editorial
De cara, você vai notar a falta de alguns colunistas e seções. Mas eles voltam no mês que vem. Esta é uma edição especial sobre o carnaval: tínhamos que abrir espaço. Não há, no momento, como ampliarmos o jornal. Lembremos que os anúncios cobrem apenas a metade dos custos; a outra metade vem da vaquinha realizada todo mês por moradores (você também pode participar; fale com a Vilma). Então, a solução foi cortar conteúdo para dar conta do carnaval. E que carnaval! Depois do fiasco de 2014, quando normas do poder público e interesses econômicos embotaram a alegria, este ano foi o oposto: uma presença tímida da prefeitura e, em alguns aspectos, sua total ausência. Não tivemos banheiros químicos, não houve palco na Praça Pedro Bruno, o policiamento não foi ostensivo. As opiniões se dividiram. Para muitos, isto fez do carnaval um fracasso; para outros, foi um dos melhores dos últimos anos, revivendo o clima de outrora. Aqui no jornal, concordamos com certas reclamações – especialmente quanto aos banheiros. Mas ficamos mais é com os outros mesmo: a festa se espalhou pela ilha – dos eventos da Praça Bom Jesus organizados por moradores à animação na Rua Cerqueira (quem diria!), decorada pelos vizinhos e poucos comerciantes dali. Sim, a praça das barcas não teve palco; é verdade. Mas, afinal, em 2015 ela confirmou sua nova vocação, ensaiada já há alguns anos: é o reduto dos que não gostam de carnaval. Quem a tomou como amostra do carnaval de Paquetá o achou muito ruim, e com razão. A folia correu solta nas ruas, com moradores de todas as idades compartilhando a alegria e praticamente sem brigas. Então, pra que serve o tal palco? André Villas-Boas
expediente
A ilha é um jornal comunitário mensal, organizado, elaborado e mantido pelos moradores da Ilha de Paquetá. Mentor e fundador Sylvio de Oliveira (19562014) | Equipe Ana Pinta, André Villas-Boas, Antônio Tomé, Cristina Buarque, Flávio Aniceto, Jorge Roberto Martins, Júlio Marques, Márcia Kevorkian, Mary Pinto, Ricky Goodwin, Ruth Coelho, Vilma Leocádio | Jornalista responsável André Villas-Boas. Reg. Prof. 18583 | As informações e opiniões constantes nas matérias assinadas são de exclusiva responsabilidade de seus autores, e não necessariamente avalizadas pelo jornal | Impressão DGD Artes Gráficas (3882.4431) | Tiragem 2.000 exemplares | Contato editoria@ jornalailha.com Ano III, número 29, fevereiro de 2015.
Este número de A Ilha foi possível graças à participação dos anunciantes e às contribuições financeiras de Lourdinha & Adílson Martins Agnaldo Wanderley Rubens da Silva André Villas-Boas Marcílio Freire Márcio & Cizinha & Mariângela Bernardo Karan Ferreira Dona Guiomar Maria Holanda Cristina Buarque Maria José de Flávio Aniceto Oliveira Iaga Marília e Sylvio Sá Isabel O. da Luz Nadja Barbosa Julio Marques Padre Nixon Wanja Bastos Leonardo Couto
Um dos piores carnavais
cartas
Um dos piores carnavais que já vi aqui em Paquetá foi desse ano de 2015. Não teve palco nem banheiros químicos nas praias ou na Ponte nem segurança – tanto da Polícia Militar quanto da Guarda Municipal. Ficamos largados sem saber o que houve com nosso carnaval de Paquetá. Se continuar assim, no próximo vamos ficar só nós, moradores da ilha, porque os turistas – que são os que trazem o capital para a ilha – vão preferir ficar pelo Rio mesmo. Jonilson Medeiros
O Calebe é um projeto de evangelização da Missa na Colônia A tradicional procissão de Nossa Se- Igreja Adventista do Sétimo Dia nos países nhora dos Navegantes, em 2 de fevereiro, da América Latina, sediado nos EUA. No recuperou este ano seu desfecho natural: re- Brasil, a igreja possui oito grandes centros fletindo os novos ventos que, para a alegria que reúnem os fiéis. dos fiéis, sopram na Igreja do Bom Jesus Posse no hospital do Monte, Padre Nixon rezou uma missa Os 16 eleitos para o Conselho Local de campal no pátio da Colônia. A cerimônia, da Saúde tomarão posse nessa segunda-feira, qual participaram pescadores, familiares e dia 2 de março, às 13 horas, no auditório do Polícia para quem precisa Do pouco que sei: a prefeitura abre dezenas de moradores, ocorreu em frente à hospital (UISMAV). São oito representantes inscrições para blocos que querem desfilar capela de São Pedro – miúda demais para da comunidade e outros oito dos funcionáno carnaval. É preciso, na inscrição, que os abrigar tanta gente em seu interior. rios. A eleição ocorreu em dezembro e foi responsáveis por cada bloco determinem a direta – com direito à mesinha para votação Adventistas na ilha quantidade de público esperada para que a no meio da rua e tudo. prefeitura calcule o número de banheiros, de Wifi na Ponte e agora no Darke guardas municipais e de policiamento da PM. Feito isto, a prefeitura determina o horário de Foi um sucesso o funcionamento da rede início e fim e o itinerário. Em qualquer bairro Wifi na Ponte durante a sexta-feira anterior do Rio, a ausência do poder público teria ao carnaval até o domingo da semana secausado um transtorno monumental, além de guinte. Segundo a CWNet – a empresa que um número enorme de ocorrências policiais. ofereceu e instalou a rede de acesso gratuito Me parece que nenhum bloco de Paquetá se à internet – foram feitos nada menos do que inscreveu. Ainda bem, porque tivemos um 1.746 acessos, por parte de moradores e carnaval tranquilo, com problemas pontuais, visitantes da ilha. Nesse domingo, primeiro mas sem que o poder público interferisse De 10 a 31 de janeiro, dentro do projeto Mis- de março, a empresa repetirá a dose, mas numa festa que é do povo, tentando tirar dela são Calebe, jovens adventistas passaram desta vez no Parque Darke de Mattos: como o caráter popular. Nadja Mara Barbosa uma temporada na ilha. Sediados no PEC, apoio ao evento, três antenas serão instalaTudo na paz eles realizaram diversas atividades de edu- das para que os participantes do Domingo Nos blocos que estive, estava tudo em paz. cação em saúde e recreação, franqueadas no Darke tenham acesso à internet sem Vi a guarda municipal presente em alguns à população, além de divulgação religiosa. custo nem necessidade de senha. pontos da ilha. Nasci e fui criada em Paquetá. Ultimamente, acho que falta mais comércio – tipo mercados e uma boa lanchonete para se #nossas raízes. colaboração: Paulo Cesar PC sentar à tarde e comer algo diferente. Quanto aos turistas... Não precisamos de quem emporcalha a ilha e não deixa dinheiro. Eles trazem tudo do Rio! Gastam muito pouco aqui. Dione Lucas
Unidos de São Roque & Silêncio do Amor: Saudade
O carnaval foi lindo
Acho que participamos de carnavais diferentes; não foi o mesmo que quem está reclamando viveu. O que vi foi um carnaval lindo, com blocos animados e sem violência. Paquetá é um lugar especial porque diferentes grupos convivem sem barreiras. É claro que muitas vezes existem estranhamentos, mas isso faz parte da democracia. Assisti a uma briga de meninas adolescentes que me deixaram chocada com a falta de educação e me fizeram questionar onde eu estava – porque na Paquetá onde cresci nunca houve espaço para esse tipo de comportamento. No entanto, de novo, acho que essa convivência faz parte do ambiente democrático! Lucy Linhares
O carnaval não foi lindo
Não, o carnaval não foi lindo... Vi brigas, bem na Ponte, e a polícia ausente. Vi um bando de gente na rua bebendo bastante, sem ter o que fazer. Vi blocos com pessoas se arrastando, sem a menor animação. Vi muitos menores de idade cheirando loló na frente de todo mundo e nada ser feito. Ouvi funk proibido, desses que só falam pornografia da pior espécie, tocando na praça Pedro Bruno – que mais parecia Itaoca do que Paquetá. Aline Durand Os textos acima foram adaptados do perfil de A ilha no Facebook, como balanco do carnaval pelos internautas. Para enviar sua carta, use o e-mail
cartas@jornalailha.com
Carlos Penetra
A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos.
Zé Doroteu Saudade é um sentimento que, quando não cabe no coração, escorre pelos olhos.
o que vai pela ilha Nosso herói
zes. E é também herói: foi ele quem salvou dona Luísa do incêndio de sua casa, na Ladeira do Vicente, em 28 de janeiro. PC vinha da Príncipe Regente quando, junto com Julio Marques (autor das Crônicas de Paquetá, também publicadas por este jornal), percebeu as fagulhas de um fio desencapado que acabara de cair em consequência de um forte temporal que terminara há pouco. Preocupados, ambos tentavam entrar em contato com o Zé da Light quando PC viu uma fumaça pesada saindo de uma casa. Paulo Cesar PC é uma figura querida e Correu para lá, bateu, socou porta e janela, mais do que conhecida em Paquetá, além mas nada de abrirem, embora ele notasse de colaborador de A ilha, com a seção #raí- que havia movimento em seu interior. Teve
então presença de espírito e não vacilou: arrombou a porta e encontrou dona Luísa, em meio ao cômodo esfumaçado, tentando apagar o fogo que tomara conta de seu sofá. A idosa havia acendido uma vela – devido à escuridão provocada justamente pelo rompimento do fio que preocupava PC e Júlio – e não se dera conta de que ela havia caído sobre o estofado. Quando viu, já era tarde: a sala estava tomada pela fumaça. Mesmo com a resistência da senhora, que se assustara com o arrombamento, nosso herói a pegou nos braços e saiu com ela pela rua, salvando-lhe a vida, contando com a ajuda de dona Naíde, vizinha da casa.
Os bombeiros chegaram logo depois e não tiveram dificuldades em evitar que o fogo se alastrasse. E dona Luísa pode respirar aliviada – literalmente –, graças à bravura de Paulo César PC. Dia Internacional da Mulher Em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, a Igreja Batista de Paquetá promoverá um chá comunitário em sua sede, na Comandante Guedes de Carvalho, no próximo dia 14, um sábado. A convite do Pastor Ronaldo, o evento contará com a participação da preletora Mms. Renata Martins.
Juntos na festa para o menino Théo permanente para arrecadação de fundos para que o menino continue a ser medicado com o canabidiol – um medicamento, sim, derivado da planta canabbis sativa. O canabidiol ainda não é fabricado no Brasil e tem um custo altíssimo – daí a solidariedade que fez lotar o Carecão na noite de 8 de fevereiro. O objetivo foi levantar fundos para a compra do remédio, mas também dar apoio à luta de Tamara para o bem estar de seu filho. Enquanto a família batalha para a obtenção do canabidiol a um custo mais baixo, Um Carecão lotado participou da festa em solidariedade a Théo, com bazar, sorteios especialmente junto à Fiocruz, a única e shows. O gari Renato Sorriso deu um solução é recorrer mesmo à solidariedade. show de dança. Joãozinho Guedes, Irinéa Ribeiro e Tainã Cerqueira cantaram. Houve muitas outras atrações – todas de iniciativa voluntária. Na foto de baixo, Tamara com Théo
Não é você a mãe do menino da maconha? Ouvir coisas como essa passou a fazer parte do cotidiano de Tamara Kirk, mãe de Théo, o menino portador da síndrome de West – uma variação da epilepsia que provoca entre 30 a 50 convulsões por dia e causa disfunções cerebrais. Mas nossa vizinha é tão paciente quanto é forte. E não esmorece. Junto com ela, a população de Paquetá fez uma grande festa e está empenhada numa campanha
Não é para menos: o frasco com apenas 60 ml do remédio custa 200 dólares. Com menos convulsões, Théo tem podido conhecer o mundo como nunca acontecera: ele pode olhar, observar o que está à sua volta, passear. Parece pouco, mas é uma grande conquista para uma criança que tinha convulsões sucessivas. Os amigos já estão planejando uma atividade por ocasião das festas juninas
Fotos:
Jack Borges
(exceto quando indicado)
para nova arrecadação, mas a campanha não parou. Para ajudar, basta fazer uma doação de qualquer valor na conta 265446 do Banco do Brasil, agência 1524-5, em nome de Tamara Kirk Trindade. Em tempo: maconha é um derivado da planta Canabbis Sativa (como o cânhamo, usado na indústria), e não a própria planta. Théo não é o menino da maconha; é apenas um menino, como seu pai também já foi.
Daniele Guimarães Daniele Guimarães
Corso das burrinhas
Márcia K
Jim Skea
&
bocas da Neusa Matos
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aras Etienne J. e sua bela no Pérola da Guanabara
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Andréa Kevorkian no Corso das Burrinhas
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Jade Vila Verde no Pérola da Guanabara
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Ana Pinta
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Marlene Pereira no Toma Uma
Sônia L. no Corso das burrinhas
Archer Cardoso no Pérola da Guanabara
Neusa Matos
Julio Marques na abertur do carnaval
Jim Skea
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Corso das burrinhas
Valter Lano no Concurso de fantasias
A bruxa gigante apareceu em vários blocos e fez um tremendo sucesso. Mas permaneceu um mistério: só os mais íntimos sabem quem foi o folião que estava dentro do enorme boneco.
Neusa Matos
Ricardo Cintra e amigonas no Pérola da Guanabara
Vilma Leocádio no Bloco do Villaboim
Márcia K
Bloco das Piranhas Valéria Leite no Corso das burrinhas
Agnaldo Wanderley
Neusa Matos
Márcia Kevorkian no Corso das Burrinhas
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Bloco do Caraxuê
Ricky Goodwin
Jim Skea
Jim Skea
Pérola da Guanabara
Turma do Copo É considerado bloco-irmão do Camelo. Foi fundado há 15 anos.
Neusa Matos
Querido na ilha, este ano o bloco do continente extrapolou
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Toma Uma A concentração é sempre em frente à venda do João, na Tomás Cerqueira, famosa por sua boemia silenciosa – daí o nome deste bloco criado no Campo há quase dez anos. Neusa Matos
Bloco do Camelo O bloco tem esse nome por ter sido fundado por três paquetaenses de origem árabe, nos anos 1980. É sempre, de longe, o abre-alas mais comentado da ilha. Mais uma vez, encheu as ruas – sem brigas, desfazendo a má fama.
no o n ritmo o m t ri Neusa Matos
Serragen´s Nome de uma badalada festa a fantasia, realizada anualmente em setembro, virou baile de carnaval e, há poucos anos, assumiu seu destino natural: batizou um dos desfiles que é sempre dos mais concorridos da ilha.
Neusa Matos
Coqueiros
Bloco da Colônia Embora nem tenho completado dez anos, traz a marca da tradição de sua origem – a antiga Colônia dos Pescadores. Só sai após o fim do desfile do Bloco das Piranhas. Por isso, seu forte é a concentração, lá mesmo na Praia da Guarda. Fecha Bar
Jim Skea
Cláudio Santos
Cláudio Santos
Agnaldo Wanderley
Cláudio Santos
Paulo César PC
Caraxuê Bloco do continente com grande participação de ilhéus, fechou a folia com um desfile no Largo de São Roque, no sábado seguinte ao carnaval.
Recente, é formado em grande parte pelos jovens (e os nem tanto) que frequentam o bar Nativa. Foi responsável por um dos momentos mais inspirados deste carnaval: ao perceberem o início de uma briga, seus dirigerentes viraram o bloco na primeira à esquerda, deixando os caras resolvendo seus problemas sem plateia. E a moçada seguiu em frente, na folia.
Rick Goodwin
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Márcia K
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Bloco das Piranhas
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Bloco do Villaboim
Concurso de fantasias
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Bloco das Piranhas
Pérola da Guanabara Bloco dos Coqueiros
Jim Skea
Jim Skea
Bloco do Villaboim Premiados do concurso de fantasias na Praça Bom Jesus: Eu não sou Gay-cha, (1o lugar individual), Literatura inglesa (2o lugar individual) e Intempéries paquetaenses, Sirizada em Paquetá e I love cimeloca (1o, 2o e 3o lugares, grupal). O concurso faz parte da abertura do carnaval em Paquetá e é organizado pelo grupo A Foliona. Jim Skea
Abertura do carnaval Xuxa, a rainha soberana do nosso carnaval Jim Skea
Ana Pinta
Ana Pinta
Vilma Leocádio
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Concentração do Bloco do Villaboim
Bloco do Villaboim
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Abertura do carnaval
Jim Skea
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Corso das burrinhas
Jim Skea
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Bloco dos coqueiros
Bloco das Piranhas Ana Pinta
Corso das burrinhas
Pérola da Guanabara Cynthia Antunes, Adriana Sousa, Karin Albuquerque, Júlia Lima, Jéssica Araújo, Kyria Klein
Jim Skea Jim Skea
Fecha Bar
Abertura do carnaval
Rick Goodwin
Tá tudo dominado pelos estrangeiros! O escocês Jim Skea – nova tradição da ilha, com suas fantasias diárias –, o alemão Karl Vespermann – Rei Momo de Paquetá – e, finalmente, o paulista Tomé Eu Mesmo – que fugiu da seca e apresentou o desfile de fantasias. Esse mundo tá perdido.
Abertura do carnaval
PARA CURTIR
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Jim Skea
Mais colorido do que nunca, o Corso é um dos blocos que expressa o espírito identitário da ilha. As fantasias de burrinhas são típicas do carnaval daqui
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Corso das burrinhas
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Maria Ferreira Ricky Goodwin
Coqueiros e o rei
Ricky Goodwin
O Coqueiros, que sai há mais de 25 anos, fez uma bonita homenagem a um de seus fundadores, o Beto Barbosa ou Beto Leitão, falecido no comecinho deste ano. O enredo foi Beto, Rei da Alegria, de Dalmir, Saldanha, Cataldi e Bernardo. Diz um trecho: No céu brilha mais uma estrela Para sempre em Paquetá Seu sorriso de menino Que a inspiração conquistou o Na foto d a, Herança desta Ilha rd que alto à es ldanha, Que Orestes consagrou Sa dor a x u p e r o composit eiros. Abaixo do Coqu o Karan, um ard , dele, Bern adores. E, acima o d d n la fu dos era seu undim lib bloco. Liliane M em devoção ao a globelez Neusa Matos
le falava pelo olhar, seduzia pelos movimentos. Virou história pelos sambas que dançou, pelos anuais silêncios dos amores carnavalescos para os quais era o abre-alas. Em um bloco imenso, ele, a um só tempo, aglutinador e solitário, cercado de admiradores por todos os lados. Uma ilha. esmo fora do seu natural habitat, manteve, até a última batida do seu coração-tambor, a sua natureza Jorge Roberto Martins e s u a s características – a profundidade do olhar, o mistério na voz gutural, os apetrechos “florestais” – o arco, a flecha, o cocar, a tanga. Tinha cor de aroeira que combinava com o colorido das fantasias, com a noite enluarada. À frente do Silêncio do Amor, celebrava o seu quarup particular. No registro civil, recebeu o nome de Sebastião Nascimento. Nas silenciosas e amorosas matas carnavalescas, consagrou-se como Índio Tião. Até que um dia tomou o caminho destas matas. Não mais voltou. Hoje, deve ser um pajé – profeta, sacerdote, benzedeiro. Que assim permaneça na memória de todos.
Mil Ratos, que levantou muita poeira nos carnavais de Paquetá há algumas décadas, tirou a fantasia do armário, afinou os tamborins e pôs de novo o bloco na rua para homenagear João Venuto, o Bené, no ano de seu centenário. O compositor, que faleceu em 1991, criou vários marchinhas e sambas, inclusive o que dá nome ao bloco do Campo (“nem mil ratos/nem mil ratos/comeriam tanto queijo assim”, lembram?). O desfile, na segunda-feira de carnaval (com o tema Bené, 100 anos de saudades), deixou que dezenas de pessoas matassem também a saudade do Mil Ratos. Uma placa comemorativa da data foi descerrada pelos filhos do compositor e ganhará local definitivo em breve. (Texto e fotos: Maria Ferreira. Colaborou: J. Andrade)
Maria Ferreira
Tartaruga: Gigante em quatro décadas
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Ricky Goodwin
O mistério e a sedução de um folião
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Índio Tião
Acervo Paulo Bernardo
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O Mil Ratos de Bené
oco Tartaruga, que sai há uns 40 anos, surgiu da fusão de dois blocos: Siri (só de homens) e Poaba (só de mulheres). Quem organizava o Poaba era Déa, esposa de Roque, tio paterno de Zarur. Roque tinha um pé enorme e por isso era chamado de Roque Oriente (Oriente era nome de uma barca). Já Déa tinha um corpo exuberante. As cores dos dois blocos eram azul, vermelho e branco, cores do Tartaruga. Esse ano, Massinha puxou um pouquinho a tartaruga, mas parou porque está ainda em recuperação de um problema de saúde. Grilo fez o resto do trajeto. Já Benedito veio sambando e bebendo dentro de uma tartaruga gigante.
Concurso de fantasias
Bloco do Camelo
Márcia K
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Lisandra Mateus
Agnaldo Wanderley
Bloco dos Coqueiros
Cláudio Santos
Neusa Matos
Toma uma O bloco vem investindo na formação de crianças e adolescentes para a bateria
Bloco da Colônia Bloco dos Primos
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desde cedo Francisco foi o primeiro colocado na categoria infantil: cientista maluco Bloco das Piranhas
balança mais no cais
Domingo no Darke traz Joãozinho, Saia de Chita, Boi Tolo, Touzpin e homenagem à Praça XV
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dição deste trimestre do Domingo no Darke, organizado pela Morena e com apoio do Ponto de Cultura Paquetá na Rede, vai homenagear a região da Praça XV como bairro-irmão de Paquetá. Para quem trabalha no continente ou aproveita a boemia vespertina daqueles becos, a identificação dos dois bairros é mais do que óbvia. A concessão do título faz parte da série Encontros Cariocas: Cultura da Paz, que o Domingo no Darke vem promovendo. Por isso, não será à toa a presença do Cordão do Boi Tolo – bloco que se concentra nas imediações da Praça VX e cujo desfile neste carnaval durou mais de dez horas. Mas
a prata da casa não fará feio nos espetáculos. Sob a direção do Dr. Pedro Jonathas, Renato Touzpin vai encenar (às 13h30) A terceira margem do Rio. Carlos Veras, The Bria e Scott Fraga garantirão a trilha musical. O Saia de Chita mostrará (às 15h) a sua nova formação, com xotes, marchinhas e cirandas, depois que João Guedes (14h) apresentar seu novo repertório de MPB e Wanja Bastos botar o pessoal para dançar (às 14h30). Como sempre, a criançada não foi esquecida: palhaçaria, contação de histórias e pesca de livros abrem a programação, que se inicia às 12h deste domingo, 1o de março, com entrada franca, no Parque Darke de Mattos.
A mostra dos trabalhos dos moradores da ilha é sempre uma das maiores atrações do evento: artesanato, moda, acessórios, fotografias, artes plásticas, serviços. Nesta edição, um dos espetáculos será encabeçado por Renato Touzpin (à direita), que encenará A terceira margem do Rio, baseado no original de Guimarães Rosa, acompanhado por trio de violão, percussão e sopro. João Guedes e o Saia de Chita também se apresentarão, garantindo a boa música.
encantos arquiteturais, por Ricardo & Neuzinha Neusa Matos
É carnaval e temos uma edição toda voltada ao tema. Mas como relacionar a festa popular à arquitetura? O primeiro movimento foi buscar algo histórico. Pensei nos clubes que sediavam os bailes, o Municipal, o Iate. Mas o antigo prédio do PIC hoje é moradia dos funcionários e o Municipal – que em 2018 faz 100 anos – está um pouco combalido (aliás, vamos nos juntar para ajudar o clube a chegar tinindo ao centenário?). Pensei, na sequência, na estética. E de novo vi surgir um problema: como ligar uma estética que se propõe passageira, e por isso é ousada, alegre, onde cores são misturadas, sonhos são assumidos, fantasias são criadas, à outra, mais perene? Aqui na ilha a resposta veio fácil: em Paquetá, temos o pavilhão Gaudí, ali nos fundos da Casa de Artes. Este prédio, com clara influência do arquiteto catalão, é uma festa constante. Um testemunho de que se pode fazer boa arquitetura sem seguir padrões preconcebidos. Com apuro técnico e muita cor, a escadaria e os dois terraços do pavilhão, com suas pérgulas que têm o movimento orgânico e abrigam sofás (sim, sofás!) de alvenaria, são um convite à celebração da vida. Nada mais carnavalesco. Ricardo Cintra, Arquiteto Intuitivo
Oscar Bolão é músico e professor e pesquisador de música
T
um-ticutum-tum-tum-tumtrrr… Cidade Maravilhosa / Cheia de encantos mil / Cidade Maravilhosa / Coração do meu Brasil… Começou o baile. A noite vai ser longa… Colombina onde vai você?... Relaxa e faz qualquer coisa. Tu tá tocando pra bêbado… Eu vou dançar o iê-iê-iê… Ninguém tá prestando atenção… A gangue só me chama de palhaço (é a mãe!), palhaço (é a mãe!), palhaço (é a mãe!)... Se eu tivesse me formado num tava nessa roubada… Se você fosse sincera… Ó o grupo de anjinhas… Ôôôô / Aurora… A bichinha de Carmen Miranda… Alá-la-ô / ôôôôôô… Que calor, cacete!… Maria sapatão / sapatão, sapatão… Ih! As anjinhas se beijando… De dia é Maria / De noite é João… Conheço aquele cara ali… Mamãe eu quero… É o Jorge, da faculdade de direito!… Mamãe eu quero… Qual é, Jorge?!… Mamãe eu quero mamar… Tudo bem, e você?! É… sou músico!… Yes, nós temos bananas… Ué, tá rindo de quê?!… Bananas pra dar e vender… Vai se ferrar, mané!!… Um pierrot apaixonado… Pô, que odalisca misteriosa. Acho que tá olhando pra mim… Que vivia só cantando… Pô, cadê a água mineral? Vou morrer desidratado… Dorinha, meu amor / Por que me fazes chorar?… Ih! O gladiador passou a mão na melindrosa do tirolês. Vai dar confusão… Eu fui às touradas de Madri… E a odalisca?… Parará tim pum pum pum… Coroa sem vergonha. Cheia de pelanca e bota biquíni… E quase não volto mais aqui… Cacete, minhas mãos já estão inchando… Ui, ui, ui / Roubaram a mulher do Rui… Ih! A piratinha que estava com o grego tá enroscada no super-homem… Ó jardineira / Por que estás tão triste?… Olha a odalisca ali. Epa! Acenou pra mim… Vem, odalisca, pro meu harém / Vem, vem, vem / Faço o que você quiser / Pelas barbas de Maomé / Não olho mais pr’outra mulher… Ó só! No intervalo me espera na porta do banheiro! Entendeu?! Beleza!… Bum-bum-paticumbum-prugurundum… Olê-lê, olá-lá / Pega no ganzê / Pega no ganzá… He, he, he. Se dei bem… Vão acabar com a Praça Onze…Tá na hora de parar, maestro!… Quero chorar, não tenho lágrimas…Vou perder a mulher, pô!… Que beleza! / A maconha que vem lá do Ceará… Pô, até que enfim!
signo com humor
Madame Sanz. Bem, você já sabe...
Madame Sanz viu que o alinhamento dos planetas estava favorável à folia, com Vênus na casa da Gandaia e ascendente malemolente, os astros propícios à realização de sonhos e fantasias de odaliscas. Numa conjunção de esbórnia com luxúria, apostou profundamente no signo de Carnaval e caiu no mundo. Previu
l b a e i O
í, Marquinhos, vou pegar uma odalisca maravilhosa. Olha ela ali na porta do banheiro. Linda, né? Se dei bem, otário… Licença… Dá licença, por favor… Desculpe aí… Cadê ela? (Isso é um cacófato, mas nessa hora não interessa). Pô, preciso fazer xixi… Licença… Nããão! A odalisca é odalisco!! Que filho… Ele não me viu. Vou desurinar noutro banheiro… Marquinhos, tu não vai acreditar. Sabe a odalisca? É… Tu já sabia? Tá rindo de quê? Tum-ticutum-tum-tum-tum-trrr… Olha a cabeleira do Zezé / Será que ele é? / Será que ele é?… Qual é, Marquinhos? Para de rir… Parece que é transviado… Essas coisas só acontecem comigo… As águas vão rolar… Olha lá, não falei? O tirolês da melindrosa enfiou a mão no gladiador… Bandeira branca, amor / Não posso mais… Protege os instrumentos!… Pela saudade que me invade / Eu peço paz… Cuidado com as garrafas!!… A garota monoquíni / Que beleza de menina… A lá, Marquinhos! Tá rolando um estripitize no camarote… Foi à praia sem confete / Só levou a serpentina… Bum-bum-paticumbum-prugurundum… Tristeza / Por favor, vá embora… Tá começando a dar bolha nos dedos… Vem chegando a madrugada, ô… Que horas são, hein?… Quem parte leva saudades de alguém… Quinze pras quatro… Ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai… Tá chegando a hora… Tum-ticutumtum-tum-tum-trrr… Cidade Maravilhosa… Uff!… Co-ra-ção-do-meu-Bra-sil…
a
“P
or que parou?! Parou por quê?!”. Porque acabou, pô! Vão se lascar! Tão pensando o quê?! Eu devia ter entrado pra sinfônica. Maestro! Amanhã à mesma hora?! Té mais, galera. Dá licença… Desculpe aí… Ih, ó quem tá ali. Quer saber? É carnaval… Psiu! Odalisca! Quer uma carona? Tão rindo de quê? que o destino lhe traria muita felicidade nos dias de festas e correu em direção ao futuro. Vestiu uma camisa listrada e uma máscara de Graça Forster e saiu por aí. Até agora não se sabe de seu paradeiro. Pelo visto, sua coluna foi escrita somente nas estrelas. Mas, antes, mandou um recado para você que é de Peixes: “Este ano não vai ser igual àquele que passou”. Quem acreditar encontrará seu grande amor. Madame só espera que seu grande amor não seja aquele mulato sestroso e garboso em quem ela está de olho no bloco dos astrólogos, Meu Futuro é Você.
meio ambiente
ARTICULANDO E DIVULGANDO NOSSAS INICIATIVAS CULTURAIS
Carlos Coelho é professor e músico Álbum de Ademir Moraes
APOIANDO ARTISTAS LOCAIS PRESERVANDO NOSSO PATRIMÔNIO, MEMÓRIA E IDENTIDADE PROMOVENDO O TURISMO CULTURAL
A comunidade protagonista e beneficiária AÇÕES APOIADAS E INICIATIVAS DO PONTO EM 2015: • DOMINGO NO DARKE • CARNAVAL COMUNITÁRIO • POESIA NA PRAÇA • REPLANTANDO NOSSA HISTÓRIA
• AUTO DE SÃO ROQUE • CORTEJO POPULAR DE NATAL • EXPOSIÇÃO DE ARTISTAS LOCAIS • SEMANA DO PATRIMÔNIO E DA MEMÓRIA CULTURAL • DEPOIMENTOS: CONTE SUA HISTÓRIA PARA ENTRAR PARA A HISTÓRIA • JORNAL A ILHA • BOLETIM CULTURAL PAQUETÁ VIVA!
Carnaval bem bolado em Paquetá não é de hoje. Nem a falta d'água...
Amigos do Cantinho do Ambiente, como neste mês o jornal é temático sobre o carnaval, continuaremos nosso debate anterior no próximo número e iremos falar também sobre a festa pagã. Se bem que, ao relacionar o carnaval com o meio ambiente, acabaremos falando sobre os mesmos assuntos de sempre!
empurrando a economia local, mas, ao mesmo tempo, temos que lembrar que precisamos justamente preservar o que temos de atraente para que as pessoas continuem querendo vir passear. Os maiores atrativos turísticos da ilha são as belezas naturais, então o turismo deve ser feito sem esgotá-las porque senão a economia local ouve um tempo em que para para de vez. se fazer protestos era nem lugares consagradamente turísticos cessário usar sutileza e bom que enfrentam menos problemas amhumor, e o carnaval era uma bientais devido ao aumento sazonal ótima hora para isto. Em um de pessoas circulando, algumas coisas são carnaval dos anos 1970, um observadas e precisamos fazer o mesmo: bloco fez uma paródia da música Jardineira, programar, planejar. E, para isso, é preciso de Orlando Silva, e a letra ficou assim: “oh conhecer as características locais. Paquetá, por que estás tão triste/tua beleza Nestas áreas que “deram certo” turistinão mais seduz/as tuas águas andam todas camente, isto aconteceu porque foi possível sujas/não tens mais águas, não tens mais prever os problemas e tomar medidas que luz. Oh, Roderico, vai trabalhar/não fique diminuíssem ou eliminassem os fatores triste/nem tampouco aborrecido/pois o povo desagradáveis, deixando para as pessoas tão sofrido/tem direito a reclamar”, onde apenas o lado agradável da questão, o Roderico era um conhecido médico que divertimento e a integração. Protestos bemadministrou a ilha. Poluição marinha, falta -humorados também são muito bem-vindos! de água e de luz eram assuntos cantados Por fim, para quem acabar indo longe pelas ruas na época, mas as dificuldades demais na festa da carne, é bom lembrar continuam. que deve se proteger não DE seu parceiro, No carnaval, nossos problemas do dia a mas COM seu parceiro, de doenças ou de dia acabam aparecendo mais e se tornando gravidez em hora indesejada. Há quem diga maiores pela quantidade de pessoas, seja que a melhor maneira de se prevenir é não pela maior produção de lixo e esgoto, seja fazendo sexo. Pode ser, não deixa de ser pela não observação de leis de proteção verdade, é uma forma de evitar. Mas este específicas, como a que proíbe os acam- lembrete não é para quem NÃO vai fazer e pamentos nas praias, por exemplo. sim para quem, independente do que pensa - já que na hora o órgão que pensa deixa Preservação e turismo O turismo da ilha agradece quando as de comandar -, vai ter um ou mais parceiros pessoas vêm passear, movimentando e sexuais na semana!
H
cantinho da vovó
DIVULGUE SEU EVENTO CULTURAL NO PAINEL DA PONTE. FALE COM A CASA DE ARTES PAQUETÁ.
Cuide bem de nossa ilha. Ela merece. Devemos valorizar e preservar seu patrimônio arquitetônico, paisagístico, Suas árvores e seu modo de vida. Queremos Paquetá também para as próximas gerações CADASTRE-SE E RECEBA O BOLETIM PAQUETÁ VIVA! COM A PROGRAMAÇÃO DO PONTO: casadeartes@ilhadepaqueta.com.br
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Maria do Carmo Zerbinato é poetisa
Flor Mulher
em homenagem ao Dia Internacional da Mulher (8 de março)
No jardim do Éden nasceu, Um lindo botão... Que beleza! Que logo depois mereceu Ser chamado de princesa.
Aos poucos, foi se virando Não numa florzinha qualquer..! Ela foi se transformando Numa linda flor... Mulher!
Esse botão foi crescendo, Devagar, devagarzinho, E aos poucos, ele foi vendo Que toda flor tem seu espinho...
Mulher, rainha das flores, Mulher rainha do lar, Mesmo nos seus dissabores Tem, sempre, amor para dar...!
Mas, o botão foi valente, Lutou com tanta altivez, Deixando muito contente O medo, todo, de vez...
Nas horas de nostalgia, Nos momentos de saudade, Você nos traz alegria... Mulher de qualquer idade!
Informativo da Morena Este espaço é uma cortesia do jornal A Ilha à Associação dos Moradores, que é inteiramente respónsável por seu conteúdo. As informações e opiniões não são necessariamente apoiadas pelos editores do jornal.
ObrasdaCedaesóserãoretomadasem3meses
O contrato com a empreiteira que tocava a obra foi suspenso em função de problemas de preço. Com a paralisação e a retomada por nova empresa, o prazo para conclusão do projeto foi adiado para mais um ano. Segundo o representante da Cedae, faltam apenas 15% para a conclusão de toda a obra. Muitos dos presentes estranharam o prazo de um ano diante desta estimativa. A explicação é a de que a retomada de uma obra por outra empreiteira sempre leva à dilatação de prazos, visto que é necessário rever
Mileide
Na reunião aberta à população, realizada no hospital, em 23 de janeiro (quando este Informativo já estava fechado), causou perplexidade a declaração do representante da Cedae sobre a qual já havia rumores na ilha: as obras de ampliação e modernização do sistema de tratamento de esgotos de Paquetá estão paradas e não serão retomadas em menos de três meses. Este é o prazo para a conclusão do processo de licitação para a contratação de uma nova empreiteira.
Imagens como esta se tornaram comuns em Paquetá. Este vazamento, na Praia das Gaivotas, ficou assim por mais de um mês. Há algumas semanas, outro semelhante tomou quase toda a extensão do bicicletário da Comendador Lage. Quando as obras da Cedae começarão a trazer melhorias? Ou estão piorando?
todo o projeto e fazer um levantamento do que efetivamente precisa ser feito – e mesmo da possibilidade de refeituras. Segundo a autoridade presente, o importante é a instalação da nova
elevatória que, em conjunto com a reforma das já existentes, aumentará o bombeamento de esgoto para fora da ilha numa vazão de 100 litros por segundo. Este esgoto seguirá para a estação de tratamento de São Gonçalo, por meio de tubulação submarina. Segundo a Cedae, serão 9.560 metros de linha de recalque (tubos de polietileno de alta densidade), resistente a pressão, com 355 milímetros de diâmetro. O problema, para nós que escutamos e debatemos com o representante da Cedae, é saber até que ponto podemos realmente confiar nas informações dadas. Afinal, no início de dezembro, o site da Cedae afirmava com todas as letras que “A Cedae iniciou nesta terça-feira (10/12) a principal obra para a despoluição da Ilha de Paquetá, que é a montagem dos cinco primeiros trechos de tubos de 200 metros” do emissário submarino – embora, dez dias antes, em 2 de dezembro, o site do Governo do Estado afirmasse que “A tubulação submarina que levará o esgoto gerado
na ilha para a Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) de São Gonçalo já foi quase toda lançada e instalada no fundo da Baía de Guanabara”! Fica complicado basear-se em informações assim desencontradas...!
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ASSEMBLEIA MORENA
MARÇO
(SÁBADO)
10h – Salão da Igreja Quer se associar? Ficar em dia?
PROCURE VILMA, A MULHER DO OURO
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culinária da vilmex
túnel do tempo
Vilmex é a mulher do ouro
Balinhas de gelatina com pinga
Ingredientes 1 xícara (chá) de água, 1 xícara (chá) de açúcar, 1 pct de gelatina do sabor de sua preferência, 2 envelopes de gelatina em pó sem sabor, 9 colheres (sopa) de pinga Modo de fazer Misture os ingredientes e leve ao fogo brando. Quando levantar fervura, cozinhe por mais 20 min. Retire do fogo e deixe esfriar um pouquinho. Ponha em copinhos de café untados com óleo (umas 3 colheres de sopa em cada). Leve à geladeira por no mínimo 6h. Estando firmes, desenforme e passe no açúcar cristal. Mantenha em pote fechado que durarão até 10 dias fora da geladeira.
Este mês, por conta do carnaval, temos um Túnel do tempo diferente. Em vez de locais antigos, publicamos esta foto. Pelo escudo, dá pra ver que é no Municipal. Mas em que ano foi tirada? Quem são essas pessoas? Você conhece alguma? O que estão fazendo neste lugar? Por que os sombreros? Pode ser que você mesmo(a) esteja nesta fotografia! Mande sua resposta para tunel@jornalailha.com. Resposta da foto da edição anterior: Cinco leitores acertaram em cheio que a foto era da Praia Grossa, mas nenhum foi o vencedor: um deles não justificou sua resposta e os outros quatro confundiram a grande construção à esquerda como sendo a Casa da Moreninha, que com sua fachada cor-de-rosa até hoje encanta os que chegam à ilha. Quem levou mesmo o título de vencedor foi Rubens Antero, o único que percebeu ser uma das caieiras (fábricas de cal) que dominaram Paquetá no século XIX e que foram acabando no primeiro terço do século XX, com o fim da matéria-prima na ilha, o calcário (a rocha que é formada pela decomposição de conchas e ossos de animais em milhares de anos). As últimas caieiras sobreviveram até os anos 1940. Esta da foto virou um cortiço e seu prédio foi o último a ser demolido – e era conhecido, justamente, como A caieira. Foi por causa dele e do traçado da orla que Rubens identificou a Praia Grossa.
crônicas de paquetá a vida é como ela é julio marques
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ão queria cronicar sem ver minha neta Luísa desfilar, garbosa, no Bloco do Preventório e ganhar, de lavagem, o concurso de fantasia. Afinal, serei jurado e não vendo minhas certezas. Não posso, também, descrever a emoção de assistir à Bundinha Feliz requebrando no desfile do Corso e eu, dentro de uma burrinha, rebolando muito alegre. Não falo, porque ainda não vi, da Moça da Saia Curta trotando no Fecha Bar e da Globeleza, de meia-calça, balançando seu galhardete. Não falarei, porque ainda não passei por isso, da emoção de testemunhar a passagem dos “mil ratos”. Queria homenagear Benevenuto e seus 100 anos, compositor e lenda que devia ser nome de praça. Como diz o Ricky, tudo são boatos salvos no carnaval. Ah! os carnavais.... Foram muitos, confusos, maravilhosos e esquisitos. Na barafunda dessas memórias relembro meu primeiro baile, em Resende, quase Itatiaia, que foi muito chato e que, pior ainda, tinha o calor de uma fantasia bem idiota. Isso poderia ter posto um ponto final nessa aventura e, não fosse a graça das marchi-
Paquetá está no município do Rio: não é preciso DDD nas ligações para a capital.
S
nhas, eu nunca teria pulado que nem louco nos blocos da vida. Afinal, a gente tem que superar o besteirol familiar porque, como diz o Serginho Cabeleireiro, no carnaval até o vestido dessa Marta cheia de truques encolhe na chuva.
ó sei que tenho mesmo é saudade do Silêncio do Ademir.
É monótono esse excesso de melancolia, mas a saudade, reparem no tracinho, do Silêncio do Amor é forte – que linda metáfora em homenagem à Márcia K! Queria dar uma salva de palmas para a Furquim toda enfeitada, com a Verinha em uma gaiola dourada com gente por todo lado, Carlinhos no tamborim, Valtinho de terno branco beijando a bandeira do bloco. Vem forte a lembrança da Glória Bicuda, em um Ford de papelão, acenando pra todo o mundo e sorrindo enquanto o povo dizia: sossega, leão, sossega, leão... Revejo Alfredo de fio dental e o Veras acariciando o cavaquinho e cantando, juntos com a Lucinha, o samba do Sereno. Nesse exato momento a Xuxa arrastava a saia no chão de terra, perto das outras baianas dessa grande escola do samba. É um frenesi de memórias pois são muitos os assuntos, de Olinda aos bailes de rua – Rua Duvivier engalanada, namoradas gaúchas, cariocas e baianas. O carnaval era sempre o fim das férias de sol com a escola esperando na esquina e as moças se rebolando. Me lembro bem da Unidos de Lucas
atravessando na Avenida, Elizete lá em cima, no alto da alegoria, e o povo na arquibancada ajudando, errando, a cantar o samba errado que não acabava nunca e a Presidente Vargas também. Lá longe, bem longe, o batuque. E os bailes do Botafogo... E os bailes do Monte Líbano e eu querendo muito ver alguma mulher pelada. Não posso acabar sem saudar o Coqueiros. Ivanzito no comando, tocando um samba do Bernardo, do Cataldi e do Dalmir, e o Beto cantando de um jeito bem dividido. Salve o grande companheiro, gente que a gente não esquece. Claro que o passado, por sorte, é um caminho seguro. Julio, achando que o carnaval talvez seja uma imprudência e que o preço disso tudo possa ser uma certa solidão.
um passeio em pqt
O contorno do litoral pode ser feito a pé em 45 minutos, sem correria nem paradas. De bicicleta, leva cerca de 25 minutos.
Logo na saída da estação das barcas na ilha, à direita, um painel oferece algumas opções de roteiros turísticos.
Paquetá > Praça XV
Pontos turísticos
Igreja Bom Jesus do Monte Caramanchão dos Tamoios Canhão de Saudação a D. João VI Árvore Maria Gorda Preventório Rainha Dona Amélia Escola Pedro Bruno Poço de São Roque Coreto Renato Antunes Capela de São Roque Casa de Artes Pedra da Moreninha Ponte da Saudade Pedra dos Namorados Casa de José Bonifácio Mirante do Morro da Cruz Cemitério de Paquetá Cemitério dos Pássaros Farol da Mesbla
Praças e parques Telefones úteis
Barcas (estação de Paquetá) - 3397 0035 Barcas (central de atendimento) - 0800 7211012 Bombeiros - 3397 0300 Cedae - 3397 2133 (água) / 3397 2150 (esgoto) Comlurb - 3397 1439 Farmácia - 3397-0082 Gás (fornecimento de bujão) - 3397 0215 Hospital (UISMAV) - 3397 0123 / 3397 0325 Light - 0800 282 0120 Oi Telemar - 3397 0189 PM - 3397 1600 / 2334 7505 Polícia Civil - 3397 0250 XXI R.A. - 3397 0288 / 3397 0044
Pedro Bruno Fernão Valdez Atobás (Quadrado da Imbuca) Tiês Lívio Porto (Ponta da Ribeira) Mestre Altinho Bom Jesus do Monte Manoel de Macedo São Roque Ex-Combatentes Alfredo Ribeiro dos Santos Pintor Augusto Silva Parque Darke de Mattos Parque dos Tamoios
Praça XV > Paquetá
Dias Úteis Dias Úteis 05:30 > 06:40 05:30 > 06:20 06:45 > 07:35 07:00 > 08:10 08:45 > 09:35 07:45 > 08:35 10:15 > 11:25 09:45 > 10:35 10:45 > 11:35 11:45 > 12:35 13:20 > 14:30 12:00 > 13:10 15:30 > 16:20 14:40 > 15:50 17:30 > 18:20 16:30 > 17:20 18:30 > 19:40 18:30 > 19:20 20:00 > 20:50 20:00 > 21:10 22:15 > 23:05 21:00 > 21:50 00:00 > 00:50 23:10 > 00:00 FdS e feriados FdS e feriados 04:30 > 05:40 06:00 > 07:10 07:00 > 08:10 08:30 > 09:40 08:30 > 09:40 10:00 > 11:10 10:00 > 11:10 11:30 > 12:40 11:30 > 12:40 13:00 > 14:10 13:00 > 14:10 14:30 > 15:40 14:30 > 15:40 16:00 > 17:10 16:00 > 17:10 17:30 > 18:40 17:30 > 18:40 19:00 > 20:10 19:00 > 20:10 20:30 > 21:40 20:30 > 21:40 22:00 > 23:10 22:00 > 23:10 23:30 > 00:40 00:00 > 01:10 Em negrito, horários com barcas abertas (tradicionais). Em itálico, os horários previstos de chegada.
Localidades
Viracanto Levas-Meio Rua dos Colégios Ladeira da Covanca Morro do Buraco
(Morro do Gari)
Pau da Paciência Árvore do Sylvio Colônia Cocheira Morro do Pendura Saia Morro do PEC
(Morro da Light)
Rua Nova Colônia da Mesbla Curva do Vento Beco da Coruja
Serviços
Banco Itaú Banco do Brasil e Caixa Econômica (Loja lotérica)
Hospital (UISMAV) (3397.0123 / 0325)
Aparelhos de ginástica (jovens e maduros)
Aparelhos de ginástica (idosos)
Mesas para pic-nic ou jogos Mictórios Farmácia (3397.0082) Brinquedos infantis