Sant’Ana do Livramento e Rivera, de 20 de Setembro de 2016 | DISTRIBUIÇÃO GRATUITA, NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE
O melhor da tradição gaúcha está ao seu alcance. DESFRUTE. A PLATEIA
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Expediente Suplemento Especial do Jornal A Plateia destinado à circulação em Sant’ Ana do Livramento. Diretoria | Antônio Badra Diretor presidente Kamal Badra Diretor geral Janete Badra Diretora de RH Fábio Badra Diretor em Porto Alegre Laura Saravia Diretora comercial DIAGRAMAÇÃO | Jonathan Almeida Editora-chefe | Elis Regina Cartaxo FOTOS | Marcelo Pinto Marcos Ozanan Fabian Ribeiro Acervos pessoais de diversos cedentes, Banco de Imagens de A Plateia
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O lenço me identifica
A música Querência Amada, em um de seus trechos (o lenço me identifica, qual a minha procedência...) faz alusão a mais do que uma outra simbologia diferenciada. Esse elemento da pilcha gaúcha já serviu para identificar posicionamentos políticos, bem como para proporcionar elegância. O lenço evoluiu muito, pois já foi usado na cabeça para reter o suor, tornando-se adereço do pescoço masculino. Há quem diga que o mais usado é da cor vermelha, porém, existe contestação de que é o branco que predomina. Como disse o payador Jayme Caetano Braun, na poesia Branco ou Colorado, “até Deus nosso senhor que usou bota ,espora e mango lhes garanto que é um chimango se maragato não for” O lenço usado pelos gaúchos evoluiu no decorrer da colonização do Rio Grande do Sul o seu o uso na cabeça para o pescoço. Para descartar o sentido político atualmentese usa atado ao pescoço, porém como símbolo de luta as pontas eram para trás. Como cor partidária se usa com as pontas no peito. Atado com nó especial, o nó getulista ou tradicional.
As cores mais tradicionais são o branco e o vermelho A partir da Revolução Federalista o lenço surge no Rio Grande do Sul em 1893, como meio de distiguir os federalistas dos republicanos Foi Gaspar Martins ,fundador do Partido Federalista era um político liberal e adotou como símbolo o Lenço Vermelho Maragato, (apelido dado aos federalistas) E em contrapartida, Jùlio de Castilhos , politico aliado ao Governo Federal, defendia o Partido Republicano e adotou como símbolo o Lenço Verde Pica-paus (apelido dado aos republicanos). Mais tarde o General
Floriano da Cunha fundou o Partido Republicano Liberal e adotou o Lenço Branco Chimango(apelido dado aos liberais). O apelido Chimango começou a partir do poemeto “Antônio Chimango”, em que Ramiro Barcelos como codinome Amaro juvenal satirizava o governador da época, Antônio Augusto Borges de Medeiros, que os republicanos ficaram conhecidos como “Chimangos” e assim passaram para a História com este apelidos ligados as Histórias das cores dos lenços gaúchos.
Existem diversas formas de se atar o nó do lenço gaúcho e se destacam 8 mais tradicionais entre elas se destacam: O nó (1835) farroupilha e o nò federalista(1893); nó tradicional mais comum é o nó getulista então usado pelo Presidente da República Getúlio Dornelles Vargas e que também foi adotado pelos Chimangos ou seja, o lenço branco (Partido Republicano Liberal); -nó quadrado ou domador usado em lenços nas cores vermelha ou preta ,foi adotado pelo político famoso Assis Brasil,que era um Maragato(Partido Federalista); -o nó farroupilha também conhecido como bago-de-touro era usado nas cores farrou-
pilhas menos o preto; nó tope farroupilha foi muito usado de 1935 em diante pelo revolucionários farrapos; - nó tope namorado ou apaixonado , usado em qualquer cor de lenço; -nó dois topes também sem conotação política pode ser usado em qualquer cor de lenço; nó pachola ,por representar alegria pode ser usado em qualquer cor de lenço exceto preta que significa tristeza do luto; _nó crucifixo ,usado somente em festas religiosas e pode ser atado em lenço de qualquer cor.
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Revolução Farroupilha
O motivo da celebração
Revolução Farroupilha, Guerra dos Farrapos ou Decênio Heróico ( 1835 - 1845), eclodiu no Rio Grande do Sul e configurou-se, na mais longa revolta brasileira. Durou 10 anos e foi liderada pela classe dominante gaúcha, formada por fazendeiros de gado, transformando peões e escravos em solados.
Causas O Rio Grande do Sul foi disputado entre portugueses e espanhóis desde o século XVII. O pensamento dos líderes locais era de que o fim dos conflitos deveria inspirar o governo central a incentivar o crescimento econômico do sul, como pagamento às gerações de famílias que se voltaram para a defesa do país desde há muito tempo. Mas não foi isso que ocorreu. Em 1821 o governo central passou a impor a cobrança de taxas pesadas sobre os produtos rio-grandenses, como charque, erva-mate, couros, sebo, graxa, etc. No início da década de 30, o governo aliou a cobrança de uma taxa extorsiva sobre o charque gaúcho a incentivos para a importação do importado do Prata. Em simultâneo,
aumentou a taxa de importação do sal, insumo básico para a fabricação do produto. Além do mais,
se as tropas que lutavam nas guerras eram gaúchas, seus comandantes vinham do centro do país.
A revolta Em 20 de setembro de 1835, os rebeldes tomam Porto Alegre, obrigando o presidente da província, Fernandes Braga, a fugir para Rio Grande. Bento Gonçalves, que planejou o ataque, empossou no cargo o vice, Marciano Ribeiro. O governo imperial nomeou José de Araújo Ribeiro para o lugar de Fernandes Braga, mas este nome não agradou os farroupilhas (o principal objetivo da revolta era a nomeação de um presidente que defendesse os interesses rio-grandenses), e estes decidiram prorrogar o mandato de Marciano Ribeiro até 9 de dezembro. Araújo Ribeiro, então, decidiu partir para Rio Grande e tomou posse no Conselho Municipal da cidade portuária. Bento Manoel, um dos líderes do 20 de setembro, decidiu apoiá-lo e rompeu com os farroupilhas.
Bento Gonçalves então decidiu conciliar. Convidou Araújo Ribeiro a tomar posse em Porto Alegre, mas este recusou. Com a ajuda de Bento Manoel, Araújo conseguiu a adesão de outros líderes militares, como Osório. Em 3 de março de 36, o governo ordena a transferência das repartições para Rio Grande: é o sinal da ruptura. Em represália, os farroupilhas prendem em Pelotas o conceituado major Manuel Marques de Souza, levando-o para Porto Alegre e confinando-o no navio-prisão Presiganga, ancorado no Guaíba. Os imperiais passaram a planejar a retomada de Porto Alegre, o que ocorreu em 15 de julho. O tenente Henrique Mosye, preso no 8º BC, em Porto Alegre, subornou a guarda e libertou 30 soldados. Este grupo tomou importantes pontos da cidade e libertou Marques de Souza e outros oficiais presos no Presiganga. Marciano Ribeiro foi preso e em seu lugar foi posto o marechal João de Deus Menna Barreto. Bento Gonçalves tentou reconquistar a cidade duas semanas depois, mas foi batido. Entre 1836 e 1840 Porto Alegre sofreu 1.283 dias de sítio, mas nunca mais os farrapos conseguiriam tomá-la. Em 9 de setembro de 1836 os farrapos, comandados pelo General Netto, impuseram uma violenta derrota ao coronel João da Silva Tavares no Arroio Seival, próximo a Bagé. Empolgados pela grande vitória, os chefes farrapos no local decidiram, em virtude do impasse político em que o conflito havia chegado, pela proclamação da República Rio-Grandense. O movimento deixava de ter um caráter corretivo e passava ao nível separatista.
A República Bento Gonçalves, então em cerco a Porto Alegre, recebe a notícia da proclamação da República e da indicação de seu nome como candidato único a presidente. Decide então contornar a capital da província para se juntar aos vitoriosos comandados de Netto. Quando vai atravessar o rio Jacuí na altura da ilha de Fanfa, tem seus mais de mil homens emboscados por Bento Manuel e pela esquadra do inglês John Grenfell. Bento Gonçalves, Onofre Pires, Pedro Boticário, Corte Real e Lívio Zambeccari, os principais chefes no local, são presos, e a tropa é desbaratada. O governo imperial, após esta vitória, oferece anistia aos rebeldes para acabar de vez com o conflito. Netto, contudo, concentrou tropas ao recorde Piratini, a capital da República, e decidiu continuar a luta.
Sede do governo em Piratini Bento Gonçalves foi escolhido presidente da República, mas enquanto não retornasse, Gomes Jardim assumiu o governo, organizando a estrutura dos ministérios. Foram criados seis: Fazenda, Justiça, Exterior, Interior, Marinha e Guerra. Cada ministro cuidava de dois ministérios por medida de economia. Em fins de 1836, sem seu líder e com o governo central fazendo propostas de anistia, a revolução estava perdendo a força, mas no início de 1837 o Regente Feijó nomeou o brigadeiro Antero de Brito para presidente da província. Este, acumulando o cargo de Comandante Militar, passou a perseguir os simpatizantes do movimento em Porto Alegre e tratar os farrapos com dureza. Mas estes atos devolveram o ânimo aos rebeldes, que conseguiram a partir daí uma série de vitórias. A cavalaria imperial desertou em janeiro de 1837 em Rio Pardo, e Lages, em Santa Catarina, foi tomada logo após. Em março, Antero de Brito mandou prender Bento Manoel, por achá-lo pouco rígido com a República. Mas Bento Manoel resolveu prendê-lo e passar
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novamente para o lado farroupilha. Um mês após, Netto, com mais de mil homens, tomou o arsenal imperial de Caçapava, capturando armas de todos os tipos e ganhando a adesão de muitos soldados da guarnição local. E em 30 de abril, Rio Pardo, então a mais populosa cidade da província, foi tomada. Em outubro, chegou a notícia de que Bento Gonçalves havia fugido do Forte do Mar, em Salvador, vindo a assumir a presidência em 16 de dezembro. Era o auge da República. A diminuição dos combates, a estruturação dos serviços básicos - correios, política externa, fisco - davam a impressão de que o Estado Rio-Grandense estava em vias de consolidação. Mas 1838 não foi o ano da vitória como esperavam os farrapos. Apesar de mais uma vitória em Rio Pardo, o fracasso na tentativa de tomar Rio Grande e a falta de condições de conquistar Porto Alegre abatem as esperanças dos republicanos. A maioria das vitórias farrapas neste ano foram em combates de guerrilha e escaramuças sem importância estratégica. Com Piratini ameaçada, a Capital é transferida para Caçapava em janeiro de 1839.
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Garibaldi Em 24 de janeiro de 1837, Giuseppe Garibaldi saiu da prisão onde fora visitar Bento Gonçalves carregando uma carta de corso que lhe dava o direito de apresar navios em nome da República Rio-Grandense, destinando metade do valor da carga para o governo da República. Ainda no Rio, ele toma o navio “Luiza”, rebatizando-o de “Farroupilha”. É o primeiro barco da armada Rio-Grandense. Depois de muitas aventuras (prisão no Uruguai, tortura em Buenos Aires), Garibaldi apresenta-se em Piratini em fins de 1837. Ao chegar à capital farroupilha, ele recebe uma missão: construir barcos e fazer corso contra navios do império. Dois meses depois, ele apresenta dois lanchões: o “Rio Pardo” e o “Independência”. Mas havia um grande problema: a ausência de portos. Com Rio Grande e São José do Norte ocupadas pelo inimigo, e Montevidéu pressionada pelo governo imperial, os farrapos planejam a tomada de Laguna, em Santa Catarina. A idéia era um ataque simultâneo por mar e por terra. Mas como sair da Lagoa dos Patos? John Grenfell atacou o estaleiro farrapo, mas Garibaldi escapou com os Lanchões “Farroupilha” e “Seival” pelo rio Capivari, a nordeste da Lagoa. Daí resultou o mais fantástico acontecimento da guerra, e talvez um dos lances de combate mais geniais da história Foram postas gigantescas rodas nos barcos, e eles foram transportados por terra, levados por juntas de bois, até Tramandaí, a aproximadamente 80km do ponto de partida. O transporte foi feito através de campos enlameados pelas chuvas de inverno.
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Travessia dos lanchões sobre rodas
Declínio
O ataque é feito de surpresa, com Davi Canabarro por terra e Garibaldi a bordo do “Seival” (o Farroupilha naufragou em Araranguá-SC) e resulta na conquista da cidade e na apreensão de 14 navios mercantes, que são somados ao “Seival”, e armas, canhões e fardamentos. Em 29 de julho de 1839 é proclamada a República Juliana, instalada em um casarão da cidade. Mas o sonho durou apenas quatro meses. Com a vitória de Laguna, os farrapos resolveram tentar a conquista de Desterro, na ilha de Santa Catarina. Mas são surpreendidos em plena concentração e batem em retirada, com pesadas perdas materiais. Os navios de corso, contudo, vão mais longe. O “Seival”, o “Caçapava” e o novo “Rio Pardo” vão até Santos, no litoral paulista. Encontrando forças superiores, voltam para Imbituba-SC.
Em 1840 começou a decadência da revolução. Enquanto a maioria das forças rio-grandenses se concentrava no sítio a Porto Alegre, a capital, Caçapava, era atacada de surpresa. Os líderes farrapos consideravam Caçapava quase inexpugnável, em virtude do difícil acesso à cidade. A partir daí, os arquivos da República foram colocados em carretas de bois pelas estradas. Foi o tempo da “República andarilha”, até que Alegrete foi escolhida como nova capital. Em Taquari, farroupilhas e imperiais travaram a maior batalha da guerra, com mais de dez mil homens envolvidos. Mas não teve resultados decisivos. São Gabriel foi perdida em junho, e alguns dias depois o General Netto só escapa do imperial Chico Pedro graças à sua destreza como cavaleiro. Em julho, novo fracasso farroupilha, desta vez em São José do Norte. Bento Gonçalves começa a pensar na pacificação. Em novembro é a vez de Viamão cair, morrendo no combate o italiano Luigi Rossetti, o criador do jornal “O Povo” órgão de imprensa oficial da república. Para piorar a situação, em janeiro de 1841, Bento Manoel discordou de algumas promoções de oficiais e abandonou definitivamente os farrapos.
Caxias
Sede da República Juliana, em Laguna-SC Em 15 de novembro de 1839, um ataque pesado a Laguna, com marinha, infantaria e cavalaria resulta na destruição completa da esquadra farroupilha e na retomada da cidade. Todos os chefes da marinha rio-grandense são mortos, com exceção de Garibaldi. Davi Canabarro recua até Torres, enquanto outra parte das forças terrestres vai para Lages, onde resistem até o começo de 1840.
A partir de novembro 1842 o conflito é dominado pela estrela de Luís Alves de Lima e Silva, o Barão (depois Duque) de Caxias. Nomeado presidente da província como a esperança do Imperador para a paz, Caxias usou do mesmo estilo dos farrapos para ganhar o apoio da população. Nomeou como comandantes militares Bento Manoel e Chico Pedro, dois oficiais do mesmo estilo, priorizou a cavalaria, e espalhou intrigas entre os farrapos sempre que pôde. Tratou bem a população dos povoados ocupados e empurrou os farroupilhas para o Uruguai. Estes ainda fizeram outra grande tentativa, atacando São Gabriel em 10 de abril de 1843 e, em 26 do mesmo mês, destroçaram Bento Manoel em Ponche Verde. Mas esta foi a última vitória dos farrapos. Em dezembro de 42 reuniu-se em Alegrete a Assembléia Constituinte, sob forte discussão política. Era forte a oposição a Bento Gonçalves. Durante 1843 e 1844, sucederam-se brigas entre os farrapos. Numa destas o líder oposicionista Antônio Paulo da Fontoura foi assassinado. Onofre Pires acusou Bento Gonçalves de ser o mandante. Este respondeu com o desafio a um duelo. Neste duelo (28 de fevereiro de 1844), realizado no Topador, em Santana do L i v r a m e n t o, Onofre é ferido, e veio a falecer dias depois.
Paz do Ponche Verde Ainda em 1844 Bento Gonçalves iniciou conversações de paz, mas retirou-se por discordar de Caxias em pontos fundamentais, assumindo o seu lugar Davi Canabarro. Os farrapos queriam assinar um Tratado de Paz, mas os imperiais rejeitavam, porque tratados se assinam entre países, e o Império não considerava a República um Estado. Caxias contornou a situação, agradando os interesses dos farroupilhas sem criar constrangimentos para o Império. A pacificação foi assinada em 1º de Março de 1845 em Ponche Verde, e tinha como principais pontos: O Império assumia as dívidas do governo da República; Os farroupilhas escolheriam o novo presidente da província - Caxias; Os oficiais rio-grandenses seriam incorporados ao exército imperial nos mesmos postos, exceto os generais; Todos os processos da justiça republicana continuavam válidos; Todos os ex-escravos que lutaram no exército rio-grandense seriam declarados livres (mas muitos deles foram reescravizados depois); Todos os prisioneiros de guerra seriam devolvidos à província. Além do mais, o charque importado foi sobretaxado em 25%. Terminou assim a Guerra dos Farrapos, que apesar da até hoje contestada vitória militar do Império do Brasil contra a República Rio-Grandense, significou a consolidação do Rio Grande como força política dentro do país.
Monumento à paz do Ponche Verde em Dom Pedrito
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Como se vestem peões e prendas
Tema de muitas e contínuas pesquisas, as peças do vestuário tradicionalista, masculinas e femininas, consistem em uma mescla de origens. Influências indígenas, árabes, platinas, europeias, associadas também ao que estava disponível em cada período, a origem da indumentária gaúcha data dos primórdios da colonização dos pampas e é resultado da união de influências históricas, sociais e culturais adaptadas à realidade, ocupação e trabalho campeiro. Segundo o Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG) e vários historiadores, a indumentária gaúcha pode ser dividida em quatro fases, existindo para cada uma a peça feminina correspondente. Chiripá primitivo (1730-1820) Braga (idem) Chiripá farroupilha (1820-1865) Bombacha (1865 até dias atuais) Inclusive, O MTG, reunido na 67ª Convenção Tradicionalista Gaúcha definiu as diretrizes para a Pilcha Gaúcha em três tipos de indumentária igualmente para peões e prendas: Pilcha para atividades artísticas e sociais Pilcha Campeira Pilcha para a prática de esportes (truco, bocha campeira, tava, etc)
Pilcha masculina
Bombacha
Calça de origem turca, usada pelos pobres na Guerra do Paraguai. São largas na Fronteira, médias no Planalto e estreitas na Serra, quase sempre com “favos de mel”. Necessariamente de cós largo, sem alças para a cinta e com dois bolsos grandes nas laterais. Em ocasiões festivas tem cores claras, sóbrias e escuras para viagens ou trabalho.
Camisa
Cores sóbrias ou claras, com padrão liso ou riscado discreto com gola esporte ou social. Mangas curtas para ocasiões informais ou de lazer e longas para eventos sociais-formais.
Lenço
Atado ao pescoço, de uma ou duas cores ou xadrez miúdo e mesclado. Na cor vermelha, branca, azul, amarelo, encarnado, preto (para luto) e bege. Xadrez de branco e preto é para luto aliviado.
Existem diversos tipos diferentes de nó: Comum: Simples e ximango Farroupilha: Três-galhos, amizade, saco-de-touro Pachola: 2 posições - destro e canhoto Republicano: Borboleta e dois-topes Quadrado: Quatro-cantos, rapadura e maragato Namorado: 3 posições - Livre, querendão e apaixonado Crucifixo: Religioso
Pala
Diferentemente do poncho, cuja origem é gauchesca e que serve para proteger apenas do frio e da chuva, o pala tem origem indígena e serve para proteger contra o frio, sendo de lã ou algodão, e de seda para proteger contra o calor.
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Bota
O uso de botas brancas é oficialmente vedado, mas há quem utilize Guaiaca (uma espécie de cinto com canana para revólver ou não) - Para guardar moedas, palhas e fumo, cédulas, relógio e até pistola.
Esporas
“Chilenas” ou “nazarenas” de prata ou de outro metal.
Colete
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Pilcha feminina
Procura não contrastar com o recato da mulher gaúcha, havendo recomendações quanto a mangas, decotes, golas, cabelos, maquiagens, etc.
Vestido
Vestido, saia e casaquinho, de uma ou duas peças, com a barra da saia no peito do pé. Pode ser godê, meio-godê, em panos, em babados, ou evasês.
Chapéu e barbicacho
Usados como proteção contra o sol. Não é recomendado o uso do chapéu em lugares fechados, como no interior de um galpão.
Saia de armação
Discreta e leve, na cor branca, diferentemente da indumentária típica baiana.
Tirador
Para lida campeira, sem enfeites.
Bombachinha
Paletó Faixa
Tira de pano, preferencialmente de lã, usada na cintura com o propósito de prender a bombacha.
Ciroulas na cor branca, de comprimento até os joelhos. Pode ser rendada ou não.
Meias
As meias devem ser longas, brancas ou beges, para moças e senhoras, admitindo-se as coloridas discretas para as gurias (mirins). As mais maduras podem usar meias de tonalidades escuras.
Acessórios Permitidos:
Fichu de seda com franjas ou de crochê, preso com broche ou camafeu, xale (especialmente para as senhoras), brincos discretos, anéis (um ou dois), camafeu ou broche, capa de lã ou seda, leque, faixa de prenda ou crachá, chapéu (em ambientes abertos).
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O cabelo é solto ou semi-preso , para as prendas mirins e também juvenis mas, e para prendas adultas pode-se usar coque. Atualmente, apesar de mulheres utilizarem a bombacha feminina e calça de montaria, o costume tem sido criado pela modernidade, e não diz respeito as antigas formas de vestimentas, à mulheres em geral. Entretanto, a cultura gaucha, tal como qualquer outra, está sujeita a mudanças que podem ser observadas no nosso dia a dia.
Legislação que oficializa a pilcha
A lei nº 8.813, de 10 de janeiro de 1989 oficializa a pilcha gaúcha como traje de honra e de uso preferencial no Rio Grande do Sul, para ambos os sexos. Entretanto, por se tratar de uma legislação regional, não prevalece em nível nacional, a ponto de alguns deputados se apresentarem pilchados no Congresso Nacional em sessões específicas e o fato gerar polêmica há anos atrás.
A legislação diz o seguinte:
Não permitidos: Sapatos Os sapatos (pretos, brancos ou beges) podem ter salto 5 ou meio salto com tira sobre o peito do pé, que abotoe do lado de fora, para moças e senhoras. As gurias (mirins) usarão sapatos com tira sobre o pé, tipo sapatilha. Também podem ser usadas botinhas fechadas atendendo às respectivas descrições.
Brincos de plástico ou similar colorido, relógios e pulseiras, luvas ou meia-luvas e colares. Sombras, batons ou unhas coloridas em excesso, sapatilhas amarradas nas pernas, saias de armação com estruturas rígidas.
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Vedações nem sempre cumpridas São vedadas algumas peças para todas as situações, oficialmente, por não fazerem parte da indumentária gaúcha, entretanto amplamente utilizada a seguinte relação Bonés e boinas (várias formas, de origem basca, argentinas e outras) Barbicachos exclusivamente de metal Chapéus de couro, palha, ou qualquer outro material sintético Cinto com rastra (enfeite de metal com corrente na parte frontal) Botas de borracha ou de lona
O DEPUTADO ALGIR LORENZON, Presidente da Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul. Faço saber, em cumprimento ao disposto no § 5º do artigo 37 da Constituição do Estado, que a Assembléia Legislativa decretou e eu promulgo a seguinte Lei: Art. 1º - É oficializado como traje de honra e de uso preferencial no Rio Grande do Sul, para ambos os sexos, a indumentária denominada “PILCHA GAÚCHA”. Parágrafo único - Será considerada “Pilcha Gaúcha” somente aquela que, com autenticidade, reproduza com elegância, a sobriedade da nossa indumentária histórica, conforme os ditames e as diretrizes traçadas pelo Movimento Tradicionalista Gaúcho. Art. 2º - A “Pilcha Gaúcha” poderá substituir o traje convencional em todos os atos oficiais, públicos ou privados, realizados no Rio Grande do Sul. Art. 3º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 4º - Revogam-se as disposições em contrário. ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO, em Porto Alegre, 10 de janeiro de 1989.
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Fogo
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O significado da Chama Crioula
Ela foi acesa pela primeira vez no dia 07/09/1947. A “Chama Crioula” representa, para o gaúcho e o tradicionalista, a história, a tradição, a alma da sociedade gaúcha, construída ao longo de pouco mais de três séculos. Em torno dela construímos um ambiente de reverência ao passado, de culto aos feitos e fatos que nos orgulham, de reflexão sobre a sociedade que somos e a que queremos ser. Como um símbolo que une nosso estado, ela estará presente em todos os galpões, todos os acampamentos, todas as manifestações de amor à tradição, ardendo no candeeiro, sempre carregada de a cavalo por homens e mulheres que sabem o que fazem e o que querem.
O acendimento oficial da chama do estado Nas comemorações do sesquicentenário da Revolução Farroupilha, um olhar diferenciado surge sobre a epopeia, novos escritos, acontecimentos e um novo reconhecimento. No inicio, os festejos duravam em torno de 13 dias (de 7 à 20/09), depois, por lei, ficou em 7. Atualmente, em Porto Alegre, o Parque da Harmonia recebe seus acampados desde o final do mês de agosto, mas é a partir do dia 7 de setembro, com o ato histórico de Paixão Cortes e o piquete da tradição, que abrem oficialmente as comemorações na capital. As atividades oficiais, pela lei, e no interior do estado, continuam acontecendo à partir do dia 14. Muitos lugares já têm em seu imaginário que as comemorações estão acontecendo desde o momento em que é acesa a chama oficial do estrado em um sítio histórico pelo Rio Grande do Sul. Esse evento acontece sempre no final de semana mais próximo do dia 24 de agosto, data que marca o suicídio do presidente Getulio Vargas. Em 1999 o acendimento da Chama Crioula foi realizado em Pelotas, em uma homenagem ao centenário da União Gaúcha Simões Lopes Neto. Em 2000 o acendimento ocorreu em Alegrete, na “Capela Queimada”. Os dois eventos foram prestigiados pela direção do MTG, mas tiveram muita pouca participação das coordenadorias regionais. Foram eventos locais, sem grandes repercussões na mídia. O acendimento da chama crioula se transformou em um grande evento à partir de 2001, em Guaíba, em frente a casa de Gomes Jardim, com participação das 30 RTs. Neste ano de 2014, a cidade escolhida, no congresso tra-
dicionalista, para receber o Rio Grande e gerar a chama,
foi Cruz Alta – “Terra de Erico Veríssimo”.
A busca, o translado e a guarda da Chama Um velho ditado diz: “A união faz a força”. A busca da chama nos sítios históricos, espalhados pelo Rio Grande do Sul, demanda, na maioria das vezes, de custos operacionais. Em algumas cidades existe uma rubrica, dos festejos farroupilhas, para a busca da chama. Então, alguns grupos se fecham dentro daquela rubrica e não abrem para outros grupos irem junto buscar o símbolo. Aí começam as discordâncias na cidade. Em outras localidades, mais organizadas, os municípios fecham com a coordenadoria regional, unem os grupos de cavalgadas, tem uma equipe para prestação de contas, e todos viajam juntos. Cabe lembrar ainda que alguns grupos simplesmente saem à cavalo pelo estado, sem roteiro pré organizado, sem pousos determinados e sem avisar a policia rodoviária sobre sua presença em determinadas rodovias. A sugestão é que os grupos de cavalgadas se unam dentro da região, façam um grande ordenamento de despesas, organizem o trajeto antecipadamente, avisem as autoridades competentes, e façam uma grande busca da chama. Lembrando que é sempre importante o espírito de equipe, o bom senso e a camaradagem entre os cavaleiros e participantes. O translado - As bandeiras vão à frente. A chama logo depois delas. Quem leva a chama, ao chegar, alcança o archote para alguém previamente definido que vai fazer o acendimento do candeeiro. Esse ato é, normalmente, feito logo após o hino nacional (quando for executado) e antes dos pronunciamentos (quando houver pronunciamentos). Normalmente são três falas. É comum dar-se a palavra ao comandante da cavalgada. A ronda da chama - A ronda não é estática, ela é móvel. A ronda também pode ser entendida como o ato de trocar a chama de lugar a cada dia. A ela pode-se incluir uma serie de atividades no entorno da chama. A guarda da chama - A guarda da chama é feita por uma ou duas pessoas que ficam paradas (no estilo militar), normalmente de lança em punho. O ideal é que a guarda seja feita durante as 24 horas, no entanto, se não houver movimento, pode ficar o candeeiro sozinho, com o galpão fechado. Enquanto houver atividades ou se a chama estiver em local aberto, a guarda é permanente. A troca de guarda deve sempre ser feita com um breve cerimonial: A entrega da lança e, a
troca de lugar, deve ser feita de forma solene. O cerimonial – Escolher alguém com boa dicção e que planeje o cerimonial antes, lendo bastante, para evitar se engasgar com as palavras na hora. Ao abrir, ter as informações do que está acontecendo, nominar as autoridades (da maior para a menor), ter os hinos à mão, pronunciamentos sempre da menor, para a maior autoridade (processo inverso a composição do dispositivo das autoridades).
Onde a chama já foi acesa A Chama Crioula e seus acendimentos 2001 - Guaíba, na fazenda de Gomes Jardim 2002 - Santa Maria, no centro do estado 2003 - Camaquã, na Chácara das Aguas Belas, de Barbosa Lessa 2004 - Erechim, no Recanto dos Tauras 2005 - Viamão, cidade fundamental na história do RS 2006 - São Gabriel, na Sanga da Bica, onde tombou Sepé Tiarayú 2007 - São Nicolau, 1ª redução e um dos 7 povos das missões 2008 - São Leopoldo, Terra de Colonização Alemã 2009 - São Lourenço, no casarão de Ana, irmã de Bento Gonçalves 2010 - Itaqui, o acendimento volta para a fronteira 2011 - Taquara, cinquentenário da Carta de Princípios 2012 - Venancio Aires - Capital Nacional do Chimarrão 2013 - General Câmara - Distrito Açoriano de Santo Amaro do Sul 2014 - Cruz Alta - Terra de Erico Veríssimo
CAVALGADA
A busca do fogo sagrado gaúcho
Gente buerana, indiada o arreio, homens e mulheres empenhados em uma missão sagrada: a busca da muda da Chama Crioula, onde quer que seja. Essa é a tarefa anual do Grupo Santanense de Cavalgadas, que chegou a Livramento na véspera da abertura da Semana Farroupilha após uma grande volteada, indo até a terra de Érico Veríssimo para, sob guarda de honra, conduzir a Livramento o fogo gaúcho. Os santanenses que integraram a cavalgada saíram da cidade em 27 de agosto, com destino a Triunfo, chancelando a 31ª Cavalgada de Busca à Chama Crioula, sendo 38 cavaleiros e 10 veículos, que realizaram o apoio logístico. Aproximadamente 70 pessoas estiveram diretamente envolvida com essa missão. Foram 18 dias de jornada com mais de 1050 quilômetros percorridos entre a ida e a volta. Atualmente presidido por Paulo Sérgio de Ávila, o Grupo Santanense de Cavalgada cumpriu a missão mais uma vez. Neste ano a Chama pernoitou na Chácara da Prefeitura, sendo levada para a praça General Osório na manhã de 14 de setembro, para a abertura da Semana Farroupilha. Então, foi realizada a distribuição da muda ou centelha para as entidades tradicionalistas da cidade, “Foram algumas pontes caídas e bastante chuva no percurso. Em toda a cavalgada pegamos 12 dias de chuva”, relatou o comandante dos cavaleiros.
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Trânsito muda no dia 20 de Setembro
No dia 20 de Setembro a Secretaria de Trânsito, Transporte e Mobilidade Urbana interdita algumas vias centrais e modifica o trajeto das linhas de ônibus. Será interditado o trânsito nas Ruas Silveira Martins, Rivadávia Corrêa, Rua dos Andradas e Conde de Porto
Alegre e Rua Hugolino Andrade entre a Rua Uruguai e Rua Antônio Fernandes da Cunha a partir das 6h do dia 20 de setembro. Os veículos estacionados na área descrita acima estão sujeitos a multa e remoção (guincho).
Confira informações dos ônibus Empresa Sosal:
Os Ônibus das Linhas Wilson, Planalto, Caixa Dagua, Experimental subirão pela Av. João Goulart, virando a direita na Av. Tamandaré até o Terminal, viram a direita na Rua Silveira Martins, à esquerda na Rua Uruguai, a direita na Rua 13 de Maio, esquerda na Rua General Câmara, direita na rua Sem. Salgado Filho, esquerda na Rua Antonio Fernandes da Cunha, indo até a Av. Joao Goulart, onde viram a esquerda, indo em direção até a Rua dom Pedro II, onde seguirão seu trajeto normal. A linha Circular/Polivalente, ao se aproximar do cruzamento da Rua Barão do Triunfo com a Rua Sen. Salgado Filho, vira à direita, seguindo até a Rua Brigadeiro Canabarro, onde vira à direita, segue pela Rua 13 de Maio até a Av. Tamandaré onde vira à esquerda, indo em direção a Rua Hugolino Andrade, onde vira a esquerda, esquerda pela Rua Uruguai e esquerda Rua Conde de Porto Alegre, direita Av. Tamandaré, seguindo Até o Terminal. Ao retornar ao Bairro, se onde segue seu trajeto normal.
Empresa Vaucher: Os Ônibus oriundos do Bairro Armour/São Paulo/Povinho, ao se aproximarem da Av. João Goulart: Seguem pela mesma até a Av. Tamandaré onde viram a direita, sendo que ao se aproximarem da Rua Hugolino Andrade, viram á direita, indo até o terminal que será em frente à Loja Tumelero. Seguindo seu trajeto normal. . Linha KM05 subira pela Av. João Goulart, virando a direita na Av. Tamandaré até o Terminal, vira a direita na Rua Silveira Martins, à esquerda na Rua Uruguai, esquerda na Rua 13 de Maio, esquerda na AV. Tamandaré, esquerda na Rua Hugolino Andrade, direita na Vasco Alves, esquerda na Av. João Goulart, onde seguirão seu trajeto normal.
Empresa Fonseca:
Os ônibus oriundos dos Bairros Prado e Vila Julieta, ao se aproximarem do cruzamento da Rua Barão do Triunfo com a com a Rua Sen. Salgado Filho, vira à direita, seguindo até a Rua Brigadeiro Canabarro, onde vira à direita, segue pela Rua 13 de Maio até a Av. Tamandaré onde vira à esquerda, indo em direção a Rua Hugolino Andrade, onde vira a esquerda pela Rua Uruguai e esquerda Rua Conde de Porto Alegre, direita Av. Tamandaré, indo até o Terminal. Ao retornarem aos Bairros sai do Terminal, vira a direita na Rua Silveira Martins, esquerda na Rua Uruguai, direita na Rua 13 de Maio, esquerda na Rua General Câmara, direita na Rua Sen. Salgado Filho, direita na Rua Sete de Setembro, onde segue seu trajeto normal.
Empresa São Jorge/Tomaz Os ônibus oriundos dos Bairros Prado e Vila Real, ao se aproximarem do cruzamento da Rua Saldanha da Gama, com a Rua Sem. Salgado Filho, segue pela mesma até a rua Brigadeiro Canabarro, onde vira a esquerda, segue pela mesma até a Rua 13 de maio, onde vira a esquerda, seguindo até a Av. Tamandaré, segue pela mesma até a Rua Hugolino Andrade, onde vira a esquerda, pela Rua Uruguai e esquerda Rua Conde de Porto Alegre, direita Av. Tamandaré, seguindo Até o Terminal. Ao retornar ao Bairro, sai do Terminal, viram à direita na Rua Silveira Martins, à esquerda na Rua Uruguai, a direita na Rua 13 de Maio, esquerda na Rua General Câmara, direita na rua Sen. Salgado Filho, seguindo pela mesma até a Av. João Manuel, onde segue seu trajeto normal. A orientação é para que os condutores, em geral, dirijam com velocidade reduzida e atenção redobrada.
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Fogo de chão, herança ancestral
Muito mais do que um lugar para fazer um assado, o fogo de chão pode ser considerado como um templo da tradição gaucha, pois foi ao redor dele que surgiu a tertúlia. As longas e frias noites de inverno nas primitivas tribos indígenas levaram os nativos a descobrir o fogo de chão. Próximos de suas ocas construíam locais onde as famílias reuniam-se ao redor do fogo, alimentado pela tradicional lenha do angico, um pai-de-fogo, guarda fogo ou tição-mestre garantia a sobrevivência da fagulha calorosa que aquecia o gelo das noites. Ao redor deste fogo os homens contavam às crianças suas aventuras do dia a dia, enquanto as mulheres suas façanhas nos momentos solitários enquanto os homens caçavam ou guerreavam. Surgia dessa forma a tertúlia gaúcha. O fogo de chão aquecia o sentimento do nativo mestiço, germinando o núcleo do folclore gaúcho. Com a tradição do fogo de chão surgiram os galpões crioulos, cobertos de capim, barreados, de pau a pique, taboas ou costaneiras, chão batido, os galpões de estâncias foram as sementeiras do tradicionalismo gaúcho.
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