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REGIÃO DO CAPARAÓ

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SEXTA-FEIRA, 08/06/2012

DIÁRIO | Ano 1 | n° 348 Cachoeiro de Itapemirim e Região Sul

Caparaó: um tesouro turístico sendo descoberto A Região do Caparaó, a cada ano, se estrutura mais para receber os turistas.

Seus municípios têm potencial natural para oferecer, diante de uma rica beleza natural, cachoeiras, mata atlântica, clima agradável, culinária típica, hospedagem rural, eventos culturais e a magia da Serra do Caparaó, a Montanha Sagrada do Brasil, onde fica o Pico da Bandeira. E com a chegada do inverno, começa a alta temporada para visitar a região. Vale a pena conferir e conhecer esse tesouro nacional.

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região do caparaó

O portal para o Pico da Bandeira fica em Dores do Rio Preto »» Enquanto investe em sua vocação para o Agro e o Ecoturismo, o município conserva seu patrimônio arquitetônico, além das belezas naturais da Serra do Caparaó

MARCOS FREIRE

marcosfolhadocaparao@gmail.com

Dentro de sua vocação turística, o município de Dores do Rio Preto apresenta referências importantes, como a Estrada Parque do Entorno da Serra do Caparaó, que está asfaltada em grande parte e liga sede do município a outros dois municípios. Dores também foi um dos primeiros a implantar o projeto Cama e Café, mas o principal atrativo é ser o local em que se encontra o portal de acesso ao Parque Nacional do Caparaó e ao Pico da Bandeira, mais precisamente no distrito de Pedra Menina.

A economia do município se basea na agropecuária ou nas pequenas atividades caseiras, como agroindústrias ou

produção de artesanato. Estas atividades têm agregado valor à vocação turística da própria Serra do Caparaó, com suas várias cachoeiras. E essa vocação rural apresenta serviços sem requintes, mas de qualidade, com hospedagem, alimentação, lazer, entretenimento e outros equipamentos, além de equipamentos que podem atender a turistas, visitantes e à comunidade local.

Dores do Rio Preto tem 147 km² de território e uma população que ultrapassa os 6 mil habitantes. A sede está localizada a 774 metros de altitude, sendo o segundo mais alto entre os municípios do Espírito Santo.

O clima é tropical de altitude, com chuvas regulares, tendo maior ocorrência nos meses de novembro a fevereiro. A

Acesso ao Parna Caparaó casa queimada – área de Dentro do Estado do Espírito acampamento. Até onde é Santo, estão 75% dos 31.800 possível o acesso de carro, são hectares da área do Parque 8 quilômetros e 2.860 metros Nacional do Caparaó e, no dia 22 de altitude. A subida a pé é de de setembro de 1998, por meio do 3,5 quilômetros, até o topo do Ministério do Meio Ambiente, sob a direção do Ibama, foi inaugurado Pico. O Governo do Estado está pavimentando o acesso de Pedra o acesso capixaba ao Pico da Menina até a portaria do Parque.

Bandeira, no distrito de Pedra Menina. O Parque é uma reserva biológica que reúne um valioso ecossistema de fauna e flora, com inúmeras cachoeiras e pedaços de mata intocada, que hoje está sob a responsabilidade do Instituto Chico Mendes.

O Portal Capixaba de acesso ao Pico da Bandeira, em Os aventureiros enfrentam Pedra Menina a estrada parcialmente pavimentada, até a

Onde se hospedar Pousada Engenho do Vovô – Tel: (28) 9935-5147 - email: engenhodovovo@ yahoo.com.br / Pousada Vale das Quaresmeiras – Mundo Novo – Dores do Rio Preto – Tel: (28) 9986-7893 / Pousada Águas do Caparaó – Divino de São Lourenço / Dores do Rio Preto – Tel: (28) 9985-2844 – email: pousadaaguasdocaparao@ hotmail.com / Pousada Vila Januária – Pedra Menina – Dores do Rio Preto – Tel: (28) 3559-3106 ou (32) 9973-8080 / Pousada Fazenda Mundo Novo – Mundo Novo – Dores do Rio Preto – Tel: (28) 3559-1117 ou (28) 9924-0780 / Pousada Jardim Botânico Vilarte – Pedra Menina – Dores do Rio Preto – Tel: (32)9942-5716 / Pousada Paineiras – Pedra Menina – Dores do Rio Preto – Tel: (28)3559-3008 / Pousada dos Anjos – Pedra Menina – Dores do Rio Preto – Tel: (28)3559-3085 / Pousada da Vovó Geni – Pedra Menina – Dores do Rio Preto – Tel: (28)3559-3065 / Pousada e Restaurante da Consuelo – Dores do Rio Preto – Tel: (28)35591322 / Pousada Recanto da Jabuticabeira – Pedra Menina – Dores do Rio Preto / Pousada Tô Atoa – Dores do Rio Preto – Tel: (28)3559-1148 / Pousada Encanto das Montanhas – Dores do Rio Preto – Tel: (28)3559-1186 / Pousada Recanto da Kachú – Dores do Rio Preto – Tel: (28)3559-1147 / Camping do Sapico – Pedra Menina – Dores do Rio Preto – Tel: (28) 3559 – 3056 / Camping Recanto do Cerro – Estrada Dores do Rio Preto x Cachoeira Alegre, km 5 – Tel: (28) 9935-5147.

temperatura mínima, na sede, pode ficar abaixo dos 9 graus centígrados, chegando a zero grau – ou até menos – na área de camping do Parque Nacional do Caparaó.

O relevo é montanhoso, com destaque para o Pico da bandeira (2.891,9 m), o Pico do Cristal (2.798 m) e o Pico do Calçado (2.768 m). Além da parte montanhosa, possui áreas pouco acidentadas e várzeas, com terras férteis e ideais para a agricultura e a pecuária.

Dores do Rio Preto pertence à Bacia Hidrografia do Rio Itabapoana e tem como principal curso de água, o Rio Preto que nasce na Serra do Caparaó e contorna o município, separando o Espírito Santo de Minas Gerais, encontrando-se ao sul com o Rio São João. Jun-

tos, estes rios formam o Rio Itabapoana.

Patrimônio

Quem visita Dores do Rio Preto, além do trecking para o Pico da Bandeira, a localidade oferece a Trilha da Pedra Menina, uma serra de impressionante beleza, envolta por lendas e misticismo. E o acesso que vai do distrito de Pedra Menina até o Portal do Parque Nacional do Caparaó está sendo pavimentado, num convênio com o Governo do Estado. E o passeio revela outras riquezas naturais, como cachoeiras, e uma fauna que sobrevive, apesar da ação do homem, resumindo-se a pequenos animais e aves. No entanto, o Parque Nacional do Caparaó abriga espécies

Dores do Rio Preto posrursuiais com muitas propriedades rismo vocação para o agrotu

ameaçadas de extinção, como o mono-carvoeiro, o loboguará, o veado-campeiro, ocorrendo ainda a jaguatirica, o gato-mourisco.

Já na sede de Dores, é possível observar, na arquitetura, os traços da colonização italiana, com casas e sobrados históricos. E, na cultura, existe um resgate de tradições fol-

Circuito Turístico reúne empreendedores do turismo Em maio de 2010, um grupo de empreendedores do turismo organizou, em Dores do Rio Preto e Divino de São Lourenço – e mais tarde Iúna, o Circuito Turístico do Caparaó Capixaba. O Circuito é produto de um curso de marketing para o turismo rural, ministrado pelo Sebrae, e o objetivo é aumentar a oferta turística na região, para receber ainda mais turistas.

O grupo é formado por empreendedores e comerciantes, com o apoio do poder público, que se uniram como parceiros.

Também foi organizado o Guia de Informação Turística, destacando o Pico da Bandeira como o maior atrativo do Circuito. E a construção da Estrada Parque do Caparaó está sendo essencial para que o trabalho seja efetivado, facilitando a integração entre os municípios envolvidos. Além disso, os membros do Circuito estão se empenhando, participando de capacitações e cursos.

A Estrada Parque que já está em fase de conclusão liga a sede de Dores do Rio Preto a

FOTOS: marcos freire

distrito de Mundo Novo, este a Patrimônio da Penha – em Divino de São Lourenço – e este à Santa Marta, em Ibitirama, que também tem uma estrada asfaltada até a sede daquele município.

O asfalto ainda liga Santa Marta a outro distrito, de Ibitirama, São José do Caparaó, e a estrada que o liga à sede também foi asfaltada recentemente. Com isso, resta apenas um trecho, que vai de São José do Caparaó à BR262, passando por Pouso Alto, em

clóricas que caracterizam sua população. Cenário ideal para se explorar a vocação para o agroturismo, em propriedades que oferecem comida típica, produtos artesanais e agroindustriais de qualidade, além da possibilidade de se hospedar nas casas e fazendas, num projeto pioneiro conhecido como Cama & Café.

Alguns pontos de turismo e lazer Parque Nacional do Caparaó (Pico da Bandeira), Trilha da Pedra Menina, Cachoeira Três Estados, Cachoeira do Remanso, Cachoeira do Cambucá, Cachoeira Alta, Cachoeira Carlinhos, Cachoeira do Aurélio, Ruínas de Nossa Senhora Anunciata, Pousadas do Projeto Cama e Café, Propriedades Rurais típicas, Portal de Acesso ao Pico da Bandeira.

Como chegar vindo de Cachoeiro

Iúna, para que a Estrada Parque esteja completa. Desta forma, os turistas que passam pela BR262 poderão ter acesso ao Parque Nacional, passando ao pé da Serra do Caparaó.

São 71 km pela ES 482 até Alegre e depois mais 17 km até Guaçuí, seguindo pela mesma rodovia até o trevo que dá acesso a Dores do Rio Preto pela estrada estadual que leva até a sede do município, onde deve-se entrar à direita, antes da ponte que marca a divisa com Minas Gerais, entrando na sede de Dores do Rio Preto. Na cidade, há como se informar sobre pousadas e o trajeto até Pedra Menina e o Portal do Parque Nacional do Caparaó.

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Convivendo com a natureza, Divino de São Lourenço segue crescendo

»» A prioridade do município tem sido tentar preservar seus atrativos naturais e patrimônio histórico, para desenvolver o potencial turístico marcos freire

MARCOS FREIRE

marcosfolhadocaparao@gmail.com

Divino de São Lourenço é um município que tem como principais produtos agropecuários, o café e o leite, além de culturas de subsistência, como feijão, milho, mandioca, laranja e banana.

Por isso, o município passou a buscar outra alternativa econômica, se inserindo no eco e agroturimo. Com pouco mais de 5 mil habitantes e a maior quantidade de Mata Atlântica primária do Estado, está sendo feito um esforço para preservar os atrativos naturais e também seu patrimônio histórico.

O município está localizado entre rios e montanhas, numa das áreas mais preservadas do Parque Nacional do Caparaó, com cachoeiras, antigos casarões e fazendas, além de oferecer um roteiro místico. Divino

Patrimônio da Penha de belezas e misticismo

de São Lourenço também tem estrutura para Turismo de Aventura, com potencial para trekking, rapel, rafting, canoagem, caiaquismo e vôo livre com parapente.

A emancipação de Divino de São Lourenço é comemorada em 5 de junho, mas a grande festa da cidade acontece no Dia de São

Reservas de Mata Atlântica e rota de cachoeiras Em Divino de São Lourenço estão as maiores reservas de Mata Atlântica primárias do Caparaó, com uma vegetação que tem características especiais, e estas reservas ecológicas guardam representantes da Fauna Atlântica. No meio de toda essa reserva está uma das maiores riquezas da região: as águas dos rios, córregos e cachoeiras que existem no município e são um atrativo a mais para os turistas.

As águas do “Rio das Cobras” (Imbuí, antigo nome da cidade) são responsáveis pela formação de várias cachoeiras.

Até juntar-se com o Rio São Jorge e formar o Itabapoana, o Rio Veado, também chamado Cór-

rego Limo Verde, recebe vários afluentes e apresenta muitas quedas, como a Cachoeira da Mangueira, a Cachoeira do Granito, Cachoeira da Usina e Cachoeira das Andorinhas.

O pequeno manancial, que corta o Patrimônio da Penha e deságua no Rio Veadinho, apresenta uma sequência de cachoeiras, quedas, poços e piscinas naturais: o Poço Legal, a Cachoeira da Vovó Tuti, Cachoeira da Cascata, Caldeirão das Delicias e Cachoeira da Cigarra. Outra atração é a Pedra Escorada, pequeno monolito de 3,5 m de altura e 2,5 m de largura que sustenta outra rocha com mais de 20 m de diâmetro, formando um amplo salão com 60 m².

Lourenço, em 10 de agosto.

Outra festa tradicional. No município é o Dia de Nossa Senhora da Penha, padroeira do principal distrito, Patrimônio da Penha. Durante as comemorações, acontecem as brincadeiras com o Boi Encantado ou Boi Pintadinho, manifestação folclórica característica da cidade.

O município de Divino de São Lourenço era um local de passagem ou de estabelecimento de muitos tropeiros, dos quais o município herdou costumes na cultura e na culinária.

Além disso, como outros municípios da Região do Caparaó, Divino também teve seu período áureo do café que deixou o Casarão da Fazenda Confluência, construído por volta de 1895, por Juvenal Nolasco, produtor rural patriarca de uma das primeiras

famílias divinenses. E a 9 quilômetros da sede, existe a Fazenda Serra Azul, uma referência da época do Ciclo do Café, que foi construída em 1942, em madeira de lei, com cobertura de telha de cumbuca. Seu pavimento inferior servia para guardar utensílios de tropas, carros de boi e animais.

Onde ficar Pousada Águas do Caparaó - Divino de São Lourenço / Dores do Rio Preto – Tel: (28) 9985-2844 – email: pousadaaguasdocaparao@hotmail.com / Pousada Encanto da Serra - Patrimônio da Penha – Divino de São Lourenço – Tel: (28) 9882-5861 e 9917-1424 – email: encantodaserra. caparao@hotmail.com / Espaço de Vivências Jardim do Beija-Flor – Patrimônio da Penha – Divino de São Lourenço – Tel: (27) 9838-1586, (28) 9972-4598 ou (28) 3551-1913.

A Serra do Caparaó é considerada sagrada, principalmente por indígenas, sendo cercada por misticismo, e tem se tornado referência para práticas orientais e esotéricas. Em Divino de São Lourenço, a beleza de Patrimônio da Penha transformou a localidade em um lugar de busca pessoal e espiritual, onde milhares de pessoas peregrinam em busca da renovação de energias e da cura das enfermidades físicas e emocionais. Vários terapeutas das mais diversas linhas se concentraram no distrito.

Em Patrimônio da Penha, também pode ser encontrada uma mostra do artesanato produzido pela popu-

lação de Divino de São Lourenço. Lojas reúnem artigos produzidos com os mais variados materiais, feitos por artesãos locais, a maioria ligada a ONG Amar Caparaó. E também existe uma companhia de Circo, que percorre todo o Espírito Santo e até outros estados.

Santo Daime

Além disso, no distrito, se reúne o grupo Céu do Espírito Santo, que utiliza o chá ayahuasca (popularmente conhecido como Santo Daime) em suas celebrações. O grupo segue a linha Cefluris, do padrinho Sebastião Mota, a mais popular do Brasil. No Espírito Santo, existem pelo menos seis grupos religiosos que utilizam o chá, inclusive da Uniáo do Vegetal (UDV), em Guarapari e Serra, e outros grupos menores ligados ao Santo Daime em Pancas e Vila Velha. Já o Centro Livre Caminho do Sol (Celivre-CS) se reúne no município de Viana e é o primeiro e único núcleo da doutrina de Mestre Irineu no Estado.

Como chegar vindo de Cachoeiro de Itapemirim De Cachoeiro de Itapemirim, são 71 km pela ES 482 até Alegre. Depois, mais 7 km até Celina, onde se vira à direita e pega a ES 387. Deste ponto, são mais 20 km até o trevo de acesso a Divino de São Lourenço, que fica a 6 km do trevo. De lá pode-se seguir para Patrimônio da Penha e encontrar a Estrada Parque, que segue até o acesso ao Parque Nacional do Caparaó.

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Cidade universitária, Alegre aposta em eventos

marcos freire

»» Na região do Caparaó, o município é o que apresenta as médias mais altas de temperatura, mas também possui locais com mínimas baixas, para quem gosta do frio

MARCOS FREIRE

marcosfolhadocaparao@gmail.com

Na Região do Caparaó, o município de Alegre é um dos que possui as médias mais altas de temperatura. Talvez por isso, suas cachoeiras sejam um bom convite para os turistas, já que o clima é seco no inverno, com temperaturas que variam entre 17 e 29 graus.

A sede do município está localizada a 250 metros de altitude, mas existem pontos em seu território que chegam a 1.326 metros. Entre as serras podem ser citadas as da Laranjeira, da Lesma, do Pombal, Grande, das Cangalhas ou Santa Catarina, da Abundância e Carneira, todas fazendo parte do sistema da

Mantiqueira. E são muitos os rios e córregos que cortam esse relevo, com destaque para o Rio Itapemirim e seus afluentes, como os rios Braço Norte Direito e Braço Norte Esquerdo.

Segundo o IBGE, a população do município passa dos 32 mil habitantes. Destes, um pouco mais de 18 mil residem na sede e os demais em sete distritos: Araraí, Café, Rive, Celina, Santa Angélica, Anutiba e São João do Norte. As principais atividades econômicas são a cafeicultura e a pecuária de leite e de corte, mas o município também apresenta potencial turístico.

Cachoeira da Fumaça

E uma das maiores atrações turísticas de Alegre é o Parque Es-

tadual da Cachoeira da Fumaça, onde está localizada a cachoeira que dá nome ao parque e atrai milhares de visitantes, com 140 metros de queda. A sua cobertura original foi sendo recomposta, com plantios de essências nativas e frutíferas, observando-se o retorno de aves e pássaros. O Parque está localizado em Alegre, na divisa com Ibitirama, distante aproximadamente 33 quilômetros da sede do município. O acesso é totalmente calçado até a portaria.

Partindo de Alegre, o acesso se dá pela ES482, sentido Guaçuí. A 12 km de Alegre, no distrito de Celina, o turista deve seguir à direita, pela rodovia ES387 – sentido Iúna. A estrada de acesso à Cachoeira fica 16 km depois. Quem vem pela BR262, do sentido Belo

A Cachoeira da Fumaça: ponto turístico mais important e e cenário para o Ecotrilhas Horizonte ou Vitória, deve entrar à direita ou esquerda, respectivamente, no trevo de Iúna. Depois seguir até Ibitirama e continuar por mais 10 quilômetros, onde se encontra a indicação do acesso à cacho-

eira, à esquerda. Quem vem do Rio de Janeiro, por Bom Jesus do Itabapoana, deve passar por Guaçuí, sentido Alegre, e entrar à esquerda em Celina.

O órgão responsável pelo Parque é o Instituto Estadu-

Terra dos festivais da Música Brasileira e Gospel como uma festa universitária, o Festival de Música de Alegre, em 1980, com os objetivos de divulgar a Música Popular e revelar novos nomes para o cenário nacional. Mas na década de 90, o evento tomou outras proporções

Eventos eco-esportivos e manifestações culturais Alegre também tem a tradição de realizar eventos que podem ser chamados de eco-esportivos, já que colocam seus participantes em contato com o meio ambiente e com a história do município.

Entre estes está o Ecotrilhas, onde ciclistas partem do centro da cidade passam por túneis encravados nas pedras que eram utilizados pela antiga ferrovia que cortava a região, seguem pelo distrito de Celina e chegam até a Cachoeira da Fumaça, para depois voltar para a sede

divulgação

do município. Os túneis também são percorrido pelo participantes da Caminhada Eco-Ferroviária.

E entre as manifestações culturais existentes no município estão o Boi Pintadinho, Caxambu, Dança das Fitas, Folia de Reis, Bate-Flechas, Dança Africana, Caipiradas, Cavalhada e Grupo Reflorescer da Melhor Idade. Além disso o artesanato alegrense se destaca pela qualidade de suas peças, participando de diversas feiras promovendo a região. Assim como a culinária que sofre influência de várias culturas responsáveis pela colonização da região, com influência dos tropeiros e bandeirantes, além de libaneses e italianos.

com o aumento significativo da divulgação, se transformando em um dos maiores atrativos turísticos do município.

O festival acontece no Centro de Lazer Geraldo Santos (Parque de Exposições), numa área de 30

mil m², com infraestrutura de palco, sonorização, iluminação, camarote, praça de alimentação, arquibancadas e banheiros químicos, além de postos de atendimento médico e policial. Este ano, o festival acontece neste fi-

nal de semana, durante o feriado de Corpus Christi.

Outro evento tradicional do município é o Fest Gospel, um evento evangélico, sem fins lucrativos, realizado em praça pública e que tem por objetivo

Pontos turísticos Igreja Matriz Nossa Senhora da Penha, Solar Miguel Simão, Castelinho do Caufes, Escola de Ensino Fundamental Professor Lellis, Estação Ferroviária, Prefeitura Municipal, Túnel dos Ingleses de Cima, Horto Municipal Laerth Paiva Gama, Fazenda São Francisco e Fazenda Fortaleza. Além da Cachoeira Alegre, Cachoeira do Roncador, Cachoeira de

Belezas da arquitetura e da história: o Solar Miguel Simão e o túnel da antiga ferrovia

Braúnas, Cachoeira da Abundância, Cachoeira da Cutia, Cachoeira de Jerusalém e Cachoeira do São Francisco do Café, e do Pico do Pombal, Alto da Serra, Pedra dos Bons Aires, Pico Caveira D’Anta, Pedra da Arataca, Lidiany Ferraz Pedra das Carneiras, Pico da Lesma, Pico do Pirineu, Pico do Pombal, Pedra Severina e Pedra da Baleia Cava Rocha.

Felipe Paraízo

Com características de cidade universitária, por causa da presença do Centro Agropecuário da Universidade Federal do Espírito Santo (Caufes) e da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Alegre (Fafia), surgiu

al do Meio Ambiente (Iema) e, para visitar a Cachoeira da Fumaça, é necessário marcar com antecedência de, no mínimo, 24 horas.

O número de visitantes é de 610 pessoas por dia. primordial pregar o Evangelho.

O projeto nasceu da união de um grupo de pessoas ligadas a igrejas evangélicas, com o apoio da Prefeitura de Alegre, pelo comércio local, empresários, vereadores, políticos e pelas igrejas.

O Fest Gospel saiu do papel e virou realidade, tornando-se um dos maiores eventos evangelísticos do sul do Estado.

Como chegar a Alegre vindo de Cachoeiro Siga pela BR 482 – Cachoeiro x Alegre, até a sede do município.

Duração da viagem: 1h00.

Onde se hospedar Alegre Hotel – Centro – Alegre – Tel: (28) 3552-1305 / Hotel Avenida – Centro – Alegre – Tel: (28) 3552-2647 / Hotel São José – Centro – Alegre – Tel: (28) 3552-3561 / Hotel Lews – Centro – Alegre – Tel: (28) 3552-1442 / Cidade Hotel – Parque de Exposições – Alegre – Tel: (28)3552-2122 / Hotel Progresso – Centro – Alegre – Tel: (28)3552-2237 / Alegre Palace Hotel – Centro – Alegre – Tel: (28)3553-2382.

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Guaçuí, a Pérola do Caparaó que continua brilhando

»» O município de Guaçuí tem potencial para explorar o setor turístico no meio rural e também apresenta uma das melhores estruturas urbanas da região

MARCOS FREIRE

marcosfolhadocaparao@gmail.com

O município de Guaçuí tem forte ligação com o Parque Nacional do Caparaó, devido ao seu clima e paisagem, flora e fauna, além de sua proximidade com o município de Dores do Rio Preto, cerca de 30 quilômetros, onde está localizado o portal de acesso ao Parque, na localidade de Pedra Menina.

E essa proximidade esta impressa em um símbolo do município, que tem o Pico da Bandeira estam-

pado no seu Brasão e sua Bandeira.

Guaçuí é um dos municípios que compõem o Consórcio do Caparaó, com área de 467 quilômetros quadrados, e o distrito sede está localizado a uma altitude de 590 metros. O relevo é bastante acidentado, com destaque para a Serra das Cangalhas, ou Serra de Santa Catarina, no limite sudeste. A altitude oscila entre 600 e 1.000 metros.

A população ultrapassa os 25 mil habitantes, estando sua maioria localizada na zona urbana. Possui três dis-

tritos: São Pedro de Rates, São Tiago e São Miguel do Caparaó.

O clima é tropical ameno, típico das regiões serranas do Espírito Santo. O inverno é seco, às vezes rigoroso, influenciado pela altitude da região, com média entre 4 e 18 graus centígrados. A temperatura média anual é de 20 graus. As chuvas acontecem, com maior intensidade, entre os meses de outubro a abril.

Levando em consideração a localização geográfica, o vínculo com o Parque Nacional do Caparaó, o clima

Cristo Redentor é o ponto mais conhecido da cidade Guaçuí também é rico em artesanato, principalmente em trabalhos manuais de diversos tipos. Mas o maior destaque, apesar das suas dimensões gigantescas (aproximadamente, 40 m de altura), é a estátua feita por Antônio Francisco Moreira, criador do Monumento ao Cristo Redentor de Guaçuí, que se tornou um símbolo do município, sendo considerada uma obra de artesanato. Assim como seu outro Cristo Redentor, localizado em Salto (São Paulo), e as estátuas feitas em Carangola (Minas Gerais).

No município, encontram-se grupos folclóricos e as comemorações folclóricas acontecem em maior escala no período das festas juninas, com as quadrilhas, ou religiosas, destacando também o boi pintadinho, as mulinhas, caxambu, mineiro-pau e bate-flechas. Entre as manifestações organizadas, destacam-se ainda as Charolas de São Sebastião, na Fazenda Santa Catarina e no Bairro Cid Moreira, a Folia dos Três Reis do Oriente, no Bairro Cid Moreira, e o bate-flechas da Balança (Centro Espírita). Dentro dos aspectos religiosos, acontecem as procissões de São Miguel e Corpus Crhisti, entre outras.

Onde se hospedar Hotel Minas Gerais – Centro – Tel: (28)3553-6891 / Hotel Montevidéu – na entrada de Guaçuí – Tel: (28)3553- 2318 / Hotel Moreira – Centro – Tel: (28) 3553-1157 / Pousada Vovô Zinho – Centro – Tel: (28) 3553-1204 / Pousada dos Lagos – Rodovia ES482 – Tel: (28) Dormitório Marcelino – Centro – Tel: (28)3553-1625 / Dormitório Parente – Centro – Tel: (28)3553-2263.

e as condições que a cidade oferece, além da diversidade cultural, facilidade de acesso e belezas naturais, pode-se afirmar que Guaçuí tem um grande potencial turístico.

Além da organização da região do Caparaó Capixaba para alcançar um desenvolvimento sustentável, o município tem poder de atração de pessoas, com a realização de eventos, inclusive no verão, mas que se intensifica a partir de maio, com a Feira do Verde, Encontro de Motociclistas, a Festa do Município e o Festival Nacional de A Cachoeira da Tremedeira, uma das dezenas que existem no município Teatro, entre outros.

Teatro: cartão postal da cidade Em 1985, o município de Guaçuí, com o apoio do Governo do Estado e da Fundacem, realizou oficinas na área de teatro, que resultaram na criação de grupos que passaram a reivindicar a melhoria técnica do então auditório Zélia Viana de Aguiar. A reforma começou, mas depois foram paralisadas, apesar do destaque do Grupo de Teatro Gota, Pó e Poeira em todo o Estado e no Brasil, o que acabou sendo ponto positivo para a retomada das obras em 1997, até sua inauguração, em 30 de junho de 2000, como Teatro Municipal Fernando Torres. A solenidade de inauguração contou com presença da atriz Fernanda Montenegro e de seu marido, o ator Fernando Torres – já falecido, que dá seu nome ao teatro. A obra contou com o apoio das três esferas de governo, federal, estadual e municipal.

De junho de 2000 até os dias de hoje, o Teatro Municipal Fernando Torres está em atividade ininterrupta, apresentando espetáculos locais, regionais, estaduais e nacionais, recebendo

artistas consagrados, além de grupos de teatro de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco, Paraíba, Minas Gerais e do Espírito Santo. Também vem mantendo a realização do Festival Nacional de Teatro de Guaçuí, criado em novembro de 2000, e que já premiou vários espetáculos vindos de diversas partes do Brasil. divulgação

Pontos que podem ser visitados Cemitério dos Escravos –na Fazenda da Cachoeira, a 7 km da sede, Cristo Redentor – escultura com 20,60m de altura, 16,60m de envergadura, localizada no Morro do Cristo, Cachoeira da Barra – próxima à Fazenda da Barra, a 9 km da sede,

Cachoeira do Carlito – a 12 km da sede, Cachoeira do Fundão – na Fazenda Vargem Grande, a 12 km da sede, Cachoeira da Tremedeira – próxima à Rua Rio Grande do Norte, Cachoeira do Barulho – a 25 km da sede, Cachoeira do Edir – antiga Cachoeira do Caboclo – distante 6 km da sede, Cachoeira do Coronel – no Sítio de Miguel Lamas, a 10 km da sede, Cachoeira dos Pirovani – a 3 km da sede, Gruta de São Pedro de Rates – O local é pouco explorado e a entrada da caverna está localizada em uma pequena grota com 5 m de altura, Morro do Caracol – a 4 km da sede, Morro do Cruzeiro – Com aproximadamente 600m de altura, possui um cruzeiro com cerca de 6m de altura, fica a 1 km da sede e o Pontilhão de Ferro.

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Buscando seu espaço, Jerônimo Monteiro mostra suas potencialidades turísticas

»» Considerado um dos portais de entrada da região do Caparaó, principalmente, para quem vem de Cachoeiro, o município foi o último a entrar no Consórcio Intermunicipal

divulgação

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O município de Jerônimo Monteiro foi o último a entrar no Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Caparaó Capixaba – hoje um consórcio público, dos 11 que o compõem, e pode ser considerado um dos portais de entrada para a região, principalmente para quem vem de Cachoeiro de Itapemirim, já que faz limite com este município. A cidade é muito conhecida por quem passa pela rodovia Cachoeiro x Alegre (ES482) – que foi totalmente reformada, já que é cortada por ela, onde alguns moradores e produtores rurais vivem do comércio às suas margens, principalmente, da venda de laranjas.

O município é considerado um dos pólos produtores do Estado, além da venda de artesanato de artesãos locais.

No entanto, com sua entrada no Consórcio Caparaó, Jerônimo Monteiro passou a apresentar suas potencialidades turísticas, com destaque para o seu patrimônio arquitetônico e natural. O município tem feito investimentos neste setor, mas vem se beneficiando com iniciativas próprias e do Estado, com a revitalização do perímetro urbano, tendo as vias do centro da cidade asfaltadas e, por ser uma cidade que cresce às margens de uma rodovia importante, apresentando uma estrutura de hotéis e pousadas. Com a reforma da rodovia, de Coutinho a Alegre, o trecho urbano de Je-

rônimo também recebeu nova sinalização e novos trevos.

Com uma população superior a 10 mil habitantes e uma extensão territorial de 162,16 km², Jerônimo Monteiro faz limites com os municípios de Mimoso do Sul e Muqui, ao sul, Alegre, a oeste e ao norte, e Cachoeiro de Itapemirim, ao norte e a leste. O município está distante aproximadamente 194 km de Vitória, a capital do Estado, e a 45 km de Cachoeiro de Itapemirim, e apresenta uma posição geográfica favorável, tanto do ponto de vista econômico, como social e ambiental. O município também é cortado pelo mineroduto subterrâneo de uma mineradora – que está sendo duplicado e leva o minério de ferro extraído das minas localizadas em Mariana (MG), para o complexo industrial e portuário da empresa localizado no dstrito de Ubu, em Anchieta (ES).

Universidade

O comércio local, apesar de pequeno, é variado e atende a necessidades dos consumidores locais e municípios vizinhos. O município também atrai um grande número de pessoas que busca vagas nas escolas da rede municipal, além do funcionamento do Núcleo de Estudos e de Difusão de Tecnologia em Florestas, Recursos Hídricos e Agricultura Sustentável (Nedtec), que foi construído em 2002, e que funciona atualmente com laboratórios para os alunos do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Fede-

ral do Espírito Santo (Caufes).

Além de estar próximo ao distrito de Rive, em Alegre, onde fica o Instituto Tecnológico de Federal do Espírito Santo (Ifes) de Alegre, o antigo Cefetes.

Essa localização regional privilegiada também pode ser destacada pela disponibilidade de áreas de terras para a implantação de indústrias, destacando a proximidade com Cachoeiro de Itapemirim, um dos maiores centros processadores de rochas ornamentais do mundo e importante produtor de máquinas para este mesmo setor, além da produção rural baseada na pequena propriedade familiar.

Onde se hospedar Hotel e Churrascaria Fogão à Lenha – Rod. ES 482 – Posto Gonzaga – Tel: (28)3558-0107 / Hotel Kleyde – Centro – Tel: (28)3558-1139 / Pousada da Tia Nadir – Centro – Tel: (28)3558-1384.

Como chegar a Jerônimo Monteiro vindo de Cachoeiro Siga pela ES482 até chegar à sede de Jerônimo Monteiro.

Total do percurso: 42,6 km, em menos de 1h, em média.

Pequeno histórico O município de Jerônimo Monteiro foi emancipado em 28 de novembro de 1958 e sua origem está ligada à Estrada de Ferro Leopoldina Railway. Com o primeiro nome de Cachoeira das Flores, o vilarejo teve outros nomes como Cristal, Wanderley e Sabino Pessoa. Logo depois da proclamação da República foi criado o Distrito Judiciário de Vala Souza. Naquela época, foi inaugurada, a 2 km da Estação de Vala do Souza, a Estação de Sabino Pessoa (ao lado da atual agência do Banestes de Jerônimo Monteiro).

No início da década de 1940, começou um movimento popular que defendia a emancipação política e administrativa do distrito. Mesmo com alguma resistência, a Assembleia Legislativa do Estado se pronunciou favorável à criação do município, em 29 de dezembro de 1953. O processo se arrastou até a decisão final do Supremo Tribunal Federal (STF), em 1958. No dia 28 de novembro daquele ano, a Assembleia Legislativa aprovou a emancipação do distrito de Vala do Souza, que recebeu a denominação atual de Jerônimo Monteiro, em homenagem ao exgovernador do Estado.

Um dos prédios históricos, onde hoje funcionam instalações do Caufes

Patrimônio Histórico O município de Jerônimo Monteiro tem voltado as atenções para a preservação do Patrimônio Histórico do município. Existem 12 imóveis já tombados como Patrimônio Histórico Municipal, alguns localizados no centro urbano e outros no interior, a maioria de propriedade privada e apenas um de propriedade pública.

Entre os imóveis particulares estão dois edifícios da Rua Dimas Batista Pereira, no nº 392 e nº 107 (edifício, calçada elevada, escadaria e muro), na sede, dois edifícios na Avenida Dr. José Farah, s/nº e no nº 172/178 - antiga Prefeitura Municipal, ainda na sede

do município, e a Casa da Família Ribeiro Athayde, na sede, além de outro edifício na Avenida Dr. José Farah, s/n (edifício e calçada elevada) e da Estação Ferroviária Jerônimo Monteiro, na mesma avenida.

Também na área de propriedade privada, na categoria de arquitetura rural, ainda na sede do município, existem a Fazenda Cava Roxa, a Fazenda Rancharia, a Fazenda Taquaruçú e a Fazenda Velha – Artur Bonella.

Apenas uma propriedade pública está na relação: o edifício na Avenida Governador Lindenberg, s/n, também na sede de Jerônimo Monteiro.

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TURISMO >> REGIÃO DO CAPARAÓ

07

REGIÃO DO CAPARAÓ

Ibitirama: onde fica o Pico da Bandeira Asfaltamentos vieram incrementar o turismo

Divulgação

»» O município não tem um acesso direto até o cume da Serra do Caparaó, mas o terceiro maior pico do Brasil está dentro do seu território

O Pico da Bandeira está localizado no território de Ibitirama

MARCOS FREIRE

marcosfolhadocaparao@gmail.com

O Parque Nacional do Caparaó tem 70% de sua área dentro do Estado do Espírito Santo e o Pico da Bandeira, pode-se afirmar, está dentro do território de Ibitirama. O município que se emancipou de Alegre, em 15 de setembro de 1988, demorou um pouco a descobrir o seu potencial turístico, assim como aconteceu com grande parte dos municípios da Região do Caparaó Capixaba. Mas, com a criação do Consórcio Caparaó, do qual faz parte, Ibitirama começou a mostrar as suas belezas naturais, principalmente, por ser um dos municípios que fazem parte do entorno da Serra.

Contudo, um assunto que ainda incomoda o município é não ter um acesso direto ao Pico da Bandeira. Por isso, tentava oficializar a chamada trilha da Toca de São Jorge. A trilha sempre foi considerada pelos aventureiros como uma das mais

bonitas, por passar pelo meio da mata do Parque Nacional, sendo a de maior caminhada para chegar até o cume. Contudo, devido ao Plano de Manejo do Parque, organizado pelos técnicos do Instituto Chico Mendes, a trilha da Toca de São Jorge não pode ser aberta ao público.

E a história do município sempre esteve ligada à Serra, desde quando começou a ser desbravada até uma parte obscura da História do Brasil, na época da ditadura militar. Foi o Capitão Manoel João Esteves que penetrou pelas matas do maciço do Caparaó – que, no Tupi-Guarani, significa “águas que correm entre as pedras”, onde se estabeleceu por volta de 1820, com sua fazenda denominada Santa Marta, nome que leva um dos distritos do município atualmente. Mais abaixo, foi se formando o Arraial de Santa Bárbara e, em 1899, o casal Silvério José Pereira e Cândida Maria Assis doaram parte da fazenda, com o mesmo nome, para a

construção do patrimônio, que depois deu origem ao distrito de Santa Bárbara, já em 1965. Santa que até hoje é homenageada com uma imagem localizada na Praça Pedro Machado Ribeiro, na sede do município. O distrito de Santa Bárbara, que fazia parte do município de Alegre, passou a se chamar Ibitirama (águas das regiões altas, em tupi-guarani), em 1978, e conseguiu a emancipação 10 anos depois.

Ainda como distrito, o local foi palco de um dos episódios do golpe militar de 1964, porque foi escolhido por guerrilheiros, por ter fácil acesso à estrada que adentrava ao Vale do Ribeirão do Calçado, como base para as suas atividades de resistência ao regime militar. A tentativa foi frustrada pelo Exército Brasileiro, ficando conhecida como Guerrilha do Caparaó e moradores mais antigos, de todos os distritos, lembram das tropas chegando ao local e forçando as pessoas simples do lugar a permanecerem dentro de casa

durante a noite, num verdadeiro toque de recolher.

Como chegar a Ibitirama vindo de Cachoeiro Siga pela ES 482 – Cachoeiro x Alegre, até Celina, entre à direita, e siga pela rodovia até chegar à sede de Ibitirama. Duração da viagem: 1h50.

Onde se hospedar Pousada Vovó Virgínia – Loteamento Cade – Tel: (28)3569-1235 / Pousada HGL – Centro – Tel: (28)35691128 / Pousada Ibitirama – Centro – Tel: (28)9986-3428 / Pousada Gravel – Santa Marta – Tel: (28)3569-3026

E dentro do setor do turismo, um dos fatos mais importantes para o município foi o asfaltamento da estrada que liga a sede de Ibitirama ao distrito de Santa Marta, uma das primeiras do programa Caminhos do Campo, do Governo do Estado, na região. Depois vieram o asfaltamento da estrada que liga a sede ao distrito de São José do Caparaó – que também é ligado por asfalto a Santa Marta – e, consequentemente, ao distrito de Pedra Roxa. As estradas asfaltadas também levam à Tecnotruta, empreendimento existente no município. Todos estes trechos fazem parte da Estrada Parque que irá

contornar à Serra e ligar estes distritos a Patrimônio da Penha, em Divino de São Lourenço, Mundo Novo e Pedra Menina, em Dores do Rio Preto, onde está localizada a Portaria do Parque Nacional.

Cachoeiras

Além do Pico da Bandeira e da Tecnotruta, Ibitirama faz jus ao nome de Água das Regiões Altas, com uma grande quantidade de cachoeiras, como a Cachoeira da Usina, Cachoeira do Araçá, Cachoeira do Chiquito, Cachoeira do Lilino, Cachoeira dos Ubiracis, Cachoeira do Inferno, Corredeira do Lolo, Poço do Regino e o pedregoso Rio da Pedra Roxa.

Um peixe exigente para o frio de Ibitirama Um peixe que veio do frio canadense se adaptou muito bem à temperatura baixa e o clima ameno de Ibitirama, na Região do Caparaó Capixaba. A truta exige água muito fria e corrente, e desembarcou no Brasil, em 1949, mas se acreditava que só podiam ser criadas no sul do País e na Serra da Mantiqueira (SP). No entanto, o empresário Francisco Lemos Faleiro, acreditou na criação de trutas em cativeiro, numa propriedade no distrito de Santa Marta, em Ibitirama, a 1.100 m de altitude.

O investimento inicial na criação da estrutura necessária para as trutas foi de US$ 1,5 milhão. Ele comprou três fazendas e construiu, além dos tanques, um laboratório e uma indústria para cortes dos filés. Todo o processo de reprodução é acompanhado por profissionais capacitados. A reprodução é feita em laboratório e cada truta fêmea produz até 2 mil óvulos, mas apenas 50% são fecundados. Além do criatório, há um pesque e pague e um restaurante com pratos especializados.

08 TURISMO >> REGIÃO DO CAPARAÓ

SEXTa-FEIRA, 08/06/2012

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REGIÃO DO CAPARAÓ

Irupi cresce com sustentabilidade para explorar potencial turístico marcos freire

»» Um dos mais jovens municípios da região, com 21 anos de emancipação, Irupi se preocupa com a estruturação da cidade para receber os visitantes

marcosfolhadocaparao@gmail.com

O município de Irupi faz parte do Entorno do Caparaó e se emancipou de Iúna em 16 de janeiro de 1991, sendo instalado em 1993. Logo, dentro da sua juventude, ainda está se estruturando como município e descobrindo seu potencial turístico. Seus principais atrativos são a Pedra da Tia Velha, a Gruta do Quirino, a Cachoeira do Chiador, que fica a 24 quilômetros da sede, e a Cachoeira de São José, além de dois museus que são mantidos por membros da comunidade. Irupi é um dos 11 municípios que compõem o Consórcio Caparaó e sua sede está

divulgação

A Cachoeira do Chiador: beleza natural do município

A Igreja de São João Batista, padroeiro do município MARCOS FREIRE

Histórico

localizada a 730 metros de altitude.

A Pedra da Tia Velha, que está localizada a 10 quilômetros da sede de Irupi, é um monumento rochoso com aproximadamente 1.140 m de altitude, e é um dos pontos de melhor visibilidade do Pico da Bandeira.

E a seus pés está localizado o Centro Espírita de São João, presidido pelo saudoso Seu Nequinha, que mantinha um museu, no qual estão expostas peças utilizadas pelos primeiros moradores da região, há pelo menos 120 anos.

Outro museu que chama a atenção, por também ser organizado por uma pessoa da comunidade, é o Museu do Zé, localizado no patrimônio da Bela Vista,

a 3 quilômetros da sede do município e que já se transformou em um dos grandes atrativos de Irupi. Organizado por José Soares de Almeida, o Zé do Museu, o local funciona em sua residência, onde estão objetos que contam um pouco da história do município, que vêm sendo reunidos há 10 anos.

Seu organizador conta que foi muitas vezes chamado de maluco, por sair pedindo as coisas velhas para os outros.

Fé e brasas

Outro atrativo de Irupi é a festa de São João Batista, padroeiro da cidade, em que é mantida a tradição da fogueira, com suas brasas sendo espalhadas em uma das ruas da cidade para que as pessoas passem sobre elas,

à meia noite. São muitos os moradores e visitantes que se aventuram a passar pelas brasas e conseguem atravessar sem queimar os pés, um sinal que de que receberam as bênçãos de São João.

E recentemente o município ficou conhecido por matérias na imprensa por ser a cidade dos homens que bordam. O trabalho que é realizado por um grupo de homens, que fazem vários tipos de bordados, que aprenderam com as esposas, e outros artesanatos em madeira, é reconhecido como de grande qualidade.

Este artesanato e outros podem ser encontrados na Casa do Artesão, dentro da sede da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, no centro da cidade. divulgação

marcos freire

O território que hoje constituí o município de Irupi pertencia, inicialmente, ao município de Vitória, depois Viana e então ao distrito de São Pedro de Alcântara do Rio Pardo, anexado ao município de Cachoeiro de Itapemirim, em 1867. O município de Rio Pardo, hoje Iúna, foi criado em 1890, dividido em três distritos: a sede, o distrito de São Manoel do Mutum e o distrito de Santa Cruz.

Com o trânsito de pedestre, tropas e carros de boi, na segunda metade do século passado, a então Fazenda da Cachoeirinha, de propriedade do Sr. Hydário Tomaz, foi se transformando num pequeno arraial, com cemitério, capela dedicada a São João Batista, até ficar conhecida como “Cachoeirinha do Rio Pardo”, que depois passou a ser a sede do distrito, vindo a se chamar Irupi, em 1943, ao mesmo tempo em que o município do Rio Pardo passou a se chamar Iúna.

Como chegar a Irupi vindo de Cachoeiro Siga pela ES 482 – Cachoeiro x Alegre, até Celina, entre à direita, e siga pela rodovia que vai para Ibitirama, indo depois para Iúna, passando pelos distritos de São Francisco do Caparaó (Ibitirama), Santíssima Trindade, Uberaba e Nossa Senhora das Graças (já em Iúna). Siga por mais 2 km, até o trevo à esquerda, em frente ao ICC, que dá acesso a Irupi, seguindo até a sede do município, passando pelo patrimônio de Bela Vista. Total do percurso: 105 km. Duração da viagem de carro: 2h30.

Ou saia de Cachoeiro até Duas Barras, entrando para Castelo. Siga até Venda Nova do Imigrante e entre na BR 262, sentido Belo Horizonte.

Siga até Ibatiba, para entrar 9 km depois no trevo que também dá acesso a Iúna. Antes de chegar à sede deste, entre no trevo à direita, em frente ao ICC, para seguir até a sede de Irupi.

Total do percurso: 166 km. Duração: 3h.

Onde se hospedar Da estrada que segue para Irupi se tem uma boa vista do Pico

da Bandeira

A Pedra da Tia Velha, um dos pontos turísticos de Irupi

Pousada Caminhos do Caparaó – Rodovia Deputado Alfredo Antônio, km 14, bairro João Tomaz – ES - Telefone: (28) 3548-1184.

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TURISMO >> REGIÃO DO CAPARAÓ

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regional

Ibatiba: a Capital Capixaba dos Tropeiros

»» Com a efetivação do Circuito Turístico Caminho dos Tropeiros e a inclusão na Estrada Real, o município é um dos mais organizados no setor de turismo MARCOS FREIRE

marcosfolhadocaparao@gmail.com

Considerado um dos portais de entrada do Espírito Santo, Ibatiba é a primeira cidade do Estado a ser encontrada pelo visitante que chega vindo pela BR262, de Belo Horizonte (MG). Emancipado do território de Iúna em 7 de novembro de 1981, o município está localizado dentro da região do Caparaó Capixaba e tem grande diversidade cultural, com festas que vêm se tornando tradicionais, como a Festa do Tropeiro, na qual foi preparado o maior feijão tropeiro do mundo.

O município também está descobrindo o agroturismo com a criação do Circuito Turístico Caminho dos Tropeiros, que conta com a participação de vários empreendimentos. E tem feito investimentos para a atração dos visitantes, com a realização da Caminhada dos Tropeiros – com a participação de carros de boi e tropas – e a Caminhada Ecológica, que tem atraído turistas de várias partes do Estado e do Brasil. Em parceria com os governos do Estado e Federal, o município também recuperou o Casarão da Familia Fadlalah – tradicional na cidade, entre os muitos existentes

na zona urbana e rural de Ibatiba, para instalar o Museu do Tropeiro, quando também foi inaugurado o Monumento ao Tropeiro, instalado em um dos canteiros da BR262, que corta a cidade. O município também reformou totalmente a Praça David Gomes – a principal da cidade – que também lembra a tradição tropeira e possui internet livre, com sistema wireless.

Com uma população acima de 21 mil habitantes, o município está incluído da Rota Real, já que por ela passava a estrada de Dom Pedro de Alcântara. Ela margeava o Rio Pardo até a abertura da cidade de Iúna, subia pelo Rio Pardinho e encerrava em São João do Príncipe (Iúna), para então entrar em território mineiro.

Com o tempo a estrada foi sendo abandonada e passou a ser usada pelas tropas de burros, que faziam o transporte das mercadorias e produção agrícola. Daí veio a tradição de Ibatiba em ser a Cidade dos Tropeiros, o que vem sendo, agora, explorado como um atrativo turístico, com a preservação da cultura, culinária e casarões utilizados pelas tropas. Tudo isso somado às belezas naturais, com cachoeiras e belas montanhas.

FOTOS: marcos freire

Siga pela ES482 – Cachoeiro x Alegre, até Celina, entre à direita, e siga até Ibitirama, indo depois para Iúna, passando pelos distritos de São Francisco do Caparaó (Ibitirama), Santíssima Trindade, Uberaba e Nossa Senhora das Graças (já em Iúna). Siga pela Rodovia Mikeil Chequer até o trevo na BR262, seguindo no sentido Vitória até chegar a Ibatiba. Total do percurso: 152 km. Duração da viagem de carro: 3h.

Ou saia de Cachoeiro até Duas Barras, entrando para Castelo. Siga até Venda Nova do Imigrante e entre na BR262, sentido Belo Horizonte. Siga pela rodovia até chegar a Ibatiba. Total do percurso: 133 km. Duração: 2h30.

Cicuito Turístico Caminhos dos Tropeiros

Praça David Gomes foi reformada e também guarda tradição tropeira Ibatiba possui relevo acidentado e altitude variando de 650 à 1,500 metros, com rios e córregos que dão origem às bacias do Rio Itapemirim e do Rio Doce. O clima é de montanhas, com temperaturas médias mínimas entre 7,3ºC e 9,4ºC e média máximas entre 25,3ºC e 27,8ºC. A cobertura vegetal é composta por resquícios da mata atlântica.

Potencialidades turísticas

Ibatiba possui vários atrativos, como casarões, cachoeiras, picos, montanhas e áreas de florestas, aliados a uma

variada culinária, potenciais importantes para o desenvolvimento do agroturismo, com a vantagem de ser cortada pela BR262. A variedade étnica, com descendentes de turcos, libaneses, portugueses, espanhóis, alemãos, italianos, africanos e indígenas, trouxe uma variedade de pratos típicos, como o frango com quiabo, salpicão, mandioca com torresmo, canjica com costela de porco, quibe cru de carne de carneiro, salgados, caldo de mocotó, feijoada, vaca atolada e o famoso feijão tropeiro.

Feijão Tropeiro e Circuito Turístico

O maior Feijão Tropeiro do Mundo já se tornou tradição estadual

Como chegar a Ibatiba vindo de Cachoeiro

As festas são muitas, mas nos últimos anos a Festa do Tropeiro e a Festa Sabores do Campo ganharam repercussão estadual, com destaque para o maior feijão tropeiro do mundo que acontece no mês de setembro, com o recorde já ultrapassando a uma tonelada.

Milhares de pessoas lotam a área das festas e acompanham de perto a mistura dos ingredientes na panela gigante. Outra atração são as cavalgadas, que chegam de vários municípios, e desfilam pelas ruas da cidade, junto com carros de bois e tropas de burros. A Festa do Tropeiro também conta

Restaurante Recanto Vovó Rosinha: Restaurante com comida caseira e produtos da agroindústria, lagos para pesca, mata nativa com animais silvestres – aluguel para eventos com agendamento antecipado – Tels: (28) 9981-7496 – 9918-3701 / Sítio São José: Produtos da Agroindústria local – Tel: (28) 9986-2446 / Sítio Morada dos Sonhos: Hospedagem para grupos, espaço para confraternizações e caminhadas na naturez – Tel: (28) 9916-8382 / Chácara 3G: Restaurante com comida típica e hospedagem, eventos e confraternizações – Tel: (28) 9885-0464 / Floricultura Nascente das Flores: Variedade de flores, arranjos e ornamentações – Tel: (28) 9938-7478 / Mata da Onça Lazer e Eventos: Alojamento, piscina, cozinha, churrasqueira, campo de futebol society, trilhas e animais silvestres. – Tel: (28) 9905-3894 / Restauranet Leitão e Cia: Restaurante com comida típica rural no fogão à lenha, produtos da roça e da agroindústria e área de lazer e descanso – Tel: (28) 3548-3091 / Cafeteria Casa do Café Teeiro: Lanchonete com venda de produtos da agroindústria local e artesanato da região – Tel: (28) 9976-8641 / Produtos Poubel: Produção e venda de produtos da agroindústria e passeio com condutor às trilhas e cachoeiras da região – Tel: (28) 92229616 / Sítio Guizzardi: Produção artesanal de vinho e suco de uvas e sistema colha e pague – Tel: (28) 9883-0836 / Sítio Novo Horizonte: Visitação aos pomares, com sistema colha e pague, produtos caseiros: doces – Tel: (28) 9886-0145 / Tropeirão: Bar e comidas típicas, festas regionais, shows e aluguel para casamentos, aniversários, reuniões e eventos em geral.

Outras opções de hospedagem Hotel Floresta - Rod BR262 – Tel: (28)3543-1146 / Pousada Rota do Mar – Centro – Tel: (28) 3543-1166

com rodeio, shows e outras atividades, como o Encontro de Produtores.

Em Ibatiba, existe o CircuitoTurístico Caminho dos Tropeiros, coordenado pela Associação dos Gestores do Turismo Rural do município. E o nome “Caminhos dos Tropeiros” foi escolhido pela necessidade de ter uma marca para divulgação e porque o “tropeirismo” tem fortes raízes em Ibatiba. São dezenas de propriedades

rurais que atuam em áreas bem diversificadas, com agroindústria, restaurante, cafeteria, hospedagem para grupos, floricultura e espaço para eventos. Além da geração de empregos e aumento de renda dos proprietários rurais envolvidos, também pode ser constatado que as propriedades que estão no circuito turístico ficam mais limpas e seus proprietários se preocupam com a preservação da natureza.

10 TURISMO >> REGIÃO DO CAPARAÓ

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REGIÃO DO CAPARAÓ

Iúna apresenta belezas naturais e turismo religioso

»» O município ainda está começando a descobrir que suas belezas podem trazer renda e empregos, com a valorização do seu potencial para o turismo

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Iúna é uma dessas cidades rica em belezas naturais, com potencial para turismo de montanha, aventura, religião, ecológico e rural.

São muitas as cachoeiras espalhadas por seu território, como a Cachoeira do Rio Claro, o Poço das Antas e a Cachoeira do Chiador, nas regiões de São João do Príncipe e Santa Clara, locais que contam histórias da época do Brasil Colônia, quando as tropas vindas de Minas Gerais traziam o ouro que era levado para Portugal.

Rota hoje conhecida como a Estrada Real. Tudo isso encrustrado em uma topografia que é propícia para as práticas de esportes radicais como rapel, tracking e parapente, apesar de ainda ser pouco explorado.

Um dos pontos de destaque da topografia do município é o Pico Colossus, com uma altitude de 1.650 metros, de onde se pode ver muito da região do Caparaó, como parte da cidade de Muniz Freire e do município de Ibatiba, além de municípios de Minas Gerais, e uma vista panorâmica da Serra do Caparaó, do Pico da Bandeira e

Como chegar a Iúna vindo de Cachoeiro Siga pela ES482 – Cachoeiro x Alegre, até Celina, entre à direita, e siga até Ibitirama, indo depois para Iúna, passando pelos distritos de São Francisco do Caparaó (Ibitirama), Santíssima Trindade, Uberaba e Nossa Senhora das Graças (já em Iúna). Total percurso: 125 km. Duração da viagem de carro: 2h.

Ou saia de Cachoeiro até Duas Barras, entrando para Castelo. Siga até Venda Nova do Imigrante e entre na BR262, sentido Belo Horizonte. Siga na rodovia até Ibatiba e depois até o trevo que dá acesso à Iúna, num percurso de 13 km, pela rodovia Mikeil Chequer. Total do percurso: 152 km, em até 2h30.

Onde se hospedar Hotel Beira Rio - Av. Pres. Tancredo Neves – Iúna – Tel: (28)3545-2544 / Hotel São Judas Tadeu – Centro – Tel: (28)3545-1843 / Pousada Manacá – Rodovia Mikeil Chequer – Tel: (28)3545-1004.

da região do Forno Grande, em Castelo. O acesso ao pico não é muito complicado, sendo possível seguir de carro até certa altura e depois fazer uma caminhada que depende de bom preparo físico e a presença de alguém que conheça a região, como deve ser em qualquer caminhada desse tipo.

Cachoeiras

O município também apresenta centenas de piscinas naturais de águas cristalinas, ao longo de diversos rios. As comunidades de Rio Claro, São João do Príncipe e Santa Clara são algumas

localidades em que podem ser encontrados ótimos pontos, tanto pela beleza quanto pela organização, e sem precisar entrar no território do Parque Nacional do Caparaó, o que não é permitido. Algumas delas já estão preparadas para receber os visitantes, com estrutura de restaurante, pousada, camping e local para banho, prometendo finais de semana agradáveis e aconchegantes, como as existentes na estrada que segue da BR262 até a comunidade de São João do Príncipe. Existem também pousadas e hotéis de qualidade prontos para receber o

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O Pico Colossus com seus 1.650 m de altitude turista, dentro e próximo da sede do município, de onde

Água Santa: cultura e turismo religioso O município de Iúna também possui uma opção para os visitantes que se interessam pelo turismo religioso. A Água Santa já se transformou em um ponto de peregrinação, que recebe turistas de várias regiões do Brasil, e está localizado a três quilômetros do centro da cidade, com acesso por estrada asfaltada. O nome do lugar se dá pelo fato de existir uma fonte de água, que nasce de uma pedra, a qual os fiéis acreditam ser milagrosa.

De acordo com uma das versões populares para a lenda da Água Santa, a história começou com a chegada do frei Benedito di Genova, um frade capuchinho que, já idoso, morreu sobre uma pedra existente no local.

Conforme contam os mais antigos, com o tempo, surgiu a fonte de água que teria poderes di-

A Água Santa onde está a Pedra do Pecado: Turismo Religioso

vinos. No lugar, também existe a Pedra dos Milagres ou Pedra dos Pecados, que está apoiada na formação rochosa existente no local, formando uma fenda.

Dizem que só quem não tem pecados consegue passar por

essa fresta bem estreita, entre a pedra e a rocha.

Durante a Festa de Santa Luzia, os católicos de Iúna e outras cidades, inclusive de outros estados do Brasil, visitam o lugar e participam de missas.

Município tem iniciativas culturais e cidade irmã Em Iúna, tem sido mantida uma Feira Cultural, que acontece num sábado por mês, na Praça de Eventos da cidade, com barracas de comidas típicas, vendas de artesanato e apresentação musical. O município ainda tem a Academia Iunense de Letras, que se reúne no Palacete Municipal, prédio do início do século passado,

que também está sendo preparado para receber no novo Museu Municipal. No prédio também ficava a Biblioteca Municipal que, agora, está no prédio da chamada antiga Unidade de Saúde do centro, onde funcionava a sede da Guarda Mirim.

Em 2003, Iúna e a cidade italiana de Castelluccio Su-

o visitante pode partir para buscar os locais de lazer.

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MARCOS FREIRE

periore assinaram um tratado que as coloca como cidades irmãs, o chamado Gemellaggio. Isto porque a história da formação de Iúna registra que o município recebeu 34 famílias, no início do século XX, que imigraram para o país, direto para terras iunenses, todas vindas de Castelluccio Superiore. Grupos da cidade

italiana têm visitado Iúna e vice-versa, para fortalecer os laços entre as duas cidades.

Na cidade também acontece a Feira do Produtor, onde agricultores familiares vendem seus produtos, sem o uso de agrotóxicos, nas manhãs de sábado, a partir das 5 horas da manhã, incluído o café – maior riqueza da

economia de Iúna, já torrado e moído, que também é comercializado industrializado, como o Cafés Bebida Fina Mariano, Pedra Bonita e Teeiro. Este último, tem a torrefação às margens da BR262, onde também existe a Casa do Café com Prosa, que comercializa, além do

Existe também um local onde são depositadas fotos, muletas e outros objetos trazidos por pessoas que afirmam ter alcançado graças divinas, depois de visitarem a Água Santa, um local de fé e tradição. café, vários produtos da região do Caparaó.

E por causa dessa vocação para o agronegócio, a Escola Estadual Henrique Coutinho – que foi totalmente reforma e se tornou modelo – foi a primeira do Estado a oferecer o curso técnico de Agronegócio, integrado ao Ensino Médio. O município foi escolhido por sua realidade ligada à agricultura familiar, com muitos de seus jovens ligados ao meio rural.

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região do caparaó

Muniz Freire tem muito para mostrar em belezas e cultura

»» A festa começa na quarta-feira e vai até domingo, mas além da programação, vale conhecer as belezas do lugar divulgação

A Torre dos Imigrantes foi inaugurada recentemente O Vale do Guarani é uma das vistas relevo montanhoso de Muniz Freire do

Vista aérea de Muniz Freire MARCOS FREIRE

marcosfolhadocaparao@gmail.com

Muniz Freire é um dos muitos municípios capixabas que fica no entorno da Região do Caparaó, no sul do Estado, e possui várias cachoeiras, rios, lagos, vales e trilhas na mata que podem ser visitadas pelos turistas.

Entre as cachoeiras da região estão a Cachoeira de Santo Antônio, do Rio Pardo, Amorim, Sumidouro, Mata Pau e Tombos. A Igreja Católica e a Fazenda de Santa Maria também são atrações de Muniz Freire, que possui 683.10 km².

O município com quase 20 mil habitantes foi colonizado por descendentes de italianos.

O início da colonização

de Muniz Freire data de 1846 e teve como primeiros desbravadores o Capitão Machado Santiago Louzada, um veterano da Guerra dos Farrapos, e Domingos Apolinário, um aventureiro que “gostava de lutar com feras” e que possuía terras nas áreas vizinhas à atual Serra do Apolinário. Se tornou cidade em 1891, quando recebeu o nome em homenagem ao republicano Moniz Freire (assim com “o” mesmo), várias vezes presidente da Assembleia Legislativa, senador e governador do Estado.

Os primeiros distritos eram a sede, Itaipava – que depois se tornou Itaici, Conceição do Norte – atualmente Piaçu – e Vieira Machado. Hoje, além destes, há o

distrito de Menino Jesus. O município viveu praticamente isolado do resto do Estado devido às condições geográficas e pelas poucas vias de acesso, até a abertura da estrada para Castelo e depois Iúna. Mas o maior impulso econômico experimentado no município deu-se com a inauguração da BR 262. E a inclusão no Consórcio do Caparaó trouxe para sua população um maior sentimento de pertencimento a uma região.

A sede de Muniz Freire está à 540 metros de altitude, e o território apresenta um relevo muito ondulado a montanhoso. E a bacia hidrográfica é a do Rio Itapemirim, destacando-se como principal rio, o Norte. Dentre as várias cachoeiras de Muniz Freire, se destacam a Cachoeira de Santo Antônio, Cachoeira do Rio Pardo, Cachoeira Amorim, Cachoeira do Sumidouro,

Cachoeira Mata Pau e a Cachoeira de Tombos. Outras atrações da cidade são a Igreja Matriz Católica e a Fazenda de Santa Maria. O clima é temperado e seco.

Mais recentemente, o município inaugurou a praça em homenagem aos ex-combatentes da Segunda Guerra Mundial. E, este ano, com a presença do governador Renato Casagrande, foi inaugurado o monumento em homenagem à família de Antônio Guizzardi e aos imigrantes italianos que fazem parte da história de Muniz Freire.

Onde se hospedar Hotel São José – Centro – Tel: (28) 3544-1240 / Hotel Almeida – Centro – Tel: (28)3544-1109.

Como chegar a Muniz Freire vindo de Cachoeiro A Igreja Matriz é um exemplo de arquitetura com traços neogóticos

Siga pela ES 482 – Cachoeiro x Alegre, até o primeiro trevo depois do distrito de Rive, já em Alegre, onde deve virar à direita, seguindo nessa rodovia até chegar à sede de Muniz Freire, depois de passar pelo distrito de Anutiba, ainda em Alegre. Duração da viagem: 1h30.

Outros lugares que valem a pena visitar em Muniz Freire

O Morro do Cruzeiro, onde o visitante pode acompanhar a Via Sacra Morro do Cruzeiro Localizado na Sede. Em seu trajeto, se percorre uma rampa em zig-zag e, em cada uma de suas extremidades, há pequenas capelas, que reconstituem a ViaSacra, até o topo do morro.

Pesque-Pague do Carlinhos - localizado na ES 379, próximo às ruínas do Casarão dos Oliveiras, entre Muniz Freire e Iúna (que não é asfaltada), a 6 km da sede. Possui cachoeira, bar, bica, varas para pesca, churrasqueira e banheiros.

Pesque-Pague do João Godinho - Próximo ao do Carlinhos. Possui parque infantil e outros equipamentos de lazer.

Hidrelétrica de Muniz Freire - A 8 km da sede, próximo ao Parque Municipal e à Cachoeira do Rio Pardo.

Gruta dos Briosques – na ES 181, sentido Ibatiba.

Formada por paredões de

pedra, possui uma pequena cachoeira em seu interior, que desce por entre as pedras para o fundo da gruta.

Igreja Matriz do Divino Espírito Santo - Construída em 1880, possui traços neogóticos e alguns elementos românicos.

Casa da Cultura – Na Praça da Bandeira.

Construída em 1927.

Lá funciona a biblioteca central, o museu da cidade e o auditório onde acontecem cursos e oficinas.

Casarão do Sr. Rabelo Joaquim Eusébio - Construído poro volta de 1935, o lugar é um exemplo da arquitetura rural do imigrante italiano do município.

Vinícola Guizzardi, em Alto Rio Norte, distrito de Piaçu, bem próximo da BR 262, com produção de vinho e suco de uva, além do sistema de colha e pague de uvas.

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São José do Calçado tem belezas naturais e feitas pelas mãos do homem

»» Com muita história para contar, o município conserva seu casario antigo, os carros de boi e também tem muitas belezas naturais para mostrar aos visitantes MARCOS FREIRE

FOTOS: divulgação

marcosfolhadocaparao@gmail.com

São José do Calçado tem como característica mais forte a manutenção de suas tradições culturais. Dentro do Caparaó Capixaba, a cidade está localizada bem ao sul do Espírito Santo, sendo um dos seus portais de entrada, principalmente, para quem chega do Rio de Janeiro.

Com pouco mais de 10 mil habitantes, São José do Calçado tem 41% da sua população na zona rural e chama a atenção pela elegância dos casarios do século XIX, que ainda estão conservados no município.

Em 11 de novembro de 1890, o lugarejo emancipou-se com o nome de Vila do Calçado e, em 5 de junho de 1923, passou à categoria de cidade, com o nome definitivo de São José do Calçado. Existem várias versões para este nome. Uma delas se refere à cabeceira do rio, que é calçado de pedras. Outra versão, um pouco mais polêmica, conta que o nome surgiu, a partir do momento

A Igreja Matriz construída num ponto alto do centro da cidade

O casario antigo é uma das atrações do município, nas zonas rural e urbana em que foi encontrada, no rio da cidade, uma imagem de São José, calçando apenas um sapato, ficando então a cidade denominada São José do Calçado.

A economia do município está baseada na cultu-

ra do café com leite, e teve momentos de picos em seu desenvolvimento. Na década de 30, foi o primeiro município do extremo sul capixaba a ter iluminação elétrica subterrânea. São José do Calçado possui

270 quilômetros quadrados de área e sua sede está a 230 metros de altitude, embora todo o município seja montanhoso e ondulado – 76% de suas áreas têm declividade entre 30% e 100%.

Um dos berços da Cultura Capixaba São José do Calçado também é considerado um dos berços culturais do Espírito Santo. Com pouco mais de 100 escritores, a cidade hospeda a Academia Calçadense de Letras, fundada em 1991, que tem sede própria.

O município, inclusive, está no Guiness Book, destacado como a cidade com o maior número de escritores por metro quadrado.

Outra referência cultural do município é o carro de boi, uma cultura ainda viva em pleno século XXI. Todo dia 7 de setembro, acontece a maior manifestação cultural do município: a Festa do

Cachoeiras, o Pontão e casas que relembram o passado As águas da Bacia do Rio Itabapoana passam, em boa parte, pelas terras de São José do Calçado, formando quedas d’água e cachoeiras que encantam os turistas que vêm conhecê-las. Essas cachoeiras podem ser encontradas nos distritos de Alto Calçado (São Benedito) e Airituba (Palmital), além da comunidade de Alegoria e em outras localidades da zona rural.

Com 1.245 metros de altitude, a Pedra do Pontão, no distrito de Alto Calçado, também é outro ponto turístico que atrai a curiosidade de quem o avista – visto de longe parece com um dedo polegar. E além da sua beleza, é lá que se encontram as duas principais nascentes do Rio Calçado. Para chegar ao topo da pedra, é preciso escalar, aventura que até hoje apenas cinco alpinistas conquistaram, dois da cidade do Rio de Janeiro e três calçadenses.

A Pedra do Jaspe também não passa despercebida dos olhos de quem está a passeio. Do centro da cidade, é possível avistar a pedra que possui um formato exótico. Com uma caminhada é gratificante o que divulgação pode ser avistado, devido à fauna e flora encontrada no lugar. E o por do sol, visto do local, é outra atração que a natureza guarda para apresentar aos que lá chegam.

Além disso, existe ainda o casario antigo encontrado por todo o município, uns localizados dentro da cidade A Pedra do Pontão, um ponto apropriado para a e outros na zona prática do alpinismo rural, sem esquecer as ruínas da Usina São José. Obras de arquitetura que trazem muito da história da região e do Brasil, construídas pelas mãos do homem que também ganham a atenção de todos que passam por São José do Calçado.

Como chegar a São José do Calçado vindo de Cachoeiro Siga pela ES 482 – Cachoeiro x Alegre, até Guaçuí e siga sempre em frente, pegando a ES 484, até passar pelo distrito de Palmital. Ainda seguindo em frente, o viajante vai chegar a São José do Calçado. Total do percurso: 118 km, em 2h.

Ou siga até a BR 101, indo até o trevo para Apiacá, passando por esta cidade. Depois vá para Bom Jesus do Norte e então para São José do Calçado. Total do percurso: 109 km, em 1h30.

A cultura do Carro de Boi ainda está viva em São José do Calçado Carro de Boi, com o desfile de dezenas destes carros pelas ruas da cidade.

Em São José do Calçado também pode-se en-

contrar a Igreja Matriz, que foi construída em um lugar de destaque, e a primeira Igreja Presbiteriana erguida no Estado

do Espírito Santo. Além da Loja Maçônica Anita, com mais de 100 anos de existência – a segunda mais antiga do Estado.

Onde se hospedar Hotel Resende – Rodovia ES 484, km 1 (na entrada da cidade) – Tel: (28)3556-1327.