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31 MAR 2020
CORONAVÍRUS
APROVADO PROJETO QUE PREVÊ R$ 600 MENSAIS A TRABALHADORES INFORMAIS Projeto prevê três meses de auxílio emergencial para autônomo maior de 18 anos e que cumprir critérios de renda, entre outros. Texto segue para sanção de Bolsonaro Página 2
SAÚDE ANUNCIA 200 LEITOS DE RETAGUARDA NO MANÉ GARRINCHA
SENADO PREPARA PROJETO PARA INCLUIR MAIS CATEGORIAS NO "CORONAVOUCHER" O Senado votou sobre o pagamento de um auxílio emergencial de três meses, no valor de R$ 600, destinado a trabalhadores autônomos, informais e sem renda fixa. Além desse projeto, que já vem sendo chamado de “coronavoucher”, existe outro ganhando forma no Senado / Página 2
A previsão inicial é que em até 15 dias parte dos leitos já esteja disponível à população, em uma área que abrange quase 6 mil metros quadrados. O secretário de Saúde destacou que o planejamento para atender mais casos de coronavírus foi dividido em três etapas
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Senado aprova projeto que prevê R$ 600 mensais a trabalhadores O Senado aprovou ontem(30) em sessão virtual, por 79 votos votos a zero, o projeto que prevê o repasse de R$ 600 mensais a trabalhadores informais. A aprovação foi motivada pela pandemia do novo coronavírus, e o texto prevê o pagamento por três meses. A proposta foi aprovada pela Câmara dos Deputados na semana passada segue para a sanção do presidente Jair Bolsonaro. Segundo o projeto, o pagamento do auxílio será limitado a duas pessoas da mesma família. O projeto do governo previa R$ 200 por mês. No Congresso, os parlamentares aumentaram o valor para R$ 600. Pelo texto, a trabalhadora informal que for mãe e chefe de família terá direito a duas cotas, ou seja, receberá R$ 1,2 mil por mês, durante três meses. A proposta estabelece uma série de requisitos para que o autônomo tenha direito ao auxílio, apelidado por alguns parlamentares de “coronavoucher”. Segundo o projeto, o trabalhador precisa ter mais de 18 anos, cumprir critérios de ren-
da familiar e não pode receber benefícios previdenciários, seguro desemprego nem participar de programas de transferência de renda do governo federal, com exceção do Bolsa Família. Entenda a proposta O projeto altera uma lei de 1993, que trata da organização da assistência social no país. De acordo com o texto, durante o período de três meses, será concedido auxílio emergencial de R$ 600 ao trabalhador que cumpra, ao mesmo tempo, os seguintes requisitos: ser maior de 18 anos de idade; não ter emprego formal; não ser titular de benefício previdenciário ou assistencial, beneficiário do seguro-desemprego ou de programa de transferência de renda federal, à exceção do Bolsa Família; ter renda familiar mensal por pessoa de até meio salário mínimo ou renda familiar mensal total de até três salários mínimos; que, no ano de 2018, não tiver recebido rendimen-
O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, fez um apelo ontem (30) à população para que cumpra as medidas de isolamento definidas pelo estado para combater a pandemia do novo coronavírus e afirmou que irá tomar medidas mais duras caso as atuais sejam descumpridas. “Não desafiem o vírus, não desafiem a pandemia. Mas, se assim fizerem, determinarei que sanções sejam aplicadas. [Sanções] criminais, pela
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Alô Brasília Comunicação Ltda. CNPJ: 09612937/0001-92 Matriz: Setor de Autarquias Sul (SAUS), Quadra 5, Bloco K, nº 17, Ed. Ok Office Tower, 13º andar. Asa Sul, Brasília, DF - CEP: 70.070-050 Telefone: 98565-6473 comercial@alo.com.br
ação das polícias Militar e Civil. E outras sanções poderão vir posteriormente, inclusive de responsabilidade civil. Então, quem quiser desafiar, será responsabilizado”, afirmou o governador. Witzel publicou nesta segunda-feira, no Diário Oficial do estado, um novo decreto com a prorrogação das medidas para reduzir a movimentação e aglomeração de pessoas no estado. As aulas continuam suspensas, o transporte permanece restrito e eventos com presença de público mantêm-se proibidos. Restaurantes podem funcionar apenas com 30% da capacidade, fazer entregas e atender a pedidos para ser levados na hora. “Peço ao povo do estado
Aprovado distribuição de merenda às famílias com filhos na rede pública
tos tributáveis acima de R$ 28.559,70. O auxílio será cortado caso seja constatado o descumprimento de desses requisitos. O texto diz também que o trabalhador deve exercer atividade na condição de: microempreendedor individual (MEI); contribuinte individual do Regime Geral de Previdência Social que trabalhe por conta própria; trabalhador informal, ser empregado ou autônomo, inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), até 20 de março de 2020, ou que se encaixe nos critérios de renda familiar mensal mencionados acima. A proposta estabelece ainda que somente duas pessoas da mesma família poderão receber o auxílio emergencial e o benefício do Bolsa Família, podendo ser substituído temporariamente o benefício do Bolsa Família pelo auxílio emergencial, caso o valor da ajuda seja mais vantajosa.
Witzel pede cumprimento medidas de isolamento
O Plenário do Senado aprovou na última segunda-feira (30) o PL 786/2020, projeto que estabelece a distribuição dos alimentos da merenda escolar às famílias dos estudantes que tiveram suspensas as aulas na rede pública de educação básica devido à pandemia do coronavírus. Apresentado pelo deputado federal Hildo Rocha (MDB-MA), o projeto foi aprovado na Câmara dos Deputados no último dia 25 e, em seguida, tramitou no Senado em regime de urgência. O texto segue agora para sanção da Presidência da República. De acordo com o projeto, o dinheiro do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) continuará a ser repassado pela União a estados e municípios para a compra de merenda escolar. Como as escolas públicas estão fechadas por causa da pandemia, os alimentos deverão ser distribuídos imediatamente aos pais ou aos responsáveis pelos estudantes matriculados nessas
escolas. A distribuição dos alimentos da merenda escolar poderá ser feita todas as vezes em que as aulas da rede pública forem suspensas em razão de situação de emergência ou de calamidade pública. Segundo o Censo Escolar 2019, o Brasil possui quase 39 milhões de crianças e adolescentes matriculados na rede pública de educação básica. Na rede privada, estima-se que haja pouco mais de nove milhões de estudantes. O senador Rodrigo Cunha (PSDB-AL) foi o relator da matéria na Casa. Ele decla-
rou que a proposição é “altamente elogiável”, na medida em que busca assegurar a alimentação de milhões de crianças e jovens que dependem da merenda escolar, durante o período de suspensão das aulas, devido a emergência ou calamidade pública. “ Notadamente neste momento, em que vivemos a crise mais grave de nossa história, em decorrência da pandemia de coronavírus, entendemos ser papel do Poder Público oferecer apoio às crianças e jovens que se encontram extremamente vulneráveis”, afirmou o relator.
Projeto é preparado para incluir mais de categorias no “coronavoucher”
do Rio que confie e acredite que estamos vivendo momentos muito difíceis e que estamos trabalhando para que pessoas tenham a chance de sobreviver, para que possam estar no respirador e para que possamos olhar nos olhos das famílias e dizer que fizemos de tudo que foi possível”, acrescentou. De acordo com o secretário de Saúde do estado, Edmar Santos, as medidas de isolamento estão contribuindo para o achatamento da curva no Rio, ou seja, impedindo que muitas pessoas sejam infectadas ao mesmo tempo e que o sistema de saúde não consiga atender todos os pacientes.
O Senado votou ontem (30) à tarde o pagamento de um auxílio emergencial de três meses, no valor de R$ 600, destinado a trabalhadores autônomos, informais e sem renda fixa. Além desse projeto, que já vem sendo chamado de “coronavoucher”, existe outro ganhando forma no Senado. A segunda proposta pretende incluir categorias profissionais que não entraram na primeira, como motoristas de aplicativo e pescadores sazonais, além das
comunidades indígenas. De acordo com o presidente em exercício do Senado, Antonio Anastasia (PSDB-MG), essas categorias não serão incluídas pelos senadores no projeto enviado pelo governo para evitar a volta dele à Câmara dos Deputados onde seria reanalisado. Dada a urgente necessidade de aprova ção, os senadores decidiram elaborar outro projeto. “Percebem-se vários casos que, na visão de muitos, não foram acobertados nes-
se projeto e merecem ser. Como qualquer questão de mérito voltaria [à Câmara], adotou-se essa metodologia, que pareceu a todos a matéria mais adequada”, disse Anastasia, em entrevista coletiva, no início da tarde, após a reunião de líderes. O projeto a ser votado hoje garante o auxílio para trabalhadores informais (sem carteira assinada), pessoas sem assistência social e população que desistiu de procurar emprego.
Twittando Moro comenta privação de visitas à presidios
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“O MPF é uma instituição fundamental ao Estado de Direito. Mas no caso a restrição temporária de visitas no sistema prisional não é punição. É medida imprescindível para proteger os presos da contaminação do coronavírus, o que se- ria desastroso.” @SF_Moro
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Seduh concede 368 alvarás de Saúde anuncia 200 leitos de construção de casas no 1º trimestre retaguarda no Mané Garrincha Agência Brasília
Nos primeiros 90 dias de 2020, a Central de Aprovação de Projetos emitiu 368 alvarás de construção para casas pelo rito simplificado. Conhecido também como alvará de construção em até sete dias, o procedimento visa a facilitar o acesso da população aos serviços públicos e à desburocratização do licenciamento de obras. Proporcionalmente, é
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como se a CAP emitisse quatro alvarás a cada dia – considerando inclusive sábados, domingos e feriados. Essa média evidencia que a rotina de trabalho não foi impactada pelas mudanças de controle da disseminação do novo coronavírus no Distrito Federal. Isso porque a equipe técnica segue em teletrabalho neste período, conforme Decreto nº 40546,
de 20 de março de 2020. Importante destacar que esse total se refere às solicitações que apresentaram toda a documentação necessária e, com isso, tiveram o alvará emitido no prazo. O rito simplificado entrou em vigor em dezembro do ano passado e é um dos compromissos assumidos pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação no início desta gestão. Para tanto, a CAP se vale da responsabilização técnica do autor do projeto e do proprietário da obra, prevista no Código de Obras e Edificações. A apresentação de informações corretas é garantida por meio do preenchimento do Termo de Responsabilidade e Cumprimento de Normas (TRCN).
GDF disciplina velórios de vítimas da Covid-19 Para garantir a segurança e saúde de profissionais de saúde, da segurança e de funerárias (e seus respectivos familiares), o Governo do Distrito Federal estabeleceu um protocolo especial de manuseio de cadáveres e prevenção para doenças infecto-contagiosas, com ênfase em vítimas fatais da Covid-19. A iniciativa é uma resposta à situação epidemiológica atual. O documento é baseado em protocolos internacionais adaptados para realidade do Brasil e fornecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS). As medidas são semelhantes às adotadas em países como China, Espanha e Itália – e têm também como base notas técnicas da Anvisa e do Ministério da Saúde. A Subsecretaria do Sistema de Defesa Civil, vinculada à Secretaria de
Saúde investirá R$ 56 milhões Para reforçar o combate à disseminação do coronavírus, a Secretaria de Saúde preten-
Segurança Pública (SSP/ DF), participou da construção do documento, que contou com a participação da Secretaria de Justiça e Cidadania (SEJUS) e representantes da Secretaria de Saúde (SES). De acordo com o coordenador de Operações da Defesa Civil, tenente-coronel Sinfrônio Lopes, o protocolo é importante, pois pactua para que o Estado tenha uma resposta rápida nestes casos. “Não há diretrizes específicas para o manejo de cadáveres de pessoas que morreram por conta do Covid-19”, diz ele. “Mas utilizamos informações contempladas em diretrizes da OMS publicadas em 2014, sobre prevenção e controle de infecções respiratórias agudas, que apresentem risco à saúde pública ou aos profissionais que tenham que lidar diretamente com
as vítimas desta doença”. IML A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio do Instituto de Medicina Legal (IML), também decidiu implementar a realização de necropsias minimamente invasivas, seguindo recomendações do Ministério da Saúde, da Anvisa e da Associação Brasileira de Medicina Legal e Perícias Médicas. Os exames cadavéricos serão realizados por meio da inspeção externa do cadáver, tomografia computadorizada e coleta de amostras biológicas, sem a abertura dos corpos. Nos casos de necessidade de exames toxicológicos, serão feitas punções. Ou seja, retirada de pequena porção de fluidos biológicos (sangue, urina e outros) por aspiração através de uma agulha fina, para análise laboratorial.
de adquirir, de forma emergencial, mais álcool em gel, testes rápidos para Covid-19, ventiladores pulmonares, além de contratar uma empresa especializada em remoção de pacientes com ambulâncias. O valor total investido pela pasta será de aproximadamente R$ 56 milhões. As aquisições e a contrata-
ção de serviços serão realizadas com dispensa de licitação, conforme autoriza a situação de emergência em saúde em que a capital se encontra desde fevereiro. O aviso foi publicado em edição extra do Diário Oficial do DF (DODF). “A Secretaria de Saúde não vai medir esforços para garantir os insumos e equipa-
O Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha terá 200 leitos de retaguarda para atender pacientes que venham a contrair o coronavírus no Distrito Federal. O anúncio oficial foi feito pelo secretário de Saúde, Francisco Araújo, durante uma visita técnica realizada ao local. A previsão inicial dos gestores é que em até 15 dias parte dos leitos já esteja disponível à população, em uma área que abrange quase 6 mil metros quadrados. A medida se torna necessária para resguardar o atendimento dos pacientes em remissão, ou seja, que já tiveram alta dos leitos com suporte respiratório nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI), mas ainda estão em recuperação e não podem voltar para casa. A estimativa da pasta é que a taxa de permanência dos pacientes nos leitos instalados no estádio chegue a até 14 dias, a depender da situação clínica de cada pessoa. “Estamos trabalhando à frente e nos preparando para o futuro. Não vamos espe-
rar o problema começar para resolver. Caso a situação piore, aqui será a retaguarda. Nos organizamos construindo essa estrutura, e na medida que for preciso, os leitos serão colocados à disposição da população. O sistema de saúde está preparado para defender e proteger as pessoas”, garantiu Francisco Araújo. O secretário de Saúde destacou que o planejamento para atender mais casos de coronavírus foi dividido em três etapas. A primeira foi garantir até 60 leitos com suporte respiratório nas UTIs e 100 de retaguarda. Na segunda fase, a
Secretaria de Saúde terá à disposição 200 leitos com suporte respiratório e 300 de retaguarda – 200 deles no Mané Garrincha. “Na última fase, se o gráfico piorar, teremos 500 leitos de retaguarda. Serão os 200 no Mané Garrincha e 300 no Hospital Regional da Asa Norte (Hran). Além disso, teremos 310 leitos com suporte respiratório, envolvendo as redes privada e pública, pois a Secretaria tem celebrado contratos com o setor privado”, informou o secretário de Saúde.
Infraestrutura De acordo com o subsecretário de Infraestrutura em Saúde, Isaque Albuquerque, até a próxima semana será iniciada a compartimentação dos ambientes, montando uma configuração padrão para os leitos. Diferente das demais unidades da Federação, eles não serão instalados no gramado do estádio, mas no primeiro andar do Mané Garrincha, que possui uma estrutura mais adequada. Ainda assim, o espaço vai passar por uma reestruturação para atender critérios hospitalares, com mudanças na rede elétrica, higienização do ar-condicionado e instalação de dispositivos para álcool em gel e equipamentos médicos. A ideia é revitalizar a estrutura para melhorar as condições físicas, sanitárias e de segurança aos pacientes. “Todos os sistemas para operacionalizar a assistência estão sendo montados agora. Até sexta-feira (3) já devemos ter um protótipo da distribuição física dos leitos, para ser aprovado com a equipe. Havendo a necessidade, teremos mais um andar para replicar esse mesmo modelo”, informou o subsecretário. Humanização Um dos pontos que favoreceu a escolha do Estádio Nacional de Brasília como hospital de campanha foi a possibilidade de os pacientes terem um amplo campo de visão entre o primeiro andar e as cadeiras da arquibancada, além de poderem aproveitarem o sol da manhã. A ideia é trazer um atendimento mais humanizado aos que estão saindo da situação de isolamento e se recuperando da Covid-19. “Deixaremos pelo menos três fileiras de cadeiras, com extensão de mais de 50 metros, onde os pacientes terão uma renovação de ar. Como eles vem de uma situação de isolamento, a ideia é tornar esse ambiente mais humanizado. Aqui, eles poderão circular pelas áreas da arquibancada, conversar com a família e fazer uma ligação com mais privacidade”, comentou Isaque Albuquerque. mentos necessários para os nossos profissionais terem à disposição e atenderem os pacientes. Com essas atitudes, evitaremos aqui o que está acontecendo em outros locais do mundo”, afirmou o secretário de Saúde, Francisco Araújo. Segundo o subsecretário de Administração Geral da
pasta, Iohan Struck, serão adquiridas 30 mil unidades de álcool gel de 100ml e 500ml; 300 mil testes rápidos para a Covid-19; 300 ventiladores pulmonares para os principais hospitais da rede pública; além da contratação da empresa que reforçará os atendimentos com sete ambulâncias, que estarão de pronto aviso nas re-
gionais de saúde para fazer o transporte de pacientes. “São quatro dispensas de licitação, que tem como objetivo o controle do Covid-9 e o tratamento dos pacientes. Queremos que os profissionais de saúde tenham recursos para garantir a vida do maior número possível de pessoas”, comentou o subsecretário.
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Sobe número de casos no DF; 36 são Coronavírus: governo do DF suspende de transmissão comunitária nomeações e posses O governo do Distrito Federal (GDF) registrou 301 casos do novo coronavírus na capital. O boletim aponta 36 casos de transmissão comunitária – quando não é possível rastrear a origem da infecção. Segundo a Secretaria de Saúde, esse tipo de transmissão sustentada representa 12% do total de casos no DF. Até o último balanço, divulgado na noite do último
domingo (29), eram 298 casos da doença. No domingo, a capital também registrou a primeira morte pela Covid-19. Trata-se de Viviane Rocha de Luiz, de 61 anos. A mulher morreu em 23 de março, mas o diagnóstico do novo coronavírus só foi confirmado pela Secretaria de Saúde seis dias depois. Segundo o GDF, 31 pessoas estão internadas em
hospitais, sendo 13 em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). Uma das pacientes que está na UTI é a primeira diagnosticada com a Covid-19 na capital. A mulher de 52 anos segue internada em “estado gravíssimo” no Hospital Regional da Asa Norte (Hran) e, conforme último boletim médico, apresenta “risco de óbito”.
Agência Brasília
Nomeações e posses de candidatos já aprovados em concursos públicos no Distrito Federal estão suspensas por tempo indeterminado. A medida foi publicada em edição extra do Diário Oficial do DF como mais uma forma de contenção da disseminação do novo coronavírus. Apenas aqueles com funções necessárias para a prevenção, contenção ou combate à Covid-19 podem iniciar o exercício. O Decreto no 40.572, de 28 de março de 2020, considera que a nomeação de novos servidores públicos pode comprometer as limitações de locomoção orientadas pelas autoridades para evitar a propagação do vírus. Além disso, o texto lembra que as atividades incom-
patíveis com o teletrabalho devem ficar suspensas em virtude da situação de emergência em saúde pública e da pandemia decretada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Posse de professores Com a determinação, fica cancelada, por exemplo, a posse de 821 professo-
res de Educação Básica que aconteceria a partir de hoje (31). Segundo a Secretaria de Educação, será verificada a possibilidade de aproveitar os exames admissionais e avaliação na Subsecretaria de Segurança e Saúde no Trabalho (Subsaúde) dos candidatos que já passaram por essa etapa.
Reprodução
DF supera meta e vacina 220 mil idosos contra gripe A Secretaria de Saúde do Distrito Federal informou que, até o início cerca de 220 mil idosos foram imunizados durante a primeira semana da campanha de vacinação contra a gripe, iniciada na última segunda-feira (23). Segundo a pasta, o número é maior que a me-
ta estabelecida na capital, que era de atender 203.639 idosos. Ao todo, o objetivo foi ultrapassado em 8%. A vacinação continua até 22 de maio. Idosos e profissionais de saúde são os grupos prioritários para vacinação contra gripe neste ano porque são os mais vulnerá-
veis ao novo coronavírus. A vacina não protege contra a Covid-19, mas facilita o diagnóstico do vírus, já que elimina a possibilidade de contágio por outros tipos de gripe. Até este sábado, mais de nove mil trabalhadores da saúde haviam recebido a vacina.
Reprodução
Terracap participa de força-tarefa na MPDFT pede acesso ao banco de construção do hospital de campanha dados da Secretaria de Saúde “Tenho muito orgulho em saber que o meu trabalho está colaborando com uma ação de extrema importância para salvar vidas”. O depoimento é de Michel dos Santos. Enquanto a população está recolhida em casa, por recomendação das autoridades de Saúde para conter o avanço da disseminação do novo coronavírus, o colaborador terceirizado da Terracap faz parte do grupo que une forças no Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha na construção
de 200 leitos de retaguarda, numa área de 6 mil metros quadrados, para atender pacientes que venham a contrair e desenvolver sintomas graves da Covid-19. Segundo a Secretaria de Saúde, a medida se torna necessária para resguardar o atendimento dos pacientes em remissão, ou seja, que já tiveram alta dos leitos com suporte respiratório nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI), mas ainda estão em recuperação e não podem voltar para casa. A
pasta estima que a taxa de permanência dos pacientes nos leitos instalados no estádio chegue a até 14 dias, a depender da situação clínica de cada pessoa. Serviços como retirada de forros, pintura, passagem de tubos e equipamentos, lixamento de paredes, instalação de tela de proteção e segurança nas cadeiras, entre outros serviços necessários para a montagem da estrutura, estão sendo realizados pela equipe da Terracap.
O MPDFT analisa, em conjunto com a Secretaria de Saúde e a Casa Civil, a possibilidade de compartilhamento de dados do sistema de saúde no Distrito Federal. A cooperação pode ser estabelecida nas próximas semanas e vai auxiliar na fiscalização e no controle externo da gestão da saúde. O assunto foi tema de reunião que aconteceu no sábado, dia 28, com a participação da procuradora-geral de Justiça, Fabiana Costa, e do procurador dis-
trital dos direitos do cidadão, Eduardo Sabo, ambos integrantes de grupo constituído pelo MPDFT para acompanhar a crise do coronavírus. Do GDF, participaram os secretários da Casa Civil, Valdetário Monteiro; e da Saúde, Francisco Araújo. O grupo tem se encontrado pelo menos uma vez por semana para atualizações quanto à propagação do Coronavírus no DF e análise da necessidade de novas providências. Para Fabiana Costa, a
urgência das questões relacionadas à pandemia exige atendimento rápido ao cidadão e diálogo constante com todas as instituições que têm atuação na área. “Estruturamos o atendimento no Ministério Público para conhecer bem as necessidades da população nesse período. Esses encontros dão agilidade na comunicação dos problemas que têm chegado ao MP e na verificação das providências que já estão em curso”, conclui.
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Andreia Lima que estava de malas prontas para vir ao Brasil, onde passaria seu aniversário no dia 15 der abril, teve que mudar de planos. Por causa da pandemia, ficou em Portugal, onde vive atualmente com o marido, comandante Alexandre Castro, e filhos. De lá, o casal se mantém informado diariamente com tudo o que se passa no Brasil e se mostram muito preocupado com os parentes e amigos que tem por aqui. Devota de Nossa Senhora de Fátima, Andrea tem na fé e nas preces a certeza de que em breve este momento passará. Na foto, ela com o marido e filho Dedé na Praça dos Aliados, no centro de Porto.
No Diário Oficial do DF, foi publicado ontem, a Resolução que regulamenta, em caráter temporário, a realização de sessões virtuais para apreciação e julgamento de processos do Tribunal de Contas do DF (TCDF) em meio eletrônico. A primeira sessão virtual realizada no dia 1 de abril, às 15h. O Tribunal lembra que todas as unidades do TCDF estão em funcionamento, em regime de teletrabalho. Os processos estão sendo distribuídos e analisados, sem prejuízo para a atuação fiscalizatória do controle externo.
NIVER A coluna cumprimenta os aniversariantes deste terça-feira, com votos de saúde, paz e bênçãos dos céus: Bruna Marques, Jane Carol, Ariana Banegiano, Ainda Hadad, Ivânio Guerra e Rafael Sá.
CEGONHA Mais uma mulher no meio da linda família Carpaneda. O médico Erick Carpaneda e a mulher Renata, que está na doce espera, vão ser papais de uma menina. Ela vem para fazer companhia a mana Luiza e trazer mais felicidade ainda para o casal.
DOAÇÕES Mais um bom exemplo de doação. A Votorantin também entra na briga contra o coronavírus. R$ 50 milhões é a importância que ela vai doar para autoridades e entidades privadas para adquirirem kits e, respiradores e outras coisa que forem necessárias.
SOCORRO NA FÉ É impressionante a quantidade de mensagens em forma de orações que as pessoas estão passando umas para as outras neste momento difícil pelo qual a humanidade está passando. É a fé renascendo das cinzas de uma sociedade que já estava precisando mudar seus valores. Finalmente estamos apreendendo que solidariedade é tudo e que, diante de uma pandemia somos todos iguais.
Apesar de estarmos em pleno período de recolhimento por causa da pandemia, Alda Bressan, no último domingo, não deixou de festejar seu aniversário. Reuniu a família para um almoço tipicamente italiano em seu apartamento do Sudoeste.
Consuelo Wassita e a filha Larinha, que trocou de idade no final de semana. Como Consuelo está em quarentena no seu apartamento, os parabéns e todo carinho foi por telefone, e o presente, um maravilhoso almoço que chegou de surpresa na casa da aniversariante.
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Guedes diz que, como cidadão, Governo lançará linha de prefere isolamento pagamento antecipado Agência Brasil
JEFTÉ FAUSTINO Um jornalista apaixonado por novidades tecnológicas e culturais
Tecnologia contra coronavírus Em decorrência da falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), em meio a crise do coronavírus no DF, a área de educação do Sesc-DF se mobilizou e começou a produzir máscaras com a ajuda de impressoras 3D que fazem parte dos Espaços Makers. A produção começou na última sexta-feira (27), na unidade de Taguatinga Norte, e foi aprovada e validada pela Secretaria de Saúde do DF. Diogo Bacellar, coordenador Pedagógico da Sala de Ciências do Sesc, conta que são três máquinas ativas, duas delas produzindo em 48 minutos e a terceira em 2h. Para a confecção, é utilizado plástico biodegradável, acetado e liga elástica. O intuito é poder minimizar a problemática da falta de EPIs.
Fa c e b o o k clean O Facebook começou a liberar a atualização da interface para os usuários da rede. O novo design conta com uma realocação dos ícones e ferramentas de publicação e uma aparência mais “limpa”. Outra novidade que chega com a atualização é a possibilidade de alternar entre o modo Escuro e Claro, mudando as cores principais da plataforma. A funcionalidade já estava disponível para alguns usuários e deve chegar para todos os perfis até o final do ano.
O conteúdo do artigo é responsabilidade de seu autor e não representa a opinião deste jornal.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que é preciso “respeitar as opiniões dos dois lados” ao falar sobre o isolamento social feito pela população, sob recomendação do Ministério da Saúde, para frear a expansão do contágio pelo covid-19. Ele disse entender a recomendação dos médicos embora, como economista, preferisse a volta de todos à normalidade. “Vamos conversar sobre isso de uma forma construtiva. Eu, como economista, gostaria que pudéssemos manter a produção, voltar o mais rápido possível. Eu, como cidadão, seguindo o conhecimento do pessoal da saúde, ao contrário, quero ficar em casa e fazer o isolamento”, disse, em videoconferência com representantes da Confederação Nacional dos Municípios, no início da tarde. Guedes acrescentou que, apesar da importância do isolamento para a saúde pública, a economia não suportará mais que dois meses estagnada. “Essa linha de equilíbrio é difícil, mas é uma questão de dois meses para rachar para um lado ou para outro. Ou funciona o isolamento em dois meses ou vai ter que liberar, porque a economia não pode parar senão desmonta o Brasil todo”. Para o ministro, um tempo de isolamento maior que esse pode provocar um “desastre total”, com um cenário de desabastecimento, aumento de juros e da inflação. Fundeb O ministro opinou tam-
bém sobre o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), tema de uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que tramita no Congresso. Ele contrariou o relatório, que prevê um aumento gradual na complementação de recursos do feita pela União para estados e municípios, e sugeriu a manutenção do valor atual. “Podíamos, excepcionalmente, renovar o Fundeb como é hoje, por dois, três anos, para o dinheiro excedente ser mandado para a saúde. Se for aumentar o Fundeb agora, vai faltar pra saúde.” Orçamento “sem carimbo” e descentralizado Durante uma hora e meia de videoconferência, Guedes ouviu as demandas de prefeitos de todas as regiões do Brasil e defendeu que a verba liberada para os estados não tenha uma destinação definida. Para ele, os prefeitos deveriam ter liberdade de alocar os recursos nas áreas em que quisessem. “Tudo que é Orçamento é carimbado, isso é ruim. O dinheiro devia estar solto. O prefeito, que está na ponta, é que sabe o que ele está precisando, se é comprar uniforme pras crianças ou comprar o teste de saúde, comprar ventilador pulmonar. O gestor precisa ter essa flexibilidade.” O ministro também apoiou a aprovação do Projeto de Lei do Congresso (PLN) nº 2, que seguia para votação no plenário do Congresso quando a crise do coronavírus e o isolamento interromperam o ritmo
de votações. O PLN 2 altera a atual Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e regulamenta a execução de emendas parlamentares impositivas e coloca critérios que podem impedir a obrigatoriedade de emendas parlamentares individuais ou de bancada. Ao defender o PLN e a descentralização dos recursos públicos, Guedes afirmou que, se o dinheiro “ficar em Brasília”, irá para “privilégio de aposentadoria” e “para a Venezuela”. “O que queremos é mais recursos para os municípios. O dinheiro tem que ficar na ponta. Se o dinheiro ficar com Brasília, vira dinheiro para privilégio de aposentadoria, vira dinheiro para a Venezuela, vira estádio de futebol, em vez de virar hospital. Nós não acreditamos na centralização dos recursos, acreditamos no dinheiro na ponta, onde o povo vive.” O ministro também defendeu a aprovação do Marco do Saneamento e do Plano Mansueto, esse último uma demanda dos prefeitos. O Projeto de Lei Complementar 149/2019, conhecido como Plano Mansueto, implementa um novo programa de auxílio financeiro a estados e municípios. A proposta prevê a concessão de empréstimos com garantia da União para estados com dificuldades financeiras. Em troca, o governos locais terão de entregar um plano de ajuste ao Tesouro Nacional, que prevê o aumento da poupança corrente ano a ano.
Empresários do setor pensam em encerrar as atividades A chegada do novo coronavírus ao Distrito Federal impactou toda sociedade e diretamente o comércio. Após decreto assinado pelo governador Ibaneis Rocha, que determinou o fechamento das lojas, visando frear a disseminação da Covid-19 na capital, os empresários estão tentando manter o fluxo de caixa de suas empresas. Para contabilizar os prejuízos e saber quais medidas estão sendo tomadas, a Fecomércio-DF solicitou uma sondagem com empresários da
cidade, dos setores de comércio, serviços e turismo, para o instituto Opinião Informação Estratégica em parceria com a Sphinx Brasil. Em um questionário de múltipla escolha, o levantamento aborda quais providências as empresas estão adotando ou pretendem adotar na gestão sobre a crise: 12% dos entrevistados responderam que a tendência é a de fechar a empresa definitivamente; para 40,1% a demissão dos colaboradores é uma possibilidade; 51% dis-
seram que as férias coletivas são a saída; 77% dizem que o fechamento dos estabelecimentos para atendimento ao público está entre as decisões; 78% elaboraram plano de gestão de crise; e 37% colocaram os funcionários de home office, entre outras ações (percentuais arredondados). A coleta dos dados começou a ser feita no dia 23 de março. Por meio de amostras diárias, a sondagem conta com a participação de um grupo de 142 respondentes.
O governo federal pretende lançar, nas próximas semanas, uma linha de crédito de antecipação de pagamentos do setor público a fornecedores. Somente o governo compra R$ 48 bilhões por ano de fornecedores. A modalidade de crédito vai funcionar assim: o fornecedor de produtos ou serviços fará o empréstimo com um banco, tendo como garantia contrato com órgão público. O banco antecipará o pagamento, com uma taxa de desconto. Quando o pagamento for feito, o dinheiro será enviado ao banco. Os bancos serão credenciados e farão as propostas de taxas de descontos e o fornecedor poderá escolher a melhor. “Será uma plataforma integrada com nosso banco de dados de contrato. O poder público entra como garantidor que o contrato existe. Isso é fundamental porque diminui enormemente o risco do banco”,
afirmou Heckert. Foi finalizada a consulta pública sobre o assunto. Agora a secretaria pretende criar a norma que autoriza o empréstimo e fazer adaptações na plataforma de compras. Além da União, fornecedores de estados e municípios que utilizam o sistema de compras federal também poderão ter acesso ao crédito de antecipação de recebíveis. Segundo o secretário, 400 municípios já solicitaram acesso ao sistema. Segundo ele, esse número vai subir porque um decreto de setembro do ano passado obriga estados e municípios a executarem recursos de transferências voluntárias da União por meio de pregão eletrônico.
Cooperativas Heckert acrescentou que outra medida para enfrentar a crise econômica foi a alteração do Decreto nº 8.538/15, que tornou possível a aplicação de direitos de preferência a cooperativas em licitações. Antes, o tratamento diferenciado era dado somente a micro e pequenas empresas. “Por exemplo, o decreto dá exclusividade em licitação até R$ 80 mil, lotes separados em licitação de maior valor, a possibilidade de dar um lance final e ser vencedora da licitação”, disse. Frisou que 7,5 mil cooperativas foram potencialmente beneficiadas. Essas cooperativas empregam 450 mil pessoas. Ele acrescentou que no ano passado foram feitas 47 mil compras de micro e pequenas empresas pela União, no valor de R$ 7,5 bilhões.
Fecomércio-DF negocia alternativas sobre crise Desde o dia 13 de março, quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou a pandemia do novo coronavírus, a Fecomércio-DF trabalha junto ao governo do Distrito Federal (GDF) para diminuir os impactos negativos da crise na economia, especialmente nos setores de comércio, serviços e turismo. Uma das principais ações foi a obtenção de uma linha de crédito orientado, no valor de até R$ 1 bilhão voltado para os empresários filiados aos sindicatos empresariais da Federação. Além disso, também foi criada uma sala de situação para acompanhar informações sobre o novo coronavírus. O presidente da Fecomércio-DF, Francisco Maia, diz que a entidade es-
tá em constante diálogo com o Executivo. “Desde o início da crise nós já nos reunimos com o governador Ibaneis e com o secretário de Economia do DF, André Clemente, para sugerir algumas medidas que amenizassem os prejuízos dos empresários”, informa. “Sugerimos adiamento do prazo de recolhimento do IPTU por 120 dias e redução da alíquota modal do ICMS de 18% para 17%, além de autorização para férias coletivas”, diz. Segundo Francisco Maia, o governo elogiou o setor produtivo pela iniciativa e viu as sugestões com bons olhos. Também foi solicitada a prorrogação de parcelas vencidas do IPVA por 120 dias; adiamento por 180 dias.
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IGP-M acumula taxa de inflação de Mercado financeiro projeta queda de 6,81% em 12 meses 0,48% na economia este ano Agência Brasil
O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), usado no reajuste dos contratos de aluguel, teve inflação de 1,24% em março deste ano. Com a taxa, o índice acumu-
la taxas de 1,69% no ano e de 6,81% em 12 meses, segundo dados divulgados hoje (30) pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Em fevereiro, o IGP-M
registrou deflação (queda de preços) de 0,04%. A alta da taxa foi puxada pelos preços no atacado, medidos pelo Índice de Preços ao Produtor Amplo, que teve inflação de 1,76% em março ante uma deflação de 0,19% em fevereiro. O Índice Nacional de Custo da Construção também teve alta, mas mais moderada, ao passar de 0,35% em fevereiro para 0,38% em março. Por outro lado, a inflação do Índice de Preços ao Consumidor, que mede o varejo, caiu de 0,21% em fevereiro para 0,12% em março.
Confiança do setor de serviços cai 11,6 pontos Agência Brasil
O Índice de Confiança de Serviços (ICS), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), caiu 11,6 pontos de fevereiro para março deste ano. Com a queda, o indicador recuou para 82,8 pontos, em uma escala de zero a 200 pontos. A perda acumulada no ano chega a 13,4 pontos.
A queda do indicador foi observada nos 13 segmentos dos serviços. Segundo o pesquisador da FGV, Rodolpho Tobler, a confiança do setor já vinha apresentando resultados fracos nos dois primeiros meses do ano, mas em março houve uma queda mais acentuada devido
à pandemia do novo coronavírus (covid-19). Isso sugere “que o setor está muito assustado com este momento de muita incerteza e projeta mais dificuldades ainda para os negócios nos próximos meses.” O Índice de Situação Atual, que mede a confiança dos empresários no presente, caiu 5 pontos, a terceira queda consecutiva. O subíndice passou para 85,2 pontos, o menor nível desde dezembro de 2017 (84,7 pontos). Já o Índice de Expectativas, que mede a confiança no futuro, teve uma queda bem mais expressiva: 18,1 pontos e passou para 80,8 pontos. Esse é o menor patamar desde junho de 2016 (78 pontos).
Covid-19: BNDES anuncia R$ 2 bilhões de crédito para área da saúde O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai disponibilizar R$ 2 bilhões para as empresas do setor de saúde como apoio ao combate à propagação do novo coronavírus (covid-19). O programa de financiamento visa à ampliação imediata da oferta de leitos emergenciais e de materiais e equipamentos médicos e hospitalares. Empresas de outros setores que buscam converter suas produções em equipamentos e insumos para
saúde também serão contempladas. O presidente do banco, Gustavo Montezano, em transmissão ao vivo pelo YouTube, disse que o objetivo da instituição nessa linha setorial é ser rápido no repasse de recursos para enfrentar a epidemia. “A gente acredita que as 30 empresas que temos hoje mapeadas que vão utilizar parte dos R$ 2 bilhões serão capazes de suprir a necessidade de 15 mil ventiladores, o que corresponde a 50% da necessidade do SUS para 90 dias.”
O BNDES também estima que, com os recursos do programa, a quantidade de leitos em unidades de terapia intensiva (UTIs) seja ampliada em 3 mil, o equivalente a mais de 10% da disponibilidade atual de leitos do SUS no país. Os monitores poderão aumentar em 5 mil - 20% da demanda do SUS para os próximos quatro meses, além da aquisição de 80 milhões de máscaras cirúrgicas, o que corresponde a 33% da necessidade do SUS.
Agência Brasil
Devido à pandemia de covid-19, o mercado financeiro espera por retração da economia brasileira este ano. De acordo com o boletim Focus, do Banco Central (BC), a previsão de queda do Produto Interno Bruto (PIB) – soma de todos os bens e serviços produzidos no país – é de 0,48%. Na semana passada, a estimativa era de crescimento de 1,48%. Essa foi a sétima redução seguida na projeção. O boletim semanal do BC traz as projeções de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos nos próximos anos. As previsões do mercado para o PIB de 2021, 2022 e 2023 continuam em 2,50%. Já a cotação do dólar deve fechar o ano em R$ 4,50, a mesma previsão da semana passada. Para 2021, a expectativa é que a moeda americana fique em R$ 4,30.
Inflação As instituições financeiras consultadas pelo BC também reduziram a previsão de inflação de 2020. A projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu, pela terceira vez seguida, ao passar de 3,04% para 2,94%. Para 2021, a estimativa de inflação também foi reduzida, de 3,60% para 3,57%. A previsão para os anos seguintes, 2022 e 2023, não
teve alterações e permanece em 3,50%. A projeção para 2020 está abaixo do centro da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 4% em 2020, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Para 2021, a meta é 3,75% e para 2022, 3,50%, também com intervalo de 1,5 ponto percentual em cada ano.
Entenda o que muda com a nova Lei de Franquias Entrou em vigor a nova Lei de Franquias (Lei nº 13.996/2019), que traz alterações importantes nas normas para o setor. A medida foi aprovada no Congresso Nacional e sancionada pelo presidente da República no fim do ano passado, substituindo a lei anterior, que era de 1994. Entre as novidades, a nova legislação deixa claro que não existe relação de trabalho entre franqueadora e os empregados da
franqueada, nem relação comercial entre franqueadora e franqueada. A lei também permite a resolução de litígios pela via da arbitragem e amplia o número de informações que devem constar na circular de oferta, que é o documento enviado pela franqueadora ao interessado em abrir uma franquia. Outra mudança é o dispositivo que permite a sublocação de imóvel do franqueador para o franque-
ado por um valor mais alto do que o valor de locação. No Brasil, o segmento de franquias responde por 2,6% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de bens e serviços) e gera 1,4 milhão de empregos diretos e outros 5 milhões de indiretos. Ao todo, são 2.917 redes e 161 mil unidades, segundo dados da Associação Brasileira de Franchising (ABF).
informações adicionais: Sublocação Passou a ser permitida, pela Lei de Franquias a sublocação de imóveis entre franqueadora e franqueada por um valor superior ao do aluguel pago, uma exceção na lei de locações. “Antes, isso era considerado uma contravenção penal, mas agora está permitido. Desde que não seja muito onerosa, a franqueadora pode cobrar a sobretaxa do aluguel, não apenas os royalties”, afirma Sidnei Amendoeira. Juiz de arbitragem Agora, a solução de controvérsias entre franqueadora e franqueada pode ser resolvida por um juiz de arbitragem, segundo prevê a Lei de Franquias, em seu Artigo 7º. O modelo costuma ser mais célere e mais especializado do que a resolução de conflitos por meio do Poder Judiciário. Circular de oferta Entre as principais alterações da nova lei está a ampliação do rol de informações que devem constar na chamada circular de oferta, que é o documento prévio que a franqueadora deve enviar ao interessado em abrir uma franquia. Essas informações vão desde a descrição detalhada do negócio, o histórico da franquia e os valores a serem investidos pelo franqueado, até balanços financeiras da franqueadora, indicação de ações judiciais relativa à franquia e minuta do contrato-padrão.
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Filme “Lua de cristal” completa 30 Covid-19:269polosdeaprendizagem anos e ganha documentário do CIEE suspendem atividades Divulgação
Sucesso de comunicação entre os anos 80, 90 e 2000, a apresentadora Xuxa Meneghel fez muito sucesso entre o público infantil na televisão e na indústria fonográfica, sendo umas das brasileiras que mais venderam discos no país e na América Latina. No cinema, Xuxa
já havia trabalhado quando era manequim e em participações pequenas nos filmes dos Trapalhões. Somente em 1988, com o lançamento de “Super Xuxa contra Baixo Astral”, a apresentadora assumiu o protagonismo nas telonas. O sucesso do filme foi imediato. Em 1989, foi a
vez da parceria “A princesa Xuxa e Os Trapalhões” conquistar o público. Em 1990, um novo filme estrearia nos cinemas. O título era “Xuxa e a Turma Invencível”. A música-tema encomendada para esse filme foi intitulada “Lua de Cristal” Após a equipe escutar a canção, o filme foi rebatizado também como “Lua de Cristal”, um dos maiores sucessos de bilheteria nacional da época, alcançando 5 milhões de espectadores. A história é simples: Uma releitura moderna da Cinderela. Xuxa é Maria da Graça, uma moça pobre que tenta a vida musical na cidade grande, enfrentando as maldades de sua tia e sua prima, até que um príncipe suburbano cruza seu caminho, com direito a sapatinho no pé e tudo. O príncipe, na verdade, era Bob, um funcionário de uma lanchonete interpretado por Sérgio Mallandro, outra figura cativa do público infantil na TV.
Para reforçar o cuidado e a prevenção do contágio do Covid-19, o Centro de Integração Empresa-Escola - CIEE informa que estão suspensas até 31/3 as atividades de capacitação dos aprendizes nos 269 polos de aprendizagem nos estados de São Paulo, Bahia, Alagoas, Sergipe, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Maranhão, Piauí, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do
Sul, Tocantins, Rondônia, Amazonas, Pará, Amapá, Roraima e Acre. Capacitação via ‘home office’ O CIEE reitera que, por causa do alto investimento feito em tecnologia dos últimos anos, os aprendizes do CIEE contam com o CIEE Saber Virtual, plataforma de educação à distância online e gratuita, onde es-
tão disponíveis 35 cursos abordando temas como Orientação Profissional, Informática e Matemática. Isso permite que eles consigam repor o conteúdo dos encontros de capacitação sem qualquer tipo de prejuízo. Em relação à rotina dos aprendizes nas empresas, a orientação é de que os jovens sigam as diretrizes estabelecidas por cada organização.
Quarentena e sanidade mental: é possível? Por: Marcelo Niel é médico psiquiatra e Doutor em Ciências pela UNIFESP A pandemia do coronavírus impôs abruptamente a todas as pessoas a realidade da quarentena: privação da liberdade, limites, mudança de hábitos e rotinas, dificuldades financeiras e organizacionais. Todos ao redor do mundo estão - ou estarão - submetidos a esse novo modo de viver que exige uma série de adaptações e transformações que parecem, em um primeiro momento, impossíveis de serem realizadas, mas não são. As pessoas são diferentes e reagem de modos únicos frente a desafios e situações-limite. Entretanto, a História da Humanidade mostra que sim,
somos e seremos capazes de lidar com o rigor que a situação impõe, se soubermos manter a serenidade. E como é possível manter serenidade numa situação tão drástica? Tenho acompanhado e orientado muitas pessoas, pacientes e amigos, e tenho percebido que o acesso à tecnologia, que se tornou essencial para nós e com potencial para ser nossa aliada, tem se tornado nossa inimiga. Evite compartilhar todo tipo de mensagem falando sobre a pandemia, sobre métodos de proteção, desinfecção e, mais ainda, mensagens de pânico, relatos de pessoas que estão fora no Brasil, porque isso só contribui para aumentar nosso medo frente a algo que não
temos controle, além das medidas de prevenção já conhecidas e difundidas. Isso não significa que devemos permanecer alienados: escolha uma fonte de informação para se atualizar durante um curto período do dia, uma única vez já é suficiente. Use a tecnologia a seu favor: chame pessoas para conversar, faça chamadas de vídeo, conecte-se com as pessoas. Muita gente tem aproveitado o momento para propor atividades em grupo através das mídias sociais: cantar, rezar, bater papo, realizar discussões teóricas em áreas de seu interesse. Seja generoso: chame pessoas para conversar, mande um recadinho para aquela pessoa que você sabe que está sozinha.
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Educador do DF lança curso online Projeto “Vamos Cozinhar?” traz sobre a História Não Contada cursos práticos Durante o período de quarentena, o historiador e radialista Daniel Mioju lança o curso A História Não Contada do Brasil. O curso tem como objetivo ampliar o conhecimento teórico de arte-educadores e pesquisadores de cultura popular brasileira, relacionando as matrizes culturais e filosóficas da umbanda, capoeira e samba e as suas expressões na contemporaneidade. O curso dura um mês, a
partir de quando o aluno se inscrever, e se divide em 3 módulos: Alicerce: passando por temas como o Catolicismo Português, Comércio de Gente e Caboclaria; Reboco: que falará de Aquilombamento, do Brasil de Dentro e Muganga; e Barracão: que argumentará sobre a Ubanda, a Capoeira e o Samba. O curso será ministrado de forma virtual, a partir de videoaulas e apostilas,
disponibilizadas após a inscrição. A partir do material, acontecerão debates e a elaboração de um artigo, e, ao final, será disponibilizado um certificado. O valor do curso é de R$150,00, incluindo todos os materiais e certificado. Para mais informações, é só ligar ou mandar mensagem para: 9.96079877 (Daniel Mioju) ou email para barracaodacultura@gmail.com .
Cozinhar é um dom que pode ser aprendido. É o que garante a chef gastronômica Ana Cláudia Morale. Segundo ela, a demanda por cursos para ensinar a cozinhar era existente, porém com o surgimento da quarentena e a necessidade do isolamento social, muitos solteiros e casais sentem a necessidade de aprenderem a pilotar o fogão com receitas cotidianas. Por isso, nesse momento tão necessário, a
chef lança, a partir do dia 30 de março, o projeto “Vamos cozinhar?”, ensinando, por meio de cursos onlines, receitas para serem utilizadas no dia a dia. O curso, que é organizado em oito módulos, é oferecido com valores acessíveis de R$50,00 por cada módulo. Os interessados podem adquirir o curso, por meio do link: https://www.anaclaudiamorale.com/vamos-aprender . Os módulos vão trazer
receitas como Brasileirinho (tradicional arroz, feijão, carne de panela e farofa), Molho à Bolonhesa, Massa Coringa (pizza, calzone e focaccia), Risotos e Filés, Sobremesas, Caldos e Drinks. Com descendência italiana, essa chef brasileira tem o coração na terra das famosas massas e representa em seus pratos os ensinamentos da Nonna que a criou.