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ANO 12 - Nº 2929 SEXTA-FEIRA DISTRIBUIÇÃO GRATUITA
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24 ABR 2020
Política
MORO FALA EM DEMISSÃO APÓS MUDANÇAS DE BOLSONARO Presidente tenta agora impedir que Moro saia de fato do governo. Ministro vê intenção de trocar diretor da PF como uma desautorização de Bolsonaro a ele. A intenção de fazer a troca ocorre em meio ao andamento de um inquérito, aberto pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido do Procurador-geral da República, Augusto Aras, que mira deputados bolsonaristas / Página 2
GOVERNO FEDERAL VAI DOAR 21 MIL TESTES DE COVID-19 PARA O DF
FECOMÉRCIO-DF ENTREGA DOCUMENTO COM PROTOCOLO PARA REABERTURA
Medida reforça a parceria entre os governos local e federal no combate à pandemia provocada pelo coronavírus. Em sua fala, Ibaneis Rocha agradeceu o apoio da pasta e pediu colaboração entre a população e o Poder Público para vencer a pandemia
O presidente da Fecomércio-DF, Francisco Maia, e representantes do setor produtivo entregaram ao governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), um plano para auxiliar na reabertura do comércio em Brasília
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Bolsonaro veta dispensa de atestado Conselho de Medicina libera mas médico durante quarentena não recomenda cloroquina O presidente Jair Bolsonaro vetou integralmente o projeto, aprovado pelas duas Casas do Congresso Nacional, que libera o trabalhador de apresentar atestado médico como comprovação do motivo de quarentena, para justificar a falta ao trabalho durante os primeiros sete dias (PL 702/2020). O veto foi publicado na edição da última quinta-feira (23) do Diário Oficial da União. Na justificativa, Bolsonaro alega que a proposta
tem uma redação imprecisa, tratando como quarentena (restrição de atividades de pessoa suspeita de contaminação) o que juridicamente seria um isolamento (separação de pessoa doente ou contaminada). Os conceitos de quarentena e isolamento estão presentes na lei que prevê as medidas para enfrentar o novo coronavírus (Lei 13.979, de 2020) e na portaria do Ministério da Saúde que regulamentou a lei.
“O projeto legislativo carece de precisão e clareza em seus termos, não ensejando a perfeita compreensão do conteúdo e alcance que o legislador pretende dar à norma”, defendeu Bolsonaro na justificativa do veto, que segue posição oficial do Ministério da Saúde. O veto será analisado agora em sessão do Congresso Nacional ainda a ser marcada.
Projetos limitam cobrança de juros de cartões e cheque especial
Projetos de lei que aguardam votação no Senado buscam impor limites aos altos juros cobrados por instituições financeiras, em especial no cartão de crédito e no cheque especial. A ideia não é novidade na Casa, mas ganhou força recentemente devido aos graves impactos sociais e econômicos que estão sendo causados pela pandemia de covid-19. Do senador Dário Berger (MDB-SC), o Projeto de Lei (PL) 2.024/2020 foi motivado pelo estado de cala-
midade pública nacional. A proposta cria o Programa Nacional Emergencial nas Linhas de Crédito do Rotativo do Cartão de Crédito e do Cheque Especial, que terá prazo de funcionamento até 1º de março de 2021. Se até lá o estado de calamidade ainda estiver em vigor, o programa será prorrogado. O projeto de Dário estabelece tetos à cobrança de juros no uso do cheque especial e do crédito rotativo de cartões de crédito: até R$ 10 mil os juros não poderão ser superiores a 10% ao ano; acima desse valor, o teto será de 20% de juros por ano. Além disso, todas essas operações ficarão isentas de IOF, imposto que incide sobre operações financeiras.
O PL 2.024 estabelece ainda que o descumprimento desses tetos será enquadrado como crime de usura, conforme a Lei 1.521, de 1951. — Não é possível que, especialmente em meio à pandemia, tenhamos que aceitar os 300% de juros ao ano do cartão de crédito e 150% de juros ao ano do cheque especial. Por isso, propus este projeto. O atraso de uma única fatura pode virar uma bola de neve, prejudicando os mais vulneráveis e enriquecendo ainda mais os bancos. Uma iniciativa que irá atingir milhões de brasileiros — afirma Dário Berger.
Twittando Bolsonaro fala sobre repatriação de brasileiros “Brasileiros que estavam retidos no exterior e conseguiram retornar ao Brasil já passa de 16 mil. Dia 21, foram repatriados 120 brasileiros dos Emirados Árabes e 14 da França e 7 ônibus provenientes da Bolívia. Hoje chegarão mais 10 ônibus com brasileiros da Bolívia. @govbr” @jairbolsonaro
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“Não há evidências sólidas” de que o uso de cloroquina ou hidroxicloroquina “tenham efeito na prevenção e tratamento da Covid-19”, causada pelo novo coronavírus. É o que diz o novo parecer do Conselho Federal de Medicina (CFM), publicado na última quinta-feira(23), que autoriza o uso da substância, mas não a recomenda. Segundo o presidente do conselho, Mauro Ribeiro, o documento foi entregue ao presidente Jair Bolsonaro e ao ministro da Saúde, Nelson Teich, e ambos receberam positivamente o estudo, que nega as evidências de eficácia. No entanto, o parecer considera que diante da situação mundial de pandemia, é possível o uso desses medicamentos em três situações específicas, desde que em comum acordo entre médico e paciente ou familiares, além do dever de informar que não há estudos que atestem eficácia e que pode haver efeitos colaterais graves. As situações em que os médicos podem usar a hidroxicloroquina em pacientes de Covid-19 são: casos graves com lesão pulmonar causada pelo coronavírus, em pacientes com sintomas leves, desde que descartadas outras viroses e com diagnóstico positivo
para Covid-19, e pacientes com sintomas considerados “importantes”, mas sem necessidade de cuidados intensivos ou de internação. Segundo Mauro Ribeiro, do CFM, existem mais de quinhentos estudos sobre o tema no mundo, e as orientações podem ser alteradas a qualquer momento. A Sociedade Brasileira de Infectologia, por meio de nota técnica, alertou que o elevado número de pessoas a serem testadas com a cloroquina poderia levar à falta do medicamento a quem já utiliza para tratar doenças como artrite e lúpus.
A Associação Brasileira de Alergia e Imunologia, também em nota, destacou que os medicamentos citados não podem ser prescritos de forma indiscriminada em casos leves da doença. Segundo a Fiocruz, um estudo que avalia a eficácia de duas dosagens de cloroquina em pacientes com a Covid-19 está sendo realizado. Os resultados iniciais mostram que as doses altas do medicamento não são indicadas e, até o momento, não é possível afirmar que o uso da cloroquina “tenha eficácia no tratamento dos infectados com o novo coronavírus”.
Militares tentam evitar saída de Moro após choque com Bolsonaro Os ministros do Palácio do Planalto tentam reverter na tarde de ontem uma possível saída do ministro da Justiça, Sergio Moro, após o presidente Jair Bolsonaro comunicar a ele que trocará o comando da Polícia Federal, atualmente ocupada por Maurício Valeixo. De acordo com interlocutores do presidente, Moro não chegou a pedir demissão, mas afirmou que não concordava com a troca e reavaliaria sua permanência no governo. Ao final de reunião na manhã desta quinta-feira, o ministro da Justiça deixou o Palácio do Planalto sem uma definição do seu futuro. Os militares do primeiro escalão tentam encontrar
uma solução para o impasse. Bolsonaro quer indicar o nome do chefe da PF, mas Moro resiste a ficar sem Valeixo, com que trabalha desde os tempos da Operação Lava Jato, e, principalmente, não ter poder de decisão sobre um dos principais cargos do seu ministério. Nos bastidores, no entanto, a ameaça de demissão é encarada como uma pressão de Moro, o ministro mais popular do governo. Por outro lado, Bolsonaro, durante a crise com o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse que não há ministro “indemissível”. Em outra ocasião, disse que usaria sua caneta contra pessoas do governo que “viraram
estrelas”. Para interlocutores do presidente, o recado mirava não apenas Mandetta, mas também Moro, que vinha sendo alvo de reclamação de Bolsonaro por não se empenhar na defesa das posições do governo. Interlocutores de Valeixo dizem que a tentativa de substituí-lo ocorre desde o início do ano, mas que não teria relação com o que aconteceu no ano passado, quando Bolsonaro tentou pela primeira vez trocá-lo por outro nome. Na ocasião, o presidente teve que recuar diante da repercussão negativa que a interferência no órgão de investigação poderia gerar.
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Protetores acrílicos são doados a Administração reforça a limpeza nas três hospitais públicos paradas de ônibus Com o objetivo em proteger os profissionais da saúde que cuidam diretamente dos pacientes infectados pelo coronavírus, três professores do Instituto Federal de Brasília (IFB) estão produzindo caixas protetoras de acrílico, chamadas de Covid-19 Box, para doar aos hospitais da rede pública. “As caixas são utilizadas pelos profissionais como uma barreira física nos procedimentos de intu-
Reabertura gradativa O Governo do Distrito Federal estuda como liberar de forma “gradativa e responsável” a abertura do comércio no próximo mês. O governador Ibaneis Rocha, em reunião com representantes de vários segmentos do setor varejista, disse
bação, quando os pacientes estão contaminados por doenças infectocontagiosas, especialmente pelo novo coronavírus, mas podem ser utilizadas posteriormente, no atendimento a casos de tuberculose ou hepatite, por exemplo”, explica o professor do IFB Campus de Samambaia Frederico Souza, um dos idealizadores do projeto. Como medida emergencial, o paciente é colocado dentro da cai-
do
xa e os profissionais de saúde manipulam e examinam através dos círculos por onde passam os braços. “Essa caixa dá uma proteção a mais para o profissional que precisa fazer algum procedimento mais próximo do paciente”, explica o secretário-adjunto de Assistência, Ricardo Tavares. “No momento da intubação, várias gotículas de saliva podem ser expelidas”.
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acreditar que cerca de 80% dos estabelecimentos possam retomar as atividades, caso sigam criteriosamente todas as recomendações dos técnicos saúde. “Acho que a gente consegue colocar na consciência das pessoas a
O Governo do Distrito Federal (GDF) mantém o foco na proteção de famílias contra a dengue. Ações das mais variadas têm sido executadas, diariamente, para combater o avanço da doença nas cidades. Para contribuir neste momento crucial de enfrentamento, a Administração do Recanto das Emas passou a realizar, de maneira constante, a manutenção das paradas de ônibus. La-
vagem com caminhão-pipa e limpeza dos pontos mais movimentados da cidade são duas das atividades intensificadas. O administrador do Recanto das Emas, Carlos Dalvan, enfatizou que a conservação desses espaços públicos são fatores estratégicos para vencer a doença. “Faremos a nossa parte em transformar esse tipo de ação em algo contínuo da administração”, destacou.
As primeiras paradas de ônibus que receberam a manutenção foram aquelas localizadas na Avenida Recanto das Emas, trecho de maior circulação de passageiros, pedestres e transporte público. A administração também reforça que os serviços essenciais à comunidade, como operações tapa-buracos e podas de árvores, continuam a ser normalmente realizadas na cidade.
será Águas Claras recebe ações de sanitização contra a Covid-19
importância das medidas e, de uma forma gradativa e responsável, poderemos seguir abrindo o comércio”, disse o chefe do Executivo. “Mas idosos e pessoas com comorbidades continuarão isoladas”, ressalva o governador.
Águas Claras recebeu, nesta quinta-feira (23), mais uma etapa da megaoperação para impedir a disseminação da Covid-19 em espaços públicos. Hoje 161 pontos da região passarão por limpeza e sanitização, promovidas pela Vigilância
Ambiental por meio do programa Sanear-DF. Os locais utilizados para testagem em massa para detecção do coronavírus estão entre os alvos. As ações fazem parte do programa Sanear-DF, elaborado pela Secretaria Executiva das Cidades (Secid) e
pela Diretoria de Vigilância Ambiental (Dival) em função do Decreto nº 40.550. É mais uma iniciativa que dispõe sobre medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública decorrentes do novo coronavírus. Dentro do programa.
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Ceasa passa por sanitização para Associação de intercâmbio chinesa proteger o público frequentador doa 10 mil máscaras ao GDF Todos os ambientes da Ceasa-DF passaram por uma sanitização com hipoclorito de sódio. Além de visar ao enfrentamento ao coronavírus, causador da Covid-19, a ação, que integra o programa Sanear-DF, teve como objetivo proteger o público contra a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor de do-
enças como dengue, zika e chikungunya. O trabalho é o resultado de uma parceria entre a administração do SIA e a Ceasa. “Nossa preocupação é preparar não só a Ceasa, como também a Feira dos Importados, para a população estar segura quando a situação se normalizar e o comércio voltar a funcionar”,
destacou a administradora do SIA, Luana Machado. “O intuito da Ceasa é proteger todo seu público e disponibilizar para a população do Distrito Federal um ambiente saudável, limpo e acolhedor”, resumiu o presidente da Ceasa, Onélio Teles.
Sanear-DF O programa foi elaborado pela Secretaria das Cidades (Secid) e pela Diretoria de Vigilância Ambiental em Saúde (Dival), com base no Decreto nº 40.550, de 23 de março deste ano, que dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública decorrente do novo coronavírus. Participam desse projeto as administrações regionais do DF; as secretarias de Comunicação, Transporte e Mobilidade, Segurança Pública, Políticas Públicas, Educação e DF Legal; o Serviço de Limpeza Urbana (SLU); o Departamento de Trânsito do DF (Detran-DF); o Departamento de Estradas de Rodagem do DF (DER-DF) e a Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb).
Varjão registra diminuição de casos da dengue A preocupação com o novo Coranavírus não deve alterar a rotina de atenção com a dengue. No Varjão tem funcionado. O último Boletim Epidemiológico da Secretaria de Saúde registrou uma redução de cerca de 54% dos casos de dengue na região, em relação ao mesmo período de 2019. De 29 de dezembro de 2019 a 4 de abril deste ano, foram notificados 28 casos. No mesmo período do ano passado, o boletim aponta 60 casos.
“Seremos incansáveis. Temos sempre a visita dos agentes da Vigilância por aqui. O Varjão é uma região administrativa pequena, e queremos diminuir ainda mais esses casos”, diz a administradora do Varjão, Nair Queiroz. Entre as iniciativas de enfrentamento que são realizadas no Varjão, periodicamente, estão, mapeamento e limpeza das paradas de ônibus que podem estar acu-
Agência Brasília
O Governo do Distrito Federal entendeu que a doação de 10 mil máscaras e 240 unidades de álcool em gel e álcool líquido pela Associação de Intercâmbio China-Brasil, ontem, foi grande demonstração de carinho e amor ao Brasil e, sobretudo, Brasília. A entrega oficial dos produtos, no Salão Branco do Palácio do Buriti, e contou com a presença de integrantes do GDF e da entidade asiática. “O espírito que norteia a sociedade brasiliense é o da solidariedade – e a união dos povos é muito importante agora, é uma demonstração de carinho e amor do povo chinês à nossa causa aqui em Brasília”, agradeceu o secretário de Governo, José Humberto, também um dos representantes do Comitê Emergência Covid-19. “Essa doação, com certeza, vai fazer muita dife-
rença para as pessoas que estão no enfrentamento da doença”, fez coro Anucha Soares, subchefe de Políticas Sociais e Primeira Infância da Secretaria de Desenvolvimento Social e Secretária-Adjunta do Comitê Emergência Covid-19. Todas as 10 mil máscaras descartáveis triplas vieram diretamente da China. As 48 unidades de álcool líquido e 200 de álcool em
gel foram adquiridas aqui no Brasil. O destino do material recebido ainda será avaliado pelo comitê social criado pelo governo com o intuito de ajudar pessoas que estão vulneráveis nesse momento de crise sanitária. A ideia é que os produtos atendam profissionais que estão no combate diário ao vírus letal.
mulando água, e também dos terrenos e casas abandonadas, remoção de pneus, limpeza nas calhas, limpeza dos bueiros, da fonte da entrada da cidade, campanhas de conscientização, com entrega de material educativo à população, retirada de entulhos e inservíveis; pulverização do fumacê, ação de divulgação das orientações sobre o combate à dengue no carro de som, e em todos os canais de comunicação da Administração.
Proposta de PPP para o VLT na W3 é apresentada ao Conplan Agência Brasília
Para dar transparência e coletar sugestões, a proposta no âmbito de uma Parceria Público Privada (PPP) para implementação do Veículo Leve sobre Trilhos na Via W3 foi apresentada aos integrantes do Conselho de Planejamento Territorial e Urbano do Distrito Federal (Conplan). A 70ª reunião extraordinária do órgão colegiado ocorreu ontem, quinta-feira (23), por meio de videoconferência. A incorporação do VLT será feita no eixo W3 Norte, W3 Sul até o Aeroporto Internacional de Brasília Jusce-
lino Kubitschek. Para isso, duas premissas são consideradas: a de fortalecimento da mobilidade urbana e a de revitalização da via. Isso porque a implementação do modal prevê a integração com terminais rodoviários na ponta das duas asas e a requalificação urbana de becos, passagens e quadras nas imediações do VLT. A apresentação do plano aos conselheiros do Conplan ocorre no âmbito de coleta de contribuições e segue a estratégia adotada pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habi-
tação (Seduh) de promover o amplo debate sobre temas que, posteriormente, estarão na pauta para análise e deliberação dos conselheiros. “É a hora de trabalharmos para aprimorar a proposta”, explicou o presidente do Conselho e titular da Seduh, Mateus Oliveira. Entre os questionamentos apresentados, os representantes da sociedade civil e do Poder Público buscaram entender melhor a viabilidade financeira do projeto orçada em R$ 2.061.456.361,24, a ser executado em três etapas.
Governo vai doar 21 mil testes de Covid-19 para o DF O deputado Fábio Felix (PSOL) pediu o apoio dos pares à proposta de sua autoria que busca fazer uma “reparação histórica”. O projeto de lei nº 960/2020 reserva vagas de emprego, aprendizagem profissional ou estágio para travestis, mulheres e homens transexuais em empresas privadas que recebem incentivos fiscais do Distrito Federal. “A população trans não tem direito
de optar. Não consegue nem completar a formação escolar”, comentou. Ele apontou reportagem do Fantástico, programa da TV Globo, exibida no último domingo (1º), na qual o médico Drauzio Varella mostra as dificuldades das pessoas trans em presídios brasileiros. “A Constituição preconiza igualdade, mas as travestis e trans têm sido submetidas às mais duras
formas de violência, que não são apenas simbólicas, mas físicas”, resumiu. Durante a coletiva foi apresentado o “Pró Brasil”, programa do Governo Federal cujo objetivo é de integrar ações para a retomada do crescimento econômico em resposta ao impacto causado pelo novo vírus. Além do ministro da Saúde e do governador do DF, também participaram da coletiva.
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A empresária Alda Bressan, em tempo de quarentena, só sai de casa para ir ao seu restaurante Cantina da Massa, uma vez por dia para dar orientações, porque o controle financeiro da casa, ela faz pela internet. No seu amplo apartamento do Sudoeste, onde fica com o marido Nilton Rocha, ela não deixa a cozinha, sua grande paixão, de lado. Prepara o café da manhã, almoço e jantar e, como não poderia deixar de ser, cria novas receitas e experiências inéditas. Tem tempo para ver TV, faz arrumação, colocar a casa em dia e, toda semana, faz bolo fit. Duas vezes por semana recebe a secretaria para a faxina geral e para passar a ferro as roupas. Preocupada com a pandemia, torce para que ela acabe logo e, como todos os empresários da área da gastronomia, aguarda a abertura dos restaurantes o mais breve possível
A psicóloga Consuelo Wassita, por causa da pandemia, teve que cancelar viagem que faria aos Estados Unidos para temporada com a filha Layla, o gênero Stephen e Dylan, o único netinho. Por conta disto, está em quarentena no seu apartamento. Lá, ela preenche os dias com muita leitura, principalmente com tema ligado a sua profissão. Incursões pela cozinha também não faltam, onde ela está apreendendo a cozinhar. Filmes e exercícios de alongamento, que apreendeu por meio da internet, também fazem parte da rotina. Uma vez por semana, vai a almoçar com a filha Iarinha e o gênero Felipe Matias. Com muitas saudades do pequeno Dylan, muitas vezes por dia, se comunica com ele por vídeo conferência. Sonha com o fim da pandemia para viajar e poder abraça-lo pessoalmente.
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Stella Guerra, cumprindo as determinações da OMS, está em casa de quarentena, o que não quer dizer que não está trabalhando. Joalheira e designer famosa, aproveita o tempo para jogar toda a criatividade para fora e desenhar peça. Joias que ela pretende apresentar até o final do ano. E, apesar da paradeira da economia, e como todo dia tem gente fazendo aniversário, , comemorando data de casamento, de noivado e de outras datas importantes, o telefone não para, Mas, para atender os clientes, ela conta com o trabalho da filha Isabella que, para preservar a mãe, faz o atendimento. Além disto, Stella, que sempre cozinhou muito bem, faz suas comidinhas, coloca as coisas em dia e, como católica, resolveu ler o livro “Armário do Vaticano”’ que achou polêmico , mas muito interessante. Apaixonada pelos três netos, mata a saudades deles por meio de vídeos conferências e por longas conversas por telefone. Na torcida para que tudo retorna ao normal, reza muito e tem fé no futuro,
A empresária Janine Brito, diretora executiva da pioneira Ferragens Pinheiro, sempre otimista, divide o tempo entre a quarentena e o trabalho e enfrenta a crise da epidemia da melhor maneira possível. A empresa, segundo ela, está a mil por hora, passado material para várias obras da Secretaria da Saúde e do Exército, com o objetivo de dar suporte ao GDF para que todos se preparem para a abertura do comércio. Ela é da opinião de que Brasília está indo muito bem na contenção do virus e que tudo vai dar certo. Como todo empresário de grande empresa, Janine revela que o faturamento da firma está mais enxuto, o que já era previsto, mediante a crise que é mundial. E que o mesmo está acontecendo com outas empresas. Um período que ela tem certeza de que será superado porque a população da cidade é educada e vai usar todos os equipamentos para se preservar. O que será muito importante para o sucesso da abertura do comércio. Sempre atuante, a empresária se une aos colegas para trocar informações e orientações para que economia seja retomada em grande estilo faturamento de sua empresa está mais enxuto, o que já era previsto, mediante a crise que é mundial. E que o mesmo está acontecendo com outas empresas. Um período que ela tem certeza de que será superado porque a população da cidade é educada e vai usar todos os equipamentos para se preservar. O que será muito importante e para o sucesso da abertura do comércio. Sempre atuante, a empresária se une aos colegas para trocar informações e orientações para que economia seja retomada com sucesso.
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Dólar ultrapassa R$ 5,40 com Itens contra covid-19 importados perspectiva de corte de juros pelos Correios têm imposto zerado Agência Brasil
Agência Brasil
tos novos de swap – venda de dólares no mercado futuro – e rolou (renovou) contratos de swap antigos que vencerão em junho.
Em meio a perspectivas de novos cortes de juros pelo Banco Central (BC), o dólar comercial ultrapassou a barreira de R$ 5,40 e fechou no maior valor nominal – sem considerar a inflação – desde a criação do real. A moeda encerrou vendida a R$ 5,409, com alta de R$ 0,10 (+1,88%).
A cotação ultrapassou os R$ 5,40 no início da tarde. Na máxima do dia, por volta das 16h30, o dólar superou os R$ 5,41. A divisa acumula alta de 34,8% em 2020. A alta poderia ter sido maior caso o Banco Central não tivesse intervindo no mercado. A autoridade monetária fez um leilão de contra-
A cotação operou em alta durante toda a sessão, disparando depois de declarações do presidente do BC, Roberto Campos Neto, de que o cenário para a Selic (taxa básica de juros) mudou depois da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Ele fez a declaração em transmissão virtual promovida pelo jornal O Estado de S. Paulo. Juros mais baixos tornam menos atrativos os investimentos em países emergentes, como o Brasil, estimulando a retirada de capitais por estrangeiros.
Sindicato das Empresas doa 480 unidades de álcool em gel O Sindicato das Empresas de Serviços de Informática do Distrito Federal (Sindesei-DF), filiado à Fecomércio, realizou uma doação de 480 unidades de álcool em gel de 500 ml, para o Comitê de Emergência Covid-19, criado pelo GDF, que conta com apoio do setor produtivo da cidade. A entrega dos produtos foi realizada na residência do vice-governador do DF, Paco Brito. O presidente do sindicato Christian Tadeu, informa que a doação representa todos os empresários do segmento de tecnologia da cidade. “É um momento difícil e o sindica-
to se uniu para suavizar a crise para os mais necessitados. Acredito que é um momento de doação, de ajudar, seja no campo pessoal ou institucional”, informa. “Estamos somando os esforços, seguindo a diretriz da campanha da Fecomércio, que diz exatamente: juntos somos mais fortes”, afirma Christian. O vice-presidente do Sindesei e presidente da Câmara de Tributação e Finanças Públicas da Federação, Charles Dickens, também esteve presente. O presidente da Fecomércio-DF, Francisco Maia, que também participa do comitê de emergência, representan-
do a Federação, informa que ações como essa demonstram o comprometimento do setor produtivo da cidade em ajudar a população em tempos de crise. O Comitê de Emergência do GDF está recebendo ajuda de diversas naturezas, como bens móveis, arrecadação em dinheiro, insumos e equipamentos. As doações em dinheiro devem ser creditadas exclusivamente pela conta corrente que consta no decreto: Agência 0100-7,Conta Corrente: 062.958-6, CNPJ: 00.394.684/0001-5131, Banco 070 – Banco de Brasília – BRB.
Setor esclarece medidas protetivas e sanitárias de combate à Covid-19 Esclarecer dúvidas sobre medidas protetivas e sanitárias de combate ao coronavírus (Covid-19) no setor da construção foi o principal objetivo da reunião online da Comissão de Responsabilidade Social (CRS) da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) com a participação das médicas Ana Lucia de Almeida, coordenadora médica do Seconci-MG, e Gilda Araújo, gerente de Saúde do Seconci-RJ. “Os Seconcis [Serviços Sociais da Indústria da Construção Civil] são entidades
sociais especializadas em segurança e saúde na construção civil’, destaca a presidente da CRS/CBIC, Ana Cláudia Gomes. Durante a reunião, que contou com a participação de 45 representantes de entidades e empresas do setor, também foram apontadas boas práticas em responsabilidade social que têm sido desenvolvidas por entidades e empresas da construção civil em todo o país, como a da confecção de máscaras de pano por esposas de trabalhadores do setor, no Paraná. Essa e outras ações,
desenvolvidas desde o início da pandemia no país, estão disponíveis no site da CBIC, na área Como a CBIC pode te ajudar?, em Ações da construção na pandemia. A recomendação é para que durante o ‘Diálogo Diário de Segurança (DDS)’ – ao ar livre e respeitando o distanciamento necessário –, além de conscientizar os trabalhadores sobre a importância da prevenção de acidentes e de exercerem suas funções de maneira segura para todos, também sejam reforçadas as orientações .
Produtos de combate ao novo coronavírus importados pelos Correios ou por transportadoras de encomendas privadas terão o Imposto de Importação reduzido a zero até o fim de setembro. A medida foi regulamentada por instrução normativa publicada no Diário Oficial da União. Tradicionalmente, esses produtos pagam 60% para entrar no país, conforme a alíquota aplicada no Regime de Tributação Simplificada. Em 15 de abril, o Ministério da Economia tinha editado portaria determinando a redução a zero, mas a Receita Federal informou que a regulamentação só saiu agora porque o órgão tinha de adaptar os procedimentos de controle aduaneiro à pandemia. Entre os produtos que poderão ser importados pelos Correios, ou por encomenda aérea internacional, sem pagar tarifa estão medicamentos, equipamentos de proteção individual como luvas e máscaras, e equipamentos hospitalares, como
respiradores artificiais. Os produtos de enfrentamento à covid-19 importados por meios tradicionais, como empresas de comércio exterior, já estão isentos de Imposto de Importação. Nas últimas semanas, a Câmara de Comércio Exterior (Camex) zerou o imposto de 177 itens com essa finalidade. Uma carga de 9 milhões de máscaras descartáveis e de kits-testes para o combate ao coronavírus teve a entrada liberada pela alfândega da Receita Federal no porto de São Francisco do Sul, em Santa Catarina. O material veio em duas cargas da China que chegaram ao Aeroporto Internacional
de Guarulhos, em São Paulo, e foram transportadas para o porto catarinense, onde passaram pela alfândega. Transportados em oito carretas de São Paulo para Santa Catarina, os equipamentos eram compostos de 8 milhões de máscaras triplas descartáveis do tipo N95, capazes de filtrar vírus, e 1 milhão de kits-testes. A primeira carga chegou a São Francisco do Sul no sábado (18), onde foi liberada cerca de uma hora e meia depois do desembarque. A segunda chegou ao porto seco do terminal na segunda-feira (20), sendo desembaraçada em três horas.
Fecomércio entrega protocolos para reabertura do comércio O presidente da Fecomércio-DF, Francisco Maia, e representantes do setor produtivo da cidade, entregaram ao governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), em reunião nesta quinta-feira (23), no Palácio do Buriti, um plano para auxiliar na reabertura do comércio da capital do País. O documento foi elaborado após ouvir empresários, secretários de Estado e sindicatos de vários segmentos econômicos. Francisco Maia explicou que a intenção é ajudar o governo e os empresários a reabrirem o comércio de forma segura, gradualmente, seguindo normas como: uso de máscara e álcool em gel, distanciamento entre as pessoas e outros pontos específicos de cada atividade. O plano apresentado traz propostas de como cada segmento do comércio deve se portar após a reabertura, prevista para maio. “No setor de beleza, por exemplo, sugerimos que os aten-
dimentos sejam realizados apenas com agendamento, para evitar aglomerações nos espaços. Acredito que seja melhor ter esse retorno mais cauteloso e orientado, do que o comércio continuar fechado, gerando prejuízos e aumentando o número de desempregados na cidade, que já é alto”, destaca o presidente da Fecomércio-DF, Francisco Maia. Já no comércio varejista, que inclui os shoppings da cidade, a sugestão é que a abertura seja feita em horários específicos, para que o tráfego de clientes e profissionais não coincida com o pico de movimento do transporte público. Além disso as orientações são no sentido de que as portas das lojas estejam sempre abertas e os espaços ventilados, que haja boa higienização, que seja feita aferição de temperatura de todos os funcionários, entre outras diretrizes. Atualmente, o DF conta com 20 shoppings, em que 2,4 mil lojas geram cerca de 20 mil
empregos. “A reabertura gradual do comércio é uma oportunidade de recomeçarmos. Quando tudo isso passar viveremos uma nova realidade. O mundo inteiro mudou. Os protocolos de saúde devem ser atendidos e compreendidos pelos empresários, sob pena de o comércio fechar as portas novamente”, ressalta Francisco Maia. Para bares e restaurantes, um dos segmentos mais afetados pelo fechamento, as diretrizes sugeridas são: funcionamento de 50% da capacidade do estabelecimento, abertura em horários específicos, limitação de acesso, uso de máscaras pelos funcionários, além da necessidade de se manter a porta sempre aberta, entre outras medidas. As sugestões foram levantadas, organizadas e entregues ao governador capitaneadas pela Fecomércio, que reuniu propostas do Sebrae-DF, Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL).
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Abastecimento de gás praticamente regularizado
está Firjan: confiança do industrial fluminense tem queda histórica Agência Brasil
O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou que o abastecimento de GLP (gás liquefeito de petróleo, ou seja, gás de cozinha) está “praticamente regularizado” em todo o país. Albuquerque informou que o ministério continua acompanhando a situação para evitar risco de falta do produto, cujo consumo aumentou, segundo ele, devido às medidas de isolamento social adotadas por causa da pandemia do novo coronavírus (covid-19). “Estamos trabalhando junto com os agentes setoriais para informar à sociedade que o abastecimento está garantido. Segundo informações que recebi ontem, [a distribuição] está praticamente regularizada em todos os estados da federação”, disse o ministro nesta manhã, ao conversar com jornalistas por videochamada. De acordo com Albuquerque, parte do problema registrado em algumas localidades ocorreu porque, além de as pessoas estarem usando mais GLP por pas-
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acumulando menos 30 pontos desde janeiro. No indicador condições atuais (30,6 pontos), a confiança do empresário reduziu quase 23 pontos em comparação a março, traduzindo o impacto da paralisação sentido no dia a dia.
sarem mais tempo em casa, houve quem, temendo o desabastecimento, passasse a estocar o produto – o que também acarretou alta temporária dos preços. No Distrito Federal, por exemplo, houve casos de comerciantes cobrando mais de R$ 100 pelo botijão de 13 quilos. “Devido ao isolamento social, o consumo do GLP aumentou cerca de 17%. No primeiro momento, isso levou a uma situação que é fácil de entender: as pessoas começaram a estocar botijões de 13 quilos, temendo o desabastecimento”, disse Albuquerque, ressaltando que o comitê setorial de
crise criado pelo ministério monitora a situação diariamente. Na última sexta-feira (17), o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, alertou que um aumento no imposto sobre a importação de gasolina poderia afetar a produção do gás de botijão, prejudicando a oferta e ameaçando o abastecimento doméstico. Segundo Castello Branco, a proposta de elevação das tarifas de importação da gasolina partiu das entidades que representam os produtores de etanol, interessadas em aumentar a competitividade do álcool frente à gasolina.
Ministério cancela parcela de auxílio
BNDES libera R$ 1,1 bi
O Ministério da Cidadania informou, em nota divulgada na noite de hoje (22), que o governo está impedido legalmente de fazer a antecipação da segunda parcela do auxílio emergencial de R$ 600. O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, anunciou que os trabalhadores informais e pessoas inscritas no Cadastro Único de Programas Sociais do governo federal (CadÚnico) nascidas em janeiro e fevereiro receberiam a segunda parcela ontem (23). Segundo a nota, o ministério recebeu uma recomendação da Controladoria Geral da União (CGU) e cancelou a antecipação da se-
A liberação de linhas de capital de giro para empresas afetadas pela pandemia de coronavírus somou R$ 1,1 bilhão, informou ontem (23) o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O montante equivale a 22% da linha de crédito de R$ 5 bilhões anunciada no mês passado para ajudar micro, pequenas e médias empresas. De acordo com o banco, 3 mil empresas tiveram acesso ao financiamento até agora, com o valor médio das operações atingindo R$ 368 mil. Das companhias beneficiadas, 82% atuam nos setores de comércio e de serviços, e 65% operam na Região Sudeste. A linha de crédito dispõe de R$ 5 bilhões para financiar o capital de giro de micro, pequenas e médias empresas, que faturam de R$ 360 mil a R$ 300 milhões por ano. A partir de maio, as fintechs – tipo de banco digital – do tipo Sociedade de Crédito.
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gunda parcela. O Ministério da Cidadania explicou que, devido ao alto número de informais cadastrados, o recurso disponível para cada uma das três parcelas é de R$ 32,7 bilhões, já foram transferidos R$ 31,3 bilhões, e ainda serão avaliados cerca de 12 milhões de cadastros para a primeira parcela. Em função disso, o ministério produziu nesta quarta-feira uma nota técnica e solicitou ao Ministério da Economia a previsão para uma suplementação orçamentaria o mais rápido possível. Segundo a nota, em função disso, por fatores legais e orçamentários e pelo alto número.
O Índice de Confiança do Empresário Industrial Fluminense, elaborado pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), registrou, em abril, a maior queda mensal de toda a sua história, fechando em 33,9 pontos, com uma retração de 25,5 pontos em relação ao mês de março. O documento aponta que o empresário fluminense está pessimista tanto em relação às condições atuais quanto à expectativa para os próximos seis meses devido ao cenário de incerteza provocado pela pandemia do novo coronavírus (covid-19). “Nunca vimos uma queda mensal tão expressiva como esta. Estamos diante de
um quadro totalmente novo, em que a incerteza é muito grande no que diz respeito a quando começaremos uma trajetória de recuperação econômica”, disse o gerente de Estudos Econômicos da Firjan, Jonathas Goulart. “Vínhamos de um momento de expectativa de recuperação econômica e a pandemia acabou com qualquer perspectiva de melhoria da atividade econômica no curto ou médio prazo. A paralisação das atividades por tempo indeterminado aumentou de forma significativa a insegurança do empresário em relação à intensidade e duração da crise”. A queda de abril ocorreu após três meses de redução,
Expectativa Ainda mais expressiva foi a queda do indicador expectativa. Após mais de dois anos de perspectivas positivas, o indicador retraiu 27 pontos em relação a março, chegando ao menor patamar (35,6 pontos) da série histórica, iniciada em 2010. A pesquisa foi realizada entre 1º e 14 de abril e varia de zero a 100 pontos. Os resultados acima de 50 representam melhora ou otimismo e, abaixo, indicam piora ou pessimismo. O vice-presidente da Firjan e presidente do Conselho Empresarial de Economia da federação, Sérgio Duarte, ressalta a importância do auxílio do governo para que o empresariado reconstrua a sua confiança e atravesse este momento turbulento.
Governo vai disponibilizar R$ 5 bi para setor de turismo O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, afirmou que uma nova medida provisória do governo vai garantir pelo menos R$ 5 bilhões de créditos emergenciais para empresas do setor, incluindo os micro e pequenos negócios. Os recursos vão reforçar o caixa do Fundo Geral do Turismo (Fungetur) com abertura de novas linhas de empréstimo. “Eu sei que os empresários do setor de turismo estão indo às agências bancárias e não estão conseguindo os créditos, mas a MP que contempla já está na Economia.
É um modelo que vai garantir ao Fungetur um crédito extraordinário de pelo menos R$ 5 bilhões, para que o Ministério do Turismo, através do Fungetur, consiga atender desde o MEI [microempreendedor individual], a micro, a pequena empresa, a média empresa e também as grandes empresas”, afirmou o ministro durante a coletiva de imprensa, no Palácio do Planalto, para atualizar as ações do governo federal no enfrentamento à pandemia do novo coronavírus. No início do mês, o governo já havia editado uma MP específica para os se-
tores de turismo e cultura, que permitiu às empresas prorrogarem o pagamento do reembolso de eventos e pacotes. Agora, os créditos vão atender a necessidade de capital de giro para as empresas, já que o segmento é um dos mais afetados pela pandemia. “Em breve, eu acredito, que o setor do turismo bem como o setor cultura estará com medidas de crédito, sobretudo para o capital de giro. Se a gente não garantir a sobrevivência das empresas, não haverá retomada”, acrescentou o ministro.
Hospedagem de profissionais Outra medida anunciada por Marcelo Álvaro Antônio é disponibilização de leitos de hotéis, próximos a hospitais, para abrigar profissionais de saúde em meio à pandemia da covid-19. A previsão será incluída na medida provisória nº 907, que deve ser analisada ainda essa semana pelo Congresso Nacional. “Esse texto, no substitutivo, vai garantir que os hotéis possam abrigar esses profissionais de saúde, que estão à frente da linha de combate, visando dois objetivos, o primeiro deles é melhorar essa logística dos profissionais de saúde, tendo em vista que praticamente todo hospital tem hotel perto, e também a preservação dos familiares desses profissionais de saúde”, explicou o ministro.
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Nota 1 - Comédia nas redes: rir pode ser remédio Divulgação
Aquém do princípio do prazer Nem Freud explica a ruindade da série sobre ele Disponível na plataforma Netflix, a série austro-alemã Freud, criada por Marin Kren, Benjamin Hessler e Stephan Bruner e estrelada por Robert Finster, adota uma estratégia ousada: explorar a juventude do ilustre psicanalista usando como argamassa dramática os mais inconfessáveis delírios do inconsciente. Ousada demais, diga-se. Tomando liberdades ficcionais extremas, chegando a ser comparada, pela maneira insólita como trata a personagem que a inspira, ao filme Abraham Lincoln: Caçador de Vampiros (2012), mistura investigação policial, crimes sanguinolentos, sessões de espiritismo, hipnose, fantasias suicidas e incestuosas, surtos psicóticos, ocultismo e conspirações palacianas. O resultado é um show de horrores. Assisti-la é uma experiência exasperante na qual o espectador vê-se submetido a uma quantidade industrial de pessoas vomitando, cadáveres cantando ópera, falshbacks descontex-
tualizados de massacres perpetrados em guerras, cenas de sexo repulsivas e repletas de violência gráfica, consumo gargantuesco de cocaína, vítimas evisceradas, genitálias violadas, membros decepados e mais um carrilhão de coisas nojentas. Em que pese a ousadia dos realizadores, corajosos a ponto de produzir um entretenimento desse naipe, o saldo final revela-se no mínimo decepcionante. Não tanto pelo exagero estético e pela excentricidade da trama, mas por desperdiçar a oportunidade de explorar uma personalidade complexa. De forma que Freud consegue a façanha de decepcionar quem nada conhece de psicanálise ao mesmo tempo em que decepciona quem é versado no tema. Se o objetivo era despertar a curiosidade mórbida das pessoas, falhou feio. Há um elevado índice de desistência após os primeiros episódios e as críticas tem sido devastadoras.
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Ficar em casa é a recomendação que pode fazer toda diferença na sua história com a pandemia da Covid-19. Ficar em casa, com a possibilidade de boas risadas, pode deixar os dias de isolamento social divertidos. Então, caia na rede e curta o despojamento e o humor de Lucas Moll em Live Streaming, no Instagram do Brasília Shopping, todas as sextas-feiras, às 18h. Tudo no @bsb_shopping. A ideia do comediante é trazer um convidado a cada “live-espetáculo”. Na sexta-feira, 24 de abril, quem estará
com Moll é o também comediante, humorista e roteirista Afonso Padilha. “É um bate-papo ao vivo e on line focado no criar, produzir e apresentar humor em tempo de coronavírus. Vem se divertir com a gente!”, convida o anfitrião Lucas Moll. Cara a Cara Virtual Sócio fundador de uma das mais sólidas e renomadas companhias de comédia do Brasil, a Cia. de Comédia Setebelos, Lucas Moll tem um trabalho solo, focado em cultura pop, tec-
nologia e nerdices. Stand Uper, roteirista e improvisador especialista na técnica Sport Theater, ele roda o Brasil com espetáculos para o grande público e também para empresas como: Coca-Cola, Banco do Brasil, Caixa Econômica, BRB, Vivo, Claro, Red Bull, MTV, Rede Globo, entre outras. Moll recebe o curitibano Afonso Padilha, que trabalha com comédia desde meados de 2010. Como roteirista, Padilha escreveu peças para canais como Porta dos Fundos. Como comediante, participa dos principais shows em casas da cena nacional, além de fazer parte do 4 AMIGOS, um dos maiores grupos de stand up comedy da atualidade. Tem três especiais de comédia no seu canal do YouTube e um no Netflix mundial. Antes da pandemia de Covid-19, Afonso rodava o País com seu quarto show solo, Alma de Pobre. “É um show sobre estigma social. Uso histórias pessoais para ilustrar situações que deixam claro que não importa o dinheiro acumulado. Em alguns casos, a pobreza é inerente ao ser humano”, observa Padilha.
Teatro Infantil na Rede Curso Fellini com Tania Montoro – Online Divulgação
Isolados sim, separados nunca! Mesmo em tempo de Covid-19, a Cia Néia e Nando não deixa a criançada sem a curtição do teatrinho que rolava aos finais de semana. Por hora, até estarmos seguros, o respeitável público e os atores se encontram no Instagram do Brasília Shopping. Então, a dica é se jogar no @bsb_shopping, todo domingo, às
16h, e se esbaldar com os personagens infantis que, de quebra, ainda batem um papinho com a garotada após a apresentação das histórias. No próximo domingo, 26 de abril, quem estará em cena é ninguém mais ninguém menos que Chapeuzinho Vermelho. De que adiantam os conselhos da mamãe, se a curiosidade da menina é traiçoeira? Bem maior que a paciência de seguir pelo caminho mais longo, porém mais seguro, Chapeuzinho ganha a estrada para a casa da avó, que está doente e solitária, por um atalho. E então, a floresta pode se transformar em uma grande armadilha. Sim, pois é ali nessa trilha que mora o esperto e faminto lobo mau, que espera a linda netinha de boca aberta.
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O Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB Brasília) vai abrir suas redes sociais para o Curso Fellini, ministrado por Tania Montoro. A ação online é gratuita e integra a mostra “Fellini, Il Maestro”, prevista para acontecer tão logo o período de confinamento em decorrência da pandemia do Covid-19 termine. O curso destaca a trajetória de vida e obra do diretor Federico Fellini com duração de três dias, com uma hora e meia por dia. A professora e pesquisadora Tania Montoro vai abordar o cinema de Fellini, seus períodos históricos, a fase neorrealista e a relação com a psicanálise e o onírico. O cur-
so acontece nos dias 29 e 30 de abril e 1 de maio, às 19 horas. O acesso é livre através de link que será disponibilizado nas redes sociais do CCBB-DF: www.facebook.com/ccbb.brasilia e www.instagram.com/ ccbbbrasilia O curso apresenta a obra de Federico Fellini, um dos maiores realizadores do cinema no pós-guerra, integrante da geração de ouro italiana que lançou o Neorrealismo e consolidou o cinema do país, nas décadas de 1950, 1960 e 1970, como sinônimo de elevada qualidade artística e intensa comunicação com o público. O estilo particular do cineasta, que se manifestava desde a escolha de temas com elementos autobiográficos até o registro onírico e tragicômico de encenação, levou ao uso do adjetivo “felliniano”. Nos encontros programados com exibição de trechos selecionados de filmes, o curso traz
destaques da vida e da obra de Fellini, com análises sobre a linguagem cinematográfica e o estilo singular de fundir realidade e ficção. “O Curso Fellini é importantíssimo para qualquer amante das artes cinematográficas porque o diretor, além de uma obra espetacular, singular e ímpar sobre todos os pontos da ética passando pela estética, é um grande mentiroso, como ele se intitulava. Seus filmes trabalham com o onírico para contar seu povo e cantar seu país”. Conta Tania Montoro. “Trata-se de uma oportunidade que o CCBB dá para que possamos, neste momento também de guerra biológica, refletir sobre um pós-guerra. Ainda, mais numa Itália que hoje vive tempos tão duros e cruéis”. Pondera. Serviço: Curso Fellini com Tania Montoro - Online Mostra “Fellini, Il Maestro” no Centro Cultural Banco.
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Projeto SALVE O SOM mobiliza os brasilienses O segmento de arte, cultura e entretenimento foi o primeiro a ser impactado pela crise econômica decorrente da COVID-19 e, sem dúvida, será o último a sair. Foi pensando em alternativas para os profissionais dessa área que o Sindilegis, o Sindjus-DF, o Fonacate e o Legis Club Brasil se uniram para realizar, com o apoio da agência Fermento e do Sicoob Legislativo, o projeto SALVE O SOM. “Enquanto os artistas nacionais continuam faturando com o patrocínio de grandes empresas às suas lives, a realidade para a maioria de nossos músicos e trabalhadores da cultura é outra. Os talentos de Brasília precisam, mais do que nunca, do nosso apoio”, diz Petrus Elesbão, presidente do Sindilegis. A iniciativa, inédita no País, acontecerá nos dias 27, 28, 29 e 30 de abril e contará com a apresentação de doze artistas da Capital. Todos eles receberão um cachê simbólico pago pela organização e o complemento virá por meio de doações em dinheiro, abertas tanto para empresas quanto para pessoas físicas. “Esses primeiros quatro dias servirão como piloto. Queremos prestigiar o maior número de artistas possíveis, dos mais variados gêneros, e suas equipes”, revela Carlos Grillo, sócio-diretor da Fermento, responsável pela produção do evento. A partir do slogan “Juntos pela música e pela vida”, o SALVE O SOM está aberto à adesão de outras empresas e apoiadores sensíveis à causa. As contribuições poderão ser feitas em dinheiro ou em produtos como alimentos não perecíveis, itens de higiene e máscaras. Da arrecadação em dinheiro, 70% será rateada entre os artistas participantes do projeto, seus produtores e técnicos, enquanto 30% será destinada à compra de cestas básicas e máscaras. A meta inicial, segundo os organizadores, é doar mil cestas básicas e 5 mil máscaras. “Nossa meta é ousada. Por isso, decidimos apoiar não apenas nos custos operacionais do projeto e contribuições aos artistas, como também aportar recursos para aquisição de cestas básicas, máscaras e máquinas de costura”, revela Costa Neto, do Sindjus-DF.