editorial
Às vésperas de nossa reunião mensal, tivemos de mudar a matéria de capa: nas ruas, nos bares, na internet, o assunto na ilha era a chegada das motinhas, a quantidade de bicicletas elétricas e o aumento de vans, carros e caminhões. A matéria principal tinha que ser a questão dos transportes. Convidamos moradores para escrever, outros nos procuraram, colunistas aderiram ao tema, a Morena nos cedeu material de pesquisa. Por isso, há opiniões e enfoques diferentes. Mas A Ilha é um jornal feito por moradores. Portanto, é claro que temos – e temos que ter – nossa opinião sobre a questão, embora dando espaço às demais. Somos a favor do Decreto 322 – aquele que, ao normatizar o zoneamento urbano de Paquetá, restringe os automotores ao interesse coletivo. Assim, somos favoráveis à regularização dos ecotáxis e contrários às motinhas e às bicicletas elétricas. Compreendemos que elas ajudam àqueles que, por idade ou doença, não podem pedalar. Mas cremos que os ecotáxis podem suprir esta função sem que toda a ilha seja prejudicada. As restrições aos automotores é um dos itens que tornam Paquetá diferente dos outros bairros. É razão da qualidade de vida que valorizamos, da atenção que podemos vir a receber do poder público e da própria atividade econômica que temos – embora haja comerciantes que, mesmo bem intencionados, ainda não se deram conta disso. Esta não é necessariamente a posição de todos os que escrevem ou fazem A Ilha, mas a da maioria de sua equipe editorial. E é capaz que amizades e simpatias sejam abaladas ao nos posicionarmos. Mas, como moradores e responsáveis por um órgão de comunicação, não poderíamos defender nossas ideias fingindo neutralidade. Isso nós deixamos para os grandes jornais e as TVs, que gostam de fazer os outros de bobos. André Villas-Boas
expediente
A Ilha é um jornal comunitário mensal, organizado, elaborado e mantido pelos moradores da Ilha de Paquetá. Mentor e fundador Sylvio de Oliveira (1956-2014) | Equipe Ana Pinta, André Villas-Boas, Antônio Tomé, Cláudio Marcelo Bo, Cristina Buarque, Flávio Aniceto, Ize Sanz, Jorge Roberto Martins, Júlio Marques, Márcia Kevorkian, Mary Pinto, Ricky Goodwin, Ruth Coelho, Vilma Leocádio | Jornalista responsável André Villas-Boas. Reg. Prof. 18583 | As informações e opiniões constantes nas matérias assinadas são de exclusiva responsabilidade de seus autores, e não necessariamente avalizadas pelo jornal | Impressão DGD Artes Gráficas (3882.4438) | Tiragem 2.000 exemplares | Contato editoria@jornalailha.com Ano III, número 30, março de 2015.
Este número de A Ilha foi possível graças à participação dos anunciantes e às contribuições financeiras de Agnaldo Wanderley Leonardo Couto Luciana Palma Ana Cristina de Mello Márcio & Mariângela André Villas-Boas Ferreira Cizinha & Maria Holanda Bernardo Karan Maria José de Cristina Buarque Oliveira Dona Guiomar Mary Pinto Flávio Aniceto Nadja Barbosa Isabel O. da Luz Padre Nixon Wanja Bastos Jim Skea
Paquetá alegre
cartas
Panelaço do bom
Mais uma vez, o Pérola da Guanabara veio alegrar Paquetá, com gente bonita, educada e com dinheiro. Na semana que antecede o carnaval, já aguardamos sua chegada, com sua alegria e fantasias superoriginais. Parbéns, garotada! Sejam sempre bem vindos! Não podemos esquecer o último Domingo no Darke, quando se juntaram o Pérola e o Boi Tolo. Aí, foi alegria total, em dose dupla! Parabéns aos organizadores dos eventos. Nós precisamos é de alegria! Dejane Miceli
que sairá da Praia dos Frades, em frente ao Pendura-Saia, às 9h30 de 23 de abril. A procissão – a primeira que deverá ter à frente o Padre Nixon – irá percorrer as ruas da Cocheira até o hospital. De lá, os participantes poderão juntar-se a todos os que quiserem festejar o dia de nosso santo guerreiro. Êta, saudade danada!
Ambulancha Pessoas de Paquetá estão morrendo pela deficiência no transporte de pacientes graves da ilha de Paquetá para o continente. O hospital local, quando precisa enviar pacientes graves para hospitais no continente, aciona os bombeiros que enviam um helicóptero ou uma lancha. O problema é que esta lancha é especializada apenas em combate à incendio e leva em média duas horas para fazer o percurso entre o G-Mar, em Botafogo, e Paquetá – e mais 2 horas para voltar. O helicóptero não pode voar com mau tempo e nem à noite. É imperiosa a existência de uma lancha para remoção de pacientes graves (ambulancha), com equipamentos para a manutenção da vida, baseada na ilha de Paquetá ou nas proximidades. Os órgãos competentes nada fazem para solucionar essa demanda, fato que me ensejou a acionar o Judiciário. Já perdi vários amigos e amigas, inclusive crianças, pela demora na remoção. São vidas perdidas para sempre. Donga Paquetá
Boa mesmo foi a manifestação pacífica no 15 de março, comemorando a aniversário de nosso querido Alfredo Braga, enquanto não muito longe dali nossa fotógrafa Neusa Matos festejava o primeiro ano da pituquinha Alice, sua neta. Alfredo fez churrasco na calçada, com acompanhamento do melhor (arroz, salada, farofa). Cerveja, alegria geral, clima maravilhoso. O bolo, com massa de pão de ló, estava lindo e gostoso – e, no finalzinho, sopa de siri com folhas de bertalha. Na véspera, ele já havia comemorado num petit comité japa – com direito não só a cardápio japonês como ambientação e roupas e adereços à moda oriental (foto). Esse ano não teve a tradicional festança de rua, mas, como sempre, Alfredo mostrou que é o cara. Alfredo, agora com São Jorge
Fernanda Cunha veio à Paquetá em 7 de março. Diz Cristina Buarque: “Ela deu um verdadeiro show na Casa de Artes, acompanhada pelo ótimo violonista Zé Carlos. Fernandinha (digo assim porque a conheci ainda meninota) canta com técnica e emoção. Pena que caiu um temporal e muita gente deixou de ver. Esperamos que ela volte e que Jorge Roberto Martins, completamente restabelecido, esteja presente. Que falta fazem Jorginho e Leila, meus irmãos!” Cantoria na igreja Foi um sucesso a seresta promovida pelo Padre Nixon, na casa paroquial. Moradores soltaram a voz com o auxílio de músicos locais. Clima bem descontraído. Teremos uma vez por mês e vale a pena. Preventório
Ginástica Me inscrevi no novo projeto de Ginastica para a Terceira Idade que funciona no hospital de Paquetá, mas o que tenho notado é que os horários estipulados pela equipe tem sido totalmente incoerentes para a minha disponibilidade e a de tantos outros. Somente abrem a parte de aparelhos às 9:30h. Será que essa academia que tanto beneficia aos da terceira idade não poderia rever esta regra? Eliane Germigos
O Carnaval não foi lindo Gosto muito desse jornal, mas não concordo com o que vocês publicaram sobre o carnaval deste ano. O jornal estava lindo, mas o que vimos aqui não foi nada disso. Não teve palco na Praça Pedro Bruno e os blocos estavam muito desleixados, quase todo mundo sem fantasia. Não sei de onde vocês tiraram aquelas fotos que foram publicadas, pois não vi nada daquilo nas ruas de Paquetá. Lúcia Hellman Lúcia, obrigado pelo elogio ao jornal! Mas achamos que você achou lindo o jornal justamente porque incluía as fotos publicadas – que foram todas tiradas nas ruas de Paquetá... Envie sua carta pelo e-mail
cartas@jornalailha.com
E Alfredo já avisa: a Festa de São Jorge este ano vai ser na Praça Pedro Bruno. Como ele sempre faz, vai ser servida gratuitamente uma tripa lombeira a todos os moradores que quiserem participar. A festa começa após a Procissão de São Jorge,
Depois da Colônia, foi a vez de o Preventório Rainha Dona Amélia ser tema de um programa de TV a cabo. Nele, a Irmã Antônia mostrou o trabalho feito na instituição, que é querido por todos os que têm, já tiveram ou conhecem quem tem ou já teve filhos cuidados pelas irmãs. O programa também abordou os aspectos arquitetônicos do lugar. Você pode assisti-lo, via internet, no site da Fundação Ataulpho de Paiva, mantenedora da instituição.
o que vai pela ilha Novo lar para o gatinho
de novos moradores Aline e Renato. A partir Conquistas do Campo de agora, as atividades deles na ilha serão mensais, sendo a próxima em 12 de abril, às 16h, lá mesmo na Praça Pintor Augusto Silva, que fica na frente do Darke.
despertou muita animação nas crianças, foi uma atividade do Ponto de Cultura Fazendo a Diferença em Paquetá. Paquetá premiada
Papeleiras
Foi inaugurada a chapeira da Padaria do Manduca. Era uma antiga reivindicação das massas locais. Finalmente, o Campo já tem pão na chapa! Jorge Ventura
Final feliz para o misterioso gatinho de coleira amarela que apareceu na casa de um morador na Comendador Lage e deu um refresco nas chorumelas diárias do Facebook. Encontrou um novo lar, repleto de amigos. Verdade que ele é um pouco tímido e tem tido dificuldade para se comunicar Retiradas há mais de três anos, as com os outros gatos. Mas está sendo muito papeleiras da Comlurb – ou lixeiras, como bem tratado. Se alguém conhece o dono todo mundo chama – estão de volta. Elas original, por favor nos avise. foram recolocadas na Ponte e até no Parque Boi Daqui dos Tamoios, no caminho para o Campo, logo após o carnaval. Agora, é conservar e denunciar quem as depredar – pois o vandalismo foi a principal razão que a empresa O escritor Jorge Ventura realizou no dia apresentou para retirá-las, em 2011. 17 uma oficina de literatura na Biblioteca Escolar para os alunos da Escola Municipal Ué, cadê???? Joaquim Manoel de Macedo. O evento, que
#nossas raízes. colaboração: Paulo Cesar PC
Ricardo Bichara O homem só envelhece quando os lamentos substituem seus sonhos
Ivo Paquetá Se alguém está tão cansado que não possa te dar um sorriso, deixa-lhe o teu
A
s árvores que tiveram de ser cortadas após tombarem mostram as marcas na ilha da intensa tempestade que marcou o fim do domingo de carnaval. Os ventos foram tão fortes que derrubaram um dos pilares do Caramanchão dos Tamoios (aquele que fica próximo às Barcas, na Praia dos Tamoios mesmo) – que teve de ser reconstruído logo depois pela Região Administrativa. A grande quantidade de árvores que caíram ou tiveram galhos – e até os troncos – quebrados pela ventania mostrou a necessidade de poda urgente. A COMLURB entrou com efetivo de dez homens, que ficaram aqui por 8 dias realizando o trabalho. Mas o serviço de poda tem que ser permanente! As sarjetas também tiveram de ser limpas pela Conservação, devido à grande quantidade de folhas e outros materiais trazidos pelo grande volume de água. Também houve postes que entortaram, devido à força dos ventos. A Light foi acionada para que seja avaliada a situação deles e que sejam trocados, juntamente com vários outros que já apresentavam risco de queda mesmo antes da ventania.
amores da ilha: Doutor Rodrigo
Jim Skea
Cavalo Marinho Boi Daqui fez a primeira de uma série de sambadas na parte externa do Parque Darke de Matos no ultimo dia 15. Vejam que as crianças da Colônia já entraram na brincadeira. Em destaque, o casal
Foi estranhíssimo: a reunião extraordinária da Comissão de Transportes da Morena para discutir a questão das bicicletas elétricas e das motinhas foi adiada para o dia 14 e transferida para um lugar maior, devido a interesse de muitos moradores em participar. Mas, chegou na hora, cadê todo mundo? Cerca de trinta pessoas participaram do encontro, mas os que defendiam as elétricas – justamente os que pareciam mais entusiasmados em discutir o assunto – não eram nem meia-dúzia de gatos pingados. Ah, esse ativismo de Facebook...
O Domingo no Darke e o Plantar Paquetá foram escolhidos para receber o Prêmio Ações Locais - Rio 450. A Prefeitura escolheu 85 iniciativas culturais comunitárias já em andamento para receber uma verba de R$ 28 mil (já com os descontos sobre o valor bruto de R$40 mil) para a continuidade e a ampliação destas atividades nos próximos dois anos. Paquetá recebeu nada menos do que dois deles! Os planos de como serão aplicados na ilha estão na coluna Falando de cultura, de Flávio Aniceto, na página 11 desta edição. Na foto, os responsáveis pelos dois projetos comemoram no Mercadão de Madureira, logo após a cerimônia da premiação.
túnel do tempo Paquetaense não gosta de mostrar idade! É o que se conclui do desafio do mês passado: só uma leitora respondeu. E sem medo de assumir: era 1972 e eu estava lá! Por causa dessa malcriação, este mês a foto é mais difícil mesmo, hehehe. Mande sua resposta para tunel@jornalailha.com (tem que justificar!). Resposta da foto da edição anterior: Nossa brava vizinha que não teme mostrar experiência de vida foi Fátima Primo. Ela conta: “A fotografia foi tirada em um baile de carnaval no Municipal. Era um grupo formado na maioria moradores do Edificio São Roque, organizado por D. Dulce e o Seu Bernardo, proprietários do apartamento 222, com a colaboração de meus
pais, Ernane e Wanda.Todos os anos escolhiamos um motivo diferente para as fantasias, e nesse ano o tema foi o México, talvez eco do tricampeonato da Seleção, um ano e meio antes. Em pé, da esquerda para a direita: Carmo (veranista), Lourdes (minha prima), Carlos (veranista) e sua prima, Jorge (sobrinho do Seu João Distinto), Rita Antunes (filha de Renato Antunes), Carlos Henrique (irmão do Jorge), Sergio (veranista), Paulinho (filho do Pedro Baiano) e Fábio (veranista). Sentados (também começando pela esquerda): Fátima (eu mesma), (não me lembro), Eliane (do apartamento 222), Bernardete (sobrinha do Seu Renato Antunes), Wanda (minha irmã), Helena (minha prima), (não me lembro), Ivanise (moradora da rua Dois irmãos) e as irmãs Ângela e Márcia Kevorkian”.
PARA SABOREAR
M. M. VITÓRIA Bar e restaurante
AÇAÍ DA
TIA LLOYDD
O melhor açaí da ilha
O MELHOR PEIXE DA ILHA Peixe frito ao molho de camarão • Filé de peixe a Belle Muniere • Dourado, Namorado ou Corvina CARNES DELICIOSAS Carne Assada, Churrasco Misto PORÇÕES SABOROSAS Batata frita • Camarão à paulista • Peixe frito • Frango à passarinho • Linguiças Rua Furquim Werneck, 86 - Ilha de Paquetá Tel: 21 3397 2897 Visa • Mastercard (apenas débito)
O bar da Dejane!
Petiscos • Peixe frito • Bebidas Açaí • Sorvete • Picolé
Almoce em frente ao mar
Praia José Bonifácio, 181
(Praia da Guarda)
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A melhor sardinha da Ilha
Praia Grossa, 20 loja A (em frente às Barcas)
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Estrelinha do campo No fim de semana, Frango Assado Entrega a domicílio das 9h às 13h
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Na ponte, fale com a Vilmex:
9.982 3 .8 0 0 1 No Campo, procure a Ruth:
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LANCHONETE SÃO ROQUE (Sr. Eudúcio)
A melhor batida e o melhor Feijão Amigo da Ilha! E uma bela vista! Rua Domingos Olímpio, 12 Tel: 3397 2472 (Praia Grossa)
Praia da Moreninha, 5 Tel: 3397 2199
Assinatura? Um ano: R$80 (Paquetá) R$100 (Sudeste do Continente)
É s ó l i g a r!
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pqt night SP
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Acima, Alzira com Gilcéia, Roberta, Douglas, Dayse, Luís, Eduardo e Tuca
Eduardo e Alzira Wisnesky: vivendo a alegria de mais um ano!
Abaixo, as belas Robertinha Pacheco e Diana Wisnesky
A sempre animadíssima Dayse Braga
•
A BOEMRI NA *DIU
Roberta, Alzira, Douglas, Dulce, Robertinha, Gilcéia, Dayse Braga, Ângela e dona Dayse Ronaldo Dutra, Alexandre Alves, Rodrigo Guerrinha e o garçon misterioso
Natalício do Alfredo fotos: Ricky Goodwin
Festa pelo primeiro ano de Alice Neusa Matos
Neusa Matos
Ainda miúda, Alice teve uma festa com churrasco, cerveja e samba. Mas, claro, não faltaram docinhos e o bolo de chocolate – tudo feito pelo pai, José Albernaz, especialista no assunto. Acima, Alice esfuziante, em um dos diversos modelos que desfilou, no colo da mãe Marcela Matos, junto com o pai e a avó Maria Cristina. Ao lado, Albernaz e o semiavô Mauro ladeiam as três gerações de mulheres: a pimpolha, a mãe e a avó Neusa Matos, fotógrafa de A Ilha: difícil saber qual a mais linda.
Ricky Goodwin
*A expressão Boemia diurna era usada por Sylvio de Oliveira. Ele acordava muito cedo (4h!) e trabalhava em casa. Com tardes livres, gostava de passá-las num bar com amigos. Na hora mais animada, ele geralmente já estava com sono e ia para casa dormir. Assim, se dizia um boêmio diurno.
Aniversário de Alzira Wisnesky fotos: Cláudio Santos
PARA UM DIA-A-DIA COM QUALIDADE JOÃO BOSCO
Bicicletas e quadriciclos Venda de bicicletas elétricas Aluguel e consertos Rua Pinheiro Freire, 32 loja 4
Estacionamento de Bicicletas da Paróquia do Bom Jesus do Monte
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Quentinhas, Tortas, Salgados, Encomendas Entrega em domicílio 3397.2109 e 9.9480.7226 Responsável: Maria Socorro da Silva
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O motor é lindo? Tinha uma campanha de propaganda de cigarros cujo slogan era “Questão de Bom Senso”. Eu não fumo faz décadas, mas ainda gosto muito dessa ideia. E pego emprestada porque acho que um pouco mais de bom senso pode iluminar esse animado debate sobre o uso dos veículos elétricos em Paquetá. Alguém ainda tem dúvida sobre a importância dos ecotáxis para a vida dos moradores da ilha? Você conhece alguém que nem uma vezinha deu uma volta num deles, nem que fosse para experimentar? É bem provável que não. Tanto é que estes triciclos motorizados estão prestes a ser legalizados e reconhecidos como um serviço essencial. Mas nem sempre foi assim. Pouco mais de 10 anos atrás, a empresa informal Eco-Táxi – pioneira no ramo e que deu origem ao nome genérico desse tipo de veículo – começou a fazer sucesso e a ampliar sua frota. Era não mais que meia dúzia de táxis, os únicos da ilha, e ainda movidos a pedaladas de seus jovens condutores. Um belo dia, os três sócios-fundadores –meus velhos amigos Americano, Daniel e Gordon – me procuraram em pânico para que eu escrevesse uma carta dirigida ao Administrador Regional. Motivo: a frota inteira havia sido recolhida porque o serviço não legalizado estaria prejudicando as charretes, o bondinho e os pedestres. Não sei se também pelos meus argumentos, mas certamente pela pressão do número crescente de usuários, de repente órfãos da nova facilidade, os táxis foram liberados dias depois. A empresa Eco-Táxi atua até hoje no Rio. E o resto da história está nas nossas ruas. Prevaleceu o bom senso. Os ecotáxis, hoje elétricos, não acabaram com as charretes, nem com o bondinho, nem com o bucolismo de Paquetá. Foram uma evolução, uma alternativa de transporte que melhorou a vida de muitas pessoas. As vilãs da vez agora são as bicicletas elétricas. Na última reunião da Morena, em que se discutiu a questão, a maioria dos 24 presentes pediu que seja aplicada a lei que abole ou restringe bastante seu uso. Os motivos são basicamente a segurança – pelo excesso de velocidade com que algumas cruzam as ruas – e a tradição – as elétricas podem prejudicar nosso bucólico e saudável cotidiano de pedalar uma magrela, o que também seria danoso à imagem da ilha. Que me desculpem os vários queridos amigos e outros moradores, conhecidos ou não, que participaram da reunião. Mas me parece óbvio que, pelo tamanho e pelo
A posição de A questão dos trans Ilha sobre a editorial desta ed portes está no ição, na página 2.
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iz-se que em Paquetá as ruas são extensões das casas. Para confirmar, basta observar as crianças brincando livres e o arcel M adultos sentados em o i d Cláu suas cadeiras nas calçadas, aproveitando a calmaria do lugar. Caminhar entre as belezas naturais é um privilégio único num Nadja bairro que difere dos outros pela sua Mara tranquilidade e arquitetura peculiar. Barbo sa Pelas ruas de terra circulam charretes e bicicletas, que convivem em harmonia com os pedestres. Tudo isso dá ao peso, um táxi conduzido irresponsavelmente bairro um ar bucólico que encanta a oferece muito mais perigo do que uma bike. quem vem de visita. Também acho que visualmente os desenO uso das bicicletas tradicionais, gonçados e esquisitos triciclos são muito não há como negar, faz parte da mais estranhos ao nosso cenário. E que identidade cultural do bairro, mas a questão da atividade física é uma opção ultimamente, vem se tornando comum pessoal, de foro íntimo, como fumar, beber, a utilização de bicicletas elétricas, comer fritura, etc. gerando preocupação, principalmente As bicicletas elétricas, como os ecotáxis, com a segurança de crianças e também têm sido uma mão na roda para idosos. É certo que a modernidade alguns, principalmente os que têm que traz algumas comodidades, mas se deslocar várias vezes por dia pela ilha. precisamos pensar se ela está nos Mães e seus filhos indo e vindo da escola, tirando vantagens sem percebermos. entregadores de restaurantes e outros esPedalar é um hábito saudável, um tabelecimentos comerciais, funcionários de exercício que garante benefícios ao serviços públicos vistoriando trabalhos. E, organismo, principalmente ao coração. naturalmente, os idosos e pessoas com limitações físicas que as impedem de pedalar. Sim, há os jovens, ou nem tanto, a fim de tirar uma onda com suas motinhas. E o que há de errado nisso? Nada, se eles andarem numa velocidade adequada. Então que se pense numa forma de segurar os mais empolgadinhos. Que, aliás, não são muitos. Se você observar por algum tempo o vai-vem numa esquina movimentada, como a do Quintal ou do Viracanto, vai ver que a maioria das elétricas segue seu caminho num ritmo paquetaense. Como aconteceu com os ecotáxis – muito questionados inicialmente –, acredito que as bicicletas elétricas vieram para ficar. Já há dezenas nas mãos de moradores, que investiram uma boa grana para ter mais conforto no seu dia a dia. Por uma questão de bom senso, melhor refletirmos mais um pouco sobre esse impulso de desenterrar uma lei anacrônica, por decisão de menos de 30 pessoas, num universo de 5 mil. Calma, minha gente. Uma bicicleta elétrica é apenas o que o nome diz: uma bicicleta com um motorzinho elétrico. Nada mais que isso.
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Em Paquetá, segundo o Decreto nº 322 de 1976, “não é permitido trânsito de veículos motorizados de qualquer espécie”, com exceção daqueles indispensáveis ao serviço público e os de utilização transitória. Além disso, segundo o Conselho Nacional de Trânsito (Contran), a maioria das bicicletas e triciclos elétricos que vêm circulando pela ilha são ciclomotores e, portanto, deveriam ser proibidos. Assim sendo, não há nenhuma dúvida de que estamos diante de uma ilegalidade. Não bastasse a questão legal, muitos usuários de bicicletas e triciclos elétricos ainda trafegam em velocidades alucinantes, com risco de um acidente, deixando os moradores extremamente preocupados. Se nada for feito para impedir essa irregularidade, o próximo passo vai ser a instalação de sinais de trânsito e faixas para pedestres? E se as lojas de aluguel de bicicletas resolverem colocar as elétricas para alugar aos turistas? Afinal, a evolução motorizada não seria para todos? São questionamentos a serem considerados. modernização dos transportes é um desejo, principalmente com a chegada dos ecotáxis, que facilitam a locomoção dos idosos, de pessoas com sacolas e com necessidades específicas. Entretanto, este não pode ser motivo suficiente para colocar em risco a segurança dos pedestres quando, por força de um motor, a velocidade supera o permitido. É preciso encontrar um equilíbrio entre o conforto e a segurança. A modernidade não pode nos tirar a liberdade. Trocar a paz das ruas seguras pelo apelo de uma comodidade tecnológica vai nos igualar a bairro simples qualquer do Rio de Janeiro. Em nome da modernidade estaremos perdendo direitos que só beneficiarão um pequeno grupo. A cultura de um povo é determinada pelos seus modos de viver, de ser e de pensar. É o patrimônio cultural de uma comunidade que a diferencia de todas as outras. Paquetá tem identidade própria e, por isso, sua vocação turística. Incorporar bicicletas elétricas tirando a tranquilidade das pessoas e a calmaria das ruas é destruir parte de seu patrimônio cultural.
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Paquetá, agosto de 2020 eu vender minha casa, vou conseguir o quê no Rio, do jeito que ela está valendo pouco? Com as levas sucessivas de gente saindo depois da lei nova, houve muita oferta de aluguel e de venda de casas, então os preços foram caindo muito. E daí os novos moradores foram atraídos pelos preços de banana, além da gratuidade do transporte para o Rio. Ficou tão barato que, mesmo sendo cobrada a início. Mas passagem, desde 2017, continuou assim como quase todo mundo comprou a sua bicicleta elétrica, atraente. Então, eu tenho praticaquase todo mundo acabou indo mente a ilha só pra mim, porque embora depois. Os primeiros a sair com o pessoal no batente e as foram os que moravam de aluguel. crianças nas creches lá do Rio, E, após a morte da velhinha atro- não há vivalma aqui. pelada, foi uma debandada geral zem que Pados idosos. Saíram, apavorados, quetá não é pra morar em casas de parentes mais o que em outros bairros, onde as calçaera. Exagero. das são mais largas e há sinais Tá certo que para os carros. mudou muito. Não adiantou nada a conclusão Algumas ruas tiveram que ser óbvia de que a velhinha morreu por asfaltadas, muitas árvores foram culpa dela mesma. Quem mandou arrancadas para dar espaço nas atravessar a rua sem olhar para os calçadas (e que nem são tão usalados? Mas, na maior parte do dia, das), a Praça Pedro Bruno virou o trânsito na ilha não é movimen- praticamente um estacionamento tado assim, porque só nas horas coberto (como o pátio da Colônia dos catamarãs é que as ruas são e a varanda do antigo Manduca, lá realmente usadas, com o pessoal no Campo) e a maioria do comérindo ou vindo do trabalho. E isso é cio fechou, porque os clientes fomuito concentrado, porque o servi- ram rareando: quase todo mundo ço de transportes melhorou muito: trabalha no continente e compra os novos catamarãs, pequenos tudo lá mesmo, trazendo na volta. mas bem velozes (20 minutos!) E, como mais ninguém vem saem de meia em meia hora das a Paquetá, os restaurantes, as 4h30 até as 8h30, e esses interva- pousadas e as lojas de aluguel de los voltam a ficar assim pequenos bicicleta foram fechando. Logo que na volta, entre as 18h e as 20h. as ruas foram asfaltadas, aquelas Mas fora essas horas, e nos fins famílias que vinham para as de semana também, as ruas são praias sumiram, porque acharam vazias. Há outros dois horários, às que não poderiam mais deixar os 11h e outro ao meio-dia, pro pes- filhos soltos sem medo. Mas, como soal que pega meio-expediente. elas circulavam pouco e gastavam Mas esses não causam trânsito, menos ainda, isso nem foi muito porque chegam sem ninguém e sentido – até que os passageiros partem bem vazios. nas barcas tradicionais diminuíPor essa tranquilidade é que ram tanto que elas acabaram vou ficando por aqui: trabalho em extintas. E aí foi que os turistas casa, via internet. Além do mais, se desapareceram de vez, porque
Di
a viagem perdeu a graça e para andar de bicicleta no asfalto basta ir ao Aterro do Flamengo. Ficou sem graça também andar pelas ruas, porque os moradores foram fechando os quintais da frente para que as bicicletas e as motinhas não pegassem sol e chuva – e aí as fachadas foram ficando escondidas. Mas isso aconteceu também porque começou a ter muito roubo de peças. Eles diminuíram bastante depois que o pessoal levantou os muros e pôs arame farpado. Todo mundo tem a sua bicicleta elétrica. Os com mais grana têm as motinhas – e volta e meia surge alguém com um modelo novo, mais bonito. E aí a pessoa acaba sendo conhecida pela sua motinha, porque hoje em dia não tem mais aquela coisa de todo mundo se conhecer. A viagem é curta demais e, assim que chega, o pessoal pega direto sua bicicleta ou motinha no estacionamento e vai pra casa. Quando traz alguma compra maior, aí pega um táxi, que são uns três ou quatro carrinhos elétricos. São suficientes, porque os moradores não precisam e turistas não há mais.
A
s charretes também se foram por causa disso, e aí nos livramos do cheiro de coco de cavalo e da chatura que era ficar empacado atrás delas. E, com o asfalto e a maior parte das pessoas circulando para ir ou voltar do continente, as mulheres hoje usam salto e os rapazes seus tênis da moda. Nem nos fins de semana se vê mais gente mal ajambrada como antigamente, até porque quase ninguém fica aqui, já que não há o que fazer. Quem não vai pro continente fica em casa, frente à TV ou à internet. Às vezes uns vizinhos se reúnem para um churrasquinho na calçada, junto a alguma das vendinhas que moradores abrem aqui e ali,
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tq Pos o r Cla
pra fazer um bico, aproveitando o fim dos mercados.
é
claro que algumas coisas dão saudade, como dar bom dia ou boa noite. Mas, afinal, não existe mais isso em bairro algum! Era coisa dos antigos, que é como chamamos hoje os moradores que foram embora. Bom, alguns ficaram, como é o meu caso – mas não gosto muito de falar nisso, porque pega mal. Acham que quem morava antes quer de volta o tempo em que éramos obrigados a só andar de bicicleta comum. Mas é claro que ninguém quer andar pra trás. Eu ainda gosto de morar aqui, mesmo com a orla cheia de mato, depois que a Comlurb reduziu o número de garis porque as praias, as praças e os parques deixaram de ter gente. Ficou tudo com um certo ar de terreno baldio, mas há de se compreender que é pracinha e jardinzinho demais pros garis darem conta – tanto que a coleta do lixo passou a ser feita só três vezes por semana, como em qualquer outro bairro. O ruim é que, com o lixão, a ilha ficou cheia de moscas. Mas pelo menos não temos mais gambás, que foram sendo exterminados porque os que iam chegando os achavam esquisitos, nojentos e até perigosos. Os cachorros também sumiram, já que ninguém mais deixa solto, para não serem atropelados e causar acidentes. Mas os pássaros continuam, embora não haja mais gente com tempo para ouvi-los. A bem dizer, se eu pudesse, me mandava. Mas não sou o único. A população daqui é muito flutuante, porque assim que melhoram de vida as pessoas vão pra um outro bairro que tenha mais recursos, mais vida. Ninguém gosta muito daqui, na verdade. Mas, de qualquer forma, eu ainda gosto. Pelo menos um pouco, eu ainda gosto.
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contra a favor acontra favor c tfavor roan acontra av o f ar contra aconfavor fctra aovnoa-r tfavor ra a contra afavor c tfavor roan aacontra favor contra a favor
acontra f avo r contra acontra favor a cfoa n v o- r tfavor ra a contra av o f ar contra a favor contra av o f ar tcfavor roan acontra afavor c tfavor roan a-
Quando vou comprar um abacaxi, eu quero um Avanço e modernidade são noções que devem ser consideradas abacaxi. Porque gosto do sabor, gosto da textura, com critérios. Por décadas, achou-se que o importante era desenacho que faz bem pra saúde (apesar de às vezes dar volver, avançar, e não se observaram as consequências. As obras uma aziiiiiia...). Mas é uma fruta que às vezes foram cada vez mais grandiosas – o que levava a impactos negativos é meio azeda, é difícil de carregar na sacola, proporcionais. Nos anos 1990, isso começou a mudar: estes impacchata de descascar... tos passaram a ser avaliados em qualquer modificação do ambiente. Nasceu então a ideia do desenvolvimento sustentado: agir, intervir e Para melhorar a minha compra, escolho um mais mamodificar, tal como antes, mas considerando as consequências para durinho. Se for na feira, peço pro feirante tirar a coroa. E, as gerações futuras, buscando não esgotar os recursos. claro, me preparo psicologicamente para a chata missão Toda atividade gera impactos, que podem ser positivos ou nede descascá-lo, já em casa. gativos. Isto se aplica também à atual discussão sobre os veículos Faço isso porque gosto de abacaxi e elétricos. Seus impactos podem ser positivos para o usuário que não quero comer o abacaxi. Então, acho que pode fazer esforço, justamente porque este tipo de veículo não requer vale a pena. esforço. Mas pode ser prejudicial no caso daquele usuário que precisa Se eu quisesse só um suco, sem ter muito trabalho, exercitar-se e não o faz, visto que não há esforço. aí eu iria numa loja de sucos e resolveria o problema. As mudanças nos transportes podem ser um fator muito positivo na ilha Um suco de abacaxi não é nada tão caro, e mataria – até certo ponto. A lei de 1976 não fala de veículos a explosão porque não a vontade de saborear a fruta. havia elétricos na época. Mencionar veículos motorizados era suficiente. Mas não: eu não quero só um copo de Mas, hoje, existem os elétricos! abacaxi. Como eu gosto muito dessa s ecotáxis de tração humana foram uma fruta, quero mastigar as fatias, quero sacação genial para Paquetá e fizeram tomar vários copos. Quero tê-lo na minha gesucesso imediato. Para alguns, pelo conladeira por uns dois, três dias. Depois, compro forto. Mas, para outros, fundamental para outro. Sempre tenho abacaxi na geladeira. Um copinho a própria locomoção e o transporte de só, na loja de sucos, não iria me satisfazer. pequenas cargas. Mas logo notou-se que Eu não posso querer um abacaxi que tenha uma casca não eram saudáveis para os condutores: macia, que talvez nem precise ser retirada para comer. era visível o exercício errado que faziam Ou que tenha um sabor mais leve, sem risco de ser ao pedalar veículos tortos ou mesmo desazedo. Que seja pequeno, mais fácil de caber na sabalanceados. O Jones, coitado, parecia cola. Porque isso seria uma pera, e não um abacaxi. que ia ter um troço a cada corrida! Claro, eu posso viver reclamando que um abacaxi Apareceu então o motor elétrico – a meu ver, ainda mais genial. And não é uma pera, e viver infeliz com minha geladeira. ré V Não só foi um ganho em saúde para quem trabalha: possibilitou illas Ou, então, brigar para que haja uma lei definindo -Bo também que outras pessoas entrassem no ramo, como as mulheres as que as peras agora são abacaxis. E, aí sim, eu e os mais idosos. Mas também menores, sobretudo crianças – o terei um abacaxi com menos acidez, mais macio que não é bom, tanto pela questão da responsabilidade civil em e mais fácil de carregar e comer. Uma pera que caso de acidente, quanto porque a criança tem menor capacidade chamaremos de abacaxi. de avaliar situações de perigo. E o lugar de crianças e adolescentes Mas restará um problema: como o feié na escola, e não no trabalho. rante vai fazer para anunciar o que está Como a legislação está desatualizada frente ao que aconteceu vendendo, se duas frutas tão diferentes desde 1976, surgiu uma visão dúbia: a princípio proibidos, os ecotáxis têm o mesmo nome? Por força da lei, poderiam ser equiparados aos veículos motorizados que são permitidos só haverá um jeito: o abacaxi terá que porque prestam um serviço público essencial. Para isso, a legislação deixar de ser abacaxi. A única maneira teria que ser modificada – o que faria também com que os condutores será acabar com ele. E, quem quiser pudessem ter respeitados seus direitos trabalhistas. Na hipótese de um abacaxi, que coma pera. acidente, sempre pensamos no que acontecerá com o usuário, mas a Para muita gente, Paquetá é um abacaxi r i re também o trabalhador precisa estar resguardado! er que precisa virar pera. Mas, se ele virar F Como a atividade perante a lei é proibida, mas a n pera, não será mais o abacaxi e não terá a i perante os moradores é essencial, acabamos convivendo Da a graça que o abacaxi tem e que a pera com esta, digamos, “benevolência com o erro”. Perante a não tem. Então, é preciso decidir o que lei é erro, mas há um pensamento coletivo de que não é! se quer: é mesmo um abacaxi ou é, na Essa situação dúbia gerou uma percepção de que o proibido é reverdade, uma pera? Se decido que lativo e que qualquer Paquetá já foi – isso mesmo, já foi – O mundo inteiro mudou; não foi só gosto de abacaxi, então vou fazer o mudança é bem-vinda. um lugar pacato. Hoje não é mais, e isso aqui. Em vez de reclamar, por que possível para torná-lo mais doce, Mas, ao mudar coisa mais fácil de carregar, menos tão importante na ilha, não é ruim. Temos que evoluir, parar com não tentar se adaptar às mudanças e antipático na hora de descascar. aproveitá-las? Já temos uma péssima esse pensamento de que, por ser um lugar é preciso analisar o Ou seja: vou “melhorá-lo”, mas que vai acontecer com afastado, devemos ser passados para trás. administração. Agora, os próprios Há alguns anos, a ilha era mais voltada moradores querendo acabar com a ilha sem fazer com que ele deixe de as próximas gerações. ser um abacaxi. Tudo em Paquetá está a pessoas mais velhas. Mas hoje não: é complicado! Mas, se o que eu quero é na verrelacionado de alguma em nossas ruas circulam mais jovens, e O que falta em Paquetá é uma admidade uma pera, e apenas sentir forma à restrição aos eles são tanto moradores quanto vindos nistração mais jovem e uma associação um saborzinho de abacaxi, eu motorizados – inclusive de fora. E jovem precisa de crescimento! de moradores mais jovem, pra ver se compro peras e tomo um suco o nosso modo de viver Estou cansada de ver tanta gente recla- assim a ilha vai pra frente como outros de abacaxi na loja. Ou, em outros diferenciado. É justa- mando das evoluções na ilha – como, por bairros. E quando digo jovem não é termos: procuro um lugar mais lemente a quase ausência exemplo, reclamações quanto à circulação de idade, e sim de pensamento. Já tá gal pra morar e de vez em quando de motores que parece do veículo da empresa CWNet. Parece chato certas pessoas estarem no ano de venho passar um fim de semana tornar a ilha diferente de 2015 e tentarem viver no ano de 1993. que é difícil para algumas pessoas enem Paquetá, que vai ser bem bacana. todos os outros bairros Bora acordar, abrir a porta e ver que os tenderem que o tempo passou, que leis E deixo o abacaxi pra quem gosta de da cidade, do estado, tempos passaram! Só assim veremos devem ser alteradas para o crescimento abacaxi e tem o trabalho de melhorá-lo dizem até do país – e sem fazer com que ele deixe de ser um que também passamos com ele. e a evolução da população. mesmo do mundo! Vamos deixar a ilha crescer, galera! abacaxi. Parem de querer com que a ilha volte ao que era 10, 20 anos atrás. Vamos deixar a ilha evoluir!
O
ac favor tfavor roan acontra av o f ar contra a favor contra av o f ar -
As bicicletas elétricas, de qualquer tipo, continuam O excesso de velocidade das proibidas em Paquetá e seus usuários estão fora da lei ao bicicletas elétricas é motivo de muitas circularem com elas pela ilha – esta é a conclusão dos pareceres reclamações dos moradores junto dos dois juristas consultados pela Morena, aos quais A Ilha teve à Região Administrativa, segundo o acesso. assessor regional Adelson dos Santos. A Conhecedor do dia a dia de Paquetá, onde possui casa, o R.A. já solicitou o agendamento de uma advogado Ricardo Bichara alerta: “a omissão da Prefeitura até reunião com o secretário municipal de a presente data não autoriza e muito menos legaliza o que está Transportes, Rafael Picciani, para tratar da errado”. Para muitos moradores, o fato de não ter havido ainda questão do transporte na ilha. um pronunciamento oficial do município sobre as elétricas na – Queremos conversar sobre o grupo ilha significa que elas estão liberadas. Mas é um engano: não há de trabalho encarregado de estabelecer A le qualquer lei que ampare sua circulação na ilha. Muito ao contrário: i qu o novo Regulamento para o Serviço de ee o que há são leis que as proíbem. stá Transporte de Passageiros e de Pequenas – A bicicleta é considerada um veículo, sendo elétrica ou não, v ale Cargas na ilha – diz ele, referindo-se à nd tendo previsão no artigo 105 do Código de Trânsito Brasileiro o comissão criada pelo prefeito Eduardo – lembra José Carlos Alves, que já foi morador de Paquetá e Paes, logo após sua visita a Paquetá, frequenta a ilha há décadas. em julho de 2013. – Achamos que as Alves observa que a atual utilização das elétricas é fruto de bicicletas elétricas devem ser incluídas na uma aparente confusão de leis. O decreto municipal 35553, de pauta do GT, para que seja tomada uma 2012, e depois a Resolução 465 do Contran, de 2013, fizeram a posição oficial a respeito. equiparação delas às bicicletas comuns, para efeito de lei. Como as No entanto, a chegada à ilha das bicicletas comuns são de uso corrente na ilha e as elétricas foram motinhas – os ciclomotores elétricos cujo equiparadas a elas, concluiu-se que ambas estavam autorizadas. design lembra uma motocicleta e que No entanto, ambas as normas não têm validade em Paquetá. chegam a alcançar até 65 km/h – fez com O que vale é o Decreto 322, que estabelece o zoneamento urbano . que fossem alteradas as prioridades. R.A do município e considera a ilha como uma Zona Especial, na qual é a d – Já fizemos contato com a CCR proibido o "trânsito de veículos motorizados de qualquer espécie e ão ç i Barcas e seus funcionários não permitirão s o para qualquer fim". o embarque destes veículos. Estão Ap – Uma lei geral não pode revogar uma lei especial. Temos apenas esperando o documento que uma resolução da União, de caráter geral, e uma lei especial, de oficializará a proibição. zoneamento urbano, tratando de aplicações específicas, dentre A administração regional solicitou que elas para Paquetá. De forma que descabe falar em revogação do a Guarda Municipal reprima a circulação Decreto 322/76 pela Resolução do Contran – afirma Alves. das motos, notificando os proprietários O advogado arrola 17 sentenças dos últimos três anos, nas para que tirem os veículos da ilha e quais todos os juízes partiram deste princípio, que está na Lei de não tenham prejuízos. Mas, em caso Introdução ao Código Civil. Uma lei só revoga uma outra anterior C om de insistência, as motinhas terão de ser quando explicita esta revogação, seja incompatível com aquela o usa apreendidas. mais antiga ou quando trate integralmente do tema que estava nela. r ae – Qualquer um pode ligar para a GM e lét A equiparação das elétricas não faz nada disso, seja no decreto do rica avisar onde viu uma motinha. município, seja na resolução do Contran. de Ele explica que, no caso das bicicletas ntr o elétricas, ainda é necessário esclarecer se da Veja o texto da lei citadas no Inform s leis a equiparação delas às bicicletas comuns ativo Morena, na pági da – conforme estabelecido por decreto na 15 municipal e depois pelo Contran – tem validade na ilha. Ou, então, se o que vale Praticamente todas as bicicletas elétricas que circulam hoje na ilha é o Decreto 322, que proíbe a circulação estão em situação ilegal. O advogado Ricardo Bichara explica que “para de veículos motorizados particulares “de ser considerada uma bicicleta elétrica, tem que se enquadrar na Resolução qualquer espécie e para qualquer fim”, 465/2013 do Contran. Todo ciclo motorizado, elétrico ou à combustão, que excetuando os de utilização transitória não esteja enquadrado nas especificações contidas neste resolução são (caminhões de mudanças etc.). considerados ciclomotores e submetidos ao Código de Trânsito Brasileiro”. – Enquanto não houver esta definição, E a Resolução do Contran é clara: só pode ser chamada de bicicleta não há como tomarmos atitudes mais elétrica aquela que o motor só é acionado quando o ciclista efetivas. É um caso parecido com o dos pedala – ou seja, as chamadas pedelecs. Em Paquetá, ecotáxis. No ano passado, eles foram não há notícias da circulação de uma elétrica assim: em todas elas, reconhecidos no município como veículos o motor funciona sozinho, sem necessidade de qualquer pedalada. de transportes, por meio da Lei 5753, mas Além disso, elas não podem dispor de “acelerador ou de qualquer a regulamentação ainda não foi aprovada outro dispositivo de variação manual de potência" e só podem alcançar a pela Secretaria Municipal de Transportes. velocidade máxima de 25 km/h (na ilha, o permitido é até 20 km/h), Segundo Adelson, a Região com "potência nominal Administrativa tem trabalhado para A Morena pensa em realizar um evento máxima de até 350 Watts". esclarecer a população. No início para sensibilizar os moradores que têm Não é só: quem anda de bicicleta deste mês, a administradora regional se excedido para elétrica é obrigado a usar Janaína Wisnesky teve uma reunião que respeitem capacete e elas têm que ter com a Comissão de Transportes da o limite de indicador de velocidade, além de Morena para tratar tanto da questão das velocidade “campainha, sinalização noturna motinhas quanto das bicicletas elétricas dianteira, traseira e lateral, de 20 km/h. A e dos ecotáxis. E, em 14 de março, ideia é fazer espelhos retrovisores em ambos ela e Adelson participaram da reunião reproduções de os lados, pneus em condições extraordinária da Comissão, aberta a tods placas, como esta mínimas de segurança”. os moradores. Ele é taxativo: ao lado, e distribuí-las para que sejam – A circulação de motos não é afixadas nas casas próximas ao evento. permitida nem será tolerada. Mais sobre a questão dos transportes no editorial (pag. 2), no Informativo da Morena (pag. 15), nas Crônicas de Paquetá (pag. 16) e no Cantinho do Meio Ambiente (ao lado, nesta página)
meio ambiente Carlos Coelho
é professor e músico
Amigos do Cantinho do Ambiente, neste número debateremos os transportes internos da ilha. Não que o externo não seja importante, mas é outro nível administrativo e jurídico, outra luta diferente – até porque o poder público responsável por este não é próximo a nós, como ocorre com a RA, a GM, etc. Este assunto faz tempo que está em pauta na ilha, mas nos últimos tempos tem fervilhado, tanto nas redes sociais quanto pelas ruas mesmo, devido à profunda modificação que temos assistido. É necessária, portanto, uma análise tanto histórica quanto em relação ao ambiente natural e social de Paquetá. ilha é um bairro diferenciado dos demais, tendo até mesmo uma legislação própria em vários sentidos, que proíbe automotores de qualquer espécie, com exceção dos de serviços públicos, mas tolera alguns veículos que, por força das circunstâncias, trafegam na ilha sob uma série de poréns. A coluna não tem a pretensão de fechar questão nem de encerrar o debate sobre o assunto – pelo contrário, acredita que o debate tem é que ser ampliado, para que mais pessoas coloquem seus pontos de vista, e uma saída negociada seja possível. Na última reunião da Morena voltada para este assunto, um rico debate foi iniciado e várias pessoas se colocaram – mas é preciso que outras contribuam. Mesmo assim, pontos foram esclarecidos. Precisamos lembrar que até aqui já definimos preservação x conservação: a primeira nega qualquer transformação; a segunda tolera algumas modificações sem que se percam as características. Alguns locais requerem preservação, já em outros basta a conservação. O Darke, por exemplo é uma Unidade de Conservação: temos algumas restrições de uso mas podemos frequentá-lo, diferentemente de alguns locais, como o Atol da Rocas, que só com autorização do Ibama (normalmente, só concedida para estudos). Nesta reunião da Morena, pudemos ver algumas divergências quanto à adoção ou não de bicicletas elétricas na ilha. Tem gente que totalmente é contra, tem quem seja a favor com restrições, e também quem seja totalmente a favor. Foi interessante ouvir todas estas opiniões, assim como observar os debates nas redes sociais, para tentar captar o que é comum a todos. Como falado anteriormente, a coluna não pretende acabar com o debate e sim ampliá-lo. Então, devemos lembrar que qualidade de vida é um conceito subjetivo no qual usamos indicadores – e estes indicadores muitas vezes são pessoais. Além disso, uma coisa pode ser benéfica por um aspecto e desvantajosa por outro. Então, o debate que proponho é: quais são as vantagens e implicações positivas da adoção de bicicletas elétricas? E quais as desvantagens e pontos negativos desta mesma adoção? O que melhora e o que piora na vida de cada um? É o ponto de partida!
A
foto do mês: Jim Skea
CINECLUBE PQT
PARA CURTIR
04 de abril (sábado), a partir de 22h Pulseiras a R$16, com direito a cadeira de praia + latão Antarctica ou rissole / coca / água / feijão-amigo.
falando de cultura Flavio Aniceto é produtor cultural e cientista social
Prefeitura premia projetos de Paquetá Escrevi muitas vezes aqui sobre cidadania cultural que é a ampliação do olhar sobre a cultura, para além das artes tradicionais e o patrimônio histórico, artístico e arquitetônico. Nesta visão, cultura é toda a expressão humana, desde as artes, mas também outras formas que os homens comuns usam para se comunicar com os outros, como o comportamento, a moda, a culinária, a religião, o ambiente, o esporte, a educação, etc. Surgem aí o apoio às culturas populares e de matrizes africanas e indígenas, os Pontos de Cultura (quando grupos não governamentais são apoiados financeira e estruturalmente para realizar projetos, caso do Fazendo a Diferença em Paquetá, de Claudia Luna, Ana Casado e José Felipe, e do Paquetá na Rede, liderado por José Lavrador e outros agentes culturais). A Prefeitura, ouvindo agitadores culturais da periferia da cidade, lançou o Prêmio de Ações Locais - Edição Rio450 para pessoas físicas ou microempreendedores individuais - MEI. É um prêmio para pessoas, mas não é particular: a ideia é contemplar os que atuam nos seus bairros, mas não têm empresas ou apelo comercial que possibilitem acesso às formas usuais de patrocínio (como a Lei Rouanet) que beneficiam os grandes projetos e eventos. Foram selecionadas 85 ações locais, que receberão R$ 40 mil (com os descontos de impostos, na verdade, serão R$29 mil) destinados à manutenção e continuidade do projeto por mais um ano. Os premiados, mesmo que individualmente, não ganharam na loteria, mas uma forma simples de patrocínio para as suas atividades. No caso do Domingo no Darke, idealizado por mim, apoiado e realizado em parceria com muita gente, o prêmio será utilizado para a realização de seis edições do evento, duas a mais das que ocorrem atualmente; compra de 15 kits de mesas e cadeiras (que poderão ser emprestadas para outros eventos não comercias); aulas semanais gratuitas de danças populares e de educação corporal com a Profª Wanja
Bastos; pagamento de diárias para dois moradores da ilha na produção do evento; despesas gerais de produção; som e material impresso para as duas edições a mais de 2015 e que não estão cobertas pelo orçamento atual); despesas de camarim/ lanche dos seis eventos; ajuda de custo para locomoção e alimentação dos seis grupos/ coletivos selecionados como bairros-irmãos que virão participar do evento; e para a locomoção e alimentação dos agentes culturais da Ilha de Paquetá visitando estes mesmos grupos; e produção e impressão de um catálogo com os expositores e participantes do Domingo no Darke e demais agentes culturais da ilha, para a divulgação dos trabalhos dos mesmos.
E
o Plantar Paquetá nos informou que pretende: comprar proteção para as árvores plantadas; divulgar as ações, pois hoje só usam o Facebook; ampliar o troca-troca de mudas, fazendo uma divulgação massiva dessa prática; comprar mudas se necessário; melhorar a remuneração do pessoal que trabalha nos plantios (hoje é feita através de “vaquinha”); e promover cursos e palestras (horta com compostagem, jardinagem, etc.), ajudando a formar pessoal para trabalhar nas casas, gerando renda (e jardins mais bonitos!). Criação e manutenção de orquídeas será outro possível tema abordado. Outros projetos da ilha foram classificados e reconhecidos como Ação Local, o que os ajudará na busca de outros apoios. São eles: Academia de Artes, Ciências e Letras da Ilha de Paquetá, apresentado por Vannia Barboza; Fotografia de Expressões Humanas e do Cotidiano da Ilha de Paquetá, por Neusa Matos; Encenações de Rua em Paquetá, por Marcia Martinez; Cineclube PQT, por Leonardo Couto; Ilha de Paquetá PQT, por José Felipe; e União dos Artistas Plásticos e Artesãos da Ilha de Paquetá, por Élida Alimandro. Enfim, a ilha está de parabéns e defendendo o seu direito à cultura!
JORGE CAPADÓCIO Estalagem
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Terça, dia 7, 20h, no Quintal da Regina Entrada franca – Sem consumação mínima
culinária da vilmex
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O pr
de saraus, shows de rock e guarda ainda hoje, mesmo interditado, duas carruagens do tempo do Império – vai aos poucos, mas continuamente, vendo o mato tomar conta de seus jardins. Vê-se com tristeza o muro de arrimo que segura a varanda frontal abrir rachaduras, que, se nada for feito, levarão o conjunto a ruir. Melancólico perceber as estátuas de louça da platibanda frontal tão danificadas e as janelas de madeira tipo guilhotina apodrecerem. Com a vinda do prefeito, em julho de 2013, uma esperança de retomarmos o nosso Solar surgiu. Arquitetos da prefeitura fizeram visitas técnicas, nas quais se constatou a integridade da estrutura, do lindo piso em madeira e se verificou a possibilidade real de restauro do grande sobrado de fachada clássica (provavelmente uma intervenção posterior, do século XIX) e laterais coloniais.
A coluna deste mês é sobre um caminho, um caminho que sinaliza uma ausência. Não por conduzir ao nada, pelo contrário: conduz a um dos prédios paquetaenses mais ricos em arquitetura ojeto foi feito, encaminhado ao Iphan, que o retordo séc. XVIII, sendo ele próprio de pedras cortadas e colocadas nou com várias ressalvas e não mais tivemos noticias. por escravos, um tesouro pleno de significados históricos e simbóÉ um pecado ver um bem tão precioso desaparecer lentamente. licos. É a entrada do Solar Del Rey, pouso de D. João VI nas suas Tão lentamente que parece que sempre teremos tempo de reverter frequentes vindas à ilha. Digo ausência porque este prédio está o processo de abandono e o retomarmos. fechado, interditado. Só que não. A construção – que já abrigou nossa biblioteca e foi palco Ricardo Cintra, Arquiteto Intuitivo
Vilmex é a mulher do ouro
Caçarola italiana
Ingredientes 1/2 litro de leite, 4 ovos, 1 colher (sopa) de margarina, 1/2 xícara (chá) de queijo parmesão ralado, 1 xícara (chá) de açúcar, 5 colheres (sopa) de farinha de trigo, 1 colher (sopa) de fermento Modo de fazer Misturar todos os ingredientes com colher de pau até ficar uma massa homogênea. Colocar em forma untada e levar para assar em forno quente até dourar (cerca de 35 minutos). Eu caramelizei minha forma antes de despejar a massa. Obs: a caçarola pode ser feita também com queijo meia cura mineiro.
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Clube Municipal
ENCONTROESPÍRITAKARDECISTAEMPAQUETÁ Cristina Estampas
REUNIÃO ABERTA AO PÚBLICO no 20 e no 40 sábado do mês (venha e traga um amigo)
18/04-Peçateatral“Efoiassimqueaconteceu” Tel: 3397-1727 e 9.9766.7008 crisazevedo@uol.com.br FaceBook: Cristina Azevedo Instagram: CRISMDA
Próximas palestras (sábados, 18h):
11/04-HenriqueMiranda 25/04 - Alfredo Luiz RuaCoelhoRodrigues,48/fundos
esportes Glênio Carneiro Maciel é dirigente esportivo e estudante de psicologia
Uma academia a céu aberto Não é de hoje que se sabe que a prática de atividade física é importante para uma vida saudável. O esporte diminui o estresse, diminui a ansiedade e o risco de doenças cardíacas, além de ser um grande aliado contra a obesidade. Os benefícios são enormes e foi pensando nisso que A Ilha resolveu listar os esportes que podem ser praticados em Paquetá, aproveitando o ambiente em que vivemos, os amigos que aqui temos e, é claro, pensando na nossa saúde. omeçaremos falando sobre a academia para idosos, que, com o trabalho do Filipe Holanda, tem melhorado a qualidade de vida das pessoas de mais idade. Temos uma na Moreninha e agora outra no hospital, o que aumenta o acesso de mais moradores. Quando se pensa em Ilha de Paquetá, a primeira coisa que nos vêm à cabeça são as praias. E por que não aproveitá-las para nossas atividades físicas? Além da natação, há tempos que se joga vôlei na Moreninha no final da tarde e comecinho da noite, atraindo os mais jovens. Nessas mesmas redes, durante o verão, ou quando se está a fim, rola um futevôlei pra ninguém botar defeito, regado a muitas risadas e à tradicional qualidade dos jogadores paquetaenses. A ilha das caminhadas Não só a Moreninha pode ser local para atividades físicas, mas qualquer praia em si. Já pensou em caminhar ao entardecer nas areias da Praia da Guarda, da Imbuca ou de qualquer uma delas? A caminhada é muito praticada pelos paquetaenses, não só em suas praias, mas também pelas ruas. E o exercício aeróbico é uma grande aliado contra a perda de peso. Na verdade, podemos dizer que Paquetá, com seus meios de deslocamento, facilita
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bastante a prática de atividades aeróbicas. Para ir do Campo para a Ponte, sem utilizar transportes como bondinho ou táxi, podemos dar uma boa caminhada ou pedalada, lembrando que o ciclismo também é um exercício físico, mas este está sendo reduzido com o uso das bicicletas elétricas. Esporte para todos os gostos E como não falar do nosso futebol? O Municipal é palco do campeonato mais Paquetaense de todos e participa de disputas da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro, a FERJ, como as do Departamento Autônomo (foi campeão na categoria Sub-17 em 2013). Além das peladas no clube, que acontecem às segundas, às 16h, e aos sábados, às 9h, pode-se encontrar a qualquer momento uma partidinha pela ilha: na quadra da Cocheira, na quadra do Bug Hug ou até mesmo na rua, onde a garotada faz golzinho com chinelo. ara o público que gosta de esportes que exigem um pouco mais do físico, o jiu-jitsu é uma ótima opção. Há hoje aulas em dois locais: no Iate Clube, com Jenailton e Bibiu, e no Barreirinha, com Ítalo Bareta e Gildo Jorge. Também há treinos de boxe no Iate, trabalho social do Nelson Paulo que estimula jovens à prática do esporte. Podemos ainda fazer musculação na academia do Carlão, windsurf e stand up paddle, com o Gabriel Praça, além de muitas outras atividades. Enfim, a ilha nos proporciona uma gama enorme de opções para que tenhamos uma qualidade de vida que não se tem em cidades grandes.
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balança mais no cais Oscar Bolão é músico e professor e pesquisador de música
Valei-me, São Roque!
A liberdade é um cachorro vira-lata – Millôr Fernandes Adoro a vadiagem dos cães de Paquetá. vira-lata. Mas todos, independentemente de Vê-los pra lá e pra cá procurando o que pedigree, podem ser vagabundos. fazer pra espantar o tédio. Como o Alberto lguns caninos paqueRibeiro, que tinha casa aqui, “eu gosto muito taenses se atribuem de cachorro vagabundo que anda sozinho funções, como o Peno mundo sem coleira e sem patrão. Gosto trônio, que pensa que de cachorro de sarjeta que quando escuta é segurança do mercorneta sai atrás do batalhão…” Engraçado cado dos Carecas. isso: desconheço banda de música que não Outros transmitem seja seguida por um cão desocupado e um sabedoria, como o mendigo bêbado. Os dois sempre aparecem. Dunga – dogue aleOs veterinários qualificam os vira-latas mão, na terceira idade, que está sempre como cães SRD (sem raça definida). O na porta da Cantina da Ilha. Quando o vejo vocábulo vira-lata provém do fato desses no seu passo lento, meditativo, acredito que animais, quando abandonados, serem co- Franz Kafka tenha razão quando diz que mumente vistos pelas ruas revirando latas “todo o conhecimento, todas as perguntas de resíduos em busca de algum alimento. e respostas estão no cão”. Temos, ainda, os De maneira geral, podemos dizer que qual- desajustados infantis, como o Zan – que não quer cão que não tenha os traços de uma é nada zen –, um beagle completamente raça definida é considerado um cachorro espiroqueta. Dia desses, no Zeca’s, eu bebia
A
Esse garoto é papo-firme
A partir desta edição, vamos conhecer melhor a juventude de nossa ilha. O que pensam, o que fazem, o que querem... Assim, talvez, conhecendo um pouco mais de cada um desses adolescentes, possamos compreendê-los melhor.
N
Sérgio Castelli
osso primeiro entrevistado é Geovane Araújo. Carioca de Paquetá, nascido em 6 de abril de 1999, estudante do 1º ano do ensino médio, ele mora no PEC. Num papo descontraído com Geovane, percebemos um jovem alegre, mas ao mesmo tempo preocupado com seu futuro. Quando perguntado sobre o que pretende ser, responde de pronto: – Ou serei jogador de futebol ou militar. Esta resposta vem acompanhada de um misto de emoção e desejo: – Quero ajudar minha família a ter uma boa casa e uma situação melhor. Notamos claramente um jovem preocupado com a família. Ao falar de sua mãe (Viviane) e de seus irmãos (Pablo, Isadora e Davi), deixa escapar um tom de amor. Participante da terceira edição do concurso Menina e Menino da Ilha, promovido por este jornal e que aconteceu em janeiro (veja a edição 28), ele ficou em terceiro lugar. Mostrou na passarela uma de suas paixões: a dança. Levou ao delírio a plateia ao dar passinhos divertidos e marcantes. Não é sem motivo que é considerado um dos melhores dançarinos da ilha. Como o papo é aberto, pergunto sobre vício. De imediato recebo a resposta: – Sou viciado em futebol! No embalo, pergunto sobre o chamado Bonde do PEC, mal falado por muitos moradores.
Ele ri e responde: – Não é bonde! É família. Uma família de jovens que desejam ter diversão nesta nossa ilha. Precisamos de algo para nos tirar do nada. Um tempo bom foi quando tivemos wifi grátis na Ponte. Nos reuníamos e, mesmo ligados em celulares, nos sentíamos juntos, unidos. Mas se foi o wifi, e com ele nosso ponto de encontro. Geovane olha o relógio e avisa que tem que ir, acorda cedo. A primeira barca do dia o leva para o colégio. Agradeço e faço a última pergunta: Você é feliz? Mais uma vez sorri e responde: – Não, não sou feliz... Sou muito feliz!
tranquilo minha Original gelada quando ele veio, pulou na cadeira vazia ao meu lado, subiu na mesa, deu uma geral, pulou na cadeira vazia à minha frente, voltou pra calçada e, assim como veio, se foi. Nada fiz porque é melhor um cachorro amigo do que um amigo cachorro. Há, nesta matilha, os feios de dar dó. Segundo Goethe, “se eu pintar o meu cão exatamente como ele é, é claro que tenho dois cachorros, mas não uma obra de arte”. Talvez, então, devêssemos encarar estes pulguentos filhotes da feiura como possíveis artes plásticas. Assim, quem sabe, possamos ver neles algum sentido de beleza. O Orelha, por exemplo, que anda sempre com o Dunga: tem o corpo comprido e as patas curtas de um basset e a cabeça grande de um pastor alemão. Completando o quadro, imaginem a razão do seu nome. Um legítimo Dali. Há, também, os miseráveis e famintos pois “até mesmo entre os caninos diferentes os destinos costumam ser. Uns têm jantar e almoço e outros nem sequer um osso de lambuja pra comer”. Mas a ilha é um recanto de gente generosa. Sempre tem alguém pra dar alguma coisa a qualquer infeliz que
tenha a fome nos olhos. Na minha rua e por aí, tem quem deixe na calçada uma vasilha d’água pros andarilhos sedentos. Contudo, existem os arrependidos. Os que descobriram que a rua não dá muito futuro e adotaram um dono. Porque aqui é assim: o cão escolhe o dono. Vejam o caso da Jardélia – que eu só consigo chamar de Jardinália. A Jardélia escolheu meu amigo Gabriel Leite pra morar junto e ele a acolheu. Segundo Mark Twain, “recolha um cão de rua, dê-lhe de comer e ele não morderá: eis a diferença fundamental entre o cão e o Homem”. E que amor que Jardinália é! Educada e amorosa, não creio que seja por malandragem ou interesse. Acho que está na viralatice dela. Na busca pelo último parágrafo, outra coisa não me vem à mente. Só consigo pensar na minha avó – que, mesmo presa à sua arteriosclerose, recitava inteirinha a História d’um cão, de Luiz Guimarães. Veludo, “magro, asqueroso, revoltante, imundo… o mais feio cão que houve no mundo”. Uma linda história triste de gratidão e fidelidade que agora me arrepia os pelos. E na voz de Maria Callas: “só os meus cães nunca me trairão”. Valei-me, São Roque!
Neusa Matos
ARTICULANDO E DIVULGANDO NOSSAS INICIATIVAS CULTURAIS APOIANDO ARTISTAS LOCAIS PRESERVANDO NOSSO PATRIMÔNIO, MEMÓRIA E IDENTIDADE PROMOVENDO O TURISMO CULTURAL A COMUNIDADE PROTAGONISTA E BENEFICIÁRIA AÇÕES APOIADAS E INICIATIVAS DO PONTO EM 2015: • DOMINGO NO DARKE • CARNAVAL COMUNITÁRIO • POESIA NA PRAÇA • REPLANTANDO NOSSA HISTÓRIA
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AUTO DE SÃO ROQUE EXPOSIÇÃO DE FOTÓGRAFOS E ARTISTAS LOCAIS SEMANA DO PATRIMÔNIO E DA MEMÓRIA CULTURAL DEPOIMENTOS: CONTE SUA HISTÓRIA PARA ENTRAR PARA A HISTÓRIA • JORNAL A ILHA • BOLETIM CULTURAL PAQUETÁ VIVA! DIVULGUE SEU EVENTO CULTURAL NO PAINEL DA PONTE. FALE COM A CASA DE ARTES PAQUETÁ.
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signo com humor Madame Sanz. Ariana, metida a engraçada, quase cigana, astróloga, numeróloga e alcoólatra
Conselhos para os signos em 2015
Áries Deixe de ser mandão e bater pé tal qual uma criança mimada, e permita-se ser contrariado. Largue a competividade, e vai crescer. Touro Passe a mastigar melhor o alimento antes de engolir. E deixe de ficar preso às coisas que desagradam. Do contrário, vai continuar animal ruminante. Gêmeos Deixe de se fazer de morto, e passe a cumprir o que promete e bancar o que fala. Só assim seu medo escondido da rejeição vai melhorar. Câncer Você tem uma espécie de insegurança do amor alheio, que acaba irritando profundamente os menos tolerantes. Acabe com a chantagem emocional. Leão Todo leonino tem um lado mega. Quando não se sente o centro das atenções, fica triste, muito triste. Pare de achar que é o rei do pedaço. Virgem O mais obsessivo. Pare de arrumar o armário com camisas brancas ao lado de camisas brancas, o mesmo acontecendo com as de tons azuis, do marrom ao bege... Bagunce sua vida.
Libra Acha que é um ser equilibrado. Será? Cuidado com sua ira: quando aparece, toda a fingida educação e equilíbrio correm morro abaixo. Escorpião Esconda mais as suas neuras. Deixe de ser vaidoso. Pare de sentir cheiro de enxofre em tudo, pois sempre vê algo sombrio para se enfrentar. Sagitário Ah, seu engraçadinho. Zeus é o velho Don Juan do zodíaco e passa o seu tempo seduzindo e flertando. Seja homem ou mulher. Cuidado com as doenças venéreas! Capricórnio Deixe de ser tão ligado à vida material. A insegurança de ter acaba sendo igual à de quando não tinha nada. Cuidado como o pão-durismo. Aquário Não abre mão de sua autonomia. Vá lavar pratos e cuidar de um bebê chorão. Quem sabe, assim melhora sua neura de ansiedade.
Peixes Acha que é o ser mais sensível e compassível. Saia do seu mundo próprio e vai ver que é um egoísta.
cantinho da vovó
comer bem Cristina Buarque também não gosta só de beber cerveja O editor não gosta só de beber cerveja, como dizem. Adora comer, apesar de magro. Assim começava a coluna de Sylvio e assim continua, pulando o quesito magreza. Mais uma dica de coisinhas diferentes e gostosas na ilha.
Maria do Carmo Zerbinato é poetisa
Três quadrinhas
de meu livro Nunca é tarde corda pra vida e vem Não deixa a vida passar. Na padaria do Manduca, o almoço é Acorda, pois ela tem, entre 11 e 14 horas. Dois pratos diferentes Motivos pra te alegrar a cada dia. E sempre uma gostosura. Pode rolar uma carne seca com abóbora, uma vida é pra ser vivida, dobradinha com feijão branco, uma vitelinha A vida é feita pra amar com legumes, mocotó, feijoada, cozido, franNão deixe que ela decida guinhos pra quem gosta, peixes, saladas, Pra onde vai te levar rabada etc etc etc. Tudo no capricho e com atendimento nota dez. Muitas vezes almocei vida foi me levando... lá com Sylvio e Ruthinha. O papo rolava Mas, um dia me esqueceu... pela tarde afora e a gente esquecia da vida. Agora, gente querida, A cerveja é super gelada e, se você Quem leva a vida sou eu...! quiser, come pão quentinho com manteiga, com salaminho fatiado ou com queijo e mortadela cortados em cubinhos. “O melhor da ilha!”, como diz Antônio, que, com Maria, Conheci Paquetá ainda comanda a casa. E se você passar uma na imaginação – uma tarde deliciosa bebendo Coca-Cola e bater ilha distante, talvez do uma fome, a partir das seis horas tem sopa. tesouro da juventude, As sopas têm dia certo, mas pode haver talvez de um só náufrago modificação. Via de regra, massa às segunCrusoé. A parte real, das; abóbora ou inhame às terças; canja às quartas; feijão às quintas; ervilha às sextas; física, desse paraíso, caldo verde aos sábados; e legumes aos aprendi com meus domingos. Muita gente sai da Ponte pra amigos Zeca Melo e tomar sopa ali. Aldir Blanc. De lá prá Tem sobremesa, também. Sonho, briga- cá, a maré não para deirão, pudim, quindim. de encher; são novos Sábados, domingos e feriados, o almoço coqueiros fazendo é a quilo e tem uma variedade bem simpática. Mas não adianta querer almoçar depois sombra à Moreninha. Moacyr Luz das 14 horas. Compositor, cantor e violonista, é hoje Padaria do Manduca – Rua Cerqueira, 74 – 3397-0454
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um dos principais nomes do samba carioca
Informativo da Morena Este espaço é uma cortesia do jornal A Ilha à Associação dos Moradores, que é inteiramente respónsável por seu conteúdo. As informações e opiniões não são necessariamente apoiadas pelos editores do jornal.
Associação acionará o Ministério Público A Morena fará uma consulta formal ao Ministério Público do Rio de Janeiro para saber qual legislação efetivamente se aplica aos veículos em Paquetá. A decisão foi tomada na reunião extraordinária da Comissão de Transportes, em 14 de março, no salão da Igreja de Bom Jesus, e foi aberta à população em geral.
a posição da entidade a respeito do uso de bicicletas elétricas. Mas todos concordaram que é urgente que a administração regional reprima o uso das motinhas e o uso das elétricas em velocidade acima dos 20 km/h. A administradora Janaína Wisnevsky, presente à reunião, esclareceu que as medidas já A reunião mostrou que ainda não há consenso entre os associados de qual estão sendo tomadas.
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Lucy Linhares (Cisinha) pela lei 5753, sancionada pela prefeida Comissão de Transportes
ilha de Paquetá é protegida por decreto da Prefeitura desde 1999 como Área de Proteção do Ambiente Cultural - APAC. Isso significa que não somente os seus prédios históricos e significativos são preservados por lei, mas também o seu ambiente cultural, que é constituído pelas atividades culturais existentes, ruas de saibro, características ambientais como parques e árvores e pela proibição de circulação de veículos automotores, entre outras coisas. Muitas pessoas têm falado em “modernidade”. Por que alguém que deseja este tipo de modernidade viria morar numa ilha com as características de Paquetá? Para transformá-la em mais um bairro como outros do entorno da baía? Porque é isso que aconteceria se Paquetá perdesse as suas características peculiares: ela simplesmente se igualaria a outras vizinhanças que já foram especiais e hoje são bairros “sem alma”. Modernidade, de verdade, é a coletividade ter qualidade de vida, e não valorizar novidades que reduzem esta qualidade apenas porque assim o quer a publicidade que vende tais novidades. De uns tempos para cá, uma série de modificações têm sido introduzidas na ilha. A população vem convivendo com elas, adaptando-se e reconhecendo que algumas têm melhorado a qualidade de vida das pessoas. É o caso dos ecotáxis, que prestam um serviço à população e preencheram um vácuo importante (já reconhecidos Quer se associar? Ficar em dia?
PROCURE VILMA, A MULHER DO OURO
tura e em vias de regulamentação). No entanto, alguns taxistas, em geral chegados à ilha recentemente, estranham os “modos paquetaenses”, e se dão ao direito de questioná-los trafegando em alta velocidade, hostilizando pedestres que estão fora das calçadas e ameaçando a sua segurança. É uma minoria, mas fazem estragos. Em Paquetá, a rua é das pessoas, dos idosos e das crianças. Todo taxista tem a obrigação de se adaptar a esta realidade. O caso das motinhas e das bicicletas elétricas com aceleração manual é diferente. Não prestam serviços ao público e não se equiparam às bicicletas comuns em nenhum dos decretos e resoluções que tratam do tema. São proibidas em Paquetá, e só servem para a satisfação dos seus donos, constituindo uma grave ameaça ao ambiente cultural protegido por lei.
Reconhecemos que a questão das bicicletas elétricas é polêmica, não tendo unanimidade nem mesmo entre os associados da Morena, como ficou claro em nossa reunião de 14 de março. Diante disso, faremos uma consulta ao MP do Rio de Janeiro para que se manifeste sobre qual das normas deve regulamentar o uso dos transportes em Paquetá. Sem uma lei clara a seguir, o que vinga é a lei do mais forte – e ninguém deseja isso para Paquetá.
Asleisqueestãosendoconsideradas
São três decretos municipais e uma resolução nacional, do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). O Decreto 322 é o do zoneamento do município, e é nele que constam as peculiaridades da ocupação urbana da ilha – entre elas, as restrições ao tráfego de automotores. A legislação mais recente é a Lei 5753, que reconhece os ecotaxis como veículo de transporte – mas ela tem que ser regulamentada pela Secretaria Municipal de Transportes. Entre elas, estão as duas normas – uma municipal (e 2012) e outra nacional (de 2013) – geralmente citadas pelos defensores do uso das bicicletas elétricas na illha. A controvérsia está exatamente aí: o que vale para Paquetá: a proibição total m 2012, o decreto 35553 da de automotores do Decreto 322 ou a tolerância às elétricas da Resolução 465? Prefeitura equiparou as biResolução 465, de 2013 (Contran) cicletas elétricas às comuns, Decreto 322, de 1976 (Prefeitura) Art. 1º Para (...) equiparação ao ciclomoArt. 171 A ZE-2 é constituída pela Ilha de colocando as imposições de idade tor, entende-se como cicloelétrico todo o mínima de 16 anos para os condutores Paquetá e demais ilhas (...) veículo de 2 ou 3 rodas, provido de motor Art. 180 Não são permitidos em ZE-2: (...) e o limite de velocidade de 20 km. A de propulsão elétrica com potência máV - trânsito de veículos motorizados de legalidade desse decreto foi questioxima de 4 quilowatts dotados ou não de qualquer espécie e para qualquer fim, nada pelo Ministério Público, porque pedais acionados pelo condutor, cujo peso com exceção daqueles indispensáveis ao a competência para isso é do Contran, serviço público (ambulâncias, caminhões máximo (...) não exceda a 140 kg e cuja que é de âmbito nacional. E, no ano para recolhimento de lixo e para outras ta- velocidade (...) não ultrapasse a 50 km/h seguinte, 2013, o próprio Contran refas) e daqueles de utilização transitória, (...) publicou a resolução 465 (reproduzida destinados a transporte de mercadorias e §3º Fica excepcionalizada da equiparação ao lado), também equiparando as bici- de materiais de construção e mudanças; (...) a bicicleta dotada originalmente de cletas elétricas às comuns, mas desta VI - circulação ou tráfego de mais de cinco motor elétrico auxiliar, bem como aquela vez com uma série de especificações veículos de utilização transitória por dia; que tiver o dispositivo motriz agregado muito claras, como a proibição de posteriormente à sua estrutura, sendo perDecreto 35.553, de 2012 (Prefeitura) aceleradores manuais e exigências mitida a sua circulação em ciclovias e ciclo Para fins de circulação em ciclovias, ciclofaixas, atendidas as seguintes condições: como o uso de capacetes. faixas e vias públicas, equiparam-se as I – com potência (...) de até 350 watts; II bicicletas elétricas às bicicletas movidas a ASSEMBLEIA MORENA – velocidade máxima de 25 km/h; III – (...) propulsão humana, (...) desde que obserfuncionamento do motor somente quando vado o limite de velocidade de 20 Km/h e o condutor pedalar; IV – não dispor de que o ciclista possua idade mínima igual acelerador (...); V – estarem dotadas de: ou superior a 16 anos. a) indicador de velocidade; b) campainha; c) sinalização noturna (...); d) espelhos reLei 5753, de 2014 (Prefeitura) trovisores (...); e) pneus em (...) segurança. Art. 1º Fica permitida no Município do Rio VI – uso obrigatório de capacete de ciclista. de Janeiro a circulação de triciclos elétri§4º Caberá aos órgãos e entidades execucos para transporte – eletrotáxis. (SÁBADO) tivos de trânsito dos municípios (...) regulaArt. 2º O Poder Executivo regulamentará 10h – Salão da Igreja mentar a circulação dos equipamentos (...). esta Lei.
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24 ABRIL
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Enquanto isso, fazemos um apelo à Guarda Municipal para que cumpra as suas atribuições de fiscalização do trânsito. Tal significa coibir os abusos cometidos por aqueles que trafegam em alta velocidade (inclusive os caminhões de entrega e serviços) e retirar de circulação os táxis que são conduzidos por menores e as bicicletas elétricas que não se enquadrem na legislação.
MORENAILHADEPAQUETARJ@YAHOO.COM.BR
crônicas de paquetá a vida é como ela é julio marques
Ho
Antes, na época em que se escreveu a Bíblia, chamava-se ganância e usura. je, com a globalização e o neoliberalismo, modernizaram-se os nomes – bancos de investimento, financeiras, bolsas de valores, fundos abutres – e seus sistemas mundiais, envolventes, cheios de propaganda nos jornais, TVs e rádios, vendendo uma vida cheia de glamour, que poucos alcançam e duvido que valha a pena. Mas a vida não é o que se vive, mas o que se imagina poder viver. Como diz o Ricky: mais vale o boato. E assim vamos nós, cercados de uma paisagem fotogênica mas também das armadilhas da modernidade consumista. Eis que nos deparamos com nossas próprias contradições. Bicicletas elétricas, scooters e motos. Velocidade e conforto. Verdade que ninguém pode ser obrigado a fazer exercício cada vez que vai ao mercado simplesmente em nome da vida eterna, ou ter de sair de casa mais cedo para pegar a barca ou mesmo atravessar a
Paquetá está no município do Rio: não é preciso DDD nas ligações para a capital.
ilha de ponta a ponta para visitar uma amiga ou prestar um serviço. Por outro lado, existem os outros. Todos disputando o mesmo espaço – as ruas –, que servem a pedestres adultos, jovens e também velhos e crianças e humildes bicicletas, tímidas e indefesas. Todos usando o centro da rua, a parte menos inclinada. Ganhará, sem duvida, o mais forte. E o mais forte pode ser aquele sujeito magrinho e baixinho, juiz, que com relacionamento ou dinheiro, poderá impor regras e comprar melhor e maior quando assim desejar. Não existe a democracia do consumo. O que é barato pode virar caro. Veja o Rio: existem multas, gastos com manutenção, estacionamentos e outros babilaques que protegem quem melhor gasta. ho que melhor seria um acordo sobre a velocidade e a gentileza de dar passagem do que regras mais draconianas que caem na cabeça de quem se acha mais esperto. Big brother é uma farsa e os vencedores estão aí para provar. Não dá para entrar
A
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dentro da tela da TV e participar do enredo que não é você quem escreve. Creio que, em primeiro lugar, tem de ser esclarecida a lei, seja para mudá-la, seja para detalhá-la. Isso para que todos nós possamos dela usufruir ou controlar a velocidade e impor a gentileza. Não é verdade. mesmo contestá-la. Não quero semáforos, “pardais” e guartaria de das de trânsito. Nem flanelinhas e asfalto. saber Mas quero, de todo o coração, que a s e o Bundinha Feliz possa desfilar pela Furquim, uso de que os cachorros possam se estirar nas motor, ruas de terra e nós todos possamos andar seja de despreocupados. que tipo for (movido a gasolina, elétrico ou Enfim, passado o carnaval é que se atômico), exceto os que sejam considerados vê quantas falsas baianas passaram pela de utilidade pública é, de fato, proibido. E, gente – e só valeu quem, parodiando Gepor fim, o que é utilidade pública? raldo Pereira, requebrou os olhinhos e disse Entretanto, independentemente da lei, qualquer coisa. considero que há que se impor um limite de Não quero o fascismo, a arrogância, a velocidade e o respeito ao outro. prepotência e a imbecilidade. Dizem que a Lei Orgânica do Município A imortalidade, esse carnaval frenético, estabelece, no que toca a Paquetá, que as são momentos breves. ruas são prioritariamente dos pedestres. Se Julio, certo de que o problema for verdade, somos mais humanos, mais não é o motor, mas ter um pouco gentis e mais modernos. menos de velocidade e Não me venham dizer que é impossível um pouco mais de gentileza.
Gos
um passeio em pqt
O contorno do litoral pode ser feito a pé em 45 minutos, sem correria nem paradas. De bicicleta, leva cerca de 25 minutos.
Logo na saída da estação das barcas na ilha, à direita, um painel oferece algumas opções de roteiros turísticos.
Paquetá > Praça XV
Pontos turísticos
Igreja Bom Jesus do Monte Caramanchão dos Tamoios Canhão de Saudação a D. João VI Árvore Maria Gorda Preventório Rainha Dona Amélia Escola Pedro Bruno Poço de São Roque Coreto Renato Antunes Capela de São Roque Casa de Artes Pedra da Moreninha Ponte da Saudade Pedra dos Namorados Casa de José Bonifácio Mirante do Morro da Cruz Cemitério de Paquetá Cemitério dos Pássaros Farol da Mesbla
Praças e parques Telefones úteis
Barcas (estação de Paquetá) - 3397 0035 Barcas (central de atendimento) - 0800 7211012 Bombeiros - 3397 0300 Cedae - 3397 2133 (água) / 3397 2150 (esgoto) Comlurb - 3397 1439 Farmácia - 3397-0082 Gás (fornecimento de bujão) - 3397 0215 Hospital (UISMAV) - 3397 0123 / 3397 0325 Light - 0800 282 0120 Oi Telemar - 3397 0189 PM - 3397 1600 / 2334 7505 Polícia Civil - 3397 0250 XXI R.A. - 3397 0288 / 3397 0044
Pedro Bruno Fernão Valdez Atobás (Quadrado da Imbuca) Tiês Lívio Porto (Ponta da Ribeira) Mestre Altinho Bom Jesus do Monte Manoel de Macedo São Roque Ex-Combatentes Alfredo Ribeiro dos Santos Pintor Augusto Silva Parque Darke de Mattos Parque dos Tamoios
Praça XV > Paquetá
Dias Úteis Dias Úteis 05:30 > 06:40 05:30 > 06:20 06:45 > 07:35 07:00 > 08:10 08:45 > 09:35 07:45 > 08:35 10:15 > 11:25 09:45 > 10:35 10:45 > 11:35 11:45 > 12:35 13:20 > 14:30 12:00 > 13:10 15:30 > 16:20 14:40 > 15:50 17:30 > 18:20 16:30 > 17:20 18:30 > 19:40 18:30 > 19:20 20:00 > 20:50 20:00 > 21:10 22:15 > 23:05 21:00 > 21:50 00:00 > 00:50 23:10 > 00:00 FdS e feriados FdS e feriados 04:30 > 05:40 06:00 > 07:10 07:00 > 08:10 08:30 > 09:40 08:30 > 09:40 10:00 > 11:10 10:00 > 11:10 11:30 > 12:40 11:30 > 12:40 13:00 > 14:10 13:00 > 14:10 14:30 > 15:40 14:30 > 15:40 16:00 > 17:10 16:00 > 17:10 17:30 > 18:40 17:30 > 18:40 19:00 > 20:10 19:00 > 20:10 20:30 > 21:40 20:30 > 21:40 22:00 > 23:10 22:00 > 23:10 23:30 > 00:40 00:00 > 01:10 Em negrito, horários com barcas abertas (tradicionais). Em itálico, os horários previstos de chegada.
Localidades
Viracanto Levas-Meio Rua dos Colégios Ladeira da Covanca Morro do Buraco
(Morro do Gari)
Pau da Paciência Árvore do Sylvio Colônia Cocheira Morro do Pendura Saia Morro do PEC
(Morro da Light)
Rua Nova Colônia da Mesbla Curva do Vento Beco da Coruja
Serviços
Banco Itaú Banco do Brasil e Caixa Econômica (Loja lotérica)
Hospital (UISMAV) (3397.0123 / 0325)
Aparelhos de ginástica (jovens e maduros)
Aparelhos de ginástica (idosos)
Mesas para pic-nic ou jogos Mictórios Farmácia (3397.0082) Brinquedos infantis