Jornal A Ilha – O João Marcos foi sempre bem comportado? Josiane – O quê? João Marcos deu muito trabalho, era muito abusado, fazia muita coisa errada, com toda criança e adolescente. Mas a gente nunca desistiu dele, mesmo quando ele desistiu numa época da Casa de Artes.
Jornal A Ilha – Desistiu? Josiane - Sim, ele saiu aos 11 anos, mas foi o primeiro que voltou. João Marcos - Saí na época por causa da cabeça de adolescente, sempre querendo bater de frente com os outros. Foi um ano muito ruim, pareceu 10 anos. No dia seguinte em que saí, a Josiane bateu minha porta e perguntou: É isso mesmo que você quer?” E eu, com meu orgulho todo, disse que sim. Mas, depois, voltei. Ainda bem. Josiane - Eu sabia que ele seria bem sucedido. A gente sabe que nem todos podem ser expoentes da música, mas acho que o João Marcos pode ser. A gente sabia que ele ia ser sucesso. A gente tem um olhar clínico. Temos alguns nomes que são expoentes. Uma galera boa. Maurinho - Quando parou, abandonou totalmente a flauta? Como foi a sua volta? João Marcos - Deixei a flauta de lado. Meus amigos, todos da Casa de Artes, falavam: “Volta, cara”. E eu dizia que queria voltar, mas meu orgulho.... Até que deixei o orgulho de lado e pedí para voltar. Josiane - Depois de três anos da volta do João Marcos, em 2015, fomos para uma excursão para a Alemanha com 20 garotos da orquestra. E isso incentivou muito a galera de continuar na música. Dos 20, 13 eram menores. Muito “responsa”, não é? E vem uma galerinha nova aí. Estes aqui (aponta para João Marcos), estou dizendo tchau pra eles. Vão continuar na vida musical, mas tá chegando gente nova. Jornal A Ilha - José Antonio, você é professor de História no curso Educa Pqt. Como é a aplicação da garotada? José Antonio Rodrigues Alves Júnior – Muito interessados, fazem boas perguntas, questionamentos interessantes. Mas a gente orienta de que não adianta vir só na aula, tem que estudar em casa, pois nem tudo que nós apresentamos na aula cai no vestibular. E a gente explica aos alunos que a maioria dos professores mora em Paquetá, sendo assim, tem alguma dúvida, procure para bater um papo em algum lugar na Ilha, na praça, na praia... Maurinho – História são quatro professores. A principal dificuldade é a de que a pessoa se envolva numa pensamento mais profundo, que pense estar decidindo o futuro profissional, um salto na vida. Nem sempre a pessoa está madura nisso. Josiane – Eles já chegam sabendo que vão optar pela área de humanas ou exatas? Maurinho – Não. Conforme eles vão tendo as aulas vão percebendo a área que mais se adaptam. Jornal A Ilha – Lucas, fale de sua experiência escolar. Lucas Oliveira Pinhel – Entrei para o cursinho em 30 de abril do ano passado. Terminei o Ensino Médio no Pedro II e estava estudando só em casa, com dificuldade em estudar sozinho, e aí eu e minha mãe encontramos o Mauro no Iate Clube e entrei para o cursinho. Jornal A Ilha – Qual era a sua maior dificuldade? Lucas - Mesmo com o Pedro II tendo uma base muito incrível, sempre tive problema em redação e a maior dificuldade era a leitura, pois nunca tive o hábito de ler. Falando com o Maurinho, ele me perguntou: “Cara, quantos livros você leu este ano?” Respondi que não tinha lido nada e ele me disse que tinha que começar a ler. Entendi: como fazer uma boa redação, sem ler? Como ter argumento sem o hábito da leitura? E, então, o Mauro começou a me incentivar, comecei a ler cada vez mais. Agora, tenho o hábito de ler todos os dias. Se a gente cria o hábito, começa a gostar. Isso é maravilhoso.
Maurinho, Lucas, José Antonio, João Marcos e Josiane Jornal A Ilha - E ter que estudar de sábado, dia de festa, futebol.... Lucas - Pois é, vi que eu tinha que cair dentro, ralar, estudar muito, no cursinho e em casa. Curti o processo, de estar ali na aula, e isso foi decisivo. Eu tinha que abdicar de alguma coisa, festa, passeio no aterro... Valeu a pena. Jornal A Ilha - E por que Educação Física? Lucas - Quando comecei no Pedro II, falei para a minha mãe que queria fazer Engenharia Elétrica, mas lá, conversando com os professores, vi que eu gosto mesmo é de Educação Física. Não tenho dúvida. Jornal A Ilha - E o futuro profissional? Lucas - Dar aula, no Pedro II. Quando entrei lá, com 15 anos, foi a maior festa da minha vida. Eu e minha mãe ficamos em êxtase. E na época só queria saber de videogame, mas minha cabeça mudou completamente. Tenho amizade com todos os professores de lá, com a diretora... Maurinho - Estudar é legal quando você percebe o mundo que é isso, que você é um indíviduo. Estudar é legal quando você percebe que ao compreender o mundo você constrói a sua individualidade. Você se constrói a partir momento que você entende o mundo. Professores do Projeto Bem Me quer: Josiane, Bruno, Carla, Victor Hug e Breno. Professores Educa Pqt - pré-vestibular Maurinho (Filosofia), Zeca (Redação), Jun (Espanhol), José Antonio, Angélica, Saulo e Chico Mendes (História), Damiana, Samuel, Carlos e Thomas (Sociologia), Sabrina (Português) , Aline e Gabriel (Biologia), Luiza B e Alessandra (Geografia), Noel e Isabela (Cidadania), Etiene (Matemática), Matheus e Jim (Física).
Entre para um destes cursos! Mais informações no Iate Clube e na Casa das Artes
BARREIRINHA FUTEBOL CLUBE Jorge Roberto Martins
(que foi do Uma das primeiras equipes do B.F. C. , com Peru, Nilo Bonsucesso e do América), Rui, Eládio e Mudo.
Campo do Barreirinha na propriedade de Dona Adelia (hoje Parque Darke)
“O Barreirinha acabou como clube de futebol, mas viverá eternamente no coração de sua torcida, que continua a se multiplicar por gerações”. ( Um torcedor anônimo). Não seria Paquetá a passar em brancas nuvens pelo futebol. Sua história não permitiria, como não permitiu ao conceder-lhe a graça de ter como orgulhosamente apresentar à torcida brasileira o Barreirinha Futebol Clube. Originário do Tupi Futebol Clube, tinha no vermelho e preto de suas cores as tintas da paixão de uma torcida hoje nostálgica, saudosa dos tempos em que se amontoava nas arquibancadas de madeira ou grudada nas cercas, pois ainda não havia alambrado, muitas vezes sob chuva e frio, dos muitos campinhos em que o Barreirinha jogou – Piedade, Magé, São Gonçalo, Niterói, Ilha do Governador, Petrópolis, Teresópolis e onde mais houvesse adversários à altura de sua técnica e raça; saudosa do tempo quando foi Campeão do Departamento Autônomo em 1960; saudosa da noite memorável quando fez, no Maracanã,
Dona Adelia dando o pontapé inicial de uma partida
Seu Ernesto, Regina e An Barreirinha 1962) e Seu Bibi
Vitória do Barreirinha em Cocotá (1962). Tunga, Bira, Caico, Delson, Odyr, Darci, Vevé e Hamilton (dirigente). Lula, Waltinho, João Carlos, Vico, Getúlio, Ferreira, Jorginho e Seu Roque (massagista).
a preliminar de Santos e Milan, em 1962, ganhando do Plastar, campeão da Segunda Divisão de São Paulo. Quanta saudade! Que timaço! O clube nasceu e deve seu nome a três grandes amigos que acompanhavam de perto os jogos de uns garotos bons de bola, realizados num acanhado terreno de terra batida da rua Manoel de Macedo. Uma das laterais era delimitada por barreira, que também havia atrás de uma das balizas. Na outra, próxima à rua, uma mangueira. Mário Campos Ribeiro, Sebastião Nascimento e Giovani, ainda jovens, acompanhavam aquelas “peladas”. Mas era necessário ter um time organizado, ter um nome, um uniforme. Mário, apelido Mário Bomba, queria que o nome fosse Barreirinha; Tião achava que o melhor seria Mangueira. Giovani aproximava-se da opinião de Mário: “Acho que deve se chamar Barreira”. Mário Bomba, por obediência à lógica, diminutiva,
digamos, “democraticamente” bateu o martelo. “Vai se chamar Barreirinha, e pronto”. Assim, em 29 de junho de 1949 nascia o Barreirinha Futebol Clube, abençoado e protegido por São Pedro, o santo do dia. Do adversário da estréia, Mário não lembra, nem do placar, mas garante que foi avassalador. - O Barreirinha fez uma estréia formidável. O adversário, deixa ver ... Sei não. O nosso time? ... Ah, esse nunca me escapou da memória”. E ele diz sua escalação como se estivesse recitando: “Nilo Bombinha, Caíco e Waldir; Tião, Zé Vilela e Cid; Peru, Jolá, Orelhinha , Nilo e Dado. - No segundo tempo, continua - Jorge Heroíto entrou no lugar de Orelhinha. E culmina, saudoso: “Aquele time só dava alegria para a torcida. Parece até que eu estou vendo ele entrar em campo agora”
E
na Maria (princesas do inho, presidente do clube.
Barreirinha 2 x 2 Flamengo (1965). Bira, Waldir, Caico, Délcio, Eco e Aríade. Lula, Getúlio Nô, Vico e França .
(1963) Darci comemora o título de campeão
(Em tempo: Mário Bomba foi um vigoroso lateral direito do juvenil do Tupi Futebol Clube. Corria o ano de 1942 e ele entrava em campo, garboso, ao lado de Jorge Maluquinho, Caíco e Waldir; o próprio, Eduardo e....(ele também não lembra do half esquerdo); Jobel, TicoTico, Cesarino, Honório e Octacílio. O ponta direita Jobel tornou-se jóquei nos anos 50, conhecido como Jobel Tinoco pelos turfistas profissionais frequentadores do Jóquei Clube Brasileiro). O Barreirinha se consagrou no futebol amador por sua categoria, mas seu uniforme contava pontos também – idêntico ao do Clube de Regatas do Flamengo, ganhava adeptos onde quer que se apresentasse. Mas nem sempre foi assim. E quem conta é um dos seus símbolos, que jogou no time principal desde o início até os minutos finais da gloriosa vida do rubronegro paquetaense – Carlos Ferreira da Silva, o Caíco, zagueiro central de ótima impulsão e temível chute de direita:
Campeões da Guanabara 1963: Um dirigente, Hamilton, Caico, Delcio, Bira, Odyr, Figueiredo, Tunga, Seu Roque. Darci, Nilo, Ivo, Asa Branca, Lula, Waltinho, Vico, João Carlos, Ferreira, Getúlio e Eládio.
Time Juvenil. Jorginho, Zé Portugues, Zequinha, Toninho, Waldemar e Sandovina. Eco, Lula, João Doceiro, João Carlos e Noel.
- Nós começamos jogando com camisa preta e branca, no sentido vertical, igualzinha a do Botafogo. Até que, em 1951, fomos fazer uma preliminar de um jogo do Flamengo no Maracanã. Iríamos jogar contra o União de Botafogo”. Neste momento, Caíco para um pouco, olha pro céu, dá uns suspiros e fica em silêncio por alguns minutos. Enquanto isso, nós deduzimos o seguinte: Ora, com toda aquela torcida gritando Mengo, Mengo, o que decidiu o Mário Bomba ali mesmo no vestiário, na hora da gente entrar em campo? Isso mesmo, conseguiu um jogo de camisas rubro-negras e o Barreirinha, o mais novo rubro-negro do Brasil, pisou o gramado sob os aplausos do público. Neste conto, Caíco retoma seu relato: - Eu acho que o Mário Bomba ao se decidir pela camisa rubro-negra, levou também em consideração as cores do Tupi, o clube que nos deu origem. Era rubro-negro”.
Moreira (3ª em pé) jogou no profissional do Bonsucesso e do Flamengo). Ao seu lado Tunga, Bira, Delson, Odyr, Figueiredo. Sobre o time que jogou esta preliminar, Caíco tem apenas uma dúvida no meio de campo. Não sabe se Jolá, então titular, jogou. Mas ele arrisca na escalação: “Ocides, Paulinho Coronel, eu, Nilton Madeira e Waldir Turiba; Jolá e Mário Sena; Jajá, Eládio, Nilo e Mudo”. Este Nilo aí na meia-esquerda, foi campeão em 1960 pelo América Futebol Clube sendo titular daquela campanha que culminou com a final, no Maracanã, contra o Fluminense. Placar: América 2 x Fluminense 1. O Barreirinha teve outras tantas formações e destaques. Além do próprio Caíco, muitos vestiram o manto sagrado. “Moreira foi o melhor jogador que já ví com a camisa do Barreirinha”, afirma Caíco, “mas Darci foi o mais completo - jogava na lateral,
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BARREIRINHA FUTEBOL CLUBE Jorge Roberto Martins
no meio de campo, avançado, tinha raça e era um verdadeiro comandante dentro e fora do campo”. Além de Darci, vale citar Mário Sena, um exímio driblador e estilista do meio de campo; Eládio, centroavante que aliava técnica e raça, um capeta dentro da área, um clássico quando preparava jogadas; João Carlos que, de tão bom, foi jogar no rubro-negro mais famoso, o Flamengo, e deste seguiu para o futebol belga; Waltinho, um meia de boa técnica, rápido e de chute fortíssimo, jogou no juvenil do Bonsucesso; o próprio Darci, que no esporte amador só jogou no Barreirinha – “foi a minha vida, presenciei diversas gerações” - também esteve por um tempo no futebol profissional, quando foi aspirante do América e do Bangu. Como se vê, craques nunca faltaram ao Barreirinha, mas cujo rival doméstico, o Municipal Futebol Clube, exibe estatística favorável nos confrontos realizados. “É verdade” , diz Caíco, “o Municipal tem mais vitórias do que
nós. Acontece que ele é mais antigo, é de 1914”. Não fosse ele uma pessoa elegante, por certo não lhe escaparia a chance de, com uma pitadinha de gozação - assim como se tivesse dado um biquinho no tornozelo do adversário sem o juiz perceber - provocar o rival: “É bem mais velhinho, né?”. Ao se ver diante do pedido para que escale a Seleção de Paquetá, incluindo, evidentemente, jogadores do Municipal, por momentos ele desconversa. Mas elegante, resolve falar: “Teve tanta gente jogando bem aqui na Ilha. O Barreirinha e o Municipal sempre contaram com bons j o g a d o r e s . E u l e m b ro d o A r ag a n i t o , u m goleiro formidável; o Jutanã, outro goleiro formidável de uma geração mais recente; Irapuã, um grande zagueiro; o Delcio, irmão do Darci, titular durante anos do meio-campo do Barreirinha. Mais recentemente, o Geto, o César ... puxa, tanta gente boa!” O Barreirinha “tirou seu time de campo” em 1970, mas tanto Caíco quanto Darci continuaram ligados ao futebol.
Caíco, até os 63 anos batia uma bolinha no time de veteranos do Municipal, o rival histórico, e Darci, chuteiras arquivadas, passou a cuidar da parte social do Barreirinha que sem o esplendor dos tempos atrás, mantém uma sede na rua Coelho Rodrigues, onde realiza algumas festas nos fins de semana – umas vezes, bailes; outras, rodas de samba bem temperadas com feijoadas e cerveja gelada. Ah, sim, Darci foi por um período presidente do Municipal Futebol Clube. Ante o espanto do leitor pouco íntimo das peculiaridades da ilha, é bom que se diga que, muito antes do bem sucedido “troca-troca” do tricolor Francisco Horta, que reoxigenou o futebol carioca nos anos 70, Barreirinha e Municipal sempre receberam de braços abertos os craques paquetaenses, todos suas crias. Era um toma-lá-dá-cá “empombado”, mas apenas dentro das quatro linhas. No fundo, no fundo, a grande diferença entre os dois era a listra negra na camisa do Barreirinha, ausente na do rubro Municipal. Agradecemos a Lula e Waltinho, craques do Barreirinha, pela cessão de fotos antigas de seu acervo.
Lula, Jorginho, Waltinho e Helcio.
Leila Marques & Leila Martins, Princesa e Rainha do Barreirinha.
Lula, Noel, Lair (esposa do goleiro Ivo Paquetá), Jorginho e Waltinho.
WALDERI MERCEARIA Frutas, legumes e verduras Congelados e laticínios em geral
Entregamos em domicílio Rua Coelho Rodrigues, 203
3397.0546
ESPORTES Irakitan Escolinha do municipal Carolina Salerm
A diretoria do Municipal Futebol Clube informa que a partir do dia 09/03/2019, a escolinha de futebol inicia suas atividades esportivas em sua praça de esportes. Documentos necessários para renovação de matrícula: - Xerox da certidão de nascimento - Xerox R.G - Atestado médico (para a prática esportiva) - Declaração de matrícula escolar. Em abril tem mais...3°corrida solidária de S. Jorge, evento no qual será arrecadado alimentos para o projeto do Sr Hely. Estão confirmados atletas de todo o Brasil.
Obs: Somente serão inscritos os alunos acompanhados de seus responsáveis. Lembrando que o uniforme é de uso obrigatório. Horário das aulas: 15:30h e 17:30h.
Janu na Portuguesa
Dá-lhe sangue !!!!
Projeto educacional “Volei de praia da Moreninha”
Januário Campos de Amorim, nascido em 28/03/2002 meio campista. A o s 0 9 a n o s, i n i c i o u a carreira de jogador de futebol na escolinha de futebol do Municipal Futebol Clube Paquetá. Ao completar 12 anos, jogou na escolinha do PSG Brasil. Aos 13, retornou ao clube de origem, destacandose pelo futebol refinado, com muita técnica e habilidade.
O campeonato de vôlei de praia realizado no dia 09/02/2019 foi um sucesso !!! Parabéns aos coordenadores e alunos. Classificação: 1° lugar - Breno e C. Eduardo 2° lugar - Thales e Gabriel Perillo 3° lugar - Felipe e Faruk Apoio: Barraca do Giba e Burgueria Bug Hug.
Mario JR levantando poeira em Paquetá Carolina Salerm
Garoto disciplinado e comprometido, logo tornou-se líder e capitão da equipe. Com 15 anos treinou por 3 meses no Botafogo de Futebol e Regatas. Completando 16, fez uma peneira na Associação Atlética Portuguesa, e logo foi integrado ao elenco. Disputou pela Lusa a taça Guilherme Embry (campeonato Carioca sub-16), a taça Cidade de Duque de Caxias e em 2018 foi campeão da Rio Copa 2018. "Janu menino de ouro, nós paquetaenses estamos orgulhosos, que sua trajetória seja vitoriosa". Pra cima deles sempre !!!!
No dia 09 de fevereiro, o coordenador Mário Jr e equipe promoveram a "Paquetá Beer Run Pré Carnaval 2019" evento maravilhoso que trouxe para ilha mais de 400 atletas. O evento teve como participação especial a sensacional bateria do mestre Tito e o tradicional bloco da Colônia. Nossos agradecimentos ao apoio da XXI R.A, GMRio e PMERJ.
Guilé Santos
Ernani Bessa
FOTOS DO MÊS
ALFREDO Quentinhas, Tortas, Salgados, Encomendas
Entrega em domicílio
3397.1773
Morena Na Praça - fevereiro 2019
Eleições e Nova Diretoria A nova Diretoria da MORENA, eleita por aclamação, com mandato até 31 de janeiro de 2021, é composta por: Alfredo Braga Freire - diretor geral Conceição de Campos Souza - diretora adjunta Fernando Antonio de Lemos - diretor administrativo Ialê Falleiros Braga - diretora de finanças Rodrigo Poça de Souza (Noel) - diretor de comunicação A posse foi no dia 3/02/2019 (dom). Teve até bolo. Veja as lindas fotos que o associado Whashington Luiz de Araujo fez da gente!! Valeu Washington!!!!!
horários mais quentes e lotados. O GT é composto pelas moradoras associadas Lília Levi e Miriam Pradal. Elas irão nos representar perante a CCS! EDUCAÇÃO Tivemos boas notícias na reunião na 1a CRE (Coordenadoria Regional de Educação) ocorrida 25/01/19, com a participação da coordenadora Fátima Suely, da gerente de supervisão e matrícula - Rejane, da gerente de infraestrutura e logística - Sônia, da diretora da EM Joaquim Manuel de Macedo - Hanriete Araujo, da representante do segmento dos pais no CEC e integrante da diretoria da Morena - Ialê Falleiros, da representante do grupo EDUCAPQT- Alessandra Bruno e da representante da Roda Materna de Paquetá Natasha Troise. A CRE apresentou dois projetos prontinhos e aprovados de reforma do prédio da Pedro Bruno e de ampliação do espaço de educação infantil (EDI). Estamos na fila de prioridades da Secretaria de Educação do Rio, agora só falta a liberação do dindim. Por iniciativa da moradora associada Alessandra Bruno, foi feita uma demanda pelo Programa de Alfabetização de Jovens e Adultos (PEJA) nível fundamental na ilha. Ainda não foi aberta nenhuma turma porque a CRE está tentando que a Escola Estadual Augusto Ruschi assuma o PEJA ensino fundamental. O PEJA nível médio abriu uma turma esse ano na ilha. Se você concluiu o fundamental, está a um tempo fora da escola e quer voltar a estudar, vá até a Augusto Ruschi (no mesmo prédio da Joaquim - a partir das 17h) e se inscreva!
Resposta da Prefeitura ao nosso documento
Agradecemos aos integrantes da gestão anterior pelo trabalho realizado e à Comissão Eleitoral pela organização do processo eleitoral. Vida longa à MORENA!!!! Agende-se Próximo MORENA NA PRAÇA: 17/03 - Praça Pedro Bruno - 10h Venha conversar conosco sobre os assuntos de nossa ilha! É também a oportunidade dos associados acertarem suas trimestralidades. Se você ainda não se associou, esta é a hora! Alfredo, como faço para me associar? Basta: 1. preencher uma ficha rápida de Associação, e 2. Pagar de 3 em 3 meses R$ 19,96. É só isso mesmo! (2% do salário mínimo atual). Saúde Corte da Prefeitura reduzindo os profissionais do Programa Saúde da Família de Paquetá A MORENA entrou em contato com a Secretaria de Saúde para reclamar contra os cortes na Estratégia Saúde da Família na ilha, com a demissão de 5 Agentes Comunitários de Saúde (ACS) da UISMAV.
A Secretaria respondeu que mantiveram as 2 equipes de Saúde da Família, porém reduzindo os ACS para 3 em cada equipe. Pedimos uma reunião na CAP 1.0 para solicitar a recontratação dos agentes, reforçando as peculiaridades de nossa ilha e a importância desses profissionais para a saúde dos moradores. Você apoia a volta das Agentes Comunitárias de Saúde demitidas? Escreva para a MORENA contando uma experiência positiva que teve com as ACS da ilha! Vamos publicar no próximo jornal (março) as melhores respostas. 985154868 (Zap) ampaqueta@gmail.com FORA JUMBOCATS A retirada das embarcações Jumbo, ancoradas irregularmente em nossa ilha, foi discutida numa reunião realizada na Capitania dos Portos com a presença da Marinha do Brasil, de representante da MORENA, do CCS, da Região Administrativa de Paquetá e da Transtur, proprietária das barcas. Foi dado um prazo para a retirada das barcas e do píer e a Capitania está empenhada no cumprimento da lei. Agradecemos mais uma vez à moradora associada Leila Martins por seu contato constante com a Marinha na atualização das reivindicações dos moradores sobre esse assunto. CCR - QUE CALOR! Foi formado um Grupo de Trabalho da MORENA para discutir com a CCS a questão do mau funcionamento das barcas que servem à Paquetá no verão. Barcas sem refrigeração, pequenas e antigas que já deveriam estar aposentadas são nosso único meio de transporte muitas vezes nos
O curso Pré-vestibular Comunitário EducaPQT está com novas vagas! O curso é mantido de forma voluntária por moradores e amigos/as da nossa Ilha de Paquetá. Informe-se e inscreva-se no Local: Paquetá Iate Clube. As aulas ocorrem aos sábados, durante todo o dia (das 8 até as 17h). T R A N S PA R Ê N C I A
Janeiro/2019 Associados ativos: 195 Associados com alguma pendência: 52 Total de associados: 287 Caixa: 420 reais Alfredo, como faço para acompanhar as ações da MORENA? Curta nossa página no Facebook (https://www. facebook.com/groups/207658559327397/). Visite o Instagram da MORENA! Todas as fotos e vídeos são de paquetaenses. Mande seu material por email que publicaremos lá!!! https://www.instagram.com/pqt_morena/ Quer receber nosso zap? MORENA - 985154868 Quer receber nosso email? ampaqueta@gmail
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crônicas de paquetá A VIDA É COMO ELA É Julio Marques
O pessoal fica dizendo que o primeiro mundo é rico porque sabe trabalhar. Pode ser verdade, mas, pensando bem, você acha que a Inglaterra, por exemplo, lá atrás, nos tempos dos piratas, construiu muitos navios porque tinha muita madeira ou será que era porque precisava de barcos prá roubar coisas dos outros nos chamados descobrimentos? . Pelo amor de Deus, de novo não, pobre Venezuela, pobre America Latina. Basta dessa arrogância de bacharéis. Em 1955 , na Guatemala, o governo Arbenz, eleito como todas as Dilmas, Maduros, Allendes e muitos mais, foi agredido por auto proclamados donos do poder que bombardearam a capital, cidade da Guatemala. Voluntários, entre eles um jovem médico argentino, procuraram atender as vitimas desse ataque e salvar vidas. Com a queda de Arbenz esse medico acabou expulso para o México, onde aprendeu a usar armas e virou o Che. Ah! nossa pobre historia latino americana, desconhecida por quase todos.
Maurinho diz que conservadores tem medo de tudo menos do ridículo. Tava na cara que a gente já vinha piorando e é só olhar pra musica, pro futebol, pra ausência de solidariedade, de carinho ao próximo e ao distante. Não foi só apanhar, em casa, de 7 a 1 no futebol, ficar no último lugar no sul-americano sub 20 ou adulterar o batuque dando-lhe um jeito vulgar de balada americana. Virou o cada um por si e Deus por quem pagar mais óbolo. Não se pode bater palma para o futebol como local de trabalho de crianças que dormem em caçambas incendiáveis. E com famílias dependentes desse trabalho, que por sua vez depende da esperteza de empresários. Quanta tragédia e quanta ironia. O sonho e a farsa do sonho e os empresários que acabam donos dos sonhos. Como disse Mario Quintana: “Mentira é uma verdade que esquece de acontecer ".
Salve Galeano que falou que a Utopia serve para fazer a indignação caminhar, mas a realidade é implacável com a ilusão. Um amigo meu reclamou que ando irritado e ranheta como um papagaio. Talvez a Nega Luiza e a Bundinha Feliz devessem me dar um curso sobre carinho. Sabe de uma coisa, acho que vou vender essa idéia ao Maurinho pra colocar no curso pré-vestibular . É o "rumo dos ventos". Mas vá lá. É o De Braulio Tavares : Eles não batem, mandam bater "Sal da idade" - saudade"- sei lá quem disse isso. Imagino Copacabana mais bonita sem quiosque e a vida sorrindo e o samba rolando e o pagode de roda de samba, sambando. Lembro que Liana e Toninho faziam, toda semana, um furdunço em casa. Era uma roda interminável e, acho, ainda não havia o samba das segundas no Opinião. O apartamento ficava de portas abertas, quem chegasse entrava e mesmo o Rosa de Ouro não tinha a mística que
A roda era com o pessoal do Rosa, Paulinho e Elton não tinha a fama que alcançaram depois. Nenhum disco gravado, talvez um, cada um de um lado do LP. A exceção era a Clementina de Jesus e mesmo dela só uns poucos gostavam. E ainda por cima ela levava uns quitutes incríveis. Por esse palco iluminado passavam Nelson Cavaquinho e Cartola e, claro, Nelson Sargento, Jair do Cavaquinho, Anescarzinho e o Seu João da Gente Não durou muito e, visto assim do alto, parece mais fantasia mas não era . Como alguém já disse, isso é uma versão de mim mesmo. Julio - triste por saber de tanta criança morta por empresários que vendem armas, drogas e futuros, mas moram na Vieira Souto.
um passeio em pqt
O contorno do litoral pode ser feito a pé em 45 minutos, sem correria nem paradas. De bicicleta, leva cerca de 25 minutos. AÇ
AD
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MB
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Logo na saída da estação das barcas na ilha, à direita, um painel oferece algumas opções de roteiros turísticos.
Paquetá > Praça XV
Pontos turísticos
passou a ter. A sala era imensa mas todo mundo queria sentar no chão de um quartinho lateral.
PR
Paquetá está no município do Rio: não é preciso DDD nas ligações para a capital.
Mas como já disseram, quando estamos no olho do furacão tudo vira mais rápido do que pensamos.
Dias Úteis 05:30 > 06:20 06:30 > 07:20 07:30 > 08:20 09:30 > 10:20 11:30 > 12:20 14:30 > 15:20 16:30 > 17:20 18:30 > 19:20 19:30 > 20:20 21:00 > 21:50 23:10 > 00:00 FdS e feriados 06:00 > 07:10 08:30 > 09:40 10:00 > 11:10 11:30 > 12:40 13:00 > 14:10 14:30 > 15:40 16:00 > 17:10 17:30 > 18:40 19:00 > 20:10 20:30 > 21:40 22:00 > 23:10 23:30 > 00:40
Praça XV > Paquetá Dias Úteis 05:30 > 06:20 06:30 > 07:20 08:30 > 09:20 10:30 > 11:40 13:20 > 14:10 15:30 > 16:20 17:30 > 18:20 18:30 > 19:20 20:00 > 20:50 22:15 > 23:05 00:00 > 00:50 FdS e feriados 04:30 > 05:40 07:00 > 08:10 08:30 > 09:40 10:00 > 11:10 11:30 > 12:40 13:00 > 14:10 14:30 > 15:40 16:00 > 17:10 17:30 > 18:40 19:00 > 20:10 20:30 > 21:40 22:00 > 23:10 00:00 > 01:10
Igreja Bom Jesus do Monte Caramanchão dos Tamoios Canhão de Saudação a D. João VI Árvore Maria Gorda Praças e parques Preventório Rainha Dona Amélia Pedro Bruno Escola Pedro Bruno Fernão Valdez Telefones úteis Poço de São Roque Atobás (Quadrado da Imbuca) Barcas (estação de Paquetá) - 3397 0035 Coreto Renato Antunes Tiês Barcas (central de atendimento) - 0800 7211012 Capela de São Roque Lívio Porto (Ponta da Ribeira) Bombeiros - 3397 0300 Cedae - 3397 2143 (água) / 3397 2133 (esgoto) Casa de Artes Mestre Altinho Comlurb - 3397 1439 Pedra da Moreninha Bom Jesus do Monte Farmácia - 3397-0082 Ponte da Saudade Manoel de Macedo Gás (fornecimento de bujão) - 3397 0215 Pedra dos Namorados São Roque Hospital (UISMAV) - 3397 0123 / 3397 0325 Casa de José Bonifácio Ex-Combatentes Light - 0800 282 0120 Mirante do Morro da Cruz Alfredo Ribeiro dos Santos Oi Telemar - 3397 0189 Cemitério de Paquetá Pintor Augusto Silva PM - 3397 1600 / 2334 7505 Em negrito, horários com barcas Cemitério dos Pássaros Parque Darke de Mattos Polícia Civil - 3397 0250 abertas (tradicionais). Em itálico, os horários previstos de chegada. Farol da Mesbla Parque dos Tamoios XXI R.A. - 3397 0288 / 3397 0044
Localidades
Viracanto Levas-Meio Rua dos Colégios Ladeira da Covanca Morro do Buraco
(Morro do Gari)
Pau da Paciência Árvore do Sylvio Colônia Cocheira Morro do Pendura Saia Morro do PEC
(Morro da Light)
Rua Nova Colônia da Mesbla Curva do Vento Beco da Coruja
Serviços
Banco Itaú Banco do Brasil e Caixa Econômica (Loja lotérica)
Hospital (UISMAV) (3397.0123 / 0325)
Aparelhos de ginástica (jovens e maduros)
Aparelhos de ginástica (idosos)
Mesas para pic-nic ou jogos Mictórios Farmácia (3397.0082) Brinquedos infantis