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Especial Mauri Torres
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De contínuo a governador do Estado UMA HISTÓRIA QUE SAI DO INTERIOR PAULISTA E CULMINA EM SEIS MANDATOS COMO DEPUTADO, PRESIDÊNCIA DA ASSEMBLEIA E GOVERNO INTERINO Nascido no município paulista de Guararema no dia 29 de abril de 1950, Mauri José Torres Duarte passou toda a sua infância na cidade vizinha de Nova Era, vindo para João Monlevade ainda jovem, algum tempo depois. A carreira profissional começou em 1968, quando entrou para a Prefeitura Municipal de João Monlevade como contínuo. Pouco tempo depois, Mauri Torres tornou-se chefe do Setor de Contabilidade, cargo que exerceu até a década de 1980, quando deixou a Prefeitura para prestar serviços de assessoramento administrativo e contábil aos municípios da região do Médio Piracicaba, serviços que também se estenderam a diversas prefeituras de outras regiões. Com a prestação de assessoria administrativa a esses municípios, Mauri Torres descobriu a vocação para a vida pública. Além de realizar vários cursos de aprimoramento em gestão pública no Instituto Mineiro de Administração Municipal (IMAM) e Instituto Brasileiro de Administração Municipal (IBAM), Mauri também prestou serviços nas áreas sociais, assistenciais e esportivas de diversas instituições, tais como o Conselho da Fundação Municipal do BemEstar do Menor de João Monlevade (FUNBEM), como presidente-fundador da Cooperativa de Crédito dos Servidores da Prefeitura de João Monlevade (COPREMON), fundador da Associação Monlevadense de Ensino Cooperativo (AMEC), como desportista e presidente da Diretoria e do Conselho Deliberativo do Real Esporte Clube e conselheiro da Associação Cristã de Moços (ACM). Como empresário, atuou em vários segmentos econômicos, como na área imobiliária, na construção civil e na pecuária. Em 1990, elegeu-se deputado estadual pela primeira vez, pelo PMDB e obteve seis mandatos consecutivos, sendo presidente da Assembleia Legislativa por dois mandatos (2003 a 2006), líder do Governo do Estado e governador interino de Minas Gerais em 2004. Reprodução/Arquivo Pessoal
A TRAJETÓRIA de Mauri Torres foi de grande destaque no Estado
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(*) Márcio Passos
Mauri e seus 25 anos de história Meus primeiros passos na política são da época em que os eleitores do então distrito de João Monlevade, bem como todos os brasileiros, dividiam suas simpatias e votos entre Jânio Quadros e o Marechal Lott, os dois candidatos a presidente do Brasil no início dos anos sessenta. De lá pra cá sempre acompanhei todas as eleições, ora como curioso, ora como profissional de imprensa e, de 1990 aos dias atuais, como consultor de marketing. Foi no início daquele ano, com a desistência do então prefeito de São Domingos do Prata e presidente da Amepi, João Bráz Martins Perdigão, de se candidatar a deputado estadual, que iniciei, nas páginas do A Notícia, uma campanha de sensibilização sobre a oportunidade e a necessidade de João Monlevade ter seu deputado. Preguei no deserto três meses e cheguei até, numa atitude provocativa, aventar a possibilidade de colocar meu nome como candidato caso outro não aparecesse. Foi quando recebi um telefonema do contador Mauri Torres, meu amigo desde a adolescência, convidando para uma conversa em seu escritório, ali no antigo prédio do Bar Alvorada. Mauri disse que topava a empreitada sob três condições: ter o apoio de João Bráz e do prefeito de João Monlevade, Germin Loureiro, e que eu aceitasse coordenar sua campanha. Atravessei a avenida Getúlio Vargas minutos depois e fui encontrar Germin Loureiro chegando em casa para almoçar. Garantiu seu apoio sem pestanejar, disse que “Mauri é um menino muito bom” e, ainda, arrancou uma confissão de apoio irrestrito de Dona Zarif, sua esposa e maior cabo eleitoral. Ato contínuo fui encontrar João Bráz em sua fazenda na zona rural do Prata, quando o apoio foi confirmado com muitos elogios sobre a pessoa e o profissionalismo do então pré-candidato. No mesmo dia, retornei ao escritório do Mauri com as boas novas e a garantia de que eu aceitava a coorde-
nação da campanha. João Monlevade, com apoio da região, enfim, tinha seu candidato a deputado estadual. Eleito “de raspão”, o novo deputado pediu minha ajuda para montar seu gabinete em Belo Horizonte. Fiquei por lá seis meses e retornei a João Monlevade e ao jornal A Notícia, já com a convicção de que Mauri não se revelaria um grande orador no plenário da Assembleia, mas se destacaria nos bastidores como um grande articulador político, o que aconteceu rapidamente e pavimentou a carreira política que o levou à presidência da Casa, ao exercício interino do cargo de Governador e, agora, a ocupar uma vaga no Tribunal de Contas de Minas Gerais. Das seis campanhas eleitorais em que ele concorreu só não participei de uma e, na maioria das vezes, atuei como consultor de marketing, mesma atuação que tive na campanha de eleição de seu filho a prefeito de João Monlevade. Nos 50 anos de história de João Monlevade, Mauri Torres ocupou cargo eletivo na metade deles e deixa seu nome na história como o político de maior destaque no município. Nenhum outro político trouxe tantos benefícios para João Monlevade e todo o Médio Piracicaba, graças às suas relações no Governo de Minas ao longo desse tempo. Mais ainda, sempre manteve postura exemplar de ética na relação com os adversários, jamais provocando ou fazendo de críticas escada para sucesso eleitoral. Erros, é lógico, cometeu vários e, pelo menos um, ainda aguarda avaliação da Justiça. Até hoje, no entanto, não se tem nada que lhe tire o mérito dos 25 anos de vida pública com uma soma considerável de benefícios e recursos para toda a região. Enquanto adversários ainda insistem em lhe fazer uma oposição que nunca rendeu resultados, Mauri prepara sua aposentadoria para os próximos anos, após eleger um filho prefeito e outro deputado. É muita história para ¼ de século.
(*) MÁRCIO PASSOS é fundador do A Notícia, coordenou campanhas e prestou consultoria de marketing a Mauri Torres ALMG
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Especial Mauri Torres
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“O político tem que ouvir mais do que falar” Aos 65 anos de idade, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Mauri Torres, fala ao A Notícia sobre sua trajetória política e sobre aspectos de sua vida. Apreciador de cavalos e de gado, ele ainda mantém o hobbie de cuidar dos animais no fim de semana, no sítio Xopotó, em João Monlevade, onde recebe amigos e antigos correligionários e de onde dificilmente sai. Nesta entrevista, ele resume fatos importantes da carreira, comenta sobre a fama de articulador e fala dos filhos, que seguiram os passos na política: o prefeito de João Monlevade, Teófilo Torres e do deputado estadual, Tito Torres. Confira:
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MAURI TORRES: 25 anos de vida pública dedicada à região
Jornal A Notícia: O senhor começou como contínuo e chegou a governador de Minas. Como podemos definir essa caminhada de grandes ascensões? Mauri Torres: Acho que todos que assumem um cargo eletivo na vida pública têm que ter o compromisso de servir a comunidade e a população. Em nossa caminhada, ao longo de nossos seis mandatos, cumprimos o objetivo de servir, não só João Monlevade, nossa terra, como a região e todo o estado de Minas Gerais. Felizmente, nossa trajetória possibilitou ajudar com o trabalho e com a dedicação. Nem tudo é possível realizar. Temos que ter o objetivo de servir, de tratar bem, de atender e dar retorno às expectativas das pessoas. Além disso, quem entra na vida pública deve estar preparado para ser criticado. Se não estiver preparado para isso, não deve entrar. É impossível agradar a todos, mas é preciso discernimento e explicar critérios de decisões tomadas e dar justificativas a quem quer que seja. O politico tem que atender a todos e isso marcou minha trajetória.
JAN: Quais os fatos mais marcantes em sua trajetória? MT: Todas as conquistas que realizamos foram importantes e marcaram. Principalmente, aquelas que atenderam às expectativas das pessoas. Não tem como deixar de falar das universidades porque são um projeto muito importante para João Monlevade e região. Esse foi o primeiro passo para transformar a nossa cidade num polo universitário e é um grande projeto que atende a todos. O ensino superior gratuito em Monlevade é uma realidade, independente do partido que administre a cidade. Também destaco importante a obra de ligação entre João Monlevade e Itabira, que custou mais de R$40 milhões e integrou os dois municípios polos da região. A ligação entre Itabira e Nova Era também foi importante, mas contou com a articulação de outros políticos. Mas a estrada do Forninho foi uma conquista exclusiva de Mauri Torres. Foi uma marca da qual me orgulho muito. JAN: Como foi sua participação em prol do Hospital Margarida?
MT: Conseguimos implantar o Centro de Tratamento Intensivo (CTI) e depois diversos recursos importantes para custeio da casa de saúde, além de convênios para manter o CTI durante um ano. Hoje, o CTI atende a todos da região. Esperamos que venham novos convênios para ajudar o Hospital a ter mais condições de atender bem à população. É uma área universal e todos têm que contribuir para a instituição filantrópica que está a serviço da comunidade, independentemente da posição política, assim como no caso das universidades. JAN: O senhor começou com o apoio do Médio Piracicaba. Como destaca a região? MT: Minha eleição de 1990 foi centrada aqui. Em nenhuma cidade fora da região eu consegui mais de 100 votos. Fui eleito pela força regional, sem nunca ter disputado antes um cargo político. Tive, na época, o apoio fundamental dos saudosos João Braz (Martins Perdigão, ex-prefeito de São Domingos do Prata e presidente da Amepi), de Bio (Germin Loureiro, prefeito de João Monlevade
à época), por isso, sempre defendi os interesses regionais. JAN: Foi difícil a primeira eleição? MT: Demais. Na época, havia uma crise política, com muitos escândalos e denúncias na Assembleia e no Governo de Minas, e aquela eleição foi muito disputada e a de maior renovação na Casa. Dos 77, foram 43 novos deputados. Mesmo assim, foi uma eleição muito difícil. Fui eleito pelo PMDB e os votos eram muito disputados porque o partido é muito grande. A minha segunda eleição também foi pelo PMDB. Só em 1995, a convite do governador Azeredo, é que me filiei ao PSDB, que é oriundo do PMDB. JAN: Uma de suas características é ser conhecido por possuir um grande poder de articulação. Esse é um dos segredos para o sucesso na política? MT: Não é capacidade de articulação, mas de entender as coisas. Tem que compreender o que a função pública exige. Nunca perdi uma eleição que disputei internamente na Assembleia. Tomei posse em 1991
2 de Outubro de 2015 e em 1992 ganhei a liderança do PMDB, que era o maior partido da Casa. Sempre fui transparente e nunca neguei informação a ninguém. Por isso, conquistei a confiança das pessoas. A política é uma arte porque tem que estar preparado para perder ou ganhar. JAN: Mas na sua trajetória política o senhor coleciona mais vitórias que derrotas... MT: Sim. O número de prefeitos aliados sempre foi maior que de oposição. Graças ao trabalho e à compreensão e à capacidade para lidar com as diferenças. É preciso andar em caminhos certos e sempre servir os cidadãos. JAN: Certa vez o senhor disse se considerar um homem de sorte. Continua se considerando assim? MT: Sim, até porque, sorte é tudo na vida. Mas acredito muito também na postura que devemos ter, no modo de conduzir, não só a vida pública, mas na maneira de lidar com as pessoas. É preciso paciência diante de situações nem sempre favoráveis e sorte para obter mais sucesso que fracassos. JAN: O que os anos na política lhe ensinaram? MT: Na vida, a gente amadurece, mas o jeito de ser, a nossa origem, a nossa natureza, não mudam. Mesmo assim, é preciso conhecer quem está perto, mas também não virar as costas para aqueles que pensam diferente de nós. É muito importante trocar experiências para aprender e ouvir mais do que falar. O político que não ouve, não consegue ir muito longe na vida pública. JAN: O senhor tem
Especial Mauri Torres grandes amigos na política, inclusive, esteve bem próximo a pelo menos três governadores. Como avalia essa parceria? MT: Construí muitas amizades, muitos parceiros que se tornaram amigos pessoais. Destaco que a lealdade é fundamental na política. Amizade e respeito devem caminhar juntos e, sobretudo, é preciso valorizar quem está do nosso lado. A caminhada fica menos difícil quando se tem amigos com quem se pode contar. Afinal, ninguém consegue nada sozinho. Outro destaque é que temos que ter postura: ou se é situação ou se é oposição. Não pode haver meio termo. O posicionamento político é muito importante. JAN: O senhor já brigou com alguém ao longo desses anos? MT: Estou na vida pública há 25 anos e não tenho nenhum inimigo. Nem pessoal e nem político. É um dos orgulhos que tenho. Embates existem, sempre há discussões, mas é preciso respeitar pontos de vista. Outro ponto é que, com firmeza e coerência nas decisões tomadas, garantimos mais confiança no trabalho e as pessoas acabam entendendo isso. JAN: Sobre o atual momento político brasileiro. Qual seria a saída para resolver os impasses políticos e econômicos? MT: Prefiro evitar entrar em detalhes. Mas hoje, eu percebo que a população brasileira entendeu que a presidente faltou com a verdade na campanha eleitoral. E isso é muito grave e um dos grandes problemas.
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JAN: A política está no sangue? Afinal, transferiu o legado para dois de seus filhos. MT: Acredito que sim. Teófilo e Tito seguiram meus passos. Apesar das dificuldades financeiras, Teófilo tem feito um bom governo, administrando com responsabilidade e equilíbrio. Tem muitos municípios em situação bem mais difíceis que Monlevade. Apenas 30% dos recursos públicos são distribuídos para estados e municípios. A grande fatia fica com a União. Então, o prefeito tem que saber o que encontrará pela frente e Teófilo tem sabido administrar bem. Tito teve uma votação esplêndida em mais de 400 cidades mineiras. Apesar de ser ainda cedo para avaliações profundas, ele tem representado bem a região e trabalhado pelos municípios, como sempre fiz. Tito e Teófilo têm perfis bem diferentes, mas fazem, cada um à sua maneira, um ótimo trabalho. JAN: O senhor já afirmou que poderia terminar encerrar a vida política como prefeito de Monlevade. Ainda pensa assim? MT: Verdade. Mas, hoje, não há mais possibilidades, infelizmente. Estou no Tribunal de Contas (TCE) e, quando me aposentar, aos 70 anos, estarei velho para disputar mais um cargo político. JAN: Qual mensagem gostaria de deixar? MT: Só tenho a agradecer. Sou muito grato à generosidade dos monlevadenses e da população do Médio Piracicaba em geral, que sempre confiaram em mim. Agradeço as oportunidades que tive de trabalhar em prol da nossa região, ao longo dos mandatos que exerci. Muito obrigado.
Reprodução/Arquivo Pessoal
PARA MAURI, o político tem que servir à população
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Primeiro presidente reeleito na Assembleia Legislativa de Minas ATUAÇÃO FOI MARCADA POR GRANDE DESTAQUE E LIDERANÇA DO GOVERNO A trajetória política de Mauri Torres no cenário estadual não foi corriqueira e muito menos inexpressiva. Além dos seis mandatos consecutivos como deputado estadual, obtidos com votação expressiva, Mauri foi o primeiro parlamentar mineiro a ser reeleito para a presidência da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, entre os anos de 2003 e 2006. Ainda em 2004, interinamente, exerceu o cargo de governador do Estado de Minas Gerais e em 2007 foi escolhido pelo então governador do Estado, Aécio Neves, para exercer a Liderança do Governo na Assembleia Legislativa, cargo ocupado entre 2007 e 2011. Como presidente da Assembleia Legislativa mineira, sua gestão foi marcada pela defesa da transparência, austeridade, participação popular e interiorização das atividades do Legislativo. Instalou a Comissão de Ética e Decoro Parlamentar, a Ouvidoria, o Siafi-Assembleia e o Pregão Eletrônico, além de disponibilizar na internet (www.almg.gov.br) todas as informações mensais sobre a execução orçamentária da Assembleia, incluindo remuneração e custeio das atividades dos deputados.
ATUAÇÃO Como deputado estadual, dedicou-se também a matérias de largo alcance social, como a relatoria da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária do Projeto de Lei que deu origem à Lei 10.486/91, que instituiu eleições diretas para diretor de escolas públicas em Mi-
nas Gerais. Foi também relator do projeto de lei que resultou no Orçamento Estadual para o exercício de 1998 e do projeto de lei que gerou a Lei de Diretrizes Orçamentárias para o exercício de 1999. Foi autor do projeto que resultou na Lei 11.052/93, que estabeleceu meia entrada para estudantes em espetáculos es-
portivos e de lazer. É também de autoria de Mauri Torres o projeto que regulamentou o parágrafo 3 o do artigo 222 da Constituição Estadual, que obriga o Estado a prestar atendimento especializado à criança e ao adolescente dependentes de substâncias químicas. Como líder de bancada, Mauri Torres dedicou-se espe-
cialmente às ações no plano legislativo, priorizando a reforma do modelo educacional do Estado, que nos anos 90 recebeu reconhecimento nacional como um dos mais eficientes do país. Torres também foi liderança fundamental no processo de articulação da Lei “Robin Hood”, que implantou, pela primeira vez no contexto dos estados brasi-
MAURI TORRES entre o Governador de São Paulo Geraldo Alckmin e o Senador Aécio Neves
leiros, um sistema inovador de redistribuição dos repasses de recursos públicos aos municípios, tendo como base a reciprocidade de investimentos das prefeituras em áreas consideradas essenciais ao cidadão. Além de líder do governador Aécio Neves (PSDB) na Assembleia, Mauri também ocupou a liderança do PMDB no período de 1992 a 1993 e 1995. Filiou-se ao PSDB em junho de 1995 e ocupou o cargo de vicelíder do partido na Assembleia. Assumiu, também, a Corregedoria-Adjunta da Assembleia Legislativa no biênio 1999-2000. Foi também 1º secretário da Mesa Diretora da Assembleia entre 2001 e 2003.
TCE Em 14 de julho de 2011, Mauri Torres foi nomeado conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG). No Tribunal, convidado pelo presidente, exerceu o cargo de ouvidor no biênio 2013/2014, onde teve participação expressiva na criação e consolidação da Rede Ouvir – Rede Mineira de Ouvidorias Públicas. Em 2014, foi eleito corregedor do TCE com mandato para o biênio 2015/2016. Reprodução Arquivo Pessoal
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Quase 400 mil votos na bagagem Mauri Torres sempre obteve ótimo desempenho nas eleições que disputou para o cargo de deputado estadual. Desde as eleições de 1990, em sua primeira investida na política, até sua última disputa, nas eleições de 2010, Mauri somou, ao todo, 378.013 votos. É notório o crescimento meteórico nas votações. Na primeira eleição, Mauri recebeu votos em pouco mais de 20 cidades. Porém, no último pleito, foi votado em mais de 600 municípios mineiros de diversas regiões, o que corresponde a mais de 70% do estado de Minas Gerais. “Na nossa trajetória, uma das coisas que mais valorizo, é que sempre fui votado pelos mesmos municípios de quando comecei. Sempre tive o apoio dos chefes políticos ou de pessoas ligadas a eles, como filhos e correligionários e consegui ainda ampliar esse apoio. Quer dizer, isso é porque reconheceram os serviços prestados. Esse é um legado muito difícil de ser conquistado na vida política”, declarou Mauri.
CONFIRA A VOTAÇÃO A CADA ELEIÇÃO: 1º - 1991-1994 16.280 VOTOS 2º - 1995-1998 34.542 VOTOS 3º - 1999-2002 42.979 VOTOS 4º - 2003-2006 49.987 VOTOS 5º - 2007-2010 127.706 VOTOS 6º - 2011-2014 106.519 VOTOS ALMG
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“Um líder excepcional” PARA O SENADOR ANTONIO ANASTASIA, MAURI FOI EXTREMAMENTE IMPORTANTE PARA O GOVERNO DE MINAS GERAIS O ex-governador de Minas Gerais e atual senador da República Antonio Anastasia (PSDB), grande liderança tucana do Estado e do Brasil, exalta com orgulho a amizade com Mauri Torres e destaca a atuação do ex-deputado em sua carreira política. Para Anastasia, Mauri foi extremamente importante durante os governos do atual senador Aécio Neves (PSDB), pela dedicação para conseguir
a aprovação dos projetos de interesse de Minas Gerais. “Conheci o conselheiro Mauri Torres já como deputado estadual na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Sempre teve uma atuação destacada como líder, membro da Mesa e presidente da Assembleia por dois mandatos. Mauri sempre se pautou por uma conduta muito séria, sempre estimulando o diálogo e a composição política. Foi um líder excepcional
Arquivo ALMG
MAURI TORRES ao lado do senador Antonio Anastasia, que admira a trajetória política do ex-deputado
ao tempo do governador Aécio Neves”, salienta. Ainda segundo Anastasia, o ex-deputado continua realizando um belo trabalho como conselheiro do Tribunal de
Contas do Estado (TCE). Para o senador, há muito que comemorar e exaltar nesses 25 anos de carreira política de Mauri Torres. “Eu gostaria de reiterar não só meu apreço pes-
Danilo e Rodrigo de Castro também reconhecem importância Pai e filho, o ex-deputado federal e ex-secretário de Estado de Governo de Minas Gerais Danilo de Castro e o deputado federal Rodrigo de Castro (PSDB) reconhecem o trabalho de Mauri Torres. “Falo com orgulho do meu amigo Mauri. Tivemos uma convivência muito próxima: ele como presidente da Assembleia e, depois, líder do governo Aécio Neves
(PSDB) naquela casa, e eu como secretário de Governo”, lembra Danilo de Castro. Ele ainda afirma que boa parte do sucesso do governo de Aécio na época, se deve ao talento político do Mauri Torres, sua dedicação, capacidade de negociação e diálogo. “Um detalhe sobre a vida de Mauri é muito importante de se destacar: ele nunca se esqueceu da cidade
onde começou sua vida pública e sempre trabalhou a favor de João Monlevade e toda a região”, destacou. O deputado federal Rodrigo de Castro também não poupa palavras para enaltecer a figura pública de Mauri Torres e o seu legado em 25 anos de carreira política. “Acredito que seja uma sorte para Minas Gerais e para os mineiros, contar há 25 anos com uma
figura como Mauri Torres na vida pública”, salienta. Rodrigo de Castro também destaca que, por ter atuado durante muitos anos nas prefeituras da região, Mauri tem uma sensibilidade especial para as causas municipalistas. “Ele sempre trabalhou pautado pelas necessidades dos municípios para atender melhor o cidadão.”, afirmou.
soal, a minha amizade e estima pelo Mauri, mas, sobretudo, a minha admiração pelo homem público que comemora, com o aplauso de todos, 25
anos de carreira pública e de trabalho político, que honra não só a região do Médio Piracicaba, mas toda Minas Gerais”, afirmou Anastasia.
Carlos Moreira não quis falar sobre Mauri Procurado pela reportagem do A Notícia para falar sobre o ex-deputado Mauri Torres, o ex-prefeito de João Monlevade, Carlos Moreira, preferiu não falar sobre a trajetória do político. Ele não respondeu a mensagens enviadas e sequer atendeu aos diversos telefonemas da repórter Júlia Cunha. Carlos Moreira é um dos políticos que mais recebeu apoio de Mauri. Inclusive, sempre contou com o deputado tanto nas campanhas eleitorais que venceu, quanto nos dois mandatos como prefeito de João Monlevade.
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O reconhecimento da sociedade DEZENAS DE CONDECORAÇÕES MARCAM A TRAJETÓRIA POLÍTICA DE MAURI TORRES Ao longo de sua carreira política, Mauri Torres foi reconhecido por diversas entidades do Estado e do Brasil por sua atuação como deputado estadual. Ao longo dos últimos 25 anos, foram várias e importantes condecorações recebidas pelo ex-deputado. São diversas premiações de instituições em reconhecimento do trabalho desenvolvido em prol da coletividade. Além da sociedade civil organizada, Mauri também é cidadão honorário de algumas cidades mineiras, comprovando sempre sua atuação em defesa dos municípios.
CONFIRA ALGUMAS DELAS: - Medalha Jubileu de Ouro – João Monlevade 50 Anos, concedida pela Câmara Municipal de João Monlevade em dezembro de 2014. - Comenda dos Emboabas, concedida pela Prefeitura Municipal de Caeté, em 2014. - Título de Cidadão Honorário do Município de Crucilândia, concedido pela Câmara Municipal em 2013. - Título de Cidadão Honorário concedido pela Câmara Municipal de Três Marias em 2013. -Título de Cidadão Honorário do Município de Visconde do Rio Branco, concedido pela Câmara Municipal em 2011. - Título de Cidadão Honorário do Município de Serra dos Aimorés (2006); - Diploma de Honra ao Mérito com outorga da Medalha “Manoel dos Reis Corrêa”, concedida pela Grande Loja Maçônica de Minas Gerais em 2006. - Diploma de Honra ao Mérito concedido pela Prefeitura Municipal de João Monlevade em 2006. - Título de Bombeiro Honorário - Comandante Geral do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, em 2005. - Placa AMEPI – Associação dos Municípios da Microrregião do Médio Rio Piracicaba e do Consórcio Intermunicipal de Saúde, em 2004. - Diploma – Troféu Alferes Tiradentes – concedido pela Polícia Militar de Minas Gerais em 2004. - Grande Medalha João Monlevade 40 Anos, em 2004. - Placas de Destaque Legislativo Estadual – ACIMON (2003/2004); - Troféu do Mérito Municipalista, concedida pela União dos Vereadores do Brasil, em 2003. - Colar do Mérito da Corte de Contas Ministro José Maria Alckmin, outorgado pelo Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais em 2003. - Placa da “Ordem do Mérito Imperador Dom Pedro II”, concedida pelo Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais em 2003. - Medalha Ordem do Mérito Legislativo do Estado de Minas Gerais, outorgada em 2003. - Placa da Associação dos Defensores Públicos do Estado de Minas Gerais, em 2002. Medalha do Mérito Cel. Fulgêncio de Souza Santos em 2003. - Medalha Calmon Barreto, concedida em 2003. - Grande Medalha da Inconfidência, concedida em 2003. - Grande Medalha Juscelino Kubitschek, recebida em 2003. - Medalha Santos Dumont – Ouro, em 2003. - Placa do Tribunal Regional Eleitoral Desembargador Antônio Hélio Silva – Presidente do Tribunal Regional Eleitoral, em 2002. - Medalha de Gratidão do 1º Centenário do Palácio da Liberdade, em 1997. - Placa da Escola de Pais de João Monlevade, em 1997. - Medalha da Inconfidência - Medalha de Honra, em 1992. - Medalha do Mérito Especial do Legislativo do Estado de Minas Gerais, em 1992. - Medalha Alferes Tiradentes, em 1989.
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Importantes conquistas para Monlevade e região “Sempre me coloquei à disposição de todos os municípios de nossa região e todos eles já foram beneficiados com resultados do nosso trabalho”. Essa afirmação do político demonstra o empenho que sempre teve para buscar recursos para a realização de obras nas áreas de educação, saúde, infraestrutura, segurança, entre outros. Para o prefeito de João Monlevade e filho de Mauri Torres, Teófilo Torres (PSDB), a trajetória política do pai é marcada por lealdade e comprometimento. “A principal característica dele é a simplicidade e fidelidade aos companheiros políticos, que estão ao seu lado desde a sua primeira eleição. E é assim que ele trabalha e sempre trabalhou, trazendo inúmeros benefícios, em especial para Monlevade, para o Médio Piracicaba e para a Zona da Mata”, ressaltou. O presidente da Câmara Municipal de João Monlevade, Djalma Bastos (PSD), afirma que o político cumpriu seu papel como legislador em seus seis mandatos, representou a região de forma efetiva e trouxe grandes investimentos. “As avenidas Alberto Lima, no bairro Campos Elísios, a Issac Cassimiro, no Loanda, a Getúlio Vargas e a Wilson Alvarenga passaram por importantes reformas através de recursos financeiros conseguidos por Mauri”, destacou. Além de obras como a pavimentação de centenas de ruas e avenidas, o empenho do exdeputado trouxe importantes investimentos em saneamento básico para Monlevade, além de abastecimento de água para a população. Na área da saúde, Mauri conseguiu recursos para a reforma do Hospital Margarida, criação e ampliação do Centro de Terapia Intensiva (CTI), além de recursos para custeio da casa de saúde. Reprodução Arquivo Pessoal
UM PROGRESSO DE 27 KM: A ESTRADA DO FORNINHO Uma das principais conquistas de Mauri Torres foi a construção e pavimentação da estrada do Forninho, que tem 27 km, ligando João Monlevade a Itabira e que recebeu investimentos de mais de R$40 milhões. A busca por recursos para melhorar o trecho foi requerida desde o primeiro mandato do político como deputado estadual, ainda em 1991. A obra foi finalizada em 2008. Ao longo de sua trajetória política, buscou recursos para que a estrada fosse concretizada e trouxesse avanços à comunidade, integrando dois polos regionais.
MAURI TORRES em encontro com o ex-governador de Minas e atual senador Aécio Neves
DUAS UNIVERSIDADES EM MONLEVADE Em 2002, o apoio de Mauri Torres foi fundamental para trazer para João Monlevade a tão sonhada Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), que promoveu avanços oferecendo acesso ao Ensino Superior Gratuito na cidade. Naquele ano, era ofertado somente o curso de Engenharia de Produção. Hoje, são oferecidos também as graduações em Engenharia Elétrica, Engenharia da Computação e Sistemas de Informação. Em 2006, Mauri intermediou a instalação da Faculdade de Engenharia da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), que hoje tem os cursos de Engenharia Ambiental, Engenharia de Minas, Engenharia Metalúrgica e Engenharia Civil. Em 2011, por meio de convênio, liberou R$558.713,27 para a construção de um novo pavimento com oito salas de aula. As universidades movimentam a economia com a absorção anual de mais de 400 alunos nas duas instituições. Juntas, Uemg e Ufop têm cerca de 2500 estudantes de Monlevade, região e de outros estados do país, e consolidam Monlevade como cidade universitária.