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Jornal A Plateia Sant’Ana do Livramento. 10 de janeiro de 2017 | Não pode ser vendido separadamente

As formas mudaram, mas os valores permanecem os mesmos.

Neste dia 10 de janeiro de 2017, o Jornal A Plateia comemora 80 anos e o nosso maior presente é você!

Com um visual totalmente reformulado o Jornal A Plateia trás um conteúdo mais diversificado e abrangente, ainda mais próximo da comunidade. Um Jornal completo com o máximo de credibilidade e imparcialidade. Agora você não tem desculpas para ficar desinformado.


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Anos militares

Fundado em 1937, o Jornal A Plateia nasceu em anos de guerra e desde o seu início logo se posicionou diante da ditadurs e das perseguições contra a liberdade de expressão. EDITORIAL

São 80 anos de história, grandes nomes do jornalismo revelados para o mundo e uma edição diária feita ao gosto do leitor fronteiriço com informação e transparência. Parceiro da comunidade, o jornal A Plateia se firma como um dos mais conceituados impressos gaúchos, inovador, democrático e atento para os fatos que fazem a notícia e a história na região. Quando se lida com dois povos, de dois países e duas cidades que na verdade é uma só, os instintos são aguçados. Para os filhos que vivem longe da terra, A Plateia colocou no ar já há alguns anos o site www.aplateia.com.br e todo o conteúdo passou a ser disponibilizado no endereço virtual – permitindo a milhares de “filhos de sant’ana”, espalhados Brasil afora e no exterior, consultar as notícias de casa, a um clique. Outro grande passo foi a conquista das redes sociais, o que nos aproximou de públicos diversos, deu-nos crédito e mostrou a agilidade de uma empresa que une a tradição à visão jovem e empreendedora da JB Empresa Jornalística. Hoje, somos o retrato do otimismo que transborda na Fronteira da Paz nos últimos anos e do Poder da Informação como transformação. A cada momento, surpreendemos o nosso leitor com novidades, com investimentos, com grandes coberturas em parceria com a irmã RCC FM. Mostramos qualidade indiscutível e sensibilidade no que as cidades gêmeas precisam e assim também estreamos A Plateia En Español, encarte diário de oito páginas, noticiando tudo que ocorre no lado uruguaio da nossa Fronteira. Com isso, nos tornamos o único diário bilíngue do Brasil. Tudo muito mais moderno, mais bonito, mais fácil, mais dinâmico e mais informado. A Plateia renovada e também multimídia, à disposição do leitor. Bom proveito.

Diretoria

Antônio Badra, Diretor presidente Kamal Badra, Diretor geral Janete Badra, Diretora de RH Fábio Badra, Diretor em POA Laura Saravia, Diretora comercial DIAGRAMAÇÃO Jonathan Almeida TEXTOS E REPORTAGENS Elis Regina Cartaxo Editora-chefe Elis Regina Cartaxo FOTOS Marcelo Pinto Acervos pessoais de diversos cedentes CONTATOS redacao@jornalaplateia.com editoriadearte@jornalaplateia.com jessica@jornalaplateia.com 55 3242 2939

Kenny Braga, radialista e colunista esportivo na atualidade, foi um dos primeiros a sentir os efeitos de atacar o governo militar no início em 1964, quando era cronista do jornal A Plateia. Em entrevista concedida para o Jornalista e editor Marco Schuster, Kenny disse: “Naquela época, cada coronel das cidades próximas estava acima do bem e do mal, se não gostava de uma manchete, mandava apreender o jornal. Eles se colocavam acima da Constituição, da liberdade de expressão e outras coisas. Numa ocasião, um militar mandou apreender o jornal de Rosário do Sul e o meu chefe Toscano Barbosa, de grande memória, extraordinário jornalista, democrata me pediu para eu fazer um editorial sobre o fato. “Pau nesse canalha”, disse ele. Eu escrevi o editorial, ele fez algumas alterações e publicou na primeira página. O título era “Sinal dos Tempos”, aquele tempo em que estávamos vivendo de autoritarismo, de avanços sobre a liberdade de expressão. “No dia seguinte, quando fui trabalhar, quando eu dobrei a esquina da rua da sede d’A Platéia, que ficava bem próxima à linha de divisa de Rivera, vi que toda a quadra estava ocupada por soldados do Exército, de fuzil na mão. Aí caiu a ficha: ‘O editorial de ontem’. Estrategicamente, dei meia volta e fui pro Uruguai, em Rivera. De lá, liguei para o colega Luis Carlos Valls, e ele me perguntou ‘onde tu estás?’; ‘Eu estou aqui em Rivera’ e ele, que era muito engraçado, muito jocoso, amicíssimo meu, disse: ‘Não venha tão cedo, fique por aí’. Fiquei uns 15 dias e então retornei”

A notícia que saiu das salas de um Cinema A Plateia foi fundada dia 10 de janeiro de 1937 como boletim com a programação do antigo e saudoso Cine Teatro Internacional. Grafado como A PLATEA, circulou em formatinho (26 de largura x 34 de altura) e o primeiro número tinha imagens a nanquim de uma vedete. Iniciativa de Carlos Eugênio Varella, um pecuarista, que comprou uma pequena máquina impressora de tipos. Semanal, variava de quatro a seis páginas. Meses depois, ganhou um acento, A PLATÉA. Em seguida, Varella começou a inserir notícias que ouvia na Rádio Nacional, quando a Segunda Guerra

Mundial começou. Em 1940, tornou-se standard e referência na cidade. No prédio da redação, Varella badalava um sino a cada notícia nova da guerra. A circulação tinha um critério: “Sempre que a notícia exigir”, e houve semanas que foi diariamente.


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Melanchton Toscano Barbosa Um homem admirado por todos Toscano Barbosa era representante exclusivo da revista O Cruzeiro (dos Diários Associados de Assis Chateaubriand), em Porto Alegre, para toda a América Latina. Acumulou algum capital e investiu tudo, no o final do anos 50, no Jornal A Plateia. Levou para o jornal muito do que aprendeu com Assis Chateaubriand, inclusive uma postura autônoma, o que gerou conflitos sérios depois de 1964. Para Kenny Braga, “A Plateia foi o jornal gaúcho com o comportamento mais digno durante o período da ditadura. Não capitulou ou se submeteu a avalanche de decretos dos governos militares”. “Assim como os Associados tinham o Velho Capitão – Assis Chateaubriand – nós tínhamos o Comandante Toscano”, contou outro grande admirador em entrevista, Danilo Ucha, para o Jornalista Marco Schuster: “Em muitas coisas, Toscano copiava seu ex-chefe. Gostava de bons restaurantes, boa comida, bons vinhos”. O restaurante mais categorizado da cidade ficava aberto até mais tarde, “para recebê-lo, em companhia da esposa Dona Angélia, a Rosa Dourado (pseudônimo que usava como colunista social), ou com algum político ou socialite da região”. Nem anúncios escapavam da vigilância de Toscano. Uma vez a Wallig, que era uma poderosa fábrica de fogões, lançou um novo modelo e mandou um anúncio de uma página intitulado “Wallig, o fogão”. Ele não gostou, achou que o artigo estava errado: tinha de ser um fogão. “Como revisores”, diz Ucha “não adiantou queremos explicarlhe que a agência de publicidade havia escolhido ‘o fogão’ exatamente para dar ênfase à qualidade única do produto. O anúncio saiu como ‘um fogão’ e, certamente, a agência de publicidade não o pagou.” Toscano foi um revolucionário da notícia e desafiou comandantes, coronéis e o Regime Ditatorial da época.

realidade foi mais uma aventura daquele jornalista de atos fantásticos, que assinava M. Toscano Barbosa. Meu “exílio” durou oito meses. Após ser esclarecido que as duras leis da censura não me atingiam, retornei ao Brasil, fixando-me em São Paulo, contratado pelo jornal Iguatemi News. Ficam estas breves lembranças para caracterizar minha saudosa admiração por Toscano Barbosa, um pelotense que revolucionou o jornalismo do interior do Rio Grande do Sul, inclusive fazendo a distribuição do seu jornal por avião em toda a fronteira oeste do Estado. (Raul Quevedo; Membro da Academia Pelotense de Letras). Desde 1º de setembro de 1999, A Platéia pertence à Família Badra, com a direção de Kamal Badra e Antônio Badra.

Um homem que desafiou a Ditadura pela notícia verdadeira.

Um grande admirador Pelotense escreveu: Foi no clima de guerra de interesses ideológicos que fui transferido, às pressas, da sucursal de Porto Alegre para o Uruguai, pois Toscano - espécie de Dom Quixote do jornalismo político, tinha a intenção de derrubar o regime militar. Sendo eu articulista que contestava a ditadura, fui transferido com a minha família de Porto Alegre para Santana do Livramento. Numa certa noite de agosto de 1966 partíamos num trem Minuano, na condição de exilados. Eu, minha mulher e três filhos. No dia seguinte, da estação ferroviária do lado brasileiro, em automóvel cortinado de preto, chegamos ao destino em Rivera para um exílio voluntário. Na

Registro entre amigos de Toscano quando iniciou no Jornalismo

Toscano Barbosa e sua esposa, também colunista do Jornal, Dona Angélia


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Um nome que fez história O jornalista santanense Danilo da Silva Ucha, um dos mais destacados profissionais da imprensa no país, morreu em 20 de julho de 2016 em Porto Alegre. Ucha faleceu em casa, enquanto dormia, vítima de ataque cardíaco. Danilo Ucha nasceu em 10 de junho de 1944, e foi em Sant’Ana do Livramento que começou sua carreira de jornalista, ainda estudante secundarista, no início dos anos de 1960, mais precisamente em 1962, no jornal A Plateia, então dirigido por Melanchton Toscano Barbosa. Começou como revisor, ao lado de colegas como Kenny Braga, Elmar Bones da Costa, Glenio Lemos e Eloy Siqueira. Depois, passou para a redação, trabalhando ao lado de Luiz Carlos Vares, Adão Carrazzoni e J.A. Pio de Almeida, entre outros destacados jornalistas já profissionais. Em 1965, como todos os demais jovens da época, mudouse para Porto Alegre, já jornalista profissional, e fez o vestibular para Jornalismo, na então Faculdade de Filosofia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, onde se formou. Desde 1966, começou a trabalhar, em Porto Alegre. Primeiro, no Diário de Notícias e Rádio Farroupilha, então dos Diários e Emissoras Associados, e naquela oportunidade conheceu Assis Chateaubriand, o todo poderoso dono da rede de jornais, rádios e televisões, um mito do jornalismo brasileiro. Depois, passou a trabalhar na Folha da Tarde, da então Companhia Jornalística Caldas Junior, dirigida por Breno Caldas, e também na Rádio Guaíba, da mesma empresa. Nos primeiros “anos de chumbo” da ditadura militar – 1966, 1967, 1968, 1969 – trabalhou na Sucursal do jornal carioca Correio da Manhã, o único a resistir ao

histórico retorno do líder nacionalista Wilson Ferreira Aldunate para o Uruguai, após anos de exílio forçado pela ditadura no vizinho país. Ucha foi dos poucos jornalistas autorizados a acompanhar Aldunate no navio no qual ele retornou a Montevidéu, onde foi preso ao desembarcar. Ucha também acompanhou durante mais de 80 dias a Guerra das Malvinas, o conflito entre Argentina e Inglaterra pelas Ilhas Faklands. Em 2000, foi Diretor Regional da Gazeta Mercantil, de São Paulo, e também trabalhou 11 anos na TVE-RS. Em 1966, fundou o Jornal da Noite, veículo dedicado às notícias de arte, cultura, espetáculos, vida noturna, gastronomia, turismo e bebidas, especialmente vinhos, que circula até hoje. Há cerca de 10 anos, era colunista diário de Economia do Jornal do Comércio, de Porto Alegre, escrevendo sobre negócios e finanças.

Antônio Carlos Valente golpe militar e que, por isso, acabou sendo fechado. Fez reportagens free-lance para as revistas Veja e Realidade. Foi um dos fundados da Coojornal e do seu polêmico jornal que também desafiava a ditadura militar. Posteriormente, trabalhou em O Estado de S. Paulo, na Sucursal de Porto Alegre e como correspondente no Cone Sul, onde cobriu golpes de estado e revoluções. Trabalhou muitos anos – cerca de 20 anos no total – em Zero Hora, fazendo coberturas internacionais na América Latina, na Europa e na Ásia. Em 1983, Ucha fez a cobertura para grandes jornais e para A Plateia do

Um jornal das páginas para a tela Mesmo com os dias contatos e tão assombrado pelas mídias digitais, nunca se leu tanto jornal como nos últimos anos. O Jornal ainda é tido como uma das fontes mais séries e confiáveis na atualidade. Mesmo quando publicado em pequenos folhetins, A plateia já era considerada para a época como um jornal a frente do seu tempo. Depois de muitas passagens pela modernização e avanços com as novas ferramentas de produzir jornal, A Plateia ainda mantém a sua edição impressa, que para muitos leitores tem um prazer especial com o toque nas folhas de papel. Hoje, o jornal conta com uma diagramação mais ousada e interativa, com uso de infográficos e cores e artes que deixam a leitura muito mais agradável. Além do papel, A Plateia também disponibiliza para os seus leitores um conteúdo on line através do seu site www.aplateia.com.br, com notícias atualizadas no momento do fato, levando informação com credibilidade. Ademais, além das postagens diárias, o leitor encontra também a edição do dia disponibilizada para a leitura tanto em seu computador, como tablet ou smartfone. Para os internautas ligados nas redes sociais, A Plateia mantém um perfil para postagens de notícias e permitindo ainda mais interatividade, críticas, comentários e participação com a notícia.

um comunicador dentro do tempo Editor das páginas policiais de A Plateia nos anos de 1984 e 1985, Antônio Valente trabalhou por dois anos com afinco e paixão pelo jornalismo sob a chefia de Redação de Edis Elgarte Dias. Deixou A Plateia para assumir o cargo de Comunicador Oficial da Assessoria de Comunicação da Prefeitura no Governo de Oriosvaldo Greceller por quatro anos e depois para se dedicar à vida de radialista. “Fico feliz de fazer parte desta história e emocionado em ver a posição que o Jornal Alcançou nestes 80 anos de história e sob a direção da Família Badra”.


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Um dia inteiro para fazer um jornal 1

O dia começa com a reunião de pauta onde toda a equipe decide junto com o chefe de redação quais assuntos são importantes no dia e quem vai escrever sobre o quê, com exceção das editorias permanentes, como política e esporte.

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Já com a pauta ou mesmo sem ela, o repórter vai para a Rua e coleta informações sobre o seu tema, fala com pessoas, autoridades, tira fotos, faz anotações, grava vídeos, e faz postagens na internet e site do jornal.

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De volta para a sede do jornal, ele senta para escrever a matéria, para isso, ele precisa de concentração, pensar, assimilar as ideias e desenvolver um texto que torne a leitura agradável para todos os públicos. Algumas vezes, os temas são complicados e exigem um breve estudo para que o repórter não escreva algo errado ou equivocado. Depois de pronto, ele seleciona as fotos para a matéria enquanto uma equipe termina de montar os anúncios para o dia. Por volta das 18h, a publicidade encerra a programação e o editor chefe tem o boneco do jornal Pronto para o outro dia, sabendo que páginas contem anúncios e em quais ele poderá colocar as matérias corretamente distribuídas. O chefe de redação então distribui as páginas e cada repórter faz uma releitura do que escreveu e põe o seu texto e fotos nas pastas do dia no computador central.

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Os diagramadores coletam esse material e passam a fazer a arte, ou seja, eles distribuem o conteúdo como lemos nas páginas do outro dia, o que leva cerca de 20 minutos para cada diagramação de página, ou pouco mais se o assunto exigir um trabalho gráfico mais aprimorado ou ilustrações artísticas. Depois de feito todo o jornal, as fotos são tratadas para cada tipo de impressão, se for colorida ou preto e branco.

Enquanto isso... Enquanto tudo isso acontece, outras dezenas de pessoas trabalham incansavelmente atendendo telefonemas, cuidando do departamento financeiro, contabilidade, RH, setor pessoal, administrativo, comercial, anúncios, circulação, almoxarifado, faxina, e sem falar que todos trabalham sempre vibrados e antenados com o que acontece na cidade para levar até você a informação com imparcialidade.

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O editor verifica página por página e cada trabalho dos repórteres. Depois, ele seleciona as melhores fotos e elabora a capa do jornal que também será diagramada pelo arte-finalista.

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Depois de tudo pronto, o jornal é impresso em folhas vegetais, um tipo de papel especial. Cada folha leva de cinco a sete minutos para ser impressa. São impressas quatro folhas vegetais por página de jornal, por exemplo: se se vai imprimir a capa

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do jornal, primeiro imprimi quatro folhas de vegetais correspondentes àquela única página, pois ela funcionará como a revelação de uma fotografia e para isso é preciso uma mistura de tintas com as cores primárias.

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Para um jornal de 24 páginas, são necessários 96 folhas de vegetais. Essas folhas são reguladas manualmente e depois queimadas numa chapa de aço, daí elas são reveladas como fotografia (revelação química) e só então vão para a máquina de impressão. Depois de impressas, as folhas são cortadas e dobradas de modo que fica pronto o jornal. Por volta das 4h da manhã, os entregadores começam a chegar e a separar os jornais para a entrega. Eles saem casa por casa para levar a notícia. São necessárias cerca de 20 horas para que todo o processo do jornal seja feito, desde a captação da notícia até a chegada do jornal na sua casa.

Homenagem de Leitor apaixonado Minha homenagem ao Jornal A Plateia no dia dos seus oitenta anos. Parabéns a estes heróis que trabalham dia e noite para dar ao público a informação exata como ela é. Saudações Família Badra que vem se destacando dia após dia no engrandecimento de um jornal digno de nossa Fronteira. Fazer jornal até pode ser um trabalho rotineiro, mas agradável. Esta é a prova que não se encontra um jornalista que abandone a profissão. Mais uma vez meus parabéns a todos que formam o quadro de Diretores e funcionários. - Leitor Gercy Dornelles Rodrigues.


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A história entre as gerações O Jornal A Plateia foi adquirido pela Família Badra em 1999 e desde então muitas mudanças foram provocadas como a primeira máquina para fazer a impressão colorida do Jornal. Foi também com a nova administração que o Jornal A Plateia ganhou novos formatos, mídias digitais e se expandiu ainda mais para o interior dos bairros. O sucesso foi tão grande que o Jornal também entrou no roteiro do Filme A Palestina Brasileira com gravações no Brasil em julho de 2016 contanto a história de Antônio Badra, um dos nomes exponenciais da migração palestina no Brasil e principalmente na Fronteira da Paz. Ainda em 2016, o Jornal A Plateia teve a honra de conhecer o filho do grande jornalista Toscano, o médico Dr. Ely Toscano Barbosa. Filho apaixonado pela medicina desde cedo, acompanhou o pai poucas vezes na vida de jornalista e lembra apenas de ajuda-lo com a entrega de jornais e algumas vezes na gráfica. Já com 90 anos de idade, Toscano Filho ainda tem a memória como uma história viva e visitou a fronteira determinado a conhecer o empreendimento que ganhou vida nos anos de trabalho e dedicação do seu pai. A visita foi recepcionada pelo atual Diretor Antônio Badra e pelo Diretor de Jornalismo Kamal Badra em novembro de 2016. Durante a visita, Toscano fez questão de trazer um exemplar antigo que guardava em lembrança do seu pai e também e também de visitar a Linha Divisória. O encontro das gerações mostra a força e a solidez deste meio de comunicação e da sua essência mais pura: o compromisso com a notícia e com a sua comunidade. São 80 anos de história que fazem da Plateia mais do que um meio de comunicação, fazem um patrimônio vivo da comunidade fronteiriça.

Ely Toscano (filho) com Antônio Badra, diretor presidente do Jornal A Plateia

Toscano conheceu no final de 2016 as dependências do Jornal A Plateia e cumprimentou mais um dos seus diretores, Kamal Badra.

Um médico que assistiu de perto a carreira do pai


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