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Elegância robusta

Sant’Ana do Livramento, SEGUNDA-FEIRA, 27 de março de 2017, Edição 1602 - Publicação semanária

AUTOPERFIL

TESTE

MOTOMUNDO

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Autoperfil

Ponto de acesso Fiat Uno Attractive entrega bom recheio e motor eficiente no consumo e no desempenho POR Márcio Maio - AUTO PRESS

A

s versões de entrada dos hatches compactos ganharam cada vez mais valor ao longo dos anos. Se antes elas vinham “peladas” e costumam ser atraentes para concessionárias lucrarem com a venda de acessórios para os modelos, a exigência crescente dos consumidores, aliada à grande concorrência que se instaurou com a proliferação de novas marcas no Brasil, fez com que essas configurações recebessem mais atenção das marcas. O Fiat Uno Attractive é um bom exemplo: traz equipamentos suficientes para garantir algum conforto aos passageiros e ainda entrega um motor moderno e alinhado à política

Jornal da Semana Publicação semanária publicada pela JB Empresa Jornalística Ltda. CNPJ: 73752180/0001-31

de eficiência energética que anda ganhando força nas fabricantes automotivas nos últimos anos. O motor Firefly 1.0 tem duas válvulas por cilindro, ao contrário de motores 1.0 de três cilindros de rivais como Volkswagen, Ford, Hyundai e Nissan, que têm quatro válvulas por cilindro. O novo propulsor utiliza um sistema que leva parte dos gases do escape a recircularem na câmara de combustão quando a potência não é solicitada, o que economiza combustível. Isso é feito através do eixo de comando com variador de tempo de abertura, que pode atrasar ou adiantar o movimento das válvulas. São 72 e 77 cv com gasolina e etanol no tanque e torque de 10,4 e 10,9 kgfm nas mesmas condições. De acordo com o InMetro, o novo trem de força deixou o Uno Attractive 10% mais econômico. Outra evolução está na opção de controle de estabilidade e tração e assistência de partida em rampa, um bom diferencial na categoria. O hatch passou por um face-lift em setembro do ano passado, quando recebeu nova grade – com um desenho Direção Antônio Badra Kamal Badra Diagramação Jonathan Almeida

que o aproxima, visualmente, do subcompacto Mobi. O para-choque dianteiro também mudou, mas sutilmente. Por dentro, novos grafismos no quadro de instrumentos com display LCD de 3,5 polegadas em alta resolução e central multimídia opcional tiram completamente qualquer ar de variante de entrada, assim como o volante multifuncional com botões que acessam funções de som e telefone. De fábrica, o carro já sai bem equipado. Traz ar-condicionado, direção elétrica, brake light e sinalização de frenagem de emergência, faróis de neblina, computador de bordo, vidros elétricos dianteiros com one touch e antiesmagamento e trava elétrica nas portas com acionamento automático a 20 km/h. O preço parte de R$ 42.680. Mas os opcionais contemplam rádio com bluetooth, retrovisores elétricos e até controles eletrônicos de estabilidade e tração e assistente de partida em rampas, por mais R$ 3.805. Desta forma, o preço pula para R$ 46.485. Valor que ainda o deixa em vantagem em relação aos concorrentes.

Impressão Gráfica Jornal A Plateia Noticiário Auto Press® editado pela Carta Z Notícias Ltda - Rio de Janeiro/RJ Rua Almirante Barroso 358, esquina rua Uruguai

Cep: 97.574-020 E-mail: jornal.semana@terra.com.br Fone/fax: Redação: (55) 3242 2939 Circulação: (55) 3242 5533 Comercial: (55) 3242 5654 Sant’Ana do Livramento-RS/Brasil


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Impressões ao dirigir Com emoção A mudança de motor na versão de entrada do Fiat Uno fez muito bem ao hatch. O propulsor 1.0 Firefly entrega 72/77 cv e 10,4/10,9 kgfm com gasolina/etanol, sendo o torque máximo disponibilizado em 3.250 rpm. Mas, na verdade, seu comportamento parece superior aos dados da ficha técnica. O compacto se mostra enérgico bem antes disso, até mesmo em subidas. Nem de longe lembra a lentidão típica do antigo motor Fire. As rolagens de carroceria até aparecem, mas são extremamente sutis e, de maneira geral, o hatch mantém bom equilíbrio em curvas, mesmo em velocidades elevadas. O carro não esboça esportividade, mas está longe de apresentar falta de força. Arrancadas, ultrapassagens e retomadas são feitas com alguma tranquilidade e sem que seja necessário reduzir demais a marcha. Também não é preciso aliviar demais o pedal do acelerador para alcançar a economia indicada nos testes realizados pelo InMetro. O instituto aferiu médias de 9,2/10,4 km/l na cidade/estrada com etanol e 13,1/15,1 km/l nas mesmas condições com gasolina no tanque. Outro ponto positivo é que não há muita vibração no habitáculo, algo comum em motores de três cilindros. Até o acabamento, mesmo simples, não faz feio frente à concorrência do segmento. Aliás, até se destaca, por se tratar de uma configuração de entrada. Tudo é bem localizado, de uso intuitivo e leitura fácil. Não chega a ser um habitáculo espaçoso, mas também não traz grandes apertos quando se roda com quatro ocupantes no veículo.

Ficha técnica Fiat Uno Attractive

Motor: Gasolina e etanol, dianteiro, transversal, 999 cm³, três cilindros em linha, duas válvulas por cilindro e comando simples no cabeçote com tempo de abertura de válvulas variável. Injeção multiponto e acelerador eletrônico.

Potência: 72/77 cv com gasolina/etanol a 6.250 rpm. Torque: 10,4/10,9 kgfm com gasolina/etanol a 3.250 rpm. 0-100 km/h: 12,6/12,2 segundos com gasolina/ etanol. Diâmetro e curso: 70,0 mm X 86,5 mm. Taxa de compressão: 13,2:1. Velocidade máxima: 153,7/157 km/h (Gasolina/ etanol). Transmissão: Manual de cinco marchas à frente e uma a ré. Tração dianteira. Suspensão: Dianteira independente do tipo McPherson, braços oscilantes inferiores transversais e molas helicoidais. Traseira com barra de torção e rodas semi-independentes, amortecedores hidráulicos e molas helicoidais. Oferece controle eletrônico de estabilidade. Pneus: 175/65 R14. Freios: Discos sólidos na frente e tambores atrás. Oferece ABS com EBD de série. Carroceria: Hatch em monobloco com quatro portas e cinco lugares. Com 3,81 metros de comprimento, 1,64 m de largura, 1,48 m de altura e 2,38 m de distância entre-eixos. Airbags frontais de série. Peso: 920 kg. Capacidade do porta-malas: 280 litros. Tanque de combustível: 48 litros. Produção: Betim, Brasil. Itens de série: Alertas de limite de velocidade e manutenção programada, ar-condicionado, computador de bordo, conta-giros, desembaçador e limpador do vidro traseiro, direção elétrica com modo city, faróis de neblina, volante multifuncional, pneus de baixa resistência e travas e vidros dianteiros elétricos. Preço: R$ 42.680.


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TESTE

Aposta segura

Para preservar a liderança entre os sedãs, Toyota Corolla apresenta “face-lift” e aprimora a segurança na linha 2018 LUIZ HUMBERTO MONTEIRO PEREIRA - AUTO PRESS

As credenciais são inconfundíveis: lançado há 50 anos, é o automóvel mais vendido de todos os tempos, com mais de 44 milhões de unidades comercializadas em quase 150 países. Chegou como importado ao mercado brasileiro em 1992, na sua sétima geração. Em 1998, a oitava geração começou a ser fabricada na cidade paulista de Indaiatuba. Há alguns anos é o sedã médio mais vendido no Brasil, onde atualmente, em sua 11a geração, emplaca mais de 40% das vendas no segmento. De quebra, ajudou a Toyota a ser a única marca a ampliar suas vendas no Brasil em 2016 em relação a 2015. Um dos segredos do sucesso do Corolla é evoluir de forma gradual para não assustar seu público mais fiel, afeito ao tradicional conservadorismo estilístico do modelo e à notória confiabilidade de seu conjunto mecânico. Na linha 2018, a Toyota mais uma vez repete a fórmula. O sutil “facelift” nos faróis, grade e lanternas do sedã foi acompanhado de alguns aprimoramentos tecnológicos importantes, como adoção do controle de estabilidade e tração, assistente de subida e sete airbags. E a antiga série especial XRS, lançada em 2012, foi reeditada e se tornou uma versão esportiva, intermediária entre a XEi e

a “top” Altis. Lançado no Brasil há exatos três anos, o Corolla de décima-primeira geração mantém os mesmos motores herdados da décima geração. O motor 1.8 Dual VVT-i 16V DOHC Flex, de 144 cv e 18,6 kgfm, equipa a versão mais básica GLi, com câmbio manual de seis velocidades ou acoplado ao câmbio CVT que reproduz sete velocidades nos modos Drive e sequencial, por meio de trocas na alavanca de transmissão. Já o 2.0 Dual VVT-i 16V DOHC Flex de 154 cv e 20,7 kgfm move as versões XEi, XRS e Altis, sempre auxiliado pelo mesmo câmbio CVT, só que incrementado com a possibilidade de trocas de marchas manuais no modo sequencial, tanto na alavanca do câmbio quanto por meio de borboletas localizadas atrás do volante. Estas três versões do sedã possuem a tecla “Sport Mode” que altera o gerenciamento da transmissão e proporciona um comportamento dinâmico mais esportivo. Agora, o Corolla passa a estar disponível em seis versões: GLi 1.8L manual; GLi 1.8L e GLi 1.8L Upper com câmbio CVT; XEi, XRS e Altis, todas com motor 2.0 e CVT, com trocas de marchas sequenciais na alavanca ou nas borboletas atrás do volante. As alterações na dianteira se concentraram nos faróis e grade, que foram discretamente reestilizados e estão mais afilados. O novo conjunto ótico dianteiro recebe faróis de halogênio nas versões GLi e XEi, e de leds, com nivelamento automático, nas versões XRS e Altis. As lanternas com luzes diurnas DRL estão disponíveis a partir da versão XEi, e todas contam com lanternas dianteiras com luz de posicionamen-


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Motor 2.0: Etanol e gasolina, dianteiro, transversal, 1.986 cm³, quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro, comando duplo no cabeçote e duplo comando variável de válvulas. Acelerador eletrônico e injeção eletrônica multiponto sequencial. to em leds. Os cantos do para-choque ganharam vincos aprofundados. Na traseira, as lanternas agora são de leds em toda a linha e ganharam nova disposição das luzes. Luzes traseira, de freio e de neblina estão na parte inferior e a barra cromada ficou mais fina. Luzes de ré e de seta agora têm um tom escurecido. A partir da versão XEi, o Corolla incorpora também a antena no estilo barbatana de tubarão e rodas de liga leve de 17” - GLi mantém o aro 16” anterior. Já a versão XRS agrega aerofólio traseiro, saias esportivas, ponteira do escapamento cromado e o emblema XRS na tampa do porta-malas. Por dentro, outras inovações pontuais. As versões GLi Upper e XEi trazem acabamento em couro na cor cinza; a XRS, em couro exclusivo na cor preta; e a topo de linha Altis, na nova cor linho claro. Os difusores do ar-condicionado ganharam formato arredondado e, a partir da XEi, têm acabamento cromado. No Altis, o botão da alavanca do freio de estacionamento e as maçanetas das quatro portas também são cromados. Os painéis de instrumentos receberam alterações gráficas. Na versão GLi, a zona de informação é composta por um grande círculo central que indica a velocidade, ladeado por dois menores: conta-giros à esquerda, e indicador de combustível e temperatura à direita. Um display de cristal líquido, localizado abaixo do mostrador de velocidade, reúne as informações do computador de bordo. Os comandos do ar-condicionado são manuais e o sistema de som conta com conexão Bluetooth e entradas auxiliares. Já nas versões XEi, XRS e Altis, o painel de instrumentos traz dois grandes círculos: o esquerdo reúne o conta-giros e o termômetro do motor; o direito, o velocímetro e o indicador de combustível. No centro, uma tela de TFT de 4,2”, agora colorida, exibe diversas informações sobre a condução, em projeção tridimensional. Nessas versões, o sistema multimídia Toyota Play ganhou tela de LCD de 7” sensível ao toque. O ar-condicionado dual zone, de série na versão Altis, também é inédito na linha. Mas as novidades mais expressivas da linha 2018 do Corolla não são visíveis. As principais têm a ver com segurança, caso da adoção - de série em toda a linha - de sistemas como controle de estabilidade e tração, assistente de subida e sete airbags - frontais, laterais, de cortina e de joelhos para o motorista. Para que o balanço entre conforto e estabilidade fosse mantido com as novas rodas aro 17”, os engenheiros da Toyota desenvolveram nova calibração dos amortecedores dianteiros e traseiros e elevaram a suspensão em 5 mm. Com a alteração na suspensão, o software do módulo de controle da direção elétrica também foi recalibrado. As boas vendas do Corolla no Brasil nunca foram baseadas em preços baixos - normalmente, os valores cobrados ficam ligeiramente acima dos principais concorrentes. Segundo a Toyota, é a confiabilidade da marca que ajuda a tornar a relação custo/benefício do sedã mais atraente. Na linha 2018, os preços do Corolla vão dos R$ 69.690 da básica GLi 1.8 manual aos R$ 114.990 da topo de linha Altis. A versão intermediária XEi - tradicionalmente a mais vendida - começa em R$ 99.990. E a “novata” XRS é oferecida por R$ 108.990 e está disponível apenas nas cores branco polar e preto eclipse.

Ficha técnica Toyota Corolla 2018 Motor 1.8: Etanol e gasolina, dianteiro, transversal, 1.798 cm³, quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro, comando duplo no cabeçote e duplo comando variável de válvulas. Acelerador eletrônico e injeção eletrônica multiponto sequencial. Transmissão: Automática do tipo CVT com sete relações pré-determinadas à frente e uma a ré nas versões Altis, XRE e XEI, ou manual de seis velocidades na versão GLi. Tração dianteira. Controle eletrônico de tração. Potência máxima: 154 cv no motor 2.0 e 144 cv no motor 1.8, ambos 100% abastecidos com etanol. Torque máximo: 20,7 kgfm a 4.800 rpm no motor 2.0 e 18,6 kgfm a 4 mil rpm no motor 1.8, ambos abastecidos 100% com etanol. Aceleração de 0 a 100 km/h: Não divulgado. Velocidade máxima: Não divulgado. Diâmetro e curso: Motor 2.0 - 80,5 mm X 97,6 mm. Taxa de compressão: 12,0:1. / Motor 1.8 - 80,5 mm X 88,3 mm.

Taxa de compressão: 12,1. Suspensão: Dianteira independente do tipo McPherson com molas helicoidais e barra estabilizadora. Traseira com eixo de torção e barra estabilizadora. Oferece controle eletrônico de estabilidade. Pneus: 215/50 R17 nas versões Altis, XRE e XEI, e 205/55 R16 na versão GLi. Freios: Discos ventilados na frente e sólidos atrás. Oferece ABS com EBD de série. Carroceria: Sedã em monobloco, com quatro portas e cinco lugares. 4,62 metros de comprimento, 1,77 m de largura, 1,47 m de altura e 2,70 m de entre-eixos. Oferece airbags frontais, laterais e de joelho do motorista de série. Peso: 1.340 kg nas versões com motor 2.0 e 1.295 kg nas versões com motor 1.8. Capacidade do porta-malas: 470 litros. Tanque de combustível: 60 litros. Produção: Indaiatuba, São Paulo, Brasil.

Primeiras Impressões Entre o discreto e o notável São Paulo/SP - O trajeto escolhido pela Toyota para a apresentação do Corolla 2018 ligava o bairro de Vila Leopoldina, na Zona Oeste da capital paulista, ao Kartódromo Internacional Aldeia da Serra, em Barueri. A versão avaliada era uma intermediária XEi, que a Toyota imagina que continue a ser responsável por mais da metade das vendas. A cor, prata, também está entre as mais pedidas nas concessionárias. Nas retas e bem asfaltadas da periferia da capital paulista, como era de se esperar, o Corolla reiterou o conforto e boa estabilidade habituais. Mas foi na sinuosa pista de corridas de kart de Barueri que foi possível dar algumas voltas rápidas para avaliar a eficiência da principal novidade da linha 2018 do médio da Toyota: a adoção de controles eletrônicos de estabilidade e de tração. E o resultado dessa avaliação foi bastante positivo. A suspensão com eixo de torção na traseira, que pode ser considerada um tanto anacrônica quando comparada às multibraços adotadas por alguns concorrentes, é eficientemente assessorada pelos sistemas eletrônicos adota-

dos. Os novos pneus mais largos, 215/50 R17, também beneficiaram o aspecto dinâmico em trajetos sinuosos. O resultado é que o sedã se comporta de maneira exemplar nas curvas em alta, o que instiga um modo de direção mais esportivo. Algo que pouco combina com o aspecto ainda clássico do modelo, mesmo com o singelo “facelift”. Nas frenagens, mesmo sob chuva fina, o Corolla parou sempre de forma precisa, sem titubear. O câmbio automático do tipo CVT com sete marchas simuladas, acionáveis manualmente através de borboletas no volante, dá ao motorista a oportunidade de extrair mais diversão do motor 2.0 flex. Os 154 cv de potência máxima e o torque de 20,3 kgfm se tornam mais facilmente acessíveis com a utilização do modo manual. Embora o Corolla continue a não ter pretensões esportivas, os controles eletrônicos de estabilidade e tração permitem - e até estimulam - o motorista a imprimir um estilo mais abusado ao volante. Mas o objetivo primordial continua a ser oferecer conforto e confiabilidade. Afinal, trata-se do novo “bom e velho” Corolla.


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motomundo

Kawasaki Versys-X 300 tem proposta off-road e grandes chances de chegar ao Brasil em breve MÁRCIO MAIO - AUTO PRESS

POR Márcio Maio - AUTO PRESS

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s versões de entrada dos hatches compactos ganharam cada vez mais valor ao longo dos anos. Se antes elas vinham “peladas” e costumam ser atraentes para concessionárias lucrarem com a venda de acessórios para os modelos, a exigência crescente dos consumidores, aliada à grande concorrência que se instaurou com a proliferação de novas marcas no Brasil, fez com que essas configurações recebessem mais atenção das marcas. O Fiat Uno Attractive é um bom exemplo: traz equipamentos suficientes para garantir algum conforto aos passageiros e ainda entrega um motor moderno e alinhado à política

Na média da aventura

O mercado de duas rodas pode até seguir em má fase no Brasil. Mas tem crescido no cenário global e com atenção especial aos modelos de média cilindrada. Primeiro, porque aposta em clientes que estão começando no universo das motos. Mas também porque se situam entre os modelos de baixa e os de alta cilindrada, o que pode fazer com que clientes de qualquer um dos dois lados possam se sentir tentados a experimentar. A Kawasaki lançou no último Salão de Milão a Versys-X 300, uma aventureira que usa o mesmo motor da esportiva Ninja 300 e da naked Z300, ambas já encontradas no mercado nacional. E, por isso, já é grande a expectativa de que a marca japonesa promova o lançamento do modelo no Brasil em breve, embora ainda não haja uma confirmação oficial. Trata-se de um propulsor de dois cilindros e 296 cc, com refrigeração líquida. No modelo, no entanto, ao contrário do que acontece na Z300 e na Ninja 300, o motor passou por algumas alterações que priorizam o funcionamento em baixos e médios giros, favorecendo sua proposta off-road. A potência segue em 39 cv, mas aparece em 11.500 rpm – na Z300, é em 11 mil giros – e o torque máximo é de 2,6 kgfm em 10 mil rpm, 0,2 kgfm a menos que na Z300. De acordo com a fabricante nipônica, essas mudanças deixaram o trem de força mais eficiente, garantindo autonomia de cerca de 400 quilômetros com seu tanque cheio, capaz de armazenar 17 litros de gasolina. A transmissão é de seis velocidades. As semelhanças com as outras motocicletas de 300 cc da Kawasaki acabam aí. Chassi e suspensões precisaram ser feitos especialmente para a proposta aventureira do modelo, assim como seu visual. Na frente, a Versys-X 300 usa suspensão telescópica de 41 mm, enquanto atrás o sistema é composto por link inferior Uni-Trak, com amortecedor a gás e ajuste de pré-carga. Já os freios trazem disco de 290 mm na dianteira e disco de 220 mm, com pinça de duplo êmbolo nos dois eixos. O quadro é feito em aço de alta resistência e as rodas têm 19 polegadas na frente e 17 polegadas atrás. São 2,17 metros de comprimento, com 86 cm de largura e 1,39 m de altura. A distância ao solo é de 18 cm e o assento tem altura de 84,5 cm. Já o peso, em ordem de marcha, é de 168 kg – 170 kg quando com ABS opcional. Entre os acessórios, ficam disponíveis protetores de mãos, malas laterais, protetor de motor e faróis de neblina, entre outros equipamentos. O painel de instrumentos tem um tacômetro analógico central, ladeado por um indicador de mudança de marchas e tela LCD multifunções. A Kawasaki Versys-X 300 pode ter cor verde ou cinza e seu preço nos Estados Unidos é de US$ 5.400 sem ABS e US$ 5.700 com ABS, ou seja, cerca de R$ 16.680 e R$ 17.600, respectivamente. Uma Ninja 300 sem ABS custa US$ 5 mil lá, próximo a R$ 15.445. Aqui, o mesmo modelo parte de R$ 19.990. Caso a Kawasaki traga mesmo a Versys-X 300 para o Brasil, o mais provável é que a marca cobre algo em torno dos R$ 22 mil pelo modelo, se seguir a mesma lógica utilizada no mercado estadunidense.


7 Segunda . 27 de março de 2017

CFC SANTANENSE CENTRO DE FORMAÇÃO DE CONDUTORES

Transporte de bicicletas em veículos Emanuel Fajardo da Silva- Instrutor Prático

A Resolução 589/2016 do Contran estabelece novas normas para o transporte de bicicletas e cargas nas partes traseiras do veículo, permitindo a instalação de segunda placa em uma régua de sinalização. Havia muita incerteza sobre a aplicação da lei e a fiscalização do transporte de bicicletas na parte traseira do veículo. A antiga resolução já determinava que não se poderia obstruir a visibilidade da placa de identificação ou sinalização, mas a alternativa prevista para o caso do modelo do veículo ou da bicicleta cobrir parte da placa ou das sinaleiras (acoplar uma segunda placa na lataria do veículo) não resolvia o problema. A nova resolução vem para simplificar o transporte de bicicletas, bastando ao proprietário do veículo seguir alguns procedimentos para transitar com segurança e sem risco de multas. Para a fixação de uma segunda placa, o primeiro passo é dirigir-se até um Centro de Registro de Veículos Automotores (CRVA) do município onde o veículo está registrado. Importante que o equipamento (régua) já esteja instalado no veículo. O CRVA fará uma vistoria e emitirá a autorização para instalação de uma segunda placa de identificação. O proprietário deve, então, ir a uma Fábrica de Placas e tarjetas (FPT) credenciada, e solicitar a confecção da placa. Com a placa em mãos, o proprietário retorna ao CRVA para colocar o lacre da placa na régua. Para realizar o procedimento é necessário o pagamento da taxa de vistoria de identificação veicular (R$69,06 para veículos médios), mais o valor para a fabricação da placa, que não é tabelado pelo Estado, varia entre R$50 e R$80. Destaca-se que a régua emplacada somente poderá ser utilizada para o transporte de bicicletas no veículo correspondente. A régua não poderá ser utilizada, em hipótese alguma, em qualquer outro veículo. Regua de sinalização é acessorio com características físicas e de forma semelnate a um para-choque traseiro, podendo ter no minimo um metro de largura e no máximo a largura do veiculo, excluídos os retrovisores, e possuir sistema de sinalização paralelo, energisado e semelhante em conteúdo, quantidade, finalidade e funcionamento ao do veículo em que for instalado. Para o trasnporte de bicicletas no teto do veículo é importante frisar que, quando a bicicleta é transportada num suporte no teto do veículo, não se aplica o limite de altura 50 centímetros estipulado para as cargas transportadas nessa região, sendo tratada como exceção. Isso significa que é permitido levar a bicicleta “em pé”, fixada num trilho sobre o teto do veículo. Sobre o teto ou na parte traseira, o dispositivo destinado ao transporte de bicicletas deve trazer: a forma correta de instalação; o modo de fixação da bicicleta nele; a quantidade máxima de bicicletas transportadas; e os cuidados de segurança durante o transporte. As penalidades para quem não cumprir as regras variam de acordo com a infração praticada. De acordo com o artigo 230 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), conduzir o veículo sem uma das placas de identificação resulta em multa de R$ 191,54, perda de sete pontos, além de possibilidade de apreensão e remoção do veículo. Se a bicicleta se soltar e for arrastada, segundo o artigo 231 do CTB no inciso II, a multa aplicada será de R$ 293,47, perda de sete pontos e retenção do veículo para regularização. Transitar com dimensões de carga superiores aos limites estabelecidos (artigo 231, inciso IV) resulta em multa de R$ 195,23, perda de cinco pontos e retenção do veículo.


8 Segunda . 27 de março de 2017

transmundo

Além do tempo Apresentada em 2015 na Tailândia, nova geração da Nissan Frontier finalmente chega ao Brasil POR Márcio Maio - AUTO PRESS

Desde 2012, o segmento das picapes ganha um lançamento atrás do outro no Brasil. De uma hora para outra, as marcas perceberam o potencial de crescimento e apostaram alto na renovação de seus modelos – algumas até em projetos totalmente novos. Faltava a Nissan, que só agora colocou em jogo no Brasil a nova geração da Frontier. Novas tecnologias foram adotadas e um desenho que mistura traços de robustez e certa elegância marcam as principais inovações no modelo, que foi apresentado mundialmente na Tailândia em 2015 e desembarca agora no Brasil importado do México, apenas na versão de topo LE, por R$ 166.700. A 12ª geração do utilitário chega ao mercado brasileiro com novo motor diesel 2.3 com duplo turbo, mas que rende os mesmos 190 cv e 45,9 kgfm do antigo 2.5 utilizado, que pesava 10 quilos a mais que o atual. Os turbos trabalham em regimes de rotação do motor diferentes: o de maior pressão atua junto com o de menor no arranque e age até a rotação estabilizar. Nesse ponto, ele se desliga e deixa o de menor pressão sustentar o propulsor em velocidade de cruzeiro. Este motor trabalha em conjunto com uma nova transmissão automática de sete velocidades, com modo sequencial para trocas manuais. Os itens de segurança contemplam assistente de partida em subidas e descidas, sensor de estacionamento, luzes diurnas, faróis de leds, limitador de diferencial – que evita que as rodas patinem – e controles eletrônicos de estabilidade e de tração. De fábrica, a picape traz ainda sistema

multimídia com Nissan Multi-App, que tem 2 GB de espaço para baixar aplicativos diretamente para o equipamento, além de banco do motorista com ajustes elétricos, ar-condicionado digital de duas zonas com saídas traseiras e chave presencial – “mimos” que aproximam o interior do utilitário com caçamba ao de um SUV. Segundo a marca nipônica, a estrutura é mais resistente que a anterior, com chassi quatro vezes mais forte, mesmo mais leve e eficiente. A suspensão traseira, que antes era de feixe de molas, agora leva sistema multilink com molas helicoidais, que trabalha em conjunto com o eixo rígido. Na frente, segue braço duplo assistido por barra estabilizadora. O sistema de tração integral é acionado a partir de um comando no console central, abaixo dos comandos de climatização, à esquerda. Ali, é possível escolher entre o modo 4X2, 4X4 ou 4X4 com reduzida. Externamente, a dianteira se destaca pela aparência “musculosa” ressaltada nas laterais mais altas do capô. A grade está alinhada à assinatura “V Motion”, adotada em todos os últimos lançamentos da Nissan, e com faróis em formato de bumerangue. A altura do interior cresceu quase 9 centímetros, o que beneficiou principalmente os passageiros de trás. Já os bancos dianteiros trazem aquecimento em dois níveis de intensidade. O painel de instrumentos traz tecnologia TFT semelhante ao dotado no SUV Kicks. Além de poder visualizar as informações do tacômetro, por meio dos comandos localizados no volante, o motorista navega entre nove telas disponíveis, que mostram funções como computador de bordo, configurações do sistema de áudio e detalhes sobre consumo de combustível.

Transmissão: Câmbio automático com sete velocidades à frente e uma a ré. Tração 4X4 com bloqueio de diferencial traseiro mecânico. Oferece controle eletrônico de tração.


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