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Sant’Ana do Livramento, SEGUNDA-FEIRA, 13 de março de 2017, Edição 1600 - Publicação semanária


Autoperfil

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No embalo do Compass, Jeep Renegade Sport 1.8 ganha potência e torque, mas desempenho segue moderado

Ajustes de ocasião

POR Márcio Maio AUTO PRESS

O Brasil é um mercado de grande importância para a Jeep. A FCA, dona da marca, investiu alto em publicidade quando lançou o Renegade por aqui – com produção nacional, na fábrica de Goiana, em Pernambuco –, ampliou a rede de concessionárias e fez o lançamento global do novo Compass no país. E talvez tenha sido justamente o próprio Compass a determinar a necessidade de mudança no Renegade, em menos de dois anos de vendas, para não perder tanto espaço e se prejudicar no line up da fabricante. Isso porque, já no primeiro mês de vendas do Compass, ele emplacou 3.708 unidades, apenas 290 a menos que o Renegade. Não surpreende que a Jeep tenha se antecipado e promovido alterações no motor 1.8 flex, responsável por cerca de 1/3 d os emplacamentos do Renegade. Caso da configuração de entrada Sport. As evoluções no Renegade 1.8 flex que chegaram com a linha 2017 do SUV compacto englobam partida a frio sem tanque auxiliar, sistema Stop/Start, bomba de combustível inteligente e óleos de baixo atrito para motor e transmissão. As alterações no propulsor fizeram o trem de força ficar 5% mais potente, rendendo 7 cv a mais e 0,2 kgfm extras de torque. Agora a potência máxima é de 139 cv a 5.750 rpm, com etanol. O torque máximo subiu para 19,3 kgfm a 3.750 rpm. Com isso, a marca promete melhor desempenho, maior agilidade nas situações mais corriqueiras de trânsito, mais prazer ao dirigir e menores índices de consumo e de emissões – até

10% a menos, dependendo da versão. Outro importante recurso que todo Renegade com o motor 1.8 Evo recebeu foi o modo de condução Sport. Acionando esse botão no painel, logo acima dos comandos do ar-condicionado, o carro não apenas apresenta uma sensação maior de prontidão, como realmente entrega mais desempenho. O acelerador fica mais direto e, nas versões com câmbio automático de 6 marchas, o ajuste é focado

Jornal da Semana Publicação semanária publicada pela JB Empresa Jornalística Ltda. CNPJ: 73752180/0001-31

em performance, demorando mais para trocar as marchas, entre outras medidas. O Renegade Sport 1.8 sai de fábrica bem equipado. As rodas são de liga leve em 16 polegadas e há ar-condicionado, controle de cruzeiro, direção elétrica, sensor de estacionamento traseiro, freio de estacionamento elétrico, rádio com USB e Bluetooth, retrovisores, vidros e travas elétricos e alarme, além de diversos outros “mimos”. Controle de estabilidade e Direção Antônio Badra Kamal Badra Diagramação Jonathan Almeida

de tração, sistema anticapotamento, assistente de partida em rampas, alerta de limite de velocidade e de manutenção programada, Isofix para fixação de assentos infantis, limitador de velocidade e luz diurna garantem a segurança. Uma relação que mostra que o Renegade, apesar da imagem de fora de estrada que a marca carrega, ainda pode ser encarado como opção para quem busca um veículo urbano de porte familiar – sem abrir mão do jeito aventureiro de ser.

Ponto a ponto Desempenho – O motor 1.8 flex de origem Fiat e tração dianteira passou por mudanças no final do ano passado e passou dos 132 cv e 19,1 kgfm para 139 cv e 19,3 kgfm, disponíveis a 3.750 giros. Os 5% a mais de potência não chegam a mudar de forma significativa o rendimento do SUV, que começa a responder às pisadas no acelerador para valer só depois das 3 mil rotações. Ultrapassagens e retomadas exigem reduções bruscas de marchas, mas o câmbio automático de seis velocidades trabalha em bom equilíbrio com o motor, facilitando a vida do motorista. Nota 7. Estabilidade – As rolagens de carroceria aparecem, mas são bem controladas. A direção tem peso correto e o utilitário esportivo compacto se mantém equilibrado em curvas sem grandes dificuldades. Além disso, seu controle eletrônico de estabilidade conta com sistema que detecta o risco potencial de capotamento do veículo e intervém na força de frenagem. A sensação de segurança é constante. Nota 9. Interatividade – À primeira vista, o volante pode parecer ter botões em excesso. Mas não é difícil se acostumar às funções de cada um deles. A versão oferece câmara de ré, que ajuda nas manobras de estacionamento, e o controle de velocidade de cruzeiro é bem-vindo nas viagens longas de estrada. Nota 8. Consumo – O Inmetro avaliou o Jeep Renegade Sport 1.8 flex em seu Programa Brasileiro de Etiquetagem e o SUV registrou médias de 6,5/9,5 km/l na cidade e 7,6/10,9 km/l na estrada com etanol/gasolina no tanque. O resultado foi nota B em sua categoria e C no geral, com 2,18 MJ/ km de consumo energético. É apenas razoável para a categoria em que atua, principalmente por ser um projeto moderno. Nota 6. Conforto – O isolamento acústico é bom e o espaço, suficiente para que quatro pessoas viajem sem apertos. A suspensão absorve com competência eventuais falhas no piso, mas os bancos não são tão aconchegantes na versão de entrada do Renegade. Nota 7. Tecnologia – A plataforma do Renegade usa como base a mesma do Fiat 500X, mas com ajustes que aperfeiçoaram, entre outras coisas, sua rigidez torcional. O SUV é recheado de tecnologias, como controle eletrônico de estabilidade e tração, sistema anticapotamento, direção elétrica, cruise control, freio de estacionamento elétrico e hill assist, entre outras. O motor flex de sua versão de entrada, no entanto, é antigo e as mudanças realizadas recentemente não alteraram significativamente desempenho ou eficiência energética. Nota 7. Habitabilidade – A posição para dirigir é boa e o espaço, bem aproveitado. O número de porta-trecos é suficiente para levar tudo que precisa estar mais à mão do motorista e, apesar de um pouco alto, não é necessário muito esforço para entrar ou sair do Jeep. Em compensação, o porta-malas decepciona: leva apenas 260 litros. Nota 7. Acabamento – O Renegade Sport mescla a qualidade aparente da assinatura Jeep com uma robustez um tanto bruta – que remete à tradição aventureira da marca. Os encaixes são perfeitos, mas o “aroma” do interior não nega a associação com a Fiat na fábrica em que o modelo é produzido, em Goiana, em Pernambuco – a mesma de onde sai a picape Toro. Nota 8. Design – Apesar das formas mais quadradas e retangulares, o SUV compacto pernambucano tem um aspecto jovial e bastante moderno. As lanternas traseiras com luzes que formam um X são charmosas, assim como os faróis redondos que ajudam a compor uma imagem mais robusta à dianteira. Nota 9. Custo/benefício – O Renegade Sport 1.8 automático começa em R$ 86.990 com transmissão de seis velocidades. Com central multimídia com tela de cinco polegadas, Bluetooth, USB e GPS, chega a R$ 90.495. Sai mais barato que um Honda HR-V EX, configuração intermediária, que custa R$ 93 mil e não tem GPS. Em compensação, um Peugeot 2008 1.6 Griffe automático é bem equipado, tem teto panorâmico e sai a R$ 82.490. Um Renault Duster Dynamique 2.0 completo é R$ 86.020, mas não tem controle eletrônico de tração e de estabilidade. Um Ford EcoSport FreeStyle 1.6 automático não tem câmara de ré, mas é vendido por R$ 89.30 já com seis airbags e revestimentos em couro. Nota 7. Total – O Jeep Renegade Sport 1.8 flex somou 75 pontos em 100 possíveis.

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CFC SANTANENSE CENTRO DE FORMAÇÃO DE CONDUTORES

Vidência no trânsito é a maior causa de mortes no mundo Acidentes no trânsito são a terceira causa de morte no mundo, ficando atrás apenas das doenças cardíacas e câncer. Com base nas estatísticas, a organização mundial da saúde iniciou, em 2011, a década das ações contra acidentes no trânsito. Essas ações visam ao esclarecimento e orientações da população para tentar reverter os números, que aumentam ano a ano, principalmente com o uso do álcool. Os jovens são os principais envolvidos em acidentes com mortes e o uso do álcool está inserido o fator causador o acidente. “apesar de todos os estímulos e campanhas alertando os jovens continuam bebendo ou pegando carona com quem bebeu.” Mais de 70% dos jovens dirigem após beber e que hoje, os acidentes com uso do álcool causam prejuízos muitas vezes, permanentes e mesmo fatais. O álcool é um inibidor do sistema nervoso central que impede estímulos e consequentemente, reflexos ao volante além de mudar a resposta aos riscos. Acaba-se dirigindo mais rápido, com menos cuidado - de todos os acidentes, temos uma média de 50% causador pelo uso do álcool. Com a falta de infraestrutura para suportar e receber a nova demanda ocasiona recorde de engarrafamento em muitas cidades inclusive na nossa fronteira o crescimento de carros foi bem alto e em tempos de férias entra muitos turistas sem falar nos nossos irmãos uruguaios. Entre as principais falhas causadas pelos brasileiros nas ruas e estradas estão: usar celular ao volante e dirigir alcoolizado outro fator é dirigir em alta velocidade permitida troca de faixa sem ligar o sinalizador obriga o motorista que se encontra na pista ao lado, frear bruscamente o que nem sempre é possível de ser feito provocando a batida. Para conscientizar à população sobre violência, em suas diversas manifestações a organização das nações unidas (ONU) declarou o dia 30 de janeiro como o dia internacional da não violência. Nesta data em homenagem à morte do pacifistas Mahatma Ghardi não realizadas ações para erracaricar os atos violentos que se proliferam pelo mundo. O importante é cada um de conscientizar só haverá segurança no trânsito partindo de nos mesmos, cada ação que fizermos podemos estar salvando uma vida prevenindo acidentes e melhorando a segurança. INSTRUTOR PRÁTICO JOÃO FABRICIO DORNELLES


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Ford Fusion 2.0 Titanium AWD tem itens que vão de tecnologias semiautônomas à tração integral POR MÁRCIO MAIO AUTO PRESS

Entre os se dãs mé dios- grandes , o For d Fusion tem uma particularidade extremamente i nte r e s s ante: com o a marca aposta em diversas versões para o modelo – que vão de motorização flex ou híbrida até propulsor turbo com tração integral –, o três volumes atua em diversos nichos. Pode atrair desde os consumidores das variantes mais caras dos sedãs médios com suas configurações de entrada quanto os que pensam em comprar um modelo de entrada de marca premium. E é neste último público que a configuração 2.0 Ecoboost Titanium AWD tem mai s chances de emplacar. Além de oferecer um propulsor de 248 cv e tração integral – que favorecem uma direção mais esportiva – , a ve r s ã o c u s t a R $ 158.700 e reúne itens de segurança e entretenimento ausentes nas opções mais baratas de sedãs da BMW, Mercedes-Benz ou Audi, com quem rivaliza em preço. Lançada em 2012, a segunda geração do Fusion recebeu um face-lift no fim de 2 016 . E s t e t i c a m e n t e , as mudanças foram bem pontuais. A grade dianteira foi sutilmente r e d e s e n h a da , m a s manteve o sistema de fechamento ativo, semelhante ao adotado nos modelos de comp e ti ç ão. El a s e fe cha para melhorar a aerodinâmica em velocidades mais altas e se abre para otimizar a refrigeração n a s m a i s b a i x a s . Fa róis trazem assinatura em leds e são full led na variante mais cara. Lanternas foram redesenhadas, ganharam luzes em leds e estão mais amplas e unidas por um

Teste

Passo à frente

friso cromado. O trem de força também foi mexido. O motor 2.0 Ecoboost turbo a gasolina passou por um processo de redução dos atritos e outros aprimoramentos mecânicos. A potência também subiu, passando de 240 cv para 248 cv, com torque de 39 kgfm já a partir de 1.750 rpm, mantendo-se

intacto até 4.500 giros. Por dentro, a alteração mais evidente é a substituição da alavanca de câmbio por um comando giratório para a transmissão automática de seis marchas. Mas há muita tecnologia embarcada na versão de topo do Fusion. Principalmente voltada para a direção semiautônoma. O assis-

tente de frenagem autônoma com detecção de pedestres é operado por radar e sensores e pode atuar diretamente sobre o sistema de freios para evitar atropelamentos e colisões. Já o controle de cruzeiro adaptativo monitora e mantém distância segura do veículo da frente. O carro traz ainda sistema de estaciona-

mento automático para vagas paralelas ou perpendiculares, oito airbags, cintos de segurança traseiros infláveis, sistema de monitoramento de ponto cego, sistema de monitoramento de mudança de faixa, siste ma de de te cç ão de cansaço do motori sta e monitoramento de pressão individual dos

pneus. A conectividade também foi aprimorada com a adoção do Sync 3 com tela capacitiva de 8 polegadas e acesso aos sof t wares de espelhamento de smartphones Apple Car Play e Android Auto. As fontes de letras e ícones do sistema est ão maiores e mai s fáceis de visualizar.


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Ponto a ponto Desempenho – O Ford Fusion 2.0 Ecoboost Titanium AWD ganhou, junto com o face-lift da linha 2017, 8 cv de potência a mais, totalizando 248 cv. É força mais que suficiente para mover o sedã, apesar de seu porte médio-grande. O torque máximo de 39 kgfm já fica disponível a partir de 1.750 giros e se mantém até 4.500 rpm, o que garante bastante vigor em qualquer faixa de giro para o modelo. Nota 9. Estabilidade – Esse também foi um ponto que evoluiu com as mudanças promovidas no ano passado. As molas da suspensão foram recalibradas e o sedã se mostra bem equilibrado, mesmo em trechos sinuosos cumpridos em alta velocidade. Além disso, o Fusion AWD traz os sistemas eletrônicos de controle de estabilidade e tração, que ampliam ainda mais a segurança. Nota 9. Interatividade – A transmissão não tem alavanca, mas sim um comando circular no console central. Bem fácil de lidar e esteticamente interessante. A direção elétrica é bem leve nas manobras, mas ganha firmeza conforme a velocidade sobe. Além disso, a configuração topo de linha permite que se resfrie a cabine antes de se entrar no carro, ligando o ar-condicionado de fora do veículo. Nota 8. Consumo – O InMetro testou o Ford Fusion 2.0 Titanium AWD 2017 e aferiu médias de 8,2 km/l na cidade e 11,1 km/l na estrada, com gasolina – único combustível aceito pelo carro. O consumo energético foi de 2,38 MJ/km, com nota C na categoria e D no geral. Diante da busca pela eficiência energética atual e dos esforços para conter as emissões de poluentes, o resultado poderia ser um pouco melhor. Mas, é preciso lembrar, trata-se de um carro com mais de 1,5 tonelada. Nota 5. Conforto – Os ajustes elétricos dos bancos dianteiros facilitam achar a melhor posição e eles trazem aquecimento e refrigeração. A suspensão absorve bem as irregularidades do piso, mas lombadas mais altas incomodam um pouco. O espaço é farto e os estofados recebem extremamente bem seus passageiros. Nota 8. Tecnologia – A segunda geração do modelo surgiu há cinco anos e o motor passou por uma modernização recentemente. Entre os itens de série, estão assistente de frenagem autônoma com

detecção de pedestres, piloto automático adaptativo com “stop & go”, sistema de estacionamento automático, cintos de segurança traseiros infláveis, sistema de monitoramento de ponto cego, sistema de monitoramento de faixas, sistema de detecção de cansaço do motorista, monitoramento de pressão individual dos pneus no cluster, controle de estabilidade e tração e um moderno sistema multimídia, o Sync 3. Além disso, há oito airbags escondidos na cabine. Nota 9. Habitabilidade – Os acessos são bons, com portas bem amplas. Mas passageiros mais altos podem estranhar a altura do modelo. O teto solar ajuda a aumentar ainda mais a sensação de espaço no interior e o porta-malas carrega 453 litros. Nota 8. Acabamento – É bem difícil achar uma superfície que não seja agradável ao toque. O couro é aparentemente de boa qualidade, os encaixes, precisos, e a opção de revestimento claro cria um contraste interessante no habitáculo. Não chega a ser uma cabine propriamente luxuosa, mas há um refinamento bem adequado para um sedã médio-grande. Nota 8. Design – O visual do Fusion já não é mais uma novidade e as alterações estéticas promovidas no face-lift recente foram extremamente sutis. Os conjuntos óticos foram atualizados, assim como a grade trapezoidal, que agora traz uma nova moldura. As ponteiras com acabamento em aço inox contribuem para uma imagem esportiva. Nota 8. Custo/benefício – O Fusion 2.0 Titanium AWD já se destaca no Brasil pela tração integral, algo que não se vê nos sedãs médios-grandes das marcas generalistas. Além disso, sua lista de itens de série inclui equipamentos de segurança interessantes. O preço de R$ 158.700 se posiciona até abaixo de concorrentes como o Volkswagen Passat Highline – que sai a R$ 177.432 sem teto solar – e o Honda Accord, a R$ 162.500. Pelo que tem e a faixa de preço em que atua, a versão topo de linha do Fusion é até capaz de arrebatar clientes de configurações mais baratas dos sedãs de entrada de marcas premium. Nota 8. Total – O Ford Fusion 2.0 Ecoboost Titanium AWD obteve 80 dos 100 pontos possíveis.


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Honda PCX domina o mercado de scooter no Brasil com charme e praticidade

MotoMundo

Personagem urbano

POR Eduardo Rocha AUTO PRESS

Aos poucos, a Honda PCX 150 vai quebrando a resistência dos motociclistas brasileiros e modificando a cara do trânsito nas grandes cidades. Quando foi lançada, em 2013, o total de vendas das diversas marcas e modelos de scooters no Brasil girava em torno de 35 mil unidades por ano, ou 2,3% do total do mercado. Em 2016, a PCX sozinha representou 2,2% do mercado total de duas rodas. Nesse meio tempo, as vendas de motocicletas caíram um terço aproximadamente – de 1,5 milhão para menos de 1 milhão de unidades por ano. Mesmo neste cenário, a PCX resistiu. Em 2014, emplacou 19.560 unidades. Em 2015, 22.898 e em 2016, 22.539. Uma estabilidade impressionante diante das circunstâncias. Na listagem de modelo mais vendidos, a PCX fechou 2014 em 13º lugar. Em 2016, subiu ainda mais no ranking e ficou na 9º colocação. Há bons motivos para a PCX ter um desempenho tão impactante. A scooter da Honda aposta em uma imagem moderna e luxuosa. Foi atrás dessa sofisticação que a Honda apresentou na linha 2017 a versão DLX com pintura em marrom escuro perolizado com banco e detalhes em marrom claro. Essas características de refinamento aparecem também no farol em led, no sistema start/stop e no acabamento bem-cuidado. Além, é claro, das vantagens inerentes a uma scooter, como o fato de serem mais confortáveis, disporem de escudo frontal que protege os ocupantes tanto da chuva quanto em pequenas colisões e ainda tem por ta-trecos onde cabe um capacete fechado e mais alguns pequenos objetos. Sob o banco, a PCX acomoda 25 litros de carga. Mecanicamente, a PCX não traz nenhuma característica muito inusitada e valoriza a confiabilidade, característica da marca. Sob a carenagem, o motor de 149,3 cc com um cilindro tem comando simples no

cabeçote e arrefecimento líquido. Ele trabalha apenas com gasolina e rende 13,1 cv a 8.500 rpm e 1,36 kgfm a 5 mil giros e é gerenciado por uma transmissão do tipo CVT. O chassi tubular é em monobloco, para aumentar a rigidez torcional da scooter. Ela trabalha com uma suspensão dianteira telescópica com 100 mm de curso e um sistema bichoque traseiro com curso entre 79 e 85 mm, depen-

dendo da regulagem. As rodas têm aro 14 e a altura do assento é de 76 cm. Esses atributos tornam a PCX bem ajustada para uso urbano, de preferência em asfalto de boa qualidade. É nesse sentido também que o propulsor conta com dois sistemas que ajudam na redução de consumo. O primeiro é o Idling Stop System – algo como sistema de parada em marcha lenta –, que desliga

o motor três segundos após se nivelar em marcha lenta. Para tornar a reignição mais rápida, um gerador ligado diretamente ao virabrequim funciona também como motor de arranque. O outro é o Enhanced Power Smart – ou gerenciamento inteligente de potência –, que faz com que o câmbio CVT alongue ao máxima a relação para baixar a rotação do motor sempre que o veículo mantiver uma

velocidade constante. Os dois recursos conseguem reduzir o consumo em cerca de 7%. O bom desempenho da PCX trouxe algumas consequências para o mercado de scooter. Uma delas foi avivar o interesse de concorrentes. Caso da Yamaha, que lançou a N-Max 160, com motor ligeiramente mais forte, mas com preço mais alto e sem o mesmo nível de

acabamento do modelo da Honda. Outro efeito colateral foi o fim da produção da primeira scooter nacional da Honda, a Lead 110, principalmente por conta da pequena diferença de preço entre as duas e a demanda bem superior da PCX – que acabou concentrando todas as vendas da marca no segmento de scooters de baixa cilindrada. Típico pragmatismo de épocas de crise.


Autotal

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Enfim, aqui A BMW anunciou a chegada do novo Série 3 Gran Turismo ao mercado brasileiro. Em versão única, o 320i Sport GT está disponível por R$ 199.950. Por fora, o modelo recebeu novos faróis e lanternas com diferentes arranjos das luzes em led. O para-choque recebeu novos contornos, o que contribuiu para um apelo visual ainda mais esportivo. Na traseira, um spoiler ativo se eleva automaticamente quando a velocidade de 110 km/h é atingida, com o objetivo de melhorar a estabilidade. O interior recebeu mudanças como a adoção de materiais em alumínio escovado no entorno do painel e molduras em aço e revestimento em preto brilhante no entorno dos comandos do rádio e do ar-condicionado. Outros itens que incorporam o novo Série 3 Gran Turismo são câmera de ré, ar-condicionado digital, bancos esportivos com ajustes elétricos e memória, controlador de velocidade, sensores de estacionamento dianteiro e traseiro, sensor de chuva, acendimento automático dos faróis, seis airbags, controle de tração e de estabilidade e central multimídia com tela de 8,8 polegadas, GPS com visualização tridimensional, disco rígido de 20 Gb e serviço de concierge.

Pintando o sete

O X da vez A segunda geração do Volvo XC60 é a grande novidade da marca sueca para o Salão de Genebra 2017. Com quase um milhão de unidade vendidas no mundo, o novo modelo sofreu alterações significativas na carroceria com a adoção de uma nova plataforma modular e agora conta com novas opções de motor a gasolina, a diesel e híbrido. Além dessas mudanças, o novo XC60 foi recheado com o pacote de sistemas de segurança, que inclui sensores de tráfego contrário, monitor de ponto cego, que interfere na direção para evitar colisão em mudanças de faixa, e assistência para condução semiautônoma – que acelera, freia e conduz a viagem em velocidades de até 130 km/h. Debaixo do capô do XC60, a Volvo disponibiliza uma gama de cinco de motores de quatro cilindros. Dois deles são a diesel, com 190 cv e 235 cv. Os dois propulsores a gasolina têm potência de 254 cv e 320 cv. Para a versão de topo T8 híbrida, a marca sueca implantou um conjunto formado por um trem de força 2.0 litros a gasolina com um elétrico que, juntos, são capazes de gerar 407 cv e fazem o SUV acelerar aos 100 km/h, partindo da imobilidade, em 5,3 segundos.

Devidamente apresentado A Mercedes-Benz revelou oficialmente no Salão de Genebra o AMG GT Concept, um protótipo de cupê com quatro portas que tem como principal adversário o Porsche Panamera. Visualmente, o conceito mostra faróis modernos que mudam de coloração e lanternas que reproduzem efeito em três dimensões. Em vez de retrovisores externos, o carro dispõe de câmaras de monitoramento de espaço e ponto cego. O AMG GT Concept antecipa que o futuro carro da Mercedes terá motor biturbo de oito cilindros de 4.0 litros associado a um elétrico localizado na parte traseira. Essa combinação distribui às rodas uma potência total de 805 cv através de um sistema de tração integral. O zero a 100 km/h é feito em menos de três segundos.

Mais um na briga A Audi exibiu no Salão de Genebra o conceito Q8 Sport. O modelo já aparenta estar com linhas mais próximas da versão final de produção em relação a quando foi mostrado no Salão de Detroit, em janeiro. O Q8 Sport deve posicionar a Audi na disputa pelo mercado de crossovers com estilo de cupê, como BMW X6 e Mercedes-Benz GLE Coupé. O propulsor do conceito é híbrido, formado pela combinação de um seis cilindros biturbo de 3.0 litros e 446 cv com um elétrico de 30 cv. Essa mistura faz com que o carro tenha potência total de 476 cv e 71,3 kgfm de torque, e permite um zero a 100 km/h em 4,7 segundos. O motor elétrico, que também trabalha como alternador e fornece energia o sistema elétrico do carro, tem sua alimentação através de uma bateria de íons de lítio montada abaixo do porta-malas. Segundo a Audi, o Q8 Sport pode rodar até 1.200 km com um tanque de 85 litros de combustível.


8 Segunda . 13 de março de 2017

Business Lounge, criada pela Brabus, esbanja conforto e soluções tecnológicas para passageiros

TransMundo

Van dos sonhos

por Victor Alves Auto Press

A preparadora de veículos Brabus apontou sua mira para o transporte executivo de passageiros e baseou sua nova cri ação na van Mercedes-Benz Vito. O modelo recebeu severas modificações para proporcionar luxo e muita comodidade. Trata-se da Brabus Business Lounge, um veículo que se afasta das criações regulares da marca – voltadas para o mercado de esportivos – e se aproxima do requinte e tecnologia em termos de conveniência. O modelo está em exposição no Salão de Genebra, na Suíça, que vai dos dias 9 a 19 de março, e estará disponível para o Brasil em breve de acordo com a Strasse – representante Brabus no País. O visual da Business Lounge é agressivo e imponente. As modificações externas incluem um conjunto de exclusivas rodas de 19 polegadas, soleiras laterais, entradas de ar, spoilers dianteiro e traseiro, para-choques novos e quatro ponteiras cromadas no escapamento. Por dentro, o grande triunfo da Brabus Business Lounge. O interior da van foi totalmente modificado para aumentar o conforto e sensação de luxo dos ocupantes. Os assentos são completamente ajustáveis, tanto para sentar quanto para deitar, e podem ser controlados através de um painel com tela sensível ao toque. Entre os mimos, estão um frigobar, uma cafeteira, um espaço dedicado a bar e porta-copos. Para aumentar a privacidade dos passageiros, uma função controlada eletronicamente pelo painel permite escurecer ou clarear os vidros, o que evita o uso de cortinas nas janelas.

Além de conforto, a van também dispõe de uma ampl a gama de recursos tecnológicos. No compartimento dos passageiros, há uma TV de 40 polegadas integrada ao sistema Apple TV, com possibilidade de sincronizar tablets, smar tphones e note-

books. Uma rede wi-fi para acesso à internet via 4G também é disponibilizada para quem viaja no carro, além de um console Sony PlayStation 4 Pro. Para dar movimento à van, a Brabus retrabalhou o motor da Mercedes-Benz Vito para

elevar seu desempenho. Originalmente, o trem de força de quatro cilindros a diesel tem potência de 190 cv. Mas, com o trabalho dos engenheiros da preparadora, a cavalaria saltou para 235 cv – um aumento de quase 24% na potência – e o torque ficou na casa

dos 52 kgfm. De acordo com a Brabus, a Business Lounge é capaz de fazer o zero a 100 km/h em 8,8 segundos e atinge uma velocidade máxima de 210 km/h. Apesar de ter confirmado a chegada da van no Brasil, a representante da marca Brabus ainda

não divulgou o preço do modelo por aqui. Porém, lá fora, a preparadora disponibiliza a Business Lounge em versão completa por 298 mil euros – aproximadamente R$ 980 mil, em conversão direta.


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