Caderno arcelor

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Berço da Siderurgia Nacional Comemorar 80 anos da ArcelorMittal Monlevade vai além de celebrar a fundação da Usina que mudou a história da cidade. É também o momento de celebrar o desenvolvimento da siderurgia nacional, uma vez que, a unidade local, da hoje gigante ArcelorMittal, é o berço do setor no Brasil. Isso, porque o Brasil conhece o potencial de suas reservas de ferro desde o século XIX. No entanto, foi no início do século XX, que a indústria siderúrgica ganhou fôlego, a partir da fundação da Usina de Monlevade. Em 1931, graças a uma

articulação política do engenheiro Louis Ensch, o governo brasileiro se dispôs a investir na construção de uma ligação ferroviária entre a Estrada de Ferro Central do Brasil e a Vitória-Minas. Com o negócio, importantíssimo para a exportação dos produtos da então Companhia Siderúrgica Belgo Mineira (CSBM), o estado de Minas abriu canal direto com outros estados e o país ganhou com o aumento da capacidade de exportar, além de fomentar o desenvolvimento e crescimento nacional. Considerado pai da side-

rurgia brasileira, Ensch seguiu a cartilha de seu antecessor Gaston Barbanson (criador da Companhia Siderúrgica Belgo Mineira e responsável para que a Aberd, grupo sediado em Luxemburgo, investisse na construção de uma siderúrgica nas terras de Monlevade, em 1921) e dedicou-se ao desenvolvimento da Usina no então distrito de Rio Piracicaba. Inaugurada com a presença do então presidente Getúlio Vargas, a Usina de Monlevade, devido à sua importância, recebeu inúmeros outros chefes de estado ao longo de sua tra-

jetória, em referência ao seu prestígio e importância no cenário nacional. Localizada em ponto estratégico do estado e com mina própria, que produz aço de qualidade incontestável, a ArcelorMittal Monlevade não só se tornou uma das principais siderúrgicas do grupo, responsável pela produção de aços longos, mas também uma das siderúrgicas mais fortes do país. Em oito décadas, foi palco de importantes momentos históricos. Entre esses, destaca-se a produção de aço e o fornecimento para os Estados Unidos durante a

segunda guerra mundial (1939-1945) e trilhos para o desenvolvimento de ferrovias no Brasil. Hoje, a Usina de Monlevade é altamente especializada na produção de fiomáquina, usado no setor automobilístico e fornecedora classe mundial para fabricantes de molas automotivas e steelcord. Seguramente, quase a totalidade dos amortecedores de carros produzidos no país e até no exterior, tem em sua composição, aço monlevadense. O steelcord, cordonéis de aço para revestimento de pneus de diver-

sas fábricas no Brasil, é feito com aço produzido em João Monlevade. Com responsabilidade social, ambiental e compromisso com o município, a Usina de Monlevade completa 80 anos dedicados ao progresso. Não só da cidade que, nas palavras do ex-diretor, Antonio José Polanczyk, se não fosse pelo empenho de Gaston Barbanson, a Usina seria construída em outro local e, João Monlevade, talvez nem existisse como cidade e não passasse de uma vila rural, com as ruínas da antiga fazenda dos Monlevade.


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ARCELORMITTAL MONLEVADE 80 ANOS

Uma história que se confunde com a de Monlevade A história da ArcelorMittal Monlevade começa a ser contada em 1817, quando o engenheiro francês Jean Antoine Félix Dissandes de Monlevade chega ao Brasil e adquire 200 alqueires de terras no distrito de São Miguel de Piracicaba (atual município de Rio Piracicaba). Nessas terras, Monlevade construiu o Solar de sua fazenda (até hoje mantido pela ArcelorMittal) e montou a sua primeira fábrica de ferro, com uma bateria de forjas catalãs para a produção de utensílios de ferro. Em 1872, com a morte do pioneiro, a fábrica passou a ser gerenciada por seu filho, João Paschoal de Monlevade. Nesse período, a fábrica iniciou um período de decadência, agravada com a abolição da escravatura. Em 1891, falida, a fábrica dos Monlevade foi vendida à Companhia Nacional de Forjas e Estaleiros. Seis anos depois, entretanto, apesar da modernização feita pela Forjas e Estaleiros, a fábrica entra novamente no processo de falência. Em 1917, a história da então Belgo muda de cenário e vai para a cidade de Sabará. Lá, um grupo de empresários e siderurgistas mineiros funda a Companhia Siderúrgica Mineira. No ano de 1921, o europeu Gaston Barbanson, do grupo empresarial Arbed, adquire as antigas terras de Monlevade. Em dezembro do mesmo ano, a Arbed consolida sua associação com a siderúrgica de Sabará, fazendo

nascer a Companhia Siderúrgica Belgo-Mineira.

LOUIS ENSCH Depois de fazer crescer a fábrica de Sabará, um engenheiro enviado ao Brasil pela Arbed consegue convencer a matriz na Europa a investir num novo empreendimento. O nome do engenheiro: Louis Jacques Ensch. O novo empreendimento: a Usina de Monlevade. Com o sinal verde da matriz, Louis Ensch iniciou, no final da década de 20, os trabalhos de terraplenagem para a edificação da nova usina, nos antigos terrenos de Monlevade. Nesse período, o distrito de Monlevade, pertencente ao município de Rio Piracicaba, praticamente não existia como núcleo urbano. Eram apenas algumas poucas casas de paua-pique, escondidas na mata. Por isso, ao mesmo tempo em que edificava a nova usina, a Belgo-Mineira começou a fazer nascer uma nova cidade. Primeiro foram as construções provisórias, que serviam aos trabalhadores que atuavam na construção da fábrica. Aos poucos, foram surgindo as edificações definitivas, até a criação das chamadas “vilas operárias”. Nesse processo, a empresa construiu praticamente sozinha toda a parte antiga da cidade, que acabou entregue à comunidade após a emancipação do município, em 1965.

No dia 31 de agosto de 1935, com a presença do então presidente da República, Getúlio Vargas, foi feita a solenidade de lançamento da pedra fundamental da Usina de Monlevade.

A USINA EM 2015 A ArcelorMittal Monlevade é a única usina integrada da ArcelorMittal Aços Longos e atua, principalmente, no mercado de aços para a fabricação de fiomáquina para aplicações especiais, tais como molas, cabos diversos, mangueiras para extração de petróleo, cordoalhas para concreto protendido, arames para aplicações agropecuárias, lãs e palhas de aço, fixadores em geral, cordoalhas para fabricação de pneus, arames para solda, eletrodomésticos e outros. Em seu processo de produção, a Usina utiliza minério de ferro (extraído da Mina do Andrade, a 11 km de distância, de propriedade da ArcelorMittal) e conta com sinterização, altoforno, refino do aço, lingotamento contínuo e laminação.

PRODUÇÃO Atualmente, a capacidade produtiva da ArcelorMittal Monlevade é de 1,2 milhões de toneladas de fio-máquina anuais e pode chegar a 2,3 milhões de capacidade quando o Laminador 3 entrar em operação. Sua produção é destinada ao

Divulgação Internet

USINA DE Monlevade: Capacidade produtiva atual é de 1,2 milhões de toneladas de fio-máquina anuais

mercado nacional, clientes internacionais e trefilarias da ArcelorMittal Aços Longos.

GESTÃO O Sistema de Gestão Integrada da ArcelorMittal Monlevade é referência dentro do grupo. Entre as certificações e reconhecimentos obtidos ao longo dos anos está o Prêmio Nacional da Qualidade, vencido em 2006. Na área de Responsabilidade Social e de Gestão de Pessoas, a unidade possui programas permanentes, com foco na Saúde e Se-

gurança do seu quadro próprio de empregados e prestadores de serviços. Em suas relações com a comunidade, mantém programas próprios e aqueles que são conduzidos através da Fundação ArcelorMittal Brasil, nas áreas de Educação, Saúde, Cultura, Esporte, Promoção Social e Meio Ambiente. De maneira permanente, a empresa mantém estreitos laços com a comunidade, consolidando uma história de 80 anos, durante a qual a cidade nasceu e se desenvolveu em torno da usina. Na área ambiental, a empre-

sa mantém preservada uma reserva particular de Mata Atlântica com 518 hectares, onde está localizado o Centro de Educação Ambiental (Ceam) da ArcelorMittal Monlevade. O Ceam é um espaço aberto à comunidade, principalmente aos estudantes da região. Outros pontos de destaque são os projetos que garantem o descarte zero de efluentes no rio Piracicaba, o monitoramento atmosférico, tratamento de esgoto, controle e reaproveitamento de resíduos gerados no processo produtivo, recuperação de nascentes e o Programa de Educação Ambiental.


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A Usina que trouxe modernidade e cultura aos monlevadenses Há 80 anos, a ArcelorMittal se instalou em João Monlevade e trouxe o desenvolvimento social e urbano para a cidade. Mais precisamente, com a criação da Companhia Siderúrgica Belgo Mineira e com a expansão das instalações produtivas que se deu o desenvolvimento do município. Com a chegada de novos funcionários para trabalharem na Usina, foi necessário a construção, por parte da empresa, de uma área urbana, com escolas, áreas de lazer, praças, casas e prédios. Esse foi o princípio da relação de proximidade com a comunidade. Com o passar dos anos e com o crescimento do núcleo urbano para outras direções, a antiga vila foi emancipada e João Monlevade se estruturou, sendo cedidas algumas casas, áreas e prédios para a comunidade. Além de ter auxiliado na urbanização, a Usina através da Fundação ArcelorMittal Brasil, desenvolve diversos programas sociais na cidade e a ArcelorMittal Monlevade possui ainda mais dois desenvolvidos com recursos próprios, que tem como foco principal, a formação de crianças e adolescentes. Os programas que atendem os monlevadenses e crianças e jovens de cidades vizinhas, como Rio Piracicaba, Nova Era e São Domingos do Prata, são voltados para a edu-

cação, promoção social, esportes e cultura. Por ano, estima-se que cerca de 20 mil pessoas sejam beneficiadas pelas iniciativas da Fundação ArcelorMittal Brasil, entre estudantes de escolas públicas, professores, crianças e pessoas atendidas por entidades assistenciais, e no caso dos programas culturais, a comunidade em geral. Conheça alguns desses programas: PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AFETIVO-SEXUAL (PEAS) Estimula que os adolescentes discutam e reflitam sobre temas relacionados à sexualidade e à saúde reprodutiva, formando agentes promotores de ações preventivas da violência, do uso abusivo de drogas, de doenças sexualmente transmissíveis e da gravidez não planejada. EDUCAR NA DIVERSIDADE

maturidade melhor preparadas para preservar e valorizar o meio ambiente. PRÓ-VOLUNTÁRIO E CIDADÃOS DO AMANHÃ

PRÊMIO ARCELORMITTAL DE MEIO AMBIENTE Promove a conscientização sobre questões ecológicas, de forma a contribuir para que as novas gerações atinjam sua

partir de vivências comunitárias, pesquisas e debates sobre a realidade social. VER E VIVER E MOBILIZAÇÃO

CIDADANIA DIGITAL Busca fortalecer as políticas de atendimento a jovens carentes ou em situação de risco pessoal e social, conduzidas pelos Conselhos Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente. Para isso, a empresa estimula a adesão de seus empregados, familiares, clientes, fornecedores e comunidade ao projeto, sensibilizando-os a destinar parte do Imposto de Renda aos Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente. ESPORTE CIDADÃO Busca democratizar o acesso a diversas modalidades esportivas e também visa a melhoria do desempenho escolar dos alunos. ACORDES

Propõe uma transformação nas práticas pedagógicas das escolas, por meio da capacitação de educadores, a fim de promover a inclusão de alunos com deficiência intelectual.

os e membros da comunidade, promove entretenimento, arte, educação e desenvolvimento sócio-cultural aos seus participantes e ao público.

A iniciativa contempla o ensino de música erudita nas escolas, contribuindo para o desenvolvimento cultural dos alunos e para a melhoria do desempenho escolar, por meio de ganhos de percepção, atenção e concentração. CORAL ARCELORMITTAL MONLEVADE Formado por funcionári-

Promove a inclusão social utilizando a tecnologia da informação. Estudantes aprendem a utilizar ferramentas eletrônicas para elaborar apresentações, tabular dados e redigir textos, organizando conteúdos gerados a

A iniciativa parte do princípio que uma maior participação da comunidade no processo escolar pode ajudar a manter as crianças nas escolas, melhorar o aprendizado e diminuir as taxas de repetência. As famílias são o foco

prioritário do projeto, já que são as principais responsáveis por acompanhar o desempenho, auxiliar nas tarefas e motivar o aluno a estudar. DIVERSÃO EM CENA ARCELORMITTAL O programa valoriza a cultura, trazendo o teatro infantil para alunos de escola públicas e também para a comunidade com apresentações gratuitas.


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Autoridades ressaltam papel da

ArcelorMittal em seus 80 anos Autoridades municipais e estaduais destacam a importância da ArcelorMittal Monlevade em suas oito décadas de atuação na cidade. Representantes do poder público, da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de João Monlevade (Acimon) ressaltam a importância da empresa como impulsionadora do crescimento da cidade e da região.

PREFEITO Teófilo Torres (PSDB)

Para o prefeito Teófilo Torres (PSDB), há 80 anos, a Usina impulsionou o surgimento e desenvolvimento de Monlevade, que hoje é referência na produção de aço. “Desejamos que a parceria com a empresa que tanto engrandece a nosso município se fortifique a cada dia. Que este seja mais um ano de vitórias e sucesso. A Usina é um marco na nossa história e a grande responsável pelo seu desenvolvimento e progresso”.

PRESIDENTE da Câmara Municipal, Djalma Bastos (PSD)

DEPUTADO Estadual Nozinho Barcelos (PDT)

PRESIDENTE da Acimon, Carlos Arthuso

VICE-PRESIDENTE da CDL, Luiz Valente

DEPUTADO Estadual Tito Torres (PSDB)

O presidente da Câmara, Djalma Bastos (PSD), ressaltou que a Usina sustenta o mercado de aço há 80 anos e que isso demostra como tem competência, transparência e como trabalha com seriedade. “A ArcelorMittal trouxe o progresso para Monlevade e região e é uma das que mais contribui para a melhoria social da nossa cidade. Devido a sua presença, estamos entre os 50 melhores municípios de Minas Gerais para se viver”.

O deputado estadual, Raimundo Nonato Barcelos, o Nozinho (PDT), apontou o aporte da Usina para Monlevade e para seus moradores. “A ArcellorMittal Monlevade contribui de forma direta no desenvolvimento regional, estadual e nacional. Uma empresa que emprega e gera receita para o município através de uma responsabilidade social clara, buscando sempre a qualidade e a sustentabilidade em suas ações”.

Para Carlos Arthuso, presidente da Associação Comercial e Industrial de João Monlevade (Acimon), a ArcelorMittal trouxe para o município o metal e o desenvolvimento econômico e social, além de ter contribuído diretamente para a história da cidade. “Não se pode dissociar o desenvolvimento de João Monlevade ao da Usina”, destacou Arthuso.

Ta m b é m p a r a b e n i zando a empresa, o vicepresidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas ( C D L ) , L u i z Va l e n t e , disse que a Usina é a mola propulsora do crescimento municipal. “Se algo atinge a empresa todos os segmentos público e privado, são impactados, uma vez que ambos necessitam da ArcelorMittal para se manterem”, afirmou Valente.

O deputado estadual Tito Torres (PSDB) ressaltou que a ArcelorMittal recolhe impostos ao município de, aproximadamente, R$1,1 milhão por mês que são fundamentais para a manutenção de serviços imprescindíveis à cidade. “Monlevade nasceu e se desenvolveu em torno desta multinacional que realiza um trabalho reconhecido mundialmente e que traz grandes contribuições para a vida dos monlevadenses”.


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Competitividade e sustentabilidade como metas As grandes companhias empresariais estão cada vez mais inseridas em um mercado altamente competitivo. E na siderurgia isso não é diferente. No caso da ArcelorMittal Monlevade, a primeira vantagem competitiva da empresa está ligada ao minério de ferro, que é extraído em uma mina da própria empresa, a Mina do Andrade, que fica próxima à Usina. Outro ponto importante diz respeito ao fluxo de produção e aos equipamentos e processos que garantem a fabricação de produtos de alta qualidade e complexidade para aplicações especiais. Ainda entra como ponto favorável à competitividade o Sistema de Gestão Integrada, que garante a padronização e a melhoria contínua dos processos. De acordo com a empresa, outro fator de extrema importância são as pessoas. Segundo a Assessoria de Comunicação da siderúrgica, a ArcelorMittal Monlevade possui uma equipe altamente qualificada e especializada, com forte comprometimento e desempenho, focada em desenvolver suas atividades sempre de forma saudável e segura.

SUSTENT ABILID ADE SUSTENTABILID ABILIDADE Marley Mello

Para a ArcelorMittal, em termos de sustentabilidade o principal ponto a ser observado é a questão da própria competitividade. “Para o nosso negócio ser sustentável, é

MINA DO Andrade produz minério para a Usina de Monlevade e garante a competitividade

preciso que a empresa se mantenha competitiva no mercado. Para isso, investimos na melhoria contínua dos

processos, no desenvolvimento de novas aplicações para nossos produtos, no atendimento à legislação, no

investimento nas ações legais e preventivas em termos de saúde e segurança dos nossos empregados e

em parcerias com diversos segmentos da comunidade e com o poder público para o desenvolvimento de projetos

sociais e ambientais”, afirma a Assessoria de Comunicação da ArcelorMittal Monlevade.


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Preocupação com o meio ambiente é um dos pilares da ArcelorMittal O Programa de Proteção Ambiental da Usina de Monlevade foi iniciado ainda no fim da década de 1970, quando foi também implantado o Plano de Modernização da unidade, concluído no início dos anos 2000. Nesse período, os esforços de modernização da planta indus-

trial mereceram investimentos de mais de U$650 milhões.Desse total, mais de U$150 milhões destinaram-se à implantação de projetos e programas na área ambiental. Entre as várias ações ambientais, destaca-se a preservação da Reserva Particular do

RIO PIRACICABA e mata ciliar são preservados por política ambiental da usina de Monlevade

Patrimônio Natural (RPPN) de 518 hectares de Mata Atlântica nativa no entorno da Usina; tratamento de esgoto e recuperação de nascentes, monitoramento atmosférico e destinação de resíduos para reaproveitamento externo, que reduz o volume de resíduos levado para aterro industrial. Outra ação que merece destaque principalmente em tempos de crise hídrica, é o projeto desenvolvido ao longo dos anos para a recuperação do rio Piracicaba. Para tanto, foram implantadas 11 Estações de Tratamento de Água, ligadas a todos os equipamentos de produção da Usina, bem como um sistema de tratamento do esgoto sanitário. Diversas outras medidas vêm sendo tomadas, com adaptações em equipamentos e alterações de processos produtivos e auxiliares, que resultaram em uma redução significativa no consumo de água pela usina. De um patamar de 5.200 metros cúbicos por hora captados no rio no início da década de 90, hoje essa vazão caiu para menos de 280 metros cúbicos por hora, que é a vazão usada para reposição das perdas internas e por evaporação. Outro ganho significativo é que, paralelamente à redução do consumo, vem subindo substancialmente o índice de recirculação, ou seja, aquela vazão de água que, depois de captada, é tratada, usada no processo produtivo e tratada novamente para nova utilização. Isso significa a eliminação do lançamento de efluentes no rio. O índice de recirculação,

que era de 57% no início dos anos de 1990, está hoje na casa dos 98%. Ou seja, os 280 metros cúbicos captados por hora representam em média 2% da vazão total de água recirculada na usina. Para isso, além da integração de todos os equipamentos da planta industrial, a empresa fez o fechamento físico dos canais que antigamente levavam a água usada de volta ao rio. Assim, toda a água captada é tratada, usada no processo produtivo ou no consumo humano, tanto na Usina quanto pelos moradores dos bairros

Santa Cruz, Jacuí, Centro Industrial, Pedreira e parte da Vila Tanque. Depois é novamente recolhida, tratada outra vez e encaminhada de novo para utilização, num sistema de circuito fechado. Um projeto especial também voltado ao rio é a recuperação da mata ciliar, com o plantio de espécies nativas, associada a um amplo trabalho de conscientização junto à população ribeirinha. O desassoreamento do leito do rio foi outra ação tomada por duas vezes, devolvendo ao Piracicaba a força de sua correnteza.

O resultado é que, hoje, a Usina funciona de maneira integrada entre a produção e a proteção ambiental, operando dentro dos parâmetros definidos pela legislação e aceitos internacionalmente. A implantação do Sistema de Gestão Integrada adotado pela empresa é também reconhecido. Depois de certificarse pela norma internacional ISO 9001, a unidade certificou-se também pela ISO 17025, OHSAS 18001, ISO 14001, relativa à gestão ambiental, e no Rótulo Ecológico da ABNT.


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80 anos dedicados ao progresso DIRETOR Marco Antônio Bosco está otimista com superação da crise

Erivelton Braz

DIRETOR DESTACA SUPERAÇÃO EM TEMPOS DE CRISE O diretor geral da Usina de Monlevade, Marco Antônio Bosco, destacou em conversa com A Notícia, que o ano de 2015 ficará marcado não só pelas oito décadas da empresa, mas como o ano de superação de um momento conturbado da economia mundial. Segundo ele, a crise é passageira e tanto o país quanto a siderurgia, já superaram outros momentos difíceis. “Vamos vencer. O país vai superar e sobreviver à crise”, destacou. Para Bosco, algumas das estratégias para superar o momentoatual são assegurar a qualidade dos produtos, agregando mais valor, como otimização dos prazos, atendimento primoroso aos clientes e trabalho com desperdício zero. Ainda segundo Bosco, a competitividade e a qualidade dos produtos da Usina de Monlevade são elementos fundamentais para garantir o mercado dos produtos que são referências internacionais. “Há clientes europeus que preferem comprar nosso aço a comprar de concorrentes instalados no mesmo continente. Nosso aço é, seguramente, um dos melhores do mundo”, afirmou. Para ele, que iniciou a vida profissional na unidade local da ArcelorMittal e, hoje, retorna como diretor geral, é

gratificante estar à frente da siderúrgica neste momento histórico. “Gosto muito da Usina e tenho uma relação pessoal tanto com ela, quanto com a cidade. Antes de ser transferido para a Argentina, trabalhei 22 anos aqui em Monlevade”, contou. O diretor geral informa que o Trem Laminador 3, construído pela Usina de Monlevade, está pronto para entrar em operação, mesmo com a decisão do grupo em não avançar com a produção no equipamento. Ainda assim, Bosco vê com bons olhos a implantação do trem laminador 3 (TL3) em Monlevade. “Ainda que não entre em operação agora, o equipamento está montado e pronto para produzir assim que o mercado tiver condições de absorver nossos produtos”, disse.

COMEMORAÇÕES Segundo a Assessoria da ArcelorMittal Monlevade, para comemorar os 80 anos, foi criado um selo, que vem acompanhando a marca da empresa em todas as mídias e eventos produzidos neste ano. Ainda segundo a empresa, internamente, destacam-se a eleição do empregado “Destaque do Ano”, e a realização de uma edição do programa Maturidade em Família, que promove palestras sobre seguran-

ça para familiares dos empregados, inserção de conteúdo histórico em eventos internos, como o Seminário de Siderurgia a ser realizado em setembro, homenagem aos empregados que completam 20 anos de empresa neste ano, apresentações culturais dentro da Usina, brinde para os empregados e realização de uma celebração no pátio do Solar da Fazenda, no dia do aniversário da Usina. Para a comunidade, as ações estão alinhadas aos programas sociais. Para este ano, o Diversão em Cena ArcelorMittal faz 18 apresentações, a Orquestra Jovem do Projeto Acordes, formada por jovens da cidade, apresentou em maio para 600 pessoas o concerto “Música de Cinema – 80 anos”, em alusão ao aniversário da Usina. Em dezembro, o Coral ArcelorMittal Monlevade apresenta concerto de final de ano. Na área esportiva, a ArcelorMittal Monlevade realiza, por meio do programa Esporte Cidadão, um torneio entre equipes infantis da cidade para a disputa do troféu “80 anos”. Também neste ano, será inaugurada no Centro de Cultura e Memória da ArcelorMittal Monlevade (antigo hotel Cassino) a Biblioteca Comunitária, que atenderá, principalmente, a comunidade dos bairros do entorno da Usina.


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