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ANO 11 - Nº 2585 QUARTA-FEIRA DISTRIBUIÇÃO GRATUITA www.alo.com.br

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SCS RECEBE 12 HORAS DE SAMBA

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Três rodas de samba de Brasília vão se revezar para garantir que o samba não pare neste sábado PÁGINA 8

A POLÊMICA LEI DE OCUPAÇÃO DO SOLO Entenda o projeto enviado pelo governo do DF, no final do ano passado. O texto passou por extensa análise técnica e foi tema de 20 reuniões envolvendo representantes da Secretaria de Gestão do Território e Habitação PÁGINA 6

SALDO DE TARIFAS SERÃO USADAS EM OBRAS DE ABASTECIMENTO

CARNÊS DO IPVA VÃO DEIXAR DE SER ENVIADOS NO PRÓXIMO ANO

Projetos foram delimitados pela Adasa. Interligação do sistema Santa MariaTorto, ao de Sobradinho-Planaltina é um deles

Correios devolvem centenas de boletos à Fazenda devido a inconsistências em cadastro, por exemplo. Em 2019, motoristas poderão gerar boleto do IPVA por aplicativo

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CNJ conhece projeto que virtualiza processos de comarcas sem juízes

Maconha para uso medicinal na pauta da CAS A liberação do uso da Cannabis sativa, a planta que dá origem à maconha, para fins medicinais, pode ser aprovada pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS), que se reúne hoje (28), a partir das 9h. Na reunião da semana passada, os senadores da comissão pediram vista coletiva da proposta depois da apresentação do relatório da senadora Marta Suplicy (MDB-SP). O Projeto de Lei do

Senado (PLS) 514/2017 é originário de uma ideia legislativa encaminhada ao portal e-Cidadania (SUG 25/2017). A relatora alterou o texto original e apresentou relatório que autoriza a União a liberar a importação de plantas e sementes, o plantio, a cultura e a colheita da Cannabis exclusivamente para fins medicinais ou científicos, em local e prazo prédeterminados, mediante fiscalização.

O texto alternativo altera a Lei Antidrogas (Lei 11.343, de 2006) e também passa a liberar o semeio, o cultivo e a colheita da Cannabis, em quantidade não mais que a suficiente ao tratamento médico, visando o uso pessoal terapêutico pelos próprios pacientes, familiares ou por associações de pessoas que fazem o uso medicinal da substância, criadas especificamente com esta finalidade.

O secretário-geral do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), desembargador Carlos Adamek, e os juízes Bráulio Gusmão e Luiz Geraldo Sant’Ana Lanfredi, também do CNJ, conheceram o Programa Pontualidade, lançado na semana passada pelo presidente do Tribunal de Justiça de Minas (TJMG), desembargador Nelson Missias de Morais. O grupo visitou o TJMG esta semana. Durante a visita, houve a apresentação do funcionamento do programa e dos objetivos do Ju-

diciário mineiro ao implantá-lo. O Programa Pontualidade, lançado no último dia 14, possibilita o julgamento, por meio virtual, de processos nas comarcas do interior do Estado que não possuem juiz. Ele ainda agiliza a prestação jurisdicional também em outras unidades da justiça de primeiro grau que apresentem, momentaneamente, elevado acervo processual. Além de conhecer o Programa Pontualidade, os membros do CNJ também visitaram a ex-

posição fotográfica “Do amor ninguém foge”, instalada no saguão do edifício-sede do TJMG, desde o último dia 12, sobre reeducandos das Associações de Proteção e Assistência ao Condenado (Apacs) de Minas. A mostra tem como objetivo combater o preconceito e demonstrar experiências positivas desse método revolucionário de cumprimento de penas privativas de liberdade, empregado ao longo de mais de 40 anos no estado.

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MP que limita empréstimo do FGTS para hospital filantrópico A Medida Provisória 859/18, publicada nesta terça-feira (27) e já em tramitação no Congresso Nacional, limita os empréstimos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para os hospitais filantrópicos e sem fins lucrativos até o final de 2022. A proposta altera a Lei 8.036/90 (Lei do FGTS). A nova medida provisória é um desdobramento da MP 848/18, que criou uma linha de crédito com recursos do fundo para socorrer as santas casas e os hospitais fi-

JORNAL

ALO

BRASÍLIA

lantrópicos que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Antes desta MP o FGTS só podia ser aplicado em habitação, saneamento básico e infraestrutura urbana. A MP 848 está em análise no Plenário da Câmara dos Deputados, para votação final. RISCO Segundo a MP 859, o risco dos empréstimos aos hospitais filantrópicos ficará a cargo da Caixa Econômica Federal, do Banco do Brasil e do Banco Nacional de De-

Alô Brasília Comunicação Ltda. CNPJ: 09612937/0001-92 Matriz: Setor de Autarquias Sul (SAUS), Quadra 5, Bloco K, nº 17, Ed. Ok Office Tower, 13º andar. Asa Sul, Brasília, DF - CEP: 70.070-050 Telefone: 98565-6473 comercial@alo.com.br

Tel: 3223-3410

senvolvimento Econômico e Social (BNDES). Os três bancos são os agentes financeiros da linha de crédito criada pela MP 848. A MP 859, no entanto, permite que as taxas de juros dos empréstimos tragam embutidas um percentual para suportar o risco dos empréstimos. O risco será definido pelo Conselho Curador do FGTS, órgão que define as diretrizes de aplicação do fundo, desde que limitado a 3%.

DIREÇÃO

PRESIDENTE

SUBEDITOR

Guilherme Queiroz

Fernando Lackman

DIRETOR EXECUTIVO Hélio Queiroz

COMERCIAL Francis Leandro

EDITOR-CHEFE

RELAÇÕES COM O MERCADO

Hélio Queiroz

Marco A. Queiroz

Criação da Agência Brasileira de Museus será discutida A nova agência deverá aperfeiçoar os modelos de gestão e de preservação do patrimônio cultural brasileiro reunido em museus do País. As receitas da nova agência virão de recursos do Orçamento da União, contribuições sociais, doações e outras fontes, como venda de produtos licenciados e de ingressos. A medida provisória foi editada no início de setembro, nove dias após o incêndio que destruiu totalmente a sede do Museu Nacional do Brasil, localizado na Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão, Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro. Pela manhã, o debate terá início às 9h30 no plenário 6 da ala Nilo Coelho, no Senado. Foram convidados para discutir o assunto com os

parlamentares: - o diretor do Museu Nacional/UFRJ, Alexander Wilhelm Armin Kellner;- a presidente da Comissão Brasileira do Conselho Internacional de Museus (Icom), Renata Vieira da Motta; - o diretor da Escola de Museologia da Unirio, Ivan Coelho de Sá; - o assessor da Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz, José do Nascimento Junior; e - representantes do Ministério da Cultura, do Instituto Brasileiro de Museus e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Além de acompanhar o debate pela internet, os interessados poderão enviar perguntas e fazer críticas e sugestões ao texto em análise no Congresso. Clique aqui

e participe. À tarde, a partir das 14h30, a discussão continua no mesmo local, mas com novos convidados: - a diretora do Conselho Federal de Museologia (Cofem), Maria Eugenia dos Santos Teixeira Saturni; - o colaborador do Museu Afro-Brasileiro da Universidade Federal da Bahia Marcelo Nascimento Bernardo da Cunha; - o secretário-geral da Confederação Nacional de Trabalhadores do Serviço Público Federal, Sérgio Ronaldo Silva; - a integrante do Comitê Gestor da Rede de Educadores em Museus Fernanda Santana Rabelo de Castro; e - representantes dos ministérios da Educação e do Planejamento.


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www.alo.com.br istrito Federal D Código de Obras e Edificações do DF entra em vigor

Participantes de fórum cobram votação da LUOS Participantes de fórum promovido pela Comissão de Assuntos Fundiários (CAF) da Câmara Legislativa do Distrito Federal defenderam a aprovação imediata da Lei de Uso e Ocupação do Solo (LUOS). A presidente da Comissão, deputada Telma Rufino (PROS), informou que a votação da matéria deverá acontecer em 11 de dezembro. Durante todo o dia, a LUOS foi debatida no auditório da Câmara Legislativa, inclusive com a participação de moradores de áreas interessadas na nova legislação. Pela manhã, o substitutivo ao texto original foi apresentado e explicado aos participantes. E à tarde, os participantes puderam fazer perguntas e tirar dúvidas sobre a LUOS. A maior parte de intervenções foi de pessoas pedindo pressa na votação do projeto, apontado por muitos como fundamental para acabar com o clima de insegurança jurídica no DF.

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Carnês do IPVA deixarão de ser enviados para os contribuintes em 2020 A partir de 2020, a Secretaria de Fazenda deixará de enviar para os endereços dos contribuintes os boletos do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). Segundo a pasta, a medida se alinha ao movimento de digitalização dos serviços no Brasil e à adoção de práticas mais sustentáveis no Executi-

vo local. O governo de Brasília gasta, anualmente, cerca de R$ 2,5 milhões com a impressão e a postagem dos carnês (aproximadamente 1,3 milhão de documentos) ou o consumo anual de, aproximadamente, 2,6 mil resmas de papel sem a certeza de que o material enviado chegou, de fato, aos destinatários. O prejuízo é

causado pela grande incidência de extravios, ocasionados principalmente pelas inconsistências no cadastro e pela falta de atualização do endereço declarado pelos cidadãos ao Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF). Por isso, centenas de boletos são devolvidos pelos Correios à Fazenda a cada período

de cobrança do IPVA. Motoristas poderão usar aplicativo para gerar boleto do IPVA Em 2019, os contribuintes poderão gerar o número do código de barras para pagamento do IPVA por meio do aplicativo SeFAZ DF. O app, que está em fase de testes, de acordo com a pasta, é previsto para o início do próximo ano.

A partir de 2 de dezembro, os processos para licenciamento de obras no Distrito Federal só poderão ser protocolados conforme as regras do novo Código de Obras e Edificações. A Lei nº 6.138 foi sancionada em abril deste ano, mas o Decreto nº 39.272, de 2 de agosto de 2018, previu uma cláusula de transitoriedade — em que permitia aos interessados, até então, escolher entre o antigo código e o novo. De acordo com a Secretaria de Gestão do Território e Habitação do DF, as novas regras asseguram a qualidade das edificações e preservam o caráter da cidade, a identidade patrimonial, o conforto ambiental e a acessibilidade. Considerado marco regulatório, o novo texto do código substitui a legislação anterior, de 1998, sancionada quando os processos de licenciamento de obras ainda tramitavam de maneira fragmentada nas 31 regiões administrativas do DF.

agencia brasilia

Agefis retomou mais de 44 milhões de m² de terras públicas Como forma de alertar a população para a necessidade de manter a política de combate às invasões de terras públicas, a Agência de Fiscalização do Distrito Federal (Agefis) apresentou o balanço de quatro anos de gestão. De 2015 a 2018,

foram retomados 44.569.218,68 metros quadrados de terrenos pertencentes ao Poder Público. “Evitamos uma expansão territorial irregular equivalente à Samambaia, Recanto das Emas e Gama”, comparou a titular da Agefis.

A divulgação dos dados de produtividade ocorreu no auditório José Nilton Matos da Academia do Bombeiro Militar, no Setor Policial Sul. O governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg, e a diretora-presidente do órgão, Bruna Pinheiro, partici-

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Logística reversa de resíduos eletroeletrônicos Participantes da audiência pública sobre logística reversa de resíduos eletroeletrônicos em plenário, defenderam soluções locais para o processo que inclui celulares e computadores. O mediador do debate, deputa-

do Joe Valle (PDT), propôs uma reunião amanhã (29) para começar a elaborar texto base em busca de soluções no Distrito Federal enquanto acordos setoriais relacionados à Política Nacional de Resíduos Sólidos não são assinados.

“Estamos em um momento difícil de transição de uma sociedade de consumo para uma sociedade colaborativa, e na ponta está o resíduo que essa sociedade produz, questão na qual avançamos centímetro a centímetro”, dis-

se Joe. Ele conclamou o deputado eleito Leandro Grass (Rede), presente no debate, a assumir essa agenda na próxima legislatura.

param do evento. Os danos causados pela ocupação irregular são de curto e longo prazo, de acordo com Rollemberg. “A grilagem se apropria de um patrimônio público e desorganiza o futuro da cidade”, ressaltou.


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www.alo.com.br istrito Federal D

Tony winston

Gabriel Jabour

Tarifa de contingência usada em obras de abastecimento Parte do saldo disponível da tarifa de contingência custeará cinco obras para melhorias nos sistemas de abastecimento de Brasília. O valor soma R$ 8,9 milhões. A delimitação das iniciativas contempladas foi divulgada em resolução da Agência Regu-

ladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do DF (Adasa) para garantir a transparência na aplicação dos recursos da tarifa. O documento foi publicado no Diário Oficial do DF de sexta-feira (23). Obras de implantação do subsistema Gama. Interligação do

sistema Santa Maria-Torto ao sistema Sobradinho-Planaltina. Ampliação do sistema de abastecimento de Brazlândia Perfuração de dois poços tubulares em Sobradinho Perfuração de quatro poços tubulares em São Sebastião.

CIL 2 recebe a Embaixada da França Representantes da Embaixada da França estiveram no Centro Interescolar de Línguas (CIL) 2 de Brasília. A visita proporcionou o reencontro com os estudantes que estiveram na representação francesa em novembro. A delegação foi recebida com apresentações

culturais e comida típica brasileira, por cerca de 30 jovens e professores. A visita faz parte do programa Embaixadas de Portas Abertas, que oferta a estudantes da rede pública do DF acesso a conhecimentos de países com representação diplomática em Brasília.

A conselheira de imprensa da Embaixada da França, Alexandra Mias destacou o desejo do presidente francês Emmanuel Macron de impulsionar o idioma. “Quero parabenizar e encorajar vocês. Ficamos muito emocionados e agradecidos “, disse.


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Marlene Galeazzi marlenegaleazzi@gmail.com lash F

JUBILEU DE PRATA A procuradora Dionne Araujo recebeu o prêmio Jubileu de Prata pelos 25 anos de serviço na Procuradoria da Fazenda Nacional. O evento foi no Unique Palace e contou com a presença do Ministro da Fazenda, do Secretário da Receita Federal e do Procurador Adjunto da Fazenda, entre outros. Parabéns da coluna.

ESPETÁCULO CARMEN Fotos: Anderson Corcino

Em clima de sucesso, aconteceu a estréia do espetáculo Carmen, no Teatro Plínio Marcos, Funarte Brasília. Os Diretores do Balé da Cidade, Regina Maura, Noara Beltrami, Mônica Berardinelli, Tereza Braga e Wal Moraes, foram os anfitriões da inauguração da primeira Cia de Ballet Clássico profissional da Cidade. Os Padrinhos da companhia, Ana Botafogo e Marcelo Misailidis, vieram à capital para oficializar e fazer a apresentação.

A bailarina Mônica Berardinelli, Marcelo Misailides e Ana Botafogo

Divulgação

Dionne chegando para o evento que é marco em sua carreira

Ricardo e Livia Vilela

Os casais governador Rodrigo Rollemberg e Márcia, Regina Moura e Ronaldo Sá

Os bailarinos Amanda Freitas e Murilo Campos

NOVIDADE NA PRAÇA Hoje acontecerá a será a abertura da marca B.Brand em Brasília, na QL 06 Conjunto 01 Casa 11 - Lago Sul com um guide shop, para apresentação e exposição dos produtos. Para brindar as clientes, a B.Brand vai oferecer descontos.

CEGONHA

A procuradora com seu troféu

Alegria na casa de Fred Linhares, apresentador do Balanço Geral da TV Record, e de sua Wenis. Nasceu Maria Júlia, linda como ela só. Que ela tenha vindo para ajudar a construir um mundo melhor é o que desejamos. Parabéns a família.

LANÇAMENTO Nesta quarta-feira, o Bistrô Cantucci receberá convidados para o lançamento da nova carta de vinhos e novidades do cardápio. Evento para formadores de opinião.

A bailarina Mônica Berardinelli e o marido Paulo Roberto Azevedo

TRATTORIA 101 A badalada Trattoria do Sudoeste, fundado pelo saudoso Luigi Benegiamo, que foi da equipe do piloto Felipe Nars, continua a todo vapor, tendo a frente a competente Cláudia Bastos. Dando seguimento a tradição, de segunda a quinta feira, acontece a sensacional promoção do jantar: uma bruschetta, taça de vinho e o famoso Fusili di Luigi.


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www.alo.com.br special E Conceito

Projeto de lei que atualiza usos e parâmetros de ocupação do solo N

EUSTAQUIO FERREIRA Presidente do Sistema Fecomércio-DF (Fecomércio, Sesc, Senac e Instituto Fecomércio)

Governo e Sociedade A indicação dos novos componentes do primeiro escalão do governo é acompanhada com interesse por todos que interagem com a administração pública e mais proximamente por quem atua na política distrital. Cada um deles representa um grupo de interesse ou uma agremiação política, o que permite intuir que rumos tomará o futuro governo do DF. A população, por seus representantes, participa diretamente da gestão de políticas públicas atuando em conselhos vinculados a secretarias de estado responsáveis pela ação governamental. São conselhos de políticas específicas, conselhos de amparo e proteção de segmentos, de administração de empresas, fiscais etc. Estes conselhos são em geral paritários. Metade é composta por representantes do governo. A outra metade é indicada pela sociedade civil, escolhidos por eleição ou representantes de entidades nomeadas nos regimentos e por elas escolhidos. Alguns destes cargos de conselheiros, de empresas com grandes patrimônios, têm remuneração significativa. Outros recebem menos e aqueles que têm sob sua responsabilidade políticas de assistência e proteção a pessoas nada recebem. A participação em conselhos é uma atividade meritória, especialmente aqueles voltados para a defesa dos mais vulneráveis, tais como idosos, crianças e adolescentes, de defesa da cidadania e direitos humanos. Os conselheiros representam o povo no governo.

O conteúdo do artigo é responsabilidade de seu autor e não representa a opinião deste jornal.

o Distrito Federal, há lotes que podem ser usados apenas para residência e outros que permitem abrigar também algum tipo de atividade econômica. Além disso, dependendo da localização, as normas para as edificações – a exemplo da altura máxima permitida ou a previsão de construção de marquise – variam. Tudo isso é assunto do projeto da Lei de Uso e Ocupação do Solo (Luos), em discussão, no auditório da Câmara Legislativa, em fórum organizado pela Comissão de Assuntos Fundiários (CAF). Desde que foi enviado pelo governo do Distrito Federal no final do ano passado, o texto passou por extensa análise técnica, recebeu diversos questionamentos e foi tema de 20 reuniões envolvendo técnicos da Casa, assessores parlamentares e representantes da Secretaria de Gestão do Território e Habitação (Segeth). O resultado dessa articulação foi a apresentação de uma emenda substitutiva (Emenda nº 41) ao texto original do Buriti (PLC nº 132/2017), à qual ainda devem ser propostas algumas alterações. A Lei do Uso e Ocupação do Solo (Luos) está prevista na Carta Magna do DF, a Lei Orgânica, e ela alcança todos os parcelamentos urbanos registrados em cartório e os núcleos urbanos implementados e consolidados pelo Poder Público, à exceção da área do perímetro tombado – a qual deve ser disciplinada por outro instrumento: o Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília (PPCUB). A Luos não abrange, ainda, áreas rurais e/ou de proteção ambiental integral. É esse instrumento que vai guiar o desenvolvimento e o ordenamento das regiões administrativas do DF nos próximos anos. Como aponta a subsecretária de Gestão Urbana da Segeth, Cláudia Varizo, a Luos trata de 360 mil lotes, os quais hoje são regidos por 420 normas urbanísticas, muitas das quais desatualizadas. O projeto prevê os seguintes usos para os lotes: comercial, serviços, institucional, industrial e residencial, estabelecendo algumas combinações possíveis entre eles – a depender da localização e do tipo de atividade econômica envolvida. Por exemplo, em áreas enquadradas como “residenciais exclusivas”, é proibido qualquer outro tipo de uso para o lote; já em zoneamentos classificados como “residenciais obrigatórios”, é possível conciliar moradia e atividades “pouco incômodas”, como serviços de manicure e aulas particulares.

: A Luos é muito importante, mas é muito polêmica. Tem áreas que estão sendo alteradas sem que a população tenha conhecimento”. deputado Lira (PHS). Vice-presidente da CAF

Cláudia Varizo destaca também que a Luos estabelece diversos parâmetros de ocupação do solo: entre eles, taxas de ocupação máxima e de permeabilidade; ou seja, o quanto é possível ocupar com uma edificação e o quanto deve ficar livre para infiltração; a altura máxima das construções, e a possibilidade de galerias ou marquises. Além disso, o projeto trata de parâmetros para a ocupação de áreas no subsolo e de vagas para carros e bicicletas. “É um assunto extenso e um pouco árido. Mas o que muda com a Luos? A gente pode ter um benefício muito grande com essa lei, como a distribuição equilibrada da atividade econômica, a diminuição dos deslocamentos, a otimização do uso da infraestrutura urbana, e mais responsabilidade ambiental”, ressalta a subsecretária de Gestão Urbana. Ainda segundo Varizo, devem haver ganhos com a celeridade no licenciamento, a clareza dos parâmetros urbanos e a isonomia dos critérios. Substitutivo. O secretário da Comissão de Assuntos Fundiários (CAF) da CLDF, Fábio Fuzeira, explica que a emenda substitutiva não altera o mérito ou a essência da proposta, contemplando ajustes necessários à redação, à técnica legislativa e a outros instrumentos legais, como o código de edificações. Segundo ele, ainda não houve consenso com relação a alguns pontos.

A distribuição dos usos seguiu a lógica espacial e a estrutura viária, ficando para áreas periféricas as atividades mais incômodas. Próximas às residências estão as atividades mais compatíveis com a área”. , Cláudia Varizo Subsecretária de Gestão Urbana da Segeth


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www.alo.com.br AntonioCruz_AgenciaBrasil

etor Produtivo S

Arrecadação da União chega a R$ 131,880 bilhões Segundo informações divulgadas pela Receita Federal, a União arrecadou R$ 131,880 bilhões em outubro. Além disso, comparado à mesma época do ano anterior, houve um crescimento real de 4,12%., chegando ao melhor resultado para o mês desde 2016. Nos primeiros dez meses de 2018, a arrecadação chegou a R$ 1,218 trilhão, com expansão de 5,98% em relação ao acumulado em igual

período de 2017. Resultando no melhor resultado acumulado para o ano desde 2014. De acordo com a Receita, o resultado pode ser explicado pela melhora do resultado das empresas e na redução de suas compensações de débitos, levando ao crescimento de 17,01% na arrecadação do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).

Valor da construção aumenta 0,26% em novembro de outubro (0,33%). Além disso, o INCCM acumula inflação de 3,83% no ano e de 3,98% em 12 meses, e, no mês atual, a inflação foi puxada principalmente pelos materiais e equipamen-

tos, que tiveram alta nos preços (0,63%). Devido ao aumento, os serviços ficaram 0,32% mais caros. Mas a mão de obra não teve alteração de preços de outubro para novembro.

_Arquivo_AgenciaBrasil

Medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), o Índice Nacional de Custo da Construção–M (INCCM), registrou inflação de 0,26% em novembro. Apesar da alta de preços, a inflação é menor que a

Arquivo_AgenciaBrasil

FGV: confiança da construção atinge maior nível desde 2015 De outubro para novembro deste ano, o Índice de Confiança da Construção (ICST), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), cresceu 2,9 pontos, resultando na terceira alta consecutiva. O índice atingiu 84,7 pontos em uma escala de 0 a 200 pontos, o maior nível desde janeiro de 2015, que foi de 85,4 pontos. Quem está mais con-

Gastos de brasileiros no exterior caiu 2% em outubro Dados divulgados ontem (27), pelo Banco Central (BC), mostram que despesas de brasileiros em viagem ao exterior estão reduzindo. As despesas chegaram a US$ 1,603 bilhão no mês passado, com redução de 2,08% em relação a outubro de 2017 (US$ 1,637 bilhão). De janeiro a outubro de 2018, as despesas também

foram reduzidas, com gastos que chegaram a US$ 15,478 bilhões, resultado inferior em 1,93% em relação a mesma época no ano anterior (US$ 15,782 bilhões). Fernando Rocha, chefe de Departamento de Estatísticas do BC, informou que a redução nos gastos é resultado da alta do dólar, o que torna as viagens mais caras, pois em

outubro de 2017, a taxa média de câmbio ficou em R$ 3,19, enquanto no mês passado, chegou a R$ 3,76. Em novembro, até o dia 23, as receitas de viagens internacionais chegaram a US$ 338 milhões e as despesas ficaram em US$ 1,018 bilhão. Com esse resultado, o déficit na conta de viagens chegou a US$ 680 milhões. Arquivo_AgenciaBrasil

fiante para o futuro é o empresário da construção civil, pois de acordo com o Índice de Expectativas, neste setor, ele subiu 4,8 pontos, atingindo 95,8 pontos, voltando ao nível de janeiro deste ano. Já a confiança no momento presente, medida pelo Índice de Situação Atual, também avançou (1,1 ponto), chegando a 74,1 pontos.

Confiança do comércio cresce 1,4%, diz CNC Medido pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) cresceu 1,4% de outubro para novembro. Resultando na maior alta em nove meses. O indicador atingiu 109,8 pontos em uma escala de zero a 200, ou seja, o maior patamar para meses de novembro desde 2014. O crescimento foi principalmente puxado pela confiança maior do empresário a respeito do futuro. A percepção do comércio cresceu 1,8%, puxada por expectativas em relação à economia (2,6%). Em novembro, as intenções de investimento tiveram alta de 1,7%, com destaque para as contratações de funcionários (2,9%). Mas o crescimento foi moderado devido à queda de 0,4 em relação à economia.

Minha Casa, Minha Vida responde por 51% dos lançamentos Segundo levantamento realizado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), o Programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) respondeu por 51% dos lançamentos imobiliários no terceiro trimestre deste ano. O levantamento foi feito em 19 regiões em todas as partes do Brasil, que representam 91,1% de todas as unidades habitacionais lançadas no período. Os lançamentos totalizaram 21,4 mil unidades habitacionais de julho a setembro, resultando em um crescimento de 30,1% em relação ao terceiro trimestre de 2017. Comparado ao segundo trimestre de 2018, o número significa uma queda de 17,4% no número de lançamentos.


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www.alo.com.br ida & Lazer V Matheus Alves/Divulgação

Divulgação

Forró DoBrado ocupa Conic 10ª edição do Lobo Fest Com tema “Cinema do Presente”, o Lobo Fest – Festival Internacional de Filmes realiza sua 10ª edição entre 27 de novembro e 4 de dezembro no Cine Bra-

sília. O evento brasiliense foca sua lente no formato curta-metragem, com uma seleção variada que privilegia as novas linguagens e experimentações audio-

visuais para potencializar o conteúdo produzido fora do circuito comercial. Toda a programação é gratuita, com patrocínio e apresentação do Banco do Brasil.

Bazar beneficente em Taguatinga Moda e solidariedade são o foco do bazar beneficente idealizado pela influenciadora digital Valéria Lessa, que vai acontecer no primeiro fim de semana de dezembro, em Taguatinga. A ação é uma par-

ceria das lojas Calvin Klein e Tommy Hilfiger que cederam o espaço, além de algumas peças do acervo. Parte do valor arrecadado com a venda das roupas será revertido para a instituição de

caridade “Doando Vida”, que acolhe crianças carentes da Estrutural e Santa Luzia. O bazar vaia contecer na Calvin Klein / Tommy Hilfiger do Taguatinga Shopping, nos dias 1 e 2 do próximo mês.

12h de música no SCS São 12 horas de samba consecutivas no meio da rua no Setor Comercial Sul, com três das melhores rodas de samba de Brasília. Um encontro de gerações com sambistas da velha guarda e da nova safra de mú-

sicos da cidade. Essa é a Virada do Samba, que ocorre no dia 1 de dezembro (sábado), às 20h, em frente ao Espaço Cultural Canteiro Central, no Setor Comercial Sul. A entrada é gratuita. O an-

fitrião do evento é o Samba Urgente, movimento de música na rua formado por jovens músicos da capital, que desde fevereiro de 2018 faz um samba mensal e gratuito em Brasília.

A última edição de 2018 do Forró DoBrado promete agitar a Praça Central do Conic (Setor de Diversões Sul) neste sábado (1/12), das 21h às 2h. O evento, que é só sucesso desde setembro, irá contar com diversas atrações especiais para encerrar o ano. E o público não precisa se preocupar com a chuva, já que o Forró Dobrado acontece em local coberto. A entrada é gratuita. O evento conta ainda com tradução em libras.


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