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25 MAR 2020
JUSTIÇA DETERMINA QUE GDF TOME MEDIDAS QUE EVITEM AGLOMERAÇÃO NO TRANSPORTE
O Palácio do Buriti tem 24h para apresentar ações concretas para evitar aglomerações em ônibus e no metrô. De acordo com a decisão, caso a medida seja descumprida, o governo deverá pagar multa diária de R$ 500 mil. Segundo a decisão, as medidas não podem atrapalhar o deslocamento de trabalhadores de serviços essenciais / Página 4
BOLSONARO DIZ AUTORIDADES DEVEM EVITAR MEDIDAS DE PROIBIÇÃO E CONFINAMENTO Segundo ele, 90% da população não terá qualquer manifestação da doença, caso se contamine, e a preocupação maior deve ser não transmitir o vírus. Ele aproveitou o pronunciamento para agradecer quem está na linha de frente no combate Página 07
COVID-19:
PANDEMIA CAUSARÁ RECESSÃO GLOBAL FMI avalia que a produção econômica mundial deve se recuperar em 2021. O fundo está pronto para usar toda sua capacidade de empréstimo de 1 trilhão de dólares
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HEMOCENTRO: ATENDIMENTO SÓ AGENDADO A PARTIR DE HOJE Página 04
BOMBEIROS ATUAM EM RODOVIAS E NO AEROPORTO JK Militares buscam nas BRs 040 e 060 possíveis suspeitos de contaminação pelo vírus. Eles também circulam pelas RAS para orientar a população a ficar em isolamentos social, vale lembrar que o socorro à comunidade continuará por meio das ocorrências cotidianas Página 3
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Ministério recomenda adiar Presidente do COI diz que adiamento vacinação de crianças contra a gripe de Jogos de Tóquio é inevitável O Ministério da Saúde recomendou ontem (24) às secretarias estaduais e municipais de Saúde que adiem a vacinação de crianças nesta primeira etapa da campanha de imunização contra a gripe, como forma de prevenção à contaminação pelo novo coronavírus (covid-19). A campanha teve início nesse fim de semana em alguns estados e ontem em outros, para idosos acima de 60 anos. A primeira fase previa imunizar idosos e crianças. Em diversas cidades, filas se formaram e secretarias de saúde vêm buscando formas de realizar a vacinação assegurando o distanciamen-
to, embora tal preocupação não tenha conseguido evitar aglomerações em locais de acesso. A recomendação de adiamento para crianças foi motivada, de acordo com o Ministério da Saúde, pelo cuidado a ser adotado com os idosos, principal grupo de risco e faixa etária com maiores índices de mortalidade. As crianças, ao contrário, são a faixa com menor índice de letalidade, mas podem contribuir para difundir o vírus. “A medida preventiva tem o objetivo de reduzir o contato dos idosos com crianças, já que estas são importantes transmis-
sores e disseminadores das doenças respiratórias”, explicou o ministério, em nota. Assim, os pais devem aguardar para levar os filhos aos postos de saúde e outros locais de vacinação a partir do dia 16 de abril. A medida também vale para os adultos, mas com exceções para locais com alta incidência de outras doenças. “Para estados com circulação ativa do vírus de sarampo e febre amarela, é recomendada a continuidade da vacinação para as duas doenças, e que estas estratégias ocorram de forma planejada afim de evitar concentração de pessoas”, orienta Ministério da Saúde.
Covid-19: Brasil tem 46 mortes e mais de 2 mil casos confirmados O número de mortes decorrentes do novo coronavírus (covid-19) chegou a 46, conforme atualização do Ministério da Saúde publicada ontem (24). Até ontem (23), o número de pessoas que vieram a óbito estava em 34. No domingo (22), era de 25, um aumento de quase 20 casos em apenas dois dias. O total de casos confirmados saiu de 1.891 ontem para 2.201 hoje, um acréscimo proporcional de 16% e de 310 em números absolutos. O resultado de hoje mar-
cou um aumento de 42% nos casos em relação a domingo, quando foram registradas 1.546 pessoas infectadas. As mortes continuam restritas a São Paulo, com 40 óbitos, e Rio de Janeiro, com 6 falecimentos. A taxa de letalidade saiu de 1,8% para 2,1% hoje. Como local de maior circulação do novo coronavírus no país, São Paulo também lidera o número de pessoas infectadas, com 810 casos confirmados. Em seguida vêm Rio de Janeiro (305), Ceará (182), Distrito
Federal (160), Minas Gerais (130) e Santa Catarina (107). Também registram casos confirmados Rio Grande do Sul (98), Bahia (76), Paraná (65), Amazonas (47), Pernambuco (42), Espírito Santo (33), Goiás (27), Mato Grosso do Sul (23), Acre (17), Sergipe (15), Rio Grande do Norte (13), Alagoas (nove), Maranhão (oito), Tocantins (sete), Mato Grosso (sete), Piauí (seis), Pará (cinco), Rondônia (três), Paraíba (três), Roraima (dois) e Amapá (um).
Twittando Bolsonaro volta a se pronunciar sobre epidemia “A epidemia afeta diretamente a todos, mas medidas extremas sem planejamento e racionalidade podem ser ainda mais nocivas do que a própria doença no longo prazo. Quando falamos em proteger empregos, também estamos falando de preservar a vida das pessoas. É isso que faremos!” @jairbolsonaro
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O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), o alemão Thomas Bach, disse que a rápida disseminação do coronavírus em todo o mundo e sua aceleração nas áreas já afetadas levaram à decisão anunciada ontem (24) de adiar os Jogos Olímpicos de Tóquio por um ano. Segundo o dirigente, em vídeo divulgado pelo COI, interromper o evento foi fundamental para a segurança dos atletas e de todos os envolvidos nos Jogos. Afirmando que a ameaça
do vírus é um desafio sem precedentes, Bach afirmou que o mesmo será superado e prometeu que o evento esportivo ocorrerá em 2021. Ele também revelou que a chama olímpica será mantida no Japão até o início dos jogos e que o nome Tóquio 2020 será mantido, apesar de o evento ocorrer um ano depois. “Na ligação telefônica, o primeiro-ministro Abe e eu discutimos a gravidade da pandemia do coronavírus e, mais importante, os efeitos devastadores que is-
so causou na vida de tantas pessoas em todo o mundo. Nós dois estamos muito preocupados com o desenvolvimento mundial, porque nos últimos dois a três dias, em particular, vimos números rapidamente crescentes, vimos o início de um surto em particular na África, vimos o início de um surto também em algumas ilhas da Oceania e vimos os números que crescem rapidamente na América do Sul e em muitas outras partes do mundo”. disse.
Bolsonaro e Xi Jinping trocam informações sobre a covid-19 O presidente Jair Bolsonaro conversou na manhã de ontem (24) com o presidente da China, Xi Jinping, para trocar informações sobre o combate ao novo coronavírus (covid-19) e reafirmar os laços comerciais entre os dois países. Acompanharam a ligação os ministros da Agricultura, Tereza Cristina; das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e do Meio Ambiente, Ricardo Salles. “Nesta manhã, em ligação telefônica com o Presidente da China, Xi Jinping, reafirmamos nossos laços de amizade, troca de informações e ações sobre o covid-19 e ampliação de nossos laços comerciais”, escreveu Bolsonaro em publicação no Twitter. Na semana passada, o presidente brasileiro disse que não há nenhum problema entre os governos do Brasil e da China e que poderia entrar em contato com o governo chinês para pedir auxílio no combate à pandemia da covid-19. A declaração foi dada
após publicação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) no Twitter, filho do presidente, responsabilizando o governo chinês pela pandemia de coronavírus. Em resposta, a Embaixada da China no Brasil disse que a postagem prejudica “a boa imagem do Brasil no coração do povo chinês”. Depois de surgir na China, em dezembro do ano passado, o surto do novo coronavírus espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a decla-
rar situação de pandemia. Após várias medidas restritivas e ações de saúde nos últimos meses, o país vem registrando queda no número de novos casos por transmissão comunitária e já trabalha para conter aumento de casos importados de coronavírus. De acordo com boletim divulgado na última segunda-feira (23) pela OMS, 103 novos casos foram confirmados na China nas últimas 24 horas. Desde o início do surto, o país registrou mais de 81,6 mil casos da covid-19.
Bolsonaro pede calma e diz que país vencerá novo coronavírus Em pronunciamento no rádio e na TV na noite desta terça-feira (24), o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o novo coronavírus (covid-19) está sendo enfrentado e pediu calma à população. “Sem pânico ou histeria, como venho falando desde o princípio, venceremos o vírus e nos orgulharemos”, disse o presidente. Bolsonaro afirmou que as autoridades devem evitar medidas como proibição de transportes, o fechamento de comércio e o confinamento em massa. “Nossa vida tem que continuar. Os empregos de-
vem ser mantidos. O sustento das famílias deve ser preservado. Devemos, sim, voltar à normalidade”, destacou. O presidente voltou a dizer que o grupo de risco para a doença é o das pessoas acima dos 60 anos de idade e que não teria necessidade de fechamento de escolas, já que são raros os casos fatais de pessoas sãs com menos de 40 anos. Segundo ele, 90% da população não terá qualquer manifestação da doença, caso se contamine, e a preocupação maior deve ser não transmitir o vírus, “em especial aos nossos queridos
pais e avós”. Sobre os trabalhos das equipes de saúde em todo o país, coordenadas pelo ministro da Saúde, Henrique Mandetta, Bolsonaro confirmou que ocorreu um planejamento estratégico para manter um atendimento eficaz dos pacientes no Sistema Único de Saúde (SUS). Jair Bolsonaro disse ainda acreditar na capacidade dos cientistas e pesquisadores para a cura dessa doença e falou que o governo recebeu notícias positivas sobre o uso da cloroquina no tratamento da covid-19.
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Lacen passa a funcionar 24 horas Sai a ordem para elaborar Estudo de Impacto para agilizar laudos da Covid-19 O Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) vai ampliar o horário de funcionamento pelos próximos 90 dias. O objetivo é otimizar as máquinas que fazem o diagnóstico molecular da Covid-19 e, com isso, diminuir o tempo de liberação dos exames. “Atualmente, o tempo médio de liberação de resultado é
de até cinco dias. Com o plantão noturno e durante os finais de semana, pretendemos diminuir esse prazo para três dias e, em casos graves, até 24 horas”, explica o diretor do Lacen, Jorge Chamon. Ele destaca que, com a medida, será possível agilizar as informações e tomar as medidas necessárias com mais
agilidade. “Em casos de testes positivos, poderá ser indicado isolamento domiciliar e, em casos mais graves, hospitalar”, frisa Chamon. Funcionará 24 horas por dia apenas o serviço de análise de coronavírus, o que inclui cadastro de amostras, captação diária de amostras e diagnóstico.
A revitalização do Setor Hospitalar Sul já começou Agência Brasília
As obras de revitalização no Setor Hospitalar Sul (SHS) não param. As intervenções começaram sábado (14) e, após dez dias, o estacionamento onde será construída a nova praça já começa a ganhar cara nova. A revitalização vai requalificar o espaço e aumentar o conforto e segurança tanto para quem busca atendimento nos hospitais quanto para os que trabalham no setor. As melhorias envolvem a construção de novas
calçadas e estacionamentos e a criação de uma área de alimentação onde ficarão concentrados os quiosques legalizados. “Não haverá nenhum quiosque na calçada disputando espaço com pedestres”, garante o secretário de Projetos Especiais, Everardo Gueiros. Segundo o responsável técnico pela execução da obra, Renato Souza Fonseca, a remodelação será feita em três etapas. A primeira envolverá a constru-
ção da nova praça que ficará no estacionamento entre o Hospital do Coração e as farmácias. É lá que ficarão todos os quiosques que atualmente ocupam as calçadas do setor. “Hoje é só um estacionamento. Mas será onde a praça será feita”, explica. Para isso, as atuais calçadas e o asfalto do estacionamento já foram demolidos. A primeira etapa será finalizada com a terraplanagem, pavimentação e construção de novas calçadas no local, o que deve durar 60 dias. A segunda etapa vai envolver a pavimentação da via que liga a W3 Sul ao Cemitério Campo da Esperança, incluindo o estacionamento do Centro Clínico Oswaldo Cruz que também receberá novo asfalto. Por último, será pavimentada a via que desce do cemitério até a W3 e o estacionamento do Mercado das Flores.
Drenagem no Setor de Inflamáveis está 51% executada Agência Brasília
Essencial para a segurança de comerciantes e usuários do Setor de Abastecimento e Indústria (SIA), as obras de construção da via de ligação do Setor de Inflamáveis, iniciadas em outubro de 2019, estão com 51% dos serviços de drena-
gem executados, o equivalente a 2.120 metros dos 4.400 previstos. Além disso, foram executados 148,5 metros da rede de 400 milímetros, com 23 ramais, e instalados 32 pontos de visitação. Até o momento, a obra não foi afetada por medi-
das extraordinárias em função da pandemia do coronavírus, o agente patológico causador da Covid-19, doença que avança em todo o mundo. “A secretaria não tem qualquer ingerência sobre o funcionamento ou suspensão temporária dos serviços da empresa contratada“, ressalta o secretário de Obras do GDF, Luciano Carvalho. “O andamento está de acordo com o cronograma estabelecido. Após a conclusão da topografia, foi iniciada a drenagem e a expectativa é concluí-la ainda no primeiro semestre”, explica o subsecretário de Fiscalização e Acompanhamento de Obras do GDF.
A Secretaria de Obras emitiu ordem de serviço para que a empresa de consultoria A Rosseto Filho EPP comece a elaboração de Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) para o túnel rodoviário e boulevard na Avenida Central de Taguatinga. O investimento será de R$ 144.183,44. Instituído pela Lei Federal nº 10.257/2001, o EIV consiste num estudo detalhado dos impactos positivos e negativos que determinado empreendimento causa em razão de seu porte e/ou atividades que serão exercidas. “O EIV é um procedimento prévio e obrigatório que deve ser realizado em empreendimentos comple-
xos como a construção do túnel de Taguatinga. Uma vez conhecidos os impactos, nós conseguiremos traçar as diretrizes que os atenuem, proporcionando melhores condições de habitabilidade, conforto e segurança à vizinhança”, explica o Secretário de Obras, Luciano Carvalho. Importante para desafogar o complicado trânsito na região, as obras do túnel de Taguatinga foram oficialmente lançadas no dia 14 de janeiro deste ano. A estrutura terá 1.010 metros de extensão e vai contar com duas pistas paralelas, cada uma com três faixas de rolagem em cada sentido. O investimento é de R$ 275 milhões. O consórcio Novo Túnel é
responsável por executar as obras. Os recursos são oriundos de contrato de financiamento firmado pelo GDF com a Caixa Econômica Federal. Se por um lado o túnel irá desafogar o trânsito para os mais de 135 mil veículos que circulam pela região, por outro lado, a atual Avenida Central se transformará em uma boulevard com foco no comércio da região. Além do paisagismo, as calçadas serão revitalizadas e os estacionamentos ampliados. O fluxo de veículos na avenida concentrará veículos do transporte público, como o BRT, e de moradores e pessoas interessadas em usufruir da região central da região administrativa.
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Bombeiros continuam atuando em rodovias e no Aeroporto JK O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) retomou suas ações no combate ao coronavírus, causador da Covid-19, com operações de identificação de possíveis casos nas rodovias do DF e no Aeroporto Internacional JK. E não apenas isso. Apesar de o Ministério de Saúde admitir que já há transmissão comunitária em todo país, a Secretaria de Saúde do DF não confirmou tal situação por aqui.
Por isso, a corporação adota novas ações preventivas e educativas junto à população, com ações de combate ao vírus. Viaturas do CBMDF, por exemplo, já estão circulando por regiões administrativas alertando quanto à necessidade de permanecer em isolamento social e orientando sobre as principais medidas de prevenção contra a Covid-19. “Todos os esforços são em prol da população. É de extrema importância a ade-
são ao isolamento social. Essa é a medida mais eficaz contra a contaminação pelo coronavírus”, destaca a tenente-coronel Daniela Ferreira, do Centro de Comando Social do Corpo de Bombeiro do Distrito Federal. Vale lembrar que o socorro à comunidade continuará por meio das ocorrências cotidianas. Também permanecem à disposição seis ambulâncias exclusivas para o transporte de pacientes com sintomas graves da doença.
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Hemocentro faz atendimentos só Assinada ordem de serviço para pessoas agendadas a partir de hoje início da obra na rua São Bartolomeu A Fundação Hemocentro de Brasília (FHB) adotará novas medidas para aprimorar o controle do número de pessoas que aguardam para doar sangue. A partir de hoje (25), serão atendidos exclusivamente os cidadãos e os grupos agendados. Para isso, os canais de comunicação da FHB também foram ampliados. Desde a última quarta-feira (18), o fluxo de doadores aumentou significativamente e chegou a ser maior que o dos dias pré-pandemia. No primeiro bimestre de 2020, a média foi de 155 bolsas coletadas diariamente. Somente na última sexta-feira (20), houve 241 doações de sangue. “Nós só temos a agradecer aos doadores que se dispuseram a sair de casa e realizaram esse gesto de solidariedade em
prol dos pacientes do DF”, ressalta o diretor-presidente, Osnei Okumoto. Embora o movimento maior seja positivo para recuperar os estoques – cujos níveis diminuíram cerca de 25% após a pandemia de coronavírus –, o que evita oscilações no banco de sangue é o fluxo regular de doadores. “Cada componente do sangue tem um prazo de validade específico. A plaqueta, por exemplo, tem entre três e cinco dias de validade. Já o plasma pode ser congelado e armazenado por um ano”, explica o diretor executivo do Hemocentro, Alexandre Nonino. Mesmo após a declaração de pandemia do coronavírus pela Organização Mundial de Saúde (OMS), a Fundação Hemocentro de Brasília não alterou o horá-
rio de funcionamento – de segunda a sábado, das 7h às 18h –, pois é o único hemocentro público no Distrito Federal e unidade essencial ao sistema de saúde da cidade. A fundação também adotou as orientações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e do Ministério da Saúde para atualizar os critérios para doação de sangue. Quem teve contato com pessoa diagnosticada ou com suspeita de coronavírus, assim como quem retornou de viagem internacional recente, fica impedido de doar sangue por 30 dias. Já os candidatos com febre ou sintomas respiratórios (tosse, coriza, irritação ou dor na garganta) devem aguardar 15 dias após o desaparecimento completo dos sintomas para doar sangue.
Crianças de creches fechadas vão ter bolsa alimentação Decreto do governador Ibaneis Rocha publicado no Diário Oficial do Distrito Federal criou uma bolsa alimentação para as 23.383 crianças de zero a cinco anos atendidas nas creches conveniadas do DF. O benefício, de R$ 150 por mês, será pago proporcionalmente ao tempo que durar a suspensão do funcionamento das unidades escolares. O
governador deliberou a medida após a decisão judicial que obrigou as creches a fecharem as portas. A bolsa alimentos já contempla os 106 mil estudantes que usufruem do cartão material escolar. O BRB já está produzindo os cartões que serão entregues o mais breve possível às famílias das crianças matriculadas na rede credenciada.
A distribuição vai aproveitar a mesma logística testada com sucesso na entrega do Cartão Material Escolar. O BRB entregará os cartões às 14 regionais de ensino, às quais caberá montar um sistema de distribuição que evite aglomeração de pessoas. A Secretaria de Educação (SEE) informará oportunamente como será feita a entrega.
O Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER-DF) publicou, no Diário Oficial do Distrito Federal a ordem de serviço para que a empresa Rio Platense Construções e Consultoria LTDA dê início a obra de pavimentação de 1,9 km da Rua São Bartolomeu, no trecho entre o Bairro Bela Vista e a Escola São Bartolomeu, na região central de São Sebastião. Agora a empresa vence-
dora da licitação instalará o canteiro de obras e reunirá todo o maquinário para colocar a mão na massa até o final desta semana. “Com a ordem de serviço assinada, a construtora já pode iniciar os trabalhos. Muito em breve entregaremos uma obra de qualidade para a população desta região”, informou o superintendente de obras do DER/DF, Cristiano Cavalcante. O contrato com a ven-
cedora do edital, no valor de R$ 1,1 milhão, inclui também os serviços de terraplenagem, drenagem, sinalização horizontal e vertical e serviços complementares. O prazo para execução da obra é de 90 dias. A obra vai beneficiar cerca de 20 mil pessoas que moram na região e aproximadamente dois mil veículos que passam por ali todos os dias.
No primeiro dia de teletrabalho, Emater faz 354 atendimentos A Empresa de Assistência Técnica e de Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF) fez 354 atendimentos nesta segunda-feira (23), primeiro dia de teletrabalho adotado pela empresa como ação para conter a disseminação do coronavírus. A decisão pelo regime especial de trabalho atende ao decreto nº 40.546 editado pelo Governo do Distrito Federal. A norma da Emater, anunciada pela direção da empresa na última sexta-feira (20), suspende todos os métodos coletivos, reuniões, cursos de capacitação e atividades que demandem a presença física de seus participantes, mas permite a re-
alização de atividades em formato virtual ou de teleconferência, quando possível. Segundo a coordenadora de Operações a Emater, Luciana Tiemann, os atendimentos realizados neste primeiro dia de teletrabalho foram feitos por meio de telefone, WhatsApp e e-mail. As prioridades no atendimento foram ao incentivo, orientações e apoio ao processo de regularização fundiária; dinamização de prevenção à Covid-19 e orientações e demandas não presenciais dos agricultores do DF. Além disso os técnicos estão trabalhando na atualização de informação de Índice de Produção
Agrícola (IPA) e atualização de cadastros, dentre outros serviços que podem ser realizados por meio do teletrabalho. De acordo com a circular, o gerente de cada área é responsável por orientar, distribuir e verificar a execução dos trabalhos e deve providenciar relatório com todas as atividades desenvolvidas por teleatendimento. Confira a seguir os números de telefones e e-mails das unidades da Emater-DF para atendimento: Alexandre de Gusmão: E-mail: alexandregusmao@emater.df.gov.br.
Justiça determina que GDF tome medidas que evitem aglomeração O Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT) deu prazo de 24 horas para que o governo do DF tome medidas com o objetivo de impedir aglomerações de pessoas no transporte público da capital, em meio à pandemia do novo coronavírus. Segundo a decisão, as medidas não podem atrapalhar o deslocamento de trabalhadores de serviços essenciais. O juiz Daniel Eduardo Branco Carnacchioni fixou multa diária de R$ 500 mil em caso de descumprimento da ordem. Segundo o magistrado, as mudanças
precisam ser amplamente divulgadas ao público. A decisão é resultado de uma ação popular movida por um advogado da capital. No processo, ele pedia a suspensão total da circulação de ônibus e metrô por 15 dias, devido à Covid-19. Segundo o autor, houve omissão do GDF na adoção de medidas preventivas no setor. Ao analisar o caso, o juiz Daniel Carnacchioni concordou com a tese e entendeu que “não há medidas relacionadas ao transporte público, o que pode levar ao aumento considerável da
contaminação da população, em especial usuários”. No entanto, citou os trabalhadores que não possuem carro próprio como fator que impede a paralisação total do transporte público.“Além dos elementos já informados que evidenciam que a omissão nos atos normativos sobre o transporte público é relevante, [...] a urgência é indiscutível porque as atividades econômicas, com raras exceções, estão paralisadas e a sociedade, como um todo, está em isolamento, tudo para conter a disseminação do coronavírus.”
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Marlene Galeazzi
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EM TEMPO DE RECLUSÃO
O inesperado aconteceu. E, quando ninguém esperava, as pessoas se surpreenderam sendo obrigadas a mudar rotina de suas vidas, o comportamento, apreender a viver com elas mesmo e, o principal, amar e trabalhar à distância. Cada um na sua casa, cada um no seu canto, enquanto as ruas continuam vazias. Reclusão temporária imposto em nome da própria sobrevivência. O tempo suficiente para que a pandemia diga adeus, o universo se reorganize e a ameaça suma na linha do tempo. Enquanto isto, é criar, inventar, rezar, e ser mais solidária, fazer coisas produtivas e o tempo render. Exatamente como algumas de nossas personagens. Foto de: Arquivo Pessoal
Janete Vaz, sócia-proprietária, diretora executiva do Sabin. Em casa, trabalhando em home office e, como faz parte de sua missão, ajudando a salvar vidas. No Sabin 100% dos colaboradores com mais de 60 anos ou com doenças crônicas foram liberados do trabalho presencial.
Stela Guerra, empresária do ramo de jóias, permanece em casa se comunicando toda hora com a família apenas pelo celular. Lê muito, coisa que não consegue fazer normalmente, organiza a casa, sente, muito a falta dos netos e e dedica um tempo grande do tempo para fazer as preces para que este momento difícil passe o mais rápido possível. Iracema Torres, proprietária da Boutique que leva seu nome, está em sua casa do Lago Sul, dedicando parte do tempo a leitura. Acabou de ler o “Admirável Mundo Novo”, uma leitura que sempre adiou e que achou simplesmente maravilhoso. Organiza o que precisava e dá atenções ao marido, o general Rui
Daniella Maegele,proprietária da Avanzo. Está em casa onde montou um home office e está trabalhando intensamente na criação de sua nova coleção que, sem dúvida, será sucesso.
Kátia Maranhão, jornalista e assessora de imprensa de editora internacional o está trabalhando em casa e, com seu espírito de solidário, ajuda os vizinhos a fazer compras e a toda hora vai a casa dos pais, aos quais dedica cuidados especiais. Dirige de luvas e usa máscara
Renato Carioni, chef do restaurante cosi. Enquanto o restaurante está fechado por causa da quarentena, ele de casa. dá aulas de gastronomia pelo seu Instagram e faz nova experiências com receitas que pretende lançar recentemente.
Maria Helena Gomide, advogada e ex-primeira-dama, seguiu para a fazenda onde respira o ar puro, toma todos os cuidados e, como católica praticante, reza muito, Acredita que lá, em contato com a natureza, fica mais perto de Deus para pedir as bênçãos
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Pandemia causará recessão global Portal com informações em 2020, diz FMI sobre Covid-19 Agência Brasil
EUSTÁQUIO FERREIRA
Questão de Solidariedade Parecia, de início que o Covid-19 era uma questão de outros países. Mesmo com o alerta dos especialistas, alguns insistiam em argumentar que se tratava de um fato localizado em um continente longínquo. Quando viajantes, que tiveram contato com pessoas contaminadas, levando o vírus a seus países, pensou-se que era uma questão dos ricos. Mesmo países com alto nível de educação, na Europa, deixaram de tomar as medidas que seriam desejáveis, imaginando talvez que ali o vírus não se propagaria. Estamos aprendendo a um alto custo que se trata de uma pandemia, que todos estão vulneráveis. Mas diante de uma situação nova como esta, algumas medidas se mostram contraditórias. Visando evitar aglomerações, reduziu-se a circulação do transporte coletivo. O que se viu foram pessoas apinhadas nos poucos veículos, aumentando o risco de contágio. Em comunidades afastadas, pouco dotadas de serviços públicos e com acesso restrito à informação, onde as vias são estreitas, as habitações têm área reduzida, não há serviço de saneamento e tampouco água potável, a vida continua, com as pessoas nas ruas. As restrições ao funcionamento de atividades urbanas certamente levarão muitas pessoas a perderem seu trabalho. Já existem muitas pessoas em situação de rua. Os governos deveriam formular políticas de amparo a estas pessoas. A fome que advirá de tal situação poderá causar doenças e mortes. É uma questão de solidariedade, neste momento. O conteúdo do artigo é responsabilidade de seu autor e não representa a opinião deste jornal.
A pandemia do coronavírus causará uma recessão global em 2020, que poderá ser pior do que a observada durante a crise financeira global de 2008-2009, mas a produ-
ção econômica mundial deve se recuperar em 2021, disse o Fundo Monetário Internacional (FMI) nesta segunda-feira. A diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva,
saudou as ações fiscais extraordinárias já tomadas por muitos países para impulsionar os sistemas de saúde e proteger empresas e trabalhadores afetados, e medidas dos bancos centrais para afrouxarem a política monetária, acrescentando: “ainda será necessário mais, especialmente no fronte fiscal”. Ela disse que o FMI vai ampliar com força o financiamento de emergência, afirmando que 80 países já pediram sua ajuda. O fundo está pronto para usar toda sua capacidade de empréstimo de 1 trilhão de dólares, disse ela.
Doria diz que fábricas e construção civil não podem parar Agência Brasil
podem ser interrompidas.” O governador defendeu que borracharias e oficinas mecânicas estejam abertas durante esse período para atender, principalmente, os carros das áreas de segurança e ambulâncias. Postos e caminhoneiros
O governador de São Paulo, João Doria, reforçou a necessidade de funcionamento das fábricas no estado e do setor de construção civil. “Não podemos ter colapso na produção do país”, disse. “Se as fábricas pararem, teremos colapso no abastecimento, não só de alimentos, como de produtos básicos para a população de São Paulo e do país”, acrescentou. Doria disse ainda que a construção civil também de-
ve continuar operando. “Sigam os critérios sanitários que estamos determinando. Mas não podemos ter paralisação do setor e nem mesmo em obras. As obras do metrô, de prontos-socorros e de hospitais, de rodovias e de ferrovias, obras que estão em curso e que atendem a necessidade da população, assim como obras de recuperação necessárias ao perfeito funcionamento de municípios e obras de manutenção, não
Ele pediu que os prefeitos não bloqueiem estradas e mantenham abertos os postos de combustíveis.“Pedimos uma especial atenção aos caminhoneiros. São Paulo é o maior centro de abastecimento do país. Por isso, prefeitos, não limitem estradas e não limitem funcionamento de postos de combustível fundamentais para o que o serviço de transporte continue a ser feito regularmente. As estradas e as nossas fronteiras devem permanecer abertas para não ocorrer desabastecimento.”
Associação Brasileira de Lojistas de Shoppings informam medidas A pandemia do novo coronavírus vem causando sérios transtornos aos empresários do comércio do DF e de todo o País. Com o objetivo de amenizar os impactos do vírus, os lojistas e os shoppings chegaram a um acordo que flexibiliza as taxas operacionais e o aluguel enquanto os centros comerciais do País ficam de portas fechadas. É o que informa a Asso-
ciação de Lojistas de Shopping Centers (Alshop). De acordo com balanço do segmento, o Brasil tinha 95% dos shoppings fechados por decretos municipais ou estaduais. Segundo a Alshop, durante o tempo que os centros comerciais ficarem fechados não haverá cobrança de aluguel – o valor referente ao mês de março, por exemplo, só será
cobrado de forma proporcional às vendas e em uma data que ainda será negociada. Já a taxas de condomínio será flexibilizada e reduzida. A Alshop informa ainda que está do lado do lojista brasileiro, com diálogo permanente com as autoridades. Assim como a Fecomércio-DF, que mantém uma sala de situação para tirar dúvidas.
Com intuito de prestar informações para o setor produtivo, o Sistema Fecomércio-DF lançou por meio do Sesc-DF, o portal Observatório do Comércio (observatorio.sescdf.com.br/). O site traz as principais e últimas notícias que tratam sobre as mudanças ocorridas no comércio ocasionadas pelo novo coronavírus, além da atuação das instituições que compõem o Sistema (Fecomércio, Sesc, Senac e IF). O usuário pode ter acesso a dicas de saúde, materiais de apoio, orientações e vídeos com depoimentos dos presidentes de sindicatos de cada segmento. “O momento atual requer o esforço e a união de todos no combate ao novo coronavírus. A Fecomércio-DF, por meio do Sesc,
criou este observatório para acompanhar toda a evolução da crise e levar informações úteis para empresários, trabalhadores e veículos de comunicação. Vamos superar as adversidades juntos e estaremos sempre na defesa das pessoas, das empresas, dos empregos e do nosso mercado consumidor”, destaca o presidente do Sistema Fecomércio-DF, Francisco Maia. O diretor regional do Sesc-DF, Marco Tulio Chaparro, explica a importância do site. “O objetivo é fazer um resumo do panorama do comércio durante a crise do coronavírus. Estamos empenhados e trabalhando para que juntos possamos administrar da melhor maneira essa situação, além de prestar o máximo de informações”, aponta.
Fecomércio-DF orienta consumidores locais A pandemia causada pelo novo coronavírus provoca um impacto em toda sociedade, inclusive em diversos segmentos do comércio do Distrito Federal. Nesta realidade, a Fecomércio-DF orienta os consumidores a realizarem as suas compras na vizinhança, evitando aglomerações, e apoiando os empreendedores. O presidente da Fecomércio-DF, Francisco Maia, diz que as empresas de comércio, serviços e turismo são as grandes empregadoras da capital e muitas correm o risco de quebrar. A ação de fortalecer o empreendedor ganha força nas redes sociais e a Fecomércio-DF destaca que diversas empresas estão trabalhando na forma de delivery, ou se reinventando para chegar até o cliente. “O segmento de bares e restaurantes da cidade teve um prejuízo de 60% na última semana. É importante o consumidor ter a consciência em ajudar o comércio local e realizar as suas compras em áreas próximas a sua residência, evitando fazer longas viagens e aglomerações”, destaca. “Com essa precaução, o consumidor evita espalhar o vírus e ajuda o empreendimento perto
de sua casa. A Fecomércio apoia e incentiva esse tipo de comportamento. Vamos sair dessa crise juntos”, completa Francisco Maia. No segmento de turismo, a Fecomércio também endossa a campanha “Não cancele, remarque.” A área turística é uma das mais afetadas, segmento em que o fluxo de caixa foi completamente abalado pela impossibilidade de viagens e vistações. Alguns eventos foram cancelados, mesmo com pacotes totalmente pagos. Somente nos 15 primeiros dias de março, o volume de receita do segmento encolheu 16,7% em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com dados da Confederação Nacional do Comércio (CNC). Para evitar maiores danos, a Fecomércio criou uma sala de situação que acompanha as novidades e dialoga com o GDF para amenizar os prejuízos na economia da cidade. Além disso, a Federação obteve junto ao Banco de Brasília uma linha de crédito especialmente para empresários filiados aos sindicatos da entidade, no valor de R$ 1 bilhão. O montante visa a ajudar as empresas, com juros abaixo do valor de mercado.
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Resgates superam compras do Covid-19: 70% dos moradores de Tesouro Direto em fevereiro favelas tiveram redução da renda Agência Brasil
As vendas do Tesouro Direto - programa que permite a venda e compra de títulos públicos a pessoas físicas pela internet atingiram R$ 1,393 bilhão, enquanto os resgates totalizaram R$ 2,354 bilhões, em fevereiro. Com isso, houve um resgate líquido de R$ 960 milhões, segundo dados divulgados pelo Tesouro Nacional. No mês passado, o título mais demandado pelos investidores foi o indexado à Selic (Tesouro Selic), cuja participação nas vendas atingiu 54,8%. Os títulos indexados à inflação (Tesouro IPCA+ e Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais) corresponderam a 32,5% do total e os prefixados,12,7%.
Foram realizadas, no mês, 292.479 operações de venda de títulos a investidores. Segundo o Tesouro, a utilização do programa por pequenos investidores pode ser observada pelo considerável número de vendas até R$ 5.000,00, que correspondeu a 86,8% das vendas ocorridas no mês. O valor médio por operação ficou em R$ 4.765,18. Estoque Em fevereiro, o estoque do Tesouro Direto alcançou R$ 58,8 bilhões, o que significa redução de 0,84% em relação ao mês anterior (R$ 59,3 bilhões) e aumento de 4,89% sobre fevereiro de 2019 (R$ 56,06 bilhões). Os títulos remunerados por ín-
dices de preços respondem pelo maior volume no estoque, alcançando 49,2%. Na sequência, aparecem os títulos indexados à taxa Selic, com participação de 33,4% e, por fim, os títulos prefixados, com 17,4%. A maior parte dos títulos – 50,7% - é composta por títulos com vencimento entre 1 e 5 anos. Os títulos com prazo entre 5 e 10 anos, por sua vez, correspondem a 23,1% e aqueles com vencimento acima de 10 anos, a 21,5%. Já os que vencem em até 1 ano correspondem a 4,7% do estoque. Investidores Em fevereiro, 217.056 novos participantes se cadastraram no Tesouro Direto. O número total de investidores cadastrados ao fim do mês atingiu 6.162.853, o que representa aumento de 71,6% nos últimos 12 meses. O número de investidores ativos chegou a 1.213.399, uma variação de 35,4% nos últimos 12 meses. No mês, o acréscimo foi 2.276 em novos investidores ativos.
Em janeiro, vendas no comércio recuam 1%, diz IBGE Agência Brasil
O comércio varejista nacional recuou 1% em janeiro de 2020, frente a dezembro do ano passado, acumulando dois meses negativos seguidos, de acordo com a Pesquisa Mensal de Comércio, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi o recuo mais intenso para o mês de janeiro desde 2016, quando o setor registrou queda de 2,6%. Em relação a janeiro do ano passado, as vendas au-
mentaram 1,3%. Segundo o analista da pesquisa, Cristiano Santos, mesmo com essa alta, o resultado voltou a mostrar um quadro de perda de ritmo. “É um crescimento, mas menor a cada ano. A taxa permanece 5,4% abaixo do nível recorde alcançado em outubro de 2014”, explicou, em nota, descartando, por enquanto, qualquer impacto da pandemia do novo coronavírus (covid-19) nos resultados
divulgados hoje. “Precisamos esperar os resultados dos próximos meses para avaliar”. Segundo o IBGE, na comparação com dezembro, duas atividades que puxaram o resultado para baixo foram hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com recuo de 1,2%; e combustíveis e lubrificantes, com queda de 1,4%. Além desses segmentos, móveis e eletrodomésticos (-1,9%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (1,6%), e outros artigos de uso pessoal e doméstico (0,2%) foram outros três em queda das oito pesquisadas. Para Cristiano Santos, “o recuo em janeiro é natural, por conta do rescaldo de datas comerciais do fim do ano, como a Black Friday e o Natal”.
Em cada dez famílias brasileiras que vivem em favelas, sete já tiveram a renda reduzida devido a crise causada pela pandemia do novo coronavírus, segundo pesquisa divulgada pelo Instituto Locomotiva/ Data Favela. O estudo ouviu 1,14 mil pessoas em 262 comunidades em todos os estados do país. O instituto estima que 13,6 milhões de pessoas vivam em favelas no Brasil. No estado do Rio de Janeiro, de acordo com a pesquisa, 13% da população vive nesse tipo de comunidade. Em São Paulo, são 7%, em Pernambuco, 10%, e no Pará 17%. Preocupações Os riscos à saúde trazidos pelo novo coronavírus
são uma grande preocupação para 66% dessa população. Ao mesmo tempo, a apreensão em relação a perda de renda desse período é uma grande preocupação para 75% dos moradores de favelas. Quase a metade, 47% das pessoas que vive nessas áreas, trabalha por conta própria, seja como autônomo ou profissional liberal. O índice de quem tem carteira assinada é consideravelmente menor, 19%, e ainda há 10% que estão desempregados. Mais gastos, menos renda Para se preparar para os reflexos que a crise tem trazido para a economia doméstica, 79% disse que já
cortou gastos dentro de casa. Porém, para 84% das famílias que têm filhos, os gastos aumentaram agora que as crianças deixaram de ir à escola. Sem renda, as pessoas dizem que o próprio cuidado com a saúde pode ficar prejudicado. A grande maioria, 72%, disse que não tem economias às quais possa recorrer, enquanto 15% têm poupança para um mês. Por isso, 86% das famílias teriam dificuldades para comprar comida dentro de um prazo de até um mês se tiverem que ficar em casa. Sendo que 32% já preveem que será complicado comprar alimentos em uma semana.
Certidões negativas de débito com a União são prorrogadas por 90 dias Agência Brasil
A Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) e a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN) prorrogaram por 90 dias o prazo de validade das Certidões Negativas de Débitos (CND) e das Certidões Positivas com Efeitos de Negativas (CNEND), ambas relativas a créditos tributários federais e Dívida Ativa da União. A CND é emitida quando não há pendências em nome do sujeito passivo relativas a débitos, dados cadastrais e apresentação de declarações administrados pela Receita Federal, ou inscrição na Dívida Ativa da União. Já a CPEND é emitida quando existe uma pendên-
cia, porém ela está com seus efeitos suspensos (por exemplo, em virtude de decisão judicial). As duas certidões são necessárias para que as pessoas jurídicas exerçam uma série de atividades, como, por exemplo, participar de licitações ou obter financiamentos.
A Receita informa que as medidas valem apenas para as certidões conjuntas que já foram expedidas e ainda estão no período de validade e visam a minimizar os efeitos decorrentes da crise para a atividade econômica em âmbito nacional.
Confiança do consumidor sofre forte queda puxada por pandemia O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), caiu 7,6 pontos de fevereiro para março. Com a queda, o indicador chegou a 80,2 pontos, em uma escala de zero a 200 pontos, o menor valor desde janeiro de 2017 (78,3 pontos). O Índice de Situação Atual, que mede a confiança no presente, diminuiu 4,8 pontos, para 76,1 pontos, o menor nível desde ju-
lho de 2019 (75,6 pontos). O Índice de Expectativas, que mede as avaliações sobre o futuro, caiu 9,3 pontos para 83,9 pontos, o menor desde dezembro de 2016 (81,6 pontos). Segundo a pesquisadora da FGV, Viviane Seda Bittencourt, a queda da confiança já havia caído nos dois meses anteriores. A perda acumulada em 2020 chega a 11,4 pontos. “Apesar de dois terços da coleta de dados pa-
ra esta edição ter ocorrido antes das medidas de restrição já é possível notar um impacto expressivo nas expectativas.” A capital que registrou a maior queda na confiança foi o Rio de Janeiro, enquanto os paulistas já perceberam a piora da situação atual, possivelmente em função do maior número de casos e por seu imenso parque fabril. O cenário para os próximos meses é preocupante.
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