Sant’Ana do Livramento, SEGUNDA-FEIRA, 27 de fevereiro de 2017, Edição 1598 - Publicação semanária
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Para brigar entre os SUVs compactos, Renault Duster Dynamique 2.0 manual aposta na redução do consumo
Autoperfil
Fôlego eficiente
Ponto a ponto
POR MÁRCIO MAIO AUTO PRESS
A Renault decidiu investir pesado nos SUVs neste ano. Já lançou o Captur e, em breve, começará a vender no Brasil o crossover nacional Kwid e o importado Koleos. Nesse cenário, chega a ser surpreendente que a marca francesa ainda tenha pretensões para o Duster, até pouco tempo atrás seu único representante no segmento no Brasil. A verdade é que mesmo a chegada de concorrentes como os Jeep Renegade e Compass e o atual líder na categoria, Honda HRV, apesar de diminuírem o espaço do modelo nas vendas da categoria, não chegaram a apagá-lo. No ano passado, foram 2.114 emplacamentos mensais, algo a se comemorar tendo em vista que se trata do projeto mais antigo entre os disponíveis no mercado. E, na falta de nov i dades mai s substanciais – uma nova geração só aparecerá por aqui no ano que vem –, mudanças no seu trem de força otimizaram sua eficiência energética e deram um gás novo ao modelo. Principalmente na configuração de topo Dynamique com propulsor 2.0 e câmbio manual, com seis velocidades – a transmissão automática do modelo tem apenas quatro marchas. Segundo a Renault, as soluções para m e l h o r a r a e f i ci ê n ci a energética do SUV vieram da Fórmula 1, a partir do sistema ESM (Energy Smart Management) de regeneração de energia. O funcionamento é aparentemente simples: na desaceleração do carro, quando o motorista retira o pé do acelerador, o motor continua girando
sem consumir combustível. Nesse momento, o alternador automaticamente passa a recuperar energia e enviá-la para a bateria, que aumenta sua carga sem consumo de combustível. Durante a aceleração, o alternador não precisa “roubar” energia do motor para enviar à bateria, já que houve a carga na desaceleração. A par tir de uma mudança da força tangencial no anel do cilindro, houve uma redução de atrito interno, gerando mais melhorias no consumo de combustível. Essa alteração, no entanto, não
Jornal da Semana Publicação semanária publicada pela JB Empresa Jornalística Ltda. CNPJ: 73752180/0001-31
mexeu nos números de potência e torque: seguem os 143 cv e 148 cv com gasolina e etanol a 5.750 rpm e 20,2 kgfm e 20,9 kgfm com gasolina e etanol a 4 mil rpm. Outra evolução para a redução de consumo foi a adoção da direção eletro-hidráulica, que se ajusta de acordo com a velocidade, ficando mais pesada ou mais leve para entregar conforto e segurança. Por último, a função EcoMode, acionada por meio do botão localizado no painel central, limita a potência e o torque do motor, além de reduzir a potência do ar-condicionado, o que Direção Antônio Badra Kamal Badra Diagramação Jonathan Almeida
reduz em média em 10% o consumo de combustível. Os itens de série seguem os mesmos. Destaca-se o sistema Media Nav Evolution. A central multimídia pode transmitir informações sobre o trânsito, traz GPS de série, câmara de ré e tela touch de sete polegadas. De resto, o mínimo que se espera de uma configuração topo de linha neste segmento: ar-condicionado, trio elétrico, rodas de liga leve e revestimentos em couro. O preço é R$ 84.120, sem opcionais disponíveis para a versão.
Desempenho – O motor 2.0 16V de 143/148 cv com gasolina/etanol do Duster Dynamique impulsiona o carro de maneira correta, sem excessos ou faltas. O torque máximo, de 20,9 kgfm com etanol, só aparece em 4 mil giros. Porém, já em 2.250 rpm boa parte dele fica disponível, o que garante ultrapassagens e retomadas de velocidade boas. Nota 7. Estabilidade – Por ser um carro pesado e alto, o SUV é um tanto desengonçado nas curvas. Mas isso só aparece mesmo em velocidades mais altas. De maneira geral, o Duster tem um comportamento correto. A direção, que passou a ser eletro-hidráulica na linha 2017, ganha peso conforme o ponteiro do velocímetro sobe, o que aumenta a sensação de segurança do condutor. No entanto, não controle eletrônico de estabilidade ou tração para corrigir qualquer excesso. Nota 6. Interatividade – O interior é simples e os comandos são bem localizados. A regulagem dos retrovisores externos, que já foi um tanto incômoda no Duster, está localizada próxima aos comandos dos vidros elétricos. Em compensação, a posição da tela de sete polegadas do sistema multimídia ainda é muito baixa, desviando demais a visão do motorista. Nota 7. Consumo – De acordo com o Programa de Etiquetagem Veicular do Inmetro, o Duster 2.0 manual registrou consumo de 6,4/7,4 km/l com etanol no tanque na cidade/estrada e 9,0/10,8 km/l com gasolina, nas mesmas condições. O resultado foi consumo energético de 2,24 MJ/km e notas “A” em sua categoria e “C” no geral. Nota 7. Tecnologia – O Renault Duster utiliza a plataforma B0, da Dacia, que é de 2002. A primeira geração do SUV surgiu em 2009 e uma próxima é esperada ainda para 2017, na Europa. No Brasil, a versão Dynamique 2.0 traz itens de série até satisfatórios no que diz respeito ao conforto, mas deixa a desejar na segurança pela falta de controle eletrônico de estabilidade e tração. Nota 6. Conforto – O formato “quadradão” da carroceria proporciona um amplo espaço para pernas e cabeças tanto para os passageiros da frente quanto para os traseiros. A suspensão absorve bem os desníveis dos pisos brasileiros e o isolamento acústico não impressiona, mas também não faz feio. Nota 8. Habitalidade – Não há tantos porta-objetos, mas os existentes dão conta do recado. Três pessoas podem viajar no banco de trás sem depender tanto da boa vontade dos ocupantes dianteiros. O porta-malas carrega 475 litros, o suficiente para levar boa bagagem. Nota 8. Acabamento – O interior é bem funcional, mas simples para a faixa de preço em que a versão atua. Além disso, abusa um pouco da ideia de robustez que permeava o segmento dos utilitários esportivos da década passada. Não há requinte – no máximo, um ou outro cromado, com algumas peças em plástico brilhante. Mas os encaixes são bons e o material aparenta boa qualidade. Nota 7. Design – O desenho do Duster é antiquado, um tanto quadradão. Também aí entra a ideia antiga de que os SUVs, inclusive os compactos, deveriam transmitir mais robustez em suas formas, com aspecto um tanto rústico. O lançamento do Renault Captur, com linhas mais “delicadas”, acabou evidenciando esse distanciamento com o que se vê atualmente no segmento. Mas as dimensões chamam atenção e, de fato, o Duster transmite bastante robustez. Nota 7. Custo/Benefício – O Renault Duster Dynamique 2.0 manual custa R$ 84.120 e acaba perdendo em custo/ benefício para as versões do próprio Duster com o mesmo propulsor 2.0. O câmbio automático adiciona apenas R$ 1.950 à conta, totalizando R$ 86.020. E com transmissão manual, mas tração integral, fica em R$ 86.620. Até a diferença em relação ao novo lançamento da marca, o Captur, é baixa. Em sua versão topo de linha, o SUV sai a R$ 88.490, mas tem partida sem chave, controles de estabilidade e tração e auxílio de partida em rampa entre os itens de série, sendo disponibilizado com propulsor 2.0 apenas com câmbio automático. Definitivamente, um cenário que não favorece o Duster 2.0 Dynamique manual. Nota 4. Total – O Renault Duster Dynamique 2.0 manual somou 67 pontos de 100 possíveis.
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CFC SANTANENSE CENTRO DE FORMAÇÃO DE CONDUTORES
cursos profissionais Os cursos oferecidos pelos CFCS, tem suma importância quanto a qualificação de motoristas profissionais que trabalham nos vários tipos de transportes; no que se refere ao motorista estar qualificado e proporcionando desta forma um transito mais seguro, preservando a vida dos usuário em geral. Qual a importância de estar sempre atualizado? Profissionais da área do transporte vivem situações de constante perigo nas estradas onde transportam todos os tipos de mercadorias necessárias a sobrevivência da sociedade, onde incluímos sonhos de milhares de passageiros que transportamos todos os dias. A resolução 168/04 do Contran determina categorias de habilitação e também como obter cursos específicos para cada profissional, cursos estes que podem ser: Transporte Escolar, Transporte Coletivo de Passageiro, Transporte de Emergência, Transporte de Produtos Perigosos, Moto Taxi e ainda Transporte de Carga Indivisível. Cada um com suas especificações que garantem com qualificação uma segurança maior para todos os envolvidos no transito. Esta resolução define entre outras determinações especializar o condutor tornando o capaz de: permanecer atento a tudo que ocorre dentro e fora do veículo, agir pronta e corretamente a imprevistos, proporcionar segurança a si próprio e aos demais. INSTRUTORA SANDRA PAZ
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Fiat Uno Way 1.3 Dualogic une estética “off-road” à transmissão automatizada operada por botões POR MÁRCIO MAIO AUTO PRESS
A
O Fi at Uno é um dos carros mais importantes do line up da Fiat. Em alguns meses chega a ser o mais vendido da marca e o design jovial e despojado ainda atrai consumidores para outros modelos do fabricante. Não por acaso, foi o escolhido para estrear a nova linha de motores Firefly, fabricada em Betim, no interior de Minas Gerais. No caso do motor 1.3, uma das principais versões para brigar no segmento de hatches compactos é a Way, por dois motivos: além de contar com uma opção de câmbio automatizado – com trocas feitas por botões no console e por borboletas atrás do volante –, ainda traz a estética aventureira que virou “modinha” no segmento e ganha cada vez mais adeptos. Antes 1.4 de 88 cv, agora a versão chega até 109 cv com o 1.3 Firef ly. Um ganho de cerca de 24% de potência e que chega acompanha do de ite n s de segurança normalmente vistos em modelos de categorias superiores. A versão 1.3 Way Dualogic, com transmissão automatizada de cinco velocidades, traz de série controles dinâmicos de estabilidade e tração, além da assistência de par ti da em rampas – com transmi ssão manual, esses itens fazem parte de um pacote tecnológico opcional. O n ovo m oto r tem bloco em alumínio e pesa sete quilos a menos que o anterior 1.4. Além disso, utiliza um sistema que faz par te dos gases do esc ap e recircularem na câmara de combustão quando a potência não é solicita-
Teste
Um toque de aventura
da. Dependendo da situação, o eixo de comando com variador de tempo de aber tura atrasa ou adi ant a o mov imento das válvulas. O resultado, de acordo com a Fiat, pode chegar à economia de até 7% no consumo de combustível. O visual mudou muito pouco em relação à linha 2016, com o propul sor antigo. A g r a d e f i co u m a i s r o busta e parecida com a do subcompacto Mobi.
No caso da versão Way, barras longitudinais no teto, detalhes internos na cor grafite, faróis com máscara negra, maior altura em relação ao solo, molduras das caixas de roda na cor cinza, frisos laterais das portas c o m i n s c r i ç ã o Wa y e lanternas traseiras com acabamento fumê diferenciam o modelo das demais configurações. Tudo para dar uma “cara” mai s “aventureira” ao compacto.
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Ponto a ponto Desempenho – O motor 1.3 adotado na linha 2017 do Uno – incluindo a versão Way – é mais potente que o antigo 1.4. Os 101/109 cv de potência, com torque de 13,7/14,9 kgfm, com gasolina/etanol, movimentam com eficiência o hatch. E não é preciso esperar os 3.500 giros – faixa em que o torque máximo aparece – para sentir vigor no carro. Arrancadas são boas e ultrapassagens e retomadas, também. Com o opcional câmbio automatizado Dualogic, porém, convém recorrer às aletas para trocas manuais, localizadas atrás do volante, quando se precisa de mais força de forma rápida. Nota 8. Estabilidade – O Uno sempre foi bom de curvas. Agora, na linha 2017, a versão 1.3 Way Dualogic já sai de fábrica com controle eletrônico de estabilidade e tração, que garantem segurança extra aos motoristas mais apressados. Com isso, dá para explorar um pouco mais o carro e arrancar alguma esportividade do novo propulsor Firefly. Rolagens de carroceria são extremamente sutis, incapazes de transmitir insegurança. Nota 8. Interatividade – A proposta do Fiat Uno, de maneira geral, sempre foi mais racional. Sendo assim, os comandos são todos bem localizados e de uso intuitivo. Há um sistema opcional Live On, que transforma smartphones Apple e Android em central multimídia com interação com aplicativos comumente utilizados, como Spotify – de streaming de música. Nesse caso, informações do carro também ficam disponíveis ali. Nota 8. Consumo – O InMetro testou o Fiat Uno com motor 1.3 e câmbio automatizado Dualogic e aferiu médias de 9,3/10,1 km/l na cidade/estrada com etanol e 13,2/13,7 km/l com gasolina nas mesmas condições. O carro ficou com 1,57 MJ/km de consumo energético e nota “A” tanto na categoria quanto no geral. Nota 10. Conforto – Quatro adultos de estatura mediana conseguem se acomodar no Uno sem grandes apertos, mas há modelos mais espaçosos na categoria de hatches compactos. A suspensão garante uma absorção razoável dos impactos causados por buracos nas ruas e o isolamento acústico fica dentro da média esperada para o segmento em que atua. Nota 7. Tecnologia – A linha 2017 do Uno estreou
o novo motor 1.3 da marca italiana. Além disso, há sistema start/stop, que desliga o motor quando o veículo está imobilizado. O câmbio automatizado Dualogic dispensa a alavanca. Os comandos básicos são feitos por botões – Neutro, Drive e Ré – enquanto as marchas podem ser trocadas individualmente pela aletas atrás do volante. Os itens de série incluem tecnologias como controle eletrônico de estabilidade e tração, presentes apenas em poucos modelos desta faixa de preço. Nota 9. Habitabilidade – Há bons porta-objetos no Uno, inclusive no teto. O modelo tem também um espelho auxiliar para visualizar os ocupantes traseiros – bom para quem tem filhos pequenos, por exemplo. As formas quadradas da carroceria ajudam na acomodação de todos e o porta-malas está na média do segmento, com 280 litros. Nota 8. Acabamento – Não há qualquer requinte. Exceto pela Peugeot e pela Citroën, que costumam dar mais atenção a esse quesito mesmo entre os hatches compactos, o Uno Way está alinhado por cima com o que se vê na concorrência. De qualquer forma, os plásticos têm boa aparência e transmitem percepção agradável. Nota 7. Design – As mudanças estéticas com o face-lift do novo Uno foram bem leves, mas suficientes para trazerem benefícios ao modelo. A grade adotada se assemelha à do subcompacto Mobi e a variante Way ganha detalhes estéticos exclusivos que inserem uma ideia de aventura ao modelo. Nota 8. Custo/benefício – A Fiat pede R$ 53.030 pelo Uno Way 1.3 Dualogic, mas completo – com o sistema Live On, retrovisores elétricos, vidros elétricos traseiros com one touch, alarme antifurto, sensor de estacionamento traseiro com visualizador gráfico, rodas de liga leve de 14 polegadas, terceiro apoio de cabeça traseiro, apoia-braço central no banco do motorista, banco do motorista com regulagem de altura e banco traseiro bipartido, chega a R$ 58.259. Com todas as tecnologias que carrega, é difícil encontrar um concorrente com a mesma lista de itens disponível. Principalmente pelos controles de estabilidade e tração. Por isso, acaba sendo uma opção interessante. Nota 7. Total – O Fiat Uno 1.3 Way Dualogic somou 80 pontos em 100 possíveis.
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Indian pretende trazer a Chief Dark Horse para o Brasil ainda esse ano
MotoMundo
Lado negro
MÁRCIO MAIO AUTO PRESS
Na crise, às vezes os produtos mais caros são os menos afetados. Não à toa, a Indian manteve os planos de vendas no Brasil. Há pouco mais de um ano, no Salão de Duas Rodas de São Paulo de 2015, voltou oficialmente ao país – esse “namoro”, na verdade, começou dois anos antes. Além do modelo de entrada Scout, a marca comercializa por aqui as integrantes da linha Chief, que traz sempre a mesma motocicleta, com diferenças nos itens periféricos. E essa gama, que hoje já conta com a Classic, Vintage, Chieftain e Roadmaster, deve crescer em breve, com a chegada da Dark Horse. O principal destaque dela é o tom preto fosco predominante em suas peças, com cromados em pequenos itens. O resultado é um visual mais agressivo e, ao mesmo tempo, moderno para a linha tradicional. A Dark Hor se vem equipada com o parrudo motor de dois cilindros em “V” Thunder Stroke 111, com 1.811 cm³ - a marca não divulga a potência do propulsor – e torque de 16,48 kgfm em 3 mil giros. Já a transmissão é de seis marchas. O chassi e a suspensão são os mesmos da Chief Classic, com ABS de série, chave presencial, controle de velocidade de cruzeiro e lanterna em leds. O peso seco é de 341 kg e o tanque tem capacidade para levar até 20,8 litros de gasolina. Em relação às medidas, a moto tem 2,63 metros de comprimento, 1,18 m de altura e 1,73 m de entre-eixos. A altura do assento é de 66 cm, enquanto a distância em relação ao solo é de 14 cm. A largura é de exa-
tamente 1 metro. Assim como todos os modelos da Indian, a Chief Dark Horse pode ser altamente customizada, com uma lista de mais de 40 itens disponíveis, entre acessórios e equipamentos. Ai nda não há uma previsão para o seu desembarque no Brasil. O mais provável é que aconteça mais perto do final do ano, durante o Salão de Duas Rodas de São Paulo, que ocorrerá
entre 14 e 19 de novembro. O preço também é uma incógnita. Nos Estados Unidos, uma Chief Vintage custa US$ 20 mil, ou seja, cerca de R$ 62 mil. Aqui, porém, a mesma moto sai a R$ 79.990 – uma diferença de quase 30%. Se a mesma lógica for seguida, a Dark Horse, que sai a US$ 17.500 no mercado norte-americano, pode custar por volta dos R$ 70 mil por aqui.
Autotal
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Esportividade feroz A Ferrari mostrou as primeiras imagens da 812 SuperPintando sete fast, um de seus destaques nooSalão de Genebra, que acontecerá em março, na Suíça. O modelo substituirá a F12 Berlinetta no line up da marca italiana. O bólido carrega um motor V12 6.5 litros capaz de gerar 800 cv a 8.500 rpm e 73,2 kgfm de torque em 7 mil giros. A transmissão é automatizada de dupla embreagem com sete velocidades. De acordo com informações da Ferrari, a 812 Superfast – até justificar o nome – sai da inércia e chega aos 100 km/h em apenas 2,9 segundos, chegando à velocidade máxima de 340 km/h. A direção, pela primeira vez em um modelo da fabricante, é elétrica. A 812 Superfast traz ainda sistema de esterçamento das rodas traseiras.
Segurança estelar A Volvo sempre focou na segurança e deu mais um passo importante nesse sentido com os novos S90 e o V90. A marca é a primeira fabricante de automóveis a conquistar um total de seis pontos com o sistema de frenagem autônoma de emergência para pedestres no teste promovido pelo Euro NCAP. Na classificação global, ambos os veículos alcançaram 5 estrelas. Os resultados do S90 e do V90 ultrapassam a melhor pontuação geral de qualquer veículo testado no ano passado. Agora os dois modelos se tornam os melhores carros de todos os tempos da Volvo testados pela instituição. O resultado segue os passos do utilitário esporte XC90, primeiro entre todos os carros a marcar a totalidade dos pontos no Euro NCAP, com o mecanismo de frenagem autônomo de emergência.
Agressividade urbana Com “know how” na construção de carros de competição, a norte-americana Scuderia Cameron Glickenhaus lançará no Salão de Genebra, na Suíça, em março, seu primeiro modelo esportivo de produção para as ruas. Trata-se do SCG003S e as expectativas da marca para ele são altas: a Glickenhaus quer que ele seja o mais rápido carro “de rua” avaliado em Nurburgring. A base é o modelo de competição SCG003C, mas o SCG003S é mais leve e também mais potente. O propulsor é um 4.4 litros V8 com cerca de 760 cv e 80 kgfm de torque. A transmissão é automatizada de dupla embreagem, com sete velocidades. A expectativa é de um zero a 100 km/h próximo de 3 segundos e máxima de 350 km/h.
Trio tecnológico A Honda promete três atrações especiais para seu estande no Salão de Genebra, no mês de março, na Suíça. A começar pelo compacto NeuV, um carro conceito totalmente elétrico com um inovador “motor de emoção” que, de acordo com a marca japonesa, pode aprender sobre o seu condutor. Isso por meio da detecção das emoções por trás de suas atitudes. A partir dos dados coletados, ele pode aplicar o que aprendeu com as decisões passadas do motorista para fazer novas escolhas e recomendações. Outro destaque da fabricante será o novo Civic Type R, apresentado em sua versão de produção. O esportivo traz a versão mais recente do motor 2.0 VTEC turbo da Honda e sua fabricação começará neste ano, no Reino Unido. O Honda Clarity Fuel Cell também estará em exibição, após a chegada dos primeiros carros na Europa no final do ano passado. O novo Clarity é o veículo de célula de combustível mais avançado do mundo e oferece uma autonomia máxima de 620 km.
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Maior robustez da linha Actros da MercedesBenz se reflete no crescimento da marca no agronegócio
TransMundo
Lavoura moderna
POR EDUARDO ROCHA Auto Press
A Mercedes-Benz já começa a colher os frutos do investimento que plantou no agronegócio. Até dois anos atrás, os caminhões pesados da marca alemã – Axor e, principalmente, Actros –, eram “sofisticados” demais para enfrentar a dura vida nos campos do Brasil. Foi preciso abrir mão de certos requintes e ganhar robustez. Caso da troca da suspensão pneumática pela metálica, da substituição dos freios a disco por freios a lona e do deslocamento do sistema de redução, que era nos cubos de roda e passou para o eixo. Houve ainda elevação da altura livre do solo, a simplificação dos conjuntos óticos e do para-choque dianteiros para reduzir custos em caso de pequenos acidentes. A ideia era tornar os modelos mais aptos a encarar tanto o asfalto quanto trechos de terra, onde é preciso ir buscar as safras. O conceito foi batizado pela fabricante de Mix Road. As mudanças surtiram efeito. Em geral, a Mercedes-Benz detém cerca de 22% do mercado de pesados. Mas no setor de agronegócio, a participação é bem mais modesta. E é exatamente este quadro que vem sendo revertido. No Centro-Oeste, a fatia da marca pulou de 10% em 2014 para 15% em 2016. A referência é importante, pois se prevê que a região responda por 94 milhões de toneladas das 219 milhões de toneladas de grãos esperadas para a safra 2016/2017. Ou seja: apenas os estados de Mato Grosso, Goiás e Mato Grosso do Sul representam 43% da produção brasileira de grãos. Ganhar força nesta região melhora a imagem da marca no mercado inteiro. “Nós di zíamos que nossos caminhões
eram per feitos para o agronegócio, mas não eram”, reconhece Roberto Leoncini, vice-presidente de Vendas e Marketing da Mercedes-Benz. “Agora sim temos produtos para este segmento”, arremata o executivo. Mas adequar os veículos foi apenas o primeiro passo. O trabalho que vem na sequência tem se mostrado árduo. É preciso primeiramente convencer empresas e produtores que os pesados da marca conseguem dar conta das exigências. E para convencer é ne-
cessário, literalmente, ir a campo. Para seduzir alguns atores do setor e voltar de verdade ao jogo, a Mercedes-Benz montou uma engenharia financeira para facilitar a aquisição de seus caminhões. Um bom exemplo disso foi o acordo que firmou com o Grupo Cereal, da cidade de Rio Verde, em Goiás. Entre as várias atividades do Grupo, há o manejo, o beneficiamento e a exportação de grãos, principalmente soja e milho. Em Rio Verde estão instaladas as unidades de beneficiamento en-
quanto em outras nove localidades em um raio de 200 km ficam as unidades de armazenamento, que atendem aos produtores de cada área. Para fazer a transferência dos grãos entre as unidades e o transporte dos produtos para o porto de Paranaguá para exportação. Até o início de 2016, a empresa contava com uma frota de 65 caminhões para fazer estas tarefas. Nenhum da Mercedes-Benz. Foi nesse ponto que o setor de Vendas e Marketing da Mercedes agiu. Arquitetou um plano
em que o Grupo Cereal adquirisse 15 caminhões Actros 2651, capazes de transportar 37 toneladas de carga seca com um bitrem de sete eixos ou 50 toneladas com um de nove ei xos. Em vez de fazer um financiamento pelo Banco Mercedes-Benz ou mesmo recorrer ao Finame, que oferece juros subsidiado pelo governo, a proposta foi um plano de leasing de 42 meses, incluindo planos de manutenção. Terminado o leasing, o caminhão é devolvido à Mercedes, que o direciona para o Selec-
Truck, sistema de vendas de caminhões usados da marca, que está sendo incrementado. “Agora que os juros do Finame estão se aproximando dos juros de mercado, a tendência é que o leasing cresça bastante nos próximos três ou quatro anos”, aposta Leoncini. Ao fim da apresentação, feita em Rio Verde, na sede do Grupo Cereal, foram apresentadas mais cinco novas unidades do Actros 2651 que passaram a integrar a frota da empresa. Uma alegoria do crescimento da marca no segmento.