Sant’Ana do Livramento, SEGUNDA-FEIRA, 29 de agosto de 2016, Edição 1571- Publicação semanária
Autoperfil
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Décima geração do Honda Civic tem tecnologia e personalidade para se destacar entre os sedãs médios
Volta por cima
POR EDUARDO ROCHA AUTO PRESS
As gerações de um determinado modelo, em geral, seguem um fluxo bem previsível. Na sequência de um projeto arrojado, costuma vir outro mais conservador. Seja para corrigir os rumos ou consolidar o sucesso do antecessor. Um bom exemplo disso é o Honda Civic. Em 2006, sua oitava geração teve uma enorme aceitação pelo desenho moderno e soluções criativas de engenharia. Bem ao contrário do acanhado sucessor, de 2012, que virou mais um na multidão de sedãs médios. No Brasil, a trajetória da nona geração toma aspecto de drama. Das 5 mil unidades/mês vendidas em 2013, passou para menos de 1.500 no primeiro semestre de 2016. O modelo parece ter concentrado toda a retração do segmento nos últimos quatro anos – enquanto o rival Toyota Corolla se manteve firme no período, na média entre 4.500 e 5.500 unidades mensais. Estava mesmo na hora da Honda se arriscar. E basta olhar para perceber a ousadia do Civic de décima geração. Atraem as linhas sinuosas dos para-lamas, que contornam as caixas de rodas e o caimento alongado do teto em direção à traseira, como em um cupê. Em conjunto com o capô, alongado pel a grade projet ada, reforça este aspecto de “muscle car”. De frente, as linhas das entradas de ar, dos conjuntos óticos e dos vincos do capô convergem para o logo da marca, no centro da grade, no que a Honda chama de “Solid Wing
Face”. A traseira alta, com vidro muito inclinado e lanternas em leds com formato de bumerangue, reforça a ideia de requinte e esportividade do Civic 10. A evolução também foi expressiva na par te menos visível. O Civic ganhou uma nova plataforma com rigidez torcional 25% maior. A
Jornal da Semana Publicação semanária publicada pela JB Empresa Jornalística Ltda. CNPJ: 73752180/0001-31
suspensão é nova, com sistema MacPherson na frente com buchas hidráulicas e traseira multilink – também com buchas hidráulicas na versão de topo, Touring. Esta configuração é a única que recebe o novo motor a gasolina 1.5 turbo com intercooler de 173 cv e 22,4 kgfm de torque, gerenciado por um câmbio Direção Antônio Badra Kamal Badra Diagramação Jonathan Almeida
CVT para alto torque. Todas as demais trabalham com o 2.0 flex de 155 cv e 19,5 kgfm de potência e torque máximos. Na versão de entrada, Sport, o câmbio pode ser manual de seis marchas ou CVT para médio torque, a única opção nas intermediárias EX e ELX. Na parte de conteúdo, a Honda tratou de
valorizar seu sedã médio com uma série de recursos eletrônicos. Do sedã Accord, o Civic herdou, apenas na variante mais cara, o sistema LaneWatch, que projeta na tela, no alto do console central, a imagem da faixa da direita quando a seta é acionada. Na configuração EXL, a mesma tela de sete polegadas reúne imagens
Impressão Gráfica Jornal A Plateia Noticiário Auto Press® editado pela Carta Z Notícias Ltda - Rio de Janeiro/RJ Rua Almirante Barroso 358, esquina rua Uruguai
da câmara de ré, central multimídia, GPS com alerta de tráfego e conexões, com interface para Apple Car Play e Google Android Auto. O freio de estacionamento é elétrico com destravamento automático e o freio tem a função brake-hold, que mantém o carro parado até que o acelerador seja acionado. A maior parte da
Cep: 97.574-020 E-mail: jornal.semana@terra.com.br Fone/fax: Redação: (55) 3242 2939 Circulação: (55) 3242 5533 Comercial: (55) 3242 5654 Sant’Ana do Livramento-RS/Brasil
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Inteligência dinâmica Morungaba/SP – Em boa parte das vezes, quem opta por um carro japonês não é um amante de automóveis. São modelos racionais, sem faltas ou sobras, e capazes de enfrentar até um certo descaso do proprietário sem acusar o golpe. A Honda sempre tenta fugir um pouco desta lógica e, com o novo Civic, conseguiu se afastar bastante. É bem verdade que o câmbio CVT “anestesia” o comportamento do carro na hora de acelerar e retomar, mesmo que as sete marchas pré-selecionadas até contornem um pouco a falta de emoção. O circuito escolhido pela Honda para apresentar o novo sedã incluía uma serra bem sinuosa. Era o pretexto para testar a direção de esterçamento variável e o sistema AHA, que previne as saídas de frente. O Agile Handling Assist entra em ação de forma muito discreta e a direção elétrica se mostrou extremamente ágil e comunicativa. As duas motorizações animam o novo Civic de forma bastante satisfatória. Obviamente, o propulsor 1.5 turbo tem uma performance superior, com acelerações mais vigorosas e um torque presente desde os giros mais baixos. Por outro lado, só bebe gasolina e está disponível apenas na versão Touring, de preço bem salgado. O motor 2.0 dá conta do recado, embora seja menos econômico. Por dentro, os revestimentos e materiais empregados melhoraram, mas ainda não permitem classificar o Civic como modelo premium. Principalmente pela cobertura plástica no painel com pespontos, para imitar couro – recurso também usado no rival Toyota Corolla. Os bancos têm ótima ergonomia, mas falta um apoio de braços decente no console central e a posição da tomada de 12 v e da entrada USB, escondidas sob uma bandeja à frente do câmbio, requer um contorcionismo sem sentido para serem utilizadas.
Honda Civic 2017
tecnologi a embarcada é dedicada à dinâmica do Civic. Sistemas como controle de estabilidade e tração, com vetorização de torque, e o chamado Agile Handling A ssi st, que controla de forma preventiva o eixo dianteiro para evitar subesterço ou saídas de frente estão presentes. Um outro destaque é o sistema de direção elétrica com dois pinhões, que varia a relação entre o esterçamento e o ângulo do volante de acordo com a velocidade. Na segurança, o
Civic ainda traz, desde a versão de entrada, seis airbags, faróis de neblina, luz de freio com brilho intermitente em frenagem de emergência e luzes de rodagem diurna. Os equipamentos que vão sendo adicionados nas versões superiores são sempre relacionados a conforto e requinte e a Honda tenta dar a cada uma delas uma personalidade. A Sport valoriza o despojamento, com a retirada do cromado da grade, que é em preto brilhante, e rodas escurecidas. Os bancos e
revestimentos nas portas são em tecido e sai a R$ 87.900 na versão manual e a R$ 94.900 com CVT. As intermediárias EX e EXL tentam destacar o lado mais elegante e social – até pela presença do motor 2.0. Elas têm revestimento em couro, grade cromada e outros elementos estéticos que tentam dar a idei a de requinte. Custam, respectivamente, R$ 98.400 e R$ 105.900. No topo, com boa distância, fica a Touring, com a qual a Honda quer rivalizar com mode-
los premium – pelo menos no preço, de R$ 124 .900, tal intenção parece se realizar. Ela traz o motor turbo, teto solar, faróis full led e diversos outros itens de luxo. Segundo a marca, a versão Sport deve responder por 24% do mix, as intermediárias EX e EXL por 48% e a topo Touring por 28%. No total a Honda pretende emplacar cerca de 3 mil unidades mês. Mais que o dobro do que conseguiu nos primeiros seis deste ano, mas ainda longe do bom desempenho do início da década.
Motor 1.5 (Touring): Gasolina, dianteiro, transversal, 1.498 cm³, quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro, turbocompressor, comando variável de válvulas e comando simples no cabeçote. Injeção direta e acelerador eletrônico. Potência máxima: 173 cv a 5.500 rpm. Torque máximo: 22,4 kgfm entre 1.700 e 5.500 rpm. Diâmetro e curso: 73 mm x 89,5 mm. Taxa de compressão: 10,6:1. Transmissão: CVT (transmissão continuamente variável). Tração dianteira. Controle eletrônico de tração. Motor 2.0 (LXR e EXR): A Gasolina e etanol, dianteiro, transversal, 1.997 cm³, quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro, comando variável de válvulas e comando simples no cabeçote. Injeção eletrônica multiponto sequencial e acelerador eletrônico. Potência máxima: 150 cv (gasolina) e 155 cv (etanol) a 6.300 rpm. Torque máximo: 19,3 kgfm (gasolina) a 4.700 rpm e 19,5 kgfm (etanol) a 4.800 rpm. Diâmetro e curso: 81,0 mm x 96,9 mm. Taxa de compressão: 11,0:1. Transmissão: Manual de seis marchas a frente e uma a ré ou CVT (transmissão continuamente variável). Tração dianteira. Controle eletrônico de tração. Suspensão: Dianteira independente do tipo MacPherson com buchas hidráulicas. Traseira independente do tipo multilink (motor 2.0), com buchas hidráulicas (motor 1.5). Oferece controle eletrônico de estabilidade. Pneus: 215/50 R17. Freios: Discos ventilados na frente e sólidos atrás. Oferece ABS com EBD. Carroceria: Sedã em monobloco com quarto portas e cinco lugares. Com 4,64 metros de comprimento, 2,08 m de largura, 1,43 m de altura e 2,70 m de distância entre-eixos. Tem airbags frontais, laterais e de cortina. Peso: 1.275 kg (Sport manual), 1.285 kg (Sport CVT), 1.290 kg (EX), 1.291 kg (EXL) e 1.326 kg (Touring). Capacidade do porta-malas: 525 litros (Câmbio manual) e 519 litros (CVT). Tanque de combustível: 56 litros. Produção: Sumaré, São Paulo. Lançamento mundial: 1972. Lançamento no Brasil: 1992.
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Com motor de 223 cv, Volvo lança XC60 D5 e estreia no segmento diesel no mercado brasileiro POR LUIZ HUMBERTO MONTEIRO PEREIRA AUTO PRESS
Quando foi lançado, no Salão de Genebra de 2008, o crossover médio XC60 rapidamente tornou-se o modelo mais vendido da Volvo – posição que ocupa até hoje. Um em cada quatro automóveis emplacados pela marca sueca no mundo são do crossover produzido na fábrica de Ghent, na Bélgica. Lançado no Brasil em 2009, atualmente o XC60 é responsável por 53% das vendas da Volvo Cars no mercado nacional. Em 2013, foi apresentado no Brasil o facelift com o visual atual do modelo que, entre janeiro e julho deste ano, acumulou 1.179 unidades vendidas – média de 168 emplacamentos mensais. Na linha 2017, o XC60 chega com uma novidade – uma inédita versão com motorização diesel, que atende a uma demanda crescente dentro do mercado de SUVs brasileiro. A nova versão tem tração AWD e um propulsor turbodiesel 2.4 litros e cinco cilindros com 20 válvulas, que entrega até 223 cv. O modelo chega com um amplo pacote de equipamentos, com destaque para as tecnologias de segurança e conectividade. Além da motorização diesel, a linha 2017 do XC60 continua a oferecer o tradicional motor a gasolina 2.0 T5, de 245 cv. Na versão diesel, a proposta é esbanjar força. São 44,9 kgfm de torque máximo alcançados entre 1.500 e 3 mil rpm – cerca de 25% superior aos 35,7 kgfm da versão 2.0 a gasolina. O utilitário esportivo da Volvo é equipado com transmissão automática Geartronic de seis velocidades e paddle shifts na coluna de direção. O novo powertrain obteve bons resultados de economia de combustível. De acordo com dados do Inmetro, o XC60 D5 recebeu a classificação “A” do Programa Brasileiro de
Teste
Exibição de força
Etiquetagem Veicular, com 9,5 km/l na cidade e 12,4 km/l em estrada. Com seu tanque de combustível de 70 litros, o crossover pode atingir 868 quilômetros de autonomia. O XC60 diesel vem com sistema de tração integral AWD com diferencial central de acoplamento viscoso que, segundo a Volvo, distribui a força do motor para as quatro rodas em qualquer circunstância e condição de uso. Segundo a engenharia da marca sueca, no caso de perda de aderência, o torque enviado às rodas varia de acordo com a necessidade, preservando a dirigibilidade. Na linha 2017, o
XC60 D5 é oferecido em duas versões de acabamento, Kinetic e Momentum, de acordo com a nomenclatura global da fabricante escandinava. Banco dianteiro elétrico com memória para o motorista, ar-condicionado digital de duas zonas com sistema de controle de qualidade do ar multiativo (Clean Zone), função start/ stop, espelhos retrovisores elétricos retráteis com desembaçador e memória, faróis de xênon com acendimento automático e controle direcional ativo, luzes sinalizadoras dianteiras de leds, piloto automático, freio de estacionamento elétrico e rodas de alumínio de 18” são alguns dos
equipamentos de série. A versão Momentum acrescenta banco com regulagem elétrica também para o passageiro, painel de instrumentos digital de 8” com três modos de tela, teto solar elétrico, câmara traseira de estacionamento, além de suporte lombar com regulagem elétrica do assento dianteiro e sistema de navegação por GPS com mapas em 3D e informações de tráfego em tempo real. O sistema de entretenimento conta com display central com tela de 7” e DVD player. O áudio é reproduzido em 8 alto-falantes. Em termos de segurança, a principal novi-
dade é o City Safety, que é item de série. O sistema de assistência ao motorista atua para evitar ou reduzir colisões com o veículo da frente em velocidades abaixo dos 50 km/h. Ao detectar a falta de reação do motorista a uma possível colisão, o sistema aciona imediatamente os freios até a parada total do veículo. O modelo é também equipado com seis airbags, controle avançado de estabilidade (ASC), controle dinâmico de estabilidade e tração (DSTC), monitoramento de pressão dos pneus e sistemas de proteção contra lesões na coluna cervical e de impactos laterais. O banco traseiro conta com
Isofix para fixação de cadeiras infantis e assentos integrados para crianças. Também está disponível o Volvo On Call, um serviço de segurança, proteção e conveniência que oferece assistência 24 horas, auxílio de emergência e localização, em caso de roubo ou furto. O sistema dispõe de um aplicativo para smartphone e smartwatch que conecta o motorista a seu veículo. Entre os recursos, indicação da necessidade de manutenção e acesso a dados do computador de bordo. O sistema está integrado ao Sensus Connect, uma solução de entretenimento e conectividade que oferece serviços de stre-
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aming de música, rádio e podcasts online, navegação e serviços, como a busca
por pontos de interesse, postos de gasolina e estacionamento, entre outros.
O novo XC60 D5 chega à rede de concessionárias da Volvo no Brasil
com uma oferta de lançamento válida até o final do mês de setembro: R$
199.950 na versão Kinetic e R$ 224.950 na Momentum. Em outubro, os valores
passam para R$ 215.950 na versão Kinetic e R$ 241.950 na Momentum.
Percepção confiável Serra do Caraça/MG - A versão de topo de linha Momentum com a motorização diesel do crossover da Volvo foi avaliada em circuito de mais de 300 quilômetros, que partiu da capital mineira para atravessar longos trechos asfaltados e depois serpentear por estradinhas estreitas e sinuosas entre as serras do Caraça e do Cipó, incluindo alguns trechos em trilhas de terra. Depois de mostrar desembaraço nos trechos urbanos iniciais do circuito, o XC60 diesel impressiona mesmo é quando chega no asfalto. Primeiramente, os níveis de vibração e de ruído a bordo são muito similares aos da versão movida a gasolina. Mas o que mais causa admiração é o comportamento do veículo em curvas de alta velocidade. A tração integral AWD, aliada aos diversos sistemas eletrônicos, transmite ao motorista aquela encorajadora sensação de que o carro circula
sobre trilhos e que curva alguma é capaz de fazê-lo “descarrilhar”. Numa situação de uso normal, 5% do total fica com o eixo traseiro, mas, dependendo da aderência do piso, essa divisão chega a 50% na dianteira e 50% na traseira. Nem mesmo a altura elevada típica dos SUVs deixa perceber instabilidade nas curvas. O XC60 diesel esbanja equilíbrio e é daqueles caros que demora muito a revelar os seus limites. Mesmo quando o crossover mostra que o motorista está exagerando demais na pressão ao acelerador, é sempre de forma elegante, sem espalhafato. As trilhas mineiras por onde o XC60 diesel circulou eram até intensas, mas sem incluirem nada demasiadamente radical. Nelas, o crossover da Volvo esbanjou vitalidade. A suspensão, com sistema McPherson na frente e Multlink independente atrás, filtra bem
as imperfeições do piso. Em movimento, nem de longe aparenta os 1.902 kg que tem. Pena que o modelo não ofereça possibilidade de marcha reduzida, o que tornaria apto a frequentar com mais desembaraço lamaçais, areais, aclives e declives mais radicais. Como esse tipo de utilização é realmente raro entre os que adquirem SUVs de mais de R$ 200 mil, é possível crer que o modelo da Volvo consiga sensibilizar consumidores de modelos concorrentes de marcas de luxo e de modelos “top” de marcas generalistas, com o Toyota SW4 e o Chevrolet Trailblazer. A Volvo afirma que o número atual de vendas do XC60, cerca de 2.500 unidades por ano, não deve ser muito alterado pela entrada da configuração a diesel. Mas, segundo o marketing da marca sueca, a novidade deve responder por até 40% do total de vendas do modelo.
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Yamaha MT-09 Tracer mostra versatilidade e força para encarar rivais de marcas premium
MotoMundo
Trilha bem traçada
POR EDUARDO ROCHA AUTO PRESS
Por muito tempo, a Yamaha do Brasil se comportava de forma tímida. Parecia se contentar com seus pouco mais de 10% de participação, obtida basicamente pela atuação em segmentos de baixa e média cilindradas, e mal tirava proveito do enorme line up que dispunha no resto do mundo. Isso mudou radicalmente nos últimos anos. A marca dos diapasões ampliou sua gama de oferta e passou a brigar com mais vigor em diversos subsegmentos. Uma das novidades recentes nessa estratégia foi a chegada em outubro passado da Tracer, versão touring da naked MT-09 – ambas construídas em Manaus. Ao contrário dos velhos tempos, a Yamaha agora esbanja autoconfiança. Tanto que direcionou seu modelo para brigar com duas motos de marcas premium: a alemã BMW F800 GS e inglesa Triumph Tiger 800. Não é uma disputa fácil. As duas estavam sozinhas e bem estabelecidas no segmento. Mas em 10 meses de mercado, a Tracer já responde por quase 20% desse nicho, que soma quase 5 mil unidades por ano. E a tendência é que a participação da marca japonesa cresça ainda mais. Tanto pela rede de distribuição, com boa capilaridade no país, como por por uma vantagem significativa em relação à potência. A diferença é gritante. A Tracer arranca do motor tricilindríco de 846 cc nada menos que 115 cv de potência e 8,92 kgfm de torque, enquanto a F800 rende 85 cv e 8,46 kgfm e a Tiger, 95 cv e 8,06 kgfm. Isso pode compensar em parte a imagem mais glamourosa das marcas europeias, embora objetivamente o nível de acabamento da Tracer não fique nada a dever em
relação às concorrentes. O nivelamento no segmento se reflete diretamente nos preços, que são bem próximos. A Tracer custa R$ 45.990. A motocicleta da BMW sai a R$ 44.400 – R$ 47.400 na versão Adven-
ture. Já a Tiger tem nada menos que seis configurações, que começam na standard a R$ 37.999 e vão até a topo XCa a R$ 51.500. O segmento de média-alta cilindrada é uma espécie de porta de entrada para
a eletrônica embarcada entre as motocicletas. No atual estágio do segmento sport touring, são quase obrigatórios itens como controle de tração, modos de condução, tomada de 12 v, computador de
bordo e ABS. A Tracer traz ainda recursos como farol em led, quadro e balança construídos em alumínio, cavalete central e suspensões amplamente reguláveis, sendo invertida na dianteira. Mas o que dá
mesmo personalidade ao modelo japonês é o design, que combina robustez e esportividade, com linhas esculpidas e painéis sobrepostos. Um bom retrato do que a Yamaha pode fazer de melhor.
TransMundo Scania aposta no mercado de caminhões blindados e inicia venda de semipesados 8X2 no segmento
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Casca grossa
POR MÁRCIO MAIO AUTO PRESS
O roubo de cargas causa enormes prejuízos às transportadoras brasileiras. Dados da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística indicam que o Brasil chega a perder, por ano, cerca de R$ 1 bilhão em ações de quadrilhas especializadas nestes crimes. Só em 2014, por exemplo, foram registrados 17.500 roubos, número 42% maior do que em 2010, quando houve 12.300 casos oficiais. Não à toa, é cada vez maior o investimento das empresas especializadas em segurança patrimonial e transporte de valores. E esse parece ser mesmo o principal público-alvo da Scania para seus novos caminhões blindados. Na última semana, a marca sueca vendeu os primeiros semipesados 8X2 da marca para este segmento. Três unidades adquiridas pelo Grupo Esquadra, com matriz em Minas Gerais, que atua no transporte de cargas de alto valor. Os novos caminhões fizeram a frota da Esquadra chegar a 60 veículos, com blindagem de carroceria e cabine realizada pela MIB Blindados. Um aumento importante, já que a empresa registrou, no ano passado, crescimento de faturamento de 40% ante 2014, com R$ 295 milhões totais. Segundo a Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado de Minas Gerais, 2015 contabilizou, em média, R$ 212 milhões em mercadorias perdidas para os bandidos. Com a alta procura para o transporte seguro de valores, a expectativa é que a Esquadra feche 2016 com R$ 350 milhões de faturamento. Os produtos Scania escolhidos pela Esquadra têm cabine e baú blindados, cabine com quatro lugares, blindagem nível
três, fechaduras eletrônicas em todas as portas, duplo sistema de rastreamento, divisores internos de cargas, plataforma traseira elevatória e porta com sistema de travamento interno e externo. Todos os veículos têm tecnologia embarcada de segurança avançada com GPS, sistema de videomonitoramento, botão de pânico, fechadura randômica, sensores de portas e sirenes. A nova frota tem capacidade técnica para transportar 14 mil kg, com volume total de 44 m³. O fato de serem modelos Scania P 250 8X2 é valorizado pela marca sueca. “A Esquadra reconheceu todas as vantagens desta
configuração de rodas, que foi pioneira da marca na categoria dos semipesados”, diz Wagner Tillmann, gerente de vendas de semipesados da Scania no Brasil. “Os diferenciais determinantes para essa escolha foram a velocidade média mais alta da categoria e a superior capacidade técnica dos eixos, que permite o trabalho constante dentro da lei da balança e gera maior durabilidade dos componentes”, explica Celso Mendonça, gerente de desenvolvimento de negócios da Scania no Brasil. A engenharia da Scania fez um estudo completo de projeto para adequar os caminhões à
demanda da empresa. A necessidade da Esquadra exigia um caminhão com quatro eixos, sendo dois direcionais para viabilizar uma carroceria de aproximadamente 8,10 m de comprimento – suficiente para acomodar 14 paletes em três compartimentos distintos. Os eixos deveriam ter capacidade suficiente para suportar uma carga líquida total de 12 mil kg, de itens de alto valor agregado, para atender à lei da balança e ter peso bruto total legal de 29 mil kg. E, acima de tudo, garantir a segurança das viagens. “Um caminhão nesse tipo de trabalho não pode quebrar. Para rodar com o peso dessa cabine
blindada, são necessários chassis de maior robustez”, enfatiza Mendonça. A cabine original foi retirada para a instalação de outra já blindada, que preservou ao máximo as características Scania. A nova cabine recebeu aberturas no assoalho, para
proporcionar a manutenção do trem de força, e também um degrau de acesso traseiro. A suspensão atrás é a ar de série, o que facilita o carregamento e o descarregamento – ela oferece quatro módulos de altura para ajuste a diversos tipos de embarque.
#23-° EDIÇÃO
JORNAL A PLATEIA
SEGUNDA-FEIRA 29 DE AGOSTO DE 2016
NIANTIC TEM PLANOS DE LANÇAR LENTES DE CONTATO QUE ENXERGAM POKÉMONS NO MUNDO REAL
Por que o WhatsApp quer dar o seu telefone para o Facebook – e o que fazer para evitar Whatsapp acaba de implementar nova política de privacidade que permitirá à empresa compartilhar
seu número com o Facebook; saiba como a medida pode lhe afetar e como é possível evitá-la. A Niantic tem planos bem ambiciosos para o futuro de Pokémon GO. Para quem achava que o jogo estava entrando num estágio de estagnação, enganou-se, muita coisa ainda vem por aí. Além de batalhas e trocas entre treinadores, ainda há muito o que ser adicionado no jogo, incluindo um acessório que um dia vai fazer os treinadores enxergarem os Pokémon no
O Whatsapp anunciou que irá compartilhar os números de telefone de seus usuários com o Facebook e que permitirá o envio de mensagens por empresas. É a primeira vez que a empresa altera sua política de privacidade desde que foi comprada pelo Facebook em 2014. Mas quais são as consequências da medida? Em primeiro lugar, você poderá passar a receber sugestões de contatos “mais relevantes”. Mas também mais anúncios. Não é improvável, afirmam alguns analistas, que usuários se sintam “traídos” pela mudança. “Quando o Whatsapp foi comprado pelo Facebook, assegurou que permaneceria como um serviço independente”, afirma Pamela Clark-Diskson, da consultoria em tecnologia Ovum. “Agora está dando os números de telefone ao Facebook. Alguns usuários poderiam dizer que se trata de abuso de confiança. De certa maneira, a empresa voltou atrás sobre algo que havia dito que não faria.” Amizades ‘relevantes’ A justificativa do Whatsapp para sua nova política de privacidade é que compartilhar telefones de usuários com o Facebook servirá para bloquear mensagens indesejadas (spam) e controlar abusos. A empresa disse ainda que oferecerá “melhores sugestões de amizade e propagandas mais relevantes”. Isso porque o Facebook, ao dispor desses dados, será capaz de aproximar pessoas que já trocaram números de telefone mas ainda não são “amigos” na rede social. O Whatsapp também compartilhará dados sobre últimos acessos ao serviço. Mas garantiu que não disponibilizará o conteúdo de mensagens enviadas,que é cifrado. “Suas mensagens criptopgrafadas continuam sendo privadas e ninguém mais poderá lê-las. Nem o Whatsapp,
nem o Facebook nem ninguém mais”, afirmou a empresa em seu blog. Os usuários poderão optar por não compartilhar seus dados com o Facebook. Para isso é preciso seguir alguns passos simples. Como impedir o compartilhamento - Quando o WhatsApp pedir que aceite os termos e condições do serviço atualizado, clique na opção “ler” para expandir o texto completo. - Uma caixa de verificação na parte inferior permitirá evitar que seus dados sejam compartilhados. - De qualquer maneira, o WhatsApp diz que o Facebook continuará a receber seus dados em certas situações Mensagens comerciais A nova política do Whatsapp abre caminho a empresas interessadas em enviar mensagens aos usuários. Segundo a empresa, anunciantes que transmitem mensagens por meio de SMS – como alertas de companhias aéreas ou atualizações sobre sua conta bancária – poderão fazê-lo por meio do aplicativo. Mas além de informação sobre datas ou notificações de entrega, o Whastapp também autorizarámensagens de marketing. “As mensagens que você poderá receber com conteúdo comercial podem incluir uma oferta ou algo que possa ser de seu interesse”, explicou a companhia. Para a consultora Clark-Dickson, usuários poderão concordar com o envio caso as mensagens sejam úteis. “Mas o Whatsapp deve ser cuidadoso. Muitas pessoas não gostam de receber publicidade.” De qualquer maneira, a empresa disse que irá testar as novas funções nos próximos meses, mas prometeu evitar a “experiência spam” e impedir que empresas inundem seus usuários com anúncios.
mundo real sem o auxílio do celular. Essa ideia ainda está em estágio de protótipo, mas o CEO da Niantic, John Hanke, já falou que realmente quer algo do tipo mais para a frente. A declaração a respeito das lentes foi dada em entrevista por John Hanke, onde ele respondeu um monte de perguntas sobre o futuro de Pokémon GO:
Se isso realmente acontecer, nós provavelmente vamos ver o mundo dessa forma:
homem FEZ UMA ROUPA DO BATMAN TÃO BOA QUE FOI PARAR NO GUINNESS Batman provavelmente é o super herói mais popular do mundo, mesmo sendo da DC (que nós sabemos, por mais que os fanboys neguem, está atrás da Marvel tanto nos quadrinhos quanto no cinema), e muita gente gostaria de tornar-se nele. Bom, teve um cara que conseguiu, e ele
foi parar no Guinness por causa disso. Julian Checkley trabalhou na indústria cinematográfica por anos e, graças aos conhecimentos acumulados por lá, ele conseguiu reproduzir a roupa do Batman de forma perfeita, veja abaixo:
Perfeito, né? Exceto por um pequeno detalhe, que está por trás da máscara….
Pois é, não é exatamente o Bruce Wayne que você esperava. O processo de montagem da roupa do Batman e ela em ação podem ser vistos abaixo: