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ESPECIAL COOPERATIVISMO TERÇA-FEIRA, 31/07/2012 | DIÁRIO | ANO 2 | N° 390 CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM E REGIÃO SUL CAPIXABA

COOPERATIVAS CONSTROEM

UM MUNDO MELHOR

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cooperativismo

Esthério Colnago, presidente da OCB/ES

A ONU decretou 2012 como o ano internacional do cooperativismo. O que este reconhecimento representa para a OCB? A ONU reconheceu a verdadeira contribuição que o Cooperativismo dá não só para o Brasil, mas também e principalmente para o mundo. Ela reconheceu nosso poder de inclusão social, a geração de trabalho e renda que proporcionamos à sociedade e com isso nos tornamos importantes para o desenvolvimento econômico e social dos mais de 100 países onde o cooperativismo está presente. Para a OCB, esse reconhecimento nada mais é que uma força para que as cooperativas continuem acreditando no seu trabalho, mas acreditamos também que o Ano das Cooperativas não é 2012 e sim todos os anos que tem por vir, pois essa corrente não pode enfraquecer. Temos que fazer com que todos os anos sejam do cooperativismo, das cooperativas e de seus cooperados!

Quais seriam as principais conquistas nesses 40 anos de OCB? Nesses 40 anos foram muitas as conquistas que fizeram com que as cooperativas existentes hoje no ES sejam sólidas e fortes. É fundamental nosso trabalho de defesa e representação diante da sociedade, do mercado e do governo, pois somente com esse trabalho foi possível fazer com que o cooperado se sentisse parte do seu negócio e entendesse que ele é dono da cooperativa.

E não é um trabalho fácil, pois muitas vezes a culpa pelo sucesso ou insucesso de uma cooperativa cai nas mãos de seus presidentes e dirigentes, sendo que todas as decisões são e devem ser tomadas em conjunto. Mas hoje, graças ao trabalho não só da OCB/ ES e do SESCOOP/ES em conjunto, de representação e capacitação, os cooperados sabem a importância que têm e trabalham firme pelo sucesso e desenvolvimento das cooperativas.

Qual é o número de associados no Espírito Santo, destacando o sul do estado?

Nós temos hoje no ES, cerca de 198 mil cooperados e mais de 500 mil pessoas envolvidas no cooperativismo capixaba. E no sul do Estado somos extremamente bem representados por aproximadamente 40 cooperativas, entre elas a SELITA (mais antiga cooperativa do Estado), COOPSERRANA (Cooperativa com a maior frota do Brasil), UNIMED SUL CAPI-

»» O presidente do Sistema OCBSESCOOP/ES, Esthério Sebastião Colnago pontua nesta edição especial algumas questões sobre o cooperativismo no Estado e também no sul do Estado.

XABA, UNIODONTO SUL CAPIXABA, COOPERVIDAS, SICOOB SUL, CREDIROCHAS e muitas outras que nos dão orgulho. Aliás cada uma das 145 cooperativas do Estado, independente de seu tamanho, nos dá orgulho e faz com que tenhamos vontade de permanecer no setor e acreditar nos princípios, valores e doutrinas do cooperativismo.

Quais os efeitos que o fim do Fundap teve para o cooperativismo no Espírito Santo? E existe algum trabalho sendo feito em relação a isso?

O fim do FUNDAP, assim como o dos Royalties do petróleo causam um impacto muito grande na economia do Estado do Espírito Santo, não diretamente para o cooperativismo, mas para o Estado. Sendo assim, todos os municípios onde estão localizadas as cooperativas terão perda de receita e a prestação de serviços será de pior qualidade. Daí a presença das cooperativas se tornará ainda mais importante na criação e distribuição justa de trabalho e renda. As cooperativas poderão dar uma importante contribuição para diminuir o impacto negativo da falta dessas duas

fontes de renda para o Estado e seus municípios.

O que hoje a OCB contribui para o crescimento do cooperativismo no sul do Estado?

Hoje a OCB trabalha como Sistema OCB-SESCOOP/ES que alia a representatividade nos diversos órgãos político-financeiro do Estado ao serviço de aprendizagem ligado às pessoas ligadas ao cooperativismo.

Nós estamos presentes desde o momento da constituição até a colheita dos “louros”.

Nós assessoramos em questões jurídicas, damos capacitação, disponibilizamos técnicos preparados, auxiliamos na estruturação de eventos e na comunicação das 145 cooperativas registradas no ES. Independente se elas se encontram no norte ou sul do Estado, o Sistema está disponível para auxiliar cooperativas, cooperados e funcionários de todas as cooperativas do Estado.

Em resumo: o que o cooperativismo no sul do Estado representa para o crescimento do Espírito Santo?

O sul do Estado tem forte influência nesse processo, pois concentra quase 1/3 das coo-

perativas de todo o Estado e possui a cooperativa mais antiga do Espírito Santo! É visível o desenvolvimento econômico do Estado vindo do sul, pois os dirigentes, cooperados e colaboradores estão sempre presentes em nossas capacitações e com isso se tornam capazes de entrar no mercado de forma profissional e experiente. Além disso, o sul do ES é uma região que já respira o cooperativismo e por esse motivo fica mais fácil fazer a adesão de novos cooperados, fomentando assim o crescimento involuntário do cooperativismo no Espírito Santo e é claro, de sua economia de forma geral. As cooperativas de crédito são muito importantes no fomento da agropecuária, indústria e comércio da região sul. As cooperativas de saúde prestam serviços relevantes à população, diminuindo a demanda por serviços públicos. As agropecuárias criam oportunidades de diversificação, distribuindo a renda de forma justa e ajudando na divulgação de conhecimento. Enfim, o sul do Estado está muito bem servido pelas cooperativas que promovem o desenvolvimento e inclusão social com sustentabilidade. As cooperativas do sul são o orgulho do seu povo e as cooperativas são o orgulho dos capixabas.

Diretor Geral: Elias Carvalho; Gerente Comercial e Projetos: Marcella Paganotti; Contato comercial: Diego Gomes- comercialfolhadocaparao@gmail.com; Reportagem e Edição dos textos: Olívia Maria; Ilustração de capa: OCB/ES; Editor de criação e arte: Luan Ola; Colaborador: Vitor Rangel Cardoso; Publicidade: (28) 3521 7726

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ENTREVISTA

Enio Bergoli, secretário de Estado »» O secretário de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca, Enio Bergoli, conta nesta edição especial como o cooperativismo se desenvolveu nos últimos anos.

O cooperativismo está mais estruturado e avançou muito nos últimos anos principalmente no campo. Que ações da Seag ajudam o cooperativismo a crescer ainda mais no Espírito Santo?

O cooperativismo capixaba está reestruturado, profissionalizado e com credibilidade. Além disso, o sistema tem atuação nas principais atividades agrícolas geradoras de emprego e renda rural. A parceria do Governo do Estado com o cooperativismo contribui e muito no planejamento e na execução de vários programas coordenados pela secretaria da Agricultura, em áreas como crédito, fruticultura, café, leite, seringueira e aquicultura.

O Plano de Crédito Rural é concebido e implementado todos os anos em parceria com as cooperativas de crédito. Programas coordenados pela Seag como os Polos de Fruticultura, Renovar Café, Produtividade e Qualidade do Leite, Probores e Expansão do Camarão Gigante da Malásia somente avançam porque trabalhamos junto com o cooperativismo, numa parceria orientada para resultados e sem vaidades.

Qual a importância da ampliação do crédito das cooperativas, na vida dos pequenos agricultores do Espírito Santo?

A atuação das cooperativas avançou muito nos últimos anos e ganhou espaço em todas as áreas, inclusive no campo. O ramo cooperativo agropecuário, que envolve 36 cooperativas e aproximadamente 23,2 mil cooperados, e o de crédito são os que mais têm interface com o interior, com o espaço rural. Na área de crédito, o Sicoob/ES já se constitui num dos maiores repassadores de crédito rural no Espírito Santo e a disponibilidade de crédito é estratégia fundamental para o desenvolvimento de uma região, seja um país, um estado ou mesmo uma pequena comunidade rural do interior capixaba.

Trabalhamos com metas ousadas para que em quatro anos sejam realizadas cerca de 200 mil operações de crédito rural para a agropecuária capixaba.

Somente para este ano safra, que vai de julho de 2012 a junho de 2013, pretendemos aplicar R$ 2 bilhões de crédito rural no Espírito Santo.

No ano passado, as cooperativas de leite e café capixaba apresentaram um crescimento considerável. O que podemos apontar como causas desse crescimento?

A organização e os investimentos, sobretudo. O Espírito Santo é caracterizado por propriedades de pequena dimensão territorial. Mais de 92% dos estabelecimentos rurais capixabas têm área inferior a 100 hectares, onde predomina a agricultura

de base familiar e não há uma saída mais viável para os nossos agricultores familiares que não seja a compra conjunta de insumos e a venda de seus produtos de forma mais organizada. E esses benefícios e economias de escala só são possíveis por meio do cooperativismo, que une, que dá escala, que capacita e que dá competitividade a essa categoria de produtores. Ao agir individualmente esses pequenos produtores de café e leite, por exemplo, tendem a ser engolidos pelo mercado.

Quais são os programas desenvolvidos pela Seag voltados para a agricultura de base familiar?

Os agricultores familiares são o público alvo dos programas da Secretaria de Estado da Agricultura, justamente por serem mais dependentes de ações públicas para sua real inclusão e promoção social.

Com R$ 2,5 bilhões em investimentos para crédito rural, novas habitações, infraestrutura produtiva, comercialização, assistência técnica aos produtores e pescadores, acesso à terra e capacitação, o programa ‘Vida no Campo’ reúne as condições necessárias para promover benefícios diretos em todos os municípios capixabas em prol do desenvolvimento dos agricultores de base familiar. Além dele, temos atuação em pavimentação de estradas rurais municipais, que garante melhores condições para escoar a produção agrícola e melhorar o acesso das pessoas aos serviços essenciais de saúde e educação, e desenvolvemos a ampliação das redes elétricas em comunidades do interior, para mencionar mais ações. Como disse anteriormente, o agricultor familiar é prioridade e as principais ações da Seag são direcionadas para melhorar o dia a dia e as oportunidades na agricultura familiar, que está presente em 80% das propriedades rurais capixabas.

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AGRICULTURA

AGRICULTURA E AGRONEGÓCIO NO ESPÍRITO SANTO Com apenas 0,5% da área do território nacional, não é exagero afirmar que o Espírito Santo em termos de potencialidades agronômicas, ambientais e logísticas, representa a melhor síntese do Brasil. Terra de clima e geografia variados, vamos do mar à montanha em menos de 50 km e contamos com um litoral de 415 km, nosso Estado é reconhecido como região que apresenta uma agropecuária pluriativa e multifuncional e a atividade pesqueira e aquícola intensa.

Estimativas recentes dão conta de que são praticadas, comercialmente, mais de cem atividades agropecuárias e pesqueiras em área capixaba.

A agricultura familiar no Espírito Santo está presente em aproximadamente 67 mil estabelecimentos agrícolas (80% do total), gerando 202 mil postos de trabalho (64% do total do campo), e ocupando apenas 36% da área rural. A riqueza produzida pelo segmento é de R$ 2,5 bilhões, o equivalente a 44% da riqueza produzida por todo o meio rural capixaba.

Quando se soma as agregações em todos os elos das cadeias produtivas que têm como base a agropecuária, o setor passa a se de-

nominar agronegócio. Sob essa ótica, revelase como o segmento mais importante para 61 dos 78 municípios capixabas. Responde por 30% do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado, movimentando, anualmente, em torno de R$ 20 bilhões e empregando algo como um em cada três trabalhadores do Estado.

“O agronegócio é para o Espírito Santo proporcionalmente mais importante do que é comparativamente para o Brasil. Por isso, o setor é estratégico para promover o desenvolvimento equilibrado regionalmente, atendendo aos segmentos mais vulneráveis, focos estes prioritários na atuação do Governo do Estado”, destaca o secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli.

O café ocupa liderança histórica no setor, abarcando 500 mil hectares de área plantada, com produção em torno de 12,2 milhões de sacas beneficiadas em 2012. A atividade está presente em quase todos os municípios capixabas e responde por mais de 40% da renda agrícola.

Neste ano que se comemora 100 anos da presença do café Conilon no Espírito Santo, nosso Estado se consolida como o maior

produtor nacional da espécie e o segundo de cafés como um todo. Ele é ainda o maior produtor de pimenta rosa ou aroeira, segundo em pimenta-do-reino, mamão e coco verde; o terceiro de cacau e o quarto em produção de borracha, abacate e maracujá, sem esquecer os produtos orgânicos e agroecológicos.

A pecuária bovina, especialmente a de leite, evolui muito nos índices de produtividade e qualidade do produto, graças aos investimentos feitos no setor em melhoramento genético, alimentação mais eficiente do rebanho, capacitação do produtor e infraestruturas que conferem qualidade ao produto.

A fruticultura é estratégica para a diversificação produtiva. Aproveitando a vocação das terras e a diversidade de ambientes, o Governo do Estado desde 2003 investe na implantação e consolidação de Polos de Frutas. Já são 12 organizados no Estado e ainda em 2012 um novo polo, o de caju, será implantado nos municípios do Pedro Canário e Conceição da Barra.

Nas exportações do agronegócio capixaba, os destaques são celulose, café, açúcar,

carne bovina, chocolates, pimentas do reino e rosa, mamão papaya e gengibre, dentre outros. Em 2011, as divisas atingiram U$ 2,24 bilhões, um recorde histórico.

O estado possui boa logística e investimentos permanentes em infraestrutura no meio rural. Através de programas como ‘Caminhos do Campo’ e ‘Energia mais Produtiva’ até 2014 serão pavimentados mais 52 novos trechos com aproximadamente 438 km de estradas rurais e 90 localidades vão receber reforço na rede elétrica, permitindo a instalação de agroindústria e equipamentos para agregação de valor aos produtos primários agrícolas.

De 2011 a junho de 2012 os investimentos para a aquisição de caminhões, tratores, microtratores, resfriadores de leite, secadores e peladores de café e equipamentos em geral, e para a construção de centros de comercialização, galpões e outras edificações superou a casa dos R$ 13 milhões. E isso sem falar no ‘Vida no Campo’, que sozinho vai aplicar R$ 2,5 bilhões em crédito rural e investimentos ES diversas áreas para promover benefícios diretos em todos os municípios capixabas.

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desenvolvimento

SELITA – DESENVOLVIMENTO ATRAVÉS DO COOPERATIVISMO

»» A base principal para o sucesso da Cooperativa de Lacticínios Selita é o trabalho realizado através do Cooperativismo

Presidente da Selita, José Onofre São 73 anos fortemente presente na economia capixaba, com três mil cooperados e mais de 14 milhões de investimentos feitos nos últimos três anos. A Cooperativa de Lacticínios Selita é um exemplo de cooperativismo onde a união de seus associados faz toda diferença. Ser uma cooperativa contribui para a permanência do cooperado no campo, já que tudo é feito em benefício do produtor rural. O leite tem um valor melhor por não existir um atravessador, além da sobra que é dividida de acordo com a produção de cada associado seja ele grande ou pequeno. Segundo o presidente da Selita, José Onofre, o cooperativismo é um trabalho completo realizado com transparência e ética profissional, “Não existe um trabalho mais completo que o cooperativismo que é realizado com ética profissional, sem discriminar o cooperado tudo feito com muita transparência” disse José Onofre.

Dentro desse cenário atual do leite, a Selita tem criado ações diferenciadas, buscando novos caminhos para melhorar ainda mais a vida do homem no campo.

Um bom exemplo disso é o Projeto 120 – Mais Leite. Esse programa, que vai se solidificando e criando uma marca para a cooperativa, tem alcançado bons resultados e mostrado que um dos caminhos para o crescimento de todos passa pelo aumento da produtividade com incremento na qualidade dos animais e a melhoria das pastagens.

O projeto visa também evitar o êxodo rural mantendo o produtor de leite no campo com mais qualidade. A cooperativa de lacticínios Selita tem buscado

estimular cada vez mais os seus cooperados a produzirem leite com qualidade e produtividade. Com base na experiência que a Cooperativa já tinha com o trabalho desenvolvido em parceria com o SEBRAE (Educampo) e do Projeto Balde Cheio, proposto pela EMBRAPASudeste, decidiu-se que o Projeto 120 adotaria metodologia semelhante, que consiste no seguinte: os produtores são organizados em grupos de 20, cada um desses grupos conta com o acompanhamento de um técnico, cada propriedade recebe um dia por mês de dedicação do técnico e todo o trabalho é realizado de forma participativa, com envolvimento direto do produtor.

De acordo com, José Onofre, o projeto já funciona em quase todos os municípios da região sul, “O Projeto 120- Mais Leite já funciona em quase todos os municípios da região sul e está sendo implantado nas regiões mais distantes também como, por exemplo, no município de Afonso Cláudio que fica a 120km de Cachoeiro de Itapemirim” comentou o presidente.

Através do diagnóstico detalhado da propriedade, são identificados os pontos fortes e os fatores limitantes à produção de leite. A partir do diagnóstico, então, técnico e produtor elaboram um planejamento que contempla ações de curto, médio e longo prazos, de modo a atingir as metas econômicas, sociais e ambientais estabelecidas. A partir desse momento todas as atividades são monitoradas mês a mês e o desempenho avaliado por indicadores técnicos e financeiros que norteiam a adoção de medidas corretivas, se e quando necessário.

Os fatores que mais limitam o desenvolvimento da pecuária de leite no Estado do Espírito Santo são a alimentação deficiente e as características genéticas do rebanho, somados à baixa capacidade gerencial do produtor. Por isso, muito do esforço do Projeto está concentrado nestas três frentes.

Também segundo José Onofre o sucesso desse projeto desenvolvido através do cooperativismo pode ser avaliado por meio dos resultados alcançados na produção, já que, todo ano no período do frio o leite sofre uma queda e neste ano os associados envolvidos no projeto conseguiram manter a mesma quantidade de leite produzida ao mês, “Todo ano na época do frio o leite cai e esse ano com o

trabalho que estamos fazendo, até agora, conseguimos manter a mesma produção” disse José Onofre.

A Equipe Técnica responsável pela condução do Projeto 120 – Mais Leite é composta por profissionais selecionados criteriosamente, levando em conta o conhecimento técnico e a habilidade para o trabalho com este público. Todos eles foram treinados na EMBRAPA-Sudeste, em São Carlos/SP, com o Dr. Arthur Quinelato, criador e coordenador do Projeto Balde Cheio.

Este Projeto, embora tenha sido elaborado pela Selita, está sendo executado em parceira com outras instituições, as quais participam efetiva e diretamente das ações, com destaque para o SEBRAE-ES, OCB-ES/SESCOOP-ES, SENAR-ES, INCAPER e a EMBRAPA-Sudeste. Tem recebido ainda, o apoio das Prefeituras Municipais, do IDAF entre outras instituições.

Isso tem dado excelentes resultados, visto que de 70 cooperados participantes em 2010, hoje a Selita conta com 400 associados. Esse ganho na produção de leite fortalece o coo-

perativismo no sul do estado e resgata o vínculo dos produtores com seu habitat contribuindo para o aumento da produtividade do leite acompanhando as metas do projeto.

Histórias de produtores como do cooperado do município de Alegre, distrito de Araraí, João Batista que participa do Projeto 120 – Mais Leite mostra a importância dessa metodologia de trabalho proposta pela Selita, “O projeto chegou numa hora excepcional na minha vida, eu tinha acabado de perder meu pai e a nossa propriedade foi dividida, onde eu fiquei com 13 hectares e não sabia se iria conseguir me manter no campo. Foi quando aderi ao Projeto 120 – Mais Leite. E com as novas tecnologias consegui obter bons resultados, antes eu produzia 120 litros/ dia agora com auxilio da Selita esse número aumentou para 380 litros/ dia” comentou o produtor rural.

Este trabalho tem sido possível graças aos esforços da Selita e também o engajamento de instituições parceiras, que compreenderam os objetivos do projeto seja com recursos financeiros ou na oferta de técnicos especializados pontuando o cooperativismo no sul do estado como um trabalho que gera bons resultados.

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transportes

SERRANA – COMPROMISSO COM O DESENVOLVIMENTO SOCIAL E ECONÔMICO »» O trabalho realizado pela cooperativa Serrana está focado no desenvolvimento socioeconômico das regiões onde atua Atuando há dez anos no setor de transportes, em todo país, com filiais no Espírito Santo, Minas Gerais e Paraná, a Serrana hoje oferece além do transporte de cargas e passageiros, locação de veículos e auto posto. Desde 31 de março deste ano, a sede da empresa está situada em Cachoeiro de Itapemirim, onde anteriormente funcionava apenas uma base administrativa. A transferência da sede foi aprovada em unanimidade pelos cooperados durante uma assembleia extraordinária, realizada na sede da Serrana.

Com esta transferência, a cooperativa passou a contribuir mais com o município, com mais tributos. A movimentação bancária na cidade girava em torno de 30%, com a vinda da matriz para Cachoeiro passará para 90%.

Em relação a aquisição de veículos que a Serrana faz, a contribuição em impostos era 10%, agora será de 70% gerando mais divisa, receita e maior arrecadação também com as demais tributações.

Atualmente a Serrana conta com mais de 100 funcionários, aproximadamente 1.500 cooperados, sendo que 60% deste pessoal está dentro de Cachoeiro, um dos motivos que proporcionaram a transferência da sede.

Em 2011 a cooperativa fez cerca de R$ 12 milhões de investimentos. Para os próximos dois anos a expectativa é investir em torno de R$ 25 milhões em estrutura física e aquisição de veículos, o que deve gerar mais 100 empregos diretos no município e adesão de, no mínimo, 500 cooperados.

O trabalho da Serrana, como já é conhecimento de todos, está focado no desenvolvimento socioeconômico das regiões onde atua. Há comprometimento da cooperativa com a socialização de suas atividades, contribuindo para o crescimento das comunidades, melhorando assim a qualidade de vida.

A cooperativa apoia entidades sociais, eventos, realiza e participa de ações que incentivam o crescimento das regiões de atuação, entre outras ações.

Seguindo este crescimento, a Serrana também contribui de forma significativa com a arrecadação municipal, estadual e federal com o pagamento de diversos impostos, que em 2011, chegaram a quase R$ 4 milhões. Além disso, no ano passado, foram repassados mais de R$ 18 milhões aos cooperados.

No ano que reconhece o cooperativismo como um fator importante no desenvolvimento eco-

Lusmar Ferreira, Diretor Presidente da Serrana

nômico e social do país, o modelo de negócio se destaca no setor de transporte pelas vantagens que traz para autônomos e clientes, uma vez que todo caminhoneiro que se propõe a prestar serviços por meio da cooperativa passa a oferecer ao cliente o diferencial: segurança em contratar uma pessoa jurídica, onde o beneficiado final é uma pessoa física, o cooperado. Além disso, o preço do frete é acessível e todos os autônomos são instruídos pela cooperativa para prestar serviço de qualidade e ter educação no trânsito, passam por um treinamento profissional.

E diante das situações apresentadas, é possível afirmar que a Serrana está engajada no desenvolvimento proposto pelo Ano 2012, considerado pela Organização das Nações Unidas (ONU), o Ano Internacional das Cooperativas, que tem entre os objetivos contribuir com o crescimento global.

Dentro das propostas sugeridas pelo Ano 2012, está a inclusão de jovens no mercado de trabalho e

a Serrana, junto com outras cooperativas do Estado, já executa esta ideia, apoiando o Projeto Fojolico, que atende cerca de 150 jovens, entre 16 e 24 anos, em todo o Espírito Santo, com objetivo de formar jovens lideranças cooperativistas.

O Ano 2012 também sugere o incentivo à inclusão de mulheres na cooperativa. Nesta linha, a Serrana se destaca com 82 mulheres cooperadas, número considerado alto por se tratar de uma cooperativa focada, principalmente, em transportes, ramo onde é mais comum serem vistos homens atuando. Além disso, atualmente no quadro de funcionários da Serrana as mulheres são maioria, representando 59% dos contratados.

Contudo, a cooperativa contribui e participa das propostas sugeridas ao setor cooperativista, melhorando a qualidade de vida de muitos, pagando impostos e investindo em projetos que fazem a diferença. Este é o caminho traçado e que tem trazido bons resultados para a cooperativa.

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crédito e facilidades

SICOOB SUL – CRÉDITO E FACILIDADES PARA TODOS »» O presidente do Sicoob Sul Rubens Moreira comenta sobre os pontos positivos do setor cooperativista no sul do estado.

O Sicoob Sul nasceu há 21 anos, graças a determinação de 25 produtores rurais insatisfeitos com o sistema financeiro da época. A instituição financeira registrou grande crescimento no Estado, principalmente a partir de 2006. Nesse ano, as organizações, que antes só atuavam com crédito rural, foram transformadas em cooperativas de livre admissão.

Com isso, pessoas de todos os segmentos da economia passaram a poder ser sócias das cooperativas Siccob.

Com 18 mil cooperados e 14 filiais, a instituição financeira Sicoob Sul desempenha um papel importante na sociedade, com suplementos de recursos financeiros de produtos e serviços no meio rural e com mais de 70% dos negócios na área comercial. As pessoas hoje começaram a entender melhor a diferença entre a cooperativa e os Bancos, que são empresários em busca de lucro. Já com o cooperativismo não existe proprietário, todos os associados são os donos do negócio.

Dentro da cooperativa os associados têm o direito de votar e eleger o dirigente, também pode ser votado, participar de conselhos nas decisões da cooperativa e participar da elaboração de projeto social que julga importante na sociedade. Mas o grande diferencial é a distribuição das sobras feita ao final de cada ano entre os associados.

Outro ponto importante destacado pelo presidente foi o atendimento diferenciado que a cooperativa oferece ao seu cooperado.

O atendimento do Sicoob Sul alcançou 82% de aprovação entre os seus associados. O número foi apontado pelo Instituto Futura em uma pesquisa encomendada pela instituição financeira para medir a satisfação dos clientes. O percentual mostra que a cooperativa conquistou o nível de excelência quanto aos produtos e serviços prestados.

Segundo Moreira, um dos principais indicadores de expansão da instituição financeira é o crescimento do número de associados.

Atualmente 60% dos sócios do Sicoob vieram através da propaganda feita pelos próprios cooperados que indicam a instituição para um amigo, vizinho ou parente.

No Sicoob Sul o trabalho em conjunto rende bons frutos tendo como resultado o contentamento que também é cooperado. Um dos grandes indicativos de seu crescimento está no patrimônio líquido que chegou a R$ 74, milhões.

A instituição financeira captou R$159 milhões em depósito e aplicações, isso devido à confiança dos associados na cooperativa. Os recursos investidos na

Poupança Cooperada somaram R$38 milhões e no plano de previdência privada, o SicoobPrev, R$1.170 millhões.

Foram liberados 6.300 contratos de crédito que, juntos, somaram R$317 milhões em empréstimos. E o Capital Social do Sicoob Sul é R$37,8 milhões, o que rendeu R$ 3,7 milhões de juros divididos entre seus cooperados. Esse recurso equivale a remuneração pela Selic diária(taxa básica de juros da economia), limite máximo estabelecido pela Lei. Complementar 130/2009 que apresentou uma correção acumulada de 9,62% ao ano, em 2011.

O saldo médio acumulado na conta de deposito foi remunerado com taxa media de 0,72% ao mês, o que significa 8.59% ao ano.

Todos esses resultados do Sicoob Sul demonstram a boa atuação que a cooperativa tem no segmento de crédito, na captação de recursos que são investidos no sul do Estado, alavancando o desenvolvimento econômico local, tendo como meta principal oferecer oportunidades de financiamento para aquelas pessoas que muitas vezes os bancos não financiam, levando crédito com menos burocracia.

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cooperativismo

UNIMED SUL CAPIXABA – REFERÊNCIA DE COOPERATIVISMO DA REGIÃO SUL

A Unimed Sul Capixaba, fundada em 27 de dezembro de 1989, como Unimed Cachoeiro de Itapemirim, se instalou no sul do Estado com o propósito de fortalecer e valorizar a categoria médica. Na época, os fundadores perceberam a viabilidade de oferecer assistência médica privada na região, por conta da fragilidade dos serviços públicos de saúde. A assembleia de constituição contou com a participação de 32 médicos do município. Com o passar dos anos, novos cooperados foram se associando à cooperativa e a área de atuação foi se expandindo para outros municípios da região, motivo pelo qual, em 2001, a razão social foi alterada para Unimed Sul Capixaba.

Hoje, com 392 médicos associados, a cooperativa está presente em 30 cidades da região.

A escolha pelo cooperativismo se deu pela busca por um sistema organizado e democrático, justo e sustentável, baseado na união dos cooperados, que trabalham em prol do bem-estar de todos, fortalecendo a categoria médica e garantindo a oferta de serviços de saúde com elevada qualidade.

A aposta no sistema cooperativista fez a Unimed Sul Capixaba crescer de forma sustentável,

contribuindo, ao mesmo tempo, para o desenvolvimento da comunidade em que está inserida.

Com isso, desempenhou (e ainda desempenha) um papel importante na melhoria da medicina do sul capixaba e contribuiu para consolidar Cachoeiro como polo e referência em saúde.

Um dos grandes diferenciais da Unimed Sul Capixaba é ser a única operadora de planos de saúde da região que possui um hospital próprio.

Além disso, a maioria dos médicos da região sul é de cooperados da instituição. A cooperativa tem também ampla rede credenciada com laboratórios, clínicas e hospitais, contando hoje com uma estrutura que permite garantir aos clientes atenção integral à saúde e aos cooperados boas condições e oportunidades de trabalho. Além disso, faz parte do Sistema Unimed, a maior experiência cooperativista na área da saúde em todo o mundo e também a maior rede de assistência médica do Brasil, presente em 83% do território nacional, com 111 mil médicos e 18,5 milhões de clientes.

Ao longo de sua história a Unimed Sul Capixaba adquiriu uma estrutura completa e ampla rede própria. Hoje com 392 cooperados, gera mais de 600 empregos diretos e outros milhares,

indiretamente. Os resultados alcançados fazem toda a diferença. A cooperativa atualmente é a 80ª maior empresa do estado, sendo a 26ª maior no setor de serviços e a 3ª maior no ramo de planos de saúde.

A Unimed Sul Capixaba investe na gestão de pessoas, por isso, tem um alto nível de satisfação entre os colaboradores. Os investimentos feitos pela cooperativa direcionados a equipe são vários. Há um plano anual de capacitação que contempla todos os colaboradores com cursos e treinamentos, com objetivo de oferecer condições e meios para que cresçam profissionalmente e como cidadãos conscientes. Há também incentivos quanto a participação em ações voluntárias para ajudar as comunidades. Todas essas medidas contribuíram para a construção de um ótimo clima organizacional, que levou a Unimed Sul Capixaba nos últimos três anos ao seleto grupo das melhores empresas do país para se trabalhar. Em 2011, inclusive, a cooperativa ficou em primeiro lugar no segmento cooperativista.

Por todas essas razões, a Unimed Sul Capixaba é referência no sul do Estado, inclusive quando o assunto é responsabilidade socioambiental. Este ano, mais uma vez, a cooperativa conquistou o

Selo Unimed de Responsabilidade Social no estágio mais elevado dessa certificação, que a coloca entre as cooperativas médicas mais socialmente responsáveis do país.

O sucesso dessa cooperativa que cresce a cada dia na região define o sistema cooperativista como um modelo democrático, sustentável, que gera renda e promove inclusão social. E o sul do Estado só tem a ganhar quando reconhece e acredita na força do cooperativismo.

PEDRO SCARPI MELHORIM, presidente da Unimed Sul Capixaba

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TERÇA-FEIRA, 31/07/2012 CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM E REGIÃO SUL

ESPECIAL COOPERATIVISMO

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